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UNIVERSIDADE POTIGUAR
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
ESCOLA DE ARQUITETURA, DESIGN E MODA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
LUANA DA SILVA FARIAS
ANTEPROJETO DE REUSO E RESTAURO DO EDIFÍCIO HISTÓRICO ‘A SAMARITANA’ NO BAIRRO DA RIBEIRA EM NATAL/RN
NATAL
2018
LUANA DA SILVA FARIAS
ANTEPROJETO DE REUSO E RESTAURO DO EDIFÍCIO HISTÓRICO ‘A SAMARITANA’ NO BAIRRO DA RIBEIRA EM NATAL/RN
Plano de trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
ORIENTADOR: Profª. Ms. Miss Lene Pereira 
NATAL
2018
LUANA DA SILVA FARIAS
ANTEPROJETO DE REUSO E RESTAURO DO EDIFÍCIO HISTÓRICO ‘A SAMARITANA’ NO BAIRRO DA RIBEIRA EM NATAL/RN
Plano de Trabalho de conclusão apresentada à Universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Aprovado em: ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Profa. Ms. Miss Lene Pereira
Orientador
Universidade Potiguar – UnP
________________________________________
Universidade Potiguar – UnP
________________________________________
Arquiteto convidado
Universidade Potiguar - UnP
LISTA DE FIGURAS
Figura 10. 	Igreja Matriz Nossa Sra. Da Conceição – Ouro Preto 
Figura 11. 	Crepúsculo em Centro Histórico de Ouro Preto 
Figura 14. 	Fluxograma de um Diagnóstico segundo Barrientos 
Figura 19. 	Complexo Fabril Fx Factory – Lisboa/Portugal
Figura 20. 	Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense
Figura 21. 	Entrada do Fx Factory
Figura 22. 	Livraria e Cafeteria da Fx Factory
Figura 23. 	Rua do Fx Factory 
Figura 24. 	Rua do Fx Factory 
Figura 25. 	Feira ao ar livre do Fx Factory 
Figura 26. 	Usina Chaminé nos anos 80
Figura 27. 	Fachada da Usina Chaminé restaurada
Figura 28. 	Sala de Exposição da Usina Chaminé 
Figura 29. 	Sala de Exposição da Usina Chaminé
Figura 30. 	Salão de Exposição de Artes
Figura 31. 	Salão de Exposição de Artes
Figura 32. 	Bonde Manaós Railway CO. 50 no jardim lateral da Usina Chaminé
Figura 33. 	Fachada do Cine Teatro Pedro Amorim em ruínas
Figura 34. 	Hall de Entrada do Cine Teatro Pedro Amorim
Figura 35. 	Salão de Apresentação e Cinema do Cine Teatro Pedro Amorim
SUMÁRIO 	Comment by Luana: Ainda vou corrigir as páginas conforme o acréscimo das próximas paginas.
1 INTRODUÇÃO	8
2 CAPÍTULO I: PATRIMÔNIO E RESTAURO	20
2.1 CARTAS PATRIMONIAIS	20
2.1.1 Cartas de Restauro	20
2.1.2 Cartas de Atenas	21
2.1.3 Manual de Elaboração de Projetos de Preservação do Patrimônio	22
2.1.4 Cartas de Burra	22
2.1.5 Cartas de Veneza	26
2.1.6 Leis e Normas	26
3 CAPÍTULO II: RESTAURO E PRESERVAÇÃO	30
3.1 HISTÓRIA DO RESTAURO E SUA IMPORTÂNCIA	30
4 CAPÍTULO III: PRÁTICA DO RETROFIT	39
4.1 NO BRASIL	40
4.2 INTERVENÇÕES	44
4.2.1 Casos de Intervenção	44
4.3 OUTROS PAÍSES	45
4.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS	46
4.3.1 Limitações	47
5 CAPÍTULO IV: BREVE HISTÓRIA DA ANTIGA LOJA A SAMARITANA	49
6 ESTUDOS DE REFERÊNCIAS	51
6.1 INDIRETOS	51
6.1.1 Internacional: Factory – Lisboa Portugal	51
6.1.2 Nacional: Chaminé ou Teatro Chaminé – Manaus Brasil	55
6.1.3 Regional: Cine Teatro Pedro Amorim – Assu/RN	55
6.3 DIRETOS	58
6.3.1 Galeria B612 – Ribeira/Natal/RN	58
 REFERÊNCIAS	14
1 INTRODUÇÃO
Nos dias atuais em que se observa o espaço urbano ganhando novas construções, grandes investimentos alteram a paisagem urbanística das cidades, é cada dia mais comum a perda de exemplares arquitetônicos históricos. Porém, a iniciativa de manter o Bem arquitetônico tem se tornado vantajoso, não somente pelo reconhecimento cultural e histórico, mas pela interação e diálogo entre os tempos, tornando essas construções referências para atualidade. 
Pensando nisso, será apresentado um anteprojeto de reuso e restauro do edifício com valor patrimonial conhecido como ‘A Samaritana’ situado na Rua Dr. Barata, 234 no bairro da Ribeira em Natal/RN, que será adaptado ao uso de um espaço cultural destinado aos frequentadores do bairro que buscam entretenimento e lazer. 
O objetivo é apresentar uma proposta que abrange a conservação do prédio mencionado, utilizando técnicas e ações voltadas para prolongar o tempo de vida deste patrimônio edificado, incluindo intervenções que adaptam a edificação existente ao reuso desta, visando preservar a integridade estrutural da fachada e suas características.
A escolha deste edifício deu-se pela importância que apresenta para a história local, justificada pelo fato de estar posicionado na parte antiga da cidade, considerada Zona de Preservação Histórica. Além de ostentar um setor que faz parte do circuito cultural e turístico da cidade. 	
Como amparo para elaboração da proposta do anteprojeto de reuso e restauro da edificação, a metodologia utilizada foi o estudo bibliográfico que abrange pesquisa documental, esta que concerne na análise de propostas anteriores sobre o tema em questão, ou seja, preservação e restauro de bens históricos e culturais, estudos referenciais diretos e indiretos que proveram maior entendimento e conhecimento quanto à projetos realizados anteriormente. Além de entrevistas com moradores do bairro no entorno do objeto de estudo, fotos de edifícios com importância. O estudo de referencial direto foi realizado na Galeria B612 na Rua Dr. Barata, 216 no Bairro da Ribeira em Natal/RN e... Além das referências indiretas no FX Factory em Lisboa/Portugal, na Usina Chaminé em Manaus/AM e o Cine Teatro Pedro Amorim em Assu/RN. Contudo, o referencial formal foi...	Comment by Luana: Falta concluir conforme o desenvolvimento do projeto.
Toda pesquisa bibliográfica foi baseada nos assuntos que envolvem a prática do restauro, preservação do patrimônio histórico e cultural, retrofit, incluindo também pesquisa documental em arquivos institucionais acessíveis na internet. 
Com base na análise dos dados levantados, foi escolhida o edifício com valor patrimonial histórico que viria a ser objeto de estudo do anteprojeto de reuso e restauro de um espaço de entretenimento e lazer cultural. Localizado no Bairro da Ribeira em Natal/RN, na Rua Dr. Barata, 232, a antiga loja ‘A Samaritana’ próximo à Praça Augusto Severo, paralela às Ruas Câmara Cascudo e Rua Chile. De maneira abrangente, o edifício encontra-se em estado de ruínas, sem cobertura e sua fachada com várias rachaduras. 
O presente trabalho está dividido em 5 capítulos e organizado como especificado a seguir: 
No Capítulo I a seguir [item 2 do presente trabalho] explana o Restauro e conservação quanto ao conjunto de normas e estudos aplicáveis no processo de preservação e valorização do patrimônio histórico. Tendo como base as Cartas Patrimoniais de Atenas, Veneza e de Burra. 
Em conseguinte, no Capítulo II [item 3] mostra a problemática da restauração no início da prática que vai do século XIX até os dias atuais, quais mudanças sofreu com o passar dos anos e consequentemente o valor que a conservação de monumentos históricos agrega às cidades.
O Capítulo III aborda a prática do Retrofit, esta que vem sendo utilizada com intuito de revitalizar antigos edifícios, aumentando a vida útil com o uso de tecnologias avançadas em sistemas prediais e materiais modernos, seguindo as restrições urbanas e ocupacionais atuais.
Em sequência, o Capítulo IV expõe os referenciais teóricos que envolvem estudos de restauro em prédios históricos no âmbito regional, nacional e internacional, de maneira direta, indireta e formal, os quais são descritos como estudos de referenciais Diretos (Galeria de Arte B-612 e ...), Indiretos (FX Factory em Lisboa/Portugal, Usina Chaminé em Manaus/AM e o Cine Teatro Pedro Amorim em Assu/RN). Com isso, chegou-se a uma conclusão de que os estudos referenciais realizados, têm características positivas e negativas, que podem ser aplicadas ao conteúdo em questão.
No Capítulo V, a breve história do Bairro da Ribeira.
 
44
2. CAPÍTULO I - Patrimônio e Restauro
 
2.1 Cartas PatrimoniaisAs Cartas Patrimoniais foram criadas com intuito de proteger as edificações importantes para a sociedade. O debate iniciou no século XX após a Segunda Guerra Mundial, onde inúmeros monumentos históricos do Velho Mundo foram totalmente destruídos. Esses documentos compõem desde conceitos a medidas para atuações no campo administrativo, funcionando como diretrizes de documentação, fomento do resguardo de bens, além da importância dos planos de conservação, manutenção e restauro de um patrimônio, seja histórico, artístico e/ou cultural. (IPHAN 2015). 
Desses debates, nasceram algumas instituições internacionais, tais como: ONU (Organizações das Nações Unidas); a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura); o ICOM (Conselho Internacional de Museus), o ICCROM (Centro Internacional para o Estudo da Preservação e Restauração de Bens Culturais); e o ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), entre outras que resultaram nas chamadas Cartas Patrimoniais. 
2.1.2 Carta de Restauro
A Carta de Restauro, criada em 1972 na Itália, denota que obras de qualquer período, sejam elas obras de artes à monumentos históricos, pertencentes a qualquer cidadão ou instituição, são consideradas objetos das presentes instruções. Contudo, concernente às obras de restauração, a carta reitera a necessidade de enaltecer “sob um substancial perfil de conservação, respeitando os elementos acrescidos e evitando até mesmo intervenções de renovação ou reconstituição.” (MINISTÉRIO DA INSTRUÇÃO..., 1972). 
No artigo 2º da Carta de Restauro, é abordado com clareza a questão que envolve a restauração de monumentos históricos, como diz a seguir:
Artigo 2º - Além das obras mencionadas no artigo precedente, ficam assimiladas a essas, para assegurar sua salvaguarda e restauração, os conjuntos de edifícios de interesse monumental, histórico ou ambiental, particularmente os centros históricos; as coleções artísticas e as decorações conservadas em sua disposição tradicional; os jardins e parques considerados de especial importância. (IPHAN 2015, p. 1). 
2.1.3 Carta de Atenas
Quanto a Carta de Atenas (1933), ressalta a importância pela conservação de “bens culturais imóveis, em virtude do seu caráter universal constituindo-se importante diretriz seguida pelos profissionais ligados às políticas urbanas” (SILVA, 2003, p. 52). Contudo, a ressalva que reluz um pensamento empírico na essência da Carta de Atenas, expõe a notória preocupação quanto à invasão de novas construções nos centros históricos das cidades, substituindo, por vezes, as edificações históricas em defesa de novos empreendimentos. Baseado nessa afirmação, o CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna), diz que:
Tais métodos são contrários à grande lição da história. Nunca foi constatado um retrocesso, nunca um homem voltou sobre seus passos. As obras-primas do passado nos mostram que cada geração teve sua maneira de pensar, suas concepções, sua estética, recorrendo, como trampolim para sua imaginação, à totalidade de recursos técnicos de sua época. Copiar servilmente o passado é condenar-se à mentira, é erigir o “falso” como princípio [...] (CIAM, 1933, p. 27).
Vale ressaltar que compete ao IPHAN “autorizar intervenções em bens edificados, tombados e nas suas áreas de entorno” (Portaria 420 – 2010 IPHAN, p. 1).
No Art. 3º da Portaria citada anteriormente, menciona as definições para o processo de Intervenção, Conservação, Manutenção, Reforma Simplificada, Reforma ou reparação, Construção nova, Restauração, entre outros. Partindo do princípio dos conceitos a serem utilizados no presente trabalho, vale acentuar aqueles que irão servir como base principal de apoio para criação do projeto em questão. São eles: 
Intervenção: toda alteração do aspecto físico, das condições de visibilidade, ou da ambiência de bem edificado tombado ou da sua área de entorno, tais como serviços de manutenção e conservação, reforma, demolição, construção, restauração, recuperação, ampliação, instalação, montagem e desmontagem, adaptação, escavação, arruamento, parcelamento e colocação de publicidade;
Conservação: conjunto de ações preventivas destinadas a prolongar o tempo de vida de determinado bem; 
Manutenção: conjunto de operações destinadas a manter, principalmente, a edificação em bom funcionamento e uso;
Construção Nova: construção de edifício em terreno vazio ou em lote com edificação existente, desde que separado fisicamente desta;
Restauração: serviços que tenham por objetivo restabelecer a unidade do bem cultural, respeitando sua concepção original, os valores de tombamento e seu processo histórico de intervenções (Portaria 420 – 2010 IPHAN, p. 2).
2.1.4 Manual de Elaboração de Projetos de Preservação do Patrimônio
O Manual de Elaboração de Projetos de Preservação do Patrimônio Cultural do IPHAN de 2003, teve como objetivo estabelecer e transmitir os conceitos, normas e preceitos que guiaram os profissionais envolvidos no Programa Monumenta – programa responsável pela recuperação e preservação do patrimônio histórico – orientados a elaborar projetos complementares, que integraram a este Manual. Havendo neste, adaptações da parte das “Práticas da Secretaria de Administração Pública - SEDAP, estabelecidas no Decreto nº 92.100, de 10/12/1985, visando possibilitar a sua aplicação nas obras de intervenção do Patrimônio edificado”. (Programa Monumenta, IPHAN, 2003, p. 9). 
As normas direcionam os envolvidos e auxiliam no processo de reparação desses bens, obedecendo seus valores estéticos e culturais, levando em consideração a autenticidade do mesmo, não podendo intervir nas questões históricas, materiais, processos construtivos, entre outros. 
Abraçando essas exigências, vale citar que: 
Premissa 3.1.5.1. As propostas relativas ao resgate de determinados aspectos estéticos do Bem devem estar baseadas e fundamentadas em análises e argumentos inquestionáveis sobre a autenticidade do espaço envolvente. (Programa Monumenta, IPHAN, 2003, p. 15).
Vale salientar que a autenticidade citada no parágrafo anterior é explicitada a seguir com a Premissa 3.1.5. que diz: “[...] não implica no entendimento do Bem isoladamente e sim no contexto no qual está inserido, considerando os aspectos natural, histórico, quer urbano ou rural.” (Programa Monumenta, IPHAN, 2003, p. 16).
2.1.5 Carta de Burra
Na Carta de Burra (1999), relata que é consignada uma “norma de prática para quem proporciona aconselhamento, toma decisões ou executa obras em sítios com significado cultural, incluindo os proprietários, os gestores e as custódias”. (Australia ICOMOS Burra Charter, 1999, p. 3). 
Seus artigos interdependentes levam a crer que dentro do princípio de conservação leva-se mais em consideração os Processos de Conservação e Práticas de Conservação. Aplica-se a este conceito, os sítios com conceito cultural, o que inclui: sítios naturais indígenas e históricos de valor cultural. Tendo também como partido relevante, outros organismos que devem ser citados, tais como: “‘Australian Natural Heritage Charter’ e as ‘Draft Guidelines for the Protection, Management and Use of Aborigenal and Torres Strait Islander Cultural Heritage Places’[footnoteRef:1]”. 	Comment by Luana: OK. Incluído Rodapé. [1: Carta do Patrimônio Natural da Austrália, Projeto de Diretrizes para a Proteção e Gestão e Uso de Locais de Patrimônio Cultural dos Aborígines e dos Ilhéus do Estreito de Torres.] 
Considera-se que sítios com importância cultural na sociedade enaltece a vida das pessoas e as ajudam a vivenciar situações ligadas ao passado, além de expor a diversidade das comunidades existentes em cada sítio, apresentando um passado insubstituível e precioso. Aplica também ao fato de que “fazer tão pouco quanto seja necessário para cuidar do sítio e torná-lo utilizável, mas, por outro lado, alterar tão pouco quanto seja possível para que o seu significado cultural fique retido.” (Australia ICOMOS Burra Charter, 1999, p. 4).
Sobretudo, quanto ao tombamento segundo (SILVA, 2003), afirma que: 
No Brasil,a proteção do patrimônio cultural, denominado “patrimônio artístico e nacional”, é regulamentada pelo Decreto-Lei nº 25/37, que disciplina o instituto de tombamento, o processo de tombamento de um bem, os efeitos jurídicos produzidos pelo instituto e as sanções advinhas da não-observância das restrições que recaem sobre o bem tombado. Segundo o Decreto-Lei nº 25/37, o tombamento é o instituto jurídico pelo qual se faz a proteção do patrimônio histórico e artístico, que se efetiva quando o bem é inscrito no livro do tombo. (SILVA, 2003, p. 122).
2.1.6 Carta de Veneza
No que diz respeito ao conceito que concerne a Carta de Veneza (1964), que defende as práticas de Conservação e Restauro de bens históricos, traduz, portanto, que deva existir um “padrão” internacional, porém, que cada nação deve ficar livre para criar, diante de sua cultura e tradição, seus próprios princípios que manterão viva sua história.
Quanto a Conservação, a Carta de Veneza exige que haja manutenção permanente do Bem, sem prejudicar e nem alterar a decoração do mesmo, obedecendo um padrão de escala sem que sofra modificações de volumes e cores. Removê-lo de lugar, ou mesmo parte dele, descaracterizá-lo-á, portanto, é intolerável tal ação, a não ser que essa ação seja justificada por importantes razões no âmbito nacional e internacional. E quanto a Restauração, deve ser acompanhada por um estudo que revela o valor histórico e arqueológico do monumento, onde, necessariamente deverá conter a marca do nosso tempo. Porém, quando as técnicas tradicionais forem insuficientes para aquela ação, é cabível a utilização de outras técnicas mais atuais de conservação e construção comprovadas por estudos científicos a eficácia para essa finalidade. Nesses produtos de substituição, deve haver harmonia com o conjunto todo, ou seja, não pode haver traços de falsificação no Bem. 
2.1.7 Leis e Normas 	Comment by Luana: Tópico específico criado para Leis e Normas
Adentrando às Leis e Normas que norteiam e caracterizam o tipo de intervenção tratada neste trabalho, leu-se que no capítulo II, da Conceituação do Código de Obras de Natal, que compete o enquadramento da antiga loja A Samaritana no seguinte conceito: “XLIX – reparos gerais, obras destinadas exclusivamente a conservar e estabilizar a edificação e que não impliquem na alteração das dimensões dos compartimentos.” (Código de Obras e Edificações do Município do Natal, 2004, p. 275). Ainda no capítulo II do Código de Obras, cita Dos Projetos: “IV – Categoria 4, destinado análise de projetos de imóvel de uso considerado impactante, imóvel de uso residencial multifamiliar ou de imóvel situado em áreas especiais ou sujeito a legislação especial.” (Código de Obras e Edificações do Município do Natal, 2004, p. 276). 
No Capítulo III, “Art. 23 – As obras de restauração de prédios com valor arquitetônico, histórico, artístico e cultural só tem seu licenciamento concedido se observadas as normas especificas da legislação em vigor.” (Código de Obras e Edificações do Município do Natal, 2004, p. 278).
As Leis que foram citadas acima são apenas uma parte do documento que habita o Código de Obras do Natal, portanto, há Leis e Normas que também aderem as questões que envolvem o Restauro aplicando a Instrução Normativa IPHAN nº1 de 25 de Novembro de 2003 que trata sobre a acessibilidade, dispõe no 1º parágrafo que se deve: 
1.1 Tendo como referências básicas a LF 10.098/2000, a NBR da ABNT e esta Instrução Normativa, as soluções adotadas para a eliminação, redução ou superação de barreiras na promoção da acessibilidade aos bens culturais imóveis devem compatibilizar-se com a sua preservação e, em cada caso específico, assegurar condições de acesso, de trânsito, de orientação e de comunicação, facilitando a utilização desses bens e a compreensão de seus acervos para todo o público [...]” (Instrução Normativa IPHAN, 2003).
As intervenções, obrigatoriamente, são consideradas um caso específico, em que cada ação, deve-se avaliar alternativas e soluções em acessibilidade sem extinguir o que cabe a preservação do Bem cultural imóvel. O que pode delimitar essa avaliação, é a “possibilidade de comprometimento do valor testemunhal e da integridade estrutural resultantes.” (Instrução Normativa IPHAN, 2003). 
Ainda sobre a Instrução Normativa do IPHAN, que cita o cumprimento de leis quanto à acessibilidade, cabendo à condição autárquica do Instituto na fiscalização do Bem, quando este encontra-se em prejuízo de preservação, qualquer que seja seu responsável pelo imóvel deverá atender as exigências da LF 1.098, seguindo as orientações desta Instrução Normativa. 
Cabe aos órgãos responsáveis por cada etapa, atender às Normas e Leis que abraçam esse tipo de intervenção. No entanto, todo objeto arquitetônico possui uma especificidade, este é proveniente de um conceito precedente, ou seja, o desenho de uma edificação é inteiramente originado da alma de uma época, da sociedade e seus valores (NETO, 1992, p. 266). 
Toda e qualquer interferência em monumentos históricos pode causar prejuízo para toda vida, por esse motivo, a pesquisa histórica e o levantamento de dados históricos precisam ser rigorosos, evitando falsas interpretações que podem comprometer a veracidade e autenticidade do mesmo. 
3. CAPÍTULO II - Restauro e Preservação
3.1 A História do Restauro e sua importância
A evolução histórica do restauro arquitetônico se deu a partir de uma tomada de consciência quanto a fragilidade da natureza, levando em consideração o poder de destruição humana. Após tal tomada de consciência, o que aconteceria a seguir, segundo Silva (2003, p. 17) “seria a adoção de medidas adequadas para sua preservação, a ser empreendida pelos indivíduos atualmente vivos, seja no interesse deles próprios, seja no interesse das futuras gerações”. Corroborando com isso, Alois Reigl complementa que:
A ruína deveria simplesmente levar à consciência do espectador o contraste, essencialmente barroco, entre a grandeza do passado e a decadência presente. Ela exprime o pesar dessa queda, e a nostalgia correlativa de uma antiguidade que desejariam ver conservada: trata-se, por assim dizer, de um deleite voluptuoso na dor, que, mesmo atenuado por uma certa inocência pastoral, faz o valor estético do pathos barroco. (RIEGL, 1984, p.62). 
 
A primeira comissão dos Monumentos Históricos na França em 1837, trouxe como base de verificação três vertentes importantes: vestígios da Antiguidade, edifícios religiosos da Idade Média e através de alguns castelos. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, todos os prédios possuíam um perfil semelhante ao que fora construído anteriormente, eram derivados da arqueologia e história erudita da arquitetura. A partir disso, todo perfil no que tange o ato de edificar, se concentrou em novas denominações que se resumiam à: arquitetura privada e não monumental (arquitetura menor) geralmente não assistida pelo olhar do arquiteto; arquitetura com traços de vários territórios (arquitetura vernacular) e a arquitetura industrial, que se resumiam em fábricas, estações, etc. Françoise Choay complementa isso ao fato de que os Monumentos Históricos já não se resumiam apenas em edifícios individuais, a arquitetura desenhou um novo olhar com os conjuntos edificados com quarteirões e bairros, o que deu ao urbanismo, um novo conceito. 
Conforme o tempo, o valor dado aos Monumentos Históricos foi tomando espaço na sociedade, expandindo-se para vários países, porém, o que cita Françoise Choay sobre essa ideia é que a sociedade se divide em dois parâmetros de pensamentos distintos, uma dessas visões defende a ideia de preservação do passado quanto a história, arquitetura e arte, a outra parte não entende a importância desse pensamento e apoia o novo. 
A crítica que Alois Riegl diz sobre essa visão é que: 
O caráter acabado do novo, que se exprime da maneira mais simples por uma forma que ainda conserva sua integridade e sua policromia intacta,pode ser apreciada por todo indivíduo, mesmo completamente desprovido de cultura. É por isso que o valor de novidade sempre será o valor artístico do público pouco cultivado. (RIEGL, 1984, p.96).
Com a mesma força que a sociedade busca o passado, ela renega-o, são influenciadas pela visão do momento, pois “O reconhecimento de uma obra como produto cultural é resultado dessa consciência histórica que, através dos tempos, seguiu uma trajetória [...]” (BRAGA, 2003, p. 9).
No entanto, dentro desse contexto, observou-se que havia um interesse e preocupação significativos pelos monumentos considerados de grande importância, acontecia em alguns momentos, a retirada dos acréscimos para dar lugar ao original, ou acrescia-se alguns detalhes para dar maior veracidade à edificação. 
No Renascimento, por exemplo, o grande interesse pela cultura grega clássica era evidente, a qual foi vista como inspiração para os artistas dessa época, porém, era comum edifícios sem uso, serem descaracterizados para atender aos padrões e necessidades vigentes daquele período. Contraditoriamente, acontecia a conservação de monumentos de grande importância.
Alguns princípios abordados por Camilo Boito no III Congresso de Engenheiros e Arquitetos de 1883 em Roma, levantou alguns parâmetros para obras de restauração arquitetônica. Esses princípios iam desde diferenciar estilos entre o novo e o velho, à descrição e fotografias do processo de restauro. Através desses princípios foi criada uma nova lei italiana em 1902, que logo após sofreu alteração, sendo reformulada em 1909 (nº185), “para a conservação dos monumentos e objetos da antiguidade e da arte.” (BRAGA, 2003).
Observa-se que com o passar dos tempos, dada a importância no tocante, monumentos históricos e sua relevância para a história das cidades, no intervalo que dá entre a Segunda Guerra Mundial e os anos oitenta do século XX, houve poucos historiadores e historiadores de arte que se interessaram pelo trabalho urbano. Diante dessa indagação, Françoise Choay citou que: 
Hoje em dia, assiste-se, contudo, a um florescimento de trabalhos sobre a forma das cidades pré-industriais e das aglomerações da era industrial. Este movimento foi impulsionado pelos estudos urbanos, sendo necessário recordar o papel que eles representam na génese de uma verdadeira história do espaço urbano. (CHOAY, 2003, p. 158).
Relevando a prática que tange o valor histórico, a visão que Alois Riegl sobre essa questão é que “o monumento é testemunho de uma época, de um estágio da evolução humana que pertence ao passado.” (RIEGL, 2014, p. 15). Portanto, na valorização de um Bem histórico, é necessário que haja, antes de tudo, manutenção no seu estado atual, isso fará com que se mantenha características que denotam ao tempo em que foi construído. Vale relevar que a consideração de uma intervenção que estagne o curso da evolução natural daquele Bem, deve obedecer aos limites do poder humano. 
No entanto, todo projeto que abrange conservação e/ou restauração na arquitetura, assim como na visão macro, ou seja, intervenção urbana, são considerados ações de alta complexidade, trata-se de uma intervenção que requer respeito, antes de tudo, pois, “os personagens principais são o passado, o presente e o futuro reunidos na história e representados na memória.” (BRAGA, 2003, p. 20). Porém, segundo a autora citada neste parágrafo, tem-se observado que:
[...] com o envelhecimento das cidades é que, cada vez mais, o olhar preservacionista deve ser aplicado, seja pelos que preservam os testemunhos do passado, seja pelos que constroem o presente e planeja o futuro. Cada imóvel, cada canto da cidade, seja ele recente ou antigo, deve ser visto sob um olhar preservacionista, seja para manter, seja para eliminar, seja para modificar ou para introduzir o novo em qualquer contexto. (BRAGA, 2003, p. 20).
No século XX nota-se que a negação da existência de um cânone artístico ou de um objetivo fixo sobre a valorização do monumento histórico, por vezes é avaliado “pelo modo como ele atende às exigências do querer moderno da arte.” (RIEGL, 2014, p. 12). Isso significa que, caso não haja um valor artístico eternizado, o valor está baseado em valores presentes, não na memória deles. Porém, que deverão ser preservados levando em consideração a política de preservação. No entanto, Riegl compôs uma diferença entre práticas intencionais e práticas não intencionais e definiu que:
 As primeiras – próprias da Antiguidade e da Idade Média – desempenham uma função prospectiva, pois lhes cabem lembrar um determinado momento do passado. O significado e a importância das segundas não provêm da sua destinação original, mas das atribuições feitas pelo sujeito moderno, a partir do Renascimento. Como esclarece Riegl, “em ambos os casos, a obra nos interessa em sua forma original {...} sem mutilações, ou ainda na forma pela qual tentamos reconstituí-la pelo olhar ou pensamento por meio de imagens ou da palavra. No primeiro caso, o valor da memória nos é outorgado pelo autor; no segundo ele é atribuído por nós.” (RIEGL, 2014, p. 12)
O papel que circunda o novo e o antigo no tecido urbano, ou mesmo a edificação inserida na parte histórica de uma cidade, seja essa edificação comprometida num todo quanto a estrutura preexistente ou apenas a necessidade de reforça-la, cabe atenção a todo entorno do bem, pois todo este deve ser considerado. Cabe principalmente aos profissionais da área que intervirão naquela edificação para projetar com olhar de preservadores, como construtores da cultura para que se mantenha a característica da forma mais sucinta dentro das possibilidades do contexto restauro.
Entretanto, quando ocorre a mudança radical de valores no tocante manter vivo aquele Bem ou substituí-lo por algo moderno, pode acarretar à perda da memória daquele lugar. 
Choay (2006, p. 185) critica a transição do culto ao patrimônio e o que chamou de democratização do saber, esta que fora herdada do Iluminismo e ganhou ascensão com o pensamento que cedeu espaço à grandes construções no lugar de pequenas. O mesmo condena tal ato quando diz que: “a cultura perde o seu caráter de realização pessoal, torna-se empresa e, rapidamente, indústria.” 
São obras que dispensam saber e prazer, colocadas à disposição de todos mas também produtos culturais, fabricados, embalados e difundidos tendo em vista o seu consumo. A metamorfose do seu valor de utilização em valor econômico é realizada graças à engenharia cultural, vasta empresa pública ou privada, ao serviço da qual trabalha, uma multidão de animadores, comunicadores, agentes de desenvolvimento, engenheiros, mediadores culturais. A sua tarefa consiste em explorar os monumentos por todos os meios possíveis, a fim de multiplicar indefinidamente o número de visitantes. (CHOAY, 2006, p. 185).
Ater-se à importância que se deve dar a cada edifício com valor histórico, no sentido amplo, o que compreende a toda criação do homem, é dar ao passado uma significância e representatividade nos tempos atuais, dito isso, Riegl alude que: 
O valor histórico é evidentemente o mais abrangente e, portanto, deverá ser tratado em primeiro lugar. Chamamos de histórico, tudo o que foi e não é mais nos dias de hoje. De acordo com os conceitos mais modernos, acrescentaremos a isso a ideia mais ampla de que aquilo que foi não poderá voltar a ser nunca mais e tudo o que foi forma o elo insubstituível e irremovível de uma corrente de evolução [...] (RIEGL, 2014, p. 32).
O culto aos monumentos trouxe consigo três valores de memória: o Valor da Antiguidade, o Valor Histórico e o Valor Volível de Memória ou de Comemoração. Esses valores abraçam teorias e práticas que ajudam a tecer a ideia de preservação de monumentos históricos. Segundo Riegl (2014, p. 49) “O Valor da Antiguidade de um monumento apresenta-se a um primeiro olhar, pelo seu aspecto inatual”, ou seja, “tal aspecto não é devido tanto ao estilo fora de moda [...]”, mas “[...] ao círculo restrito dos historiadores de arte qualificados, ao passo que o valor de antiguidade tema pretensão de influenciar grandes massas.” Quanto ao Valor Histórico, Riegl (2014, p. 55) cita que: “O valor histórico de um monumento se resulta, para nós, o fato de ele representar um estágio evolutivo individual de um domínio qualquer da atividade humana.” no entanto, o Valor Volível de Memória ou de Comemoração, indaga que “essa terceira classe de valores de memória apresenta assim uma ligação evidente com os valores de atualidade.” 
São essas definições que separam, de maneira clara, a dinâmica dos valores dados a cada peculiaridade que incorpora a importância, ou, o desdém no que compete valor histórico. 
No Brasil, segundo Braga (2003, p. 14) o pensamento voltado para a preservação do patrimônio é parcialmente novo, pois durante muitos anos a conservação dos bens arquitetônicos e cultural estiveram ausentes. Somente com a criação do IPHAN, se deu início às ações de preservação e restauro do patrimônio, que até o momento não havia uma legislação adequada, nem equipe competente ao papel. Foi através da elaboração de um plano considerando as distintas manifestações da cultura brasileira: arte erudita, nacional e estrangeira, arte arqueológica, arte histórica, arte ameríndia. Atendo-se assim, a um interesse maior que difunde a conservação do patrimônio no país. Porém, muito da história do Brasil se perdeu com o passar dos anos, incluindo a história de seus personagens, humanos ou materiais.
Alguns causadores da degradação de bens históricos no Brasil, assim como em outros lugares do mundo, provêm de patologias derivadas de fatores diversos, sendo esses: o homem, através do ato de vandalismo, problemas ambientais diversos e a falta de manutenção do bem. 
A importância do monumento recorda com bastante expressão a um universo cultural. Esse, por sua vez, ate-se sob múltiplas formas, o que faz perceber em vários lugares do mundo, seja uma sociedade com escrita ou não. Sua definição não cabe inscrições, e ainda assim, estimulam pensamentos em funções diversas. 
Ater-se à esse pensamento, no que concerne os edifícios em estado de ruínas, segundo Choay (2006, p. 17): “o papel do monumento, entendido no seu sentido original, perdeu progressivamente a sua importância nas sociedades ocidentais e tendeu a apagar-se, ao passo que a própria palavra adquirida outros significados.” 
Baseado na observação do autor citado no parágrafo anterior, é inevitavelmente laborioso a aceitação dessa premissa. Porém há cidades no território brasileiro em que esse pensamento se ceifa, tal como Ouro Preto em Minas Gerais, tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, “considerado o maior conjunto Barroco do mundo. Uma cidade setecentista em pleno século XXI.” (RESENDE, 2015, ouropreto.org.br). 
Vide imagem a seguir: 
Figura 10: Igreja Matriz Nossa Sra. Da Conceição – Ouro Preto-MG	Comment by Luana: Diminuí a quantidade de imagens como pedira
Fonte: Foto por Ricardo Júnior Site guiadeviagensbrasil.com
4. CAPÍTULO III - Prática do Retrofit 
Segundo Barrientos (2004), o termo retrofit provém da junção dos termos “retro” advindo do latim, que tem como significado movimentar-se para trás. E “fit”, do inglês, que significa ajuste, adaptação.
Final dos anos 90 na Europa e Estados Unidos deu-se início à prática do retrofit, proveniente da necessidade de manter a arquitetura antiga das cidades viva sem substituir o acervo arquitetônico. Com isso, deu aos profissionais envolvidos mais um campo de trabalho a ser desenvolvido. 
Vale (2006, p. 10) cita a classificação adotada pela maioria dos pesquisadores de acordo com os trabalhos a serem desenvolvidos dentro do Retrofit:
 
Retrofit Rápido: Engloba serviços de recuperação de instalações e revestimentos internos; 
Retrofit Médio: Além dos serviços de intervenção rápida, nesta categoria também entram as intervenções em fachadas e mudanças nos sistemas de instalações da edificação; 
Retrofit Profundo: Nesta categoria, além das atividades anteriores, estão as intervenções em que há mudanças de layout que engloba, desde a compartimentação até a própria estrutura dos telhados; (VALE, 2006, p. 10).
Observa-se com frequência que o termo retrofit é utilizado como parâmetro para intervenções urbanas, tanto no âmbito nacional como internacional, principalmente quando aborda questões voltadas para revitalização no que concerne construção. É como introduzir o antigo na “boa forma”, ou seja, renovar, atualizar, preservar aspectos do bem retrofitado. Contudo, não se trata de reconstruir, pois assim abraçaria a ideia de destruição, cabe apenas o conceito de renascimento daquele Bem, que tange, segundo Vale (2006, p. 127),
a um “conjunto de ações realizadas para o beneficiamento e a recuperação de um bem, objetivando a melhoria do seu desempenho, com qualidade ou a um custo operacional viável da utilização da benfeitoria no espaço urbano.”
Essa prática é bastante comum na Europa e Estados Unidos, tem o intuito de prolongar a vida útil daquele bem introduzindo avançadas tecnologias de materiais e sistemas prediais, ao mesmo tempo, conciliar com as peculiaridades e restrições urbanas locais que propiciam a preservação do patrimônio histórico, sobretudo o arquitetônico. Essa aplicação vai muito além de uma simples reforma, o conceito está diretamente ligado ao passado e sua preservação, à memória do bem arquitetônico. 
A classificação do retrofit pode se basear em quatro tipos, segundo Vale (2006), são eles: 
Retrofit Rápido: Engloba serviços de recuperação de instalações e revestimentos internos; 
Retrofit Médio: Além dos serviços de intervenção rápida, nesta categoria também entram as intervenções em fachadas e mudanças nos sistemas de instalações da edificação;
Retrofit Profundo: Nesta categoria, além das atividades anteriores, estão as intervenções em que há mudanças de layout que engloba, desde a compartimentação até a própria estrutura dos telhados; 
Retrofit Excepcional: Esse tipo de intervenção ocorre, principalmente, em edificações históricas ou localizadas em áreas protegidas. (VALE, 2006, p. 151).
4.1 No Brasil
No Brasil, quando o assunto é o retrofit, observa-se que o mercado é bastante promissor, visto que a procura pela utilização desse método pode ser bastante sondada no ramo comercial, pois “As empresas, geralmente, têm maior capital para investir nessa área, aliada a uma busca constante da minimização de gastos.” (VALE, 2006, p. 135). 
No entanto, há duas situações relevantes no Brasil quando o assunto é o uso da técnica do retrofit, uma delas se baseia na economia, pois a recuperação de um Bem, em muitos casos, é considerada de custo reduzido se comparar com investimentos em nova construção; a outra situação abraça a ideia de tornar àquele bem em algo rentável economicamente falando, ou seja, fazer o reuso do edifício para fins de entretenimento, por exemplo. 
Esse processo no Brasil se deu com “a ampliação da preocupação com a defesa de áreas tombadas, aliada ao desenvolvimento das cidades, cria-se uma grande demanda para este tipo de solução.” (VALE, 2006, p. 128). 
Alguns exemplos citados por Moura, denota a relevância do uso do retrofit no país, quando afirma que:
De início, o retrofit no Brasil esteve restrito a projetos institucionais que beneficiaram edifícios tombados pelo Patrimônio. Nessa área o País já conta com excelentes exemplos, como o Aeroporto Santos Dumont, o Centro Cultural Telemar (antigo Museu do Telefone), o Hotel Copacabana Palace, no Rio; o conjunto Feliz Luzitânia e a Estação das Docas, em Belém; o shopping Paço Alfândega, no Recife; a Sala São Paulo, Teatro Abril, Itaú Cultural, Hotel Jaraguá, campus das faculdades do Senac (antiga fábrica de eletrodomésticos), o Centro Cultural Banco do Brasil, o novo prédio do Tribunal de Justiça, ocupando o antigo Hotel Hilton da avenida Ipiranga, em São Paulo; e o Santander Cultural de Porto Alegre e de Curitiba, entre muitos outros. (MOURA, 2008)
Vale cita que o Brasil se diverge de outros países europeus quando indaga que: 
[...] por ser um país relativamente jovem, com isso seu parqueedificado começou a envelhecer recentemente. Situação esta, bem diferente
da maioria daqueles países europeus cuja deteriorização do parque habitacional, em função da elevada idade, levou ao desenvolvimento de metodologias e procedimentos técnicos, visando promover a reabilitação daquelas construções que, ao longo de sua vida útil, foram perdendo sua funcionalidade e se deteriorando. (VALE, 2006, p. 134).
No caso em que a edificação é tombada, à primor disso, apenas uma restauração caberá à situação, não mais o retrofit ou renovação do prédio, pois, segundo Esteves e Lomardo (2016, p. 5) “a restauração consiste em manter a forma física original da edificação e muitas vezes um retrofit requer a instalação de novos dispositivos ou substituição de elementos e materiais.” Porém, é possível testar materiais novos e aplicar técnicas que contemplem menor impacto no processo como um todo, sobretudo, favorecer a edificação tombada sem descaracteriza-la. Barrientos corrobora com a seguinte definição: 
Um processo de retrofit adequado envolve um estudo complexo de todos os elementos constituintes do processo, exigindo rigor e minúcia na sua execução, utilizando técnicas e procedimentos muito diferentes dos convencionais. Portanto, conhecer o estágio de degradação de uma construção é imprescindível para sua reabilitação. Em primeiro lugar, dever-se-á implantar um sistema de dados confiável, em que se possa registrar as características do edifício. Nesse contexto, escolhe-se as ferramentas de apoio ao processo de reabilitação, sejam elas computacionais, ou apenas metodológicas. Estes procedimentos serão instrumentos preciosos à informação e a escolha da capacitação técnica dos profissionais envolvidos nos processos de reabilitação. (BARRIENTOS, 2004, p. 10).
Os tipos de retrofit adotados podem estar em diversos pontos da construção, assim como nas instalações dos sistemas de informática, segurança e telefonia, sistemas de iluminação “na parte estética da reforma, algumas empresas têm instalado um forro de gesso para esconder as instalações de ar condicionado, juntamente com os fios da iluminação.” (2016, Web: 44arquitetura.com.br). Abrange também reformas em portarias, elevadores, hall, fazendo com que valorize a edificação e aprimore suas instalações. Além da modernização de fachadas, que variam entre modificações parciais e radicais. No entanto, para alterar a fachada do bem, é necessário a autorização legal dos órgãos responsáveis da cidade em que ele está locado. 
Vale salientar que, o imóvel submetido ao retrofit, o qual racionaliza seu layout, não cabe apenas fazer uma significante intervenção no edifício, mas definir com precisão a maneira como ele vai operar ao ser entregue, pois, a ideia é diminuir consideravelmente os custos condominiais e aumentar sua eficiência. Dessa maneira, será possível competir com as novas construções, já que a partir de uma intervenção, o mesmo levará conforto, funcionalidade e economia, podendo então, solicitar também, o selo de sustentabilidade. 
4.2 Intervenções
O diagnóstico que antecede a intervenção de uma obra é essencial, com ele, é possível dar início à confecção de um novo desenho para a edificação em questão. Pois, segundo Barrientos (2004) “Toda alteração de um estado existente provoca reações em cadeia, por isso a coordenação das
atividades pode levar a otimização em termos de tempo e qualidade dos serviços a serem executados.” 
Contudo, algumas premissas devem ser levadas em consideração, como por exemplo, a implantação de sistemas atuais, o que fará sofrer algumas alterações nas instalações, tais como: sistema de isolamento térmico, utilizando o drywall, como também poliestireno expandido, que pleiteia mudanças nas instalações elétricas, especialmente. 
No entanto, ao escolher o retrofit como base para a intervenção, é necessário estar atento à algumas peculiaridades na edificação, pois dependendo do grau de degradação do Bem, será necessário avaliar o custo final dessa intervenção. Para essa finalidade caberá duas opções; efetuar a troca ou a reparação das partes danificadas, sempre levando em consideração a ponderação de custos. Além de considerar se a recuperação destas é suficiente para mantê-las no edifício, “se o modelo não é muito antigo e difícil de ser encontrado ou reproduzido, se a utilização de outros tipos de esquadrias podem descaracterizar a fachada, se a substituição somente das danificadas poderá causar descontentamento dos demais usuários.” (BARRIENTOS, 2004). 
4.2.1 Casos da intervenção
Inicialmente, algumas conjecturas devem ser avaliadas apenas por um profissional, em outrem, pelo profissional e o proprietário para agregar um resultado positivo, ou seja, satisfatório para ambos. Porém quando ocorre de o imóvel pertencer a mais de um proprietário, a evolução quanto a intervenção e uso do retrofit pode ser prolongada e desgastante, caso discordem entre si.
No caso em que a edificação se encontra desocupada, todo procedimento que circunda o processo de intervenção fica mais fácil, pois, de acordo com Barrientos (2004) “o quesito relação com usuários passa a ser descartado e os operários têm liberdades de programar as atividades de modo a acelerar os serviços.” Atrelado a isso, sabe-se que há situações as quais toda a evolução do trabalho está ligada a desocupação do imóvel. 
Em geral, o que ocorre é a realização das intervenções sem que os usuários sejam transferidos ou removidos. Esse procedimento é adotado por ser o mais barato, e relativamente mais fácil, mas está aliado a vários incômodos para os usuários e para os operários que passam a programar suas atividades de acordo com os hábitos dos ocupantes. Podemos ressaltar alguns inconvenientes, principalmente quando necessárias intervenções em instalações que deixam o prédio por várias horas sem poder utilizá-las, ou, até mesmo, a questão de horários para começar e terminar o serviço. Neste tipo de solução ainda estão embutidos os problemas de roubo, já que passa a existir uma quantidade grande de pessoas circulando pela edificação, tendo acesso a chaves. (BARRIENTOS, 2004).
No entanto, a razão que envolve as questões financeiras, não devem ser consideradas como foco principal para decisões que envolvem a reabilitação da edificação, mas outros parâmetros mais importantes como por exemplo, “a preservação da história de uma cidade ou nação, através de seu patrimônio arquitetônico.” (VALE, 2006, p. 133).
4.3 Outros países
Em alguns países europeus, tais como Dinamarca, Finlândia, Áustria, Bélgica, Itália, Noruega, França, entre outros, as intervenções em edifícios históricos ultrapassam as novas construções, pois esses países compreendem que colocar um prédio abaixo com intuito de construir outro, sairia muito mais oneroso do que reabilitar um antigo. 
Portanto, no novo contexto econômico mundial, a redução de custos é a palavra de ordem em tempos de economia desacelerada. Medidas drásticas acontecem em todas as áreas e, assim, grande parte dos investimentos acaba sendo postergada. No setor da construção civil não podia ser diferente. Logo, frente às perspectivas que começam a ser traçadas para a área de retrofit arquitetônico, podemos perceber um mercado bastante promissor a investimentos futuros. (VALE, 2006, p.135).
A rígida legislação de alguns países europeus e os Estados Unidos adotaram o retrofit como solução, posto que estes não consentiram a substituição do rico acervo arquitetônico. Essa atitude permitiu que o patrimônio histórico fosse preservado, e ao mesmo tempo, atribuído função adequada a ele.
Contudo, é perceptível nos dias atuais que há uma disposição maior pela busca da face moderna do antigo, aderindo a fachadas ousadas e inovação no que concerne aparato tecnológicos, além de novos usos para seus espaços. 
Baseado nesse contexto, Vale (2006, p. 140) corrobora que “máquinas demolidoras dão lugar a guindastes que içam placas de alumínio e vidros temperados.” Ou seja, “em vez da destruição, o renascimento.” Esse método recupera prédios que estão em ruínas, recuperame conservam a parte estrutural e original da edificação. 
4.4 Vantagens e Desvantagens
Utilizar o retrofit como opção para renovação e valorização do imóvel, faz com que as edificações ganhem mais importância, melhorem o desempenho e ajudem na concepção de uma nova utilização. Além de dar aos usuários do edifício retrofitado, maior comodidade e economia quanto a operação da edificação. Isso faz com que a técnica do retrofit ganhe cada vez maior visão no âmbito profissional e acadêmico. 
Embora em algumas cidades haja a opção de demolição do antigo para dar espaço ao novo, observa-se que essa ideia além de retrógrada, a atitude sairia desvantajosa no que tange economia. Vale (2006), reforça essa tese quando diz:
 
Aliás, em alguns casos, nem a demolição é tão fácil, principalmente no que tange as áreas de edifícios tombados, dependendo da legislação da cidade. Desta forma, os investimentos em retrofit teriam a vantagem das proporções dos edifícios antigos, com coeficiente de aproveitamento maior do que o da legislação atual. Ou seja, se demolir não vai poder reconstruir com o mesmo coeficiente, então porque não requalificar. (VALE, 2006, p. 148). 
A complexidade de recuperação do imóvel, que varia de edifício para edifício, pode estar na estrutura e na fundação do prédio, porém se estiverem em boas condições, a economia é demasiadamente positiva, caso contrário, a recuperação do bem pode ser definida como prejuízo. Ainda assim, os aspectos físicos da edificação é o menor dos problemas se comparar com a legalização do imóvel, a burocracia que circunda todo processo que tange a recuperação deste é complexa e cheia de obstáculos, pois, segundo Vale (2006, p. 149) “a ausência de uma legislação específica. A rigidez dos atuais códigos de obras não corresponde aos critérios de construção empregados em tais prédios, baseados na legislação da época em que foram construídos.”
Logo, é possível concluir que a logística que envolve o mercado do retrofit arquitetônico, precisa receber mais visibilidade, visto que vale considerar que esse processo dá mais uma opção de oportunidades de negócios distintos nos âmbitos residencial, comercial e institucional. Obstante disso, seu uso ainda causa muita discussão, pois, cabe aos envolvidos conscientizarem grupos interessados pelo assunto a passar informações sobre pontos técnicos, legais e financeiros e suas vantagens. 
4.4.1 Limitações 
Algumas observações a primor de situações quanto a manutenção da estética original do edifício, usualmente se baseia em casos de prédios tombados ou preservados pelo patrimônio público. É necessário observar o entorno o qual a edificação está inserida, se a mesma está de acordo com a estética do meio, pois quando o retrofit é aplicado em fachadas, há-se limitações quanto a intervenção, que se resumem em, tal qual Barrientos (2004): 
Telhados: quando em bens tombados, o importante é tentar ser fiel ao projeto original, tanto no emprego dos materiais, quanto na estrutura em si. Quando o retrofit visa o conforto ambiental na busca por maior iluminação e claridade recomendam-se, desde que permitidos pelos órgãos competentes, o emprego de clarabóias.
Fachadas: as dimensões e disposições das aberturas são fatores limitantes uma vez que não podem ser alterados.
Pinturas: buscar uma coloração adequada ao entorno, enfim a utilizar de materiais locais tradicionais, com aspecto e cor próximos ao utilizado na época da construção, com respeito às formas. (BARRIENTOS, 2004).
O Fluxograma de Diagnóstico a seguir, segundo Barrientos (2004), remete “o objetivo de identificar os pontos-chave num processo de reabilitação e propor uma metodologia para o atual estágio em que se encontra o retrofit.” 
A seguir, Figura 13 do Fluxograma de um Diagnóstico:
Figura 14: Fluxograma de um Diagnóstico segundo Barrientos
Fonte: Retrofit de Construções: Metodologia de Avaliação
5. CAPÍTULO IV - Breve História do Bairro da Ribeira 	Comment by Luana: Mantive apenas a história do Bairro, retirando da Samaritana e colocando as informações na parte do estudo do entorno e do prédio.
5.1 Ribeira 
Com a Segunda Grande Guerra e a chegada repentina de muitos soldados e oficiais na cidade, a rotina do Bairro da Ribeira foi completamente modificada. Natal por sua vez, abrigou a maior base aérea norte-americana fora do seu território devido a sua localização geográfica precisa. Com isso, novos bares e bordeis, além do comércio fortemente implantados no bairro e investimentos financeiros fizeram a economia da cidade girar, fazendo com que a Ribeira atingisse o ápice econômico. 
Porém com o término da guerra e o retorno dos militares para seu país, iniciou-se uma quebra brusca e início de decadência do bairro também gerado pela proibição das importações, fazendo com que o bairro passasse, a partir desses acontecimentos, por algumas perdas, tais como a transferência do terminal rodoviário para o bairro da Cidade da Esperança, o remanejamento do Carnaval, que antes acontecia na Tavares de Lima e passou a acontecer na Avenida Deodoro da Fonseca, no bairro de Cidade Alta, assim como a substituição do transporte marítimo pelo aéreo, paulatinamente. 
Outro fator relevante foi a evacuação de moradores do bairro da Ribeira a partir do crescimento e desenvolvimento da cidade, ou seja, bairros e conjuntos habitacionais passavam a receber essa demanda de pessoas. Além da expansão de novos Centros Comerciais na cidade, fazendo com que acontecesse o declínio do Bairro. 
Com todas as nuances que ocorreram no Bairro, observa-se que nos dias atuais o comércio está cada dia mais debilitado, assim como remete (COSTA, 2006, p. 98) “A utilização de forma predatória dos edifícios e espaços urbanos foi progressivamente arruinando todo um conjunto arquitetônico significativo de nossa história.” 
6. CAPÍTULO V – ESTUDOS DE REFERÊNCIAS
6.1 INDIRETA	Comment by Luana: Corrigido conforme pediu.
6.1.1 INTERNACIONAL
· Lx Factory localizado em Lisboa – Portugal
Figura 19: Complexo Fabril Fx Factory – Lisboa/Portugal
Fonte: Joana Balaguer, 2016. 
Lx Factory é um espaço voltado para cultura, literatura, arte, arquitetura, moda e designer. Está localizado sob a ponte 24 de abril na Rua Rodrigues Faria, 103 no bairro Alcantara. Conhecido por ser um bairro antigo e atualmente muito procurado por turistas, artistas e moradores locais devido a essa iniciativa. 
No entanto, a Lx Factory foi anterior a intervenção, um antigo complexo fabril, conhecido como Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, construído no século XIX, foi um local por anos subsequentes ocupados pela Companhia Industrial de Portugal e Colônias. Uma fração da cidade que por décadas se manteve obsoleta, sem uso, deu lugar a uma ilha criativa que interage com profissionais e empresas dispostos a levar aos frequentadores um local para arte e cultura. (2018, lxfactory.com). 
A imagem a seguir mostra o complexo industrial histórico meados de 1903. 
Figura 20: Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense
Fonte: Site bocasfoleiras.blogs.sapo.pt, 2014
Sua transformação se deu meados de 2005, quando o complexo industrial histórico foi abraçado pela agência Mainside que aproveitou a atmosfera industrial para dar aos interessados pelos espaços, alugueis com baixo custo e com isso incentivar a entrada de empresários, dando início ao Fx Factory. Segundo o site lisbonlux.com, mostra que:	Comment by Luana: Não encontrei no site o autor. Como devo proceder?
“Manteve os espaços industriais e convidou empresas do ramo das artes, que mais tarde trouxeram lojas, cafés e restaurantes. Hoje encontra-se um pouco de tudo, desde moda a livros, móveis vintage e design contemporâneo, e para refeições há pizza, sushi e hambúrgueres, além da cozinha mais criativa. Os interiores mantêm muitas das peças antigas, enquanto grande parte dos exteriores estão cobertos de arte urbana.” (lisbonlux.com, 2018).
As imagens a seguir são do espaço Fx Factory transformado após a intervenção, observa-se que se trata de umadecoração curiosa que mistura o antigo e o novo, desde os detalhes no interior de cada prédio às fachadas. Alguns adotam o vintage, outros o rústico, e a mistura dá um resultado bastante atraente aos olhos de quem o frequenta. 
Figura 21: Entrada do Lx Factory
Fonte: Site lisbonlux.com, 2018
Figura 22: Livraria e Cafeteria da Lx Factory
Fonte: Autor Desconheci
Fonte: Site lisbonlux.com, 2018
Figura 23: Rua do Fx Factory
Fonte: Site lisbonlux.com, 2018 
Figura 24: Rua do Fx Factory
Fonte: Site lisbonlux.com, 2018
Figura 25: Feria ao ar livre do Fx Factory
Fonte: Site momondo.com.br, 2015
6.1.2 NACIONAL
· Usina Chaminé – localizada em Manaus/AM – Brasil
Construído em 1910 pela empresa Manaós Improviments, contratada pelo governo de 1906, sendo ela especializada em serviços de saneamento. A usina foi criada com o intuito de tratar o esgoto da cidade. 
A Usina foi tombada como Monumento Histórico do Amazonas em 1988, recebeu uma reforma em 1993 quando auferiu o nome de Centro de Artes Chaminé com intuito de abrigar a Pinacoteca do Estado e exposições de curto prazo.	
Em 2002 após passar por um novo restauro foi reaberto como parte do exercício do Programa de Preservação da Natureza da Memória Cultural e Histórica do Amazonas, nesse período, a usina já recebia o nome de Usina Chaminé. 
Figura 26: Usina Chaminé nos anos 80
Fonte: Site idd.org.br, 2017
“Com características neo-renascentistas, o prédio possui, ao lado direito, uma chaminé de 24 metros, construída com tijolos compactos refratários, coroada por um chapeló em ferro moldado. Por isso, ficou conhecido como Chaminé.” (cultura.am.gov.br).
Figura 27: Fachada da Usina Chaminé restaurada
Fonte: Carla Lima/Janderson Soares, 2018. 
Nos dias atuais, a Usina Chaminé também conhecida como Teatro Chaminé “oferece sua área interna, salas para exposições permanentes e temporárias, além do Espaço Criança com projeção de filmes, oficinas infantis e teatro de fantoche.  Em sua aérea externa uma arena para espetáculos.” (cultura.am.gov.br).
Figuras 28 e 29: Sala de Exposições da Usina Chaminé
Fonte: Carla Lima/Janderson Soares, 2018 
O objetivo principal do espaço é estimular a comunidade o despertar do interesse pela arte e cultura, envolvendo-a com as manifestações artísticas local dando a ideia de “confrontar o “novo” e o “tradicional” formando, assim, seu próprio conceito de arte.” (cultura.am.gov.br).	Comment by Luana: Mesmo problema anterior, não há no site o nome do autor do texto. 
Figuras 30 e 31: Salão de Exposição de Artes 
Fonte: Carla Lima/Janderson Soares, 2018 
Figura 32: Bonde Manaós Railway CO.51 no Jardim lateral
Fonte: Carla Lima/Janderson Soares, 2018 
6.1.3 REGIONAL
· Cine Teatro Pedro Amorim – Assu/RN – Brasil
O Cine Teatro Pedro Amorim foi construído em 1930 por um empresário considerado visionário na época, conhecido como Francisco Fernandes Martins. O mesmo ergueu vários edifícios que atualmente fazem parte do sítio histórico de Assu. Porém, a inauguração do Cine Teatro só aconteceu em 1935 devido a falta de atrações, contudo, só abriu portas em 1945 com a ajuda direta do então empresário Francisco Fernandes que teve a iniciativa de trazer filmes e algumas atrações no âmbito nacional para a cidade. Como cita Monteiro (2010): 
Assu tornou-se centro polarizador das manifestações artísticas da região. E a arte sempre foi um ponto forte na cidade. Já na década de 20, figuravam em Assu, alguns nomes da poesia, que alcançaram abrangência nacional. O já citado João Lins Caldas; Sinhazinha Wanderley, poeta e compositora – autora do hino oficial de Assu.” (Monteiro, 2010, Site tribunadonorte.com.br).
Figura 33: Fachada do Cine Teatro Pedro Amorim em ruínas
Fonte: Maria Betânia Monteiro, 2010.
O projeto de restauro foi assinado pelo engenheiro Germano Martins que manteve as características arquitetônicas da fachada, e o seu interior com um grande salão e um galpão próprio para eventos. Seu interior conta com 200 lugares, camarins, instalou sistemas de iluminação, sonorização e climatização.
Figura 34: Hall de Entrada do Cine Teatro Pedro Amorim
Fonte: Gonzaga Filho, 2014. 
Sua proposta atual se assemelha ao objetivo proposto quando foi criado, ou seja, um espaço voltado para exposição de filmes, apresentações culturais, além de palestras, cursos, oficinas e seminários. 
Figura 35: Salão de Apresentações do Cine Teatro Pedro Amorim
Fonte: Gonzaga Filho, 2014. 
Vale ressaltar que os benefícios da recuperação do Cine não são apenas dos moradores de Assu, mas de todas as cidades aos arredores que também podem contar com essa instalação para benefício próprio, tais como: Macau, Angicos, Carnaubás, Lages, Mossoró, entre outras. 
6.2 DIRETAS
6.2.1 Galeria de Arte B-612 – Natal/RN	Comment by Luana: PRIMEIRO REFERENCIAL DIRETO. O segundo será de Curitiba.
A Galeria de Arte B-612 está localizada na Rua Dr. Barata, 612, no bairro da Ribeira em Natal/RN. Deu início às suas atividades em 16 de dezembro de 2017, compõe uma área total de 990m², possui dois pavimentos, térreo e superior. Seu interior é composto por traços da arquitetura eclética, mistura o antigo com o contemporâneo, algumas esquadrias foram recuperadas com técnicas de restauro, e o antigo cofre que servia como peça importante quando o edifício abrigou o Caixa Rural, foi recuperado e reutilizado para expor obras de artistas regionais e nacionais. Dispõe de uma sala de leitura com acervo voltado para livros ligados à arte, local batizado como Jácio Torres, proprietário do primeiro sebo de Natal, o Sebo Catalivros.
O edifício foi inicialmente construído para comportar o Jornal A Ordem, em seguida deu espaço para um novo uso, sediando o Caixa Rural, cooperativa fundada em 1934. Em conseguinte, meados das décadas de 70 e 80, o prédio comportou a Livraria Clima. 
O proprietário da galeria, senhor Anchieta Miranda arrebatou o prédio em um leilão que ocorrera há 15 anos, porém, a ideia de transformá-lo em uma galeria surgiu recentemente, em 2016, onde deu início à reforma que deu origem a atual Galeria de Arte B-612. Em sequência, o prédio passou por reparos para adaptação da acessibilidade, inserindo duas plataformas que dão acesso aos portadores de necessidades especiais ao pavimento superior, banheiros adaptados e rampas. 
Segundo senhor Anchieta, em entrevista realizada dia 07 de maio de 2018 à autora deste projeto: “A Galeria de Arte B-612 ganhou esse nome em homenagem ao asteroide de mesma numeração onde vivia o Pequeno Príncipe, personagem criado pelo escritor Antonie de Saint-Exupéry.” 
Seu interior desfruta não somente de um acervo voltado para artes em telas, esculturas e livros, como também reuso de materiais como madeira, que recebeu nova funcionalidade como o caramanchão, esse que dá acesso a outro ambiente no interior da Galeria, sua madeira foi trazida de Recife para compor a decoração da Galeria. Assim como pedaços de bancos antigos de ferro que decoram a parede de um pequeno terraço no pavimento superior. 
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/ribeira-ganha-sua-grande-galeria-de-arte/400142
Figura 0: Entrada principal da Galeria de Arte B-612
Fonte: Acervo pessoa, 2018
Figura 0: Escada do Pavimento Superior da Galeria de Arte B-612
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
Figura 0: Sala de Leitura Jacio TorresFigura 0: Caramanchão Galeria de arteB-612
Fonte: Acervo pessoal, 2018
Fonte: Acervo pessoal, 2018
Figura 0: Sala de Exposição Figura 0: Terraço Galeria de Arte B-612
Fonte: Acervo pessoal, 2018
Fonte: Acervo pessoal, 2018
Segundo senhor Anchieta, existem outros projetos para ampliação no interior do edifício voltados para entretenimento, tal como um Café e um ateliê onde serão promovidas oficinas.
6.3 FORMAL	Comment by Luana: Até o momento, não encontrei algo q inspire minha ideiaaqui em Natal, mas em breve colocarei, talvez de Curitiba tbm. 
6.4 CONCLUSÃO ANALÍTICA DOS ESTUDOS REFERENCIAIS	Comment by Luana: Tópico novo.
O estudo referencial ostenta o uso do retrofit em vários componentes da arquitetura, seja em centros culturais, espaços comerciais, de entretenimento, lazer, entre outros. Essa prática vem ganhando destaque nos grandes centros urbanos do país e no mundo, onde geralmente não há mais espaços para novas construções, utiliza-se de técnicas que envolvem o retrofit para modernizar antigas construções e reutilizá-las para outros fins. São edifícios históricos localizados em áreas privilegiadas dispondo de toda infraestrutura urbana necessária como apoio, o que serve de incentivo para o investidor. 
Na antiga Fábrica Têxtil e atual FX Factory localizada em Lisboa/Portugal, o aproveitamento que abrange uma área total de 23000m² destaca-se a utilização do retrofit como forma de atrair frequentadores e consequentemente consumidores para os espaços, esses que se dividem em cafés, bibliotecas, escritórios, entre outros. Observa-se o uso de materiais atuais e tecnologia contemporânea para dar ao lugar nova funcionalidade e adequação aos ambientes. Destaca-se o uso de cores fortes, além do uso da madeira, vidro e aço. 
Contudo, no referencial formal,...	Comment by Luana: Será acrescentado ainda. 
7. METAPROJETO
7.1 ANÁLISE DO TERRENO
O edifício ‘A Samaritana” encontra-se localizado na Rua Dr. Barata, nº 232, no Bairro da Ribeira, próximo à Praça Augusto Severo. Ao Norte a Rua Travessa Argentina, ao Sul a Rua Taverna Aureliano, ao Leste a Rua D. Barata e ao Oeste a Rua Chile (ver figura...).
Figura 0: Planta de SituaçãoN
PLANTA DE SITUAÇÃO
Fonte: Mapa completo de Natal em AutoCAD
O terreno em estudo, destacado na figura... engloba uma área de 343,63m², onde está localizada a edificação que passará pela intervenção a qual abrange os conceitos de revitalização e reuso, conhecida como ‘A Samaritana’. 
Construída pelo proprietário natural de Recife, senhor Serquiz Elias meados de 1916 com o intuito de torna-lo um prédio comercial, que inicialmente abrigou a loja de confecções ‘A Samaritana’. Porém com o passar dos anos, o edifício foi utilizado para outras funções, tais como pensão destinada a pessoas de baixa renda, entrando em processo de declínio, tal como outros prédios do bairro. 
Sua arquitetura segue imponente, apesar de seu estado, detalha Costa na seguinte estrofe: 
Ergue-se imponente e majestosa a fachada frontal em estilo eclético, com abundantes detalhes trabalhados não só na platibanda como em todo corpo da fachada. Ademais as proeminências da platibanda, a sua parte central, são ligeiramente curvilíneas e elevadas, possuindo também adornos que evocam os pináculos de antigas igrejas. Erigido por volta de 1916, no andar superior há duas janelas nas extremidades, na fachada, e três janelas rasgadas, com as bandeirolas compondo um arco estilizado, desaguando num balcão ornamentado por balaústres. O balcão imprime ainda mais uma nobreza ao conjunto harmônico da obra. No pavimento térreo, as bandeiras das portas são separadas destas e fechadas com um gradil aparelhado. Na fachada posterior, existe também uma varanda que se desenrola em toda extensão do prédio. (COSTA, 2006, p. 140).
Figura 0: Edifício ‘A Samaritana’
Fonte: Gilmar Costa, 2006.
Figura 0: Fachada frontal - edifício A SamaritanaFigura 0: Detalhe da porta do edifício A Samaritana
Fonte: Acervo pessoa, 2018.
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
Figura 0: Detalhe das esquadrias – edifício A Samaritana
Fonte: Acervo pessoal, 2018.
Em meados dos anos oitenta, após o edifício permanecer fechado durante anos devido a um incêndio, foi alugado com intuito de transformá-lo em um café, sendo este denominado como ‘Café Frenezi’. Possuía palco e camarim destinados aos artistas que se apresentaram no Café. Sua reforma deu-se pela iniciativa do senhor Arruda Sales. Contudo, Gilmar Costa cita que: 
Nesta reforma, segundo investigação realizada por investigadores da Universidade, algumas medidas foram tomadas, tais como: substituição das portas de rolo por outras de madeira, mudança dos rebocos das paredes internas do térreo, colocação de tinta nos assoalhos do piso e a reposição das telhas do tipo capa canal, longas e artesanais (originais), substituídas por telhas de material de demolição. (COSTA, 2006, p. 140). 
Apesar do investimento feito no edifício, não durou muito tempo, concluindo suas atividades em 1993 devido a problemas voltados para infraestrutura e além da “falta de incrementos por parte dos órgãos públicos ligados a questões do Patrimônio Histórico e Cultural.” (COSTA, 2006, p. 141). 
Sobretudo, no que concerne a sua história, o edifício abrigou vários usos desde sua construção, por se tratar de um imóvel com ótima localização tanto para moradia como para empreendimentos voltados para comércio e lazer, a edificação possui riqueza de detalhes arquitetônicos, sendo esses propícios a serem preservados para futuras gerações. 
7.1.1 Estudo do entorno 
Pela localização geográfica em que o edifício se encontra, trata-se de uma área caracterizada como central, que por sua vez, serve de rota para outras regiões da cidade. Vale ressaltar que no Bairro da Ribeira estão localizadas vias de importante acesso da cidade, tais como: Avenida Duque de Caxias, Avenida Rio Branco e Avenida Deodoro da Fonseca. (ver figura...)
7.1.1.1 Classificação das vias onde se localiza a edificação em estudo	Comment by Luana: Vou inserir conteúdo. 
Tabela 1: Classificação das Vias Principais da localidade em estudo
Fonte: Código de Obras de Natal, 2004.
· Legenda: 
Figura 0: Mapa do bairro da Ribeira
Fonte: SEMURB, 1994.
A área de influência direta fica definida a partir de um raio de 200 e 500 metros a contar do centro do edifício. Parâmetro escolhido para apresentar o estudo que envolve a área em estudo para análise mais detalhada do uso e ocupação do solo, do sistema viário, condições das vias, densidade, entre outros aspectos.
Figura 0: Mapa do entorno com raio de 200 e 500m
Relação entre o uso do solo do entorno e o sistema viário
O uso predominante do entorno ainda é residencial uni familiar, principalmente ela presença de conjuntos habitacionais existentes na circunvizinhança. Estes usos se concentram nas vias locais. Já nas Vias principais que compõem o sistema viário, esta característica não é seguida. Ao longo de todos os corredores o uso de comércio e prestação de serviço é predominante. Apesar de apresentar uma multiplicidade de usos, a predominância residencial sempre foi uma de suas características quanto ao uso do solo. A incidência dos usos não-residenciais se dá apenas nas vias principais. O uso comercial predomina atualmente nas avenidas Duque de Caxias, Rio Branco e Deodoro da Fonseca. Nessas vias, a prestação de serviços também é muito evidente, mesmo após a mudança dos princípios da Legislação do Plano Diretor, que passou a incentivar a intensificação da ocupação de outras áreas mais centrais do bairro. O uso multifamiliar também é uma característica de Lagoa Nova, passando a se intensificar a medida que as áreas centrais de adensamentos mais intensos vão ficando rarefeitas. O que se verifica no levantamento quanto ao uso do solo, é que há grande incidência do uso não-residencial nos principais corredores de tráfego, enquanto o uso residencial se concentra nas quadras mais afastadas desses corredores, como no bairro das Rocas e em algumas ruelas de Cidade Alta.	Comment by Luana: Vou organizar ainda. 
7.1.2 Condicionantes Físicas
As condicionantes físicas foram analisadas com a ajuda do programa SOL-AR, versão 6.2, onde é possível obter a Carta Solar e o Estudo dos Ventos da região, tendo como latitude da cidade do Natal (-5.91º), ângulo de referência externa. Levando em consideração a predominância dos ventos que são de Leste e Sudeste, obtendo no verão maiorfrequência no Leste e no inverno maior frequência no Sul. 
A valia do estudo dos ventos estabelece fator primordial no tocante controle dos efeitos do clima, o que favorece maior aproveitamento e conforto no ambiente da edificação.
Figura 0: Rosa dos Ventos da predominância na região de Natal.
Fonte: Interface do programa SOL-AR versão 6.2
Figura 0: Frequência de ocorrência dos ventos	Comment by Luana: Irei contextualizar ainda.
Fonte: Interface do programa SOL-AR versão 6.2
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. 3.ed. Rio de Janeiro, 2011.
BARRIENTOS, Maria Izabel G.G. Retrofit de Construções: Metodologia de
Avaliação. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004.
BRAGA, Márcia. Conservação e Restauro: Arquitetura Brasileira. Rio de
Janeiro: Ed. Rio, 2003.
BRANDI, Cesari. Teoria da Restauração. Apresentação por Giovanni Carbonara e tradução por Beatriz Mugayar Kuhl. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002. Coleção Artes e Ofícios, n. 5. 261p. 
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O turismo e a produção do não lugar. In: YÁZIGI, Eduardo; CARLOS, Ana Fani Alessandri; CRUZ, Ritta de Cássia Ariza (Orgs.). Turismo: espaço, paisagem e cultura. São Paulo: Hucitec, 1996, p. 25-37.
CHOAY. Françoise. A alegoria do patrimônio. Tradução por Teresa Castro. Lisboa: Edições 70, LDA, 2006.
CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA MODERNA, 1933, Atenas. Carta de Atenas. Disponível em: portal.iphan.gov.br
CONSELHO INTERNACIONAL DE MONUMENTOS E SÍTIOS – ICOMOS. Austrália, 1980. Carta de Burra. Disponível em: portal.iphan.gov.br
GOMES, Ana Silva Schmidt. Retrofit de Fachadas de Edifícios à Luz da ABNT NBR 15.575. Universidade de São Paulo, 2015.
IPHAN. Manual de apresentação de projetos de preservação do patrimônio cultural. Brasília: Grupo Tarega/Iphan – Programa Monumental/ BID 2003, p. 1.
IPHAN/DEPAM. Orientação para usuários de bens tombados. Brasília: Iphan - Fiscalização / 2009. p. 2-13.
SILVA, F.F. As Cidades Brasileiras e o Patrimônio Cultural da Humanidade. São Paulo: Ed. Peirópolis, 2003, p. 17-122.
UFRN/FUNPEC. Plano de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais - PRAC. Natal: EDUFRN, 2008. p. 38-150. 
VALE, M.S.Diretrizes para Racionalização e Atualização das Edificações:
segundo o conceito da qualidade e sobre a ótica do Retrofit. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006.

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