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TRIBUTÁRIO - KAMILA

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Prévia do material em texto

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
DIREITO TRIBUTÁRIO 
1. Os alunos deverão construir um quadro comparativo entre as imunidades tributárias previstas no art. 150, VI da CF (imunidades gerais).
2. O quadro comparativo deve descrever de forma objetiva os seus elementos.
3. A construção do quadro comparativo deve acompanhar uma resenha da leitura do texto indicado no material de apoio.
4. O aluno deverá relacionar sua percepção sobre a tabela, em especial sobre o contexto histórico que embasou o surgimento de cada imunidade, construindo um texto argumentativo, e, expressando, ao final, sua posição crítica sobre os temas abordados.
5. O aluno deverá, também, investigar a atual interpretação do STF sobre cada uma das imunidades.
6. A tabela e o texto deverão ser postados no ambiente Blackboard.
· Quadro Comparativo: 
	Imunidades Gerais
	Norma Constitucional
	Elementos
	Recíproca
	Artigo 150, I, alínea a
	Consequência da forma federativa do Estado. 
	Templos Religiosos
	Artigo 150, I, alínea b
	Consequência do direito de manifestação de crenças. 
	Partidos Políticos; Sindicatos; Entidades Educacionais e Assistenciais.
	Artigo 150, I, alínea c
	Consequência do pluripartidarismo.
Consequência dos direitos sociais relacionados ao trabalho, educação e saúde.
	Livros; Jornais e Periódicos.
	Artigo 150, I, alínea d
	Consequência do direito de livre manifestação de pensamento.
	Fonogramas e Videogramas
	Artigo 150, I, alínea e
	Consequência da preservação da cultura.
· Resenha Elucidativa das Imunidades Gerais, considerando o livro: Limitações Constitucionais ao poder de tributar de Aliomar Baleeiro.
 
O contexto histórico das imunidades tributárias está relacionado a declaração de privilégios. Isso pois, outrora a imunidade de impostos estava direcionada aos nobres, clérigos, ou castas superiores socialmente na época. Destinando os encargos pecuniários a classe social pobre, escravos ou vassalos feudais.
A partir da consolidação de ideias liberais, objetivou-se democratizar as imunidades, de modo que fossem devidamente justificadas, possuindo incidências sobre situações cristalinamente necessárias.
Observando a legislação brasileira, insta salientar que a Constituição do 1824 já trazia em seu bojo a incidência de imunidade tributária, declarando a imunidade recíproca entre os estados federativos. 
Nesse aspecto, o autor Aliomar Baleeiro considera de forma cristalina a necessidade dessa imunidade no governo estatal declarado federativo, já que há autonomia entre os estados, logo não há de se considerar que haja retaliações tributárias entre estes.
Atualmente a imunidade recíproca aplica-se a todas as organizações públicas regidas pelo direito público, e considerando a jurisprudência aquelas regidas pelo direito privado que exercem atividade pública. 
A doutrina por sua vez, justifica essa imunidade como consequência da inexistência de capacidade contribuitiva dessas organizações, por conta disso a imunidade se estende aos municípios e autarquias.
A imunidade sobre os templos religiosos é consequência do direito a livre manifestação de crenças determinado pela norma constitucional. Denota-se que se busca desonerar de tributos os templos religiosos com a finalidade de não estorvar a sua criação e conservação. 
Essa imunidade é consequência de contexto histórico da própria humanidade que de forma predominante sempre inevitavelmente se prestava a cultuar criaturas espirituais. 
Insta salientar que atualmente a imunidade é aplicada sobre os bens, renda e serviços dessas organizações, incidindo impostos sobre estes apenas nos casos em que se constata que os recursos obtidos são utilizados em objeto diverso daqueles destinados a prática das crenças. 
A imunidade incidente sobre os bens, renda e serviços dos partidos políticos é consequência lógica da norma constitucional que tem por fundamento o pluripartidarismo. 
As imunidades conferidas às entidades educacionais, assistenciais e sindicais dos trabalhadores, são justificadas pelo resultado que garantindo por meio de seus serviços que seja: promover a educação, prestar assistência médica ou social e defender os direitos relativos ao trabalho.
Considerando essas imunidades, denota-se a presença de interesse social envolvido, já que as retaliações tributárias desfalcariam o patrimônio dessas organizações, diminuindo consideravelmente a eficácia dos seus serviços. considerando o resultado das atividades prestadas por essas organizações, de forma cristalina denota-se que os prejudicados nesse cenário seriam os próprios indivíduos. 
O interesse social também justifica a imunidade que recai sobre livros, jornais, periódicos e os papéis destinados à sua impressão. Isso pois trata-se de objetos essenciais para a livre manifestação de pensamento, além de que veiculam a informação e contribuem para a formação de conhecimento.
Enfim, a norma constitucional traz em seu bojo a recente imunidade relacionada aos fonogramas e videogramas musicais produzidos por autores brasileiros e desde que produzidos no Brasil. 
O interesse social é pertinente nesse caso também em razão dessas obras promoverem a cultura e por vezes serem utilizadas para a manifestação de pensamento, o que se constata principalmente através das obras produzidas na época da ditadura militar, década de 70, por artistas como Chico Buarque, Geraldo Vandré e Caetano Veloso.
As imunidades foram historicamente alteradas, adaptadas à realidade social do período em que se enquadravam. Atualmente, denota-se que as imunidades correspondem principalmente valores enaltecidos socialmente como forma de resguardar os direitos sociais e fundamentais já alcançados pelos indivíduos. 
· Investigação da Interpretação das Imunidades Tributárias – STF
· Imunidade Recíproca - Artigo 150, I, alínea a
Conforme relatado acima, a imunidade pode incidir sobre as organizações de direito privado quando prestadora de serviços públicos e inexistência de distribuição de lucros. Declara a seguinte jurisprudência sob essa ótica:
AGRAVO INTERNO NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ALCANCE DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. ART. 150, VI, �A�, DA CRFB/88. NATUREZA PÚBLICA DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E SANEAMENTO PRESTADOS POR SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA ESTADUAL. PARTICIPAÇÃO PÚBLICA CORRESPONDENTE A 99,9996% DO CAPITAL SOCIAL. SERVIÇO PRESTADO DE MANEIRA EXCLUSIVA E NÃO CONCORRENCIAL. IRRELEVÂNCIA DO CAPITAL PRIVADO PARTICIPANTE DA COMPOSIÇÃO SOCIETÁRIA DA AUTORA. JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE NO SENTIDO DE QUE A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA ALCANÇA AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS. PRECEDENTES. AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, �a�, da CRFB/88)é extensível às empresas públicas e às sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos, notadamente quando prestados com cunho essencial e exclusivo. 2. In casu, trata-se de sociedade de economia mista que executa serviço público de modo exclusivo, com capital social fechado e quase que integralmente titularizado pelo Estado do Ceará (99,9996%), sem indicação de qualquer risco de quebra do equilíbrio concorrencial ou de livre-iniciativa, mercê da ausência de comprovação de que a COGERH concorra com outras entidades no campo de sua atuação. 3. Agravo interno a que se nega provimento.
(STF - AgR ACO: 2149 DF - DISTRITO FEDERAL 9988192-79.2013.1.00.0000, Relator: Min. LUIZ FUX, Data de Julgamento: 29/09/2017, Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-238 19-10-2017)
Porém, o STF tem entendido que na existência de distribuição de lucros, essa imunidade deixa de incidir. Declara o seguinte julgado sob essa ótica:
EMENTA Agravo regimental em ação cível originária. Julgamento monocrático. Alegado error in procedendo e violação da ampla defesa. Não ocorrência. Previsão regimental. Imunidade tributária recíproca. Artigo 150, inciso VI, alínea a, da Constituição Federal. Sociedade de economia mista. Companhia Catarinense de águas e Saneamento (CASAN). Não preenchimento dos parâmetros traçadospor esta Corte para a extensão da imunidade tributária recíproca. Precedente. Agravo não provido. 1. Não há error in procedendo ou violação da ampla defesa por alegada afronta ao Regimento Interno do STF, em seus arts. 250 (que prevê julgamento colegiado para as ações cíveis originárias) e 251 (que dispõe sobre a concessão de palavra às partes e ao PGR na sessão de julgamento), uma vez que esta Corte admite a possibilidade de o relator decidir, monocraticamente, pretensão sobre a qual a jurisprudência da Corte já tenha se posicionado, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF. Precedentes. 2. A Corte já firmou o entendimento de que é possível a extensão da imunidade tributária recíproca às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público, observados os seguintes parâmetros: a) a imunidade tributária recíproca se aplica apenas à propriedade, bens e serviços utilizados na satisfação dos objetivos institucionais imanentes do ente federado; b) atividades de exploração econômica, destinadas primordialmente a aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares, devem ser submetidas à tributação, por apresentarem-se como manifestações de riqueza e deixarem a salvo a autonomia política; e c) a desoneração não deve ter como efeito colateral relevante a quebra dos princípios da livre concorrência e do livre exercício de atividade profissional ou econômica lícita. Precedentes: RE nº 253.472/SP, Tribunal Pleno, Relator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/2/11 e e ACO 2243/DF, decisão monocrática, Relator Min. Dias Toffoli, DJe de 25/10/13. 3. A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) é sociedade de economia mista prestadora de serviço público de abastecimento de água e tratamento de esgoto. Não obstante, a análise do estatuto social, da composição e do controle acionário da companhia revelam o não preenchimento dos parâmetros traçados por esta Corte para a extensão da imunidade tributária recíproca no RE nº 253.472/SP (Tribunal Pleno, Relator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/2/11) . 4. A pretendida desoneração tributária pela CASAN - que, a despeito de prestar serviço público, desempenha atividade econômica com persecução e distribuição de lucro - beneficiaria os agentes econômicos privados que participam de seu capital social, gerando risco de quebra do equilíbrio concorrencial e da livre iniciativa, o que não se pode admitir, sob pena de desvirtuamento da finalidade da imunização constitucional. 5. Agravo regimental não provido. (ACO 1460 AgR, Relator (a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 07/10/2015, DJe-249 DIVULG 10-12-2015 PUBLIC 11-12-2015)
(STF - AgR ACO: 1460 SC - SANTA CATARINA 0009778-90.2009.1.00.0000, Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Data de Julgamento: 07/10/2015, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-249 11-12-2015)
· Imunidade dos Templos Religiosos - Artigo 150, I, alínea b
Conforme relatado acima, a imunidade pode incidir sobre todos os bens, rendas e serviços utilizados para a realização das crenças. Declara a seguinte jurisprudência sob essa ótica:
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS IMPORTAÇÃO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. CONTRIBUINTE DE DIREITO. IGREJAS E TEMPLOS DE QUALQUER CULTO. REEXAME DE FATOS. IMPOSSIBILIDADE. 1. Nos termos da jurisprudência do STF, a imunidade tributária religiosa abrange o ICMS importação, desde que comprovado que os bens se destinam à finalidade essencial da entidade. 2. É inadmissível o recurso extraordinário quando eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo Colegiado de origem demandar o reexame do conjunto fático probatório dos autos. Súmula 279 do STF. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE 1244093 AgR, Relator (a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 15/05/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-150 DIVULG 16-06-2020 PUBLIC 17-06-2020)
(STF - AgR ARE: 1244093 SP - SÃO PAULO 1046903-58.2016.8.26.0053, Relator: Min. EDSON FACHIN, Data de Julgamento: 15/05/2020, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-150 17-06-2020)
· Imunidade dos Partidos Políticos, Entidades Educacionais, Assistenciais e Sindicais dos Trabalhadores - Artigo 150, I, alínea c
A imunidade concernente aos partidos políticos aplica-se a todos os seus bens, renda e serviço, porém apenas quando relacionados a sua atividade essencial. Declara a seguinte jurisprudência sob essa ótica:
[...] APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. PARTIDO POLÍTICO. TERRENOS BALDIOS. AUSÊNCIA DE PROVA DE UTILIZAÇÃO DOS BENS PARA SUAS FINALIDADES ESSENCIAIS. NULIDADES INOCORRENTES.
1. A imunidade tributária para as pessoas jurídicas sem fins lucrativos, prevista no art. 150, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal e no art. 14 do CTN, exige a observância de requisitos legais, sendo que relativamente ao IPTU Incidente sobre os imóveis de sua propriedade, que estejam relacionados com suas finalidades essenciais.
2. Hipótese em que o partido político não logrou demonstrar que os terrenos baldios, objetos do tributo em execução, sejam utilizados para finalidades relacionadas às suas atividades, já que passados mais de dez anos tais terrenos continuam baldios ou desocupados.
3. Ausentes nulidades no título executivo, que obedece aos requisitos do art. 2º da Lei n. 6.830/80. APELAÇÃO DESPROVIDA. [...] (STF - AgR-ED ARE: 1074145 RS - RIO GRANDE DO SUL 0378970-25.2013.8.21.0001, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 11/09/2018, Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-244 19-11-2018)
Pelo mesmo motivo essa imunidade não abrange as colônias de férias, em se tratando das entidades sindicais dos trabalhadores. Declara a seguinte jurisprudência sob essa ótica:
Sindicato. Colônia de férias. Inexistência de imunidade tributária por não ser o patrimônio ligado às finalidades essenciais do sindicato. Recurso extraordinário: descabimento. 1. É da jurisprudência do Supremo Tribunal que no recurso extraordinário devem ser considerados os fatos da causa "na versão do acórdão recorrido". 2. Afirmado pelo acórdão recorrido que a colônia de férias não é destinada às finalidades essenciais do sindicato, para se chegar a entendimento diverso seria necessário o reexame dos fatos e das provas, inadmissível no recurso extraordinário (Súmula 279). (STF - RE-AgR: 245093 SP, Relator: SEPÚLVEDA PERTENCE, Data de Julgamento: 14/11/2006, Primeira Turma, Data de Publicação: DJ 07-12-2006 PP-00047 EMENT VOL-02259-03 PP-00614 RDDT n. 138, 2007, p. 225)
Considerando os objetos essenciais para a atividade dessas entidades, em relações as importações, a jurisprudência do STF têm considerado também a incidência de imunidade no ICMS – Imposto sobre operativas relativas à circulação de mercadorias. Declara o seguinte julgado sob essa ótica:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMUNIDADE DAS ENTIDADES DE ASSISTENCIAL SOCIAL RECONHECIDA COM RELAÇÃO AO ICMS INCIDENTE SOBRE PRODUTOS IMPORTADOS. PRECEDENTES. A jurisprudência da Corte orienta-se no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da Constituição Federal, abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias utilizadas na prestação de seus serviços específicos. Não procede a vinculação do recurso à sistemática da repercussão geral com relação a um leading case que controverte sobre questão diversa. Agravo regimental a que se nega provimento.
(STF - ARE: 803906 SP, Relator: Min. ROBERTO BARROSO, Data de Julgamento: 28/10/2014, Primeira Turma, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-229 DIVULG 20-11-2014 PUBLIC 21-11-2014)
· Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos - Artigo 150, I, alínea d
Essa imunidade incidir também sobre as revistas infantis, considerando o STF como meios de gerar conhecimento. Declara a seguinte jurisprudência sob essa ótica:
EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 150, VI, �D�, DA LEI MAIOR. REVISTA INFANTIL. DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO E CULTURA. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA NO SUPREMO TRIBUNALFEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. RECURSO MANEJADO EM 08.4.2016. 1. O entendimento adotado pela Corte de origem, nos moldes do assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, no sentido de que �a imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação� (RE 221.239/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma). 2. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. 3. Agravo regimental conhecido e não provido. (RE 910572 AgR, Relator (a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 31/05/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-122 DIVULG 13-06-2016 PUBLIC 14-06-2016) (STF - AgR RE: 910572 SP - SÃO PAULO 0152241-52.2006.8.26.0000, Relator: Min. ROSA WEBER, Data de Julgamento: 31/05/2016, Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-122 14-06-2016)
Porém, insta salientar que o STF já pacificou que essa imunidade não se aplica aos brinquedos comumente anexados as revistas infantis. Declara a seguinte jurisprudência sob essa ótica:
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – ICMS. IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS COMPLEMENTARES DE REVISTAS INFANTIS. IMUNIDADE NÃO CONFIGURADA. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA. PRECEDENTES. NATUREZA JURÍDICA E DESTINAÇÃO DESSES MATERIAIS: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA ACOLHIDOS PARA NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
(STF - RE: 888090 SP 0175280-78.2006.8.26.0000, Relator: CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento: 16/06/2020, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 06/07/2020)
· REFERÊNCIAS:
BALEEIRO, Aliomar. Limitações Constitucionais ao poder de tributar. Rio de Janeiro: Revista Forense, 1951. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: http://www2.planalto.gov.br/acervo/legislacao. Acesso em: 06 de abril de 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Interno Na Ação Cível Originário. nº 2149/DF – Distrito Federal. Relator: Luiz Fux. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=13867226.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental na Ação Cível Originária nº 1460/SC– Santa Catarina. Relator: Dias Toffoli. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9999230 Acesso em: 06 de abril de 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental no Recurso Extraordinário. nº 1244093/SP– São Paulo. Relator: Edson Fachin. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=752996832. Acesso em: 06 de abril de 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental no Recurso Extraordinário. nº 1074145/RS – Rio Grande do Sul. Relator: Marco Aurélio. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=748677320. Acesso em: 06 de abril de 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental no Recurso Extraordinário. nº 245093/SP – São Paulo. Relator: Sepúlveda Pertence. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=394034. Acesso em: 06 de abril de 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental no Recurso Extraordinário com Agravo. nº 803906/SP – São Paulo. Relator: Roberto Barroso. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7302180. Acesso em: 06 de abril de 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental no Recurso Extraordinário. nº 910572/SP– São Paulo. Relator: Rosa Weber. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=11146126. Acesso em: 06 de abril de 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental no Recurso Extraordinário. nº 888090/SP– São Paulo. Relator: Cármen Lúcia. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=748363577. Acesso em: 06 de abril de 2021.

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