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Analise artigo- Mulheres na Matemática

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O OLHAR FEMININO E A MATEMÁTICA
Lidiane Nogueira da Silva1
MarcelaCamargo²
Nalita Maria Camargo Soares²
Raniele Alves Coelho²
Ronaldo Pereira Simões²
Valdenilson de Meireles²
Vanilson dos Santos²
Vitor Emanoel Lucindo²
Resumo:
Este artigo diz respeito as mulheres e sua participação na matemática. São apresentados os aspectos a respeito da educação feminina a anos atrás, quanfo não havia os mesmos direitos de hoje. Traz também como surgiu o interesse pela matemática nas mulheres e o que as impedia de adentrar nesse campo q era formado por homens. Apresenta também diversas figuras femininas da matemática, juntamente com sua contribuição na matematica...
Palavras-chave: Mulheres, Matemática e Contribuições
__________________________________
¹Discente do Curso de Licenciatura em Matemática - FACSAE, Docente do Curso de Engenharia de Produção, UFVJM, Teófilo Otoni MG – e-mail: lidinogsi@gmail.com
² Discente do Curso de Licenciatura em Matemática – FACSAE – UFVJM 
I - Introdução:
Quando estudamos matemática e outras disciplinas da área das ciências exatas ou naturais, como física e química, aprendemos sobre as contribuições de vários cientistas para o desenvolvimento daquela ciência e muitas vezes seus nomes são dados a fórmulas e procedimentos, demostrando sua importância. Entretanto, se analisarmos bem, perceberemos que a maioria destes cientistas conhecidos são homens. 
Como afirma GARBI (2009), em seu livro “A Rainha das Ciências”, que dedica um capítulo exclusivo às mulheres:
[...] os conhecimentos matemáticos hoje disponíveis foram majoritariamente acumulados ao longo dos séculos por pessoas do sexo masculino. Seria possível tirar disso alguma conclusão, além de que as mulheres apenas tiveram historicamente muito menos oportunidades e estímulos do que os homens? (GARBI, 2009, p. 416).
De fato, os nomes das mulheres quase nunca são citados e não é por falta de colaboração na ciência, mas sim devido à desvalorização e ao preconceito que havia com a mulher que optava por seguir carreira como pesquisadora ou professora na área da ciência. Ao longo da pesquisa, descobrimos que muitas vezes essas mulheres eram impedidas pela própria família de estudar em casa e proibidas de comprar livros da área ou ingressar na universidade. 
Este artigo pretende, dentro de suas limitações e da amplitude do tema e da proposta, expor, comentar e discutir aspectos da participação das mulheres na construção do conhecimento matemático, no contexto político e social em que viveram algumas de suas mais importantes referências. Diante dessa proposta de trabalho, mais do que fórmulas, teoremas e teorias, buscou-se contextualizar e dimensionar aspectos políticos e sociais de cada uma das grandes mulheres escolhidas para compô-lo.
II – Referencial Teórico:
As Origens da Matemática 
Como se sabe, a Matemática e, de modo geral, a Ciência como é entendida hoje, tem suas origens no século 600 A.C, na cidade grega de Mileto, quando surgiu a Escola Jônica, fundada por Tales (623 – 556 A.C). Tales, juntamente com seus discípulos Anaximandro, Anaximenes, além de outros filósofos pré-socráticos, como Heráclito, Anaxágoras, Arquelau, Diógenes, lançaram as pedras fundamentais da Matemática, da Física e da Filosofia ocidental. Neste sentido, Anaximandro (610 – 547 A.C) defendia que o mundo é constituído de contrários, que se auto excluem continuamente, tendo o tempo como juiz. Considerava que o mundo surge de duas grandes injustiças: primeiro, da cisão dos opostos que "fere" a unidade do princípio; segundo, da luta entre os princípios onde sempre um deles quer tomar o lugar do outro para poder existir. Verdade ou presságio? A era mítica chegara ao fim, embora suas ressonâncias sociais mantivessem vivas figuras lendárias, como Afrodite, deusa do amor e da beleza, Artemis, deusa da lua e da fertilidade, Atenas, deusa da sabedoria e da guerra e Éris, deusa da discórdia e do caos. Mas o poder compartilhado no Olimpo não garantiria às mulheres, ao menos na Terra, igualdade de direitos e deveres.
De fato, o surgimento das Escolas Filosóficas, iniciado pela Escola de Mileto, e a
consolidação da jovem democracia, mesmo que tenham trazido às mulheres gregas
esperança e coragem, não atenuaram o sistema patriarcal rígido e nem trouxeram leis ou
normas que verdadeiramente as favorecessem. Mesmo na fase áurea da política de
Péricles, no século V A.C, as mulheres pouco tiveram a comemorar, já que tanto quanto
os escravos e as crianças, não eram consideradas cidadãos plenos. Tome-se o Teatro
Grego como exemplo, conforme Kluth (2014, p.6),
O teatro grego começou como parte de um festival frequentado exclusivamente por homens. Tratava-se de um festival dedicado a Dionísio, deus do vinho, provavelmente com dramatização e imitações dos demais deuses.
Todos os papéis representando homens ou mulheres eram vividos por homens. Só um pouco mais tarde grupos exclusivamente femininos apareceram, mas autores homens, como Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, ainda predominavam. Na Ciência e, em particular, na Matemática, não foi diferente, e isso não surpreende, levando-se em conta que apenas os homens tinham o direito de frequentar a escola. E sem o direito ao conhecimento, as mulheres não podiam defender adequadamente, senão a maior, uma das maiores aspirações humanas, que é a própria liberdade.
Matemática e gênero até o final da idade média 
Embora o acesso à educação tenha sido, em praticamente todas as culturas antigas,
exclusividade dos homens, uma mulher nascida em Crótona, na Itália, por volta de 546 A.C ganhou notoriedade na Matemática grega. Seu nome era Theano. Provavelmente, as suas relações familiares tiveram influência nesse aspecto.Theano, sobre cuja genealogia pairam dúvidas, teria sido filha de Pythonax (ou Pythanax) de Creta, filósofo e estudioso da Física, ou de Brontinus de Crotonou, ainda, de Cisseu, Rei da Trácia. Sua mãe teria sido Telecleia, filha de Ilus, rei de Tróia.
A Escola Pitagórica, Sociedade Secreta para a qual beleza e forma, em suas múltiplas facetas, revelam-se pelas propriedades dos números, talvez tenha levado consigo, além dos segredos e crenças defendidos por Pitágoras, as verdades sobre Theano que jamais venham a ser conhecidas. Segundo Allen (1997), Bertrand Russell (1872 – 1970), creditou a Pitágoras e aos pitagóricos, particularmente a Theano, as transformações sofridas pela Matemática que permitiram o surgimento da Matemática Pura, da Teologia, da Ética e da Filosofia. Ainda sob a influência dos pitagóricos, destacaram-se, nos três séculos seguintes, a introdução da Dialética por Zenão de Eleia (489 – 430 A.C), da Filosofia, Epistemologia, Física e Matemática por Platão (428 – 347 A.C) e Aristóteles (384 – 322 A.C), além da Geometria por Euclides, autor da obra Elementos. A Ciência Grega, ainda sob intensa atividade, veria, conforme Cifuentes 2011), Arquimedes (287 – 212 A.C) elevar a Matemática e a Física a uma nova dimensão epistemológica, aproximando sob insuspeito rigor, o método dedutivo do processo indutivo, para gerar novas verdades físico-matemáticas. Algo que só em um distante futuro seria totalmente entendido. A Matemática, sob os efeitos da própria decadência grega, entraria em declínio e sobreviveria apenas mais poucas décadas.
De acordo com Hugo Franco, após a conquista do Mediterrâneo no início da Era Cristã, o Império Romano difundiu a Ciência e a língua grega que, no entanto, entraram em
declínio após o século II (FRANCO, 2002). Sem tradição científica, esse império
concentrou esforços principalmente em traduções, de grandes obras do grego para o latim.
Apenas a partir do ano 313, quando o Imperador Constantino estabeleceu a liberdade de culto para os católicos e entre os anos 354 e 430, quando, inspirado em Santo Agostinho,
a Igreja Católica propôs a conciliação entre razão e fé, novas perspectivas para a participação de mulheres na Ciência se abriram um pouco mais. Foi nesse período,quase mil anos depois de Theano, que surgiu Hipátia de Alexandria (370 – 415), segunda mulher a alcançar prestígio na Matemática em uma época de exclusividade masculina. Sua educação foi iniciada em Matemática devido ao apoio do pai, Teôn, professor de Matemática e funcionário do Museu de Alexandria. Além de possuir conhecimentos em Medicina e Filosofia, segundo Garbi (2006), ela foi diretora da escola Neoplatônica de Alexandria e escreveu comentários sobre aἀριθμός (Aritmética) de Diofanto e as Κωνικά (Cônicas) de Apolônio. Auxiliou seu pai nas
traduções dos Elementos e do Comentário de Teôn de Alexandria ao terceiro livro do
Sistema Matemático de Ptolomeu, além de ter colaborado na invenção de alguns
instrumentos para Astronomia, como o astrolábio e o planisfério. A história de Hipátia
faz parte de uma história repleta de significados, transcorrida nos últimos cem anos do
Império Romano do Ocidente, cuja derrocada se deu no ano 476. Era início da opressão
ao paganismo pelos cristãos, ampliada com a substituição de Teófilo, o Patriarca de
Alexandria, por seu sobrinho Cirilo, pessoa de caráter ainda mais intransigente. Além de
Hipátia, vitimada por brutal assassinato, a intolerância religiosa atingiria outros filósofos
do Museu de Alexandria, culminando, no ano 391, com a destruição de sua preciosa
biblioteca. Parte de seus trabalhos pode ter sido destruída nesse evento, porém, graças a
Sinésio de Cirene, seu discípulo, foi possível conhecer parte de seu pensamento e
conjecturar a respeito de suas obras. A credibilidade da reconstrução de sua história é
reforçada pelo fato de que não há qualquer outro registro que tenha sido relevante para a
formação científica de Sinésio Gardner (1986).
O fim da era clássica grega para a Matemática coincidiu com sua evolução na Índia e em alguns países islâmicos, como o Irã e a Síria, associado ao surgimento da Álgebra. A
palavra Álgebra, que deriva do árabe al-jabr e que pode ser entendida como “força que
compele, que restaura e reúne”, está presente no título do livro Hisab Al-jabr w’almuqabala (O cálculo por restauração e por redução), escrito por Abu Ja'far Muhammad
ibn Musa al-Khwarizmi (780 – 850) por volta de 825. Sua introdução na Europa, porém,
com o conhecido sistema decimal e com os algarismos indianos, só ocorreu cerca de 400
anos depois, por obra do conhecido matemático italiano Leonardo Fibonacci (1175 –
1250). Os seus maiores avanços, porém, só ocorreram a partir do século XVI, graças aos
estudos de equações algébricas cúbicas e quárticas, promovidos por Cardano (1501 –
1576), Tartaglia (1500 – 1557) e Viète (1540 – 1603). Foi, sem dúvida, a teoria
matemática que mais contribuiu, até então, para o desenvolvimento da Ciência Moderna
e, em particular, para os avanços da Física de Kepler (1571 – 1630) e de Galileu (1564 –
1642).
 Alimentados pela Álgebra, novos e importantes avanços matemáticos ocorreram entre os séculos XVI e XVII, com a participação de uma nova legião de grandes matemáticos. Dentre estes, destacam-se Descartes(1596 – 1650), um dos principais introdutores da Geometria Analítica, Newton (1642 – 1643) e Leibniz (1647 – 1716), os introdutores do Cálculo infinitesimal. Quanto às mulheres, sua presença na Ciência europeia, entre os séculos XVI e XVII, foi praticamente inviabilizada pelas perseguições sofridas entre 1450 e 1520, que se repetiria entre 1560 e 1650, por supostas práticas de bruxaria (TOSI, 1998).
O surgimento do Capitalismo, a Reforma protestante e a Contra-Reforma católica
também ajudam a explicar a ausência praticamente total das mulheres na Ciência desse
período.
 O Cristianismo Europeu, que entre os séculos XVI e XVIII, teve grande influência em seu desenvolvimento, inclusive com a participação de clérigos. Foi o caso, por exemplo, do
padre jesuíta Cristóvão Clavio (1538 – 1612), tradutor de textos clássicos, autor de livros
didáticos e responsável pela reforma do calendário gregoriano, e do padre Giovanni
Girolamo Saccheri (1667 – 1733), professor de Matemática e de Teologia em Pádua, cuja
obra Euclides ab omni naevo vindicatus (Euclides livre de qualquer falha) foi
fundamental para o surgimento da Geometria Hiperbólica.
 As Mulheres e a Matemática
Uma importante contribuição de René Descartes à civilização raramente é lembrada: seus livros de Filosofia estão entre os primeiros que despertaram nas mulheres, já na segunda metade do século XVII, o interesse pelas Ciências. E foi um escritor cartesiano, François Poulain de La Barre, quem afirmou, em seu livro Del’égalité des deux sexes, 1673: “A mente não tem sexo”. Embora em pequeno número, mulheres começaram a assistir a conferências sobre Ciência e Filosofia e não tardou para que algumas, mais brilhantes e corajosas, também se dispusessem a entreter plateias falando sobre o tema. Foi neste clima que notabilizou-se Gabrielle Émilie Le Tonnelier de Breteuil. Filha de um barão, casou-se, aos 19 anos, com o Marquês Du Châtelet e continuou a estudar os antigos clássicos da literatura, os filósofos notáveis à época – Descartes, Locke e Voltaire – e a Matemática. Seu marido não compartilhava tais interesses e ela veio encontrar sua alma-gêmea em Voltaire, com quem manteve um longo e furtivo relacionamento intelecto-amoroso.
Mme.du Châtelet não foi um gênio científico ou uma criadora de inovações matemáticas mas, com sua brilhante inteligência e com o prestígio de seu nome, mostrou à Europa da época que as mulheres tinham plenas condições de aprender ciência de alto nível. Sua tradução dos Principia, difícil empresa para qualquer matemático e à qual dedicou enormes esforços, ficou concluída pouco antes de seu falecimento, com apenas 43 anos, ao dar à luz um filho.
Em 1678, em Pádua, Elena Lucrezia Piscopia tornou-se a primeira mulher a receber um título universitário na Itália. Foi necessário esperar mais de quatro décadas até que uma segunda doutora italiana surgisse, agora em Bolonha. Ela foi Laura Catharina Bassi (1711 – 1778), a filha prodígio de um advogado cujos demais filhos haviam todos morrido.
Vida análoga teve a maior matemática que a Itália já produziu até hoje, Maria Gaetana Agnesi (1718 – 1799), outra menina prodígio que se tornou célebre. Seu pai, um professor de Matemática em Bolonha e que teve 20 filhos, ofereceu-lhe todos os estímulos e oportunidades para que ela estudasse. Assim que começou a fazer descobertas próprias, 
Marie-Sophie Germain nasceu em Paris (França), no dia primeiro de abril de
1776. Seus pais Ambroise-François Germain e Marie-Madeleine Gruguelu, devido à
boa condição socioeconômica, possuíam uma ampla biblioteca, o que permitiu que a
filha estudasse em casa até os 18 anos. Sophie passou a assinar seus trabalhos sob o pseudônimo masculino de Antoine LeBlanc. Em 1813, Sophie recebeu menção honrosa por seu trabalho sobre superfícies elásticas e em 1816 um prêmio por sua dissertação intitulada Observações sobre a natureza, os limites e a extensão da questão das superfícies elásticas e equação geral das superfícies, publicada em 1821.
Na primeira metade do século XIX, a escocesa Mary Fairfaix Somerville (1780 –1872) tornou-se famosa por seus feitos na Matemática. Nascida em uma família rica, quando menina ela bisbilhotava às escondidas as aulas de Geometria que seu irmão recebia de um professor que ia a sua casa. Conta-se que, para ter em mãos o livro de Euclides, teve que pedir ao irmão que comprasse para ela, uma vez que a Geometria não era bem-vista como leitura para moças. Aos 24 anos, casou-se com um homem rico que, como o marido de Mme.du Châtelet, era incapaz de acompanhá-la intelectualmente. 
Mary não necessitou encontrar uma versão escocesa de Voltaire, pois o marido morreu três anos depois, deixando-lhe uma herança e a liberdade de continuar seusestudos matemáticos. 
Quando falamos sobre os primórdios dos computadores Charles Babbage (1792 –1871) foi apresentado como um notável pioneiro, cujo verdadeiro valor somente foi reconhecido modernamente. É importante, também, dizer que Babbage teve uma colaboradora: Ada Lovelace (1815 – 1852), uma mulher brilhante e versada em Matemática, com quem ele discutia as soluções dos problemas técnicos e que o ajudou muito em suas pesquisas e, também, na administração de suas finanças.
A próxima heroína da Rainha das Ciências surgiu na Rússia dos Czares e foi a célebre Sofia Korvin-Krukovsky Kovalevskaia, também conhecida como Sonja Kovalevsky. Nascida em Moscou em 1850, em uma família abastada e culta, cuja governanta era inglesa, Sofia teve a oportunidade de aprender Matemática no próprio ambiente em que vivia.
Dentre as grandes potências científicas do mundo à época, a Alemanha foi a última a produzir um grande gênio matemático feminino. Mas o fez ao melhor estilo alemão, apresentando aquela que é, por muitos, considerada a maior matemática até hoje: Amalie Emmy Noether (1882 –1935). Filha de Max Noether, um matemático da Universidade de Erlanger. 
Ali ela iniciou seus estudos, doutorando-se com a tese Sobre Sistemas Completos de Invariantes para Formas Biquadradas Ternárias. Sua especialidade era Álgebra Superior, campo em que deixou importantes e originais contribuições. Mais tarde, ela foi estudar em Göttingen, à época o melhor centro de pesquisas matemáticas do mundo, liderado por David Hilbert. 
Alguns professores chegaram a dizer que os militares alemães ficariam escandalizados ao saber que, em Göttingen, os alunos tinham que aprender Matemática aos pés de uma mulher. 
Hilbert não se deixou demover por esse tipo de argumento e contratou Amalie, dizendo: “Não vejo como o sexo da candidata possa ser um argumento contra sua admissão. Afinal, nós somos uma universidade e não uma casa de banhos” (GARBI, 2009, p. 428). Finalmente, em 1922, Emmy foi nomeada professora extraordinária não oficializada, um cargo temporário na Universidade de Göttingen. Ademais, ela recebia uma pequena remuneração que não correspondia ao cargo que ocupava. Além dela havia apenas mais uma mulher no corpo docente: Maria Goeppert Mayer.
Julia Hall Bowman Robinson, nasceu no dia 8 de dezembro de 1919, em St. Louis
(Estados Unidos). Em 1936 Julia entrou na Universidade Estadual de San Diego e
concluiu seu último ano na Universidade da Califórnia em Berkeley, em 1939. Em 1940
recebeu seu Bacharel em Artes (B.A.) em 1948 seu Doutorado em Filosofia (Ph.D.), sua
dissertação tinha como título A Decidibilidade e Problemas de Decisão na Aritmética.
Entretanto ela é famosa por ter participado da equipe que resolveu o Décimo Problema
de Hilbert. Robinson faleceu nos Estado Unidos em 30 de julho de 1985.
	Todas as grandes mulheres que vimos anteriormente tinham oportunidades de se dedicar aos estudos devido a condição financeira favorável: ou eram ricas ou nasceram em famílias com posses. Isso lhes proporcionou as condições necessárias para desenvolver seus trabalhos.
	Depois da Segunda Guerra Mundial, no ocidente houve um rápido crescimento na proporção de mulheres que puderam optar pela matemática como tema de seus estudos. E desde então o número de mulheres que fazem esta opção só vem crescendo e através delas outras se motivam.
 III – Metodologia:
Este trabalho é uma pesquisa de natureza básica que segundo Gil (1994), objetiva gerar conhecimentos novos para avanço da ciência sem aplicação prática prevista.
Além de se dividir em relação ao tipo se classsifica em qualitativa que para Lakatos e Marconi (2010), preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano e tambem de acordo com Minayo (2002), a pesquisa qualitativa pode ser caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentados pelos entrevistados.
Este artigo é uma pesquisa bibliográfica que segundo Mioto e Lima (2007), a pesquisa bibliográfica é um procedimento metodológico importante na produção do conhecimento científico capaz de gerar, especialmente em temas pouco explorados, a postulação de hipóteses ou interpretações que servirão de ponto de partida para outras pesquisas.
Esta pesquisa será baseada em pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão, servirão de base artigos e livros, tanto na forma escrita como online.
IV – Considerações Finais:
Notamos e podemos concluir com essa pesquisa que desde sempre no começo dos estudos exatos, da matemática em si as mulheres sempre foram vistas como improváveis dentro de uma área que precisa de tanta dedicação ao estudo, e exige um talento para compreensão de tal ciência. Visto que era distinguida a forma de pensar do homem e da mulher, além de julgadas incapazes de raciocinar eram diretamente proibidas de estudarem ciências exatas. Mostrado mulheres que conquistaram seu espaço na ciência exata tivemos a oportunidade de notar que tais mulheres tem em comum o poder aquisitivo e/ou são de famílias importantes, sendo assim, apenas quem tinha tempo e oportunidade de se dedicar aos estudos se sobressaíam, enquanto outras mulheres tinham que estar na cozinha ou trabalhando da forma que fosse julgado a sua capacidade.
V - Referencias Bibliográficas:
 CARVALHO, T.F.; FERREIRA, D.H.L & PENEREIRO, J.C. “Matemática, Mulheres e Mitos: causas e consequências históricas da discriminação de gênero” , Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.18, n.2, pp. 571-597, 2016
GARBI, G. A rainha das ciência: um passeio histórico pelo maravilhoso mundo da Matemática. 3ª. ed. São Paulo, SP: Editora Livraria da Física, 2009.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1994. 207 p.
MAQUINÉ, C.C., CONTRIBUIÇÃO DAS MULHERES NAS CIÊNCIAS EXATAS: Levantamento histórico. Monografia (Graduação em Licenciatura em Matemática), UFSJ, Minas Gerais, 2017.
MINAYO, m.c.s., “Pesquisa Social: Teoria, Metodo e Criatividade”,21ª Edição Editora Vozes, Petropolis,2002.
LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A., “Fundamentos da Metodologia Cientifica”, Editora Atlas, 7ª edição- São Paulo, 2010.
LIMA; MIOTO - Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica - Rev. Katál. Florianópolis v. 10 n. esp. p. 37-45 2007
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