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PRÁTICAS EM ESTÉTICA - BIOSSEGURANÇA BIO = do grego bios, que significa vida. SEGURANÇA = refere-se à qualidade de ser ou estar seguro, protegido, livre e riscos ou de perigo. Refere-se à vida protegida, preservada, livre de riscos e danos do cliente/paciente e do profissional. Trata-se de um assunto muito importante, mas que infelizmente ainda é desconhecido para alguns profissionais. A biossegurança em estética requer atenção e consciência para ações de prevenção de doenças no ambiente de trabalho. Diante de uma realidade onde o mercado de clínicas de estética e os salões de beleza não para de crescer, devemos redobrar a atenção e cuidado neste sentido. O significado etimológico da palavra Biossegurança é Vida e Segurança. A Biossegurança em Estética consiste em ações voltadas a prevenção de doenças neste ambiente de trabalho. Na relação entre profissional e cliente existem riscos, pela proximidade e contato físico que muitas vezes são necessários para os tratamentos – como a limpeza de pele. De acordo com normas da Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, os profissionais que atuam na área de estética e beleza devem fazer uso de equipamentos de proteção individual durante procedimentos de: manicure, pedicure, podologia, depilação, limpeza de pele, corte de cabelo, retirada de barba, aplicação de produtos químicos, pois ficam expostos a patógenos causadores de doenças, entre elas, hepatite B e C, herpes, gripe, tuberculose, micoses, AIDS e também a produtos que exalam odores tóxicos e que podem causar doenças. A limpeza e desinfecção do ambiente devem ser diárias, alternando os produtos utilizados para que os microrganismos não se proliferem e desenvolvam resistência. Cada estabelecimento de beleza deve elaborar e implantar seu próprio plano de limpeza e desinfecção do ambiente, adequando os processos e produtos químicos de sua realidade (ver quadro abaixo de limpeza dos materiais). Infelizmente, muitas vezes, o profissional de beleza está tão sobrecarregado ou desconhece as normas de higiene, que não faz medidas básicas, como limpar o ambiente de trabalho, fazer esterilização dos instrumentos, utilizar descartáveis e fazer a higienização das mãos. Riscos e seus agentes 1. Riscos de acidentes Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. 2. Riscos ergonômicos Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc. 3. Riscos físicos Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc. 4. Riscos químicos Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. 5. Riscos biológicos Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre outros. O que é contaminação? É a presença transitória de microrganismos em superfície sem invasão tecidual ou relação de parasitismo que pode ocorrer em objetos inanimados ou em hospedeiros, como, por exemplo, a microbiota transitória das mãos. A contaminação das mãos, artigos ou superfícies pode causar infecções ou doenças infecciosas em usuários ou prestadores de serviços de saúde ou de serviços de interesse à saúde. O que são doenças infectocontagiosas? São causadas por microrganismos como vírus, bactérias, protozoários ou fungos, podendo ser adquiridas por meio de contato direto com o agente infeccioso, através de contato com água ou alimentos contaminadas, por vias respiratória, sexual e até por meio de ferimentos causados por animais. CAUSADAS POR VÍRUS CAUSADAS POR BACTÉRIAS CAUSADAS POR FUNGOS CAUSADAS POR PARASITAS DENGUE AIDS (HIV) HEPATITE VIRAIS (B- C) HPV RAIVA MONONUCLEOSE HERPES GRIPE COVID-19 ENTRE OUTRAS TUBERCULOSE HANSENÍASE DIFTERIA COQUELUCHE ENTRE OUTRAS MICOSES CANDIDÍASE ENTRE OUTRAS TRICOMONÍASE ENTRE OUTRAS Quais são as vacinas recomendadas para os profissionais de saúde? ✓ Tétano e Difteria (dT): recomendada em esquema de três doses para aqueles não anteriormente vacinados (0,2 e 6 meses), com reforço a cada 10 anos; ✓ Sarampo, Caxumba e rubéola (SCR): indicada pelo menos uma dose, mas, preferencialmente em duas. Indivíduos com evidência laboratorial de imunidade para essas três infecções estão dispensados da vacinação; ✓ Hepatite B (HBV): esquema de três doses (se apresentar anticorpos acima de 10mUI/mL não há necessidade de tomar novamente); ✓ Influenza: recomendada anualmente para todos os profissionais da saúde; ✓ Varicela: duas doses com pelo menos um mês de intervalo para os profissionais de saúde que não tenham história de doença no passado. Quando há dúvida, a vacina deve ser aplicada. NORMAS E CUIDADOS NO LOCAL DE TRABALHO A limpeza e desinfecção do ambiente devem ser diárias, alternando os produtos utilizados para que os microrganismos não se proliferem e desenvolvam resistência. Cada estabelecimento de beleza/estética deve elaborar e implantar seu próprio plano de limpeza e desinfecção do ambiente, adequando os processos e produtos químicos de sua realidade. Infelizmente, muitas vezes, o profissional de beleza/estética está tão sobrecarregado ou desconhece as normas de higiene, que não faz medidas básicas, como limpar o ambiente de trabalho, fazer esterilização dos instrumentos, utilizar descartáveis e fazer a higienização das mãos. Todo estabelecimento deve respeitar e se adequar à legislação sanitária vigente. De acordo com o decreto no 23.915 da COVISA (Vigilância Sanitária Municipal), os profissionais de beleza devem seguir as seguintes normas sanitárias: ✓ Possuir paredes e pisos lisos e impermeáveis para não acumular microorganismos, poeira ou resquícios de secreções; ✓ Deve ter: lixeira de pedal com saco plástico para descarte de material contaminado, lavatório com sabonete líquido e papel toalha. ✓ Maca com superfície lisa ou lavável, forrada de lençol TNT ou papel branco (resistente). Todos descartáveis devem ser trocados a cada cliente. ✓ Mesa auxiliar (carrinho) com superfície lisa e lavável, para acomodar bandeja forrada com papel toalha para os materiais de uso; ✓ Touca e faixas devem ser descartáveis; ✓ Utilizar instrumentos esterilizados ou descartáveis. ✓ A esteticista deve estar atenta para higienização de materiais. ANTES DOS TRATAMENTOS, O PROFISSIONAL DEVE: ✓ Encapar as abas do carrinho de auxílio e lupa com filme plástico. Estes devem ser trocados a cada cliente. ✓ Lavar as próprias mãos adequadamente antes de atender o cliente. ✓ Fazer anti-sepsia das mãos do cliente antes do procedimento para evitar infecções. ✓ Quando for necessário o uso de luvas, usar as descartáveis e retirá-las somente quando concluir o serviço. ATENÇÃO: Para cada cliente, as toalhas e lençóis devem ser de uso exclusivo para aquela pessoa durante o atendimento. Não pode usar a mesma toalha ou o mesmo lençol em dois clientes. ✓ Ao final do atendimento o profissional deve lavar as mãos e jogar no lixo os materiais descartáveis ou de uso único. As agulhas devem ser descartadas no Descarpack.✓ Antes de atender novo cliente, a esteticista deve realizar assepsia dos equipamentos e acessórios, conforme orientação do fabricante. ✓ Para instrumentos que tenham contato com sangue ou secreções como cureta ou pinça, é preciso fazer a descontaminação por esterilização. ✓ Lavar e desinfetar as cubetas e outros itens reutilizáveis. As medidas de segurança vão desde o uso de luvas – fundamental caso haja contato com sangue, fluídos corpóreos, pele não íntegra e também para manuseios de materiais ou superfícies sujas com sangue e fluídos, independente do diagnóstico do cliente (ANVISA, 2000); além de óculos, avental, touca e principalmente a higiene das mãos. Um ambiente limpo e organizado, mesmo em instalações físicas simples, proporciona o bem estar tanto para o cliente quanto para a equipe de trabalho. Alguns equipamentos de Proteção Individual são imprescindíveis para prevenção de contaminação por microrganismos: ✓ luvas descartáveis (devem ser retiradas após a conclusão de serviço); ✓ máscara descartável; ✓ touca descartável; ✓ jaleco de tecido resistente. O que são produtos para saúde críticos, semicríticos e não críticos? Críticos: são utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais e sistema vascular, incluindo também todos os produtos para a saúde que estejam diretamente conectados com esses sistemas. Devem ser submetidos ao processo de esterilização, após a limpeza e demais etapas do processo. Exemplos: alicates, pinças, os extratores de comedões, entre outros. Semicríticos: são aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras colonizadas. Devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção de alto nível, após a limpeza. Exemplo: ponteira de peeling de diamante. Não Críticos: são aqueles que entram em contato com pele íntegra ou que não entram em contato com o paciente. Devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de limpeza. Alguns exemplos são os eletrodos e as manoplas de equipamentos, as toalhas, as cubetas, as espátulas, entre outros. Quando entrar em contato com material biológico ele deve ser reprocessado como um artigo semicrítico ou crítico. LIMPEZA: remover materiais estranhos como sujidades e matéria orgânica de superfícies de objetos. Comumente é feita através da aplicação de água, detergente (líquido ou enzimático) e ação mecânica que pode ser feita com esponjas, escovas, panos. DESINFECÇÃO: é realizado após a limpeza dos artigos, sendo que este componente químico (ácido peracético 0,2%, desinfetantes como álcool, hipoclorito 1%) destrói parcialmente os microrganismos, exceto os esporos bacterianos, há a necessidade do processo de esterilização. ESTERELIZAÇÃO: é o processo químico ou físico que extermina todos os tipos de vida microscópica em um objeto, inclusive esporos bacterianos (autoclave). A higienização das mãos é a medida individual mais simples para prevenir a propagação de infecções relacionadas à saúde. Antes chamada de “lavagem das mãos”, foi substituída pelo termo “higienização” por ser mais abrangente. Esta prática evita transmissão de doenças e possíveis patógenos. as mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície a outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através de contato com objetos e superfícies contaminados. Higienizar as mãos previne e reduz infecções causadas pelas transmissões cruzadas. A higienização das mãos é a medida individual mais simples para prevenir a propagação de infecções relacionadas à saúde. Antes chamada de “lavagem das mãos”, foi substituída pelo termo “higienização” por ser mais abrangente. Trata-se do ato de higienizar as mãos com água e sabão, visando a remoção de bactérias transitórias ou residentes, como também células escamativas, pelo suor, sujidade e oleosidade da pele. Esta prática evita transmissão de doenças e possíveis patógenos. De acordo com o Manual Higienização das Mãos em Serviços de Saúde da ANVISA, publicado em 2007, as mãos constituem a principal via de transmissão de microorganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microorganismos, que podem se transferir de uma superfície a outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através de contato com objetos e superfícies contaminados. Higienizar as mãos previne e reduz infecções causadas pelas transmissões cruzadas. As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam. Quando devemos higienizar as mãos utilizando água e sabão? ✓ Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e/ou outros fluídos corporais; ✓ Ao iniciar o turno de trabalho; ✓ Após ir ao banheiro; ✓ Antes e depois das refeições; ✓ Antes do preparo de alimentos; ✓ Antes do preparo e da manipulação de medicamentos; ✓ Antes de utilizar preparações alcoólicas, como o álcool em gel. Quando higienizar as mãos utilizando preparações alcoólicas? ✓ Antes do contato com pacientes: proteção do paciente, pois evita a transmissão de microrganismo oriundos das mãos do profissional de saude.; ✓ Após contato com paciente: proteção do profissional e das superfícies e objetos, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente; ✓ Após risco de exposição a fluídos corporais: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos a outros profissionais ou pacientes; ✓ Antes e após remoção de luvas: proteção do profissional. As luvas previnem a contaminação das mãos diminuindo a transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua integridade sem que o profissional perceba, possibilitando a contaminação das mãos. O álcool em gel substitui a lavagem das mãos? O uso do álcool em gel é citado na literatura como uma forma e aumentar a adesão dos profissionais de saúde à limpeza das mãos e, consequentemente, diminuir a taxa de infecção, pois dessa forma diminui-se o tempo médio de higienização das mãos, o produto age mais rápido e é considerado eficaz na irradiação de microrganismos. Lembrando que segundo a CDC, a escolha do álcool é quando não houver sujeira visível nas mãos. BIOSSEGURANÇA NOS COSMÉTICOS De acordo com a resolução da Anvisa, os cosméticos podem ter determinado limite de bactérias e fungos, porém, devem ter ausência de microorganismos patogênicos. Por todos esses motivos deve-se evitar entrar em contato direto com o produto do frasco. O ideal é usar materiais devidamente limpos e assépticos ou descartáveis para retirar o produto da sua embalagem. Um cosmético não precisa ser isento de contaminantes, por esse motivo não é preciso fazer esterilização de materiais e de ambientes. É necessário sim que o ambiente esteja o mais limpo e asséptico possível para diminuir a carga microbiana, mas não isento de microorganismos. Outro ponto importante é com relação aos produtos. A melhor forma de armazená- los é na sua embalagem original. Deve-se evitar a troca da mesma devido ao risco de contaminação, mesmo que seja do mesmo tipo de produto, é aconselhado passar de uma para outra. Os produtos devem ser bem fechados após o uso para evitar contaminação por microorganismos provenientes do ambiente. Se o produto permanecer muito tempo aberto em contato com o ar pode oxidar, ficar com cheiro rançoso e ter sua cor alterada. Geralmente o cosmético oxidado vai ficando amarelado com o tempo. Após o uso, as tampas, bem como a boca do frasco, devem ser devidamente limpas e de preferência feita assepsia com produtos à base de clorhexidina ou outro similar existente no local de trabalho.Para retirar os cosméticos dos potes deve-se utilizar espátulas, de preferência descartáveis, mas se não for possível, usar espátulas limpas e assépticas. Nunca retirar do frasco diretamente com as mãos, nem que seja para remover apenas o que está na tampa, pois conforme exposto anteriormente, a nossa flora cutânea possui bactérias que, ao entrarem em contato com o produto, podem vir a contaminar o mesmo. Embalagens sujas externamente pelo próprio produto ou qualquer outra substância, podem não oferecer risco de contaminação do conteúdo, mas deixam um péssimo aspecto. Por isso é muito importante mantê- los limpos e, com isso, contribuir com a boa imagem do ambiente. Para isso pode-se usar álcool 70% para assepsia de materiais ou da pele. Porém, este tem a desvantagem de ressecar a pele, tendo como alternativa o álcool 70% glicerinado que ajuda na umectação da pele. Outro excelente antisséptico é a clorexidina, muito eficaz contra fungos e bactérias. HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO Falar em humanização é colocar o ser humano como ponto central, valorizando-o como pessoa, por sua essência e por toda a história de vida que ele carrega. E isso não custa caro tampouco necessita grandes investimentos financeiros, a não ser o investimento que você faz como pessoa enquanto profissional, doando sua atenção e cuidados, zelando por todos os detalhes que envolvem cada tratamento e cada cliente que chega até você. Quem escolhe trabalhar com estética não escolhe uma profissão, e sim que abraça uma missão de vida. Estética humanizada é demonstrar o interesse pelo outro, indo além das aparências que a estética nos mostra. É trabalhar com um prontuário estético detalhado (nossa antiga e tão conhecida ficha de anamnese), para conhecer cada necessidade e particularidade de quem nos procura para tratar uma alteração. Isso nos permite compreender melhor cada caso, direcionando inclusive o tratamento de forma mais assertiva, o que também proporciona resultados mais satisfatórios. Afinal, uma gordura localizada não é apenas uma gordurinha que se instalou em determinada região do corpo. A celulite não é um mero conjunto de “furinhos” que deixa a pele com o tão conhecido (e temido) aspecto casca de laranja. As espinhas (que na estética costumamos tratar pelo termo mais técnico – acne) nos adolescentes e mesmo nos adultos podem ter causas que vão muito além das inflamações na pele, originadas de uma pele oleosa. Todas essas alterações inestéticas e muitas outras podem – e geralmente – sofrem influências de diferentes fatores, como alimentação inadequada, distúrbios hormonais, alterações fisiológicas do organismo, entre muitas outras. Todo esse conhecimento e olhar amplo para o contexto do ser humano em si no que se relaciona aos tratamentos estéticos é o que temos chamado de estética humanizada. Não basta excelência e eficácia técnica no atendimento, é necessário humanização. Afinal, estética humanizada é mais do que uma ideia ou conceito, é um direito do ser humano, de ser atendido de forma segura, responsável, dentro de um conceito global que busca cuidar do bem-estar de todos, tendo consciência que cada cliente/paciente atendido é um ser único que merece cuidados e atenção especiais, ele não é apenas mais um na sala de espera, aguardando atendimento, e menos ainda é mais um deitado em minha maca, para que se cumpra uma série de aplicações e procedimentos estéticos de forma automatizada. Profissionais de saúde estética não são e nem devem agir de forma robotizada e consumidores não devem ser tratados como objetos industriais de produção em série. É preciso dar um basta nos efeitos negativos que a indústria da beleza movimenta na economia e que acaba estimulando um consumo, muitas vezes levando em consideração apenas o preço baixo, de beleza a qualquer custo, sem pensar em qualidade de produtos e técnicas aprimoradas. É preciso dizer não à banalização dos atendimentos, de pacotes fechados por áreas de tratamento, de compras coletivas de tratamentos e protocolos que não olham o contexto de necessidades e particularidades que cada indivíduo traz consigo. Com a estética humanizada, o profissional de saúde estética passa a ter em suas mãos a responsabilidade de uma atuação muito mais ampla. Ele deixa de ser um “aplicador de cosméticos” e passa a ter importância dentro de um contexto maior, sendo justamente aquele que utiliza seus sentidos e conhecimentos para determinar tratamentos personalizados e exclusivos para seus clientes, estando capacitado para essa assistência integrada e entendendo que as alterações inestéticas devem ser encaradas a partir de um contexto amplo. Sugestão de vídeos: Biossegurança na estética: https://www.youtube.com/watch?v=B5yzx8m8-cU Filme: Patch Adams: o amor é contagioso https://www.youtube.com/watch?v=B5yzx8m8-cU
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