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52349-280753Mercado_de_Capitais_e_Bolsa_de_Valores

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Universidade do Sul de Santa Catarina
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Mercado de Capitais
e Bolsa de Valores
Disciplina na modalidade a distância
Créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus UnisulVirtual – Educação Superior a Distância
Reitor Unisul
Ailton Nazareno Soares
Vice-Reitor 
Sebastião Salésio Heerdt
Chefe de Gabinete da 
Reitoria
Willian Máximo
Pró-Reitora Acadêmica
Miriam de Fátima Bora Rosa
Pró-Reitor de Administração
Fabian Martins de Castro
Pró-Reitor de Ensino
Mauri Luiz Heerdt
Campus Universitário de 
Tubarão 
Diretora
Milene Pacheco Kindermann
Campus Universitário da 
Grande Florianópolis 
Diretor 
Hércules Nunes de Araújo
Campus Universitário 
UnisulVirtual
Diretora
Jucimara Roesler 
Equipe UnisulVirtual 
Diretora Adjunta
Patrícia Alberton 
Secretaria Executiva e Cerimonial
Jackson Schuelter Wiggers (Coord.)
Marcelo Fraiberg Machado
Tenille Catarina
Assessoria de Assuntos 
Internacionais 
Murilo Matos Mendonça
Assessoria de Relação com Poder 
Público e Forças Armadas
Adenir Siqueira Viana
Walter Félix Cardoso Junior
Assessoria DAD - Disciplinas a 
Distância
Patrícia da Silva Meneghel (Coord.)
Carlos Alberto Areias
Cláudia Berh V. da Silva
Conceição Aparecida Kindermann
Luiz Fernando Meneghel
Renata Souza de A. Subtil
Assessoria de Inovação e 
Qualidade de EAD
Denia Falcão de Bittencourt (Coord)
Andrea Ouriques Balbinot
Carmen Maria Cipriani Pandini
Iris de Sousa Barros
Assessoria de Tecnologia 
Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.)
Felipe Jacson de Freitas
Jefferson Amorin Oliveira
Phelipe Luiz Winter da Silva
Priscila da Silva
Rodrigo Battistotti Pimpão
Tamara Bruna Ferreira da Silva
Coordenação Cursos
Coordenadores de UNA
Diva Marília Flemming
Marciel Evangelista Catâneo
Roberto Iunskovski
Assistente e Auxiliar de 
Coordenação
Maria de Fátima Martins (Assistente)
Fabiana Lange Patricio
Tânia Regina Goularte Waltemann
Ana Denise Goularte de Souza
Coordenadores Graduação
Adriano Sérgio da Cunha
Aloísio José Rodrigues
Ana Luísa Mülbert
Ana Paula R. Pacheco
Arthur Beck Neto
Bernardino José da Silva
Catia Melissa S. Rodrigues
Charles Cesconetto
Diva Marília Flemming
Fabiano Ceretta
José Carlos da Silva Junior
Horácio Dutra Mello
Itamar Pedro Bevilaqua
Jairo Afonso Henkes
Janaína Baeta Neves
Jardel Mendes Vieira
Joel Irineu Lohn
Jorge Alexandre N. Cardoso
José Carlos N. Oliveira
José Gabriel da Silva
José Humberto D. Toledo
Joseane Borges de Miranda
Luciana Manfroi
Luiz G. Buchmann Figueiredo
Marciel Evangelista Catâneo
Maria Cristina S. Veit
Maria da Graça Poyer
Mauro Faccioni Filho
Moacir Fogaça
Nélio Herzmann
Onei Tadeu Dutra
Patrícia Fontanella
Rogério Santos da Costa
Rosa Beatriz M. Pinheiro
Tatiana Lee Marques
Valnei Carlos Denardin
Roberto Iunskovski
Rose Clér Beche
Rodrigo Nunes Lunardelli
Sergio Sell
Coordenadores Pós-Graduação
Aloisio Rodrigues
Bernardino José da Silva
Carmen Maria Cipriani Pandini
Daniela Ernani Monteiro Will
Giovani de Paula
Karla Leonora Nunes
Leticia Cristina Barbosa
Luiz Otávio Botelho Lento
Rogério Santos da Costa 
Roberto Iunskovski
Thiago Coelho Soares
Vera Regina N. Schuhmacher
Gerência Administração
Acadêmica
Angelita Marçal Flores (Gerente)
Fernanda Farias
Secretaria de Ensino a Distância
Samara Josten Flores (Secretária de Ensino)
Giane dos Passos (Secretária Acadêmica)
Adenir Soares Júnior
Alessandro Alves da Silva
Andréa Luci Mandira
Cristina Mara Schauffert
Djeime Sammer Bortolotti
Douglas Silveira
Evilym Melo Livramento
Fabiano Silva Michels
Fabricio Botelho Espíndola
Felipe Wronski Henrique
Gisele Terezinha Cardoso Ferreira
Indyanara Ramos
Janaina Conceição
Jorge Luiz Vilhar Malaquias
Juliana Broering Martins
Luana Borges da Silva
Luana Tarsila Hellmann
Luíza Koing  Zumblick
Maria José Rossetti
Marilene de Fátima Capeleto
Patricia A. Pereira de Carvalho
Paulo Lisboa Cordeiro
Paulo Mauricio Silveira Bubalo
Rosângela Mara Siegel
Simone Torres de Oliveira
Vanessa Pereira Santos Metzker
Vanilda Liordina Heerdt
Gestão Documental
Lamuniê Souza (Coord.)
Clair Maria Cardoso
Daniel Lucas de Medeiros
Eduardo Rodrigues
Guilherme Henrique Koerich
Josiane Leal
Marília Locks Fernandes
Gerência Administrativa e 
Financeira
Renato André Luz (Gerente)
Ana Luise Wehrle
Anderson Zandré Prudêncio
Daniel Contessa Lisboa
Naiara Jeremias da Rocha
Rafael Bourdot Back 
Thais Helena Bonetti
Valmir Venício Inácio
Gerência de Ensino, Pesquisa 
e Extensão
Moacir Heerdt (Gerente)
Aracelli Araldi
Elaboração de Projeto e 
Reconhecimento de Curso
Diane Dal Mago
Vanderlei Brasil
Francielle Arruda Rampelotte
Extensão
Maria Cristina Veit (Coord.)
Pesquisa
Daniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC)
Mauro Faccioni Filho(Coord. Nuvem)
Pós-Graduação
Anelise Leal Vieira Cubas (Coord.)
Biblioteca
Salete Cecília e Souza (Coord.)
Paula Sanhudo da Silva
Renan Felipe Cascaes
Gestão Docente e Discente
Enzo de Oliveira Moreira (Coord.)
Capacitação e Assessoria ao 
Docente
Simone Zigunovas (Capacitação)
Alessandra de Oliveira (Assessoria)
Adriana Silveira
Alexandre Wagner da Rocha
Elaine Cristiane Surian
Juliana Cardoso Esmeraldino
Maria Lina Moratelli Prado
Fabiana Pereira
Tutoria e Suporte
Claudia Noemi Nascimento (Líder)
Anderson da Silveira (Líder)
Ednéia Araujo Alberto (Líder)
Maria Eugênia F. Celeghin (Líder)
Andreza Talles Cascais
Daniela Cassol Peres
Débora Cristina Silveira
Francine Cardoso da Silva
Joice de Castro Peres
Karla F. Wisniewski Desengrini
Maria Aparecida Teixeira
Mayara de Oliveira Bastos
Patrícia de Souza Amorim
Schenon Souza Preto
Gerência de Desenho 
e Desenvolvimento de 
Materiais Didáticos
Márcia Loch (Gerente)
Desenho Educacional
Cristina Klipp de Oliveira (Coord. Grad./DAD)
Silvana Souza da Cruz (Coord. Pós/Ext.)
Aline Cassol Daga
Ana Cláudia Taú
Carmelita Schulze
Carolina Hoeller da Silva Boeing
Eloísa Machado Seemann
Flavia Lumi Matuzawa
Gislaine Martins
Isabel Zoldan da Veiga Rambo
Jaqueline de Souza Tartari
João Marcos de Souza Alves
Leandro Romanó Bamberg
Letícia Laurindo de Bonfim
Lygia Pereira
Lis Airê Fogolari
Luiz Henrique Milani Queriquelli
Marina Melhado Gomes da Silva
Marina Cabeda Egger Moellwald
Melina de La Barrera Ayres
Michele Antunes Corrêa
Nágila Hinckel
Pâmella Rocha Flores da Silva
Rafael Araújo Saldanha
Roberta de Fátima Martins
Roseli Aparecida Rocha Moterle 
Sabrina Bleicher
Sabrina Paula Soares Scaranto
Viviane Bastos
Acessibilidade 
Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) 
Letícia Regiane Da Silva Tobal
Mariella Gloria Rodrigues
Avaliação da aprendizagem 
Geovania Japiassu Martins (Coord.)
Gabriella Araújo Souza Esteves 
Jaqueline Cardozo Polla
Thayanny Aparecida B.da Conceição
Gerência de Logística
Jeferson Cassiano A. da Costa (Gerente)
Logísitca de Materiais
Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.)
Abraao do Nascimento Germano
Bruna Maciel
Fernando Sardão da Silva
Fylippy Margino dos Santos
Guilherme Lentz
Marlon Eliseu Pereira
Pablo Varela da Silveira
Rubens Amorim
Yslann David Melo Cordeiro
Avaliações Presenciais
Graciele M. Lindenmayr (Coord.)
Ana Paula de Andrade
Angelica Cristina Gollo
Cristilaine Medeiros
Daiana Cristina Bortolotti
Delano Pinheiro Gomes
Edson Martins Rosa Junior
Fernando Steimbach
Fernando Oliveira Santos
Lisdeise Nunes Felipe
Marcelo Ramos
Marcio Ventura
Osni Jose Seidler Junior
Thais Bortolotti
Gerência de Marketing
Fabiano Ceretta (Gerente)
Relacionamento com o Mercado 
Eliza Bianchini Dallanhol Locks
Relacionamento com Polos 
Presenciais
Alex Fabiano Wehrle (Coord.)
Jeferson Pandolfo
Karine Augusta Zanoni
Marcia Luz de Oliveira
Assuntos Jurídicos
Bruno Lucion Roso
Marketing Estratégico
Rafael Bavaresco Bongiolo
Portal e Comunicação
Catia Melissa Silveira Rodrigues 
Andreia Drewes
Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Marcelo Barcelos
Rafael Pessi
Gerência de Produção
Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)
Francini Ferreira Dias
Design Visual
Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)
Adriana Ferreira dos Santos
Alex Sandro Xavier
Alice Demaria Silva
Anne Cristyne Pereira
Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
Daiana Ferreira Cassanego
Diogo Rafael da Silva
EdisonRodrigo Valim
Frederico Trilha
Higor Ghisi Luciano
Jordana Paula Schulka
Marcelo Neri da Silva
Nelson Rosa
Oberdan Porto Leal Piantino
Patrícia Fragnani de Morais
Multimídia
Sérgio Giron (Coord.)
Dandara Lemos Reynaldo
Cleber Magri
Fernando Gustav Soares Lima
Conferência (e-OLA)
Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)
Bruno Augusto Zunino 
Produção Industrial
Marcelo Bittencourt (Coord.)
Gerência Serviço de Atenção 
Integral ao Acadêmico
Maria Isabel Aragon (Gerente)
André Luiz Portes 
Carolina Dias Damasceno
Cleide Inácio Goulart Seeman
Francielle Fernandes
Holdrin Milet Brandão
Jenniffer Camargo
Juliana Cardoso da Silva
Jonatas Collaço de Souza
Juliana Elen Tizian
Kamilla Rosa
Maurício dos Santos Augusto
Maycon de Sousa Candido
Monique Napoli Ribeiro
Nidia de Jesus Moraes
Orivaldo Carli da Silva Junior
Priscilla Geovana Pagani
Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Scheila Cristina Martins
Taize Muller
Tatiane Crestani Trentin
Vanessa Trindade
Avenida dos Lagos, 41 – Cidade Universitária Pedra Branca | Palhoça – SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: cursovirtual@unisul.br | Site: www.unisul.br/unisulvirtual
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Revisão e atualização de conteúdo
Claudio Alvim Zanini Pinter
Design instrucional
Dênia Falcão de Bittencourt
João Marcos de Souza Alves
3ª Edição
Elmo Tambosi Filho
Mercado de Capitais
e Bolsa de Valores
Livro didático
Edição – Livro Didático
Professor Conteudista
Elmo Tambosi Filho
Revisão e atualização de conteúdo
Claudio Alvim Zanini Pinter
Design Instrucional
Dênia Falcão de Bittencourt
Luiz Henrique Queriquelli 
João Marcos de Souza Alves (3ª edição)
Projeto Gráfico e Capa
Equipe UnisulVirtual
Diagramação
Fernanda Fernandes (3ª edição)
Revisão
Foco
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul
Copyright © UnisulVirtual 2011
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição. 
332.6
T16 Tambosi Filho, Elmo
Mercado de capitais e bolsa de valores : livro didático / Elmo 
Tambosi Filho ; revisão e atualização de conteúdo Claudio Alvim Zanini 
Pinter ; design instrucional Dênia Falcão de Bittencourt, [Luiz Henrique 
Queriquelli], João Marcos de Souza Alves. – 3. ed. – Palhoça : UnisulVirtual, 
2011.
168 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
1.Mercado de capitais. 2. Bolsa de valores. 3. Política monetária. I. 
Pinter, Claudio Alvim Zanini. II. Bittencourt, Dênia Falcão de. II. Queriquelli, 
Luiz Henrique. IV. Alves, João Marcos de Souza. IV. Título.
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
Palavras do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
UNIDADE 1 - Introdução ao Mercado de Capitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
UNIDADE 2 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional . . . . . . . . . . . . . . . . 31
UNIDADE 3 - Títulos e valores mobiliários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
UNIDADE 4 - Mercado Acionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
UNIDADE 5 - Mercados Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
UNIDADE 6 - Análise de Ações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
UNIDADE 7 - Teoria das Carteiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156
Sobre o autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
Sobre o revisor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
Respostas e comentários das atividades de autoavaliação . . . . . . . . . . . . . 162
Biblioteca Virtual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
7
Apresentação
Este livro didático corresponde à disciplina Mercado de Capitais 
e Bolsa de Valores.
O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma 
e aborda conteúdos especialmente selecionados e relacionados 
à sua área de formação. Ao adotar uma linguagem didática 
e dialógica, objetivamos facilitar seu estudo a distância, 
proporcionando condições favoráveis às múltiplas interações e a 
um aprendizado contextualizado e eficaz.
Lembre-se que sua caminhada, nesta disciplina, será 
acompanhada e monitorada constantemente pelo Sistema 
Tutorial da UnisulVirtual, por isso a “distância” fica caracterizada 
somente na modalidade de ensino que você optou para sua 
formação, pois na relação de aprendizagem professores e 
instituição estarão sempre conectados com você.
Então, sempre que sentir necessidade entre em contato; você tem 
à disposição diversas ferramentas e canais de acesso tais como: 
telefone, e-mail e o Espaço Unisul Virtual de Aprendizagem, 
que é o canal mais recomendado, pois tudo o que for enviado e 
recebido fica registrado para seu maior controle e comodidade. 
Nossa equipe técnica e pedagógica terá o maior prazer em lhe 
atender, pois sua aprendizagem é o nosso principal objetivo.
Bom estudo e sucesso!
Equipe UnisulVirtual.
Palavras do professor
Bem-vindo à disciplina de Mercado de Capitais e Bolsa de 
Valores!
O objetivo é que você assimile com sucesso os conceitos de 
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores. Esses conceitos são 
muito importantes para um futuro gestor, pois eles são, muitas 
vezes, utilizados nas decisões de investimento dentro da 
organização. São ferramentas importantes, uma vez que diversos 
fatos relevantes nas áreas de finanças e administração financeira, 
entre outras, têm sua relação com o Mercado de Capitais.
Este livro didático foi desenvolvido especialmente para você 
e foi preparado com o intuito de tornar o seu contato com o 
Mercado de Capitais e a Bolsa de Valores simples e agradável. 
Fique à vontade.
Bons estudos!
Professor Elmo Tambosi Filho.
Plano de estudo
O plano de estudos visa a orientá-lo no desenvolvimento da 
disciplina. Ele possui elementos que o ajudarão a conhecer o 
contexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos. 
O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva 
em conta instrumentos que se articulam e se complementam, 
portanto, a construção de competências se dá sobre a 
articulação de metodologias e por meio das diversas formas de 
ação/mediação.
São elementos desse processo:
 � o livro didático;
 � o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA);
 � as atividades de avaliação (a distância, presenciais e de 
autoavaliação); 
 � o Sistema Tutorial.
Ementa
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional. Títulos e valores 
mobiliários. Mercado acionário. Debêntures. Mercado de opções 
e Mercados Futuros. Análises de ações. Teoria das carteiras. 
12
Universidade do Sul de Santa Catarina
Objetivos
Geral:
Proporcionar o conhecimento do Mercado de Capitais e suas 
interações nos diversos cenários econômicos.
Específicos:
 � Entender a importância e funcionamento do Mercado de 
Capitais.
 � Conhecer a estrutura do Sistema Financeiro Nacional.
 � Entender o funcionamento do mercado acionário. 
 � Apresentar as principais modalidades operacionais do 
mercado acionário.
 � Conhecer o funcionamento da Teoria das Carteiras.
Carga Horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula.
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta 
disciplina e os seus respectivosobjetivos. Estes se referem aos 
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de 
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de 
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento 
de habilidades e competências necessárias à sua formação. 
Unidades de estudo: 7 
13
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 1 – Introdução ao Mercado de Capitais 
Nesta primeira unidade você entenderá a importância do 
mercado de capitais. Irá conhecer sua função e um pouco de seu 
funcionamento. 
Unidade 2 – Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Em nossa segunda unidade você vai conhecer a estrutura do 
Sistema Financeiro Nacional. O que é? Quais são os principais 
órgãos e suas funções? 
Unidade 3 – Títulos e valores mobiliários
Nesta terceira unidade serão apresentados a você os títulos. Você 
irá compreender o que é um título e também o que são valores 
mobiliários. Definiremos também fundos de investimentos e seus 
tipos, bem como discutiremos a questão do risco. 
Unidade 4 – Mercado Acionário
Nesta unidade você vai conhecer a definição de ações e 
debêntures e seus tipos. Vai aprender um pouco mais do 
funcionamento do mercado via negociação de ações. 
Unidade 5 – Mercados Futuros
Esta quinta unidade vai apresentar a você os Mercados Futuros. 
Aqui você vai identificar a finalidade e importância destas 
operações. Vai conhecer quais são as diferentes modalidades 
operacionais. 
14
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 6 – Análise de Ações
As duas principais escolas de análise de ações ser-lhe-ão 
apresentadas nesta unidade. Você vai entender as diferenças entre 
elas e suas aplicações. 
Unidade 7 – Teoria das Carteiras 
A última unidade desta disciplina está reservada para a 
compreensão da Teoria das Carteiras. Você vai entender a 
importância da utilização dessa teoria no mercado acionário. 
15
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Agenda de atividades/Cronograma
 � Verifique com atenção o EVA, organize-se para acessar 
periodicamente a sala da disciplina. O sucesso nos seus 
estudos depende da priorização do tempo para a leitura, 
da realização de análises e sínteses do conteúdo e da 
interação com os seus colegas e professor.
 � Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço 
a seguir as datas com base no cronograma da disciplina 
disponibilizado no EVA.
 � Use o quadro para agendar e programar as atividades 
relativas ao desenvolvimento da disciplina.
Atividades obrigatórias
Demais atividades (registro pessoal)
1UNIDADE 1Introdução ao Mercado de Capitais
Objetivos de aprendizagem
 � Entender a importância do Mercado de Capitais; e
 � Conhecer o fascinante funcionamento desse mercado.
Seções de estudo
Seção 1 Por que estudar Mercado de Capitais?
Seção 2 Qual a principal função do Mercado de Capitais?
Seção 3 Onde está inserido esse Mercado?
Seção 4 Por que investir na Bolsa de Valores?
18
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo
Bem-vindo ao início dos estudos sobre Mercado de Capitais e 
Bolsa de Valores. Aqui algumas dicas para iniciar seus estudos:
 � leia sequencialmente com atenção e reflexão os textos 
apresentados; 
 � anote suas dúvidas e questionamentos durante a sua 
leitura;
 � assinale os pontos-chave do conteúdo; e
 � realize as atividades de autoavaliação no final de cada 
unidade.
Para o estudante que primeiro quer compreender o valor desse 
conhecimento para sua formação, entender sua utilidade é um bom 
ponto de partida. E essa é a proposta da Seção 1. Siga em frente!
Seção 1 – Por que estudar Mercado de Capitais?
Aguce um pouco mais a sua curiosidade, pois agora você irá 
compreender a importância de estudar Mercado de Capitais. 
Saiba que, com o processo de globalização da economia, que 
resultou em um incremento no intercâmbio entre os países, cada 
vez mais o Mercado de Capitais vem conquistando uma crescente 
importância no cenário financeiro internacional.
De acordo com essa tendência mundial, os países em 
desenvolvimento procuram abrir suas fronteiras para poder 
receber investimentos externos.
Como consequência desse fato, quanto mais desenvolvida é uma 
economia, mais ativo é o seu Mercado de Capitais.
19
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 1
Esse Mercado é um canal de fundamental importância 
na captação de recursos a custos baixos que permitem o 
desenvolvimento das empresas por meio da emissão de Ações que 
tem o objetivo de expandir a produção, gerando novos empregos 
e contribuindo para o progresso do país.
O Mercado Acionário se constitui em uma importante 
opção de investimento para pessoas e instituições.
Portanto, você precisa ter claro que investimento é 
a aplicação de recursos com a finalidade de obter 
aumento no produto e, com isso, gerar emprego e 
renda. Já a aplicação financeira é uma transação de 
renda entre as partes.
Você precisa compreender que o investidor busca sempre uma 
melhor rentabilidade no seu investimento. Portanto, o Mercado 
trabalha na possibilidade de uma maior ou menor rentabilidade 
que vai determinar a sua oscilação.
Sendo assim, você precisa saber que a atuação das variáveis 
macroeconômicas é importante para a tomada de decisão por 
parte dos investidores. O equilíbrio macroeconômico dará 
sustentação para todo tipo de investimento.
O equilíbrio macroeconômico é dado pela interação entre a oferta 
e a demanda agregada. A oferta agregada pode ser expressa pelo 
Produto Interno Bruto e a demanda agregada pela renda disponível.
A partir dessa relação, será gerada a renda pela qual todo sistema 
será ativado. Portanto, a economia é dinamizada através de um 
fluxo circular tanto de renda como de bens e serviços. As famílias 
consomem bens e serviços que, por sua vez, são oferecidos pelas 
empresas e comercializados no Mercado de bens e serviços.
Já as empresas produzem todos esses bens com a finalidade 
de suprir essa demanda e este equilíbrio macroeconômico é 
influenciado pela atuação do Governo na esfera fiscal e monetária.
20
Universidade do Sul de Santa Catarina
Entretanto, nosso objetivo não é o estudo do ciclo econômico, 
mas sim demonstrar a importância desse ciclo para o Mercado 
de Capitais.
O Mercado de Capitais é responsável por canalizar recursos de 
poupança para o sistema produtivo e, com isso, proporcionar o 
crescimento econômico.
Seção 2 – Qual a principal função do Mercado de 
Capitais?
Como você acabou de acompanhar:
O Mercado de Capitais é um importante instrumento 
para o crescimento econômico e financeiro do país.
Esse Mercado tem a finalidade de dar liquidez, ou seja, garantias 
na distribuição de valores mobiliários (Ações), com o propósito 
de viabilizar o processo de capitalização das empresas. No 
Mercado de Capitais, os principais títulos negociados são os que 
representam o capital social das empresas, denominados Ações, 
que permitem que estas se financiem. Tais financiamentos são 
o motor do crescimento econômico e esse, por sua vez, gera 
aumento da poupança e do investimento, que se traduz em 
desenvolvimento econômico para o país.
21
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 1
Seção 3 – Onde está inserido esse Mercado?
Neste momento, você deve estar curioso para saber onde está 
inserido esse Mercado.
O Mercado de Capitais está inserido no Sistema Financeiro 
Nacional, que é composto de instituições responsáveis pela 
captação de recursos financeiros e pela distribuição e circulação 
desses valores.
O Conselho Monetário Nacional é seu órgão representativo, 
presidido pelo ministro da Fazenda. Diretamente interligado a 
ele estão o Banco Central do Brasil, que tem o poder executivo 
e a Comissão de Valores Mobiliários, que é responsável pela 
normatização e regulamentação do Mercado de Bolsa e Balcão. 
É importante você notar que o Mercado de Capitais é altamente 
disciplinado, supervisionado, fiscalizado e com regras rígidas.
Seção 4 – Por que investir na Bolsa de Valores?
Você precisa entender que, quando investimosna compra de 
Ações, nos tornamos sócios da empresa e, com esses recursos, 
as empresas têm condições de investir em novos equipamentos, 
contribuindo, assim, para um aumento na produção de bens, 
que, por sua vez, gera aumento na renda do trabalhador, 
proporcionando também crescimento econômico. 
É interessante compreender que o acionista é sócio da empresa 
e recebe dividendos sempre que a empresa obtiver lucros. Neste 
segmento, ocorre uma maior democratização do capital, na qual, 
independentemente da renda e classe social, o indivíduo pode 
se tornar sócio de uma empresa. Exemplo: a dona de casa, a 
empregada doméstica, a faxineira, o engraxate, o advogado, o 
professor, o médico, entre as demais profissões. 
22
Universidade do Sul de Santa Catarina
Com investimentos na área petrolífera, a empresa Petrol 
obteve lucros significativos no ano de 2002. Como 
consequência, seus acionistas participaram da distribuição 
desses lucros através do recebimento de dividendos na 
proporção do lucro obtido pela empresa Petrol.
Dicas do professor
A melhor maneira de aprimorar os conhecimentos em Mercados 
de Capitais é por meio da leitura de jornais especializados e 
acessando o site da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. 
Nesse site você poderá aprofundar-se nesse fascinante Mercado.
Aprenda a se conhecer: quando investir na compra de Ações, 
você precisa ser altamente cauteloso no planejamento e ter 
condições de cumprir o planejado.
Fique de olho: a tendência de Ativos com preços muito elevados 
é que desçam.
COMO INVESTIR EM AÇÕES?
Investir em ações implica em realizar pesquisas preliminares que 
permitam ao investidor uma maior confiabilidade na aplicação, 
mesmo sem a garantia de retorno esperado.
A figura abaixo nos permite observar que as negociações em 
ações passam obrigatoriamente por uma Corretora de Títulos 
e Valores Mobiliários e exigem passos que devem ser seguidos, 
conforme veremos no texto posterior. 
23
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 1
Figura 1.1 – Como investir em ações?
Fonte: Equipe Design Visual – UnisulVirtual, 2010. 
Primeiramente você deverá efetuar um cadastro numa corretora 
de sua confiança (preferencialmente que tenha o registro na 
Bolsa e na CVM. Consulte os sites da Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM) e BM&FBOVESPA e certifique-se.
Algumas corretoras operam através do Home Broker, assim, 
você poderá investir diretamente do seu micro, em casa. Eis 
alguns passos:
1. Abrir um cadastro numa corretora – após enviar os 
documentos exigidos (cópia de identidade, CPF, 
comprovante de renda e de residência autenticados), você 
receberá uma senha e um limite de crédito para iniciar 
seus investimentos em ações.
2. Possuir uma conta-corrente bancária.
3. Selecionar empresas para investir, estudando o setor da 
economia, perspectivas de crescimento, acompanhando 
as notícias do dia a dia e fatos relevantes. As Escolas 
Fundamentalista e Técnica oportunizam vários 
indicadores para análise de tomada de decisão.
24
Universidade do Sul de Santa Catarina
4. Conhecer o perfil do investir. Vários sites oferecem 
gratuitamente ao investidor a opção de conhecer o seu 
perfil: conservador, moderado ou agressivo. Conhecer a 
si próprio é fundamental para evitar problemas futuros.
5. Lembre-se de que neste mercado não há garantias 
de retorno. Os investimentos na Bolsa de Valores 
normalmente são de médio e longo prazo.
6. Evite empenhar todas as suas economias na Bolsa. Invista 
apenas o que você não irá precisar em curto prazo. 
7. Fuja das promessas milagrosas. O mercado é o que é e 
não o que você gostaria que fosse.
8. Em toda operação de compra e venda de ações incidem 
algumas taxas, tais como: Corretagem, emolumentos, 
custódia e imposto de renda sobre ganhos de capital. 
Taxa de corretagem corresponde a taxa cobrada pela 
corretora.
A tabela a seguir permite uma visibilidade quanto a incidência 
das taxas nas operações de ações, fornecendo informações 
relevantes sobre o custo das operações. 
Importante ressaltar que toda a compra e toda e venda de ações 
implica em pagamento de taxas. 
Tabela 1.1 – Exemplo de Tabela de Corretagem 
Se você investir Irá pagar
De R$ Até R$ Percentual ( %) Valor Fixo (+R$)
0,01 135,07 -- 2,70
135,08 498,62 2,0 0,00
498,63 1.514,69 1,5 2,49
1.514,70 3.029,38 1,0 10,06
3.029,39 Acima 0,5 25,21
Fonte: Folhainvest, 2011. 
25
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 1
Optamos por esta tabela, para facilitar a compreensão do cálculo 
das corretagens, que incidem sobre o total do volume das 
negociações com ações. 
Considerando que o material da apostila é didático e adequado para 
o período de sua utilização, torna-se necessário estar em constante 
consulta nos sites da Bolsa e da Receita Federal para obter as taxas 
sempre atualizadas. Além disso, algumas corretoras oferecem 
taxas de corretagem e custódia diferenciadas aos seus investidores. 
Recomenda-se, antes de investir, pesquisar e selecionar as taxas 
praticadas pelas instituições em relação aos serviços prestados.
A taxa de emolumentos refere-se ao serviço de 
negociação ou registro de operações, cobrada pela Bolsa.
Importante ressaltar que toda a compra e toda e venda de ações 
implica em pagamento de taxas de emolumentos, destinadas à 
Bolsa, de acordo com o tipo de operação.
Tipos: 
Normais: 0,035% - compra e venda de ações em dias alternados.
Day trade: 0,025% - compra e venda da mesma ação, pela 
mesma corretora, na mesma quantidade e no mesmo dia.
Taxa de custódia: é uma taxa mensal cobrada do intermediário 
(Corretora) , que pode ou não repassá-la ao investidor. 
Corresponde ao serviço prestado aos investidores para a guarda 
de títulos e exercícios de direitos.
Imposto de Renda: incide sobre os ganhos líquidos. Consulte o 
site da Receita Federal e mantenha-se atualizado das taxas para 
cada tipo de operação.
Imposto de Renda Retido na Fonte: é de responsabilidade da 
instituição intermediadora que recebeu a ordem do cliente. O 
Recolhimento do Imposto de Renda sobre ganhos de capital é de 
responsabilidade do Investidor. 
26
Universidade do Sul de Santa Catarina
Exemplo:
1. Calcular os valores das corretagens, taxas de 
emolumentos e os valores líquidos, referentes a compra e 
venda de ações. 
C/V Quantidade Ativo/Tipo Preço Histórico Valor
C 100 NATURA NATU3 43,81 Subtotal - 4.381.00
Corretagem (D) - 47,12
Emolum (D) 0,035% - 1,53
Custódia - 10,80
Líquido (D/C) - 4.440,45
O resultado líquido será debitado na conta-corrente do investidor 
no terceiro dia útil após a efetivação do negócio. 
Significa dizer que será debitado na conta-corrente do investidor o 
valor líquido no terceiro dia útil após a efetivação do negócio – D+3. 
C/v Quantidade Ativo/Tipo Preço Histórico Valor
C 100 PETROBRÁS/PETR4 28,55 - 2.855,00
V 100 VALE/VALE5 47,57 +4.757,00
Subtotal <7.612,00>
Corretagem (D) - 63,27
Emolum (D) 0,035% - 2,66
Custódia - 10,80
Líquido (D/C) - + 1.825,27
Lembre-se: quando você efetuar uma operação de compra, o 
valor é debitado em sua conta-corrente e quando você efetuar 
uma operação de venda, é creditado em sua conta-corrente.
O subtotal corresponde ao total do volume negociado no dia. 
Através deste valor (veja a tabela de corretagem para calcular a 
taxa de corretagem), a taxa de emolumento também é calculada 
sobre o item subtotal, cujo percentual será sempre indicado. A 
taxa de custódia é fixa. Este valor é cobrado uma vez por mês 
(sendo debitado em sua conta-corrente como serviço de ações).
27
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 1
Cálculo do imposto de renda.
Apuração de Ganho para fins de IR
O IR incide apenas sobre o ganho líquido, sendo: 
Ganho Líquido = Valor da Venda – Custo da Compra 
Demonstração do Cálculo do Custo da Compra e Valor de 
Venda:
Exemplo: Compra e Venda de ações Petrobrás em 30 dias 
Compra Venda
Ação PETR4 Ação PETR4
Quantidade 1.000 Quantidade 1.000
Preço 30,00 Preço 40,00
Compra 30.000,00 Venda 40.000,00
Corretagem(*)175,21 Corretagem 225,21
Emolumentos (0,035%) 10,50 Emolumentos (0,035%) 14,00
Custo Compra 30.285,71 Valor Venda 39.760,79IR na Fonte 1,89
* Ver tabela de corretagem
Imposto de Renda
Valor Venda Líq. = Venda Bruta (40.000,00) – Desp. Oper. ( 225,21 + 14,00) 39.760,79
Valor Compra Total = Compra Bruta (30.000,00) + Desp. Oper. (17521 + 10,50 = 217,81) 30.285,71
Ganho Líquido = Valor Venda Líquida (39.760,79) – Valor Compra Total (30.285,71) 9.475,08
Imp. de Renda = 15% sobre o Ganho Líquido (9.475,08) 1.421,26
IR retido na fonte = 0,005% sobre o Valor Venda Líq. (39.760,79) 1,99
IR a recolher via Darf = IR (15%) 1421,26 – IR Fonte (0,005) 1,99 1.419,27
*Ver tabela de corretagem 
Fonte: Adaptado do site da BM&FBOVESPA.
Curiosidades: “Por maior que seja o talento ou esforço, algumas coisas exigem 
tempo: não dá para produzir um bebê em um mês engravidando nove 
mulheres” Warren Buffett.
28
Universidade do Sul de Santa Catarina
RETORNO EM AÇÕES
O retorno obtido num investimento em ações pode ser dividido 
em duas partes. Uma parte é composta pelos pagamentos dos 
dividendos ou Juros sobre o Capital, que são a parte do lucro 
distribuído em dinheiro aos acionistas, e a outra parte do retorno 
é o ganho de capital sobre o investimento que corresponde à 
variação do valor de mercado da ação.
Assim, o retorno pode ser calculado pela seguinte equação:
Retorno: Dividendos pagos no final do período + Preço no final do período – 1
Preço Inicial
Exemplo:
Suponha que a ação da Empresa Santa Felicidade S. A. iniciou 
o ano com um preço de R$ 25,00 e terminou o ano a R$ 35,00. 
Durante este ano, a Santa Felicidade pagou um dividendo de R$ 
2,00 por ação. Qual a rentabilidade desta ação durante o ano?
Solução: R = 2 + 35 – 1 x 100 = 48%
25
Considerando-se uma inflação de 15% no período, temos o 
retorno real deste investimento na empresa Santa Felicidade S. A. 
Solução: 48/ 100 + 1 = 1,48 
Inflação: 15/100 + 1 = 1,15
Veja: 1,48 / 1,15 – 1 x 100= 28,70% Retorno Real 
Falta descontar ainda as taxas, emolumentos, custódia e imposto 
de renda, quando houver. 
Agora que você estudou a Unidade 1, realize algumas atividades 
e pratique esses novos conhecimentos.
29
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 1
Síntese
Nesta unidade você pôde tomar conhecimento de que o estudo 
do Mercado de Capitais é importante porque proporciona 
o crescimento do setor produtivo e, como consequência, o 
desenvolvimento econômico do país.
Para você conferir se alcançou os objetivos da unidade, antes 
de ir adiante, reveja no início da unidade se os objetivos de 
aprendizagem foram atingidos.
Atividades de autoavaliação
1) Para você, qual a importância de estudar Mercado de Capitais?
30
Universidade do Sul de Santa Catarina
2) Qual a principal função do Mercado de Capitais para economia?
3) Refletindo sobre o que você aprendeu nesta unidade, explique por que 
é importante investir na Bolsa de Valores.
31
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 1
Saiba mais
Você poderá aprofundar os temas estudados pesquisando em:
PINHEIRO, L. J. Mercado de Capitais: fundamentos e 
técnicas. São Paulo: Atlas, 2005.
MELLAGI, F. A.; ISHIKAWA, S. Mercado Financeiro e de 
Capitais. São Paulo: Atlas, 2000.
KRUGMAN, P.; OBSTFELD, M. Economia internacional: 
teoria e política. São Paulo: Makron Books, 2002.
2UNIDADE 2Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Objetivos de aprendizagem
 � Entender o que é o Sistema Financeiro Nacional.
 � Conhecer seu modo de funcionamento e sua relação 
com as Bolsas de Valores.
Seções de estudo
Seção 1 O que é o Sistema Financeiro Nacional?
Seção 2 Quais os principais órgãos que compõem o SFN?
Seção 3 Quais as principais funções da Comissão de Valores 
Mobiliários?
34
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo
Nesta unidade você será introduzido no mundo do Sistema 
Financeiro Nacional e será conduzido a aprender como funciona 
esse complexo sistema.
Lembre-se
Para você ter um bom aproveitamento ao estudar esta 
unidade: 
� leia com atenção e reflexão os textos apresentados; 
� anote as dúvidas e os questionamentos; e
� assinale os pontos-chave do conteúdo.
A seguir acompanhe as definições apresentadas em cada seção.
Seção 1 – O que é o Sistema Financeiro Nacional?
O Sistema Financeiro Nacional é composto de instituições 
responsáveis pela captação de recursos financeiros, pela 
distribuição e circulação destes recursos e também pela regulação 
de todo o processo.
É segmentando em quatro grandes mercados: 
 � Monetário – controla a liquidez monetária através do 
controle da oferta da moeda e das taxas de juros no curto 
prazo, regulando o seu funcionamento, bem como os fluxos 
monetários, para as atividades de produção e consumo.
 � Crédito – destina-se ao financiamento do consumo e do 
capital de giro das empresas no curto e médio prazo.
 � Câmbio – controla a troca das moedas estrangeiras por 
reais, definindo o valor da nossa moeda. 
35
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
 � Capitais – destina-se principalmente ao financiamento 
de investimentos de médio e longo prazo, através 
da negociação dos títulos de valores mobiliários, em 
especial, das empresas de capital aberto. 
É também responsável pelas políticas monetárias, de crédito, 
cambial e fiscal. 
Você sabia que, em sua forma mais simples, esse Sistema é 
responsável por manter a segurança dos depósitos de dinheiro 
público nos bancos comerciais?
O Sistema Financeiro Nacional visa a aproximar os agentes 
detentores de recursos (denominados superavitários) dos agentes 
que necessitam ou desejam de recursos chamados (deficitários).
Por isso o Sistema Financeiro de cada nação é sempre relacionado 
com o seu nível de desenvolvimento.
O mau funcionamento do Sistema Financeiro gera problemas nos 
fluxos monetários, cujas consequências, quando não solucionados, 
são de difícil solução, levando a uma briga intensa pelos recursos 
financeiros e, como consequência, transferindo as atividades 
econômicas do setor privado para o setor público.
Você precisa concluir então que, entre as principais funções desse 
sistema, estão a de incentivar a poupança, a de transformar a 
poupança em créditos especiais visando às atividades produtivas, e 
a de administrar essas aplicações, criando um Mercado para elas.
36
Universidade do Sul de Santa Catarina
Seção 2 – Quais os principais órgãos que compõem o SFN?
Segundo Mellagi e Ishikawa (2000), o atual Sistema Financeiro 
Brasileiro baseia-se principalmente nas reformas bancária e do 
Mercado de Capitais (lei nº 4.595, de 31-12-1964, e lei nº 4.728, de 
14-7-1965), quando foram constituídos como autoridades monetárias 
o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Brasil.
Adicionalmente, em 1976, incorporou-se ao sistema a Comissão 
de Valores Mobiliários, voltada à regulamentação do Mercado de 
Títulos Mobiliários não emitidos pelo Sistema Financeiro.
Você precisa saber que, na teoria, essas autoridades monetárias 
citadas acima não deveriam ser confundidas com instituições do 
Governo, tal como o Banco do Brasil. Historicamente o Banco do 
Brasil funcionou como emissor de moeda, auxiliando no fechamento 
de contas entre as autoridades monetárias e o Tesouro Nacional.
Desde 1986, o Banco do Brasil vem gradativamente perdendo 
sua posição de autoridade monetária, tendendo a tornar-se um 
banco com características comerciais.
As instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional podem 
dividir-se em três segmentos: Normativo, Supervisor e o Operativo.
 � Normativo – estabelece as normas.
 � Supervisor - supervisiona o cumprimento das normas 
estabelecidas.
 � Operativo – é constituído pelas instituições financeiras 
públicas ou privadas que atuam no mercado financeiro 
(execução da prestação de serviços dentro das diretrizes 
previamente definidas).
Já o Conselho Monetário Nacional é órgão máximo do Sistema 
Financeiro Nacional e não exerce função executiva. É composto 
atualmente portrês membros:
 � Ministro da Fazenda (presidente); 
 � Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão; e
 � Presidente do Banco Central do Brasil. 
37
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
No CMN funciona: 
Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), composta 
pelo Presidente do Bacen, na qualidade de Coordenador, 
pelo Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 
pelo Secretário Executivo do Ministério do Planejamento e 
Orçamento, pelo Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, 
pelo Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, 
pelo Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e 
por quatro diretores do Bacen, indicados por seu Presidente.
Está previsto o funcionamento também no CMN de comissões 
consultivas de Normas e Organização do Sistema Financeiro, 
de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros, de Crédito 
Rural, de Crédito Industrial, de Crédito Habitacional e para 
Saneamento e Infraestrutura Urbana, de Endividamento Público 
e de Política Monetária e Cambial. 
Observe a composição dos órgãos normativos, das entidades 
supervisoras e dos operadores. 
Órgãos 
normativos
Entidades 
supervisoras Operadores
Conselho Monetário 
Nacional - CMN
Banco Central do Brasil 
- Bacen
Instituições 
financeiras 
captadoras de 
depósitos à vista
Demais 
instituições 
financeiras 
 
Bancos de 
Câmbio
Outros intermediários financeiros 
e administradores de recursos de 
terceiros
Comissão de Valores 
Mobiliários - CVM
Bolsas de 
mercadorias e 
futuros
Bolsas de 
valores
Conselho Nacional 
de Seguros Privados 
- CNSP
Superintendência de 
Seguros Privados - 
Susep
Resseguradores Sociedades seguradoras
Sociedades de 
capitalização
Entidades abertas 
de previdência 
complementar
Conselho Nacional 
de Previdência 
Complementar - 
CNPC
Superintendência 
Nacional de Previdência 
Complementar - PREVIC
Entidades fechadas de previdência complementar 
(fundos de pensão)
Quadro 2.1 - Composição 
Fonte: Banco Central do Brasil, 2011. 
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/CMN.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/CMN.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bacen.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bacen.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/ifcdv.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/ifcdv.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/ifcdv.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/ifcdv.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/dif.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/dif.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/dif.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/Bancos_Cambio.asp?idPai=?SFNCOMP
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/Bancos_Cambio.asp?idPai=?SFNCOMP
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/oif.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/oif.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/oif.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cvm.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cvm.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bmf.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bmf.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bmf.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bv.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bv.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cnsp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cnsp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cnsp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/ssp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/ssp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/ssp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/irb.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/saosp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/saosp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/sc.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/sc.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/epp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/epp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/epp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cgpc.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cgpc.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cgpc.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cgpc.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/spc.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/spc.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/spc.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/efpp.asp
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/efpp.asp
38
Universidade do Sul de Santa Catarina
Em seguida, você estudará as principais funções do Conselho 
Monetário Nacional.
Quais as principais funções do Conselho Monetário 
Nacional?
Entre as funções do Conselho Monetário Nacional, estão: 
adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades 
da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o 
equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos 
recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento 
das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela 
liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as 
políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública 
interna e externa. Não lhe cabe função executiva.
Essa função é delegada ao Banco Central do Brasil, que atua 
como órgão executivo, e à Comissão de Valores Mobiliários, 
que tem a função de normatizar e regulamentar o Mercado 
Acionário e de Balcão.
Com base no exposto acima, o Conselho Monetário Nacional 
estabelece diretrizes e normas para o Sistema Financeiro, tendo 
como principal executor o Banco Central do Brasil.
Agora você talvez esteja imaginando a importância do Banco 
Central do Brasil para o Mercado Financeiro, não é mesmo?
Quais as principais funções do Banco Central do Brasil?
Você sabia que o BACEN é uma autarquia Federal com funções 
normativas e executivas que constitui o ápice do Sistema 
Financeiro Nacional?
Sua função é a de operacionalizar as decisões adotadas no âmbito 
do Conselho Monetário Nacional, principalmente as relativas à 
execução da política monetária creditícia e cambial dos Mercados 
Financeiros e de Capitais e de controle da dívida pública.
39
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
Entre as principais funções do BACEN, estão:
a) emitir papel-moeda e moeda-metálica, nas condições e 
limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional e 
aprovados pelo Congresso Nacional;
b) receber os recolhimentos compulsórios dos bancos 
comerciais e os depósitos voluntários das instituições 
financeiras, bancárias e não bancárias que operam no país;
c) realizar as operações de redesconto e empréstimo às 
instituições financeiras que operam no país;
d) emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com 
condições estabelecidas pelo CMN;
e) formular, executar e acompanhar a política monetária;
f) controlar as operações de crédito em todas as suas 
formas, no âmbito do sistema financeiro;
g) formular, executar e acompanhar a política cambial e de 
relações financeiras com o exterior;
h) organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Financeiro 
Nacional, o Sistema de Pagamentos Brasileiro e o Sistema 
Nacional de Habitação, e ordenar o mercado financeiro;
i) formular normas aplicáveis ao Sistema Financeiro 
Nacional;
j) conceder autorização para o funcionamento das 
instituições financeiras e de outras entidades, conforme 
legislação em vigor; e
k) fiscalizar e regular as atividades das instituições financeiras 
e demais entidades por ele autorizadas a funcionar;
l) regulamentar, autorizar e fiscalizar as atividades 
das sociedades administradoras de consórcios para a 
aquisição de bens; 
40
Universidade do Sul de Santa Catarina
m) normatizar, autorizar e fiscalizar as sociedades de 
arrendamento mercantil, as sociedades de crédito 
imobiliário e as associações de poupança e empréstimo, 
bem como regular todas as suas operações; 
n) normatizar as operações do Sistema Nacional de Crédito 
Rural (SNCR), consolidar suas informações por meio 
do Registro Comum das Operações Rurais (Recor) 
e administrar o Programa de Garantia da Atividade 
Agropecuária (Proagro); e
o) desenvolver trabalho de comunicação social, tanto de 
caráter técnico – por meio de publicações como o “Boletim 
Mensal”, o “Relatório Anual”, as “Notas à Imprensa” e 
página da Internet –, como deorientação, por meio de 
serviços de atendimento ao público, instalados em todas as 
gerências administrativas regionais.
Deste modo, agora você já conhece quais são as principais 
funções do Banco dos Bancos.
Para saber mais
A Secretaria do Tesouro Nacional realiza a gestão da 
dívida pública interna e externa do Governo Federal. 
Você pode ter acesso a dados e relatórios através do 
site da instituição. 
O que é Imposto Compulsório?
Imposto compulsório são depósitos bancários que as instituições 
financeiras são obrigadas a depositar no Banco Central. O 
objetivo é evitar que o volume de dinheiro em circulação no país 
seja alto, o que poderia pressionar a inflação.
41
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
Para que serve?
O Banco Central, quando reduz a alíquota do recolhimento 
compulsório, visa a controlar a inflação, a reduzir o crédito e a 
frear o consumo. Quando eleva esta alíquota do compulsório, 
permite injetar recursos no mercado, ampliando o crédito, 
estimulando a produção e a geração novos empregos.
Alguns Tipos de Compulsório
Depósitos à vista, Depósitos a prazo e Caderneta de 
Poupança. Para cada tipo de depósito são praticadas taxas de 
compulsórios diferenciadas. 
Efeito Multiplicador da Moeda
Veja como se multiplicam $100 de depósito em banco, supondo 
encaixe de 10%:
Tabela 2.1 - Efeito Multiplicador da Moeda
EFEITO MULTIPLICADOR NOVO DEPÓSITO COMPULSÓRIO NOVO EMPRÉSTIMO
Depósito inicial 100 10 90
Depósito 1 90 9 81
Depósito 2 81 8,1 72,9
Depósito 3 72,9 7,29 65,61
Depósito 4 65,61 6,561 59,05
............................... ............. .................. ...................
Efeito total 1.000 100 900
Fonte: CAVALCANTE (2005).
42
Universidade do Sul de Santa Catarina
Como se vê, um depósito de 100 gera 900 de empréstimos (o 
que só seria conseguido com um depósito de 1.000). O ciclo se 
encerra quando o encaixe se iguala ao depósito inicial. Assim, 
quanto maior for o percentual do compulsório, menor será o 
efeito multiplicador.
Fórmula: 1 
% Imposto compulsório
Desta forma, um depósito inicial de $100 gerou um total de 
depósitos de $1.000, ou seja, foi multiplicado por 10.
Embora a CVM tenha aperfeiçoado os mecanismos de 
acompanhamento, controle e punições aos que cometem 
infrações no mercado, ainda está distante da SEC americana. 
Compare: 
Duas realidades
Compare a CVM com sua congênere americana, a SEC(1)...
Orçamento anual (em dólares) Número de funcionários
CVM 60 milhões 500
SEC 1 bilhão 3 700
...e o tamanho dos mercados que cada uma tem de vigiar
Empresas listadas na bolsa Valor total das empresas (em dólares)
Bovespa 420 1 trilhão
Bolsa de Nova York 2 782 18,2 trilhões
(1) Securities and Exchange Commission 
Fontes: CVM, Bovespa, SEC e grupo Nyse
Fonte: Revista Exame. Ed. 0897, jul. 2007. 
43
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
Lá fora o cerco é mais fechado
O controle da SEC (órgão que regula o mercado de capitais americano) é mais rígido que o da 
CVM (que rege o mercado brasileiro)
SEC CVM
Busca de dados
Um sistema armazena dados sobre operações 
realizadas por insiders, que rapidamente são 
cruzados com a variação anormal do valor das 
ações
Não há sistema eletrônico de coleta 
e cruzamento de informações. 
Os funcionários perdem tempo 
manipulando dados dispersos
Transparência
Os dados de operações realizadas por insiders 
estão disponíveis na internet - o que pode dar 
a investidores e analistas pistas de atuações 
irregulares
As informações de operações individuais 
de insiders deixaram de ser públicas em 
2005 - sob a alegação de que os dados 
serviriam a ações de sequestradores
Quebra de sigilo
A instituição consegue obter em até dois dias na 
Justiça autorização para quebrar sigilo bancário e 
telefônico do investigado
A Justiça pode demorar até um ano para 
autorizar a quebra de sigilo bancário 
e telefônico - o que pode levar ao 
arquivamento de casos por falta de prova
Punição
A comprovação de uso de informação privilegiada 
pode levar um insider à cadeia em até seis meses 
após o início das investigações
A CVM pode demorar em média dois 
anos para concluir as investigações e a 
Justiça outros dez anos para decidir pela 
prisão do acusado
Fontes: CVM e advogados
Revista Exame. Ed. 0897, jul. 2007. 
44
Universidade do Sul de Santa Catarina
Seção 3 – Quais as principais funções da Comissão de 
Valores Mobiliários?
De acordo com a lei nº 6385, que a criou a Comissão de Valores 
Mobiliários, este órgão exercerá suas funções a fim de:
 � assegurar o funcionamento eficiente e regular dos 
Mercados de Bolsa e de Balcão;
 � proteger os titulares de valores mobiliários contra 
emissões irregulares e atos ilegais de administradores 
e acionistas controladores de companhias ou de 
administradores de carteira de valores mobiliários;
 � evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação 
destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta 
ou preço de valores mobiliários negociados no mercado;
 � assegurar o acesso do público a informações sobre 
valores mobiliários negociados e as companhias que os 
tenham emitido;
 � assegurar a observância de práticas comerciais equitativas 
no Mercado de Valores Mobiliários;
 � estimular a formação de poupança e sua aplicação;
 � estimular a formação de poupança e sua aplicação em 
valores mobiliários;
 � promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular 
do Mercado de Ações e estimular as aplicações permanentes 
em Ações do capital social das companhias abertas.
45
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
Síntese
Nesta unidade você aprendeu o que é o Sistema Financeiro 
Nacional, seus principais órgãos e seu papel na economia.
Você aprendeu também como funciona o Conselho Monetário 
Nacional, o Banco Central do Brasil e sua importância para 
todo o Sistema. E finalmente, você estudou sobre a Comissão 
de Valores Mobiliários, órgão responsável pela regulamentação, 
normatização e fiscalização das Bolsas de Valores.
A CVM tem como objetivo principal dar transparência às 
negociações no Mercado Acionário brasileiro. E, para isso, impõe 
ao Mercado regras de comportamento rígidas e tratamento da 
informação de maneira pública para que todos tenham acesso ao 
mesmo nível de informação.
Atividades de autoavaliação
Leia os enunciados com atenção e responda as questões que seguem.
1) Defina Sistema Financeiro Nacional.
46
Universidade do Sul de Santa Catarina
2) Quais as principais funções do Conselho Monetário Nacional?
3) Explique a importância do Banco Central do Brasil para todo sistema.
4) Descreva as funções da Comissão de Valores Mobiliários.
47
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
Saiba mais
Consulte o site da Comissão de Valores Mobiliários e realize no 
link Desafios do Investidor os exercícios propostos sobre GEM e 
Sistema Financeiro Nacional. 
Para saber mais sobre a história da Comissão de Valores 
Mobiliários, recomenda-se a leitura da obra: 
Mercado de Capitais: uma trajetória de 50 anos, de Roberto 
Teixeira da Costa. 
Você sabia que a lei n° 6385 criou a Comissão de Valores 
Mobiliários? Conheça mais detalhes sobre essa lei a seguir:
DISPÕE SOBRE O MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS E 
CRIA A COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS
Lei: 6385
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º - Serão disciplinadas e fiscalizadas de acordo com esta Lei 
as seguintes atividades: & Artigo alterado pela lei n º 10.303/01 - a 
emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;
II - a negociação, e intermediação no Mercado de Valores 
Mobiliários;
III - a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas 
de Valores;
IV - a administração de carteiras e a custódia de valores 
mobiliários;
V - a auditoria das companhias abertas;
VI - os serviços de consultor e analista de valores mobiliários.
Art. 2º - São valores mobiliários sujeitos ao regime desta 
lei:& Artigo alterado pela Lei n º 10.303/01 - as ações, partes 
beneficiáriase debêntures, os cupões desses títulos e os 
bônus de subscrição;
II - os certificados de depósito de valores mobiliários;
48
Universidade do Sul de Santa Catarina
III - outros títulos criados ou emitidos pelas sociedades 
anônimas, a critério do Conselho Monetário Nacional.
Parágrafo único - Excluem-se do regime desta lei n º 10.303/01
I - os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;
II - os títulos cambiais de responsabilidade de instituição 
financeira, exceto as debêntures.
Art. 3º - Compete ao Conselho Monetário Nacional:
I - definir a política a ser observada na organização e no 
funcionamento do Mercado de Valores Mobiliários;
II - regular a utilização do crédito nesse Mercado;
III - fixar a orientação geral a ser observada pela Comissão de 
Valores Mobiliários no exercício de suas atribuições;
IV - definir as atividades da Comissão de Valores Mobiliários 
que devem ser exercidas em coordenação com o Banco 
Central do Brasil;
V - aprovar o Quadro e o Regulamento de Pessoal da 
Comissão de Valores Mobiliários, bem como fixar a retribuição 
do presidente, diretores, ocupantes de funções de confiança e 
demais servidores. & Inciso acrescentado pela lei nº 6.422/77.
Parágrafo único - Ressalvado o disposto nesta Lei, a 
fiscalização do Mercado Financeiro e de Capitais continuará 
a ser exercida, nos termos da legislação em vigor, pelo Banco 
Central do Brasil.
Art. 4º - O Conselho Monetário Nacional e a Comissão de Valores 
Mobiliários exercerão as atribuições previstas na lei para o fim de: 
& Artigo alterado pela lei n º 10.303/01
I - estimular a formação de poupança e a sua aplicação em 
valores mobiliários;
II - promover a expansão e o funcionamento eficiente e 
regular do Mercado de Ações, e estimular as aplicações 
permanentes em Ações do capital social de companhias 
abertas sob controle de capitais privados nacionais;
III - assegurar o funcionamento eficiente e regular dos 
Mercados da Bolsa e do Balcão;
IV - proteger os titulares de valores mobiliários e os 
investidores do Mercado contra:
a) emissões irregulares de valores mobiliários;
49
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores 
das companhias abertas, ou de administradores de carteira de 
valores mobiliários;
V - evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação 
destinada a criar condições artificiais de demanda, oferta ou 
preço dos valores mobiliários negociados no Mercado;
VI - assegurar o acesso do público a informações sobre os 
valores mobiliários negociados e as companhias que os 
tenham emitido;
VII - assegurar a observância de práticas comerciais 
eqüitativas no Mercado de Valores Mobiliários;
VIII - assegurar a observância, no Mercado, das condições de 
utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários 2004,
LEI 6404
Art 17 - Estabelece como vantagem adicional das Ações 
Preferenciais o direito de recebimento de dividendos no mínimo 
dez por cento maiores do que os atribuídos às Ações Ordinárias, 
salvo no caso de Ações com dividendos mínimos ou fixos. Essa 
vantagem não existia anteriormente.
Art 45 - O valor do reembolso para acionistas dissidentes poderá 
ser estipulado com base no valor econômico da companhia, 
caso o estatuto assim o possibilite. O valor econômico será 
determinado com base em avaliação realizada por peritos, e 
poderá ser menor do que o valor patrimonial da companhia, 
calculado com base no patrimônio líquido constante do último 
balanço aprovado em Assembléia Geral. Anteriormente o valor 
de reembolso era determinado com base no valor patrimonial.
Art 117 - Fica incluída, entre as modalidades de exercício abusivo 
de poder, a subscrição de Ações para fins de aumento de capital 
com bens estranhos ao objeto social da companhia.
Art 123 - Os acionistas preferenciais, desde que representantes 
de pelo menos cinco por cento do capital social da companhia, 
passam a ter competência para a convocação da Assembléia Geral 
para qualquer finalidade, desde que o pedido esteja devidamente 
fundamentado e contenha indicação das matérias a serem tratadas. 
Essa competência anteriormente era exclusiva dos acionistas 
ordinários. Alem disso, criase a competência para que acionistas 
ordinários e preferenciais, desde que detentores de cinco por cento 
do capital votante e não-votante, respectivamente, para convocação 
da assembléia para instalação do Conselho Fiscal.
50
Universidade do Sul de Santa Catarina
Art 137 - Elimina o direito de retirada nos casos de cessação 
do estado de liquidação e dissolução da companhia . Fica 
mantido o direito de recesso nos casos de fusão da companhia, 
sua incorporação por outra ou participação em grupos de 
sociedades (incisos IV e V), mas com a ressalva de que só 
terão direito de recesso os acionistas titulares de Ações que 
não integrem índices representativos de carteiras de Ações 
admitidos à negociação em Bolsas de Futuros e/ou de Ações 
de companhias abertas que tenham em circulação no Mercado 
menos da metade das ações por ela emitidas (entendendo-se 
Ações em circulação no Mercado como o total das Ações 
emitidas menos as de propriedade do controlador. Isto é, fica 
eliminado, nos casos especificados, o direito de retirada dos 
acionistas detentores de Ações de companhias com boa liquidez 
no Mercado.
Art 152 - Benefícios de qualquer natureza e verbas de 
representação dos administradores passam a ser fixados em 
Assembléia Geral. Anteriormente esta exigência contemplava 
apenas a remuneração dos administradores.
Art 162 - Reembolso obrigatório das despesas de locomoção 
e estada necessárias ao exercício da função dos membros do 
Conselho Fiscal passa a ser fixado pela Assembléia Geral que 
os eleger. Anteriormente essa exigência contemplava apenas a 
remuneração dos membros do Conselho Fiscal.
Art 163 - Qualquer membro do Conselho Fiscal poderá solicitar 
esclarecimentos aos auditores independentes, sem necessidade 
de votação. O Conselho Fiscal poderá solicitar à diretoria a 
indicação de um perito para ajudar na apuração de fato cujo 
esclarecimento seja considerado necessário para o exercício de 
sua função.
Art 170 - Estabelece os seguintes critérios para determinação 
do preço de emissão de Ações para efeito de aumento de 
capital, de tal forma que não ocorra diluição injustificada 
das participações dos antigos acionistas, mesmo que estes 
tenham direito de preferência na subscrição: a perspectiva de 
rentabilidade da companhia; o valor do patrimônio líquido da 
Ação; e a cotação das Ações em Bolsa de Valores ou Mercado de 
Balcão Organizado, admitindo ágio ou deságio em função das 
condições de Mercado. A escolha de um ou de uma combinação 
desses critérios deve ser justificada por fatores econômicos.
Art 223 - Quando da incorporação, fusão ou cisão de companhia 
aberta, as sociedades sucessoras devem ser abertas e promover 
a negociação de suas Ações no Mercado secundário em 120 
51
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
dias. Caso isso não ocorra, os acionistas dissidentes passam a ter 
direito de retirar-se da companhia, mediante reembolso (Art 45).
Art 229 - Admite, em caso de cisão, que sejam atribuídas aos 
titulares Ações em proporção diferente das que possuíam na 
companhia cindida, desde que assim aprovado por todos os 
acionistas, inclusive os titulares de Ações sem direito a voto.
Art 254 - Revogado. Com isso elimina-se a necessidade de 
prévia autorização da CVM para alienação do controle de 
companhia aberta e obrigatoriedade de tratamento equitativo 
dos acionistas minoritários quando da alienação do controle 
de companhia aberta mediante oferta pública de compra 
de Ações. Ou seja, nos casos de alienação, os acionistas 
minoritários perdem o direito de poder vender suas Ações pelo 
mesmo preço pago ao acionista controlador.
Art 255 - Revogados os parágrafos 1º e 2º, que referiam-se ao 
mesmo tratamento equitativo aos acionistas minoritáriosnos 
casos de alienação de controle.
Art 294 - O requisito para companhias fechadas gozarem de 
simplificação de procedimentos passa ser exclusivamente a 
existência de menos de 20 acionistas.
Além das alterações acima descritas, diversas outras 
modificações no texto da lei 6404 foram aprovadas. Essas 
últimas, entretanto, são secundárias e destinam-se basicamente 
a adaptar o texto de outros artigos às alterações no direito de 
retirada ora promovidas.
Um outro conjunto de modificações tratou de introduzir as 
adaptações necessárias em função do fim das Ações ao portador 
e endossáveis, determinado pela lei 8021/90. Apesar de não 
mais existirem Ações e outros valores mobiliários ao portador 
e endossáveis desde 1990, muitos artigos da lei 6404 ainda 
mantinham o texto anterior, carecendo da devida adequação, 
somente agora realizada.
LEI 6385
Art 9º (V), Art 11 (III) - Sujeita os membros do Conselho Fiscal 
a inquérito administrativo promovido pela CVM e à pena de 
suspensão do exercício do cargo. Anteriormente apenas os 
administradores estavam sujeitos à pena.
Art 11 (VIII) - Introduz a proibição temporária de atuar, direta ou 
indiretamente, no Mercado de Valores Mobiliários. Essa proibição 
pode atingir, por exemplo, investidores pessoas físicas, o que não 
estava previsto anteriormente.
52
Universidade do Sul de Santa Catarina
Art 11 (§ 1º) - Aumenta significativamente os valores das multas, 
que não poderá exceder o maior dos seguintes valores: R$ 
500.000,00 (quinhentos mil reais); cinqüenta por cento do valor 
da emissão ou operação irregular; e três vezes o montante 
da vantagem econômica obtida ou da perda evitada em 
decorrência do ilícito. Nos casos de reincidência poderão ser 
aplicadas multas até o triplo desses valores (§ 2º). A multa 
cominatória, aplicada pela inexecução de ordem da CVM, não 
excederá R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por dia de atraso (§ 11).
Art 11 (§§5º a 9º) - Introduz o “termo de compromisso”, 
instrumento que permite que a CVM: i) suspenda o inquérito 
administrativo caso o acusado ou indiciado assine um termo 
comprometendo-se a cessar as práticas consideradas ilícitas 
e indenizar os prejuízos causados e ii) atenuar as penalidades 
de pessoas que espontaneamente confessem ilícitos ou se 
disponham a prestar informações e colaborar com a CVM na 
apuração dos ilícitos (§ 9º).
Art 33 - Artigo incluído, estabelecendo o prazo de oito anos para 
a prescrição das infrações às normas legais e regulamentando 
diversos aspectos da prescrição.
Finalmente, diversas modificações foram introduzidas nos artigos 
15, 17, 21 e 22, com o objetivo de adequar o texto da lei 6385 
à existência das entidades de Mercado de Balcão Organizado, 
regulamentadas pela Instrução CVM 243, de 1/3/96. Ou seja, 
a regulamentação do Mercado de Balcão Organizado pela 
CVM foi feita amparada pela lei, mas ao mesmo tempo criou a 
necessidade de adaptações no texto da mesma lei. Entre estas, 
destacam-se:
Art 15 - As entidades de Mercado de Balcão Organizado são 
incluídas entre os integrantes do sistema de distribuição de 
valores mobiliários.
Art 17 - Essas entidades são equiparadas às Bolsas de Valores 
como organizações autônomas, auto-reguladoras e auxiliares da 
CVM na fiscalização de seus membros e das operações realizadas.
Art 21 - Serão administradas por entidades cujo funcionamento 
dependerá de prévia autorização da CVM.
53
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 2
Você poderá aprofundar os temas estudados nesta unidade 
pesquisando em:
COSTA, Roberto T. da. Mercado de Capitais: uma trajetória de 
50 anos. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006. 
KRUGMAN, P.; OBSTFELD, M. Economia internacional: 
teoria e política. São Paulo: Makron Books, 2002.
MELLAGI, F. A.; ISHIKAWA, S. Mercado Financeiro e de 
Capitais. São Paulo: Atlas, 2000.
PINHEIRO, L. J. Mercado de Capitais: fundamentos e 
técnicas. São Paulo: Atlas, 2005.
 
3UNIDADE 3Títulos e valores mobiliários 
Objetivos de aprendizagem
 � Entender o que é um título.
 � Compreender o que são valores mobiliários.
 � Entender o que é um fundo de investimento.
 � Compreender risco sistemático e risco não sistemático.
Seções de estudo
Seção 1 Definição de título e algumas classificações
Seção 2 Caracterização de valores mobiliários
Seção 3 O que são fundos de investimentos? E quais os 
tipos?
Seção 4 Definição de risco sistemático e risco não 
sistemático
56
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo
Nesta unidade, a proposta é que você aprenda a distinguir as 
diferenças entre títulos e valores mobiliários, bem como conheça 
melhor as características de um fundo de investimento.
Para tal, sua disposição será a chave. Siga em frente!
Seção 1 – Definição de título e algumas classificações
Você já estudou que os títulos são papéis que pagam taxas 
de juros numa data futura ao seu possuidor. E que título de 
renda fixa é um exemplo de como é realizada uma operação de 
empréstimo em que o tomador do dinheiro oferece um papel 
como comprovante da operação, fixando juro, prazos e condições 
para a devolução do capital, não é mesmo?
Lembre-se de que os títulos podem ser públicos, quando emitidos 
por órgãos de Governo, ou privados, se emitidos por empresas ou 
instituições financeiras privadas.
E que em relação ao rendimento podem ser prefixado, pós-
fixado, misto ou atrelado ao dólar.
Pois bem, saiba que nos títulos prefixados a taxa de juro é 
conhecida. Ao comprar o título, o investidor já sabe quanto vai 
receber no vencimento. No pós-fixado, o título é corrigido pelo 
índice de inflação ou taxa de juro.
Outra diferença que você pode observar é entre título de 
renda fixa e título de renda variável. Nos títulos de renda fixa 
o valor dos rendimentos é estabelecido através de contrato, 
enquanto nos títulos de renda variável é incerto, dependendo do 
comportamento do ativo escolhido.
57
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 3
Neste caso, é importante ressaltar que os títulos de renda fixa 
embutem um risco menor do que os títulos de renda variável para 
o seu possuidor.
Agora que você retomou alguns conceitos importantes sobre 
título, siga para o estudo da caracterização de valores mobiliários.
Seção 2 – Caracterização de valores mobiliários
Você sabia que valores mobiliários também são títulos ou 
contratos que dão direito de participação, de parceria ou mesmo de 
remuneração, cujos rendimentos se originam do esforço de terceiros?
Pois é, as Ações e as debêntures são exemplos de renda variável 
que, quando ofertadas publicamente, são regidas pela Comissão 
de Valores Mobiliários.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários, renda variável são 
títulos como debêntures, Ações etc. Entretanto, nas Bolsas de 
Valores brasileiras, hoje, negociam-se basicamente Ações.
Seção 3 – O que são fundos de investimentos? E quais 
os tipos?
Fundos de investimento são condomínios constituídos com 
o objetivo de realizar a aplicação coletiva dos capitais de 
seus participantes. São regidos por um regulamento e têm 
uma assembleia geral dos participantes para a análise do 
investimento dos recursos.
Os fundos de investimento em títulos e valores mobiliários 
constituem-se numa alternativa de aplicação por parte do 
58
Universidade do Sul de Santa Catarina
pequeno investidor e têm a finalidade de captar e investir 
recursos no Mercado de Capitais.
O investimento se dá por meio da emissão de cotas. Reúnem-se 
aplicações de vários indivíduos para investimento em carteiras de 
títulos e valores mobiliários.
A gestão do fundo pode ser realizada pelo próprio administrador 
do fundo ou pode ser terceirizada, isto é, realizada por uma 
pessoa física ou jurídica contratada especialmente para essa 
finalidade. Esse é o gestor da carteira.
As informações relevantes de um fundo de investimento devem 
ser repassadas para todos participantes do fundo.
Você precisa entender que existem dois tipos de fundos:
 � fundos de investimento financeiro (FIF): regulamentados 
e fiscalizadospelo Banco Central do Brasil, estando 
direcionados às áreas de commodities, taxas de juros 
interbancárias e outras modalidades; 
 � fundos de investimento em títulos e valores mobiliários, 
que sucederam os fundos mútuos de Ações – carteira 
livre, regulamentados e fiscalizados pela CVM.
De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários, você 
pode visualizar agora os benefícios oferecidos pelos fundos de 
investimento para o investidor:
1. acesso a modalidades de investimento que, pelo volume 
de recursos envolvidos, não estariam ao alcance de 
investidores individuais, especialmente os de menor 
capacidade financeira, aumentando, assim, a quantidade 
de alternativas de investimento disponíveis.
A formação de uma carteira diversificada de Ações e 
outros ativos requer um volume de recursos que, na 
maioria das vezes, é superior às disponibilidades do 
pequeno investidor;
59
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 3
2. diluição, entre os participantes, dos custos de 
administração da carteira, com destaque para aqueles 
relacionados com a seleção dos ativos, que, normalmente, 
não são acessíveis aos investidores individualmente. 
A participação de vários investidores em um fundo 
permite que essas economias possam ser canalizadas 
coletivamente para o Mercado de Valores Mobiliários, 
viabilizando, portanto, a participação do pequeno 
investidor nesse segmento de investimentos; 
3. assegurar ao investidor a comodidade de ter os seus 
investimentos administrados profissionalmente, sem 
que ele tenha de dominar a utilização de sofisticado 
instrumental de análise e acessar diferentes fontes de 
informação, requeridas para a administração profissional 
de uma carteira de investimentos. 
Seção 4 – Definição de risco sistemático e risco não 
sistemático
No Mercado Financeiro há dois tipos de riscos:
 � risco não sistemático – que também é denominado risco 
diversificável em razão da possibilidade de resolução 
dentro do sistema econômico, ou seja, em outros 
investimentos. 
De acordo com HALPERN (2006, p.122) este tipo 
de risco é único de cada empresa, independente da 
economia ou política. Veja alguns exemplos:
 » desempenho alcançado da empresa comparado com as 
projeções;
 » disputas judiciais;
 » desempenho das concorrentes diretas;
60
Universidade do Sul de Santa Catarina
 » ameaças de concordatas;
 » perspectivas do desempenho futuro da empresa e do 
setor;
 » novas tecnologias desenvolvidas pela concorrência;
 » acidentes envolvendo a empresa;
 » greves pelos colaboradores da empresa;
 » negociação de dívidas, entre outros entraves.
 � risco sistemático – que também é denominado de risco 
não diversificável, que afeta todo o sistema econômico, 
é um risco relacionado às influências macroeconômicas, 
afetando todos os setores da economia.
Para HALPERN (2006, p. 122), este tipo de risco é resultante 
de: crises políticas, escândalos, grande oscilações nas taxas de 
juros, guerras, alterações nas alíquotas de imposto pelo Governo, 
revoluções, falta de credibilidade por parte do consumidor, 
classificação do risco país, crises cambiais, crises financeiras 
nacionais ou internacionais, entre outros.
Você precisa saber que esses riscos causam uma grande 
volatilidade dos Mercados Financeiros, fazendo com que as 
empresas, os investidores e os indivíduos busquem sempre uma 
maior proteção em relação ao risco, estimando modelos mais 
consistentes estatisticamente e, como consequência, realizando 
previsões financeiras mais acuradas.
O aprimoramento de modelos, dando origem a novos modelos 
dinâmicos, traz maior segurança para o investidor ao longo do 
ciclo de negócios.
O modelo CAPM The Capital Asset Pricing Model – Modelo de 
Precificação de Ativos Financeiros - mostra que o risco de um 
ativo financeiro é bem representado pelo coeficiente beta, que 
mede o risco de um título em relação ao Mercado.
61
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 3
Esse coeficiente representa a influência dos fatores 
macroeconômicos nos retornos dos Ativos, daí a importância de 
suas estimativas.
O coeficiente beta pode ser visto como uma medida de 
volatilidade relativa dos retornos de um Ativo em relação aos 
retornos do Mercado.
Devem-se esperar mudanças nas características fundamentais de 
uma empresa, assim como no ambiente macroeconômico. Assim, 
não é possível supor que o risco sistemático se mantenha estável.
Curiosidades
Não seja teimoso: não imagine que o Mercado mudará sua 
trajetória porque isso será bom para você. Procure Ações nas 
quais haja questões e dúvidas levantadas sobre os seus lucros. 
– Willian Gofen – US$ 2.5 bilhões em fundos, seguradoras e 
indivíduos.
Você entende agora que o Mercado Acionário é muito 
mais complexo do que parece?
Para praticar esses novos conhecimentos, realize as atividades de 
autoavaliação.
62
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Esta unidade mostrou conceitos importantes sobre os Ativos do 
Mercado Financeiro. Nela você aprendeu o que é um título e o 
que são valores mobiliários.
Com base nesses conceitos, você aprendeu sobre a importância 
dos fundos de investimento para a economia de um país.
Para você conferir se alcançou os objetivos propostos, antes 
de ir adiante, reveja no início da unidade se os objetivos de 
aprendizagem foram atingidos.
Atividades de autoavaliação
Após você ter realizado uma leitura reflexiva e criteriosa sobre o conteúdo 
desta unidade, responda as questões a seguir.
1) Defina título e comente sobre suas classificações.
63
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 3
2) O que são valores mobiliários?
3) Para você, qual a importância dos fundos de investimento?
64
Universidade do Sul de Santa Catarina
4) Defina com suas palavras risco sistêmico e risco não sistêmico.
Saiba mais
Para aprofundar seu estudo nesta unidade, leia também o artigo 
apresentado a seguir.
65
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Unidade 3
Testando a Validade da Paridade do Poder de Compra na 
Economia Brasileira
Wesley Vieira da Silva, M. Sc. 
Professor da Universidade do Sul de Santa Catarina e Doutorando em Engenharia de Produção pela UFSC. 
Campus Tubarão - SC E-mail: wesley@eps.ufsc.br <mailto:wesley@eps.ufsc.br>
Elmo Tambosi Filho, M. Sc. 
Professor da Universidade do Sul de Santa Catarina e Doutorando em Engenharia de Produção pela UFSC. 
Campus Tubarão - SC E-mail: tambosi@matrix.com.br <mailto:tambosi@matrix.com.br>
Newton Carneiro Affonso da Costa Jr., Dr. 
Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção pela UFSC. 
Florianópolis - SC E-mail: newton@eps.ufsc.br <mailto:newton@eps.ufsc.br>
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo testar a validade da Paridade do Poder 
de Compra para a economia brasileira utilizando-se as variáveis taxa de 
câmbio real (R$/US$), Índice de Preços por Atacado (IPA) do Brasil e Índice 
de Preços ao Produtor (IPP) dos Estados Unidos. Os dados coletados foram 
mensais e abrangem o período de janeiro de 1990 a agosto de 2000. As 
metodologias empregadas foram os testes de raízes unitárias conhecidos 
como Dickey-Fuller (DF) e Dickey-Fuller Ampliado (ADF) além do teste de 
co-integração desenvolvido por Engle e Granger. Os resultados obtidos 
não confirmam a validade da teoria da Paridade do Poder de Compra 
(PPC) para o Brasil, em razão da ausência de co-integração entre as 
variáveis envolvidas, ao nível de significância estatística de 1%, garantido 
coerentemente que para o período analisado, tal teoria não é válida para 
explicar as mudanças da taxa de câmbio real no longo prazo.
Palavras-chave: Paridade do Poder de Compra, Co-Integração e Raízes 
Unitárias.
1. Introdução
Poucos temas têm suscitado tanta controvérsia no Brasil nos últimos 
tempos como a discussão acerca dos principais fatores que determinam 
a taxa de câmbio no longo prazo. Essa teoria que procura explicar tais 
flutuações no longo prazo das taxas de câmbio é vista como a Paridade do 
Poder de Compra (PPC).
Assim, com a arbitragem, a taxa

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