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PROPEDÊUTICA PULMONAR VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C REVISANDO A ANATOMIA No eixo horizontal, utilizam-se como referência os espaços intercostais; cada espaço intercostal recebe a numeração do arco costal superior. Para ajudar na identificação dos arcos costais, utiliza-se como referência o ângulo de Louis, ou seja, a crista óssea localizada na transição entre o manúbrio e o esterno, onde está inserida a segunda costela, a partir da qual se pode iniciar a localização de cada espaço. As sete primeiras costelas estão articuladas com o esterno através das cartilagens costais; a oitava, a nona e a décima têm cartilagens articuladas com a imediatamente acima delas; a décima primeira e a décima segunda costelas não têm conexões anteriores e são chamadas de “flutuantes”. A localização completa-se com a referência na circunferência torácica. Para descrições nesse eixo, utilizam-se como parâmetro linhas verticais nomeadas segundo marcos anatômicos topográficos, são elas: Por meio da combinação dos eixos horizontais e verticais, é possível descrever de forma clara e precisa a localização de alterações presentes no tórax do paciente. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Na face anterior do tórax, tanto à direita quanto à esquerda, projetam-se predominantemente os lobos superiores dos pulmões, estando à direita, abaixo da quarta costela, o lobo médio. Na face posterior do tórax, encontram-se os lobos inferiores, exceto nos ápices pulmonares, que correspondem aos lobos superiores. A traqueia bifurca-se em brônquios fonte principais na altura do angulo esternal ou de Louis. EXAME FÍSICO 1.1 INSPEÇÃO ESTÁTICA ● Tegumento pele e suas alterações; pelos e distribuição; cicatrizes; fístulas; sistema venoso; abaulamentos e retrações. ● Biotipo (tipo físico) VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C ● Formato do tórax 1.2 INSPEÇÃO DINÂMICA ● Anormalidades na simetria torácica. ● Tipo respiratório Masculino (tóraco-abdominal) ou Feminino (torácico). ● Frequência respiratória número de incursões respiratórias por minuto. - Normal (eupneia): 16 a 20 irpm. - Taquipneia: acima de 20 irpm. - Bradpneia: abaixo de 16 irpm. - Apneia: ausência de respiração. - Dispneia: sinais de desconforto respiratório. ● Ritmo respiratório eupneia, ciclos constantes e expiração mais duradoura que a inspiração. ● Expansibilidade torácica. ● Retrações ou abaulamentos respiratórios. ● Uso de musculatura acessória formada pelos músculos intercostais, esternocleidomastóideos e escalenos. São indicativos do uso de tal musculatura: o batimento de asa de nariz e a retração de fossas supraclaviculares e espaços intercostais durante a inspiração. 2. PALPAÇÃO A palpação do tórax tem por finalidade avaliar: as paredes torácicas; a sensibilidade; a elasticidade; a expansibilidade; e as vibrações ou frêmitos. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C ● Identificação de alterações da parede torácica Condições das partes moles e do arcabouço ósseo; Enfisema subcutâneo (melhor observado nas fossas supraclaviculares e nos espaços intercostais, o qual consiste em crepitação característica por penetração de ar no tecido subcutâneo nos casos de pneumotórax hipertensivo ou entrada de ar após a passagem de drenos torácicos); Contraturas e atrofias musculares; Calos ósseos; Gânglios (verifica-se se existem linfonodos palpáveis na região periclavicular e na axilar). ● Sensibilidade O tórax normal não apresenta dor durante a palpação. Se o paciente referir pontos dolorosos, esse é um sinal de alerta que deve ser considerado. ● Elasticidade ● Expansibilidade ● Frêmitos VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 3. PERCUSSÃO A percussão é um método que consiste na aplicação de uma ação mecânica sobre os tecidos, levando à vibração destes em sua profundidade e obtendo sons e ruídos diversos. Cada tecido, conforme sua densidade, produz um som diferente à percussão, portanto esse método permite avaliar o estado físico dos órgãos, a presença de processos patológicos e seus limites. Na percussão normal, os pulmões apresentam um som claro pulmonar, comparado a percussão de um pão. Sons timpânicos ou maciços são indicativos de anormalidades. O som timpânico indica presença de quantidade anormal de gás na cavidade torácica (Pneumotórax). Já o som maciço indica aumento da densidade torácica (Derrame Pleural). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 4. AUSCULTA A ausculta é o método propedêutico mais útil para exploração do aparelho respiratório, por meio do qual se avalia a propagação sonora do fluxo aéreo pela árvore traqueobrônquica – dividido em sons respiratórios normais ou patológicos (ruídos adventícios) – e também a propagação sonora vocal pelas estruturas torácicas (broncofonia). Ausculta da Voz É a ausculta do frêmito toracovocal. Pede ao paciente para que fale “33”. Normal: som abafado e palavras não distintas. Consolidação: som AUMENTADO e/ou distinto. Obstrução brônquica e barreia: som DIMINUÍDO. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
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