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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Relatório: Altitude e Declividade Nome: Marcos Antônio Barros Lisboa - 470869 FORTALEZA 2021 2 1. Introdução A altitude é um conceito já definido ao longo da disciplina de Geoprocessamento, porém, ainda não havia sido trabalhado na disciplina a manipulação de dados que envolvessem a mesma. Dados de altitude pode ser encontrado em diversos repositórios e podem ser empregados das mais diversas formas como: estudo da ecologia, definição de capacidade de uso da terra, estudo dos cursos hídricos e muitos outros. O relatório em questão, abordara o conteúdo das aulas que ocorreram nos dias 11 e 18 de fevereiro de 2021. 2. Objetivos • Definir conceitos como: Declividade, altitude, modelo digital de elevação e modelo numérico do terreno. • Trabalhar com a APA da Serra de Baturité: Delimitar, medir área em diferentes unidades, elaborar mapa de declividade com classificação da Embrapa. 3. Desenvolvimento O foco das aulas foi desenvolver ainda mais o trabalho com manipulação de dados utilizando o software QGIS. Na ocasião o tipo de dado trabalhado foi o de altitude, obtido a partir do banco de dados disponibilizado pela USGS. A representação de dados de altitude em duas dimensões é feita a partir de curvas de nível e em três dimensões em arquivos gerados por softwares. O conceito de declividade, também chamada de gradiente, é de acordo com o INPE: “A inclinação da superfície do terreno em relação à horizontal, a relação entra a diferença de altura entre dois pontos e a distância horizontal entre esses pontos”. Os valores de declividade variam de 0º a 90º e normalmente são expressos em porcentagem. 3 Figura 1: Representação matemática do cálculo de declividade Fonte: https://www.bikemagazine.com.br E os conceitos abordados anteriormente são essenciais para a delimitação de bacias hidrográficas, entende-se por esse conceito localidades da superfície terrestre separadas por divisores de água e que funcionam como receptores naturais das águas da chuva. O ponto da bacia chamado de exutório também foi enfatizado durante a aula, que é onde a água conduzida pelos cursos hídricos converge na bacia. Os dados expressados de forma digital serão colocados não em linhas como é feito no método manual, mas, em números, seguindo um dos seguintes modelos: • Modelo Numérico do Terreno (MNT) – Representação matemática computacional da distribuição de um fenômeno espacial (relevo, geologia, dados batimétricos, geoquímicos e geofísicos) • Modelo Digital de Elevação (MDE) – MNT cujo fenômeno espacial representado é a altitude ou cota do terreno. É representado em um sistema tridimensional de coordenadas em que os eixos X e Y fornecem a localização do terreno e o eixo Z a altitude ou cota. 4. Material e Métodos https://www.bikemagazine.com.br/ 4 A prática desenvolvida consistiu em coletar dados digitais de elevação SRTM, tendo como repositório o USGS. Usando da plataforma interativa Earth Explorer, que pode ser visualizada na Figura 2. Figura 2: Earth Explorar da USGS Fonte: Autor E preenchendo os campos da plataforma corretamente é possível fazer o download dos dados do modelo digital de elevação do local escolhido, nesse caso o município de Canindé. Podemos observar nas Figuras 3, 4, 5 e 6 a seguir o processo para fazer download desses dados em 1-ARC Sec, onde cada pixel corresponde a 30m. 5 Figura 3: Primeira aba EarthExplorer Fonte: Autor Figura 4: Segunda aba EarthExplorer (Seta verde: Clicar para obter resultados) Fonte: Autor 6 Figura 5: Ultima Aba EarthExplorer (Seta vermelha: Botão de download) Fonte: Autor Figura 6: Janela de download, opção escolhida "GeoTIFF". Fonte: Autor E após a finalização do download, o arquivo é adicionado a um projeto no QGIS para visualização. A versão do QGIS utilizada no projeto é a 3.16. 7 E com isso é finalizado o conteúdo referente a aula do dia 11 de fevereiro de 2021. E para agregar ao relatório, o discente utilizou da ferramenta “Recortar raster pela camada de máscara” para recortar a cena obtida no EarthExplorer utilizando como base o shape do município de Canindé. Obtendo como resultado o observado na Figura 7. Figura 7: Mapa de altitude Canindé com cursos hídricos. Fonte: Autor 8 Na segunda aula, o Professor disponibilizou dados de altitude no formato dt2. As mesmas foram adicionadas ao QGIS e junto foi adicionado o shape do estado do Ceará. E as cenas fornecidas podem ser visualizadas na Figura 8, e na Figura 9 em sobreposição com o shape do estado do Ceará. Figura 8: Cenas disponibilizadas pelo Professor abertas no QGIS. Fonte: Autor Figura 9: Cenas fornecidas pelo Professor sobrepondo o shape do estado do Ceará. Fonte: Autor 9 Antes de dar continuidade, é interessante ressaltar é que possível utilizar da ferramenta “Identificador de feições” para observar a altitude de algum ponto especifico que se queira observar. Outra importante informação é que os recortes em branco apresentados na cena observada na Figura 10 são regiões sem dados, que podem gerar problemas em analises futuras. Figura 10: Ferramenta identificador de feições sendo utilizada para observar a altitude de um ponto na cena. Fonte: Autor E para resolver o problema dos dados que faltam, vamos utilizar a ferramenta Raster > Analises > Preencher sem dados. O algoritmo executado aqui vai preencher o dado faltante por interpolação. Iremos preencher a janela da ferramenta “Preencher sem dados” de acordo com a Figura 11. 10 Figura 11: Janela da ferramenta "Preencher sem dados". Fonte: Autor E com a transformação feita, podemos observar que os espaços antes vazios foram preenchidos por interpolação. Sendo assim, é possível seguir em frente e mesclar essas duas cenas para facilitar o tratamento das duas, utilizando “Mesclar” no caminho Raster > Miscelânea > Mesclar. A janela apresentada na Figura 12 será aberta e deve ser preenchida seguindo a mesma. E o resultado é visto na Figura 13, uma única camada contendo as duas cenas mescladas. 11 Figura 12: Janela da ferramenta de "Mesclar". Fonte: Autor Figura 13: Cenas mescladas em uma única camada. Fonte: Autor 12 Com as devidas correções realizadas, agora iremos destacar os pontos com altitude superior a 600m, que é a altitude necessária para estar contido na APA da Serra do Baturité. Para isso, é necessário utilizar a “Calculadora raster” no caminho Raster > Calculadora Raster. E inserir a equação: "Mesclado@1" >= 600 O “Mesclado@1” se refere a camada mesclada das duas cenas que foi gerada no passo anterior. E ao utilizar a Calculadora raster, não é possível gerar um arquivo temporário, então, é necessário definir o local e o nome do arquivo a ser gerado ao executar a equação. Figura 14: Calculadora raster devidamente preenchida para destacar os pontos com altitude maior que 600 metros. Fonte: Autor E o resultado pode ser observado na Figura 15, onde tudo que está em branco está acima de 600 metros de altitude e o que está em preto abaixo da mesma altitude. 13 Figura 15: Em branco pontos com mais de 600 metros de altitude, em preto, pontos abaixo disso. Fonte: Autor E agora para calcular a área da APA Baturité, é necessário converter o arquivo raster em shapefile, mudar as coordenadas de geográficas para projetadas e utilizar a calculadora de campo no produto final de todas essas transformações. A primeira transformação, de raster para shapefile, pode ser realizada seguindo o caminho Raster > Converter > Raster para vetor. A janela apresentada na Figura 16 irá abrir e devemos selecionar a camada raster a ser convertida. Nesse caso a camada é a “maiorque600m”. E o resultado obtidoé apresentado na Figura 17. 14 Figura 16: Janela de conversão Raster para vetor. Fonte: Autor Figura 17: Altitude maior que 600 metros convertido de raster para vetor. Fonte: Autor 15 Agora que o arquivo sendo trabalhado é vetorial, podemos selecionar a parte com qual iremos trabalhar e isola-la, e ao mesmo tempo o arquivo será passado de geográfico para projetado. A ferramenta de seleção foi utilizada para selecionar os pontos com altitude maior que 600 metros, contidos nos municípios que compõe a APA da Serra do Baturité: Aratuba, Baturité, Capistrano, Guaramiranga, Mulungu, Pacoti, Caridade e Redenção. (Semace, 2010) Depois de selecionar os pontos é necessário exportar o arquivo e fazer a transformação para projetado. Na aba de exportação, selecionar a opção “Exportar feições selecionadas como...” e preencher a janela de acordo com a Figura 18. Figura 18: Janela de exportação de feições selecionadas e APA da Serra do Baturité selecionada. Fonte: Autor A conversão de geográfico para projetado foi feita porque iremos calcular a área da APA. E o indicado é trabalhar em UTM para esses casos. Na tabela de atributos do novo shape gerado, iremos acionar a calculadora de campo e calcular a extensão territorial da APA em hectares e em quilômetros quadrados. De acordo com as Figuras 19, 20, 21 e 22. 16 Figura 19: Cálculo da área da APA em hectares na calculadora de campo. Fonte: Autor Figura 20: Cálculo da área da APA em quilômetros quadrados na calculadora de campo. Fonte: Autor 17 Figura 21: Somatório (sum) das áreas da APA em hectares no Group Stats. Resultado: 32138.6ha Fonte: Autor Figura 22: Somatório (sum) das áreas da APA em quilômetros quadrados no Group Stats. Resultado: 321,38km² Fonte: Autor 18 Foi utilizado o complemento Group Stats para realizar os somatórios apresentados nas Figuras 21 e 22. E os resultados obtidos são a área total em hectares da APA, que corresponde a 32138,6ha e a área total da APA em quilômetros quadrados, que equivale a 321,38km². Agora, iremos recortar somente a região da APA no arquivo mesclado que geramos anteriormente. Para isso, o primeiro passo é exportar o “Mesclado” que está em geográfico para UTM. E depois, é necessário converter o shape da APA para raster novamente e multiplica-la pelo Mesclado projetado. Para converter o vetor “APA_BAT1” para raster, deve-se seguir o caminho Raster > Converter > Vetor para Raster. A janela deve ser preenchida de acordo com a Figura 23 para que não ocorra erros. O resultado pode ser observado na Figura 24. Figura 23: Janela de conversão de vetor para raster devidamente preenchida. Fonte: Autor 19 Figura 24: Resultado da conversão de vetor em raster. Fonte: Autor E para realizar a equação, abrimos a calculadora raster e digitamos a seguinte equação: "APA_Raster@1" * "Mesclado_UTM@1". E preenchemos a Calculadora Raster de acordo com a Figura 25. Figura 25: Calculadora raster preenchida para multiplicar a "APA_Raster" por "Mesclado UTM". Fonte: Autor 20 E como resultado, observamos o mapa de altitude da APA da Serra do Baturité na Figura 26. Figura 26: Mapa de altitude da APA da Serra do Baturité. Fonte: Autor O objetivo agora é a partir do mapa de altitude produzir um mapa de declividade. Iremos utilizar a ferramenta “Declive” no caminho Raster > Analise > Declive e acessando a janela e preenchendo ela de acordo com a Figura 27. Nesse caso iremos marcar a opção “Declividade expressa em porcentagem” para classificar a declividade de acordo com a metodologia da Embrapa, Figura 28. Figura 27: Ferramenta "Declive" devidamente preenchida. Fonte: Autor 21 Figura 28: Classificação de declividade da Embrapa. Fonte: Embrapa E como resultado, obtemos o mapa de declividade da APA na Figura 29. Porém, ainda falta aplicar a metodologia da Embrapa e colorir as diferentes classes para diferir entre elas visualmente. Figura 29: Mapa de declividade da APA Fonte: Autor Para isso, iremos inserir a seguinte equação na calculadora de raster: 22 ( "Declive@1" <= 3 ) * 1 + ( ( "Declive@1" > 3 AND "Declive@1" <= 8 ) * 2 ) + ( ( "Declive@1" > 8 AND "Declive@1" <= 20 ) * 3 ) + ( ( "Declive@1" > 20 AND "Declive@1" <= 45 ) * 4 ) + ( ( "Declive@1" > 45 AND "Declive@1" <= 75 ) * 5 ) + ( ( "Declive@1" > 75 ) * 6 ) E ao executar essa equação e classificar os dados na simbologia, obtemos o resultado observado na Figura 30. Figura 30: Mapa de declividade de APA classificado de acordo com a metodologia da Embrapa, Fonte 1: Autor 5. Conclusão Os objetivos foram alcançados embora tenha sido observados alguns bugs em funções executadas. No mapa de declividade vale ressaltar que a maior declividade está nas bordaduras da APA, visto que são pontos de “subida da serra”. 6. Referencias LISBOA, Marcos Antônio Barros. Aula de geoprocessamento: USGS e dados de altitude 1. 11 de fevereiro de 2021. 2 p. Notas de Aula. 23 LISBOA, Marcos Antônio Barros. Aula de geoprocessamento: Tratando dados de altitude e classificação de declividade. 18 de fevereiro de 2021. 7 p. Notas de Aula.
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