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AO JUIZO DA XXX VARA CIVEL DE FAMÍLIA DE NITERÓI – RIO DE JANEIRO (5 linhas) KARLA REGINA GOMES DOS SANTOS ALVES, brasileira, viúva, aposentada, portadora da carteira de identidade n.20.276.839-6, expedido pelo DETRAN – RJ, inscrita no CPF sob o número 102.595.517-08, residente e domiciliada na rua Travessa Dr. Leitão n.30 Bloco D apto – Niterói – RJ, CEP: 24325-066, por intermédio de seu advogado subscrito, com endereço profissional à rua xxx e endereço eletrônico xxx, vem respeitosamente perante Vossa Excelência ajuizar ação AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO Wando de Souza Alves, brasileiro, divorciado, portador do CPF n° xxxxxxxx e do RG n° xxxxxxx, sem endereço eletrônico, São Gonçalo – Rio de Janeiro, por seu advogado que esta subscreve, vem, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 226, § 6° da Constituição federal propor AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO em face de xxxxxxxxxxx, brasileira, casada, com CPF n° xxxxxxxxxx e RG n° xxxxxxxxxxx, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada a Rua xxxxx, n° xx, bairro, CEP n° xxxxxxxx, cidade pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. 1 - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA Requer, com fulcro nos artigos 98 e 99 do CPC/2015, bem como no art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal/88, os benefícios da Justiça Gratuita por ser pobre na forma da lei, não podendo, portanto, arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família. 3 - DA PRELIMINAR DE NÃO INDEFERIMENTO Tendo em vista ser o assistido economicamente hipossuficiente, humilde e juridicamente vulnerável, não possui endereço eletrônico, bem como não sabe informar se a requerida possui, não obstante os termos do art. 319, II do CPC. Contudo, de acordo com o disposto §2º e 3º do art. 319 CPC, a ausência de tais informações não pode ensejar o indeferimento da inicial, já que a obtenção delas torna impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. Assim, é devido o recebimento da presente inicial em respeito ao art. 5°, XXXV da Lei Maior. 4 - DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO A autora tem interesse na realização de audiência de Mediação e Conciliação, como é previsto art. 334 e 308, § 3º do CPC. 5 - DOS FATOS O requerente constituiu casamento civil com a requerida em xx,xxx,xxxx, sob o regime de comunhão parcial de bens, como consta na cópia de Certidão de Casamento em anexo. Insta observar que, depois da Emenda Constitucional 66/2010, não mais é possível a interferência estatal na autonomia de vontade privada, principalmente no Direito de Família, proporcionando a dissolução do casamento pelo divórcio imediato, independentemente de culpa, motivação ou da prévia separação judicial. Nesse sentido, o requerido encontra-se separado de fato da requerida a 15 (quinze) anos. Contudo, durante esse tempo as partes permaneceram constando nos registros públicos como casados. Em virtude disso, o autor, querendo atualizar seu estado civil, vale dizer, constar nos registros públicos como divorciado, entrou em contato com a requerida para dar início ao processo de divórcio consensual. Contudo, esta lhe informou que não iria colaborar, o que obrigou o autor a optar pelo divórcio litigioso. Insta salientar que não há bens para serem partilhados, bem como os filhos do casal são maiores e possuidores de capacidade civil plena. 6 - DO DIREITO 6.1 - DO DIVÓRCIO Conforme ensinam os civilistas, o casamento é constituído pela sociedade conjugal e pelo vínculo conjugal. Com a separação judicial, ocorre o fim da sociedade conjugal, cessando os deveres de coabitação, fidelidade recíproca e o regime de bens. Contudo, a separação não acarreta o fim do vínculo matrimonial. Assim, pessoas separadas não poderiam se casar, embora a lei admitisse a possibilidade de terem união estável com terceiros (art. 1.723, § 1º, CC). Por outro lado, nada impedia que pessoas separadas, após reconciliação, voltassem a viver juntas, fazendo ressurgir a sociedade entre elas. Por sua vez, o divórcio é algo mais radical, pois significa a dissolução do vínculo matrimonial. Ademais, uma vez divorciados, ex-marido e ex-esposa somente podem reconstituir a sociedade conjugal e o vínculo após novo casamento. A Emenda Constitucional nº 66, datada de 13.07.2010, deu nova redação ao parágrafo 6º do artigo 226 da Constituição Federal de 1988. Disposição esta que trata sobre a dissolução do casamento civil. Com o novo texto, foi suprimido o requisito de separação judicial por mais de um ano, ou de separação de fato por mais de dois anos. Art. 226 do CF. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. Desta forma, o Código Civil também assevera: Art. 1.571 do CC. A sociedade conjugal termina: IV- pelo divórcio Ante o fato de o Requerente e a Requerida se encontrarem separados de fato desde agosto de 2005, mostra-se impossível a reconciliação, bem como a opção pela via consensual, na medida em que a demandada se mostra contrária a tal procedimento. Com isso, busca o judiciário a fim de que seja expedido o mandado de averbação. 7. - DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a) A concessão da gratuidade da justiça, haja vista ostentar condição de pobreza, na acepção jurídica do termo; b) Procedência do pedido do requerente, com a decretação do divórcio do casal, c) Requer, também, após trânsito em julgado da presente ação seja expedido mandado judicial para a averbação no respectivo Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais. d) Determinar a citação da ré para, querendo, contestar a ação no prazo legal, se assim entender conveniente, sob pena de revelia ou confissão ficta prevista no artigo 344 a 346, do CPC, em caso do não comparecimento, concedendo ao final, a procedência integral dos pedidos; e) A condenação da Requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de sucumbência, conforme art. 85, § 2º do Código de Processo Civil, CPC, sendo que estes deverão ser depositados no fundo de apoio e aparelhamento da defensoria pública do estado do Ceará-FAADEP (Conta Corrente: 0919. 006.71003-08, CNPJ- 05.220.055/0001-20, Caixa Econômica Federal) f) Que a autora possa voltar a utilizar o nome de solteira. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, em especial, prova documental, pericial e tantas quantas se façam necessárias para o deslinde da causa. Dá-se a causa o valor de R$ xxxxxx, para meros fins legais. Nestes termos, Pede deferimento.
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