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Universidade Federal do Maranhão - UFMA Centro de Ciências Exatas e Tecnologias – CCET Curso de Engenharia Elétrica Laboratório de Máquinas Elétricas Gilberto Balby Araujo Filho - 2016038657 CARACTERÍSTICAS DA MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA, OPERANDO NO MODO MOTOR, NAS DIVERSAS FORMAS DE EXCITAÇÃO São Luís, 2021 Gilberto Balby Araujo Filho CARACTERÍSTICAS DA MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA, OPERANDO NO MODO MOTOR, NAS DIVERSAS FORMAS DE EXCITAÇÃO Relatório apresentado como requisito para obtenção de nota na disciplina Laboratório de Máquinas Elétricas, no curso de Engenharia Elétrica, na Universidade Federal do Maranhão. Prof. Dr. José Gomes de Matos São Luís, 2021 PROCEDIMENTOS GERAIS As seguintes características das máquinas para gerar este presente relatório. Tabela 1- Dados das máquinas síncronas (gerador) e da Máquina de Corrente Contínua (motor) Máquina Potência Nominal Tensão Nominal Corrente Nominal Velocidade Nominal Número de polos P Velocidade Síncrono (RPM) Gerador Síncrono 2 KVA 230 V 5 A 1800 4 1800 Motor CC 2 kW 220 V 9 A 1800 4 ----------- Foram feitas quatro topologias de conexões deste motor e identificar, em cada uma delas, o comportamento das medições elétricas, como tensão, corrente de campo, correntes de armadura. A máquina em questão no laboratório é de 4 polos, sendo estes espaçados em 90° de cada um. A cada polo, uma nova escova. Outros componentes desta máquina: enrolamento de campo; comutador; e enrolamento de armadura. O gerador síncrono, no primeiro momento, é tido como gerador síncrono em vazio (sem excitação de campo), logo extrai-se as primeiras medições. Em seguida, medições com a tensão de armadura e a corrente de campo da máquina CC nos valores nominais, com a carga no eixo variando através da corrente de excitação da máquina síncrona até que a corrente de armadura da máquina CC alcance o valor de plena carga. Por último, medições realizadas com a variação da tensão de armadura em menos 10% na condição de máxima carga. MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA COM EXCITAÇÃO INDEPENDENTE Esta primeira topologia de ligação é expressa de acordo com a Figura 1. Operando em vazio, a tensão nominal de entrada é de 220 V. Neste modo, a máquina opera em 1378 rpm. Para aumentar esta rotação, basta reduzir a corrente de campo. Com isto, a máquina síncrona, mas possui uma tensão residual induzida (baixa próximo de 10 V e frequência de 45,9 Hz devido a rotação, se aumentar a rotação, aumentará a frequência também). Tabela 2 – Motor CC com excitação independente (dados CA 5 voltas no amperímetro) Máquina de Corrente Contínua Máquina Síncrona (carga) Va (V) If (mA) Ia (A) N (RPM) Pin (W) VL (V) IL (A) Pout (W) Rend. (%) 220,8 350 1,2 1800 1324,8 7,8 0 0 0 220,8 350 5,0 1756 5520 126,8 16,69 3659 66,28 220,8 350 8,0 1740 8832 165,8 21,77 6250 70,77 Ressalta nesta topologia a necessidade de se alimentar primeiro o enrolamento de campo, pois caso contrário, o termo do conjugado na partida do motor é zero, e desta forma a corrente de partida pode atingir elevadíssimos valores, comprometendo a integridade e segurança. A tabela 1 também ilustra que nesse tipo de conexão há uma relação proporcional entre tensão de armadura e velocidade, assim como a corrente de campo e velocidade também atendem à essa relação. A ligação é através do corrente de campo, podendo ir até 600 mA para este motor. Insere uma tensão de armadura e a máquina começa a girar e à medida em que se aumenta a tensão na armadura, ocorre o aumento da rotação da máquina. O sentido de rotação pode ser alterado através da corrente de campo ou da tensão de armadura, não podendo ocorrer a mudança de ambos. MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA COM EXCITAÇÃO DERIVAÇÃO (SHUNT). Esta topologia é benéfica devido a variação de carga imposta no eixo mecânico, pois sofre pequenas deformações na velocidade de rotação e posteriormente as medidas elétricas do motor, necessitando de poucos ajustes para manter estas variações de carga. Não obstante, o controle desta topologia se dá pelo corrente de campo, podendo assim, aumentar a rotação. Para a partida demora um pouco mais que a excitação independente. A corrente de campo é a tensão dividida pela resistência do reostato em série com a resistência do campo. Tabela 3 – Motor CC com excitação derivação Máquina de Corrente Contínua Máquina Síncrona (carga) Va (V) If (mA) IF (A) Ia (A) N (RPM) Pin (W) VL (V) IL (A) Pout (W) Rend. (%) 221,3 350 1,7 1,7 1800 1881,05 7,45 0 0 0 221,3 350 5,0 4,6 1757 5089,9 118,4 15,61 3200 62,86 221,3 350 8,80 7,4 1744 8188,1 160,5 21,09 5860 71,56 Devido ao controle de corrente de campo para controle da rotação, um reflexo imediato é na frequência. Com a redução da corrente de campo, aumenta-se diretamente a frequência. Ademais, colocando-se uma carga no eixo mecânico do motor, há uma queda na rotação e, consequentemente, uma queda de tensão em paralelo a uma queda de corrente também. Com relação a rotação, a máquina com excitação em shunt é mais imune a variação na carga do que máquina de excitação independente, que é muito maior. MOTOR DE EXCITAÇÃO COM EXCITAÇÃO COMPOSTA Há duas formas nesta topologia representa na Figura 2: aditiva e subtrativa. Neste experimento realizou-se apenas a aditiva, devido a subtrativa ter uma ser potencialidade de danos à máquina. É uma topologia intermediária entre a excitação independente e excitação shunt. Nesta excitação composta aditiva propõe amplas formas de controle de velocidade, pois a mesma equilibra características da conexão série e shunt, intermediando por exemplo tanto o comportamento do motor no que se refere à variação da carga e da velocidade, quanto ao valor da corrente de partida. Tabela 4 – Motor CC com excitação Composta (Aditiva) Máquina de Corrente Contínua Máquina Síncrona (carga) Va (V) If (mA) IL (A) Ia (A) N (RPM) Pin (W) VL (V) IL (A) Pout (W) Rend. (%) 222 330 1,6 2,4 1804 2664 12,92 0 0 0 222 330 5,0 5,1 1634 5661 121,1 15,91 3340 59 222 330 8,0 8,3 1518 9213 164,5 21,55 6140 66,64 MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA COM EXCITAÇÃO SÉRIE Há uma relação inversamente proporcional entre a carga e a velocidade (uma aumenta enquanto a outra diminui, e vice-versa), porém, a corrente de partida nesta conexão mostrou-se menor do que a corrente necessária na conexão shunt, tendo um alto conjugado de partida. Apresenta também a característica de operação em vazio, isto é a velocidade de rotação é muito alta. Máquina de Corrente Contínua Máquina Síncrona (carga) Va (V) Is (A) Ia (A) N (RPM) Pin (W) VL (V) IL (A) Pout (W) Rend. (%) 102,7 2,6 2,6 1812 1335,1 7,81 0 0 0 102,7 5,0 5,0 1034 2567,5 79,1 10,40 1425 55,5 103 7,6 7,6 706,5 3914 103,2 13,56 2426 61,98 Tabela 5 – Motor CC com excitação série CONCLUSÕES Percebe-se, através destas quatro topologias, a versatilidade que o motor CC pode conter. Demonstrando por igual a sua aplicabilidade em mais diversas situações nas quais variando algumas características elétricas são facilmente convertidas em potências mecânicas de fornecimento, com um alto controle de velocidade. Portanto, neste preparatório conheceu-se brevemente algumas das variações existentes para motores CC e suas aplicações. Vale ressaltar que estas topologias e conexões mudarão para o quantitativo de polos salientes no motor.
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