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Estudar para concurso exige MÉTODO e FOCO. Este é o segredo. 
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SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3 
POLÍTICA DE SAÚDE E SUS ...................................................................................... 4 
Contribuição sobre os determinantes sócio-históricos da Política de Saúde ........................ 4 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (ARTIGOS 196 AO 200) ........................................................ 8 
LEI 8.080/90 ............................................................................................................ 8 
LEI 8.142/90 .......................................................................................................... 19 
RESOLUÇÃO 453/2012 ............................................................................................ 20 
HUMANIZA SUS ...................................................................................................... 24 
PORTARIA 399 ....................................................................................................... 26 
DECRETO 7.508 ...................................................................................................... 31 
QUESTÕES ............................................................................................................. 36 
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH ......................................................................... 55 
LEI 12.550/2011 (criação da EBSERH) ...................................................................... 55 
Decreto 7.661 (estatuto social da EBSERH) ............................................................... 57 
Regimento Interno EBSERH ...................................................................................... 64 
QUESTÕES ............................................................................................................. 81 
SOBRE AS UPAS ..................................................................................................... 89 
SERVIÇO SOCIAL ................................................................................................... 94 
Introdução ............................................................................................................ 94 
Análise de conjuntura ............................................................................................. 97 
As particularidades do Serviço Social na sociedade brasileira e na saúde ....................... 98 
Parâmetros para Atuação do Serviço Social na Saúde [compilado] ............................. 102 
LR da profissão 8662/93 ....................................................................................... 116 
Código de Ética .................................................................................................... 119 
Resolução 383/99 do CFESS .................................................................................. 125 
Sobre o Serviço Social e a saúde ............................................................................ 128 
QUESTÕES DE SERVIÇO SOCIAL............................................................................140 
Núcleo de Fundamentos (história e debate teórico) .................................................. 140 
Legislação profissional, código e resoluções ............................................................. 147 
Exercício profissional, projeto ético-político, trabalho em equipe multi/interdisciplinar, 
desafios para a prática na cena contemporânea e instrumentais ................................. 155 
Planejamento, Avaliação, pesquisa, assessoria e consultoria ...................................... 161 
Crise do capital, reestruturação produtiva e as mudanças no mundo do trabalho .......... 167 
Políticas Sociais (história e seguridade social) .......................................................... 170 
Política de Assistência Social .................................................................................. 174 
Política de Saúde e Serviço Social ......................................................................... 182 
ECA, Estatuto do Idoso e lei maria da penha ............................................................ 193 
SIMULADO/QUESTÕES COMENTADAS AOCP E IBFC ..............................................200 
 
 
 
 
Serviço Social para Concursos |ssparaconcursos.com.br 3 
INTRODUÇÃO 
 
A política de saúde é com certeza o maior espaço de atuação do Serviço Social brasileiro. 
A saúde possui um sistema consolidado de atenção à saúde, com atenção básica, média e de 
alta complexidade, onde o Assistente Social é chamado a atuar, guardadas as proporções. 
O principal espaço é o hospital, seja ele municipal ou estadual, ou mesmo federal, hoje 
sob gestão da EBSERH. Isso seja como profissional de carreira, seja como residente. 
Assim, pensando nessa demanda específica da área de saúde elaboramos esse material 
voltado aos/às Assistentes Sociais que pleiteiam uma vaga na saúde. Os conteúdos em geral 
são os mesmos de qualquer concurso para assistente social: fundamentos, legislação 
profissional, planejamento e assessoria, instrumentalidade, cena contemporânea, políticas 
sociais... nos casos de saúde, acrescentam alguns temas sobre a rotina de trabalho nessa 
política, bem como sobre legislação do SUS e legislação da EBSERH, quando for o caso. 
Esperamos que esse material seja mais um auxílio para você assistente social 
concurseiro/a. Trazemos nesse material legislação, algumas contribuições de conteúdo, 
questões atualizadas e 75 questões comentadas da AOCP, uma banca que realiza 90% dos 
concursos da EBSERH, e 25 questões comentadas do IBFC. Totalizando 100 questões 
comentadas ao todo. 
Além disso, colocamos um controle de estudo, ao final da apostila, para auxiliar na sua 
rotina. 
 
Bons estudos e boa sorte, pois essa última também nunca é demais. 
Atenciosamente, 
Shellen Galdino 
Bacharela em Serviço Social 
Mestra em Serviço Social 
Serviço Social para Concursos
 
 
Serviço Social para Concursos |ssparaconcursos.com.br 4 
Em nível mundial, de modo geral, a saúde 
historicamente tem como principal imagem a 
figura e a prática médica que existe antes mesmo 
do advento e consolidação da industrialização e do 
capitalismo. A prática médica trata assim de uma 
das mais antigas intervenções técnicas, enquanto 
a maioria das profissões em saúde teve sua 
origem com o surgimento e o desenvolvimento do 
capitalismo monopolista. (BRAVO, 2013, p. 16-
17) 
Em tempos medievais, a figura médica aparecia 
com um caráter autônomo e individual. Com o 
advento do séc. XII até o séc. XVI, os hospitais se 
tipificavam como hospedarias para pobres, 
subalternos, enfermos e inválidos. (BRAVO, 2013, 
p. 17). É somente no século XVII (Singer et al. 
apud Bravo, 2013) que o Estado é obrigado a 
gradualmente construir hospitais gerais para 
tratar os problemas de saúde. 
Com o processo de industrialização e o 
desenvolvimento das forças produtivas amplia-se 
o cuidado em saúde. No século XX, com o 
surgimento do estágio monopolista do 
capitalismo, perpetuou-se ainda mais o caráter 
biologicistada saúde numa perspectiva de 
controle corporal e higienista. 
Com o desenvolvimento das forças produtivas 
que o cuidado médico se amplia a nova classe 
emergente – o proletariado, que apresentava 
reivindicações importantes. 
[...] Neste processo, novos conceitos de 
saúde e da prática médica emergem. A 
medicina passa a ser utilizada como uma 
forma de controle e organização social. 
Através da prática profissional, controla-se 
a conduta dos trabalhadores com relação a 
alimentação, trabalho, lazer, entre outros, 
e também se suavizam os conflitos sociais 
através do aumento dos serviços médicos. 
(BRAVO, 2013, p. 17). 
 
Merece evidenciar que a saúde se modifica de 
formas distintas conforme o nível econômico e 
político, principalmente nos séculos XVIII e XIX, 
envolta pela contradição capital x trabalho em 
suas peculiaridades. Assim sendo, “A saúde está 
diretamente relacionada com as condições de 
vida e trabalho da sociedade, articulando e 
sofrendo as determinações da estrutura social” 
(BRAVO, 2013, p. 16) 
As protoformas da política social de saúde 
surgiram a partir do século XVIII, como parte 
das estratégias para manutenção e legitimação 
da burguesia, assim como de seu processo de 
acumulação de riqueza. É na segunda metade do 
século XIX que a saúde foi valorizada como 
questão de política governamental. (BRAVO, 
2013). 
Segundo Polignano (2008), para analisar a 
história das políticas de saúde no Brasil há 
necessidade de suscitar premissas importantes, 
como: 
- a evolução histórica das políticas de saúde está 
relacionada diretamente a evolução político-social 
e econômica da sociedade brasileira, não sendo 
possível dissociá-las; 
- a lógica do processo evolutivo sempre 
obedeceu à ótica do avanço do capitalismo na 
sociedade brasileira, sofrendo a forte 
determinação do capitalismo em nível 
internacional; 
- a saúde nunca ocupou lugar central dentro da 
política do Estado brasileiro, sendo sempre 
deixada na periferia do sistema tanto no que diz 
respeito à solução dos grandes problemas (de 
saúde) que afligem a população, quanto na 
destinação de recursos financeiros direcionados 
ao setor saúde. 
Conforme mencionado anteriormente, somente 
em 24 de janeiro de 1923 que foi aprovada, pelo 
Congresso Nacional, a Lei Eloy Chaves, como 
marco inicial da Previdência Social no Brasil, à 
qual a Saúde estava diretamente atrelada. Na 
verdade, a referida lei é o Decreto n° 4.682 de 
1923 que determinou a criação de uma Caixa de 
Aposentadoria e Pensões para os empregados 
para setores estratégicos da economia brasileira, 
principalmente do setor marítimo e ferroviário. 
Esse marco é considerado o ponto de partida da 
Previdência Social propriamente dita no Brasil. 
Mais especificamente, a partir dos anos de 1930 
que começaram a emergir as políticas sociais em 
nível nacional que no sentido de responder a 
questão social da época. 
POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E SUS 
Texto: Contribuição sobre os determinantes sócio-históricos 
da Política de Saúde 
Autora: Shellen Batista Galdino – Assistente Social e Mestra 
em Serviço Social (UFPB) 
Referência: GALDINO, Shellen Batista. Estado da Arte da 
Política de Saúde no Serviço Social. UFPB/CCHL/DSS, 2014. 
(TCC) 
 
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As questões sociais em geral e as de saúde em 
particular, já colocadas na década de 1920, 
precisavam ser enfrentadas de forma mais 
sofisticada. Necessitavam transformar-se em 
questão de política com a intervenção estatal e a 
criação de novo aparelhos que contemplassem de 
algum modo, os assalariados urbanos, que se 
caracterizavam como atores importantes no 
cenário político nacional, em decorrência da nova 
dinâmica de acumulação. Este processo, sob o 
domínio do capital industrial, teve como 
características principais a aceleração da 
urbanização e a ampliação da massa 
trabalhadora, em precárias condições de higiene, 
saúde e habitação. (BRAVO, 2013, p. 127) 
Dentre as políticas elaboradas nesse período, 
destaca-se a legislação trabalhista, que ampliou e 
garantiu alguns, mesmo que parcos direitos aos 
trabalhadores, principalmente no tocante às 
férias, proteção e jornada de trabalho. Esse 
período conforma-se como um período de 
efervescência política – o período pós-revolução 
de 1930 – inclusive, com a ampliação dos direitos 
políticos e a realização de uma Assembleia 
Constituinte para promulgação da Constituição de 
1934. Esse período insere-se na conjuntura da 
recente crise do capitalismo, a da grande 
depressão de 1929. 
A década de 1930 é considerada como período 
de eclosão das políticas sociais e da política de 
saúde em nível nacional. Bravo (2013) ao tomar 
como referência Braga e Paula (1986), assevera 
que as principais alternativas adotadas para a 
saúde pública no período de 1930 e 1940, foram: 
• Criação do Ministério da Saúde e Educação 
em 1930; 
• Ênfase nas caminhas sanitárias, estas tidas 
como elemento central, sob o aspecto de 
vigilância e higienização, semelhante as 
“polícias médicas”, principalmente a partir 
de 1935; 
• Coordenação dos serviços estaduais pelo 
Departamento Nacional de Saúde, em 1937; 
• Interiorização das ações para áreas rurais 
com endemias, devido ao fluxo migratório 
para as cidades; 
• Criação de serviços de combate a endemias, 
principalmente de febre amarela e malária; 
• Reorganização do Departamento Nacional 
de Saúde, em 1941, que incorporou serviços 
de combate a endemia e assumiu a 
formação de técnicos em saúde pública. 
(BRAVO, 2013) 
Em termos abreviados, em razão dos limites 
temporais deste trabalho, salienta-se que tais 
reflexões, embora levantadas de maneira pontual, 
são importantes em face das seguintes premissas, 
conforme assevera Bravo (2013): 
• A política de saúde está permeada de 
historicidade; 
• A figura médica é historicamente ainda o 
centro da saúde; 
• A saúde como política pública é recente; 
• A política de saúde está vinculada 
diretamente a questão do trabalho na 
sociedade capitalista, e, por conseguinte, é 
perpassada pela disputa de interesses 
antagônicos de classes sociais. 
Em torno dessas premissas, analisa-se que 
historicamente, no Brasil, a Política Social da 
Saúde foi marginalizada e colocada em uma 
perspectiva filantrópica, assistencialista, 
privatista, previdenciária, campanhista e inserida 
na lógica de seguro. Somente a partir de 1980 é 
que surge, de maneira organizada, o movimento 
sanitário para mudar o conceito de saúde, 
ampliando-o para o aspecto biopsicossocial. 
Na conjuntura de ascensão dos movimentos 
sociais, principalmente a partir da década de 
1980, o direito à saúde ganha visibilidade em 
pleno processo de (re) democratização do país. 
Esse processo de politização e debate amplo em 
saúde concretiza-se no Movimento da Reforma 
Sanitária a partir da defesa da Saúde como política 
pública, direito do cidadão e dever do Estado, e, 
assim, torna-se pauta de luta de parcela 
significativa da sociedade civil (BRAVO, 2011). 
As principais propostas debatidas por esses 
sujeitos coletivos foram a universalização do 
acesso; a concepção de saúde como direito social 
e dever do Estado; a reestruturação do setor 
através da estratégia do Sistema Unificado de 
Saúde visando um profundo reordenamento 
setorial com um novo olhar sobre a saúde 
individual e coletiva; a descentralização do 
processo decisório para as esferas estadual e 
municipal, o financiamento efetivo e a 
democratização do poder local através de novos 
mecanismos de gestão – os Conselhos de Saúde. 
(BRAVO, 2006, p. 9) 
O Movimento pela Reforma Sanitária, segundo 
Arouca (2007), surge dentro da perspectiva de 
luta contra a Ditadura (instituída em 1964), tendo, 
portanto, um forte viés progressista. 
Posteriormente, esse movimento aproxima-se do 
debate marxista ao conceber as condiçõesde 
saúde a partir de determinações sociais, históricas 
e dialéticas. 
Como marco da mudança de concepção da 
política de Saúde, temos a VIII Conferência 
 
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Nacional de Saúde, realizada em Brasília, em 
1986, que significou um marco na formulação das 
propostas de mudança do setor Saúde. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o mais 
importante reflexo desse processo político, 
preconizado na Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 196, 
em que a saúde torna-se direito do cidadão e 
dever do Estado. 
A Constituição Federal de 1988 é uma das mais 
progressistas no que tange à proteção social ao 
integrar o tripé da Seguridade Social: Saúde, 
Assistência Social e Previdência Social. À Política 
de Saúde couberam cinco artigos (do art. 196 ao 
art.200), nos quais trata a Saúde como direito e 
da integração dos serviços de saúde em um 
sistema único, de forma regionalizada e 
hierárquica (BRAVO; MATOS, 2009). 
[...] é um legado das crenças democráticas 
e socialistas que surgiram durante a 
redemocratização do Brasil, no final da 
década de 1980, com o apoio dos partidos 
políticos progressistas e dos movimentos 
sociais e intelectuais da esquerda, 
inspirados nas experiências universalistas 
dos sistemas nacionais de saúde. (OCKÉ-
REIS, 2012, p. 22) 
Porém, na mesma redação da referida 
Constituição traz paradoxalmente, no art. 199, a 
saúde disposta para a livre concorrência de 
mercado (OCKÉ-REIS, 2012). É em seguida, na 
década de 1990, que dá-se o reverso das 
garantias de direitos conquistados quando a 
política neoliberal adotada pelo Estado brasileiro, 
através de uma forte ofensiva de desmonte dos 
direitos sociais, atinge sobremaneira as Políticas 
Sociais. 
A partir de então, têm-se a desconstrução e o 
desmonte desses direitos ao se privatizar 
acentuadamente o acesso à assistência à saúde, 
vinculando-o cada vez mais ao mercado e ao 
lucro, e, incentivando a desresponsabilização do 
Estado e a responsabilização da sociedade civil via 
a atuação do mercado e das organizações sociais 
(ONGs). 
Na conjuntura atual de ofensiva neoliberal de 
intensa privatização da Saúde e do esgotamento 
da Saúde Pública depara-se com a gestão plena 
do SUS arduamente sucateada, cuja capacidade 
gestora, programática e técnica se encontram em 
processo de exaustão. Essa privatização ocorre na 
contemporaneidade sob uma nova roupagem, 
onde ocorre a partir de novos modelos de gestão, 
onde ocorre uma “terceirização” da gestão, seja 
via OSs, OSCIPS ou empresas públicas de direito 
privado. Essas saídas são as velhas conhecidas 
desde o início dos anos 1990, mesmo que sob 
nova roupagem: "soluções" gerenciais e 
administrativas para um problema social. 
(GRANEMAN, 2007 apud SODRÉ et al, 2013) 
Apesar dos avanços tidos na Política de Saúde 
com a implantação do SUS, reconhece-se que o 
antigo modelo médico-assistencial privatista da 
década de 1960 deixou suas mazelas, entre elas, 
o entendimento reducionista de Saúde atrelado ao 
atendimento ao doente, de trabalhar com 
demanda espontânea, de redes contratadas, com 
a participação de organizações sociais, etc. Trata-
se de um modelo de gestão privatista e restrita 
em franco processo de expansão. Esse modelo 
difere do modelo sanitarista, concebido à luz da 
promoção, prevenção e educação em saúde, da 
ação de caráter coletivo. 
Na saúde, o principal paradoxo é que o Sistema 
Único de Saúde, fundado nos princípios de 
universalidade, equidade, integralidade das 
ações, regionalização, hierarquização, 
descentralização, participação dos cidadãos e 
complementaridade do setor privado, vem sendo 
minado pela péssima qualidade dos serviços, pela 
falta de recursos, pela ampliação dos esquemas 
privados que sugam os recursos públicos e pela 
instabilidade do financiamento, dentre outros 
aspectos. (CONH, PIOLA, NUNES apud BEHRING; 
BOSCHETTI, 2008) 
Com a política de minimização do Estado, 
tornando-se mínimo para o social e máximo para 
o capital ocorre o agudizamento das 
desigualdades sociais. Com a redução do Estado, 
têm-se a valorização e o reconhecimento de bens 
e serviços oferecidos pela iniciativa privada para 
os que podem pagar, transformando assim os 
direitos arduamente conquistados em mercadoria, 
e, o cidadão em um mero consumidor. 
Os anos 1990 foram palco de um complexo 
processo de regressões no âmbito do estado e da 
universalização dos direitos, desencadeando 
novos elementos que se contrapõem ao processo 
de democratização política, econômica e social em 
nosso país, no contexto de crise e reorganização 
do capitalismo em escala internacional. Esse 
quadro desencadeia profundas transformações 
societárias, determinadas pelas mudanças na 
esfera do trabalho, pela reforma emergencial do 
Estado (ou contrarreforma nos termos de Elaine 
Behring, 2003), pelos processos de redefinição 
dos sistemas de proteção social e da política social 
que emergem nessa conjuntura, e pelas novas 
formas de enfrentamento da questão social, com 
 
Serviço Social para Concursos |ssparaconcursos.com.br 7 
grandes mudanças e rebatimentos nas relações 
público/privado. (RAICHELIS, 2009, p. 381-382) 
A partir de então, têm-se dois projetos políticos 
antagônicos em disputa na Saúde: o Projeto 
Sanitarista (1980) x o Projeto Privatista (1990). A 
síntese das principais concepções desses projetos 
em disputa indica os rumos dados à saúde, 
projetos esses que interferem tanto no processo 
de trabalho, como no de formação profissional na 
saúde, conforme se vislumbra no Quadro abaixo: 
 
Quadro 1 – Síntese dos projetos políticos em disputa na saúde. 
 
Itens 
Reforma Sanitária Reforma Privatista 
Base Estado Democrático de 
Direito 
Estado mínimo 
Premissas Saúde: direito social e 
dever do Estado 
Parcerias e privatização 
Temas Ampliação das conquistas 
sociais 
Democratização do acesso 
Déficit social 
Financiamento efetivo 
Crise financeira 
Dicotomia entre 
universalização e 
focalização 
Déficit público 
Diminuição dos gastos 
sociais 
Estratégias de Ação Descentralização com 
controle social 
Refilantropização 
(BRAVO, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao compreender o SUS como uma estratégia, o Projeto de Reforma 
Sanitária tem como base o Estado democrático de direito, responsável 
pelas políticas sociais e, consequentemente, pela saúde. Destacam-se 
como fundamentos dessa proposta a democratização do acesso; a 
universalização das ações; a melhoria da qualidade dos serviços, com a 
adoção de um novo modelo assistencial pautado na integralidade e 
equidade das ações; a democratização das informações e 
transparência no uso de recursos e ações do governo; a 
descentralização com controle social democrático; a 
interdisciplinaridade nas ações. Tem como premissa básica a defesa da 
“saúde como direito de todos e dever do Estado” 
(BRAVO, 1999; BRAVO; MATOS, 2001). 
 
A principal proposta da Reforma Sanitária é a defesa da 
universalização das políticas sociais e a garantia dos direitos sociais. 
Nessa direção, ressalta-se a concepção ampliada de saúde, 
considerada como melhores condições de vida e de trabalho, ou seja, 
com ênfase nos determinantes sociais; a nova organização do sistema 
de saúde por meio da construção do SUS, em consonância com os 
princípios da intersetorialidade, integralidade, descentralização, 
universalização, participação social e redefinição dos papéis 
institucionais das unidades políticas (União, Estado, municípios, 
territórios) na prestação dos serviços de saúde; e efetivo financiamento 
do Estado. 
 
MARIA INÊS DE SOUSA BRAVO, 2009. 
 
 
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
SOBRE A SAÚDE 
ARTIGOS 196 AO 200 
 
Seção II 
Da SaúdeArt. 196. A saúde é direito de todos e 
dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às 
ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação. 
Art. 197. São de relevância pública as ações e 
serviços de saúde, cabendo ao poder público 
dispor, nos termos da lei, sobre sua 
regulamentação, fiscalização e controle, devendo 
sua execução ser feita diretamente ou através de 
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica 
de direito privado. 
Art. 198. As ações e serviços públicos de 
saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada e constituem um sistema 
único, organizado de acordo com as 
seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em 
cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade 
para as atividades preventivas, sem prejuízo 
dos serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, 
nos termos do art. 195, com recursos do 
orçamento da seguridade social, da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além 
de outras fontes. 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e 
serviços públicos de saúde recursos mínimos 
derivados da aplicação de percentuais calculados 
sobre: 
I – no caso da União, a receita corrente líquida 
do respectivo exercício financeiro, não podendo
 ser inferior a 15% (quinze por cento); 
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, 
o produto da arrecadação dos impostos a que se 
refere o art. 155 e dos recursos de que tratam 
os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, 
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos 
respectivos Municípios; 
III – no caso dos Municípios e do Distrito 
Federal, o produto da arrecadação dos impostos 
a que se refere o art. 156 e dos recursos de que 
tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 
3º. 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada 
pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
I – os percentuais de que tratam os incisos II 
e III do § 2º; 
II – os critérios de rateio dos recursos da 
União vinculados à saúde destinados aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e 
dos Estados destinados a seus respectivos 
Municípios, objetivando a progressiva redução 
das disparidades regionais; 
III – as normas de fiscalização, avaliação e 
controle das despesas com saúde nas esferas 
federal, estadual, distrital e municipal; 
IV – 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de 
saúde poderão admitir agentes comunitários de 
saúde e agentes de combate às endemias por 
meio de processo seletivo público, de acordo 
com a natureza e complexidade de suas 
atribuições e requisitos específicos para sua 
atuação. 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime 
jurídico, o piso salarial profissional nacional, as 
diretrizes para os Planos de Carreira e a 
regulamentação das atividades de agente 
comunitário de saúde e agente de combate às 
endemias, competindo à União, nos termos da 
lei, prestar assistência financeira complementar 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, 
para o cumprimento do referido piso salarial. 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do 
art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição 
Federal, o servidor que exerça funções 
equivalentes às de agente comunitário de saúde 
ou de agente de combate às endemias poderá 
perder o cargo em caso de descumprimento dos 
requisitos específicos, fixados em lei, para o seu 
exercício. 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à 
iniciativa privada. 
§ 1º As instituições privadas poderão 
participar de forma complementar do sistema 
único de saúde, segundo diretrizes deste, 
mediante contrato de direito público ou 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS 
- CONSTITUIÇÃO FEDERAL (ARTIGOS 196 AO 200) 
- LEI 8.080/90 
- LEI 8.142/90 
- RESOLUÇÃO 453/2012 
- HUMANIZA SUS 
- PORTARIA 399 
- DECRETO 7.508 
 
 
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convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º É vedada a destinação de recursos 
públicos para auxílios ou subvenções às 
instituições privadas com fins lucrativos. 
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta 
de empresas ou capitais estrangeiros na 
assistência à saúde no País, salvo nos casos 
previstos em lei. 
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os 
requisitos que facilitem a remoção de órgãos, 
tecidos e substâncias humanas para fins de 
transplante, pesquisa e tratamento, bem como a 
coleta, processamento e transfusão de sangue e 
seus derivados, sendo vedado todo tipo de 
comercialização. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, 
além de outras atribuições, nos termos da lei: 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, 
produtos e substâncias de interesse para a saúde 
e participar da produção de medicamentos, 
equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados 
e outros insumos; 
II - executar as ações de vigilância sanitária e 
epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador; 
III - ordenar a formação de recursos humanos 
na área de saúde; 
IV - participar da formulação da política e da 
execução das ações de saneamento básico; 
V - incrementar, em sua área de atuação, o 
desenvolvimento científico e tecnológico e a 
inovação; (Inciso com redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 85, de 2015, 
republicada no DOU de 3/3/2015) 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, 
compreendido o controle de seu teor nutricional, 
bem como bebidas e águas para consumo 
humano; 
VII - participar do controle e fiscalização da 
produção, transporte, guarda e utilização de 
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e 
radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
 
 
 
LEI 8.080/90 
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE 
 
 
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR 
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território 
nacional, as ações e serviços de saúde, 
executados isolada ou conjuntamente, em 
caráter permanente ou eventual, por pessoas 
naturais ou jurídicas de direito Público ou 
privado. 
 
TÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do 
ser humano, devendo o Estado prover as 
condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde 
consiste na formulação e execução de políticas 
econômicas e sociais que visem à redução de 
riscos de doenças e de outros agravos e no 
estabelecimento de condições que assegurem 
acesso universal e igualitário às ações e aos 
serviços para a sua promoção, proteção e 
recuperação. 
§ 2º O dever do Estado não exclui o das 
pessoas, da família, das empresas e da 
sociedade. 
Art. 3o Os níveis de saúde expressam a 
organização social e econômica do País, tendo a 
saúde como determinantes e condicionantes, 
entre outros, a alimentação, a moradia, o 
saneamento básico, o meio ambiente, o 
trabalho, a renda, a educação, a atividade física, 
o transporte, o lazer e o acesso aos bens e 
serviços essenciais. 
Parágrafo único. Dizem respeito também à 
saúde as ações que, por força do disposto no 
artigo anterior, se destinam a garantir às 
pessoas e à coletividade condições de bem-estar 
físico, mental e social. 
TÍTULO II 
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR 
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de 
saúde, prestados por órgãos e instituições 
públicas federais, estaduais e municipais, da 
Administração direta e indireta e das fundações 
mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo 
as instituições públicas federais, estaduais e 
municipais de controle de qualidade, pesquisa e 
produção de insumos, medicamentos, inclusive 
de sangue e hemoderivados, e de equipamentos 
para saúde. 
§ 2º A iniciativaprivada poderá 
participar do Sistema Único de Saúde 
(SUS), em caráter complementar. 
 
CAPÍTULO I 
Dos Objetivos e Atribuições 
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de 
Saúde SUS: 
I - a identificação e divulgação dos fatores 
condicionantes e determinantes da saúde; 
II - a formulação de política de saúde 
destinada a promover, nos campos econômico e 
social, a observância do disposto no § 1º do art. 
2º desta lei; 
III - a assistência às pessoas por intermédio 
de ações de promoção, proteção e recuperação 
da saúde, com a realização integrada das ações 
assistenciais e das atividades preventivas. 
 
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Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de 
atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): 
I - a execução de ações: 
a) de vigilância sanitária; 
b) de vigilância epidemiológica; 
c) de saúde do trabalhador; e 
d) de assistência terapêutica integral, 
inclusive farmacêutica; 
II - a participação na formulação da política e 
na execução de ações de saneamento básico; 
III - a ordenação da formação de recursos 
humanos na área de saúde; 
IV - a vigilância nutricional e a orientação 
alimentar; 
V - a colaboração na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
VI - a formulação da política de 
medicamentos, equipamentos, imunobiológicos 
e outros insumos de interesse para a saúde e a 
participação na sua produção; 
VII - o controle e a fiscalização de serviços, 
produtos e substâncias de interesse para a 
saúde; 
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, 
água e bebidas para consumo humano; 
IX - a participação no controle e na 
fiscalização da produção, transporte, guarda e 
utilização de substâncias e produtos psicoativos, 
tóxicos e radioativos; 
X - o incremento, em sua área de atuação, do 
desenvolvimento científico e tecnológico; 
XI - a formulação e execução da política de 
sangue e seus derivados. 
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um 
conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou 
prevenir riscos à saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do meio 
ambiente, da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde, 
abrangendo: 
I - o controle de bens de consumo que, 
direta ou indiretamente, se relacionem com a 
saúde, compreendidas todas as etapas e 
processos, da produção ao consumo; e 
II - o controle da prestação de serviços que 
se relacionam direta ou indiretamente com a 
saúde. 
§ 2º Entende-se por vigilância 
epidemiológica um conjunto de ações que 
proporcionam o conhecimento, a detecção ou 
prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde 
individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e 
controle das doenças ou agravos. 
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, 
para fins desta lei, um conjunto de atividades 
que se destina, através das ações de vigilância 
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção 
e proteção da saúde dos trabalhadores, assim 
como visa à recuperação e reabilitação da saúde 
dos trabalhadores submetidos aos riscos e 
agravos advindos das condições de trabalho, 
abrangendo: 
I - assistência ao trabalhador vítima de 
acidentes de trabalho ou portador de doença 
profissional e do trabalho; 
II - participação, no âmbito de competência 
do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, 
pesquisas, avaliação e controle dos riscos e 
agravos potenciais à saúde existentes no 
processo de trabalho; 
III - participação, no âmbito de 
competência do Sistema Único de Saúde (SUS), 
da normatização, fiscalização e controle das 
condições de produção, extração, 
armazenamento, transporte, distribuição e 
manuseio de substâncias, de produtos, de 
máquinas e de equipamentos que apresentam 
riscos à saúde do trabalhador; 
IV - avaliação do impacto que as 
tecnologias provocam à saúde; 
V - informação ao trabalhador e à sua 
respectiva entidade sindical e às empresas sobre 
os riscos de acidentes de trabalho, doença 
profissional e do trabalho, bem como os 
resultados de fiscalizações, avaliações 
ambientais e exames de saúde, de admissão, 
periódicos e de demissão, respeitados os 
preceitos da ética profissional; 
VI - participação na normatização, 
fiscalização e controle dos serviços de saúde do 
trabalhador nas instituições e empresas públicas 
e privadas; 
VII - revisão periódica da listagem oficial de 
doenças originadas no processo de trabalho, 
tendo na sua elaboração a colaboração das 
entidades sindicais; e 
VIII - a garantia ao sindicato dos 
trabalhadores de requerer ao órgão competente 
a interdição de máquina, de setor de serviço ou 
de todo ambiente de trabalho, quando houver 
exposição a risco iminente para a vida ou saúde 
dos trabalhadores. 
 
CAPÍTULO II 
Dos Princípios e Diretrizes 
 
Art. 7º As ações e serviços públicos de 
saúde e os serviços privados contratados ou 
conveniados que integram o Sistema Único 
de Saúde (SUS), são desenvolvidos de 
acordo com as diretrizes previstas no art. 
198 da Constituição Federal, obedecendo 
ainda aos seguintes princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de 
saúde em todos os níveis de assistência; 
II - integralidade de assistência, entendida 
como conjunto articulado e contínuo das ações e 
serviços preventivos e curativos, individuais e 
coletivos, exigidos para cada caso em todos os 
níveis de complexidade do sistema; 
 
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III - preservação da autonomia das pessoas 
na defesa de sua integridade física e moral; 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem 
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
V - direito à informação, às pessoas 
assistidas, sobre sua saúde; 
VI - divulgação de informações quanto ao 
potencial dos serviços de saúde e a sua utilização 
pelo usuário; 
VII - utilização da epidemiologia para o 
estabelecimento de prioridades, a alocação de 
recursos e a orientação programática; 
VIII - participação da comunidade; 
IX - descentralização político-
administrativa, com direção única em cada 
esfera de governo: 
a) ênfase na descentralização dos serviços 
para os municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede 
de serviços de saúde; 
X - integração em nível executivo das ações 
de saúde, meio ambiente e saneamento básico; 
XI - conjugação dos recursos financeiros, 
tecnológicos, materiais e humanos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na 
prestação de serviços de assistência à saúde da 
população; 
XII - capacidade de resolução dos serviços 
em todos os níveis de assistência; e 
XIII - organização dos serviços públicos de 
modo a evitar duplicidade de meios para fins 
idênticos. 
XIV – organização de atendimento público 
específico e especializado para mulheres e 
vítimas de violência doméstica em geral, que 
garanta, entre outros, atendimento, 
acompanhamento psicológico e cirurgias 
plásticas reparadoras, em conformidade com 
a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 
2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, 
de 2017) 
 
 
 
 
CAPÍTULO III 
Da Organização, da Direção e da Gestão 
 
Art. 8º As ações e serviços de saúde, 
executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 
seja diretamente ou mediante participação 
complementar da iniciativa privada, serão 
organizados de forma regionalizada e 
hierarquizada em níveis de complexidade 
crescente. 
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde 
(SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 
198 da Constituição Federal, sendo exercida em 
cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: 
I - no âmbito da União, pelo Ministério da 
Saúde; 
II - no âmbito dos Estados e do Distrito 
Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou 
órgão equivalente; e 
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva 
Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. 
Art. 10. Os municípios poderão constituir 
consórciospara desenvolver em conjunto as 
ações e os serviços de saúde que lhes 
correspondam. 
[...] 
Art. 13. A articulação das políticas e 
programas, a cargo das comissões intersetoriais, 
abrangerá, em especial, as seguintes atividades: 
I - alimentação e nutrição; 
II - saneamento e meio ambiente; 
III - vigilância sanitária e 
farmacoepidemiologia; 
IV - recursos humanos; 
V - ciência e tecnologia; e 
VI - saúde do trabalhador. 
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões 
Permanentes de integração entre os serviços de 
saúde e as instituições de ensino profissional e 
superior. 
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões 
terá por finalidade propor prioridades, métodos 
e estratégias para a formação e educação 
continuada dos recursos humanos do Sistema 
Único de Saúde (SUS), na esfera 
correspondente, assim como em relação à 
pesquisa e à cooperação técnica entre essas 
instituições. 
Art. 14-A. As Comissões Intergestores 
Bipartite e Tripartite são reconhecidas como 
foros de negociação e pactuação entre gestores, 
quanto aos aspectos operacionais do Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
Parágrafo único. A atuação das Comissões 
Intergestores Bipartite e Tripartite terá por 
objetivo: 
I - decidir sobre os aspectos operacionais, 
financeiros e administrativos da gestão 
compartilhada do SUS, em conformidade com a 
definição da política consubstanciada em planos 
de saúde, aprovados pelos conselhos de 
saúde; 
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, 
regional e intermunicipal, a respeito da 
organização das redes de ações e serviços de 
saúde, principalmente no tocante à sua 
governança institucional e à integração das 
ações e serviços dos entes federados; 
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, 
distrito sanitário, integração de territórios, 
referência e contrarreferência e demais aspectos 
vinculados à integração das ações e serviços de 
saúde entre os entes federados. 
Art. 14-B. O Conselho Nacional de 
Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho 
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 
(Conasems) são reconhecidos como entidades 
representativas dos entes estaduais e municipais 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13427.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13427.htm#art2
 
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para tratar de matérias referentes à saúde e 
declarados de utilidade pública e de relevante 
função social, na forma do regulamento. 
§ 1o O Conass e o Conasems receberão 
recursos do orçamento geral da União por meio 
do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no 
custeio de suas despesas institucionais, podendo 
ainda celebrar convênios com a União. 
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais 
de Saúde (Cosems) são reconhecidos como 
entidades que representam os entes municipais, 
no âmbito estadual, para tratar de matérias 
referentes à saúde, desde que vinculados 
institucionalmente ao Conasems, na forma que 
dispuserem seus estatutos. 
[...] 
Seção II 
Da Competência 
Art. 16. A direção nacional do Sistema 
Único da Saúde (SUS) compete: 
I - formular, avaliar e apoiar políticas de 
alimentação e nutrição; 
II - participar na formulação e na 
implementação das políticas: 
a) de controle das agressões ao meio 
ambiente; 
b) de saneamento básico; e 
c) relativas às condições e aos ambientes 
de trabalho; 
III - definir e coordenar os sistemas: 
a) de redes integradas de assistência de 
alta complexidade; 
b) de rede de laboratórios de saúde 
pública; 
c) de vigilância epidemiológica; e 
d) vigilância sanitária; 
 
IV - participar da definição de normas e 
mecanismos de controle, com órgão afins, de 
agravo sobre o meio ambiente ou dele 
decorrentes, que tenham repercussão na saúde 
humana; 
V - participar da definição de normas, critérios 
e padrões para o controle das condições e dos 
ambientes de trabalho e coordenar a política de 
saúde do trabalhador; 
VI - coordenar e participar na execução das 
ações de vigilância epidemiológica; 
VII - estabelecer normas e executar a 
vigilância sanitária de portos, aeroportos e 
fronteiras, podendo a execução ser 
complementada pelos Estados, Distrito Federal e 
Municípios; 
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e 
métodos para o controle da qualidade sanitária 
de produtos, substâncias e serviços de consumo 
e uso humano; 
IX - promover articulação com os órgãos 
educacionais e de fiscalização do exercício 
profissional, bem como com entidades 
representativas de formação de recursos 
humanos na área de saúde; 
X - formular, avaliar, elaborar normas e 
participar na execução da política nacional e 
produção de insumos e equipamentos para a 
saúde, em articulação com os demais órgãos 
governamentais; 
XI - identificar os serviços estaduais e 
municipais de referência nacional para o 
estabelecimento de padrões técnicos de 
assistência à saúde; 
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, 
produtos e substâncias de interesse para a 
saúde; 
XIII - prestar cooperação técnica e financeira 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
para o aperfeiçoamento da sua atuação 
institucional; 
XIV - elaborar normas para regular as 
relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) 
e os serviços privados contratados de assistência 
à saúde; 
XV - promover a descentralização para as 
Unidades Federadas e para os Municípios, dos 
serviços e ações de saúde, respectivamente, de 
abrangência estadual e municipal; 
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente 
o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e 
Derivados; 
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as 
ações e os serviços de saúde, respeitadas as 
competências estaduais e municipais; 
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico 
Nacional no âmbito do SUS, em cooperação 
técnica com os Estados, Municípios e Distrito 
Federal; 
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de 
Auditoria e coordenar a avaliação técnica e 
financeira do SUS em todo o Território Nacional 
em cooperação técnica com os Estados, 
Municípios e Distrito Federal. 
Parágrafo único. A União poderá executar 
ações de vigilância epidemiológica e sanitária em 
circunstâncias especiais, como na ocorrência de 
agravos inusitados à saúde, que possam escapar 
do controle da direção estadual do Sistema Único 
de Saúde (SUS) ou que representem risco de 
disseminação nacional. 
 
Art. 17. À direção estadual do Sistema 
Único de Saúde (SUS) compete: 
I - promover a descentralização para os 
Municípios dos serviços e das ações de saúde; 
II - acompanhar, controlar e avaliar as 
redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde 
(SUS); 
III - prestar apoio técnico e financeiro aos 
Municípios e executar supletivamente ações e 
serviços de saúde; 
IV - coordenar e, em caráter 
complementar, executar ações e serviços: 
a) de vigilância epidemiológica; 
b) de vigilância sanitária; 
c) de alimentação e nutrição; e 
 
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d) de saúde do trabalhador; 
V - participar, junto com os órgãos afins, do 
controle dos agravos do meio ambiente que 
tenham repercussão na saúde humana; 
VI - participar da formulação da política e 
da execução de ações de saneamento básico; 
VII - participar das ações de controle e 
avaliação das condições e dos ambientes de 
trabalho; 
VIII - em caráter suplementar, formular, 
executar, acompanhar e avaliar a política de 
insumos e equipamentos para a saúde; 
IX - identificar estabelecimentos 
hospitalares de referência e gerir sistemas 
públicos de alta complexidade, de referência 
estadual e regional; 
X - coordenar a rede estadual de 
laboratórios de saúde pública e hemocentros, e 
gerir as unidades que permaneçamem sua 
organização administrativa; 
XI - estabelecer normas, em caráter 
suplementar, para o controle e avaliação das 
ações e serviços de saúde; 
XII - formular normas e estabelecer 
padrões, em caráter suplementar, de 
procedimentos de controle de qualidade para 
produtos e substâncias de consumo humano; 
XIII - colaborar com a União na execução 
da vigilância sanitária de portos, aeroportos e 
fronteiras; 
XIV - o acompanhamento, a avaliação e 
divulgação dos indicadores de morbidade e 
mortalidade no âmbito da unidade federada. 
Art. 18. À direção municipal do Sistema de 
Saúde (SUS) compete: 
I - planejar, organizar, controlar e avaliar 
as ações e os serviços de saúde e gerir e 
executar os serviços públicos de saúde; 
II - participar do planejamento, 
programação e organização da rede 
regionalizada e hierarquizada do Sistema Único 
de Saúde (SUS), em articulação com sua direção 
estadual; 
III - participar da execução, controle e 
avaliação das ações referentes às condições e 
aos ambientes de trabalho; 
IV - executar serviços: 
a) de vigilância epidemiológica; 
b) vigilância sanitária; 
c) de alimentação e nutrição; 
d) de saneamento básico; e 
e) de saúde do trabalhador; 
V - dar execução, no âmbito municipal, à 
política de insumos e equipamentos para a 
saúde; 
VI - colaborar na fiscalização das agressões 
ao meio ambiente que tenham repercussão 
sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos 
municipais, estaduais e federais competentes, 
para controlá-las; 
VII - formar consórcios administrativos 
intermunicipais; 
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e 
hemocentros; 
IX - colaborar com a União e os Estados na 
execução da vigilância sanitária de portos, 
aeroportos e fronteiras; 
X - observado o disposto no art. 26 desta 
Lei, celebrar contratos e convênios com 
entidades prestadoras de serviços privados de 
saúde, bem como controlar e avaliar sua 
execução; 
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos 
dos serviços privados de saúde; 
XII - normatizar complementarmente as 
ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito 
de atuação. 
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as 
atribuições reservadas aos Estados e aos 
Municípios. 
 
CAPÍTULO V 
Do Subsistema de Atenção à Saúde 
Indígena 
 
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde 
voltados para o atendimento das populações 
indígenas, em todo o território nacional, coletiva 
ou individualmente, obedecerão ao disposto 
nesta Lei. 
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de 
Atenção à Saúde Indígena, componente do 
Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido 
por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de 
dezembro de 1990, com o qual funcionará em 
perfeita integração. 
Art. 19-C. Caberá à União, com seus 
recursos próprios, financiar o Subsistema de 
Atenção à Saúde Indígena. 
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação 
do Subsistema instituído por esta Lei com os 
órgãos responsáveis pela Política Indígena do 
País. 
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras 
instituições governamentais e não-
governamentais poderão atuar 
complementarmente no custeio e execução das 
ações. 
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente 
levar em consideração a realidade local e as 
especificidades da cultura dos povos indígenas e 
o modelo a ser adotado para a atenção à saúde 
indígena, que se deve pautar por uma 
abordagem diferenciada e global, contemplando 
os aspectos de assistência à saúde, saneamento 
básico, nutrição, habitação, meio ambiente, 
demarcação de terras, educação sanitária e 
integração institucional. 
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à 
Saúde Indígena deverá ser, como o SUS, 
descentralizado, hierarquizado e 
regionalizado. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm
 
Serviço Social para Concursos |ssparaconcursos.com.br 14 
§ 1o O Subsistema de que trata 
o caput deste artigo terá como base os Distritos 
Sanitários Especiais Indígenas. 
§ 2o O SUS servirá de retaguarda e 
referência ao Subsistema de Atenção à Saúde 
Indígena, devendo, para isso, ocorrer 
adaptações na estrutura e organização do SUS 
nas regiões onde residem as populações 
indígenas, para propiciar essa integração e o 
atendimento necessário em todos os níveis, sem 
discriminações. 
§ 3o As populações indígenas devem ter 
acesso garantido ao SUS, em âmbito local, 
regional e de centros especializados, de acordo 
com suas necessidades, compreendendo a 
atenção primária, secundária e terciária à 
saúde. 
Art. 19-H. As populações indígenas terão 
direito a participar dos organismos colegiados de 
formulação, acompanhamento e avaliação das 
políticas de saúde, tais como o Conselho 
Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e 
Municipais de Saúde, quando for o caso. 
 
CAPÍTULO VI 
DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E 
INTERNAÇÃO DOMICILIAR 
 
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do 
Sistema Único de Saúde, o atendimento 
domiciliar e a internação domiciliar. 
§ 1o Na modalidade de assistência de 
atendimento e internação domiciliares incluem-
se, principalmente, os procedimentos médicos, 
de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e 
de assistência social, entre outros necessários ao 
cuidado integral dos pacientes em seu 
domicílio. 
§ 2o O atendimento e a internação 
domiciliares serão realizados por equipes 
multidisciplinares que atuarão nos níveis da 
medicina preventiva, terapêutica e 
reabilitadora. 
§ 3o O atendimento e a internação 
domiciliares só poderão ser realizados por 
indicação médica, com expressa concordância do 
paciente e de sua família. 
CAPÍTULO VII 
DO SUBSISTEMA DE 
ACOMPANHAMENTO DURANTE O 
TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-
PARTO IMEDIATO 
 
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema 
Único de Saúde - SUS, da rede própria ou 
conveniada, ficam obrigados a permitir a 
presença, junto à parturiente, de 1 (um) 
acompanhante durante todo o período de 
trabalho de parto, parto e pós-parto 
imediato. 
§ 1o O acompanhante de que trata o caput 
deste artigo será indicado pela parturiente. 
§ 2o As ações destinadas a viabilizar o 
pleno exercício dos direitos de que trata este 
artigo constarão do regulamento da lei, a ser 
elaborado pelo órgão competente do Poder 
Executivo. 
§ 3o Ficam os hospitais de todo o País 
obrigados a manter, em local visível de suas 
dependências, aviso informando sobre o direito 
estabelecido no caput deste artigo. 
 
CAPÍTULO VIII 
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA 
INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM 
SAÚDE” 
Art. 19-M. A assistência terapêutica 
integral a que se refere a alínea d do inciso I do 
art. 6o consiste em: 
I - dispensação de medicamentos e 
produtos de interesse para a saúde, cuja 
prescrição esteja em conformidade com as 
diretrizes terapêuticas definidas em protocolo 
clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser 
tratado ou, na falta do protocolo, em 
conformidade com o disposto no art. 19-P; 
II - oferta de procedimentos terapêuticos, 
em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, 
constantes de tabelas elaboradas pelo gestor 
federal do Sistema Único de Saúde - SUS, 
realizados no território nacional por serviço 
próprio, conveniado ou contratado. 
Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no 
art. 19-M, são adotadas as seguintes definições: 
I - produtos de interesse para a saúde: 
órteses, próteses, bolsas coletoras e 
equipamentos médicos; 
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: 
documento que estabelece critérios para o 
diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o 
tratamento preconizado, com os medicamentos 
e demais produtos apropriados, quando couber; 
as posologias recomendadas; os mecanismos de 
controle clínico; e o acompanhamento e a 
verificação dos resultados terapêuticos, a serem 
seguidos pelos gestores do SUS.Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as 
diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os 
medicamentos ou produtos necessários nas 
diferentes fases evolutivas da doença ou do 
agravo à saúde de que tratam, bem como 
aqueles indicados em casos de perda de eficácia 
e de surgimento de intolerância ou reação 
adversa relevante, provocadas pelo 
medicamento, produto ou procedimento de 
primeira escolha. (Incluído pela Lei nº 
12.401, de 2011) 
Parágrafo único. Em qualquer caso, os 
medicamentos ou produtos de que trata 
o caput deste artigo serão aqueles avaliados 
quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e 
custo-efetividade para as diferentes fases 
evolutivas da doença ou do agravo à saúde de 
que trata o protocolo. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
 
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Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou 
de diretriz terapêutica, a dispensação será 
realizada: 
I - com base nas relações de 
medicamentos instituídas pelo gestor federal do 
SUS, observadas as competências estabelecidas 
nesta Lei, e a responsabilidade pelo 
fornecimento será pactuada na Comissão 
Intergestores Tripartite; 
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito 
Federal, de forma suplementar, com base nas 
relações de medicamentos instituídas pelos 
gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade 
pelo fornecimento será pactuada na Comissão 
Intergestores Bipartite; 
III - no âmbito de cada Município, de forma 
suplementar, com base nas relações de 
medicamentos instituídas pelos gestores 
municipais do SUS, e a responsabilidade pelo 
fornecimento será pactuada no Conselho 
Municipal de Saúde. 
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a 
alteração pelo SUS de novos medicamentos, 
produtos e procedimentos, bem como a 
constituição ou a alteração de protocolo clínico 
ou de diretriz terapêutica, são atribuições do 
Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão 
Nacional de Incorporação de Tecnologias no 
SUS. 
§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação 
de Tecnologias no SUS, cuja composição e 
regimento são definidos em regulamento, 
contará com a participação de 1 (um) 
representante indicado pelo Conselho Nacional 
de Saúde e de 1 (um) representante, especialista 
na área, indicado pelo Conselho Federal de 
Medicina. 
§ 2o O relatório da Comissão Nacional de 
Incorporação de Tecnologias no SUS levará em 
consideração, necessariamente: 
I - as evidências científicas sobre a eficácia, 
a acurácia, a efetividade e a segurança do 
medicamento, produto ou procedimento objeto 
do processo, acatadas pelo órgão competente 
para o registro ou a autorização de uso; 
II - a avaliação econômica comparativa dos 
benefícios e dos custos em relação às tecnologias 
já incorporadas, inclusive no que se refere aos 
atendimentos domiciliar, ambulatorial ou 
hospitalar, quando cabível. 
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a 
alteração a que se refere o art. 19-Q serão 
efetuadas mediante a instauração de processo 
administrativo, a ser concluído em prazo não 
superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da 
data em que foi protocolado o pedido, admitida 
a sua prorrogação por 90 (noventa) dias 
corridos, quando as circunstâncias 
exigirem. 
§ 1o O processo de que trata o caput deste 
artigo observará, no que couber, o disposto na 
Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e as 
seguintes determinações especiais: 
I - apresentação pelo interessado dos 
documentos e, se cabível, das amostras de 
produtos, na forma do regulamento, com 
informações necessárias para o atendimento do 
disposto no § 2o do art. 19-Q; 
II - (VETADO); 
III - realização de consulta pública que 
inclua a divulgação do parecer emitido pela 
Comissão Nacional de Incorporação de 
Tecnologias no SUS; 
IV - realização de audiência pública, antes 
da tomada de decisão, se a relevância da matéria 
justificar o evento. 
 
Art. 19-S. (VETADO). 
Art. 19-T. São vedados, em todas as 
esferas de gestão do SUS: 
I - o pagamento, o ressarcimento ou o 
reembolso de medicamento, produto e 
procedimento clínico ou cirúrgico experimental, 
ou de uso não autorizado pela Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária - ANVISA; 
II - a dispensação, o pagamento, o 
ressarcimento ou o reembolso de medicamento 
e produto, nacional ou importado, sem registro 
na Anvisa.” 
Art. 19-U. A responsabilidade financeira 
pelo fornecimento de medicamentos, produtos 
de interesse para a saúde ou procedimentos de 
que trata este Capítulo será pactuada na 
Comissão Intergestores Tripartite. 
 
TÍTULO III 
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE 
ASSISTÊNCIA À SAÙDE 
CAPÍTULO I 
Do Funcionamento 
Art. 20. Os serviços privados de assistência 
à saúde caracterizam-se pela atuação, por 
iniciativa própria, de profissionais liberais, 
legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de 
direito privado na promoção, proteção e 
recuperação da saúde. 
Art. 21. A assistência à saúde é livre à 
iniciativa privada. 
Art. 22. Na prestação de serviços privados 
de assistência à saúde, serão observados os 
princípios éticos e as normas expedidas pelo 
órgão de direção do Sistema Único de Saúde 
(SUS) quanto às condições para seu 
funcionamento. 
Art. 23. É permitida a participação direta 
ou indireta, inclusive controle, de empresas ou 
de capital estrangeiro na assistência à saúde 
nos seguintes casos: 
I - doações de organismos internacionais 
vinculados à Organização das Nações Unidas, 
de entidades de cooperação técnica e de 
financiamento e empréstimos; 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Msg/VEP-113.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Msg/VEP-113.htm
 
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II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, 
operacionalizar ou explorar: 
a) hospital geral, inclusive filantrópico, 
hospital especializado, policlínica, clínica geral e 
clínica especializada; e 
b) ações e pesquisas de planejamento 
familiar; 
III - serviços de saúde mantidos, sem 
finalidade lucrativa, por empresas, para 
atendimento de seus empregados e 
dependentes, sem qualquer ônus para a 
seguridade social; e 
IV - demais casos previstos em legislação 
específica. 
 
CAPÍTULO II 
Da Participação Complementar 
Art. 24. Quando as suas disponibilidades 
forem insuficientes para garantir a cobertura 
assistencial à população de uma determinada 
área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá 
recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa 
privada. 
Parágrafo único. A participação 
complementar dos serviços privados será 
formalizada mediante contrato ou convênio, 
observadas, a respeito, as normas de direito 
público. 
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as 
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos 
terão preferência para participar do Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
Art. 26. Os critérios e valores para a 
remuneração de serviços e os parâmetros de 
cobertura assistencial serão estabelecidos pela 
direção nacional do Sistema Único de Saúde 
(SUS), aprovados no Conselho Nacional de 
Saúde. 
§ 1° Na fixação dos critérios, valores, 
formas de reajuste e de pagamento da 
remuneração aludida neste artigo, a direção 
nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) 
deverá fundamentar seu ato em demonstrativo 
econômico-financeiro que garanta a efetiva 
qualidade de execução dos serviços contratados. 
§ 2° Os serviços contratados submeter-se-
ão às normas técnicas e administrativas e aos 
princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde 
(SUS), mantido o equilíbrio econômico e 
financeiro do contrato. 
§ 3° (Vetado). 
§ 4° Aos proprietários, administradorese 
dirigentes de entidades ou serviços contratados 
é vedado exercer cargo de chefia ou função de 
confiança no Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
TÍTULO IV 
DOS RECURSOS HUMANOS 
Art. 27. A política de recursos humanos na 
área da saúde será formalizada e executada, 
articuladamente, pelas diferentes esferas de 
governo, em cumprimento dos seguintes 
objetivos: 
I - organização de um sistema de formação 
de recursos humanos em todos os níveis de 
ensino, inclusive de pós-graduação, além da 
elaboração de programas de permanente 
aperfeiçoamento de pessoal; 
II - (Vetado) 
III - (Vetado) 
IV - valorização da dedicação exclusiva aos 
serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Parágrafo único. Os serviços públicos que 
integram o Sistema Único de Saúde (SUS) 
constituem campo de prática para ensino e 
pesquisa, mediante normas específicas, 
elaboradas conjuntamente com o sistema 
educacional. 
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, 
direção e assessoramento, no âmbito do Sistema 
Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidas 
em regime de tempo integral. 
§ 1° Os servidores que legalmente 
acumulam dois cargos ou empregos poderão 
exercer suas atividades em mais de um 
estabelecimento do Sistema Único de Saúde 
(SUS). 
§ 2° O disposto no parágrafo anterior 
aplica-se também aos servidores em regime de 
tempo integral, com exceção dos ocupantes de 
cargos ou função de chefia, direção ou 
assessoramento. 
Art. 29. (Vetado). 
Art. 30. As especializações na forma de 
treinamento em serviço sob supervisão serão 
regulamentadas por Comissão Nacional, 
instituída de acordo com o art. 12 desta Lei, 
garantida a participação das entidades 
profissionais correspondentes. 
TÍTULO V 
DO FINANCIAMENTO 
CAPÍTULO I 
Dos Recursos 
Art. 31. O orçamento da seguridade social 
destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de 
acordo com a receita estimada, os recursos 
necessários à realização de suas finalidades, 
previstos em proposta elaborada pela sua 
direção nacional, com a participação dos órgãos 
da Previdência Social e da Assistência Social, 
tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
Art. 32. São considerados de outras fontes 
os recursos provenientes de: 
I - (Vetado) 
II - Serviços que possam ser prestados sem 
prejuízo da assistência à saúde; 
III - ajuda, contribuições, doações e 
donativos; 
IV - alienações patrimoniais e rendimentos 
de capital; 
 
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V - taxas, multas, emolumentos e preços 
públicos arrecadados no âmbito do Sistema 
Único de Saúde (SUS); e 
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais 
e industriais. 
§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) 
caberá metade da receita de que trata o inciso I 
deste artigo, apurada mensalmente, a qual será 
destinada à recuperação de viciados. 
§ 2° As receitas geradas no âmbito do 
Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas 
diretamente em contas especiais, movimentadas 
pela sua direção, na esfera de poder onde forem 
arrecadadas. 
§ 3º As ações de saneamento que venham 
a ser executadas supletivamente pelo Sistema 
Único de Saúde (SUS), serão financiadas por 
recursos tarifários específicos e outros da União, 
Estados, Distrito Federal, Municípios e, em 
particular, do Sistema Financeiro da Habitação 
(SFH). 
§ 4º (Vetado). 
§ 5º As atividades de pesquisa e 
desenvolvimento científico e tecnológico em 
saúde serão co-financiadas pelo Sistema Único 
de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo 
orçamento fiscal, além de recursos de 
instituições de fomento e financiamento ou de 
origem externa e receita própria das instituições 
executoras. 
§ 6º (Vetado). 
CAPÍTULO II 
Da Gestão Financeira 
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema 
Único de Saúde (SUS) serão depositados em 
conta especial, em cada esfera de sua atuação, 
e movimentados sob fiscalização dos respectivos 
Conselhos de Saúde. 
§ 1º Na esfera federal, os recursos 
financeiros, originários do Orçamento da 
Seguridade Social, de outros Orçamentos da 
União, além de outras fontes, serão 
administrados pelo Ministério da Saúde, através 
do Fundo Nacional de Saúde. 
§ 2º (Vetado). 
§ 3º (Vetado). 
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, 
através de seu sistema de auditoria, a 
conformidade à programação aprovada da 
aplicação dos recursos repassados a Estados e 
Municípios. Constatada a malversação, desvio ou 
não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério 
da Saúde aplicar as medidas previstas em lei. 
Art. 34. As autoridades responsáveis pela 
distribuição da receita efetivamente arrecadada 
transferirão automaticamente ao Fundo Nacional 
de Saúde (FNS), observado o critério do 
parágrafo único deste artigo, os recursos 
financeiros correspondentes às dotações 
consignadas no Orçamento da Seguridade 
Social, a projetos e atividades a serem 
executados no âmbito do Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
Parágrafo único. Na distribuição dos 
recursos financeiros da Seguridade Social será 
observada a mesma proporção da despesa 
prevista de cada área, no Orçamento da 
Seguridade Social. 
Art. 35. Para o estabelecimento de valores 
a serem transferidos a Estados, Distrito Federal 
e Municípios, será utilizada a combinação dos 
seguintes critérios, segundo análise técnica de 
programas e projetos: 
I - perfil demográfico da região; 
II - perfil epidemiológico da população a ser 
coberta; 
III - características quantitativas e 
qualitativas da rede de saúde na área; 
IV - desempenho técnico, econômico e 
financeiro no período anterior; 
V - níveis de participação do setor saúde 
nos orçamentos estaduais e municipais; 
VI - previsão do plano qüinqüenal de 
investimentos da rede; 
VII - ressarcimento do atendimento a 
serviços prestados para outras esferas de 
governo. 
 
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios 
sujeitos a notório processo de migração, os 
critérios demográficos mencionados nesta lei 
serão ponderados por outros indicadores de 
crescimento populacional, em especial o número 
de eleitores registrados. 
§ 3º (Vetado). 
§ 4º (Vetado). 
§ 5º (Vetado). 
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não 
prejudica a atuação dos órgãos de controle 
interno e externo e nem a aplicação de 
penalidades previstas em lei, em caso de 
irregularidades verificadas na gestão dos 
recursos transferidos. 
CAPÍTULO III 
Do Planejamento e do Orçamento 
Art. 36. O processo de planejamento e 
orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) 
será ascendente, do nível local até o federal, 
ouvidos seus órgãos deliberativos, 
compatibilizando-se as necessidades da política 
de saúde com a disponibilidade de recursos em 
planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do 
Distrito Federal e da União. 
§ 1º Os planos de saúde serão a base das 
atividades e programações de cada nível de 
direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu 
financiamento será previsto na respectiva 
proposta orçamentária. 
§ 2º É vedada a transferência de recursos 
para o financiamento de ações não previstas nos 
planos de saúde, exceto em situações 
emergenciais ou de calamidade pública, na área 
de saúde. 
 
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Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde 
estabelecerá as diretrizes a serem observadas na 
elaboração dos planos de saúde, em função das 
características epidemiológicas e da organização 
dos serviços em cada jurisdição administrativa. 
Art. 38. Não será permitida a destinação de 
subvenções e auxílios a instituições prestadoras 
de serviços de saúde com finalidade lucrativa. 
 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E 
TRANSITÓRIAS 
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de 
propriedade do Inamps para órgãos integrantes 
do Sistema Único de Saúde (SUS) será feita de 
modo a preservá-los como patrimônio da 
Seguridade Social. 
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo 
anterior serão inventariados com todos os seus 
acessórios, equipamentos e outrosbens móveis 
e ficarão disponíveis para utilização pelo órgão 
de direção municipal do Sistema Único de Saúde 
- SUS ou, eventualmente, pelo estadual, em cuja 
circunscrição administrativa se encontrem, 
mediante simples termo de recebimento. 
§ 7º (Vetado). 
§ 8º O acesso aos serviços de informática e 
bases de dados, mantidos pelo Ministério da 
Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da 
Previdência Social, será assegurado às 
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou 
órgãos congêneres, como suporte ao processo 
de gestão, de forma a permitir a gerencia 
informatizada das contas e a disseminação de 
estatísticas sanitárias e epidemiológicas médico-
hospitalares. 
Art. 40. (Vetado) 
Art. 41. As ações desenvolvidas pela 
Fundação das Pioneiras Sociais e pelo Instituto 
Nacional do Câncer, supervisionadas pela 
direção nacional do Sistema Único de Saúde 
(SUS), permanecerão como referencial de 
prestação de serviços, formação de recursos 
humanos e para transferência de tecnologia. 
Art. 42. (Vetado). 
Art. 43. A gratuidade das ações e serviços 
de saúde fica preservada nos serviços públicos 
contratados, ressalvando-se as cláusulas dos 
contratos ou convênios estabelecidos com as 
entidades privadas. 
Art. 44. (Vetado). 
Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais 
universitários e de ensino integram-se ao 
Sistema Único de Saúde (SUS), mediante 
convênio, preservada a sua autonomia 
administrativa, em relação ao patrimônio, aos 
recursos humanos e financeiros, ensino, 
pesquisa e extensão nos limites conferidos pelas 
instituições a que estejam vinculados. 
§ 1º Os serviços de saúde de sistemas 
estaduais e municipais de previdência social 
deverão integrar-se à direção correspondente do 
Sistema Único de Saúde (SUS), conforme seu 
âmbito de atuação, bem como quaisquer outros 
órgãos e serviços de saúde. 
§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse 
recíproco, os serviços de saúde das Forças 
Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único 
de Saúde (SUS), conforme se dispuser em 
convênio que, para esse fim, for firmado. 
Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), 
estabelecerá mecanismos de incentivos à 
participação do setor privado no investimento 
em ciência e tecnologia e estimulará a 
transferência de tecnologia das universidades e 
institutos de pesquisa aos serviços de saúde nos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, e às 
empresas nacionais. 
Art. 47. O Ministério da Saúde, em 
articulação com os níveis estaduais e municipais 
do Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, 
no prazo de dois anos, um sistema nacional de 
informações em saúde, integrado em todo o 
território nacional, abrangendo questões 
epidemiológicas e de prestação de serviços. 
Art. 48. (Vetado). 
Art. 49. (Vetado). 
Art. 50. Os convênios entre a União, os 
Estados e os Municípios, celebrados para 
implantação dos Sistemas Unificados e 
Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à 
proporção que seu objeto for sendo absorvido 
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
Art. 51. (Vetado). 
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções 
cabíveis, constitui crime de emprego irregular de 
verbas ou rendas públicas (Código Penal, art. 
315) a utilização de recursos financeiros do 
Sistema Único de Saúde (SUS) em finalidades 
diversas das previstas nesta lei. 
Art. 53. (Vetado). 
Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços 
de saúde, as atividades de apoio à assistência à 
saúde são aquelas desenvolvidas pelos 
laboratórios de genética humana, produção e 
fornecimento de medicamentos e produtos para 
saúde, laboratórios de analises clínicas, 
anatomia patológica e de diagnóstico por 
imagem e são livres à participação direta ou 
indireta de empresas ou de capitais 
estrangeiros. 
Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de 
sua publicação. 
Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 
3 de setembro de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 
de julho de 1975, e demais disposições em 
contrário. 
Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da 
Independência e 102º da República. 
FERNANDO COLLOR 
Alceni Guerra 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art315
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art315
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L2312.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L2312.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6229.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6229.htm
 
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LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 
1990. 
 
 
 
Dispõe sobre a participação da 
comunidade na gestão do Sistema 
Único de Saúde (SUS) e sobre as 
transferências intergovernamentais 
de recursos financeiros na área da 
saúde e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber 
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono 
a seguinte lei: 
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de 
que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 
1990, contará, em cada esfera de governo, sem 
prejuízo das funções do Poder Legislativo, com 
as seguintes instâncias colegiadas: 
I - a Conferência de Saúde; e 
II - o Conselho de Saúde. 
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a 
cada quatro anos com a representação dos 
vários segmentos sociais, para avaliar a situação 
de saúde e propor as diretrizes para a 
formulação da política de saúde nos níveis 
correspondentes, convocada pelo Poder 
Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou 
pelo Conselho de Saúde. 
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter 
permanente e deliberativo, órgão colegiado 
composto por representantes do governo, 
prestadores de serviço, profissionais de saúde e 
usuários, atua na formulação de estratégias e no 
controle da execução da política de saúde na 
instância correspondente, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros, cujas decisões serão 
homologadas pelo chefe do poder legalmente 
constituído em cada esfera do governo. 
§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de 
Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de 
Secretários Municipais de Saúde (Conasems) 
terão representação no Conselho Nacional de 
Saúde. 
§ 4° A representação dos usuários nos 
Conselhos de Saúde e Conferências será 
paritária em relação ao conjunto dos demais 
segmentos. 
§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos 
de Saúde terão sua organização e normas de 
funcionamento definidas em regimento próprio, 
aprovadas pelo respectivo conselho. 
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de 
Saúde (FNS) serão alocados como: 
I - despesas de custeio e de capital do 
Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da 
administração direta e indireta; 
II - investimentos previstos em lei 
orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo 
e aprovados pelo Congresso Nacional; 
III - investimentos previstos no Plano 
Quinquenal do Ministério da Saúde; 
IV - cobertura das ações e serviços de saúde 
a serem implementados pelos Municípios, 
Estados e Distrito Federal. 
Parágrafo único. Os recursos referidos no 
inciso IV deste artigo destinar-se-ão a 
investimentos na rede de serviços, à cobertura 
assistencial ambulatorial e hospitalar e às 
demais ações de saúde. 
Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do 
art. 2° desta lei serão repassados de forma 
regular e automática para os Municípios, Estados 
e Distrito Federal, de acordo com os critérios 
previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de 
setembro de 1990. 
§ 1° Enquanto não for regulamentada a 
aplicação dos critérios previstos no art. 35 da Lei 
n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, será 
utilizado, para o repasse de recursos, 
exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do 
mesmo artigo. (Vide Lei nº 8.080, de 1990) 
§ 2° Os recursos referidos neste artigo serão 
destinados, pelo menos setenta por cento, aos 
Municípios, afetando-se o restante aos Estados. 
§ 3° Os Municípios poderão estabelecer 
consórcio para execução de ações e serviços de 
saúde, remanejando, entre si,

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