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Resumo Aparelho Reprodutor Masculino

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Aparelho Reprodutor Masculino 
 
 
Aparelho Reprodutor Masculino 
Karla Helena Picoli Natário 
Universidade Municipal de São Caetano do Sul 
Revisor: Kelvin Gomes 
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Aparelho Reprodutor Masculino 
 
Introdução 
O aparelho reprodutor masculino é constituído por testículos, ductos genitais, glândulas 
acessórias e pênis. A testosterona é o principal hormônio produzido nos testículos e tem papel 
fundamental na espermatogênese e diferenciação sexual. O metabólito da testosterona, a di-
hidrotestosterona é essencial na ação em diversos órgãos e tecidos do organismo durante a 
puberdade e vida adulta. 
Sistema genital masculino. Fonte: Junqueira, 2018. 
 
Testículos 
Os testículos são estruturas ovais contidas em compartimentos separados no escroto e 
envoltos por uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. A túnica 
albugínea é espessada na superfície dorsal dos testículos para formar o mediastino testicular 
do qual emergem septos que subdividem o testículo em aproximadamente 250 compartimentos 
piramidais, denominados lóbulos testiculares. Esses septos são incompletos e comumente há 
intercomunicação entre os lóbulos. 
Cada lóbulo contém de um a quatro túbulos seminíferos que desempenham o papel de 
produzir espermatozóides e estão envolvidos por tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos 
sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais ou células de Leydig, que são células 
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Aparelho Reprodutor Masculino 
endócrinas produtoras de testosterona (que torna possível a espermatogênese) e o fator de 
crescimento semelhante à insulina (que mantém as células espermatogênicas, evitando que 
entrem em apoptose). 
Os testículos se desenvolvem em posição retroperitoneal, na parede dorsal da cavidade 
abdominal. Durante o desenvolvimento fetal, eles migram e se alojam na bolsa escrotal e ficam 
suspensos na extremidade do cordão espermático. Por conta da migração, cada testículo 
arrasta consigo um folheto de peritônio, a túnica vaginal, a qual é formada por uma camada 
parietal exterior e uma camada visceral interna, que recobrem a túnica albugínea nas porções 
laterais e anterior do testículo. A bolsa escrotal tem um papel importante na manutenção dos 
testículos a uma temperatura abaixo da intra-abdominal. 
 
Corte longitudinal do testículo. Fonte: Imagens Google, 2019. 
 
 Túbulos Seminíferos 
Os túbulos seminíferos são túbulos enovelados e tortuosos que produzem 
espermatozoides. Cada testículo possui aproximadamente 250 a 1000 túbulos seminíferos. Os 
túbulos estão dispostos em alças e suas extremidades continuam pelos túbulos retos. 
Os túbulos retos conectam os túbulos seminíferos a um labirinto de canais 
anastomosados em forma de rede, constituindo a rede testicular no mediastino testicular. Em 
continuidade, cerca de 10 a 20 ductos deferentes conectam a rede testicular ao início da porção 
seguinte do sistema de ductos, o ducto do epidídimo. 
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Aparelho Reprodutor Masculino 
O lúmen de cada túbulo seminífero é revestido por epitélio seminífero com espessura de 
várias camadas, o qual se apoia sobre uma membrana basal que o separa do tecido conjuntivo 
circundante conhecido como túnica própria. As células do epitélio seminífero que ficam em 
contato com a membrana basal são as células de Sertoli e as espermatogônias responsáveis 
pelo processo de espermatogênese. Entre as células de Sertoli existem junções de oclusão que 
separam o lúmen do túbulo seminífero em dois compartimentos: o compartimento adluminal 
interno e o compartimento basal externo. Esses compartimentos formam uma barreira 
hematotesticular, que protege as células germinativas em desenvolvimento. 
As células da linhagem espermatogênica se originam do saco vitelínico do embrião, sendo 
que por volta do quinto mês gestacional um pequeno grupo de células, denominadas células 
germinativas primordiais, migra do saco vitelino para a gônada que está em desenvolvimento. 
Neste local as células proliferam e colonizam a gônada, originando células denominadas 
espermatogônias. Existem três tipos de espermatogônias: as espermatogônias do tipo A 
escuro, tipo A pálido e tipo B. As espermatogônias do tipo A são semelhantes a células-
tronco, mantendo a divisão celular. 
 
Túbulos seminíferos do testículo. Fonte: Junqueira, 2018. 
 
 
 
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Aparelho Reprodutor Masculino 
 
 Espermatogênese 
A espermatogênese é o processo de formação dos gametas masculinos haploides e possui 
três fases: 
➢ Espermatocitogênese: maturação das espermatogônias em espermatócitos primários 
➢ Meiose: processo de divisão celular que reduz o espermatócito primário diploide em um 
espermatócito haploide 
➢ Espermiogênese: transformação da espermátide haploide em espermatozoide haploide. 
 
A espermatogênese depende do hormônio luteinizante (LH), da prolactina e do FSH 
secretados pela adeno-hipófise. A prolactina estimula as células intersticiais de Leydig a 
expressar e aumentar a quantidade de receptores de LH. Quando esse hormônio se liga aos seus 
receptores nas células de Leydig, elas secretam testosterona, enquanto o FSH leva as células de 
Sertoli a secretar proteína ligadora de andrógeno (ABP). A ABP mantém uma concentração de 
testosterona no epitélio seminífero suficientemente alta para que haja espermatogênese. A 
testosterona atua com retroalimentação (feedback) negativa na secreção de LH, enquanto a 
inibina produzida pelas células de Sertoli suprime a secreção de FSH e a ativina também 
produzida por estas células estimulam a secreção de FSH. Para que a espermatogênese ocorra 
normalmente, os testículos precisam ser mantidos a 35°C, ou seja, uma temperatura ligeiramente 
menor que a temperatura normal do corpo. 
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Aparelho Reprodutor Masculino 
Controle hormonal do testículo. Fonte: Junqueira, 2018. 
Na puberdade, as espermatogônias iniciam um processo contínuo de divisões mitóticas e 
produzem espermatogônias do tipo A (população celular de reserva que geralmente não entra 
em divisão celular) e espermatogônias do tipo B, as quais se dividem por mitose e formam 
espermatócitos primários diploides. 
A fase de meiose inicia quando os espermatócitos primários passam pela primeira divisão 
meiótica, formando dois espermatócitos secundários de vida curta. Os espermatócitos 
secundários não replicam seu DNA, mas iniciam imediatamente a segunda divisão meiótica e 
cada célula forma duas espermátides haploides. 
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Aparelho Reprodutor Masculino 
Fonte: JUNQUEIRA, 2018. 
 
 Espermiogênese 
A espermiogênese é a fase final da produção dos espermatozoides, na qual as 
espermátides se transformam em espermatozoides e não possui divisão celular. A 
espermiogênese é um processo complexo, que inclui: formação do acrossomo, condensação e 
alongamento do núcleo, desenvolvimento do flagelo e perda da maior parte do citoplasma. O 
resultado final é o espermatozoide maduro, que é liberado no lúmen do túbulo seminífero. A 
espermiogênese inclui as seguintes etapas: 
➢ Etapa do complexo de Golgi: o citoplasma das espermátides possui um complexo de Golgi 
bem desenvolvido, sendo que nele ocorre acumulo de grânulos proacrossômicos que se 
fundem para formar um único grânulo acrossômico no interior da vesícula acrossômica. Nesta 
etapa, os centríolos iniciam a formação do axonema, ou seja, conjunto de microtúbulos que 
formam o eixo central do flagelo. 
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Aparelho Reprodutor Masculino 
➢ Etapa do acrossomo: inicialmente ocorre a formação do capuz acrossômico (a vesícula 
acrossômica e o granulo acrossômico se estendem sobre a metade anterior do núcleo) e por 
fim o acrossomo. O acrossomo é uma estrutura que se comporta semelhantemente a um 
lisossomo, pois contêm diversas enzimas hidrolíticas e proteases que são capazes de 
dissociar as estruturas celulares que envolvem os ovócitos, processo denominado de reação 
acrossômica. O crescimentodo flagelo ocorre a partir dos centríolos e as mitocôndrias se 
acumulam ao redor da porção proximal do flagelo, local de maior consumo de energia 
decorrente do movimento flagelar. 
➢ Etapa de maturação: grande parte do citoplasma das espermátides é desprendida, formando 
os chamados corpos residuais, que são fagocitados pelas células de Sertoli, e os 
espermatozoides são liberados no lúmen do túbulo. Os espermatozoides liberados no lúmen 
dos túbulos são transportados ao epidídimo em um meio apropriado, o fluido testicular, 
produzido pelas células de Sertoli e pelas células da rede testicular. Esse fluido contém 
esteroides, proteínas, íons e uma proteína ligante de andrógeno que transporta testosterona. 
Fonte: JUNQUEIRA, 2018. 
 
 Células de Sertoli 
As células de Sertoli são células que participam da produção de espermatozoides e estão 
localizadas na membrana basal do túbulo seminífero e formam zônulas de oclusão entre si, deste 
modo separando o lúmen do túbulo seminífero em um compartimento basal externo e um 
compartimento adluminal interno. Assim, elas isolam o compartimento adluminal dos elementos 
de tecido conjuntivo e então, protegem as células espermatogênicas de uma resposta autoimune 
ativada pelo sistema imune. 
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Aparelho Reprodutor Masculino 
Estimuladas pelo hormônio foliculoestimulante (FSH) secretado pela hipófise anterior, as 
células de Sertoli secretam a proteína ligadora de andrógenos (ABP), que se liga à testosterona 
e à di-hidrotestosterona. O complexo formado entra no lúmen dos túbulos seminíferos, onde é 
mantido em um nível limítrofe suficientemente alto para permitir que ocorra a espermatogênese. 
A tabela abaixo resume as principais funções das células de Sertoli. 
FUNÇÕES DA CÉLULA DE SERTOLI 
Durante a gestação Depois da puberdade 
Sintetizar e secretar hormônio 
antimülleriano (fator de inibição 
mülleriano) para suprimir a formação do 
sistema genital feminino e estimular o 
desenvolvimento do sistema genital 
masculino. 
-Sustentar física e nutricionalmente as 
células germinativas em desenvolvimento. 
- Sintetizar e secretar ABP 
-Formar a barreira hematotesticular 
-Fagocitar citoplasma formado durante a 
espermiogênese 
- Sintetizar e secretar o hormônio inibina, que 
impede a secreção de FSH pela adeno-
hipófise 
-Sintetizar e secretar o hormônio ativina, que 
estimula a liberação de FSH pela adeno-
hipófise 
- Sintetizar e secretar a apoproteína 
transferrina testicular, que tem a função de 
transferir ferro da transferrina sérica para os 
gametas em desenvolvimento 
-Promover um meio rico em frutose, que 
fornece nutrientes aos espermatozoides 
liberados nos ductos genitais masculinos 
 
 
Ductos Genitais Extratesticulares 
Os ductos genitais extratesticulares são o ducto epididimário, ducto deferente e a 
uretra, os quais transportam os espermatozoides e o componente líquido do sêmen para o 
exterior. 
O ducto do epidídimo ou ducto epididimário é um tubo único altamente enrolado, que 
mede de 4 a 6 m de comprimento. A cabeça do epidídimo é formada pelos dúctulos eferentes, 
enquanto o corpo e a cauda consistem no ducto epididimário. 
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O ducto é formado por epitélio colunar pseudoestratificado recoberto por longos e 
ramificados microvilos de forma irregular, denominados estereocílios. O epitélio do ducto 
epididimário participa da absorção e digestão dos corpos residuais das espermátides, que são 
eliminados durante a espermatogênese. As células epiteliais se apoiam sobre uma lâmina basal 
que é envolvida por células musculares lisas, que por meio de contrações peristálticas auxiliam a 
movimentar o fluido seminal ao longo do tubo. A extremidade do ducto do epidídimo origina o 
ducto deferente, que termina na uretra prostática, onde esvazia seu conteúdo. 
O ducto deferente é constituído por um lúmen estreito e uma espessa camada de músculo 
liso. Sua mucosa forma dobras longitudinais e, ao longo da maior parte de seu trajeto, é coberta 
de um epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios. A camada muscular consiste em 
camadas internas e externas longitudinais separadas por uma camada circular que favorecem as 
contrações peristálticas serem mais fortes e efetivas para expulsão do sêmen durante a 
ejaculação. 
O ducto deferente faz parte do cordão espermático, um conjunto de estruturas que 
inclui ainda a artéria testicular, o plexo pampiniforme (formado por inúmeras pequenas veias) e 
nervos. Antes de entrar na próstata, o ducto deferente se dilata, formando uma região chamada 
ampola, na qual o epitélio é mais espesso e muito pregueado. Na porção final da ampola, 
desembocam as vesículas seminais. Em seguida, o ducto deferente penetra a próstata e se abre 
na uretra prostática. O segmento que entra na próstata é chamado ducto ejaculatório, cuja 
mucosa é semelhante à do deferente, porém não é envolvida por músculo liso. 
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Corte do epidídimo. Fonte: Junqueira, 2018. 
 
Glândulas Acessórias 
As glândulas genitais acessórias são as vesículas seminais, a próstata e as glândulas 
bulbouretrais, produtoras de secreções essenciais para a função reprodutiva do homem. 
As vesículas seminais consistem em dois tubos muito tortuosos que, quando estendidos, 
medem aproximadamente 5 a 10 cm. Cada vesícula seminal é uma glândula longa e estreita, que 
se dobra acentuadamente sobre si própria e produz uma substância rica, nutritiva, com coloração 
amarelada típica. A mucosa das vesículas seminais é formada por epitélio cuboide ou 
pseudoestratificado colunar e as células epiteliais são ricas em grânulos de secreção. A lâmina 
própria é rica em fibras elásticas e é envolvida por uma espessa camada de músculo liso. A 
secreção produzida pelas vesículas constitui como uma fonte energética para a motilidade dos 
espermatozoides, sendo composta por frutose, citrato, inositol, prostaglandinas e várias 
proteínas. A altura das células epiteliais das vesículas seminais e o grau da atividade secretora 
da glândula dependem dos níveis circulantes de testosterona. 
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Vesícula seminal. Fonte: Junqueira, 2018. 
A próstata é composta por várias glândulas independentes, aproximadamente 30 a 50 
glândulas tubuloalveolares, que circundam a parede uretral, a qual é perfurada por seus ductos. 
Essas glândulas estão distribuídas em três regiões da próstata e, por esta razão, são classificadas 
como glândulas prostáticas mucosas, submucosas e externas (principais). 
A próstata possui três zonas, sendo elas: zona central (cerca de 25% do volume da 
glândula), a zona de transição e a zona periférica (cerca de 70% da glândula); seus ductos 
desembocam na uretra prostática. A próstata é envolvida por uma cápsula fibroelástica rica em 
músculo liso. Septos dessa cápsula penetram a glândula e a dividem em lóbulos, que não são 
facilmente percebidos em um adulto. 
As glândulas tubuloalveolares da próstata são constituídas por epitélio cuboide alto ou 
pseudoestratificado colunar, as quais produzem uma secreção fina e esbranquiçada que contém 
fibrinolisinas, ácido cítrico, serinoprotease (antígeno prostático específico, ou PSA) e fosfatase 
ácida e a armazenam para expulsá-la durante a ejaculação. A próstata é regulada pela 
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testosterona, assim como a vesícula seminal. Concreções prostáticas ou corpora amylacea são 
pequenos corpos esféricos compostos de glicoproteínas frequentemente observados no lúmen 
das glândulas da próstata em adultos. Geralmente, aumentam em quantidade com o decorrer da 
idade e não possui conhecimento de seu significado. 
Epitélio das glândulas tubuloalveolares da próstata (setas). Fonte: Junqueira, 2018. 
As glândulas bulbouretrais ou glândulas de Cowper são glândulas tubuloalveolares 
revestidas por epitélio cubico simples secretor de muco esituam-se na porção membranosa da 
uretra, na qual lançam sua secreção. O muco secretado é claro e age como lubrificante. 
 
Pênis 
O pênis é o órgão masculino de cópula, sendo composto pela uretra e três corpos 
cilíndricos de tecido erétil e este conjunto revestido por pele. Dois desses cilindros (os corpos 
cavernosos do pênis) estão localizados na parte dorsal do pênis. O terceiro, localizado 
ventralmente, é chamado corpo cavernoso da uretra ou corpo esponjoso e envolve a uretra. Na 
sua extremidade distal ele se dilata, formando a glande do pênis. 
Grande parte da uretra peniana é revestida por epitélio pseudoestratificado colunar que na 
glande se transforma em estratificado pavimentoso e possui glândulas secretoras de muco, 
denominadas glândulas de Littré. O prepúcio é uma dobra retrátil de pele que contém tecido 
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conjuntivo com músculo liso em seu interior. Glândulas sebáceas são encontradas na dobra 
interna e na pele que cobre a glande. 
Os corpos cavernosos estão envoltos pela túnica albugínea. O tecido erétil que compõe 
os corpos cavernosos do pênis e da uretra tem grande quantidade de espaços venosos separados 
por trabéculas de fibras de tecido conjuntivo e células musculares lisas. A ereção do pênis é um 
processo hemodinâmico controlado por impulsos nervosos sobre o músculo liso das artérias do 
pênis e sobre o músculo liso das trabéculas que cercam os espaços vasculares dos corpos 
cavernosos. Os corpos eréteis são irrigados pelas artérias helicinas, que geralmente passam por 
contorno (bypass) da circulação por derivações (shunts) arteriovenosas, mantendo o pênis em 
seu estado flácido. 
No estado flácido, o fluxo de sangue no pênis é pequeno, mantido pelo tônus intrínseco da 
musculatura lisa e por impulsos contínuos de inervação simpática. A ereção ocorre quando 
impulsos vasodilatadores do parassimpático causam o relaxamento da musculatura dos vasos 
penianos e do músculo liso dos corpos cavernosos. A vasodilatação também se associa à 
concomitante inibição de impulsos vasoconstritores do simpático. A abertura das artérias 
penianas e dos espaços cavernosos aumenta o fluxo de sangue, que preenche os espaços 
cavernosos, produzindo a rigidez do pênis. A contração e o relaxamento dos corpos cavernosos 
dependem da taxa de cálcio intracelular, que, por sua vez, é modulada por monofosfato de 
guanosina (GMP). Após a ejaculação e o orgasmo, a atividade parassimpática é reduzida, e o 
pênis volta a seu estado flácido. A força necessária à ejaculação provém da contração rítmica das 
camadas espessas de músculo liso dos canais (ductos) deferentes e da contração rápida do 
músculo bulboesponjoso. 
Esquema de corte transversal de pênis. Fonte: Junqueira, 2018. 
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Referências Bibliográficas 
1. GARTNER, Leslie P. Atlas colorido de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2018. 
2. JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2018. 
 
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