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Formação do processo e petição inicial PDF

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Formação do Processo 
O processo nasce com a propositura da demanda. A partir 
daí o processo se desenvolve com a prática de novos atos 
processuais e com o surgimento de relações jurídicas 
processuais. 
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a 
petição inicial for protocolada, todavia, a propositura 
da ação só produz quanto ao réu os efeitos 
mencionados no art. 240 depois que for validamente 
citado. 
Com o protocolo da petição inicial já se tem o início do 
processo, a sua formação, e a partir desse momento já 
estará produzindo efeitos para o autor da ação, sendo 
assim, para este, o direito já é litigioso, agora, em relação 
ao réu, o processo só produzirá os efeitos a partir da 
citação válida, como previsto no art. 240 
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada 
por juízo incompetente, induz litispendência, torna 
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, 
ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei 
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). 
Esse artigo traz três efeitos para a citação válida: 
1 – Induz litispendência 
2 – Torna litigiosa a coisa 
3 – Constitui em mora o devedor 
Quando falamos em formação do processo, podemos 
falar que o nascimento da ação ocorre com o protocolo da 
petição inicial, e no caso de lugares onde tiver mais de 
uma vara, da sua distribuição. Então distribuída a PI já se 
tem situação de litispendência para o autor, para o réu, no 
entanto, apenas com a citação válida. 
Petição Inicial 
A PI não deve ser confundida com a demanda, que é, por 
sua vez, o conteúdo da petição inicial. A PI é a primeira 
petição a ser elaborada no processo, o que é feito pelo 
autor, devidamente assistido por seu advogado. 
A petição inicial é um ato processual solene, o que 
significa que a lei prevê alguns requisitos que ela deverá 
conter para que esse ato processual seja considerado 
válido. A petição inicial também deve vir assinada por 
advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados 
do Brasil, requisito esse que encontra exceção nos 
juizados especiais cíveis, em causas de até 20 salários 
mínimos e os juizados especiais federais ou da fazenda 
pública, respeitando o limite de alçada de 60 salários 
mínimos, onde não se fará necessário que a parte se faça 
representada por advogado. 
Requisitos da Petição Inicial: Os requisitos da 
petição inicial estão previstos nos arts. 319 e 320 do CPC. 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
A lei não fala em juiz pessoa física, mas sim o juízo que é 
formado tanto pelo juiz quanto pelos serventuários que 
compõe a secretaria da vara, sendo destes a competência 
de julgar a demanda, e não do juiz pessoa física, visto que 
podem haver situações como féria, aposentadoria, 
promoção do juiz, o que não impedirá o processo de 
correr naquele mesmo juízo inicial. 
Para saber a qual juízo a PI deve ser distribuída, devem ser 
analisadas as regras de competência, para que se chegue 
á essa conclusão. Importante lembrar que em relação á 
competência, temos a absoluta e a relativa: 
•Absoluta: Posta para um interesse público, e por isso é 
improrrogável, seja por critérios legais como a conexão ou 
a continência ou também por critérios voluntários como 
no caso de um contrato onde se prevê foro de eleição. 
Seus critérios são: em razão da matéria, pessoa e 
funcional. 
•Relativa: Pode ser prorrogado pelo fato do réu não ter 
alegado a incompetência relativa do juízo em preliminar 
de mérito contestação, ou por ele não ter se oposto por 
exemplo, a cláusula de foro de eleição de um contrato. É 
apenas garantia de interesse particular, por isso pode ser 
prorrogada. Seus critérios são: em razão do valor da causa 
e territorial. 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência 
de união estável, a profissão, o número de inscrição 
no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro 
Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o 
domicílio e a residência do autor e do réu; 
(...) 
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no 
inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer 
ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a 
despeito da falta de informações a que se refere o 
inciso II, for possível a citação do réu. 
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não 
atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a 
obtenção de tais informações tornar impossível ou 
excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
A correta qualificação das partes é essencial para evitar 
que se demande contra pessoa incerta, então a parte terá 
que trazer para o processo o nome e o prenome tanto do 
autor quanto do réu, o estado civil inclusive se existir 
união estável (importante para casos em que se tenha que 
incluir o cônjuge ou companheiro no processo, como nos 
casos de litisconsórcio necessário, outorga uxória), a 
profissão, que é importante sob diversos aspectos, como 
por exemplo nos casos de verificação da necessidade da 
AIJ, nº de CPF ou CNPJ para principalmente evitar que se 
litigue contra um homônimo, endereço eletrônico, visto 
que uma das possibilidades de citação é a citação 
eletrônica, domicílio e residência para que possa se 
tornar possível a prática dos atos de comunicação 
processuais. 
Essas exigências, contudo, não impedem de que se o autor 
não possuir todos esses dados no momento de formular a 
petição inicial ele seja impedido de propô-la. Como por 
exemplo no caso de uma ação possessória em que várias 
pessoas invadiram uma terra, porém não se tem a 
qualificação de todas. O §1º garante que para não violar 
o direito de acesso à justiça, a própria lei permite que se 
o autor não tiver condições de através diligência própria 
obter todos os dados necessários para a propositura da 
ação, que ele ingresse em juízo e solicite ao juiz que realize 
as diligências necessária para a obtenção de dados que ele 
não foi capaz de colher. 
O §2º prossegue garantindo o direito de acesso à justiça, 
se não for possível a obtenção de todas as informações 
acerca do réu, isso não poderá inviabilizar o direito de 
ação, visto que em certos casos nem as diligências feitas 
pelo próprio juiz são suficientes para suprir as 
informações faltantes. Isso, contudo, não pode inviabilizar 
a propositura da demanda. 
O §3º complementa a regra dizendo que o acesso à justiça 
não poderá ser mitigado diante da falta de informações 
acerca do réu, para que então, se for muito difícil ou muito 
oneroso para a parte obter essas informações por conta 
própria ela possa ingressar na justiça da mesma forma. 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
Esse requisito está se referindo a causa de pedir, os fatos 
são a causa de pedir remota e os fundamentos jurídicos 
são a causa de pedir próxima. 
Existem alguns doutrinadores que dividem a causa de 
pedir remota em causa de pedir remota passiva, que são 
os fatos que impulsionam o interesse de agir e causa de 
pedir remota ativa, que são os fatos constitutivos do 
direito. 
É importante se analisar a teoria da substanciação, ou da 
substancialização, que é a adotada pelo direito brasileiro 
quanto á causa de pedir, que se distingue da teoria da 
individuação ou individualização, que não é adotada no 
nosso ordenamento jurídico. 
Essa teoria diz que no momento em que o autor trouxer 
para os autos a causa de pedir, ele deverá se atentar para 
as circunstancias de fato, ou seja, ele deverá trazer para a 
sua petição inicial a correta descrição dos fatos jurídicos e 
as relações jurídicas daí decorrentes. Ele não precisa 
trazer contudo, a correta fundamentação legal, visto que 
a teoria da subtancialização adota o famoso brocardo 
“dai-me os fato e lhe darei o direito”, ou seja, o juiz 
conhece a lei e o que a parte deve trazer a juízo é a correta 
descrição das circunstancias de fato, agora, se afundamentação legal estiver incorreta, isso não alterará a 
causa de pedir, visto que o juiz conhece a lei, ao contrário 
da teoria da individuação, onde a fundamentação legal 
deverá estar corretamente descrita na petição inicial. 
IV - o pedido com as suas especificações; 
O pedido é considerado o núcleo da petição inicial, ele se 
divide em pedido imediato e pedido mediato. O pedido 
imediato é o provimento jurisdicional que se requer, esse 
provimento pode ter natureza condenatória, declaratória 
ou constitutivo, o pedido mediado é o bem da vida, ou 
seja, é o resultado prático que o autor pretende obter com 
a tutela jurisdicional a ser prestada. Regra geral o pedido 
deve ser expresso, embora tenhamos situações em que o 
pedido implícito é aceito. 
V - o valor da causa; 
Tal atribuição terá grande relevância para o processo, pois 
repercutirá sobre: 
a) A competência, pois o valor da causa é critério de 
fixação juízo. 
b) O procedimento, pois influi, por exemplo, sobre 
o âmbito de atuação do juizado especial cível. 
c) No cálculo das custas e do preparo, que podem 
ter por base o valor da causa. 
d) Nos recursos em execução fiscal, conforme a lei 
n.6.830/80. 
e) Na possibilidade de o inventário ser substituído 
por arrolamento sumário. 
O valor da causa poderá ser estimativo ou legal, conforme 
o art. 291, que fixa que a toda causa será dado um valor, 
ainda que ela não tenha um valor economicamente 
aferível de imediato, ou seja, toda causa tem um valor. 
O valor estimativo será dado quando a causa não tiver 
conteúdo econômico imediato, essa estimativa será feita 
pelo próprio advogado que irá redigir a petição inicial, e 
algo importante que a doutrina pontua é de que esse valor 
não poderá ser irrisório, tão baixo que possa causar 
prejuízos a parte contrária, ou a fixação de custas de 
preparo. O valor estimativo pode ser impugnado pelo réu 
por meio de preliminar de mérito na contestação. Temos 
como exemplo de causa com valor estimativo uma ação 
de investigação de paternidade, pois ela não tem um valor 
econômico de início, o seu único objetivo é que se declare 
a existência ou inexistência de uma relação jurídica de 
filiação entre autor e réu. 
Já o valor legal é aquele fixado em lei, se for observado o 
artigo 292 ele nos trará algumas hipóteses em que o valor 
da causa é determinado por lei. Como por exemplo em 
uma ação de cobrança de dívidas, que o valor deve ser a 
soma do valor principal + juros + correção monetária e 
possível multa, se existir, em uma ação de alimentos, onde 
o valor deverá ser o equivalente à 12 prestações, em uma 
ação com cumulação de pedidos, que o valor deverá ser a 
soma de todos os pedidos etc...Quando estivermos diante 
de um valor de causa legal, ele poderá ser impugnado pelo 
réu em preliminar de mérito e também pelo próprio juiz, 
de ofício. 
O valor da causa pode ser alterado também pelo juiz de 
ofício quando verificar que o autor deu a causa um valor 
que coloca em risco a escolha do procedimento ou regras 
de competência, então se o juiz verificar que o autor deu 
a causa um valor irrisório ou equivocado com o objetivo 
de alterar regras de competência ou o procedimento ele 
poderá alterá-lo de ofício. 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar 
a verdade dos fatos alegados; 
Quando o autor for requerer as provas com que irá 
demosntrar a verdade dos fatos alegados na petição 
inicial, ele poderá fazer isso de uma forma mais genérica, 
pois haverá um momento posteriormente para que 
ambas as partes especifiquem as provas que pretendem 
produzir, que é a chamada fase ordinatória ou fase de 
saneamento do processo. Nas providencias preliminares 
que são tomadas na fase saneatória o juiz irá abrir vistas 
para que tanto o autor quanto o réu especifiquem as 
provas que pretendem produzir, então não há 
necessidade de que o autor na petição inicial justifique a 
necessidade da produção de cada uma das provas, pois 
isso será feito em momento processual oportuno. 
VII - a opção do autor pela realização ou não de 
audiência de conciliação ou de mediação. 
No momento de redigir a petição inicial o autor deverá 
dizer se deseja que seja realizada uma audiência de 
mediação ou uma audiência de conciliação. Caso o autor 
opte pela sua realização, essa audiência será feita antes 
do réu oferecer contestação, então, o réu será citado para 
comparecer a essa audiência de conciliação ou mediação 
e a sua contestação só será oferecida se, finda a audiência 
não for obtido um acordo. Se o autor silenciar em relação 
a opção por realizar ou não essa audiência, a doutrina vem 
entendendo que ele não se opõe a sua realização, não 
havendo necessidade de emenda da PI. O réu também 
poderá se recusar a comparecer à essa audiência, como 
será visto adiante. 
De acordo com o novo CPC de 2015, não se faz mais 
necessário que o autor requeira na petição inicial a citação 
do réu, assim como era no CPC de 1973. Agora, o juiz 
verificando que todos os requisitos necessários estão 
presentes, irá ordenar a citação do réu automaticamente. 
Além do art. 319, é importante que se observe o art. 320, 
que diz que a petição inicial deve ser instruída com os 
documentos indispensáveis a propositura da demanda. 
Então, todos aqueles documentos indispensáveis para 
que o autor comprove a verdade das suas alegações 
devem estar anexados a petição inicial. Os documentos 
que não forem indispensáveis poderão ser juntados a 
qualquer tempo, na forma do art. 435 do CPC. 
Art. 320. A petição inicial será instruída com os 
documentos indispensáveis à propositura da ação. 
Emenda da Inicial: 
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não 
preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que 
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar 
o julgamento de mérito, determinará que o autor, no 
prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, 
indicando com precisão o que deve ser corrigido ou 
completado. 
O CPC de 2015 trouxe uma modificação quanto ao prazo 
de emenda da petição inicial em relação ao CPC de 1973, 
que anteriormente era de 10 dias e agora se transformou 
em 15 dias. 
A emenda da petição inicial será determinada pelo juiz se 
o autor não tiver preenchido todos os requisitos 
elencados nos arts. 319 e 320. Além disso o juiz também 
irá determinar a emenda da inicial se esta contiver alguma 
irregularidade ou algum vício que dificulte ou impeça o 
julgamento do mérito. 
O juiz sempre deverá mandar emendar a petição inicial 
pois deve-se prezar pela primazia de resolução de mérito, 
sendo assim uma obrigação e não uma prerrogativa, 
fundamentando sempre aquilo que deve ser 
complementado e corrigido. 
Verificando então que o erro é sanável, o juiz dará um 
prazo de 15 dias para que se faça a emenda da inicial, se o 
autor foi intimado e nesse prazo de 15 dias não emendar 
a petição inicial mantendo-se inerte e não cumprindo a 
ordem judicial, haverá o indeferimento da inicial e 
consequente extinção do processo sem resolução de 
mérito. 
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a 
diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. 
Já se, o autor uma vez intimado, cumpra a ordem do juiz 
de emendar a inicial no prazo de 15 dias, poderá ocorrer 
de que ao emendar a petição inicial, o autor não o faça de 
maneira satisfatória, nesse caso nada impede que o juiz 
determine que ele refaça a emenda da inicial, com novo 
prazo, para que se corrija de maneira satisfatória o vício 
presente na petição inicial, essa é uma exigência de 
economia processual, parte da doutrina coloca ainda que 
esse prazo de 15 dias poderia, caso necessário, ser 
ampliado pelo juiz, ou seja, se o juiz assim verificar ou a 
parte requerer que 15 dias é um prazo curto para que 
emende a petição inicial, esse prazo poderia ser ampliado, 
pois o objetivo do juiz é buscar o julgamento do mérito. 
Indeferimento da petiçãoinicial: 
Só se poderá falar em indeferimento da petição inicial 
antes da citação do réu, visto que, para que o réu seja 
citado, o juiz deve deferir a inicial. Então, das duas uma, 
ou o juiz irá verificar que a petição inicial preenche todos 
os requisitos e então irá deferi-la e determinar a citação 
do réu, ou irá verificar que ela não preenche os requisitos, 
e então irá determinar a sua emenda, para que 
posteriormente, após a emenda ser cumprida, citar o réu. 
Por esse motivo, não se fala em indeferimento da inicial 
após a citação do réu. 
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
(...) 
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as 
hipóteses legais em que se permite o pedido 
genérico; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 . 
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as 
hipóteses legais em que se permite o pedido 
genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente 
a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
A primeira hipótese de indeferimento da petição inicial é 
o caso desta ser inepta, lembrando que só haverá o 
indeferimento da petição inicial se não for possível a sua 
emenda, se ela for possível o juiz determinará que a parte 
o faça, e aí só será indeferida a petição inicial se a ordem 
de emenda não for cumprida pelo autor da ação. 
Quais serão as hipóteses em que a petição inicial será 
considerada inepta? Elas estão presentes no §1º, I e II do 
próprio art. 330: 
• Lhe faltar pedido ou causa de pedir: Estes são requisitos 
da petição inicial, e também são elementos da ação, então 
se faltar qualquer um dos dois, a petição inicial será 
inepta. 
• Se o pedido for indeterminado, ressalvadas as 
hipóteses legais em que se permite o pedido genérico: A 
regra no processo civil é de que o pedido deve ser certo e 
determinado. O pedido que é determinado é aquele que 
é corretamente delimitado, quanto a sua qualidade e 
quantidade. Porém o art. 324 elenca algumas 
possibilidades em que o pedido pode ser genérico, como 
nas ações universais, quando não for possível determinar 
toda extensão do ato ou do fato, quando depender de ato 
a ser praticado pelo réu, então, tirando essas hipóteses 
em que a própria lei autoriza o pedido genérico, nas 
demais hipóteses se o autor formular pedido genérico, 
indeterminado, estaremos diante de uma situação de 
inépcia da inicial. 
• Da narração dos fatos não decorrer logicamente 
conclusão: O pedido terá de ser concludente, tendo que 
decorrer da causa de pedir, então se dos fatos narrados 
(causa de pedir), não decorrer logicamente a conclusão, 
ou seja, se o pedido não decorrer da causa de pedir, 
haverá inépcia da petição inicial. 
• Se contiver pedidos incompatíveis entre si: Não é 
possível que o juiz defira a petição inicial se ela contiver 
pedidos incompatíveis entre si, pedidos que se excluem 
mutuamente. Nesse caso, se o autor por meio de emenda 
da petição inicial não excluir um dos pedidos, não 
compatibilizar a petição inicial, será inepta a petição inicial 
e haverá extinção do processo sem resolução de mérito 
pelo indeferimento da inicial. 
Importante lembrar, que em todas essas hipóteses, se for 
possível, o juiz deve determinar a emenda da petição 
inicial, antes de indeferí-la. O indeferimento só ocorrerá 
se a ordem de emenda não for cumprida ou se a emenda 
for impossível, do contrário haverá a ordem de emenda e 
deferida a inicial, o réu será citado. 
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de 
obrigação decorrente de empréstimo, de 
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá 
de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, 
dentre as obrigações contratuais, aquelas que 
pretende controverter, além de quantificar o valor 
incontroverso do débito. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá 
continuar a ser pago no tempo e modo contratados. 
Aqui estamos diante de mais uma hipótese de inépcia da 
petição inicial., se a ação versar sobre contrato de 
empréstimo, de financiamento ou de alienação dos bens, 
é indispensável que o autor na petição inicial demonstre 
qual é o valor controvertido, ou seja, que o autor 
demonstre o valor que ele entende que seja de fato 
devido pelo empréstimo, financiamento ou alienação do 
bem, e também aquele valor com qual ele não concorda, 
o valor controvertido. Isso é necessário pois a demanda 
apenas recairá sobre o valor controvertido, e o valor 
incontroverso do débito continuará sendo pago pelo 
autor no tempo e no modo contratados, conforme dita o 
§3º. 
 
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
(...) 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
• A parte for manifestantemente ilegítima: A 
legitimidade das partes é um pressuposto processual de 
validade subjetivo quanto as partes, além das partes 
terem de ter capacidade processual e capacidade 
postulatória, elas também terão que ter legitimidade ad 
causam. Quem é a parte legítima para ser autor? É aquele 
que se diz titular da pretensão requerida em juízo e o réu 
é aquele que seria titular da obrigação correspondente. 
Quando falamos de legitimação ad causam é importante 
fazer a diferenciação de legitimação ordinária e 
extraordinária. O art. 18 estabelece que a regra é a 
legitimidade ordinária, ou seja, atuar em nome próprio na 
defesa de interesses próprios, e que a exceção é a 
legitimidade extraordinária, que é atuar em nome próprio 
na defesa de interesses alheios. 
Alguns doutrinadores, como a exemplo o professor Fredie 
Didier Jr, colocam que só é causa de extinção do processo 
sem resolução de mérito a ausência de legitimidade 
extraordinária. Visto que, para o juiz aferir se a parte tem 
legitimidade ordinária ele precisa aferir se o autor é de 
fato o titular do direito pleiteado em juízo ou se o réu é de 
fato titular da obrigação correspondente, e para isso o juiz 
deve adentrar no mérito, e após feito isso, não há como 
se falar em extinção do processo sem resolução de mérito, 
mas sim com resolução, aplicando o art. 487. 
Com o CPC de 2015 se deu fim à expressão “condições da 
ação” visto que a legitimidade ad causam até então no 
CPC de 1973 era tratada como uma das condições da ação, 
porém se percebeu que não era possível condicionar o 
exercício do direito de ação e, portanto, essa expressão foi 
suprimida pelo CPC de 2015. A legitimidade das partes e o 
interesse processual que eram sob a égide do CPC de 1973 
condições da ação, passaram a ser pressupostos 
processuais de validade, quanto a legitimidade das partes 
pressuposto processual de validade intrínseco subjetivo, 
quanto ao interesse processual pressuposto processual 
de validade extrínseco positivo. Portanto a expressão 
“condições da ação” não existe mais, a antiga 
possibilidade jurídica do pedido que era tratada como 
uma das condições da ação agora é analisada no mérito 
da causa e dará ensejo a resolução do processo com 
resolução de mérito. 
• O autor carecer de interesse processual: O interesse 
processual também era uma das condições da ação pelo 
CPC de 1973, mas essa expressão deixou de existir, então 
agora o interesse processual se integra ao repertório dos 
pressupostos processuais, sendo um pressuposto 
processual de validade extrínseco positivo. 
O interesse processual, também chamado de interesse de 
agir, é demonstrado através de três requisitos: 
1. Necessidade: Está no fato de que, a propositura 
da demanda deve ser necessária para que o autor 
alcance o fim almejado, ou seja, se o autor não 
ingressar emjuízo não terá como exercer o 
direito que ele acredita possuir. 
2. Adequação: Está ligada à escolha do 
procedimento, não basta que a parte ingresse 
em juízo, ela também deve escolher o 
procedimento adequado, para tal. 
3. Utilidade: Está no fato de que aquela ação 
poderá trazer algum resultado útil para a parte. 
Vários doutrinadores criticam esse requisito, sob 
o argumento que a utilidade na verdade não 
seria um requisito autônomo do interesse 
processual, mas sim uma consequência dos 
outros dois requisitos, ou seja, se a propositura 
da ação é necessária e você escolheu o 
procedimento adequado, via de consequência, a 
demanda pode ser útil ao autor. Esse requisito é 
incluído principalmente pela doutrina mais 
moderna. 
Faltando qualquer desses requisitos (não 
necessariamente os três) não se tem o interesse 
processual, havendo assim o indeferimento da petição 
inicial e a extinção do processo sem resolução de mérito. 
• Não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321: O art. 
106 prevê que se o advogado estiver atuando em causa 
própria ele deverá obrigatoriamente informar seu nº de 
inscrição na OAB e seu endereço para que receba as 
intimações, se ele não o fizer haverá uma hipótese de 
indeferimento da inicial (não sem antes o juiz solicitar sua 
emenda). O art. 321 trata da emenda da petição inicial, 
então, se o autor não cumprir a ordem do juiz de emendar 
a inicial no prazo de 15 dias, esta será indeferida. 
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá 
apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, 
retratar-se. 
§ 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o 
réu para responder ao recurso. 
A decisão do juiz que indefere a petição inicial é uma 
sentença, e é uma sentença terminativa, que são aquelas 
onde o mérito não é resolvido, ao contrário das sentenças 
definitivas, que são aquelas em que o mérito é resolvido. 
Estando diante de uma sentença terminativa, cabe o 
recurso de apelação (art. 1.009) e é autorizado o chamado 
efeito regressivo, também chamado de efeito de 
retratação ou juízo de retratação. Isso consiste na 
possibilidade do juiz voltara atrás na sua decisão após a 
interposição do recurso. Então, o autor inconformado 
com o indeferimento da sua petição inicial, recorre dessa 
sentença terminativa através de recurso de apelação, uma 
vez interposto o juízo de apelação diante o juízo ad quo 
(ou seja, o juiz que proferiu a sentença), que é o juízo que 
realizará a retratação, esse juízo, ao receber a apelação 
não fará juízo de admissibilidade, que apenas é 
competência do tribunal superior, o juízo ad quo abrirá 
vistas para o recorrido oferecer as contrarrazões no prazo 
de 15 dias e enviará os autos para o tribunal superior para 
que faça o juízo de admissibilidade. Porém, se o juiz 
entender coerente, poderá em um prazo de 5 dias 
retratar-se, ou seja, voltar atrás na sua decisão. Se o juiz 
assim o fizer ele não estará julgando o mérito, visto que a 
sua decisão havia sido de indeferir a petição inicial, e na 
apelação ele verificou que estava errado e optou por 
deferi-la, assim, ele apenas ordenará a citação do réu, 
onde se dará o prosseguimento da demanda. 
O §1º prevê o caso em que o juiz não se retratar e o 
recurso subir para o tribunal. Se o juiz indeferiu a petição 
inicial, isso significa que o réu ainda não foi citado, como 
a petição inicial foi indeferida, o autor se sentiu 
prejudicado e apelou dessa sentença terminativa, se o juiz 
de primeira instancia não se retrata e afirma que de fato 
há o indeferimento da petição inicial, a apelação será 
apreciada pelo tribunal, porém antes disso há de se 
garantir ao réu o direito de contraditório, por isso o réu 
será citado para oferecer contrarrazões ao recurso de 
apelação. As contrarrazões são nada mais que a resposta 
do réu ao recurso de apelação oferecido pelo autor, por 
isso são uma garantia de contraditório. 
§ 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o 
prazo para a contestação começará a correr da 
intimação do retorno dos autos, observado o 
disposto no art. 334. 
Se ao julgar a apelação, o tribunal reforma a sentença do 
juiz de primeira instância, verificando que de fato não 
seria hipótese de indeferimento da inicial, os autos 
retornarão á primeira instancia para que o réu apresente 
contestação, mas esse parágrafo diz que deve ser 
observado o que dita o art. 334, este que regulamenta a 
audiência de conciliação e mediação, então, se foi 
requerido pelo autor na inicial e não foi recusado pelo réu, 
haverá designação de audiência de conciliação ou 
mediação, e só após essa audiência, se não se chegar à um 
acordo, é que se iniciará o prazo para que o réu oferte 
contestação. 
§ 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado 
do trânsito em julgado da sentença. 
O réu será informado do transito em julgado da sentença 
mesmo que o autor nem sequer tenha apelado, pois se 
houve o indeferimento da petição inicial o réu não chegou 
nem sequer a ser citado, então para que ele tome ciência 
do processo, visto que nada impede que o autor 
reproponha essa demanda, desde que corrija o vício que 
deu origem à extinção do processo sem resolução de 
mérito, e aí poderá ser de interesse do réu arguir que 
aquela ação já havido sida proposta anteriormente, 
podendo isso ser importante para a sua defesa. 
 
ATENÇÃO: da decisão interlocutória que julgar 
liminarmente improcedente um dos pedidos, cabe agravo 
de instrumento, na forma do art. 1.015, II. A apelação só 
cabe para casos de total improcedência. 
Pedido 
É o núcleo da petição inicial, a pretensão material 
deduzida em juízo. A sua falta gerará a inépcia da inicial e 
consequentemente o seu indeferimento. 
O pedido é um dos elementos da ação, juntamente com 
as partes e a causa de pedir. 
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites 
propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer 
de questões não suscitadas a cujo respeito à lei exige 
iniciativa da parte. 
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de 
natureza diversa da pedida, bem como condenar a 
parte em quantidade superior ou em objeto diverso 
do que lhe foi demandado. 
Esses dois artigos se referem ao chamado princípio da 
congruência ou regra da congruência, que diz que o 
pedido limita a atuação do órgão julgador. O judiciário é 
inerte, ou seja, só age quando provocado, e também só 
age nos exatos limites dessa provocação, esse princípio é 
uma garantia da imparcialidade do julgador e daí decorre 
o princípio da congruência que limita o juiz á aquilo que 
foi pedido. Daí a proibição de que seja proferida sentença 
ultra, extra ou citra petita (além, fora, a menos), pois estas 
fogem dos limites do que foi pedido. 
 
Com a subida do recurso, o Tribunal poderá: 
• Manter a sentença de total improcedência: 
Quando verificar que o juiz tinha razão ao 
proferí-la. O acórdão condenará o autor ao 
pagamento de honorários advocatícios dos 
quais ele estaria dispensado se não tivesse 
recorrido, pois o réu nem se quer teria 
comparecido aos autos. 
•Verificar que não era hipóteses de aplicação 
do art. 332: Seja porque ausente as hipóteses 
previstas no dispositivo, seja porque o 
processo não é daqueles que dispensa 
instrução, caso em que o Tribunal anulará a 
sentença e determinará o retorno aos autos 
de primeira instância para que o réu tenha 
oportunidade de contestar, prosseguindo-se 
daí por diante. 
Serve o pedido também como elemento de identificação 
da demanda, para fim de verificação da ocorrência de 
conexão, litispendência ou coisa julgada. A conexão 
ocorre quando tivermos entre duas ou mais ações a 
mesma causa de pedir ou o mesmo pedido, a 
litispendência se dá quando duas ações idênticas 
(mesmas partes, causa de pedir e pedido) tramitam ao 
mesmo tempo, e por fim, temos coisa julgada quando há 
duas ações também idênticas, mas uma delas já teve 
decisão comtransito em julgado. Tanto a litispendência 
quanto a coisa julgada irão gerar a extinção do processo 
sem resolução de mérito, pois estes fazem que falte um 
pressuposto processual de validade extrínseco negativo. 
O pedido é o principal parâmetro de fixação do valor da 
causa (art. 291, CPC). Toda causa tem um valor, ainda que 
ela não tenha um valor aferível imediatamente, por isso 
ele sempre deverá estar presente na petição inicial. 
Quando falamos que o pedido serve, regra geral de 
parâmetro para fixação do valor da causa, estamos 
falando do art. 292, que prevê critérios legais para a 
fixação do valor da causa, esses critérios legais passam por 
aquilo que foi pedido, como por exemplo, se há uma 
cumulação de pedidos própria simples, o valor a ser dado 
a causa é a soma dos pedidos, já se estiver discutindo uma 
dívida, o valor da causa é o valor principal somado aos 
juros, correção monetária e possível multa 
contratualmente estabelecida, em uma ação de 
alimentos, o valor dado a causa será de 12 vezes o valor 
da pensão alimentícia que está sendo requerida. 
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial 
ou da reconvenção e será: 
I - na ação de cobrança de dívida, a soma 
monetariamente corrigida do principal, dos juros de 
mora vencidos e de outras penalidades, se houver, 
até a data de propositura da ação; 
II - na ação que tiver por objeto a existência, a 
validade, o cumprimento, a modificação, a 
resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o 
valor do ato ou o de sua parte controvertida; 
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) 
prestações mensais pedidas pelo autor; 
IV - na ação de divisão, de demarcação e de 
reivindicação, o valor de avaliação da área ou do 
bem objeto do pedido; 
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em 
dano moral, o valor pretendido; 
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a 
quantia correspondente à soma dos valores de todos 
eles; 
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de 
maior valor; 
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o 
valor do pedido principal. 
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e 
vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. 
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a 
uma prestação anual, se a obrigação for por tempo 
indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, 
e, se por tempo inferior, será igual à soma das 
prestações. 
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o 
valor da causa quando verificar que não corresponde 
ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao 
proveito econômico perseguido pelo autor, caso em 
que se procederá ao recolhimento das custas 
correspondentes. 
Todas essas situações tem um ponto em comum, que é o 
pedido, que irá servir de critério para a fixação do valor da 
causa. 
A fixação do valor da causa é essencial para a demanda, 
tanto que toda petição inicial deve necessariamente 
trazê-lo, isso porque ele tem uma série de finalidades, 
como por exemplo o cálculo das custas, o valor do 
preparo, os honorários sucumbenciais (o CPC adota que 
os honorários devem ser baseados no valor da 
condenação, porém há causas onde não há condenação, 
como as ações meramente declaratórias, então nesse 
caso, os honorários serão baseados no valor dado á 
causa). O valor da causa também é importante para se 
determinar o rito ou procedimento que será utilizado 
naquele caso, como por exemplo, optar pelo juizado 
especial, a depender do valor da causa. 
Pedido imediato: providência jurisdicional que se 
pretende, o peido imediato pode ter natureza 
declaratória, condenatória, constitutiva, executiva... 
Pedido mediato: bem da vida, resultado prático que o 
demandante espera obter com a tomada daquela 
providência, como por exemplo, em uma ação de 
cobrança o bem da vida é a pecúnia, em uma ação de 
despejo, o bem da vida é o imóvel que deve ser 
desocupado pelo devedor e devolvido ao credor, que é o 
locador...Ou seja, é o resultado prático que a parte deseja 
alcançar com o provimento jurisdicional a ser deferido. 
Tanto o pedido imediato quanto o pedido mediato devem 
ser certos, ou seja, devem constar expressamente na 
petição inicial, mesmo que seja feita por atermação, nos 
juizados especiais. O pedido mediato poderá ser genérico 
em algumas hipóteses, enquanto o pedido imediato 
nunca poderá ser genérico. 
Requisitos: 
O pedido deve ser certo, determinado, claro e coerente: 
• Quanto á clareza, se quer dizer que o pedido deve ser 
inteligível, ou seja, se faltar clareza e o magistrado não 
entender o que lá foi redigido, teremos uma hipótese de 
inépcia da petição inicial. 
• A coerência é citada no art. 330, §1º, III, que dita que 
haverá inépcia da petição inicial se dos fatos narrados não 
decorrer logicamente a conclusão, os fatos narrados são a 
causa de pedir, e a conclusão é o pedido, então, se dos 
fatos narrados não decorrer logicamente a conclusão, 
faltará coerência ao pedido, gerando a inépcia da petição 
inicial, com consequente extinção do processo sem 
resolução de mérito. 
• O pedido também deve ser certo, que é o pedido 
expresso. Não se admite, regra geral, pedido implícito. 
Tanto o pedido imediato quanto o mediato devem ser 
certos. Porém, o CPC prevê expressamente algumas 
exceções em que o pedido poderá ser implícito (ou seja, 
não consta na petição inicial mas dela pode ser retirado): 
Art. 322. O pedido deve ser certo. 
Essa é a regra. 
§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a 
correção monetária e as verbas de sucumbência, 
inclusive os honorários advocatícios. 
Aqui está a primeira exceção, os juros legais, a correção 
monetária e as verbas de sucumbência, incluindo os 
honorários advocatícios, são considerados pelo próprio 
CPC como pedidos implícitos, visto que não precisam estar 
expressamente na petição inicial, então ainda que se leia 
os pedidos na petição inicial e estes não estejam inclusos, 
o juiz poderá incluí-los na condenação, como os juros 
legais, que regra geral correm a partir da citação válida, 
visto que esta constitui o devedor em mora, também a 
correção monetária, visto que pode correr um longo 
tempo entre a prolação da sentença e a sua execução, e 
as verbas de sucumbência, que incluem tanto as custas 
processuais, que são pagas pela parte vencida, quanto os 
honorários advocatícios, que nesse caso são os chamados 
honorários sucumbenciais, que são os que a parte vencida 
paga ao advogado da parte vencedora. 
§ 2º A interpretação do pedido considerará o 
conjunto da postulação e observará o princípio da 
boa-fé. 
O que o CPC diz aqui, é que quando o juiz for interpretar 
o que foi pedido, deverá levar em consideração o pedido 
em seu conjunto, e também o princípio da boa-fé. 
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento 
de obrigação em prestações sucessivas, essas serão 
consideradas incluídas no pedido, 
independentemente de declaração expressa do 
autor, e serão incluídas na condenação, enquanto 
durar a obrigação, se o devedor, no curso do 
processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las. 
Esse artigo nos traz que as parcelas vincendas estão 
incluídas no pedido, ainda que o autor não faça menção 
expressa a elas, ou seja, ainda que não haja pedido certo 
e determinado sobre as parcelas vincendas, elas serão 
consideradas pelo juiz e incluídas no valor da condenação, 
se o réu (que é o devedor) não vier pagando ou 
consignando essas prestações em juízo no decorrer do 
processo. Como exemplo temos uma ação de cobrança de 
aluguéis em atraso, em que existam 5 meses de aluguel a 
ser cobrado no momento em que o autor ingressa em 
juízo, porém no curso da demanda, o réu continua não 
pagando esses aluguéis, e a ação demora 1 anos para 
tramitar, então o juiz, além de cobrar os 5 meses de 
aluguel originalmente atrasados, poderá cobrar mais 
esses 12 meses que não foram pagos e nem consignadosem pagamento pelo réu durante o curso da demanda. 
As exceções no direito devem ser interpretadas de forma 
restritiva, não se devendo fazer analogias a outras 
situações. Portanto, a regra é o pedido certo, e as 
exceções que permitem pedido implícito são apenas essas 
previstas em lei. 
Portanto as hipóteses de pedido implícito são apenas 
essas: 
- Juros legais 
- Correção monetária 
- Verbas de sucumbência 
- Honorários advocatícios sucumbenciais 
- Parcelas vencidas durante o curso do processo 
• O pedido determinado é aquele delimitado em relação 
à qualidade e à quantidade. Se contrapõe ao pedido 
genérico. Como por exemplo, se o autor ingressa em juízo 
com uma ação para a entrega de um veículo, que será uma 
ação de obrigação de entrega de coisa certa, onde o autor 
tenha adquirido um veículo de um particular e esse se 
nega a entregar o veículo ao autor da ação dentro da data 
ajustada, a parte autora ingressa em juízo para obtê-lo, 
não basta que ela ao formular o pedido peça a 
condenação do réu a entrega do veículo, ela precisa 
delimitar qual é esse veículo, com o ano, a marca, a cor, 
ou seja, todos aqueles fatores que identificam o veículo 
devem constar no pedido formulado pela parte. 
Porém aqui também temos exceções, existem hipóteses 
em que a lei admite expressamente o chamado pedido 
genérico: 
Art. 324. O pedido deve ser determinado. 
Essa é a regra, a seguir temos a exeções. 
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico: 
I - nas ações universais, se o autor não puder 
individuar os bens demandados; 
Nas ações universais é possível ter pedido genérico, esse 
tipo de ação ocorre quando o pedido diz respeito á uma 
universalidade de fato ou uma universalidade de direito. 
A universalidade de fato ocorre quando existe uma série 
de bens individuais, que, em seu conjunto, possuem uma 
destinação comum, como por exemplo uma biblioteca ou 
um rebanho. Já a universalidade de direito é formada 
pelo conjunto de bens, direitos, obrigações e relações 
jurídicas pertencentes a mesma pessoa, como por 
exemplo o espólio e a massa falida, onde se não for 
possível especificar cada um deles na petição inicial, se 
formule um pedido genérico. 
II - quando não for possível determinar, desde logo, 
as consequências do ato ou do fato; 
Existem situações em que não é possível determinar toda 
a extensão e consequências do ato ou do fato já na 
petição inicial. Como por exemplo uma pessoa que sofreu 
um acidente e pretende entrar em juízo com uma ação de 
reparação civil dos danos, pedindo indenização pelos 
danos materiais e morais decorrentes daquele acidente, 
como o prazo prescricional desse tipo de ação é de 3 anos, 
pode ocorrer que ao final do terceiro ano o autor ainda 
não tenha conseguido avaliar toda a extensão do dano 
sofrido pelo ato ilícito que deu origem á aquele acidente, 
podendo ainda estar em tratamento de saúde, por 
exemplo, porém ele precisa ingressar em juízo, caso 
contrário será acometido pelo prazo prescricional, então 
ele ingressa em juízo, requerendo a indenização por danos 
morais e materiais, porém não diz qual é o valor devido, 
pois ainda não tem ciência de toda a sua extinção, 
portanto este vai ser determinado no curso da sentença, 
ou se o juiz julgar procedente o pedido do autor, o valor 
do dano pode vir a der determinado em posterior fase de 
liquidação de sentença. Importante lembrar que o pedido 
genérico é o pedido mediato, pois só este poderá ser 
genérico, o pedido imediato é sempre certo e 
determinado (nesse exemplo o provimento jurisdicional 
requerido seria uma ação condenatória). 
III - quando a determinação do objeto ou do valor da 
condenação depender de ato que deva ser praticado 
pelo réu. 
Em determinadas situações há a necessidade de que o réu 
traga aos autos, por exemplo, algum documento 
necessário ao cálculo do valor a ser requerido pelo autor. 
Como no caso em que a parte ingressar em juízo contra 
uma instituição financeira discutindo, por exemplo, uma 
revisão de contrato, porém o autor da ação não tem 
acesso á esse contrato firmado com o banco, então ele 
sabe que os juros cobrados são excessivos, porém não 
tem como calcular o valor exato pois isso depende de ato 
praticado pelo réu, ou seja, ele precisa que o juiz intime o 
réu para que este forneça o contrato estabelecido entre 
as partes, tornando possível o cálculo do valor 
controvertido. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. 
A reconvenção é a ação que o réu propõe contra o autor 
dentro do mesmo processo em que ele está sendo 
demandado, então temos a ação principal, que é a ação 
do autor contra o réu, e a reconvenção, que é do réu 
contra o autor dentro do mesmo processo. Na 
reconvenção o réu “contra-ataca” o autor e formula seus 
pedidos, e ao formular pedidos, esse deve seguir as 
mesmas regras do pedido formulado pelo autor na ação 
principal. 
Fora dessas hipóteses, o pedido deve ser necessariamente 
determinado, caso contrário será causa de inépcia da 
petição inicial, como consta no art. 330, §1º, II. 
Cumulação de pedidos: 
• Cumulação própria: quando se formulam vários 
pedidos, pretendendo-se o acolhimento simultâneo de 
todos eles. Pode ser simples ou sucessiva. 
- Simples: quando as pretensões podem ser analisadas 
uma independentemente da outra. Ou seja, um pedido 
não impede nem é questão prévia para a análise do outro 
pedido, não existe uma relação de dependência lógica 
entre um pedido e outro, eles podem ser deferidos 
independentemente um do outro. É um exemplo a ação 
indenizatória, quando se postula indenização por dano 
material e por dano moral, sendo que o deferimento do 
dano material independe do deferimento do dano moral 
e vice-versa. 
- Sucessiva: quando o acolhimento de um pedido 
pressupõe o acolhimento do anterior. Então aqui, o autor 
também pretende obter os dois pedidos formulados, mas 
o deferimento do segundo dependerá inteiramente do 
deferimento do primeiro. Um exemplo desse tipo de ação 
é a de investigação de paternidade cumulada com a ação 
de alimentos, estamos diante de uma cumulação própria 
sucessiva, onde o autor deseja tanto o reconhecimento de 
paternidade pelo réu como também busca o pagamento 
de pensão alimentícia, mas o juiz só poderá analisar o 
pedido de pensão alimentícia se primeiro ele deferir o 
pedido de reconhecimento de uma relação de filiação 
entre autor e réu. 
• Cumulação imprópria: quando se formula vários 
pedidos ao mesmo tempo, de modo que apenas um deles 
seja atendido. Pode ser subsidiária ou alternativa. 
- Subsidiária/eventual: o segundo pedido só será 
examinado se o primeiro for rejeitado ou não puder ser 
examinado. Ou seja, o autor deseja a obtenção do pedido 
principal, mas ele formula um pedido subsidiário ou 
eventual para que ele seja analisado pelo juiz apenas na 
impossibilidade de ser deferido ou de ser examinado o 
pedido principal. Portanto há de que se observar que há 
uma ordem definida pelo autor, que pretende ver 
deferido o pedido principal, o pedido subsidiário ou 
eventual só deverá ser examinado pelo juiz na 
impossibilidade de deferir o primeiro, senão deverá 
deferir o primeiro. Temos como exemplo uma ação que 
tenha por objeto uma obrigação de fazer, o que o autor 
almeja é o cumprimento dessa obrigação, mas, em se 
tornando impossível o cumprimento daquela obrigação 
de fazer ou o juiz entendendo por rejeitar o pedido, 
subsidiariamente o autor pode requerer as perdas e danos 
daí decorrentes. 
- Alternativa: consiste na formulação de mais de uma 
pretensão para que uma ou outra seja acolhida, sem 
expressar, com isso, qualquer preferência. O Que 
distingue essa cumulação da subsidiária ou eventual é que 
nesta o autor não suscita nenhuma preferência entre os 
pedidos formulados, ele formula os pedidos para que o 
juiz defira um ou outro, tanto faz qual deles será deferido 
pelo magistrado,visto que o autor não expressou 
preferência. É exemplo um consumidor que pede a troca 
de um produto defeituoso ou o dinheiro de volta. 
Não se deve confundir a cumulação imprópria alternativa 
com o pedido alternativo, que é pedido único, fundado 
em obrigação alternativa. No caso da cumulação 
imprópria alternativa, como o autor não determina 
preferência, quem irá escolher o pedido a ser deferido é o 
juiz, já no pedido alternativo isso não acontece, pois como 
o pedido alternativo é um pedido único que decorre de 
uma obrigação alternativa o que se deve observar é a 
quem cabe a escolha na obrigação alternativa, o que vai 
depender do que estiver estabelecido entre as partes, e se 
estas nada tiverem estabelecido, a escolha caberá ao 
devedor. 
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela 
natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a 
prestação de mais de um modo. 
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a 
escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o 
direito de cumprir a prestação de um ou de outro 
modo, ainda que o autor não tenha formulado 
pedido alternativo. 
Ainda que o autor, no momento da propositura da ação, 
não tenha mencionado que se trata de uma obrigação 
alternativa, e tenha formulado apenas um pedido, que é 
o que ele almeja, se estivermos diante de uma ação 
alternativa e a escolha couber ao devedor, o juiz, ainda 
que o autor não tenha mencionado na inicial tratar-se de 
uma obrigação alternativa, dará ao devedor a 
oportunidade de escolher a forma em que a obrigação 
será cumprida. 
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em 
ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do 
posterior, quando não acolher o anterior. 
Aqui se fala da cumulação imprópria subsidiária ou 
eventual, fala da possibilidade do juiz conhecer do 
segundo pedido, no caso de impossibilidade ou de 
rejeição do pedido principal. 
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, 
alternativamente, para que o juiz acolha um deles. 
O parágrafo único, por sua vez, fala da cumulação 
imprópria alternativa. 
 
 
Requisitos para a cumulação: 
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, 
contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que 
entre eles não haja conexão. 
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação 
que: 
I - os pedidos sejam compatíveis entre si; 
A princípio, não é possível formular dois ou mais pedidos 
que se excluem mutuamente, devendo eles ser 
compatíveis entre si. Importante ressaltar que essa 
compatibilidade só é exigida na cumulação própria, pois, 
seja ela simples ou sucessiva, a parte formula dois ou mais 
pedidos na intenção de obter todos eles, então 
necessariamente esses pedidos devem ser compatíveis. 
Agora, essa regra não se aplica a cumulação imprópria, 
seja ela subsidiária/eventual ou alternativa, isso se dá 
porque o deferimento de um pedido implica no 
indeferimento do outro, então aqui os pedidos podem 
não ser compatíveis entre si pois de qualquer forma o juiz 
não deferirá ambos. 
II - seja competente para conhecer deles o mesmo 
juízo; 
Ou seja, para se cumular dois ou mais pedidos em uma 
mesma petição inicial, há necessidade de que o juízo seja 
competente para julgar todos eles. Essa regra é 
inafastável se estivermos diante da competência absoluta, 
se o juízo não possuir competência absoluta para 
conhecer de todos os pedidos cumulados ele deverá 
seguir com a demanda com aquele pedido cujo qual tem 
competência para julgar e deverá extinguir o processo 
sem resolução de mérito nos demais pedidos, estes que 
deverão ser objeto de ações autônomas, já que aquele 
juízo não possui competência absoluta para examiná-los. 
Porém, se estivermos diante de uma hipótese de 
competência relativa, existirá a possibilidade de 
modificação de competência, decorrente da derrogação, 
conexão ou prorrogação, então, se o juiz for relativamente 
incompetente para reconhecer um dos pedidos, ele 
poderá vir a se tornar competente em virtude de uma 
dessas hipóteses. 
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de 
procedimento. 
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo 
diverso de procedimento, será admitida a cumulação 
se o autor empregar o procedimento comum, sem 
prejuízo do emprego das técnicas processuais 
diferenciadas previstas nos procedimentos especiais 
a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, 
que não forem incompatíveis com as disposições 
sobre o procedimento comum. 
O §2º completa a regra do III. O inciso III exige que, para a 
cumulação de pedidos, todos os pedidos comportem o 
mesmo tipo de procedimento, porém, o §2º diz que se 
para cada pedido corresponder um tipo de procedimento 
diferente, é possível sim a cumulação desses pedidos, 
desde que o autor empregue o procedimento comum, 
desde que não haja prejuízo das técnicas processuais que 
se diferem nos procedimentos especiais e que estas não 
sejam incompatíveis com o rito do procedimento comum, 
caso contrário a parte terá que abrir mão desses técnicas 
e seguir o procedimento comum. Como por exemplo na 
ação possessória, visto que o seu único passo que se difere 
do procedimento comum é a liminar se a posse for nova 
(menos de ano e dia). 
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de 
pedidos de que trata o art. 326. 
Ou seja, para que se cumule pedidos, há necessidade de 
que sejam compatíveis entre si, porém essa regra só se 
aplica a cumulação própria, seja simples ou sucessiva, e 
não se aplica a cumulação imprópria, seja ela subsidiária 
ou eventual (art. 326, caput) ou alternativa (art. 326, 
parágrafo único). 
Ampliação/alteração objetiva da demanda: 
Art. 329. O autor poderá: 
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa 
de pedir, independentemente de consentimento do 
réu; 
Aqui se fala de duas situações distintas, a primeira delas é 
a de aditamento, ou seja, do autor acrescentar um pedido 
ou uma causa de pedir a sua petição inicial. Já no caso da 
alteração, estamos falando em uma modificação que será 
feita na causa de pedir ou no pedido já apresentado. 
Quando falamos em aditamento ou alteração do pedido 
ou causa de pedir estamos falando da possibilidade de 
aditar ou alterar os elementos objetivos da demanda, e 
isso pode ser feito após a distribuição da petição inicial, e 
antes da citação do réu, sem que haja necessidade da 
autorização do réu, visto que a relação jurídica só se 
completa com a citação do réu. 
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar 
o pedido e a causa de pedir, com consentimento do 
réu, assegurado o contraditório mediante a 
possibilidade de manifestação deste no prazo 
mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o 
requerimento de prova suplementar. 
Entre a citação do réu e o saneamento do processo 
também é possível aditar ou alterar o pedido ou a causa 
de pedir, porém nesse caso, como o réu já foi citado, 
haverá a necessidade do seu consentimento, só com a 
autorização do réu, com a sua anuência, poderá ser 
alterado ou aditado o pedido ou a causa de pedir após a 
citação. Isso poderá ser feito desde a citação até a fase 
saneatória do processo, essa que o momento em que o 
juiz verifica se há possíveis vícios processuais que podem 
impedir o prosseguimento do feito e o julgamento da 
demanda, por isso, na fase de saneamento ocorrerá a 
chamada estabilização da demanda, ou seja, o pedido e a 
causa de pedir já devem estar definidos nessa fase, visto 
que na sequencia ocorrerá a fase probatória ou 
instrutória, e ai, para que o juiz possa definir dentro do 
saneamento do processo quais provas deverão ser 
produzidas, quais são os pontos de fato controvertidos, 
qual o direito relevante para o julgamento da demanda 
ele precisará saber qual o pedido e a causa de pedir, pois 
é com base nesses elementos objetivos da demanda que 
o juiz vai definir esses pontos. 
Parágrafo único. Aplica-se o dispostoneste artigo à 
reconvenção e à respectiva causa de pedir. 
O parágrafo único complementa a regra dizendo que o 
disposto nesse artigo se aplica na reconvenção e na sua 
respectiva causa de pedir. A reconvenção do réu é a ação 
contra o autor dentro do mesmo processo em que está 
sendo demandado, então com a reconvenção passa a 
existir duas ações dentro do mesmo processo, a ação 
principal, que é a ação proposta pelo autor em face do 
réu, e a reconvenção, que é a ação do réu (reconvinte) em 
face do autor (reconvindo). Será possível alterar pedidos 
e causa de pedir na reconvenção, desde que se siga as 
mesmas regras que se aplicam a ação principal, porém 
com a alteração de que se pode alterar até a citação do 
autor (não do réu) que nesse caso será o reconvindo e será 
intimado na pessoa do seu advogado, sem a necessidade 
da anuência deste, depois da intimação do reconvindo 
(que será feita na pessoa do seu advogado) e até o 
saneamento daquele processo, será possível a alteração 
do pedido e da causa de pedir, desde que haja autorização 
do reconvindo, sendo garantido a ele o contraditório em 
um prazo mínimo de 15 dias. 
Quanto à ampliação da demanda, devem ser feitas 
algumas considerações: 
a) Se o novo pedido for conexo ao pedido originário, não 
há razão para impedir o aditamento, mesmo após o 
saneamento do processo. Temos conexão quando duas ou 
mais ações tiverem o mesmo pedido ou a mesma causa de 
pedir, regra geral a consequência prática da conexão é a 
reunião dos processos nas mãos do juízo prevento (que é 
aquele onde a primeira ação foi distribuída). Por que a 
doutrina vem colocando que mesmo depois da fase de 
saneamento, em se tratando de ações conexas, poderia 
haver o aditamento do pedido ou causa de pedir? Pois a 
consequência prática seria a mesma, visto que o art. 329 
em um primeiro momento veda a alteração do pedido ou 
da causa de pedir após o saneamento do processo, nesse 
caso, não podendo o autor aditar o pedido ou a causa de 
pedir depois da fase de saneamento pois já houve a 
estabilização do processo, esse autor ingressaria em juízo 
com uma nova ação e faria as alterações que ele não pode 
fazer na outra ação, e aí se teria duas ações com o mesmo 
pedido ou mesma causa de pedir e a consequência pratica 
seria que as ações seriam reunidas na mão do juízo 
prevento, para evitar decisões contraditórias, então não 
haveria motivos para se impedir o aditamento do pedido 
ou da causa de pedir após o saneamento, até por uma 
questão de economia processual. 
 
b) Através da auto composição, as partes podem ampliar 
o objeto litigioso originário (art. 515, §2º, CPC). É sabido 
que as partes podem transacionar e a transição é uma das 
hipóteses de auto composição, que é um acordo feito 
entre as partes. Através da transação as partes podem 
aditar e ampliar o objeto litigioso, isso quer dizer que as 
partes poderão fazer acordos sobre algo que a princípio 
não foi objeto do pedido, ou seja, elas podem ampliar o 
pedido ou a causa de pedir se for feito através de 
transação, isso porque existe a chamada regra da 
congruência, que diz que o pedido limita a atuação do 
órgão julgador, portanto após o saneamento do processo 
não poderia ser alterado nem o pedido nem a causa de 
pedir pois o juiz precisa saber com base em que pedido e 
em que causa de pedir serão produzidas as provas e ao 
final será proferido o julgamento, isso ocorre na hétero 
composição, quando o julgamento será feito por um 
terceiro imparcial (que é a figura do magistrado), na auto 
composição o que impera é a livre vontade das partes, que 
manifestam, perante o juízo, o interesse de transigir, e 
portanto elas não estão limitadas por aquilo que foi objeto 
do pedido e da causa de pedir na petição inicial, as partes 
podem através de um acordo ampliar a demanda. 
c) O art. 493 do CPC permite o acréscimo de nova causa 
de pedir, ligada a fato superveniente, até mesmo de 
ofício, em qualquer estágio do processo, se o seu 
conhecimento interferir no julgamento da causa. O art. 
493 irá nos falar que o juiz deve levar em consideração, de 
ofício ou a requerimento das partes fatos impeditivos, 
modificativos ou extintivos do direito que surjam após a 
distribuição da petição inicial e até mesmo após a fase de 
saneamento do processo, ou seja, se no curso do processo 
ocorrer um fato superveniente seja ele impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do autor e este fato 
interferir no julgamento de mérito o juiz deverá levá-lo em 
consideração no momento de proferir sentença. O juiz 
poderá fazê-lo até mesmo de ofício, ou seja, ainda que 
não haja requerimento de qualquer das partes no sentido 
de apreciar aquele fato superveniente que 
necessariamente tem que influir no julgamento de mérito, 
o juiz pode, observando a ocorrência desse fato, apreciá-
lo de ofício. 
Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum 
fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito 
influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-
lo em consideração, de ofício ou a requerimento da 
parte, no momento de proferir a decisão. 
Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o 
juiz ouvirá as partes sobre ele antes de decidir. 
Necessariamente, se o juiz de ofício constatar o fato novo 
que influi no julgamento do mérito, ele terá que garantir 
as partes o exercício do contraditório, que é o direito de 
informação e de reação. 
Quanto à alteração objetiva da demanda devem ser feitas 
as seguintes considerações: 
a) A negativa do réu quanto à alteração da demanda deve 
ser expressa, pois o seu silêncio, após a intimação para 
tanto e decorrido o prazo estabelecido pelo juiz, poderá 
ser considerado concordância tácita, operando-se a 
preclusão. 
b) Não se pode alterar objetivamente o processo em fase 
recursal, até mesmo para que não haja supressão de 
instância, visto que se fosse alterado o pedido ou causa 
de pedir na fase recursal, quem os analisaria seria o 
tribunal, não passando pelo juízo de primeira instância 
que primeiro proferiu decisão sobre o caso. 
c) Observadas as regras, é possível a alteração do objeto 
imediato (provimento jurisdicional requerido) e mediato 
(bem da vida, resultado prático que o autor pretende 
alcançar) do pedido. 
Questões Pertinentes: 
• Conforme norma prevista no Código de Processo Civil, 
antes de emitir pronunciamento pelo indeferimento da 
petição inicial, o juiz deveria indicar com precisão o que, 
no seu entendimento, deveria ser corrigido ou 
completado, concedendo à parte a oportunidade de se 
manifestar e de sanar o vício. 
• Considera-se proposta a ação quando a petição inicial 
for protocolada, todavia, a propositura da ação só 
constituirá em mora o devedor depois que o réu for 
validamente citado. 
• Indeferida a inicial, o autor poderá apelar, facultado ao 
juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se; se não houver 
retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao 
recurso. 
• De acordo com o código de processo civil, o autor 
poderá aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir até o 
saneamento do processo, com consentimento do réu, 
assegurado o contraditório mediante a possibilidade de 
manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias. 
• O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os 
requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e 
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de 
mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) 
dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o 
que deve ser corrigido ou completado. 
• O autor deverá indicar, na petição inicial, seu 
desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, 
por petição, apresentada com 10 (dez) dias de 
antecedência, contados da data da audiência. 
• Em ação de indenização, se o autor pedir indenização 
por danos materiais e morais, estará caracterizada a 
cumulação simples.• No Processo Civil, a decisão do julgador que indefere a 
petição inicial por manifesta ilegitimidade ativa do único 
autor da demanda pode ser atacada por apelação. 
• São requisitos da admissibilidade da cumulação de 
pedidos que os pedidos sejam compatíveis entre si, seja 
competente para conhecer deles o mesmo juízo e seja 
adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. 
• O princípio da adequação do procedimento admite a 
cumulação de pedidos iniciais procedimentalmente 
incompatíveis, desde que seja possível ajustá-los ao 
procedimento comum. 
• Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação 
em prestações sucessivas, essas serão consideradas 
incluídas no pedido, independentemente de declaração 
expressa do autor, e serão incluídas na condenação, 
enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do 
processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las. 
• O pedido deve ser determinado. 
 É lícito, porém, formular pedido genérico: 
1. Nas ações universais, se o autor não puder 
individuar os bens demandados; 
2. Quando não for possível determinar, desde logo, 
as consequências do ato ou do fato; 
3. Quando a determinação do objeto ou do valor da 
condenação depender de ato que deva ser 
praticado pelo réu. 
• Não constitui requisito da petição inicial: a regra jurídica 
aplicável ao caso. 
• O autor, ao ajuizar uma determinada ação perante o 
Poder Judiciário, deve ter alguns cuidados, que caso não 
sejam observados, poderão levar ao indeferimento 
liminar da petição inicial, sendo certo que: não interposto 
recurso contra a manifestação judicial em comento, o réu 
será intimado do seu trânsito em julgado. 
• Vencida e não cumprida determinada obrigação 
contratual, o credor ajuizou ação em que pleiteava a 
condenação do devedor a pagá-la. Depois de contestada 
a demanda, e encerrada a fase instrutória, o juiz reputou 
configurados os fatos constitutivos do direito alegado pelo 
autor, vindo a acolher a sua pretensão. Além do 
pagamento da obrigação contratual, foi o réu condenado 
a pagar juros moratórios legais, correção monetária e 
honorários de sucumbência, itens que não haviam sido 
objeto de pedido na inicial. 
Nesse quadro, a sentença proferida foi → válida, visto que 
compreendem-se no [pedido] principal os juros legais, a 
correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive 
os honorários advocatícios. Logo, esses valores não 
precisam estar expressos no pedido. Assim, a sentença 
que julga o pagamento desses valores encontra-se 
limitada pelo pedido. 
• Sobre a possibilidade de modificação dos pedidos na 
petição inicial, o autor poderá até a citação, aditar ou 
alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente 
de consentimento do réu. 
• Se a petição inicial não preencher os requisitos legais, 
apresentando defeitos e irregularidades capazes de 
dificultar o julgamento de mérito e verificando-se ainda a 
incapacidade processual da parte, deverá o juiz, quanto 
aos defeitos e irregularidades capazes de dificultar o 
julgamento do mérito, determinar que o autor emende a 
inicial ou a complete em quinze dias, indicando com 
precisão o que deve ser corrigido ou completado; quanto 
à incapacidade processual verificada, o juiz suspenderá o 
processo e designará prazo razoável para que seja sanado 
o vício. 
• O juiz, ao analisar a emenda da petição inicial por ele 
determinada, poderá julgar liminarmente improcedente o 
pedido, nas causas que dispensem a fase instrutória, que 
contrariar enunciado de súmula de tribunal de justiça 
sobre direito local. 
• Se a petição inicial com vício sanável não for emendada 
no prazo de 15 (quinze) dias a contar da intimação judicial 
para tanto, ela deverá ser indeferida, caso em que o autor 
poderá interpor apelação e será facultado ao juiz da causa 
retratar-se no prazo de 05 dias. 
• Se o juiz não se retratar da decisão que julgou 
liminarmente totalmente improcedente à ação, o réu será 
citado para apresentar contrarrazões à apelação. 
• A petição inicial não será indeferida se, apesar de não 
conter todas as informações exigidas pelo CPC/2015 para 
qualificar o réu, for possível realizar a citação do réu. 
• Se o juiz indeferir a inicial e o autor não apelar da 
decisão, o réu não será citado para a ação, mas deverá ser 
intimado do trânsito em julgado da sentença. 
• Se o Tribunal de Justiça reformar a decisão do juiz que 
indeferiu a petição inicial, determinando que a ação seja 
processada normalmente em primeira instância, o 
réu PODERÁ SIM apresentar contestação, AINDA QUE já 
tenha apresentado defesa em sede recursal. 
• Na fase postulatória do Procedimento Comum o pedido 
deve ser certo e determinado. Carlos pretende mover 
demanda em face da empresa Delta YZ, mas não é possível 
determinar desde logo, as consequências do ato ilícito 
praticado pela referida empresa. Neste caso, assinale a 
alternativa correta sobre a conduta que Carlos deve 
tomar: Carlos deve formular pedido genérico, pois de 
acordo com o Código Processo Civil é lícito formular 
pedido genérico quando não for possível determinar, 
desde logo, as consequências do ato ou do fato. 
• Determinada petição inicial traz o pedido de declaração 
de inexigibilidade do débito e indenização por danos 
morais em razão da cobrança indevida, objeto do pleito 
declaratório. Nesse caso, é certo afirmar que a cumulação 
de pedidos é sucessiva. 
• A petição inicial deverá ser acompanhada de 
procuração, que conterá os endereços do advogado, 
eletrônico e não eletrônico. 
• Situação hipotética: Em sede de liquidação de sentença, 
a parte impugnou decisão judicial que incluiu na 
condenação juros de mora e correção monetária, sob o 
fundamento de configurar julgamento extra 
petita. Assertiva: Nesse caso, a parte agiu erroneamente, 
porque a fixação de juros de mora e correção monetária 
constitui pedido implícito. 
• São questões prejudiciais aquelas relativas à existência 
de uma relação jurídica e relevantes para a solução do 
mérito. 
• A petição inicial será indeferida quando da narração dos 
fatos não decorrer logicamente a conclusão. 
• Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe 
ao advogado: 
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o 
endereço, seu número de inscrição na Ordem dos 
Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados 
da qual participa, para o recebimento de intimações; 
(...) § 1º Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, 
o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 
(cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob 
pena de indeferimento da petição. 
• Nas causas em que é desnecessária a instrução, o juiz 
julgará liminarmente improcedente o pedido que 
contrariar enunciado de súmula de Tribunal de Justiça 
sobre direito local. 
• Transitada em julgado a sentença de mérito proferida 
em favor do réu antes da citação, incumbe ao escrivão ou 
ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do 
julgamento. 
• A sentença que indefere a petição inicial é proferida sem 
resolução de mérito, logo faz coisa julgada formal, 
podendo o autor ajuizar a mesma ação num momento 
futuro. 
• Pedro propôs demanda em face de João, imputando-lhe 
o fato de tê-lo agredido fisicamente, o que, 
alegadamente, lhe gerou danos materiais e morais, cujas 
indenizações pleiteia. 
Está-se diante de cumulação de pedidos → simples. 
• É lícito formular pedido genérico, quando não for 
possível determinar, desde logo, as consequências do ato 
ou do fato. 
• O pedido deve ser certo, e a certeza diz respeito à 
clareza do pedido. Se a petição inicial não estiver 
suficientemente clara, contendo irregularidades no 
pedido, o juiz determinará que o autor a emende, 
indicando com precisão o que deve ser corrigido. 
• A alternatividade quanto ao pedido pode decorrer da 
própria natureza da obrigação, ou por estratégia 
processual, em que o autor cumula pretensões 
alternativas.• Pode haver pedidos subsidiários, em que o autor 
formula um ou mais pedidos subsequentes, que só 
deverão ser examinados pelo juiz se não acolhidos os 
pedidos antecedentes. 
• Para que se admita a cumulação de pedidos, não se 
exige que os pedidos cumulados sejam conexos. 
• O pedido deve ser certo e determinado. No entanto, são 
compreendidos no principal os juros legais, a correção 
monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os 
honorários advocatícios. 
• A compatibilidade entre os pedidos é requisito que 
somente submete a cumulação própria, não alcançando, 
por lógica, a cumulação imprópria, que naturalmente 
congrega pretensões excludentes entre si. 
• Enquanto o pedido alternativo encerra um único pleito, 
passível de ser cumprido de mais de uma forma, a 
chamada cumulação alternativa veicula mais de uma 
postulação, podendo qualquer uma delas ser acolhida. 
• Se a ação tiver por objeto a revisão de obrigação 
decorrente de empréstimo, o autor deverá, sob pena de 
inépcia, discriminar na inicial, entre as obrigações 
contratuais, aquelas que pretende controverter, além de 
quantificar o valor incontroverso do débito. 
• A inépcia da petição inicial, a manifesta ilegitimidade da 
parte e a ausência de interesse processual são hipóteses 
de indeferimento da petição inicial. 
• Caso não disponha das informações do réu, o autor 
poderá, na petição inicial, requerer ao juiz diligências 
necessárias à sua obtenção. 
• No pedido principal compreendem-se juros e correção 
monetária. 
• Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação 
em prestações sucessivas, essas serão consideradas 
incluídas no pedido, independentemente de declaração 
expressa do autor, e serão incluídas na condenação, 
enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do 
processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las. 
• O interesse do autor pode limitar-se à declaração: da 
existência, da inexistência ou do modo de ser de uma 
relação jurídica ou da autenticidade ou da falsidade de 
documento.

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