Buscar

COVID 19 E ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Caso clinico Estágio III 
Francisco Willame da Silva 
Raquel Sales Rocha Sucupira 
 
Paciente GMD, 34 anos, compareceu ao consultório no final de 2019, 
com algumas queixas estéticas, relacionadas a restaurações antigas de 
amálgama. Na ocasião, as restaurações foram avaliadas e substituídas por 
Resina Composta. Hoje, o mesmo paciente ligou, queixando-se de uma dor 
muito forte, que não o deixou dormir durante o final de semana, na região 
inferior esquerda (primeiro pré-molar). Conforme o paciente, a dor era pulsátil, 
respondendo de maneira dolorosa ao frio e ao calor e demorando a passar. 
Diante do caso relatado, responda aos seguintes questionamentos com 
base na Literatura (devidamente referenciadas). 
a. Sugira, um protocolo a ser enviado por mensagem ao paciente, explicando 
e orientando as medidas de prevenção, controle e proteção tomadas na 
sua clínica ou consultório. 
Utilize sempre máscara; Deve comparecer ao consultório no horário marcado 
pelo profissional via contato telefônico; Permita aferição de temperatura na 
entrada do consultório; Higienize suas mãos com álcool em gel 70% na entrada e 
na saída; Evitar aglomeração de pacientes e acompanhantes na sala de espera, 
devendo manter distância de pelo menos 1 metro entre as pessoas; mantenha 
uma etiqueta respiratória e de tosse; evite levar as mãos aos olhos, nariz ou 
boca; evite o uso de celular; Revistas foram retiradas das salas de espera a fim 
de evitar essa transmissão por contato direto ao tocar objetos contaminados; em 
caso de contato recente com alguém contaminado ou próprio resultado positivo, 
evitar, se possível, ida ao consultório. (JB; DE CAMARGO; MPSM, 2020; 
FRANCO et al., 2020). 
 
b. Qual a sua conduta, caso o paciente relate que conviveu com uma pessoa 
que testou positivo ao CoronaVírus nos últimos 5 dias? 
 
Paciente com suspeita para COVID-19 e tratamento de urgência / emergência - 
o tratamento odontológico deve ser realizado com precaução padrão e 
adicionais para toda a equipe, Se forem necessárias suturas realiza-las com 
material absorvível. Fazer desinfecção terminal ao fim de cada atendimento no 
consultório odontológico. Descartes de EPI e materiais infectantes devem ser 
feitos em lixo apropriado. Realizar o suporte necessário após o atendimento de 
urgência / emergência via telefone, de forma evitar contato com o paciente. O 
paciente com suspeita de COVID-19 deve ser colocado imediatamente em 
isolamento domiciliar. O cirurgião-dentista ciente deve orientá-lo a procurar 
serviço de saúde somente em caso de agravamento dos sintomas. 
(Recomendações AMIB). 
 
c. Descreva a sequência de paramentação (enumerada) e o desenho 
correspondendo à paramentação final para o atendimento de urgência, bem 
como o de sua auxiliar. 
Antes da paramentação, a equipe deve estar com a roupa completa de trabalho 
(pijama cirúrgico ou roupa branca com sapatos adequadamente fechados, 
impermeáveis, com solado antiderrapante e meias grossas), deve remover 
adereços, tais como anéis, colares, brincos e relógio de pulso (CFO, 2020). 
A ordem de paramentação (de 1 a 6) assim como os momentos 
recomendados para a lavagem das mãos e os devidos EPI e EPR serão 
comentados abaixo. 
*Lavagem simples das mãos e secagem com papel toalha descartável 
1- Jaleco impermeável descartável de polipropileno (TNT) de gramatura 50G/m2, 
com mangas longas, punhos com elástico, gola tipo colarinho (padre), 
comprimento 3/4, fechamento traseiro com tiras na altura dos ombros e da 
cintura. Usar fechado em todos os procedimentos e no caso de cirurgia deve estar 
esterilizado (CFO, 2020). 
2- Máscara ou Respirador N95 (capaz de barrar 95% dos aerossóis) ou PFF2 
(Peça parcial filtrante). Protege de aerossóis. Posicionar o elástico superior no 
alto da cabeça e o elástico inferior na nuca. Devido à escassez e alto custo, em 
alguns serviços de saúde, para aumentar a vida útil do respirador permite-se usar 
uma máscara cirúrgica por cima, pois uma vez úmido, sujo ou danificado, o 
respirador deve ser descartado (AMIB, 2020). Para melhor selamento facial, não 
usar maquiagem, estar com a barba feita e falar o mínimo necessário. Para 
aumentar a vida útil do respirador pode-se usar uma máscara cirúrgica por cima 
(BRASIL, 2020a). Vale alertar que a máscara N95/PFF2 com válvula expiratória 
não pode ser utilizada, pois permite a saída do ar expirado e, caso a pessoa 
esteja doente, poderá contaminar os pacientes e a equipe dentro do ambiente 
crítico (AMIB, 2020). 
3- Óculos de proteção com vedamento e alça de elástico, tipo esquiador. Os 
óculos de grau nunca substituem os óculos de proteção (SILVA, 2009). 
4- Gorro de polipropileno (TNT) gramatura 30G/m2, de tamanho que cubra todo o 
cabelo e orelhas (CFO, 2020). 
5- Protetor facial ou escudo (face shield) com vedamento superior. Protege a face 
de gotículas (CFO, 2020). 
*Lavagem simples das mãos e secagem com papel toalha descartável. No caso 
de procedimentos cirúrgicos, fazer a degermação com clorexidina a 2% e 
secagem com campo cirúrgico estéril (CFO, 2020). 
6- Luvas de procedimento de látex ou de vinil. Sobre luvas de plástico auxiliam 
em caso de tomadas radiográficas e outros procedimentos fora do campo 
operatório. No caso de cirurgia, as luvas devem ser as cirúrgicas que são 
estéreis. Se tocar com as luvas em algum lugar da clínica fora do campo 
operatório, as luvas devem ser trocadas imediatamente e, sempre da sua 
remoção, deve-se fazer nova lavagem simples das mãos com água e sabão 
líquido e secar com papel toalha descartável (BRASIL, 2006). 
(RIATTO et al., 2020) 
 
 
 
d. Quais procedimentos podem ser adotados, para a proteção do seu 
paciente, no momento que ele irá se sentar na sua cadeira odontológica? 
 
Higienizar as mãos frequentemente, preferencialmente com lavagem rigorosa ou 
com fricção com gel de alcool 70% se não estiverem com sujidade visível por no 
mínimo 20 segundos. Lavar as mãos antes e depois de retirar as luvas. 
Utilizar EPI's como luvas, óculos e proteção facial com máscaras e também 
viseiras. Em procedimentos onde serão gerados aerossóis, a máscara de 
proteção deverá ser a N95 ou PFF2 ou respiradores reutilizáveis que deverão ser 
limpos e desinfetados a cada paciente de acordo com recomendações do 
fabricante. As máscaras N95 ou PFF2 deverão ser trocadas a cada paciente ou 
mais de uma vez no mesmo paciente quando visivelmente molhadas. 
Realizar a desinfecção dos protetores de face após cada paciente. Profissional e 
equipe deverão usar além das máscaras, protetores oculares e gorros 
descartáveis, jalecos que poderão ser descartáveis ou não. 
Todo o material deverá ser esterilizado em autoclaves e as peças de mão 
deverão ser autoclavadas para cada paciente e deverão ter válvulas anti-refluxo. 
Realizar limpeza e desinfecção rigorosa de maçanetas, cadeiras, banheiros, 
pisos e paredes com Hipoclorito de Sódio a 1%. Nas superfícies tocadas pelos 
profissionais deverão ser usados Hipoclorito de Sódio a 1% , Álcool a 70%, após 
limpeza prévia, ou Ácido Perácético a 0,2%. Todas as superfícies tocadas 
deverão ser desinfetadas, usar barreiras de proteção que devem ser trocadas a 
cada paciente. 
Usar diques de borracha nos procedimentos sempre que possível. Quando o 
isolamento não for possível, dar preferência a instrumentos manuais para 
remoção de cáries e uso de extratores de cálculo ao invés de aparelhos 
ultrassônicos para minimizar a geração de aerossóis. Usar sugadores potentes, 
como os do tipo bomba a vácuo, para que diminua a disseminação de aerossóis 
para o ambiente. O trabalho a quatro mãos deve ser estimulado para controle de 
disseminação. Fornecer bochechos com Peróxido de Hidrogênio a 1% antes de 
cada atendimento (Covid-19 é vulnerável à oxidação) ou Iodopovidona a 0,2% 
são recomendados para reduzir a carga salivar. A clorexidina parece não ser 
eficaz contra o novo coronavírus. (Recomendações AMIB). 
 
 
f. Em relação ao procedimento de urgência, e os sintomas relatados pelo 
paciente, sugira exames clínicose complementares que irão lhe auxiliar a 
chegar na hipótese diagnóstica. 
Inspeção. A inspeção deve ser realizada de forma criteriosa, detalhada, 
devendo ser bem registrada no prontuário do paciente. É realizada através da 
avaliação da cor da coroa do dente, na presença de um campo operatório seco 
e bem iluminado; do estado das restaurações, avaliando se ocorreu ou não 
exposição pulpar; da presença ou não de cáries; da verificação da existência de 
edemas, fístulas e demais aspectos que possam afetar os tecidos moles. 
Testes de percussão vertical e horizontal- avaliam o grau de comprometimento 
dos tecidos periapicais e a existência ou não de inflamação no tecido 
periodontal. A percussão horizontal e a vertical são realizadas suavemente, 
lateralmente e verticalmente, respectivamente, nas bordas incisais dos dentes 
anteriores ou nas cúspides vestibulares e linguais dos demais dentes. Também 
pode ser empregado o dedo indicador, porém, se essa manobra não 
apresentar-se eficaz, sugere-se o cabo do espelho, no sentido vertical 
(perpendicular à coroa dentária) ou no sentido horizontal (paralelo à coroa 
dentária)). Contudo, a percussão vertical positiva estará associada à inflamação 
de origem endodôntica, e a percussão horizontal positiva estará relacionada à 
alteração periodontal. 
Exame radiográfico, a imagem radiográfica pode ser utilizada antes, durante e 
após o tratamento endodôntico, permitindo a avaliação de vários fatores, tais 
como presença de lesões cariosas, restaurações extensas próximas à câmara 
pulpar, verificação da completa obturação do canal radicular, além do 
acompanhamento pós- terapia endodôntica. 
Teste pelo calor. O teste de sensibilidade ao calor é utilizado quando se requer 
um diagnóstico diferencial, na qual o dente pertencente à patologia não é 
facilmente identificado. Devido esse teste promover vasodilatação nos dentes 
com inflamação pulpar sintomática, dependendo da extensão, a resposta 
dolorosa ao calor pode ser intensa e imediata. 
Teste elétrico O teste elétrico consiste na aplicação de uma corrente de baixa 
voltagem e intensidade crescente, utilizando o aparelho pulp test, com o objetivo 
de avaliar a vitalidade da polpa, estimulando as fibras mielinizadas A delta e A 
beta pulpar Esse teste sugere verificar a vitalidade ou não do tecido pulpar a 
partir da sensibilidade da resposta neural ao estímulo elétrico. 
Teste pelo frio- São muitos os recursos empregados para o teste do frio, dentre 
eles a neve carbônica, gás refrigerante, cloreto etílico, bastão de gelo e água 
gelada. Esses, por sua vez, promovem diferentes decréscimos de temperatura 
intrapulpar, estimulando as terminações nervosas por meio da vasoconstricção, 
causando dor. Quanto maior a redução da temperatura, maior o estímulo. 
(GALDINO et al., 2018). 
 
 
g. Frente aos seus achados clínicos, qual a sua hipótese de diagnóstico e sua 
conduta de atendimento, sendo considerada somente a urgência do 
paciente. 
HD: Pulpite irreversível. Conduta>Anestesia; Instalação do isolamento absoluto; 
Remoção total da dentina cariada; Abertura coronária completa com remoção das 
interferências; Remoção da polpa coronária com instrumentos afiados (p.ex.: 
curetas ou brocas); irrigação e aspiração com hipoclorito de sódio a 1,0% até 
redução do sangramento - com cânulas 30G (diâmetro 30/100mm) com CT – 2 a 
3 mm; Exploração do canal com instrumentos #10 e #15 no Comprimento de 
Trabalho (CT); Remoção da polpa radicular no CT - descolamento da polpa com 
instrumento #08 ou #10 e remoção com extirpa nervo, ou - remoção por 
fragmentação por limagem no CT com instrumentos #10 e #15; => irrigação 
abundante com hipoclorito de sódio a 1,0% ; aspiração; secagem (aspiração com 
cânula de pequeno calibre e/ou cones de papel absorvente; introdução de 
medicação intracanal; acomodação de uma mecha de algodão sobre a 
embocadura do canal radicular; selamento provisório; Remoção dos 
componentes do Isolamento Absoluto; => Prescrição de Analgésico. Remarcar o 
paciente pra concluir o procedimento depois q acabar o período de isolamento 
dele, tendo em vista que ele teve contato com alguém que testou positivo. 
Disponível em: 
<https://wp.ufpel.edu.br/pecos/files/2010/01/01_pa_urgencias_odono_endo_0601
10.pdf> 
 
h. Sugira 2 substâncias a serem utilizadas para o processo de desinfecção 
das bancadas e cadeira odontológica, que tenham embasamento científico 
para tal. 
 
Deve ser feita a desinfecção rigorosa nos materiais e equipamentos do 
consultório odontológico, nas cadeiras, além das maçanetas e banheiro. Para 
isso, duas substancias sugeridas são hipoclorito de sódio a 0,1% e álcool a 70%. 
Isso é essencial, visto que há relatos de sobrevivência do coronavírus por 2 a 9 
dias em superfícies. O álcool 70% exerce atividade bactericida, virucida e 
fungicida e é um dos principais desinfetantes de superfície utilizados em serviços 
de saúde. Já o hipoclorito de sódio pode alcançar a inativação do vírus após 1 
minuto de uso. Usar preferencialmente a água sanitária 2-2,5%, diluindo uma 
parte de água sanitária para 3 partes de água, para obter 1 litro a 0,5% para 
desinfetar superfíceis como pisos, azulejos e paredes. Em caso de superfíceis 
sujas, recomenda-se limpá-la primeiramente com água e sabão ou detergente 
para após ser realizada a desinfecção. (FERREIRA et al., 2016; FRANCO et al., 
2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
 
Disponível em: 
https://wp.ufpel.edu.br/pecos/files/2010/01/01_pa_urgencias_odono_endo_0
60110.pdf Acesso em: 27/05/2021 às 22:15h. 
FERREIRA, Rilton Emanuel Cavalcante et al. Eficácia de três substâncias 
desinfetantes na prática da radiologia odontológica. Revista Brasileira de 
Odontologia, v. 73, n. 1, p. 14, 2016. 
FRANCO, Amanda Gonçalves et al. Importância da conduta do cirurgião-
dentista frente à contenção e prevenção do Covid-19. InterAmerican 
Journal of Medicine and Health, v. 3, 2020. 
GALDINO, Andrea Brilhante et al. Procedimentos destinados ao diagnóstico 
da condição pulpar: revisão de literatura. Rev. Salusvita (Online), p. 985-
1007, 2018. 
JB, FRANCO; DE CAMARGO, A. R.; MPSM, PERES. Cuidados 
Odontológicos na era do COVID-19: recomendações para procedimentos 
odontológicos e profissionais. Rev Assoc Paul Cir Dent, v. 74, n. 1, p. 18-
21, 2020. 
PARA ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO COVID, Recomendações AMIB. 
Comitê de Odontologia AMIB de enfrentamento ao COVID-19 
Departamento de Odontologia AMIB. 
RIATTO, Sabrina Gonçalves et al. BIOSSEGURANÇA NO ATENDIMENTO 
ODONTOLÓGICO EM CLÍNICA-ESCOLA EM TEMPOS DE PÓS-
PANDEMIA POR COVID-19. Diálogos em Saúde, v. 3, n. 1, 2020. 
https://wp.ufpel.edu.br/pecos/files/2010/01/01_pa_urgencias_odono_endo_060110.pdf
https://wp.ufpel.edu.br/pecos/files/2010/01/01_pa_urgencias_odono_endo_060110.pdf

Outros materiais