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Roteiro Neuroanatomia (resumo + questões de simulado com imagens)

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Roteiro de Neuroanatomia
1. Descreva a classificação estrutural das áreas primárias e secundárias do córtex cerebral explicando suas respectivas funções. 
O córtex cerebral pode ser dividido funcionalmente em áreas primárias (de projeção – responsáveis pela sensibilidade e motricidade) e áreas secundárias e terciárias (de associação). Basicamente: sensação é função da área primária e interpretação da área secundária. Lesões na área secundária geram agnosias (distúrbios verbais – ver e não conseguir falar o que é, ouvir e não conseguir distinguir ou mesmo afasias, como não conseguir escrever ou falar).
Áreas de projeção
Sensitivas primárias
· Somestésica primária
Localização: Giro pós-central;
Função: propriocepção consciente, dor, tato, temperatura, pressão.
· Visual primária
Localização: Lábios do sulco calcarino;
Função: recebe fibras ópticas (lábio superior – metade superior da retina; lábio inferior – metade inferior; lesão – cegueira total ou parcial)
· Auditiva primária
Localização: Giro temporal transverso anterior
Função: fibras projetadas pra cóclea (lesões bilaterais – surdez).
· Vestibular primária
Localização: Áreas de Brodmann 3ª, 2v e parte posterior da ínsula;
Função: orientação corporal e do ambiente e propriocepção da posição da cabeça.
· Olfatória primária
Localização: parte anterior do unco e giro para-hipocampal
Função: fibras olfatórias (epilepsia local causam cheiros que não existem; lesões completas: anosmias)
· Gustatória primária
Localização: opérculo frontal e lobo da ínsula;
Função: gustação (lesão – diminuição na gustação na metade oposta da língua)
Motora Primária
Localização: Giro pré-central
Função: controla os músculos contralaterais; (lesão – paralisias contralaterais);
Homúnculo se projeta no giro pré-central
Áreas de associação
Agnosia: incapacidade de interpretar
Apraxia: incapacidade ou erros ao executar tarefas
Afasia: incapacidade de interpretar
Sensitivas secundárias
· Somestésica secundária: lóbulo parietal superior
· Visual secundária: lobo temporal e parte anterior aos lábios do sulco calcarino (área primária)
· Auditiva secundária: circunda o giro temporal transverso (área primária)
Motoras secundárias
· Área motora suplementar: 
Localização: face medial do giro frontal superior;
Função: planejamento de sequências complexas de movimentos.
· Área pré-motora: 
Localização: face lateral do giro frontal superior
Função: ajustes posturais antecipatórios
· Área de Broca:
Localização: parte triangular e opercular do giro frontal inferior – lesão causa afasia
Função: motricidade da linguagem.
Terciárias
· Área pré-frontal – área não motora do lobo frontal
· Área temporoparietal – lóbulo parietal inferior
· Área límbica: giro do cíngulo, para hipocampal e hipocampo
Função: recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas pelas áreas secundárias, elaboram estratégias comportamentais; personalidade.
2. Descreva as funções dos lobos:
a) Frontal: aspectos comportamentais humanos; memória imediata, controle emocional, julgamento social, mudança da atividade mental, ordenação, escrita, movimentos voluntários do corpo.
b) Parietal: somatognosia (noção do corpo), e propriocepção; dor, tato, temperatura, pressão.
c) Temporal: processamento de estímulos auditivos.
d) Occipital: processamento de estímulos visuais
e) Insula: sistema límbico; coordenação de emoções e paladar.
3. Quais são as áreas de linguagem do córtex cerebral.
Área de Broca (parte motora da linguagem – linguagem e escrita) e Wernicke (percepção da linguagem – interpretação);
Lesões em Broca – não fala fluentemente, dificuldade de transformar ideias e pensamentos em sons com significado, dificuldade de escrever. Perda da expressão emocional e verbal das palavras – entonação. Pensa mas não consegue falar.
Lesões em Wernicke – não compreende a linguagem falada, não consegue ler, escreve de forma incompreensível e fala fluentemente mas de forma sem nexo.
4. Quais são as áreas de movimentos oculares do cérebro.
A área pré-motora é a responsável pelos movimentos oculares e da cabeça.
5. Quais as funções das áreas pré-motoras e motoras suplementares do córtex. 
As áreas pré-motora e motora suplementar atuam na maior parte instruindo o córtex motor primário no que fazer. Enquanto a lesão na área motora causa paralisia, as áreas pré-motoras e motoras suplementares causam dificuldade de iniciação de movimentos e de movimentos com propósito, que requerem sequências coordenadas de contrações de músculos.
6. Defina Sistema límbico e descreva suas partes no SNC com suas funções.
 É um conjunto de estruturas corticais e subcorticias interligadas morfológica e funcionalmente, relacionadas com as emoções e a memória. Composto por:
Grande lobo límbico: é um anel cortical continuo, constituído pelo giro do cíngulo, giro para-hipocampal e hipocampo;
 Circuito de Papez: mecanismo que explicaria as emoções, composto pelo hipocampo, fórnix, corpo mamilar, trato mamilotalâmico, núcleos anteriores do tálamo, cápsula interna, giro do cíngulo e giro para-hipocampal, terminando novamente no hipocampo.
Componentes ligados a emoção mais importantes:
- Área septal – prazer
- Núcleo accumbens – sistema de recompensa
- Amígdala – comportamentos sexuais, medo, fuga, reação defensiva e agressiva.
 7. Defina capsula interna, corpo estriado e suas funções.
A cápsula interna constitui um conjunto de fibras de projeção do telencéfalo, que entram (óptica e auditiva) ou saem (tratos corticoespinhal, corticonuclear e corticopontino). As fibras que se dirigem ao córtex e vêm do tálamo são chamadas de radiações talâmicas e as que saem formam os tratos descendentes. Separa o tálamo do núcleo lentiforme (putame + globo pálido).
O corpo estriado é constituído de pelo núcleo caudado, putâmen e globo pálido (putâmen + globo pálido = núcleo lentiforme). O corpo estriado tem como função na preparação de programas motores e na execução automática de programas motores já aprendidos (controle das vias diretas e indiretas – direta: gradação amplitude, e velocidade do movimento; indireta: freamento ou suavização do movimento. 
Lesões no corpo estriado são hipercinéticas, hipocinéticas ou comportamentais (hemibalismo, Parkinson, córeia de sydenham)
8. Descreva cinco partes e funções do hipotálamo.
O hipotálamo é estruturado em:
- Área medial: entre o fórnix e as paredes do terceiro ventrículo; onde se localizam os núcleos principais do hipotálamo.
- Área lateral: lateralmente ao fórnix; predominância de fibras longitudinais
Nos planos frontais temos:
- Hipotálamo supraóptico: quiasma óptico e área acima dele
- Hipotálamo tuberal: túber cinéreo e área acima dele
- Hipotálamo mamilar: corpos mamilares e área acima deles
Funções do hipotálamo: controle do sistema nervoso autônomo, regulação da temperatura corporal, comportamento emocional, equilíbrio hidrossalino e da PA, ingestão de alimentos (saciedade), sistema endócrino, regulação do sono e vigília, comportamento sexual.
 9. Descreva cinco partes e funções do tálamo.
O tálamo é dividido em:
- Grupo anterior: núcleos situados no tubérculo anterior, que recebem fibras pelo fascículo e projetam fibras para o córtex do giro do cíngulo.
- Grupo posterior: Pulvinar e Corpos geniculados laterais e mediais (laterais – via óptica; mediais – auditiva)
- Grupo mediano: núcleos pequenos, difícil delimitação no homem
- Grupo medial: núcleos intralaminares e núcleo núcleo dorsomedial
- Grupo lateral: Núcleo ventral anterior: recebe fibras que do globo pálido se dirigem para o tálamo 
 Núcleo ventral lateral: recebe fibras do cerebelo e projeta-se para as áreas motoras do córtex cerebral 
Núcleo ventral posterolateral: núcleo das vias sensitivas, recebendo fibras dos leminiscos medial e espinhal 
 Núcleo ventral posteromedial: núcleo das vias sensitivas, recebe fibras do leminisco trigeminal e fibras gustativas do núcleo do trato solitário 
Núcleo reticular: utiliza como neurotransmissor o GABA e não tem conexões diretas com o córtex 
	O tálamo é constituído de substância cinzenta, revestida por uma lâminade substância branca, a lâmina medular externa. Tem como função a sensibilidade, motricidade, comportamento emocional, memória e ativação do córtex.
10. Descreva as funções do epitálamo e metatálamo.
Epitálamo: habênula e glândula pineal
Funções: antigonadotrópica, sincronização do ritmo circadiano de vigília-sono, regulação da glicemia, regulação da morte celular por apoptose, ação antioxidante e reg. do sistema imune;
Metatálamo: Pulvinar e Corpos geniculados laterais e mediais
Funções: corpo geniculado medial – via auditiva
Corpo geniculado lateral – via óptica;
11. Descreva as divisões, partes, núcleos e funções do mesencéfalo.
Constituído por teto e os pedúnculos cerebrais, separados pelo arqueduto cerebal.
Partes
Teto do mesencéfalo: quatro eminências, colículos superiores, relacionados à via visual e cóliculos inferiores, relacionados com a via auditiva.
Base do pedúnculo cerebral: fibras descendentes coticoespinhal, corticonuclear e corticopontino. (lesõs nos pedúnculos causam paralisia do lado oposto)
Núcleos
Núcleo do nervo troclear: ao nível do colículo inferior
Núcleo do nervo oculomotor: ao nível do colículo superior – inervação do m. ciliar e esfíncter da pupila – parassimpático.
Núcleo rubro: infiltrado por fibras do pedúnculo cerebelar superior – motricidade somática, voluntária, da musculatura distal dos membros.
Substância negra: entre o tegmento e a base do pedúnculo cerebelar superior. Neurônios com melanina, dopaminérgicos. 
Tem como função a visão, audição, movimento da musculatura distal do corpo.
12. Defina fascículo longitudinal medial e sua função.
O fascículo longitudinal medial constitui uma via de associação, que liga os núcleos motores dos nervos cranianos, principalmente para o movimento do bulbo ocular e da cabeça, assim como reflexos.
13. Descreva o reflexo córneo-palpebral.
No reflexo córneo palpebral, estimula-se o quadrante inferior externo da córnea com uma gaze. A resposta normal é o fechamento palpebral bilateral, assim como o desvio do olhar para cima. A ausência de resposta do lado estimulado e no oposto indica lesão de via aferente (n. trigêmeo) do lado estimulado ou na ponte. Quando não há resposta do lado estimulado e fechamento contralateral há lesão do n.facial.
14. Descreva o reflexo fotomotor.
Estímulo luminoso causa contração do m. esfíncter da pupila ipsilateral (apenas um dos lados). Ausência indica lesão do n. óptico e/ou oculomotor.
15. Descreva os núcleos e nervos cranianos da ponte e suas funções. 
V (n. trigêmeo)
Nervo misto
Origem aparente: entre ponte e pedúnculo cerebelar médio
Função: sensibilidade da pele, face, couro cabeludo, olho e movimentação da mandíbula.
Inervação:
Ramo oftálmico: bulbo do olho, saco lacrimal, conjuntiva, parte da cavidade nasal etc
Ramo maxilar: lábio e dentes superiores, pálpebra inferior, pele que recobre o zigomático
Ramo mandibular: ramos motores – m. masseter, pterigoideo medial e lateral, m. temporal, lábio e dentes inferiores; n. lingual – inerva 2/3 anteriores da língua.
VI (n. abducente)
Nervo motor
Origem aparente: sulco bulbopontino
Inervação: m. reto lateral do olho – abdução;
VII (n. facial)
Nervo misto
Origem aparente: sulco bulbopontino
Inervação: inervação motora para todos os músculos cutâneos da cabeça e pescoço (músculo estilo-hioideo e ventre posterior do digástrico) e sensitiva do terço posterior da língua.
VIII (n. vestibulococlear)
Nervo sensitivo
Origem aparente: sulco bulbopontino
Inervação: fibras individualizadas que formam os nervos vestibular e coclear. Ocupa o meato acústico interno. Conduzem os impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio (parte vestibular); a parte coclear é constituída de fibras que originam o gânglio espinal, relacionadas com a audição.
No mesencéfalo:
III (n. oculomotor)
Nervo motor
Origem aparente: pedúnculo cerebral
Inervação: músculos do olho (reto medial, reto superior, reto inferior, elevador da pálpebra superior e oblíquo inferior), assim como os músculos intrínsecos do bulbo ocular (esfíncter da íris e ciliar). *reflexo fotomotor 
IV (n. troclear)
Nervo motor
Origem aparente: véu medular superior
Inervação: m. oblíquo superior do olho
16. Descreva os núcleos e nervos cranianos do bulbo e suas funções.
IX (n. glossofaríngeo)
Nervo misto
Origem aparente: sulco posterolateral
Inervação: inerva o terço posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, seio e corpo carotídeos, assim como a glândula parótida.
X (n. vago)
Nervo misto
Origem aparente: sulco posterolateral
Inervação: essencialmente visceral. Dá origem a ramos que inervam a faringe e a laringe e formação de plexos viscerais que inervam as vísceras torácicas e abdominais.
· Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos aferentes originados na faringe, laringe, traqueia, esôfago, vísceras do tórax e abdome.
· Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais.
· Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da faringe e da laringe.
XI (n. acessório)
Nervo motor
Origem aparente: sulco posterolateral
Inervação: inerva os músculos trapézio e esternocleidomastoideo.	
XII (n. hipoglosso)
Nervo motor
Origem aparente: sulco anterolateral
Inervação: mm. Intrínsecos e extrínsecos da língua (motricidade).
Núcleos dos nervos cranianos
- Núcleo ambíguo (IX, X, IX) - situado no bulbo, inerva músculos da laringe e faringe;
- Núcleo do nervo hipoglosso (XII) - situado no bulbo, no trígono do nervo hipoglosso;
- Núcleo posterior do nervo vago (X) - situado no bulbo, no trígono do vago;
- Núcleos vestibulares (VIII)
- Núcleos do trato solitário (VII, IX, X) - situado no bulbo, traz toda sensibilidade visceral, geral e especial
- Núcleo espinal do nervo trigêmeo (V) - estende-se desde a ponte até a parte mais alta da medula, com as fibras agrupadas no trato espinhal do nervo trigêmeo;
- Núcleo salivatório inferior (IX) - situado na parte mais cranial do bulbo;
Conexões suprassegmentares: levam os impulsos que chegam aos núcleos sensitivos ao tálamo e córtex cerebral 
 Fibras ascendentes:
· Lemnisco trigeminal: liga os núcleos sensitivos do trigêmeo ao tálamo
· Lemnisco lateral: liga os núcleos cocleares ao colículo inferior, indo para o corpo geniculado medial (tálamo) 
· Fibras vestíbulo-talâmicas: ligam os núcleos vestibulares ao tálamo 
· Fibras solitário-talâmicas: ligam o núcleo do trato solitário ao tálamo 
Fibras descendentes: 
· Trato corticonuclear: liga as áreas motoras do córtex cerebral aos neurônios motores situados nos núcleos das colunas eferente somática e eferente visceral especial 
Inervação da língua: o Trigêmeo: sensibilidade geral nos 2/3 anteriores o Facial: sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores o Glossofaríngeo: sensibilidade geral e gustativa no terço posterior o Hipoglosso: motricidade 
 17. Descreva 2 sinais e ou sintomas da lesão de cada nervo craniano.
I (olfatório) – anosmia (perda do olfato) e perda do paladar; 
II (óptico) – diminuição da acuidade visual e defeito no campo visual (redução na visão periférica);
III (oculomotor) – paralisia motora ipsilateral, lentidão da reação pupilar a luz;
IV (troclear) – paralisia do m. oblíquo superior, diplopia ao olhar para baixo, dificuldade na rotação ínfero medial;
V (trigêmeo) – paralisia dos músculos da mastigação e falta de sensibilidade facial;
VI (abducente) – desvio medial do olho afetado pela paralisia do m. reto lateral;
VII (facial) – paralisia de músculos na porção inferior contra-lateral da face;
VIII (vestibulococlear) – vertigem, comprometimento/perda da visão;
IX (glossofaríngeo) – perda da sensibilidade no terço posterior da língua.
X (vago) – disfagia, anestesia da laringe (voz é fraca e cansa facilmente)
XI (acessório) – paralisia do esternocleidomastoideo e trapézio
XII (hipoglosso) – paralisia a língua do lado da lesão. O ápice desvia em direção ao lado paralisado.
18. Descreva a inervação dos músculos do bulbo ocular.
M. oblíquo superior – IV (troclear)
M. reto superior – III (oculomotor) 
M. reto lateral – VI (abducente)M. reto medial – III (oculomotor)
M. reto inferior – III (oculomotor)
M. oblíquo inferior – III (oculomotor)
 19. Divisão anatômica, filogenética e funcional do cerebelo.
Divisão anatômica: o cerebelo é divido em dois hemisférios (direito e esquerdo) por um vérmis. Liga-se a medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior, à ponte pelo pedúnculo cerebelar médio e ao mesencéfalo pelo pedúnculo cerebelar superior. A superfície apresenta sulcos transversais, denominados de folhas do cerebelo. Em sua configuração, possui lóbulos e fissuras nos hemisférios cerebelares.
Internamente possui núcleos de onde saem as fibras nervosas eferentes do cerebelo (núcleo do fastígio, globoso, emboliforme e denteado.
Divisão filogenética: Dividido em arquicerebelo (cerebelo vestibular, localizado no lobo floculonodular), paleocerebelo (cerebelo espinal, localizado no lobo anterior) e neocerebelo (cerebelo cerebral no lobo posterior).
Divisão funcional: cerebelo vestibular – controle do equilíbrio; cerebelo espinal – controle postural e do tônus muscular; cérebro-cerebelo – controle da movimentação fina.
19. Lesões do cerebelo vestibular, espinal e cerebral.
Lesão no cerebelo vestibular: ataxia do tronco, base alargada (“andar de bêbado”); controle da postura e equilíbrio (zona medial);
Lesão no cerebelo espinal: ataxia, marcha cambaleante e oscilante, erros de execução motora; correção do movimento em execução (zona intermédial);
Lesão no cerebelo cerebral: ataxia, diminuição do tônus muscular e distúrbios do planejamento motos (tremor de intenção e dismetria); controle do movimento planejado (zona lateral)
Lesões no verme – perda de equilíbrio com aumento da base de apoio e alterações na marcha.
Lesões no hemisfério cerebelar: perda de coordenação motora do mesmo lado lesado.
Ataxia – falta da coordenação motora
Dismetria – movimentos executados de forma defeituosa (índex nariz)
Decomposição – movimento em partes
Disdiacocinesia – dificuldade de fazer movimentos rápidos e alternados
Nistagmo – movimento oscilatório rítmico do bulbo ocular
20. Descreva as partes e funções das substâncias branca e cinzenta da medula espinal.
Na medula, a substância cinzenta encontra-se dentro da branca, ao contrário da configuração do córtex cerebral e seus componentes. Essa substância cinza, interna, possui formato de H, onde são distinguíveis três colunas (anterior, posterior e lateral). No centro da substância cinzenta há o canal central da medula.
A medula possui alguns sulcos que separam suas partes. Na parte anterior, a fissura mediana anterior, que separa a medula em dois lados e o sulco lateral anterior, logo ao lado (onde há as conexões com as raízes ventrais dos nervos espinais). Na parte posterior há o sulco lateral posterior (conexão das raízes dorsais dos nervos espinais), o sulco intermédio posterior e o sulco mediano posterior.
A substância branca é formada por fibras que podem ser agrupados em três “funículos”:
- Funículo anterior – entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior
- Funículo lateral – entre os sulcos lateral posterior e posterior
- Funículo posterior – entre os sulcos lateral posterior e o sulco mediano posterior, ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior. É aonde, na parte cervical da medula, será dividido em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.
 22. Descreva as meninges da medula espinal, seus espaços e a localização do líquor. Onde devem ser feitas as punções para a anestesia e retirada de líquor. 
A medula possui três meninges: dura-máter, aracnoide e pia-máter. A dura-máter é a meninge mais espessa e externa. A aracnoide separa-se da dura-máter pelo espaço subdural, e da pía-mater pelo espaço sub-aracnóideo, e possui trabéculas, que lembram teias de aranha. Já a pia-máter é a mais próxima a medula.
A punção para a anestesia peridural deve ser feita no espaço peridural ou epidural (entre a dura-máter e o canal vertebral), enquanto a raquidiana é aplicada no espaço subaracnóideo (a agulha atravessa a pele, tela subcutânea, ligamento interespinal, ligamento amarelo, dura-máter e aracnoide máter). A retirada de líquor também é feita no espaço subaracnóideo, abaixo de L2, para garantir que não haja contato da agulha com a medula espinal.
23. Explique a formação do nervo espinal.
O nervo espinal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), que se ligam respectivamente ao sulco lateral posterior e lateral anterior da medula pelos ligamentos radiculares.
24. Descreva as pregas da dura-máter.
A dura-máter é composta por dois folhetos (externo e interno). Quando o folheto interno se destaca do externo, formam-se as pregas:
- Foice do cérebro: fissura longitudinal do cérebro
- Tenda do cerebelo: entre os lobos occipitais e o cerebelo, divide a cavidade craniana em compartimento supratentorial e infratentorial.
- Foice do cerebelo – entre os dois hemisférios cerebelares.
- Diafragma da sela – superiormente a sela turca.
25. Descreva o trajeto percorrido pelo sangue proveniente dos sistemas venosos superficiais e profundos do cérebro. 
Sistema venoso profundo – drenam o sangue das regiões situadas mais profundamente no cérebro (como corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo) para a v. cerebral magna (veia de Galeno), drenando para a jugular interna.
Sistema venoso superficial – drenam o córtex, levando o sangue pelas v. cerebrais superficiais até os seios da dura-máter, que desembocam na jugular interna.
26. Descreva o círculo arterial do cérebro.
Situado na base do cérebro, circundando o quiasma óptico e o túber cinéreo, é formado pelas porções proximais das artérias cerebrais anterior, média e posterior, pela artéria comunicante anterior (anastomosa as duas artérias cerebrais anteriores) e pelas artérias comunicantes posteriores (anastomosam o sistema carotídeo interno ao sistema vertebral).
27. Explique a irrigação do cerebelo.
A vascularização do cerebelo é feito pelas artérias cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria cerebelar inferior posterior. Já a drenagem é feita pelas veias cerebelares posteriores e veias cerebelares anteriores.
28. Descreva os territórios de irrigação das artérias cerebrais.
Artéria cerebral anterior: Irriga a face medial do cérebro desde o lobo frontal até o sulco parieto-occipital e também invade a porção superior da face lateral 
Artéria cerebral média: Irriga a face lateral do cérebro, exceto a porção superior, até o sulco lunatus 
Artéria cerebral posterior: Irriga a parte inferior do cérebro e parte do lobo occipital 
As veias do encéfalo não acompanham as artérias e drenam para os seios da dura-máter
29. Quais artérias irrigam o diencéfalo e os núcleos da base.
A artéria corióidea anterior irriga os plexos corióides, parte da cápsula interna, os núcleos da base e o diencéfalo.
30. Descreva irrigação da medula espinal.
	A medula é irrigada essencialmente por ramos da a. subclávia, a. aorta e a. ilíaca interna. Sua irrigação é majoritariamente feita pelas artérias espinal anterior e o par de espinais posteriores. Na fissura medular anterior, passa a a. medular anterior.
 	
Simulado Teórico Neuroanato – P2
1- Mulher, 62 anos, foi trazida pela família para o serviço de emergência com queixa de “dificuldade para andar”, que se instalou subitamente após intensa cefaleia. Ao exame neurológico, a paciente apresentou marcha ataxica, nistagmo, vertigem e disfagia, associados a dismetria, disdiadococinesia, tremor de ação e voz escandida.
O exame de imagem evidenciou a presença de áreas hiperintensas em pedúnculos cerebelares em ambos os lados.
Relacione os sintomas apresentados com as síndromes cerebelares.
2- Descreva as classificações do Sistema Nervoso e suas respectivas partes.
a. Falar da classificação embriológica, classificação em SNC e SNP, classificação segmentar, classificação em somático, vegetativo...
3- Descreva as meninges da medula, com seus espaços. Indique o local adequado para punção lombar (retirada de liquor)e aplicação de anestesia.
4- Descreva a substância branca da medula e a função dos tratos ascendentes.
5- Descreva a irrigação da artéria cerebral média e o que ocorre no caso de obstrução.
6- Descreva o reflexo corneopalpebral.
7- Quais são os músculos extrínsecos e intrínsecos do bulbo do olho? Quais os músculos afetados pelo estrabismo convergente?
8- Descreva as estruturas e funções da camada média do olho.
9- Descreva a musculatura extrínseca do olho e os respectivos nervos que os inervam.
10- Quais as estruturas que fazem a acomodação visual, foco e regulam a entrada de luz? 
11- Como acontece a acomodação visual? Quais são as doenças relacionadas com esse fenômeno?
12- Explique a diferenças entre a paralisia central e paralisia periférica.
13- Quais nervos cranianos têm origem no forame jugular? Identifique o número do par e seus nomes. 
a. Qual a origem encefálica desses nervos?
b. Relacione os pares cranianos com seus receptivos núcleos.
c. Fale uma possível consequência em caso de uma lesão em cada nervo.
14- (Imagem de um desenho de um corpo indicando hemissecçao de medula no lado direito, mais ou menos ao nível do umbigo)
a. Por que houve perda motora no lado direito?
b. O que ocorreu no lado oposto?
15- Quais as consequências de uma lesão no cérebro-cerebelo?
16- Quais os sinais e sintomas em caso de lesão espinocerebelar?
17- Cite 2 núcleos próprios do tronco encefálico e suas funções.
a. Ex: núcleo grácil, cuneiforme, rubro.
18- Descreva a irrigação do encéfalo.
a. Nessa questão eles também querem que você fale o trajeto de cada artéria, por mais que não esteja escrito na questão.
19- Sobre as anestesias, cite os locais onde elas são aplicadas e qual parte da coluna elas anestesiam.
20- Descreva a diferença entra a área de Wernicke e de Broca.
21- Descreva as túnicas do olho.

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