av2 civil 10,0

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AV2 CIVIL – 10,0 
 
1 Quando o negócio jurídico se apresenta de forma irregular, defeituosa, tal irregularidade ou 
defeito pode ser mais (nulidade) ou menos grave (anulabilidade), e o ordenamento jurídico 
pode atribuir reprimenda maior ou menor. Sobre a invalidade dos negócios jurídicos, considere: 
 
I.Os negócios simulados são nulos e aqueles praticados mediante erro de direito são anuláveis. 
 
II.Os negócios praticados em fraude contra credores e os contratos celebrados em estado de 
perigo são anuláveis. 
 
III.São nulos os negócios celebrados pelos pródigos e anuláveis os celebrados por menor entre 
dezesseis e dezoito anos. 
 
IV.A pretensão para se declarar a nulidade dos negócios jurídicos firmados por pessoa 
absolutamente incapaz, bem como dos que tiverem objeto ilícito, prescreve em dez anos. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
II e III. 
Apenas I. 
I, III e IV. 
I e II. x 
I e III. 
 
2 A fraude contra credores constitui defeito social do negócio jurídico, que, nas palavras de 
Carlos Roberto Gonçalves: “não conduzem a um descompasso entre o íntimo querer do agente 
e a sua declaração. A vontade manifestada corresponde exatamente ao seu desejo. Mas é 
exteriorizada com a intenção de prejudicar terceiros ou de fraudar a lei”. (Direito Civil – Parte 
Geral, vol. I, São Paulo, Ed. Saraiva, 1997, p. 98). Diante dessa assertiva, analise as afirmativas 
abaixo: 
Em caso de fraude contra credores, os prejudicados podem ajuizar ação pauliana para 
desfazer o negócio jurídico, vindo a receber imediatamente os valores havidos com a 
declaração de nulidade do negócio discutido na ação, no prazo prescricional de 20 anos. 
O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda 
não vencida, não tem obrigação de devolver o dinheiro, em proveito do acervo patrimonial 
sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, pois é seu direito receber o crédito 
devido. 
Comete fraude contra os credores aquele devedor que vende um bem imóvel, dilapida, se 
desfaz dos seus bens a preço muito inferior ao praticado no mercado imobiliário, agravando 
sua situação de insolvência, pois quer demonstrar que não possui “nada” caso seja demandado 
judicialmente. 
Não configura fraude contra credores simular o negócio jurídico e continuar na posse dos 
bens, pois esta é uma prática admitida na legislação civilista brasileira. 
Caracteriza fraude contra credores quando houver desproporção no valor das parcelas 
contratadas no negócio jurídico. 
 
3Carlos é pai de Edu e não paga pensão alimentícia há 08 anos. Edu, cresceu vendo s 
dificuldades da mãe para sustentá-lo. Esta, inerte, nunca cobrou judicialmente os alimentos 
devidos. Edu, com 18 anos, busca sua orientação para que ajuíze a competente ação para que 
sejam executados (cobrados) os valores. Você cobrará: 
Os últimos 03 anos, prazo decadencial; 
Os últimos 02 anos, prazo decadencial; 
Os últimos 05 anos, prazo decadencial; 
Os últimos 03 anos, prazo prescricional; 
Os últimos 02 anos, prazo prescricional. x 
 
4 O exercício de um direito não pode ficar pendente indefinidamente. Deve ser exercido pelo 
titular dentro de determinado prazo. Isso não ocorrendo, perderá o titular a prerrogativa de 
fazer valer seu direito. O tempo exerce influência abrangente no Direito em todos os campos. 
Se a possibilidade de exercício dos direitos fosse indefinida no tempo, haveria instabilidade 
social. Observe as alternativas abaixo em relação a prescrição e decadência: 
 
1) a prescrição pode ser extintiva ou aquisitiva. 
 
2) A prescrição extintiva, prescrição propriamente dita, conduz à perda do direito de ação por 
seu titular negligente, ao fim de certo lapso de tempo. 
 
3) O prazo prescricional pode ser usado de modo subjetivo pela pessoa. 
 
4) Tanto a prescrição quanto a decadência admitem renúncia. 
 
5) Os prazos de prescrição podem ser alterados pelas partes, aumentando os prazos legais. 
 
Com base nas alternativas supra, responda: 
Somente as alternativas 1, 2 e 3 estão corretas; x 
Somente as alternativas 2, e 3 estão corretas. 
Somente as alternativas 3 e 4 estão incorretas; 
Somente alternativas 3 e 5 estão incorretas; 
Somente alternativas 1, 3 e 4 estão corretas; 
 
5 Jocélio vendeu à Mariana um imóvel urbano novo, com área privativa total de 240,00m e área 
total de 500,00 metros quadrados. Mariana pagou a vista o valor de R$ 1.000.000,00 pois ficou 
maravilhada com o terreno, a edificação, as benfeitorias, área de festa, piscinas, e demais 
dependências. Todavia, Jocélio no intuito de somente agradar, mostrou apenas a localização, 
geografia, distanciamento do centro, proximidades com escolas, farmácias, supermercados e 
também a qualidade da edificação. Negócio feito, pago e transferido à Mariana, após 01 ano da 
aquisição, o imóvel apresentou fissuras, umidade excessiva, formação de placas de fungos nas 
extremidades das parede, além de falta de estrutura para ampliações. Mariana consultou vários 
engenheiros, arquitetos, especialistas nos problemas, e todos disseram que as partes afetadas 
necessitavam de demolição e processos preventivos aos fatores climáticos. Mariana 
irresignada, realizou orçamentos dos procedimentos e o custo está estimado em pelo menos 
R$ 150.000,00. Assim com base na situação hipotética, responda o que Mariana poderá fazer: 
 
I.Ajuizar ação de anulação do negócio jurídico com base em lesão sofrida. 
 
II.Ajuizar ação declaratória de nulidade do negócio jurídico pelo mesmo ser impossível; 
 
III.Usar os laudos dos engenheiros e arquitetos, orçamentos e exigir reparação civil no prazo 
decadencial de 05 anos; 
 
IV.Realizar os consertos necessários e ajuizar ação de ressarcimento de danos no prazo 
prescricional de 03 anos; 
 
V.Requerer a anulação do negócio jurídico, haja vista a indução a erro e dolo sofridos, sem 
prejuízo do ressarcimento dos danos. 
 
Com base nas assertivas acima, assinale: 
Estão corretas as assertivas I, II e III. 
Estão incorretas as assertivas I, II e IV. 
Estão incorretas as assertivas I, II e III 
Todas as assertivas estão corretas. 
Estão corretas as assertivas I, II e IV. 
 
6 Léa possui uma loja de artigos esportivos. Durante um atendimento, um cliente e sua 
funcionaria passam a discutir o preço do produto, tornando a discussão acalorada, até o ponto 
da cliente agredir a funcionaria e quebrar uma mesa e danificar alguns manequins. Tem-se da 
situação, que a conduta é ______________________ e que o prazo para que Léa aja e cobre seus 
prejuízos é ____________________de ______anos; 
Comissiva, prescricional; 03 anos; x 
Omissiva, prescricional; 03 anos; 
Comissiva, decadencial, 03 anos; 
Comissiva, decadencial; 04 anos; 
Omissiva, decadencial; 03 anos; 
 
7 Em processo judicial buscando anulação de negócio jurídico, discutiu-se que a madeireira 
STF Madeira de Lei e seu proprietário Carlos Arrojo (sócio), firmaram entre si escritura pública 
de compra e venda do único imóvel da empresa, que engloba três glebas, por preço muito 
aquém do mercado, o que resultou na insolvência da empresa. 
Isso ocorreu porque o imóvel vendido pelas partes acima, segundo a avaliação do oficial de 
justiça foi seis vezes maior que o valor vendido, demonstrando assim que houve dilapidação do 
único bem. 
 
Acerca da informação tratada acima, analise as proposições: 
 
I.Na fraude contra credores, o ato de alienação do patrimônio do devedor é deliberado e 
consciente, não conduzindo a um desacordo entre a vontade do agente e a sua manifestação 
no mundo exterior. Aqui, a falha do negócio é condenada pela repercussão social, e prejuízo 
direto aos credores, já que o negócio malfere os princípios da boa-fé e da socialidade. 
II.A venda não ocorreu de verdade, o que houve foi uma simulação de venda, porque o sócio 
continua sendo representante da empresa, e logo, na administração da mesma e do bem, 
portanto fica a discussão para a anulação do negócio. 
III.A venda realizada é legítima e não causa prejuízo algum às partes,a sociedade, aos credores 
e também ao processo judicial, porque ela foi realizada após o seu ajuizamento. 
IV.A empresa é solvente e possui ativo suficiente para liquidar seus débitos, grande é a sua 
liberdade de disposição de seus próprios bens, que é inerente ao direito constitucional de 
propriedade, portanto não há que se falar em fraude contra credor. 
 
Nesse caso, assinale a alternativa correta: 
I, IV 
I, III 
I, II X 
III, IV 
II, IV 
 
8Gabriela, empresária da região do vale, possui uma bela casa em Indaial desocupada. 
Sabendo da condição delicada que se encontra o amigo Carlos, em meio a Pandemia 
provocada pelo Covid-19, cede seu imóvel a ele para que nele resida, enquanto for solteiro. 
Todavia solicitou ao amigo que cuidasse do imóvel e realizasse as benfeitorias necessárias e 
também efetivasse o pagamento das taxas de água e luz. Tudo isso foi feito de forma verbal, 
porque Gabriela tem Carlos como seu irmão. De vez em quando, Gabriela mandava mensagens 
para ver como ele estava e também pedir que limpasse o pátio, trocasse algumas lâmpadas e 
fizesse as manutenções necessárias, principalmente limpeza. Porém, Carlos não cuidou do 
imóvel, deixou o bem em estado deplorável, sem contar com diversas contas de água e luz 
atrasadas, o que ensejou a inserção do nome e CPF da Gabriela junto ao SPC e SERASA. Muito 
chateada com a situação, Gabriela determinou ao amigo a desocupação do imóvel e também 
procurou você, para que lhe orientasse sobre como agir. Assim, você explica à cliente que: 
 
a.Nada pode ser feito, porque ela não tem provas suficientes 
 
b.Ela poderá ajuizar ação de ressarcimento de danos no prazo de 05 anos 
 
c.Gabriela precisará de prova testemunhal, porque não tem nenhuma outra prova documental 
 
d.Carlos é insolvente, portanto não adianta ajuizar ação 
 
e.Gabriela deverá solicitar somente inspeção judicial e perícia 
 
Assim, estão corretas as opções: 
B, C x 
D, E 
NENHUMA ESTÁ CORRETA 
A, D 
B, D 
 
9A expressão “invalidade” abrange a nulidade e a anulabilidade do negócio jurídico. Se é 
inválido, é porque não atende as condições legais; se é anulável, presume-se que houve falhas 
na realização do mesmo. Neste sentido, analise as proposições: 
 
I.Jurema possui dezesseis anos, é emancipada e contratou a alienação de veículo para si. 
Logo, o negócio é válido; 
 
II.Kátia contratou empréstimo bancário para quitar dívida de jogo de seu marido, porque vivia 
sob constante ameaças de morte dos credores. Logo, o negócio realizado é válido; 
 
III.João aderiu a contrato de financiamento de máquina agrícola sem ter ciência sobre a 
alteração de taxas de juros e correções anuais que recaiam sobre o negócio, logo, pode 
requerer que seja declarado nulo o negócio; 
 
IV.Devedor devidamente citado em processo judicial que se desfaz propositalmente de seus 
bens para não pagar a dívida e constituir insolvência, abre a possibilidade ao credor, para que 
este requeira judicialmente, dentro da cobrança/execução, a anulação do negócio, aduzindo 
como fundamento a fraude contra credores. 
 
V.Lisete induziu sua comadre a adquirir veículo seminovo, omitindo da mesma que o bem 
apresentava defeitos nos freios, caixa de marchas e motor. Logo, Lisete pode requerer 
judicialmente a declaração de nulidade do negócio. 
 
A respeito da narrativa acima e das proposições acima, assinale a alternativa correta: 
I, III, IV, V estão corretas 
I, II, III, IV estão corretas 
I, II, III, V estão incorretas 
II, III, IV, V estão corretas 
II, III, IV, V estão incorretas 
 
10 O Art. 212 do CC/02 traz em seus incisos os meios de prova. Trata-se de um rol 
exemplificativo, visto que além dos meios especificados, ainda se tem a possibilidade de 
existência de outros meios também citados pelo legislador em outros dispositivos. Assim, 
analise as proposições abaixo e marque a opção correta: 
A ata notarial é instrumento novo disposto pelo Código de Processo Civil, e serve meio de 
prova à parte interessada, pois conferirá a veracidade do teor de conversas, áudios, e 
negociações realizadas entre as partes. 
A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de notas, não vale como prova de 
declaração da vontade, mesmo quando exibido o original. 
A prova testemunhal nunca é utilizada, pois só poderá ser admitida caso não haja 
documentos que comprovem o fato narrado. 
Menores de 14 anos podem ser testemunhas em processo judicial e extrajudicial. 
É correto afirmar que todo documento pode ser usado como prova em direito, e não 
necessitam de confirmação por nenhum perito, como por exemplo, os e-mails, conversas de 
whatsapp.