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O Serviço Social nas décadas de 60 e 70

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3
O SERVIÇO SOCIAL NAS DÉCADAS DE 60 E 70.
A Renovação do Serviço Social na Época Militar
Erica Maiara Barbosa
Prof.ª Orientadora: Andréa Moraes
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Serviço Social (SES 0257) – Seminário Interdisciplinar II
07 / 10 / 2014 
 
RESUMO	Comment by Andeia Moraes: 
A presente pesquisa tem por objetivo contribuir para o esclarecimento do processo de renovação experimentado pelo Serviço Social no Brasil a partir dos anos 60, nesse período inicia-se uma crítica ao serviço social tradicional, quando se esboçam tentativas de vinculação da ação profissional aos processos e lutas por mudanças. Estudaremos a formação dos processos da fase ditatorial e as raízes culturais daquela época, refletir os problemas sofridos por acadêmicos e profissionais a partir das mudanças sociais e no Serviço Social no período que expõe o esforço de ruptura com o conservadorismo que tanto marca a emergência de institucionalização. A fase de reconceituação foi marcada por análises crítica ao serviço social tradicional e ao sistema vigente, onde são questionados a metodologia, os objetivos e os conteúdos para a formação profissional envolvendo impasses, crises, contestações e reelaborações em diferentes fases. A historia do serviço social esta ligada aos fatos históricos, políticos e culturais, não devendo ser entendido como uma cronologia de fatos, mas sim com o contexto geral da sociedade brasileira. 	Comment by Andeia Moraes: 
Palavras-chave: Serviço Social. Ditadura. Reconceituação. 
1 INTRODUÇÃO		Comment by Andeia Moraes: Onde estão os objetivos e a metodologia?Também falta um parágrafo explicando a estrutura do texto
Esta fragmentação textual apresenta uma rápida exposição da formulação da perspectiva modernizada, sua evolução, funcionamento, características e linguagens. O estudo levou-nos a escrever essa breve argumentação levando em consideração a temática, focalizando o tema num processo de renovação do Serviço Social no Brasil.
Algumas questões devem ser consideradas para situar corretamente a discussão sobre o processo de renovação do serviço social, o documento de Araxá e o de Teresópolis – possuem características e ênfases diferenciadas, mas podem perfeitamente ser tomadas como a consolidação modelar da tentativa de adequar as representações profissionais do Serviço Social às tendências sócio-políticas em que a ditadura tornou-se dominante.	Comment by Andeia Moraes: substituam por uma justificativa mais enxuta.
Não resta duvida, que o ponto em comum ressalva os aspectos a respeito da perspectiva modernizadora que encontra a sua formulação afirmada nos seminários de teorização do serviço social organizado pelo CBCISS em Araxá (março 1967) e Teresópolis (janeiro 1970) no sentido de inserir os profissionais num viés moderno de teorias e técnicas para novos instrumentos que possam responder as demandas da ordem do desenvolvimento capitalista.
Para compreender, estes dois tipos de encontro são necessários a análise de sua importância nos retrospectos históricos dos fatos que culminaram no movimento as práticas do agir profissional do Serviço Social no Brasil. O Serviço Social: um instrumento profissional de suporte a políticas de desenvolvimento, tem em mira uma contribuição positiva ao desenvolvimento, entendido este como um processo de planejamento integrado de mudança nos aspectos econômicos, tecnológicos, socioculturais e político-administrativos” .	Comment by Andeia Moraes: vocês não falam destes fatos
2 A Ditadura e o Serviço Social
A ditadura causou muitos problemas na conjuntura da sociedade, este não foi um período homogêneo, isso se refletiu nos altos índices que envolvem a questão social, tais como miséria, analfabetismo, desemprego, doenças, opressão por parte do estado e também o país passava por grandes dificuldades econômicas, devido a dívida externa. No período da ditadura militar, entre a década de 1960 até 1980, as politicas eram voltadas para o bem estar do próprio estado e não para o povo.
A sucessão de golpes, o desenvolvimento do capitalismo, a exclusão de populares das decisões politicas, a convergência destes, impediu o desenvolvimento social.
Após Goulart assumir o executivo, as classes populares articulam-se mobilizando trabalhadores urbanos, rurais e intelectuais.
Para Netto, o importante é explicar os processos e não seu conteúdo histórico, sendo assim a autocracia evoluiu, nos diferentes governos da época ditatorial.
A aceleração politica potencializou-se com o movimento estudantil que era privilégio de uma pequena parcela burguesa e o movimento operário sindical, traçando mudanças governamentais quanto na própria oposição.
Num primeiro estágio da ditadura esse regime mostrou que não tinha aptidão para articular-se politicamente, mesmo apresentando um plano político, estes esforços foram inúteis, sendo que após um tempo, os contrarrevolucionários e antiditatoriais rearticularam-se. Os trabalhadores não ganharam setores significativos, não havia empregos estáveis e havia queda de salários, com isso aumentava-se as divergências entre estado e trabalhadores. A burguesia urbana sofre desaceleração de crescimento e a partir daí, articulam-se o pacto contra- revolucionário. (Netto,2010)
2.1 Autocracia Burguesa
Inicia-se a partir a do Ato Institucional nº5 (AI-5), pois até então era uma ditadura reacionária, e que acreditava em alusões à democracia, porém toma características fascistas. As restrições da ditadura militar principalmente depois do Ato institucional nº5, trouxeram elementos importantes nos rumos tomados pelo serviço social em seu processo de renovação.
2.2 Reconceituação
Teoricamente o serviço social vem com sua base de um período conservador em que os profissionais compartilham sua prática, com a ascensão do capitalismo e as reflexões históricas que atravessou.
 A mobilização social e politica da sociedade e a mobilização interna dos assistentes sociais põem em relevo a crise da profissão em meados dos anos 60: sua desqualificação no mundo cientifico acadêmico, sua inadequação “metodológica” com a divisão em serviço social de caso, serviço social de grupo e desenvolvimento de comunidade é a ausência de uma teorização articulada.[...] (FALEIROS,2005,p.26). 
O serviço social passa a repensar sua prática profissional, assim em plena vigência da ditadura militar é que o serviço social vai passar por processo de renovação ampla que mudará sua base teórico-conceitual, representando uma tomada de consciência crítica e política dos assistentes sociais no Brasil e em toda a América Latina, sendo que no Brasil as condições politicas em que ele ocorreu trouxeram elementos muito diversos das traçadas em outros países.	Comment by Andeia Moraes: 
3 Seminário de Araxá
O Seminário de Araxá aconteceu em Araxá (MG) de 19 a 26 de março de 1967 e foi elaborado pelo CBCISS e teve a participação de 38 assistentes sociais de diversos estados brasileiros de cujas reflexões resultou o documento de Araxá, vem com o intuito de mudar os métodos tradicionais da profissão do serviço social, outra forma de olhar a profissão e destacando-se quanto á promoção humana. Com o objetivo de melhorar a teoria e a função. Os assistentes sociais estavam habituados a executar o que os outros profissionais elaboravam e este documento traz essa renovação onde o assistente social passa além de executar, também elaborar os trabalhos. Ele se apresenta como um texto orgânico, expressando sistematicamente o que emergiu de consensual entre seus formuladores.
Segundo Netto (2006, p.168) não há uma ruptura do serviço social tradicional ”[...]entendido aí como a ruptura com a exclusividade do tradicionalismo; realmente não há rompimento: há a captura do ‘tradicional’ sobre novas bases.” Mas sim um aproveitamento desse método que era utilizado sobre novo olhar, é uma transformação desse tradicionalismo.
4 O Seminário de Teresópolis
Ocorreu em janeiro de 1970 no Rio de Janeiro, houve a participação de 33 profissionais de serviço social, nodocumento de Teresópolis, um destaque relevante e que a perspequitiva modernizadora se afirma, não apenas na concepção profissional geral, mas, sobretudo com pauta interventiva.	Comment by Andeia Moraes: 
O documento de Teresópolis amadureceu a prática do serviço social, adequando-o á modernização e às políticas institucionais do Sistema capitalista, neste seminário o tradicionalismo dá espaço para o moderno. Tem como estudo a metodologia do serviço social com o intuito modernizador da profissão. Tem como meta reformular a metodologia do serviço social como profissão, deixando o assistencialismo de lado, com um olhar para a promoção e prevenção do ser humano.
O documento de Teresópolis foi formado pelo relatório de dois grupos que tem como temas: “ Concepção Científica da Prática de Serviço Social” e “ Aplicação da metodologia do Serviço Social’, mas apesar das diferenças os dois grupos possuem uma característica única: a concepção cientifica da prática do serviço social, assumindo seu papel na intervenção sobre os problemas sociais. Essa concepção é adquirida através de dados e constatações básicas da vida social.
5 Seminário de Sumaré e XXX
 O Seminário de Sumaré realizou-se entre 20 e 24 de novembro de 1978, este encontro debate sobre o deslocamento da perspectiva modernizadora onde passa a pleitear outras vertentes.
 Como resultado dos seminários de Sumaré e Alto da Boa Vista, transita a renovação profissional que desprendeu possibilidades para ocorrer outras perspectivas no processo de renovação, a ritualização do conservadorismo. No encontro de Sumaré foram apresentados e discutidos o documento de base sobre cientificidade do serviço social, abordagem de interpretação fenomenológica, do estudo científico do serviço social, reflexão sobre o processo histórico cientifico do serviço social, construção do objeto de estudo do serviço social e as considerações sobre o pensamento dialético em nossos dias.	Comment by Andeia Moraes: 
Discutam as contribuições destes seminários	Comment by Andeia Moraes: 
6 A Intenção de Ruptura
 A perspectiva que surge a partir da crise do final da ditadura chamada de Intenção de ruptura, no inicio dos anos 70 surge no cenário político social, no quadro de estrutura universitário brasileira. Tendo por cenário mais abrangente, a Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais, onde permanece como inteiramente marginal até o fim da década de 70, só no final de setenta para o início dos anos oitenta, é que o processo ganha repercussão para além dos muros da academia e começa a debater a categoria profissional.
[...] O projeto de ruptura evidenciou-se e explicitou-se primeiramente e especialmente como produto universitário sob o ciclo autocrático burguês. No espaço universitário tornou-se possível a interação intelectual entre assistentes sociais que podiam se dedicar à pesquisa sem as demandas imediatas da prática profissional submetida às exigências e controles institucional-organizacionais e especialistas e investigadoras de outras áreas; ali se tornaram possíveis experiências-piloto ( através da extensão, com campos de estágio supervisionados diretamente por profissionais orientados pelos novos referenciais) destinadas a verificar, e a apurar, os procedimentos interventivos propostos sob nova ótica. Neste espaço foi possível, vê-se, quebrar o isolamento intelectual do assistente social e viabilizar experiências de prática autogeridas. (NETTO, 2010).
 
 A proposta da perspectiva da intenção de ruptura é romper com as práticas tradicionais do serviço social, vinculados aos interesses das classes dominantes, discutindo a relação entre o serviço social e a sociedade capitalista. Sendo assim o avanço da perspectiva é visível nas contribuições teóricas que revelaram e revelam o serviço social brasileiro e latino americano. Contudo a perspectiva da intenção de ruptura se manifestou no âmbito dos movimentos democráticos e das classes exploradas e subalternas do inicio dos anos 60, mas esse processo foi interrompido com o golpe de 64, vindo a emergir de 72 a 75 com a experiência do grupo da Escola de Serviço social da Universidade Católica de Minas gerais que desenvolveu o “ Método BH” durante a ditadura, sendo um trabalho de critica teórico pratica ao tradicionalismo.	Comment by Andeia Moraes: espaçamento 1,5
 A perspectiva possui um caráter de oposição em relação a autocracia burguesa, este, tanto a distinguiu como vertente do processo de renovação do serviço social no Brasil das outras correntes profissionais quanto respondeu pela referida trajetória, esta perspectiva mostrou-se funcional, e depende mais que as outras de um clima de liberdade e democracia para avançar no seu processo.
XX 	Comment by Andeia Moraes: Discutam as contribuições da ruptura para o Serviço Social, as mudanças efetuadas pela profissão no seu fazer profissional. São essas mudanças que dão o novo sentido à profissão – esse deve ser um ponto chave do trabalho e é um dos seus objetivos.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o serviço social passou por importantes transformações ao longo das décadas 60 e 70. Houve o movimento de reconceituação do serviço social onde ocorreram mudanças na forma objetiva e nos métodos de trabalhar dos assistentes sociais dando-lhes autonomia para elaboração de projetos, onde antes só executavam. Aconteceram os seminários de Teresópolis e Araxá em que assistentes sociais se reuniram para discutir e aperfeiçoar modo de como era realizado o serviço social.
O BH foi de fundamental importância para o serviço social com o intuito de ver melhoramentos na classe. O serviço social por muito tempo foi visto como uma profissão de suporte para outras e onde seu papel era de caridade e fazer boas obras em pró do outro, mas vai, além disso, mostrando os direitos das pessoas como cidadãos.Essas mudanças contribuíram para ...	Comment by Andeia Moraes: reveja a conclusão
BIBLIOGRAFIA
FALEIROS, Vicente de Paula. Reconceituação do serviço social no Brasil. In: Serviço social, a XXVI, n.84, São Paulo: Cortez, 2005.
NETTO, José Paulo. Ditadura e serviço social. Uma analise do serviço social no Brasil pós 64.8° ed. São Paulo: Cortez, 2005.
 SILVA, Maria Ozanira . O Serviço Social e o Popular: Resgate teórico metodológico do projeto profissional de ruptura, ed. São Paulo :Cortez, 2011.	Comment by Andeia Moraes: não vi nenhuma citação de Silva

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