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WEB AULA 1 E 2

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WEBAULA 1 
UNIDADE 1 
POLUIÇÃO E RESÍDUOS SÓLIDOS 
CONCEITO DE POLUIÇÃO: 
Política Nacional do Meio Ambiente 
[...] degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta 
ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população, criem condições adversas às atividades socioeconômicas, 
afetem desfavoravelmente a biota, afetem condições estéticas ou sanitárias
do meio ambiente e lancem matérias ou energia em desacordo com os 
padrões ambientais estabelecidos (BRASIL, 1981, p1.). 
Muitas vezes a poluição gerada por gases tóxicos pode não ser percebida, porém poderá 
ser letal. Daí a importância de estudarmos as formas de monitoramento da qualidade do 
ar, tanto nas imediações de uma área industrial quanto em locais mais distantes, mas que
ainda possam ser afetados, visando conhecer as características do ar e estabelecer 
medidas para o controle da poluição atmosférica.
Poluentes do ar:
Os poluentes do ar constituem-se principalmente de material particulado e de gases. Em 
função de suas características físicas os particulados podem ser ainda divididos em 
poeira, vapor, névoa, fumaça, ou spray.
A poeira é definida como as partículas sólidas que podem ser carregadas por gases e 
geradas pela manipulação de materiais (carvão, cinzas, cimento), ou pelo processamento 
direto de materiais como a madeira, ou ainda, resultantes de operação como o jateamento
com areia. A poeira consiste de material particulado grosso, possuindo cerca de 100 
mícrons de diâmetro (VESILIND, 2011).
O Vapor é também uma partícula sólida, frequentemente um óxido metálico, 
formado pela condensação de vapores por sublimação, destilação, calcinação ou 
processo de reações químicas. As partículas nos vapores são bem pequenas com 
diâmetros de 0,03 a 0,3 µ; A névoa consiste de partículas líquidas formadas pela 
condensação de um vapor e talvez por uma reação química. Névoas possuem 
diâmetro que variam de 0,5 a 3,0 µ. A fumaça é feita de partículas sólidas formadas
pela combustão incompleta de materiais carbonáceos. Suas partículas possuem 
diâmetro de 0,05 até aproximadamente 1,0 µ; Por fim, sprays são partículas 
líquidas formadas pela atomização de um líquido base e sedimentam sob o efeito 
da gravidade (VESILIND, 2011, p.276, grifo do autor). 
A qualidade do ar: 
Conforme destacado pelo Ministério do Meio Ambiente:
Frequentemente, os efeitos da má qualidade do ar não 
são tão visíveis comparados a outros fatores mais fáceis
de serem identificados. Contudo, os estudos 
epidemiológicos têm demonstrado, correlações entre a 
exposição aos poluentes atmosféricos e os efeitos de 
morbidade e mortalidade, causadas por problemas 
respiratórios (asma, bronquite, enfisema pulmonar e 
câncer de pulmão) e cardiovasculares, mesmo quando 
as concentrações dos poluentes na atmosfera não 
ultrapassam os padrões de qualidade do ar vigentes. As 
populações mais vulneráveis são as crianças, os idosos 
e as pessoas que já apresentam doenças respiratórias. 
(QUALIDADE..., 2013, p.1). 
Além destes as dioxinas e furanos também constituem importantes poluentes 
atmosféricos que atualmente fazem parte da lista de poluentes orgânicos 
persistentes (POP) da Convenção de Estocolmo, um tratado internacional que visa 
a eliminação segura destes poluentes e a limitação de sua produção e uso, do qual
o Brasil é signatário (COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO 
AMBIENTAL, 2012). 
LINK
Para conhecer melhor estes dois poluentes acesse o link abaixo:
< http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v33n5/0640.pdf > 
http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v33n5/0640.pdf
Tabela 2. Poluentes gasosos mais comuns.
Nome Fórmula
Propriedades
relevantes
Significância
como poluente
do ar
Dióxido de enxofre SO2
Gás incolor, 
provoca asfixia 
intensa, forte 
odor, altamente 
solúvel em água 
formando ácido 
sulfuroso H2SO3
Perigo para a 
propriedade, 
saúde e 
vegetação.
Trióxido de enxofre SO3
Solúvel em água,
formando ácido 
sulfúrico H2SO4
Altamente 
corrosivo.
Ácido sulfúrico H2S
Odor de ovo 
estragado em 
baixas 
concentrações, 
inodoro a altas 
concentrações
Altamente 
venenoso.
Óxido nitroso N2O
Gás incolor, 
utilizado como 
gás de transporte
em produtos 
aerossol
Relativamente 
inerte; não 
produzido na 
combustão.
Óxido nítrico NO Gás incolor Produzido em 
combustões a 
altas 
temperaturas e 
pressão; oxida 
para NO2.
Dióxido de nitrogênio NO2
Gás de cor 
marrom 
alaranjada
Principal 
componente na 
formação de 
névoa 
fotoquímica.
Monóxido de carbono CO Incolor e inodoro
Produto de 
combustões 
incompletas; 
venenoso.
Dióxido de carbono CO2 Incolor e inodoro
Formado durante
combustões 
completas; gás 
do efeito estufa.
Ozônio O3 Altamente reativo
Perigo para 
vegetações e 
propriedade; 
produzido, 
principalmente, 
durante a 
formação de 
névoa 
fotoquímica.
Hidrocarbonetos
CxHy ou
HC
Diversas
Emitido por 
automóveis e 
indústrias; 
formado na 
atmosfera.
Metano CH4
Combustível, 
inodoro.
Gás do efeito 
estufa.
Clorofluorcarbo-netos CFC
Não reativo, 
excelentes 
propriedades 
térmicas
Decompõe o 
ozônio na 
camada superior 
da atmosfera.
Fonte: Vesilind (2011)
Gases Constituinte
Conteúdos
(% por
volume)
Gases não variáveis
Nitrogênio (N2) 78,084
Oxigênio (O2) 20,948
Argônio (Ar) 0,934
Neônio (Ne) 1,818 x 10-3
Hélio (He) 5,24 x 10-4
Metano (CH4) 2 x 10-4
Criptônio (Kr) 1,14 x 10-4
Hidrogênio (H2) 0,5 x 10-4
Xenônio (Xe) 0,087 x 10-4
Gases variáveis
Vapor de água (H2O) 0 a 7
Dióxido de carbono (CO2) 0,033
Ozônio (O3) 0 a 0,01
Dióxido de enxofre (SO2) 0 a 0,0001
Dióxido de nitrogênio (NO2) 0 a 0,000002
Fonte: Adaptado de Vianello e Alves (1991, p.12).
Tendo como base esta informação, podemos dizer que a adição de substâncias diferentes
das que compõem o ar, em quantidades capazes de gerar efeitos adversos, deverão ser 
tratadas como poluentes do ar. A exemplo disso podemos citar os compostos de enxofre, 
lançados na atmosfera principalmente pela queima de combustíveis fósseis. Estes 
aumentam a acidez das chuvas, afetando o pH de rios e lagos e, portanto, 
indiscutivelmente podemos classificá-los como poluentes (VESILIND, 2011). Porém, 
conforme destaca o mesmo autor, ainda temos que considerar a origem destes 
compostos, pois podem ser lançados na atmosfera por fontes naturais, como é o caso dos
compostos de enxofre presentes nos gases expelidos por vulcões e fontes termais.
Para que possamos compreender como um poluente atmosférico, emitido nos Estados 
Unidos pode afetar os pinguins na Antártida, devemos conhecer alguns elementos 
meteorológicos que afetam a dispersão de poluentes ao redor do globo terrestre.
Princípios de meteorologia e dispersão atmosférica
Devido às diferenças de temperatura e composição química, nossa atmosfera pode ser 
dividida em camadas, que possuem características próprias de comportamento. Desta 
forma, temos basicamente quatro camadas principais: a troposfera, estratosfera, 
mesosfera e a termosfera.
A maior parte dos fenômenos atmosféricos acontece na troposfera, nela estão contidos 
80% do ar e sua espessura varia de 18 km no equador a 5 km nos polos. A temperatura 
na troposfera diminui à medida que aumenta a altitude. Acima da troposfera está a 
estratosfera, com um perfil de temperatura inverso ao da camada inferior, ou seja, à 
medida que aumentamos a altitude a temperatura se eleva nesta camada. Na estratosfera
há pouca mistura entre os componentes, assim os poluentes que migram para esta 
camada podem permanecer lá por longos períodos. A estratosfera possui alta 
concentração de Ozônio, que é o gás responsável pela absorção da radiação ultravioleta 
de ondas curtas emitidas pelo sol (VESILIND, 2011).
Acima da estratosfera temos ainda duas camadas a Mesosfera e a Termosfera que juntas 
contêm apenas 0,1% do ar atmosférico. A mesosfera apresenta temperaturas abaixo de 
100 ºC negativos, sendo a parte inferior mais quente pela influência da estratosfera, seu 
limite com a termosfera encontra-se em tornode 80 km. A termosfera por sua vez é a 
camada que apresenta as maiores temperaturas, em seu topo, que se situa a mais de 
640 km algumas partículas de gás podem chegar a 2.500ºC (BRASIL, 2011).
De forma geral os problemas com a poluição atmosférica acontecem na troposfera, onde 
os poluentes gerados por processos naturais ou antrópicos são transportados por ventos 
ou pelas correntes de ar.
O vento é o movimento do ar em relação à superfície, na horizontal. Quando ocorre na 
vertical, esse movimento de ar é chamado de corrente, podendo ser ascendente ou 
descendente. Os ventos se originam do aquecimento diferenciado sobre as regiões mais 
aquecidas, ar atmosférico menos denso. Por sua vez, regiões mais frias, possuem sobre 
si, ar atmosférico mais denso. Essas diferenças ocasionam um caminhamento do ar mais 
denso em direção ao menos denso.
A formação dos ventos se dá por vários processos que, de forma geral, são decorrentes 
dos gradientes de temperaturas entre regiões vizinhas.
BRISAS E VENTOS: 
• Brisas de terra e de mar: a partir das 10h00 o vento sopra do mar para a terra e em
sentido contrário durante a noite. Isto ocorre devido à terra se aquecer mais 
rapidamente que o mar (VIANELLO; ALVES, 1991).
• Brisa de montanha e de vale: durante o dia as encostas de uma montanha se 
aquecem mais rapidamente que as áreas mais altas portanto o ar desloca-se para 
cima (presença de nuvens no topo), e durante a noite ocorre o inverso (VIANELLO;
ALVES, 1991).
• Ventos Foehn: São ventos fortes, secos e quentes, que sopra encosta abaixo das 
formações montanhosas de maior porte, em geral estão associados com o desvio 
sofrido pelo escoamento, ao cruzar as formações montanhosas (VIANELLO; 
ALVES, 1991).
O deslocamento de poluentes pode também ocorrer verticalmente, isto devido ao 
aquecimento do ar junto à superfície do solo, que se torna menos denso e sobe. Este é 
um comportamento comum, que pode ser alterado quando a temperatura do ar na 
superfície do solo é mais fria que a da camada superior, com isto a troposfera atinge uma 
condição de estabilidade, ou seja, não há mais deslocamentos verticais uma vez que todo
o ar quente está no alto e o ar frio em baixo. Esta condição caracteriza o fenômeno de 
inversão térmica, onde a estabilidade da troposfera impede que os poluentes gerados na 
camada de ar próxima à superfície do solo consigam ser dispersos pelas correntes de ar 
ascendentes.
WEBAULA 2
GESTÃO DA QUALIDADE DO AR
Os efeitos prejudiciais da poluição atmosférica são mais intensos nos centros urbanos e 
também nas cidades próximas. Nestes ambientes a população evidencia diariamente a 
importância da gestão da qualidade do ar, pois como atesta o Ministério do Meio 
Ambiente:
A poluição atmosférica traz prejuízos não somente à saúde e à qualidade de 
vida das pessoas, mas também acarretam maiores gastos do Estado, 
decorrentes do aumento do número de atendimentos e internações 
hospitalares, além do uso de medicamentos, custos esses que poderiam ser 
evitados com a melhoria da qualidade do ar dos centros urbanos. A poluição 
de ar pode também afetar ainda a qualidade dos materiais (corrosão), do 
solo e das águas (chuvas ácidas), além de afetar a visibilidade 
(QUALIDADE..., 2013, p.1).
Sabemos que é difícil conhecer, através da análise dos componentes do ar, quem são os 
responsáveis pelas emissões deste ou daquele poluente. Neste sentido, para o bom 
desempenho de um programa de gestão da qualidade do ar é preciso estabelecer o 
controle diretamente nas fontes de poluentes. Para garantir isto, foram estabelecidas 
normas legais, que têm como objetivo criar parâmetros de qualidade do ar e constituir 
procedimentos capazes de orientar os responsáveis pelas emissões a uma conduta 
adequada.
Para o poder público federal a gestão da qualidade do ar está a cargo da Gerência de 
Qualidade do Ar (GQA), ligada ao Ministério do Meio Ambiente, sendo esta gerência 
criada com o propósito de formular as políticas e executar as ações no nível federal, com 
vistas a preservar e melhorar a qualidade do ar (QUALIDADE..., 2013). Além de apoiar os 
Estados na elaboração dos Planos de Controle de Poluição Veicular (PCPVs) e dos 
Programas de Inspeção e Manutenção Veicular (conforme Resolução CONAMA 
418/2009) o GQA também gerou outras ferramentas importantes para a gestão pública da
qualidade do ar:
• Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores 
Rodoviários;
• Programa nacional de controle de qualidade do ar - PRONAR ;
• Programa de controle de poluição do ar por veículos automotores PROCONVE;
• Programa de controle da poluição do ar por motociclos e veículos similares – 
PROMOT.
LINK
Conheça melhor estes programas acessando os links abaixo:
<http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/1o_Inventario_Nacional_de
_Emissoes_Atmosfericas_por_Veiculos_Automotores_Rodoviarios.PDF >
< http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/pronar_163.pdf >
< http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/proconve_163.pdf >
< http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/promot_163.pdf >
Legislação
Conforme discutimos anteriormente para que possamos direcionar a gestão da qualidade 
do ar precisamos contar com normas que auxiliem e embasem este trabalho, assim, a 
seguir apresentamos algumas normas legais criadas para este fim.
Em primeiro ponto, para que possamos garantir a qualidade do ar precisamos de 
parâmetros que apontem suas características químicas desejáveis. A Organização 
Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu em 2005 padrões que variam em função do 
enfoque adotado. No Brasil estes padrões estão definidos na Resolução CONAMA 
003/1990, esta resolução complementa a CONAMA 005/1989 e é complementada pela 
CONAMA 008/1990.
Outra iniciativa fundamental para garantir a qualidade do ar como um dos aspectos do 
desenvolvimento econômico sustentável foi a criação do Plano Nacional de Qualidade do 
Ar. Este foi concebido como um subsídio à 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental 
(CNSA), ocorrida 2009. No mesmo evento foi redigido também o documento 
“Compromisso pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental”, onde o Governo Federal 
assume a responsabilidade de trazer à reflexão as necessidades e desafios deste tema.
Bem como vimos anteriormente para a gestão da qualidade precisamos conhecer os 
padrões de qualidade do ar estabelecido pela legislação. Assim, conforme a Resolução 
CONAMA 003/1990 temos:
• Art. 1º São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes 
atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-
estar da população, bem como ocasionar danos à ¿ora e à fauna, aos materiais e 
ao meio ambiente em geral.[…]
• Art. 2o Para os efeitos desta Resolução ¿cam estabelecidos os seguintes 
conceitos: I – Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de 
poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. II – Padrões 
Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes abaixo das 
quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim 
como o mínimo dano à fauna, à ¿ora, aos materiais e ao meio ambiente em geral 
(CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, 1990, p.1).
Você conhece o IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change)?
Em português foi traduzido para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. 
Este órgão foi criado pela Organização Meteorológica Mundial e Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente, com o intuito de reunir informações importantes para a 
compreensão das mudanças climáticas. O Painel Intergovernamental de Mudanças 
Climáticas (IPPC) é o órgão das Nações Unidas responsável por produzir informações 
científicas em três relatórios que são divulgados periodicamente desde 1988. Os 
relatórios são baseados na revisão de pesquisas de 2500 cientistas de todo o mundo.
Uma etapa importante em qualquer trabalho que visa garantir o controle das emissões 
atmosféricasa fim de se atender aos padrões legais previamente estabelecidos, é o 
monitoramento dessas emissões e também da qualidade do ar. Considerando-se a 
natureza da poluição atmosférica ou ainda a área que ocupam podemos classificar as 
fontes de emissão de poluentes em duas categorias: as provenientes de fontes fixas e 
aquelas oriundas de fontes móveis (QUALIDADE..., 2013).
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente podemos assim definir as fontes fixas:
São assim denominadas as fontes lançadas à atmosfera por um 
ponto específico, fixo, como uma chaminé, por exemplo. Dessa forma,
as fontes fixas compreendem as que resultam dos processos 
produtivos industriais e dos processos de geração de energia, como é
o caso das termelétricas. Esses processos liberam, para a atmosfera, 
uma série de substâncias, conforme as matérias-primas, insumos e 
combustíveis empregados, sendo que algumas delas podem 
apresentar elevada toxicidade, comprometendo a qualidade do ar, da 
água e do solo (COMPROMISSO..., 2009, p.6).
Já as fontes móveis são aquelas caracterizadas por se dissiparem 
pela comunidade impossibilitando uma análise e monitoramento na 
base de cada fonte (QUALIDADE..., 2013).
Independente se a fonte emissora de poluentes é móvel ou estacionária o monitoramento 
deverá ser realizado por meio da medição de poluentes dispersos no ar. Para tanto vários 
são os métodos, considerando que temos diferentes formas de poluição (particulados e 
gases). Assim, para cada tipo de emissão ou de substância deve-se empregar o método 
mais indicado, a fim de se garantir que a medição seja adequada e, na medida do 
possível precisa.
Os métodos para a medição de material particulado têm com princípio forçar a passagem 
do ar por determinada superfície porosa, onde o material particulado, que se encontrava 
em suspensão, fica retido nesta superfície.
Os equipamentos para medição dos particulados são conhecidos como Amostradores de 
grande volume (Hi-vol). Em particular este equipamento funciona como um grande 
aspirador de pó que força mais de 2000m3 de ar através de um filtro durante 24 horas. A 
análise realizada é gravimétrica, ou seja, o filtro é pesado antes e depois, e a diferença é 
a quantidade de particulado coletados. A concentração de particulados medida dessa 
forma é geralmente chamada de total de particulados suspensos (VESILIND, 2011).
Ainda com relação ao material particulado, outra medida muito empregada busca 
mensurar a quantidade de partículas inaláveis, ou seja, aquelas que poderão ser inaladas 
para dentro dos pulmões. Para esta medição é empregado um sistema de filtragem que 
busca separar as partículas com tamanho igual ou inferior a 0,3 µ, fração esta capaz de 
adentrar nos pulmões (VESILIND, 2011).
● E a medição dos poluentes gasosos, você sabe com é feita?
O método mais tradicional para a medição de gases é a sua “captura” em solução 
aquosa.
Esta técnica é feita borbulhando-se o ar dentro de uma substância que irá reagir 
quimicamente com o gás que se deseja identificar.
Se houver reação química do gás com a substância, produzindo um terceiro composto, a 
determinação da quantidade de poluente do ar é feita indiretamente pela quantificação do 
terceiro composto formado. Este procedimento pode ser feito por titulação.
Se houver mudança de cor, a solução é levada para análise da intensidade de cor 
(espectrofotometria), ou seja, quanto mais intensa for a cor na solução maior quantidade 
dos poluentes foi capturada.
Como exemplo desta técnica citamos a medição do SO2. Quando borbulhado em 
peróxido de hidrogênio (água oxigenada) reage formando ácido sulfúrico, que pode ser 
quantificado por titulação, conforme reação abaixo:
SO2 + H2O2 -> H2SO4
➔ IMPORTANTE
Enquanto as unidades de medida dos particulados são microgramas por metro cúbico de 
ar (µg x m-3), a concentração de gases pode ser medida tanto em partes por milhão 
(ppm) como em microgramas por metro cúbico de ar (VESILIND, 2011, p.278).
A medição da fumaça é realizada por meio da quantificação de sua densidade, para isto 
utiliza-se a Escala de Ringelmann. Esta escala varia de 0 para a fumaça branca ou 
transparente a 5 para a fumaça completamente preta ou opaca.
Além destas técnicas, atualmente, podemos contar com a tecnologia para promover de 
forma mais eficiente a determinação de poluentes do ar tais como:
• Determinação da concentração de monóxido de carbono por espectrofotometria de 
infravermelho não dispersivo (IVND)
• Determinação do teor de dióxido de nitrogênio – Reação de Gress Saltzman
• Analisadores automáticos para a determinação de: SO2, NOx, NO, NO2, CO, HC, 
O3 e particulados em suspensão;
 Mas fique atento!
A escolha do método para análise da qualidade do ar deve atender as especificações e 
normas técnicas definidas pelos órgãos competentes (Ministério do Meio Ambiente, 
Secretarias Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, Associação Brasileira de Normas 
técnicas e outros). 
BRASIL. Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação. Atmosfera. Observatório Nacional. 
Rio de Janeiro, 2011, 35 p. Disponível: < 
http://www.on.br/pequeno_cientista/conteudo/revista/pdf/atmosfera.pdf >. Acesso em: 20 
ago. 2013.
CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Ministério do Meio Ambiente. Resolução 
CONAMA 003, 1990. Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR. 
Disponível em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=100 >. Acesso
em: 05 ago. 2013.
BRASIL. Lei n. 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a política nacional do meio 
ambiente e instituiu o sistema nacional do meio ambiente – SISNAMA. Disponível em:. 
Acesso em: 22 abr. 2009.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL-CETESB Ficha de 
informação toxicológica: Dioxinas e Furanos. 2012. Disponível em: < 
http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/Dioxinas-e-furanos.pdf > Acesso 
em: 20/ ago. 2013.
COMPROMISSO pela qualidade do ar e saúde ambiental. Ministério do Meio Ambiente. 
Brasília. 2009. Disponível em: < 
http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/compromisso2_163.pdf > Acesso em: 
19/08/2013.
QUALIDADE do ar. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/
cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar >. Acesso em: 20 ago. 2013.
GHODDOSI, S. M. Controle de poluição do ar. Indaial: Uniasselvi, 2011. 235p.
VESILIND, P. A. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo. Cengage Learning. 2 ed. 
2011. 438p.
VIANELLO, R. L.; ALVES, A.R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa: UFV/Imprensa 
Universitária, 1991. 449p.
SUGESTÃO DE LEITURA
ZABARENKO, D. Estudo aponta contaminação de pinguins por pesticida DDT. 
Estadão.com.br, 2008. Disponível em: < http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo-
aponta-contaminacao-de-pinguins-por-pesticida-ddt,170322,0.htm >. Acesso em: 02 ago. 
2013.

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