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CONTABILIDADE COMERCIAL

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CONTABILIDADE COMERCIAL	
UNIDADE 3 - Esquema básico de escrituração de operações típicas de entidades comerciais — Parte II
Aula 1 Fontes de Investimento
As aplicações financeiras podem ser classificadas quanto ao prazo de vencimento em: ativo circulante (seja por meio de disponibilidades e em aplicações que vencem em até 12 meses) ou ativo não circulante (para aplicações resgatáveis após 12 meses). 
As opções destas aplicações são duas: 
Nesta aula, vamos estudar a contabilização das principais aplicações financeiras:
Cadernetas de poupança
As cadernetas de poupança compõem o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo — SBPE. É uma aplicação dirigida para pequenos investidores, sem incidência de imposto de renda, e exclusiva das sociedades de crédito e investimento, bancos múltiplos com carteira imobiliária, associações de poupança e empréstimo e caixas econômicas.
Todas as poupanças têm rendimento igual, de TR + 6,0% a.a. capitalizada mensalmente no caso das pessoas físicas e pessoas jurídicas sem fins lucrativos, o que corresponde a TR + 0,5% a.m., que transforma os juros a 6,17% a.a. efetivo.
O rendimento passa a ser de 70% da Selic (índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelos bancos no Brasil têm como referência), sempre que esta ficar em 8,5% ou abaixo disso ao ano. O ganho do poupador fica menor. Se a Selic for de 8%, por exemplo, a remuneração da poupança será de 5,6%
O rendimento para as pessoas jurídicas com fins lucrativos é capitalizado trimestralmente, equivalendo a TR + 1,5% a.t., incidente sobre o valor deixado em depósito pelo mínimo de 30 dias, no primeiro caso; e de três meses, no último, na data de seu aniversário.
A abertura pode ser feita em qualquer dia do mês, sendo que as contas abertas nos dias 29, 30 e 31 começam a contar rendimento a partir do primeiro dia do mês seguinte.
Certificado de depósito bancário (CDB)
É um título emitido por um banco comercial, múltiplo ou de investimento, que pode ser visto como um depósito bancário, já que, ao comprar o CDB, você — na verdade — está emprestando o dinheiro para o banco por um prazo determinado e recebendo em troca o pagamento de juros.
Os CDBs não podem ser prorrogados. A novação de um CDB no seu vencimento corresponde à emissão de um novo CDB.
A recompra de um CDB, pelo banco emissor, antes de seu vencimento, é facultativa para o Banco, não sendo obrigatória. Também não pode haver óbice, por parte do banco, à negociação de um CDB de sua emissão, com terceiros.
O CDB pode ser prefixado ou pós-fixado: 
CDB PREFIXADO - Investimento com rentabilidade prefixada, indicado para investidores que acreditam na tendência de queda da taxa de juros. O investidor conhece, no momento da aplicação, o valor bruto do rendimento que será pago no vencimento.
CDB pós fixado -Investimento com rentabilidade pós-fixada indexada a um percentual do CDI diário ou outro indexador, como a TR ou o IGP-M mais uma taxa fixa. Nesse caso, o investidor só conhece o rendimento no momento do resgate. Essa modalidade é indicada para investidores que buscam se proteger contra a alta da taxa de juros ou do indexador.
Títulos públicos
Os títulos públicos são dívidas emitidas pelo Governo Federal de forma a captar recursos para financiar seus projetos e suas atividades. 
A contabilização do título público dependerá do objetivo da entidade com relação ao seu gerenciamento. Ele pode ser classificado como título para negociação, título disponível para venda ou título mantido até o vencimento. O título mantido para negociação é aquele cuja empresa tem a finalidade de venda ou recompra no curto prazo. O título mantido até o vencimento ocorre quando a empresa demonstra intenção de manter o título até a data do seu vencimento. Quando a empresa resolve disponibilizar o título para venda ou não ser classificado como nenhum dos casos citados anteriormente, ele é classificado como disponível para venda. 
De forma a exemplificar esta questão, uma empresa que aplicou R$ 10.000,00 em títulos públicos, que obteve de retorno R$ 1.000,00 com rendimentos e R$ 800,00 com valorização do título, terá que realizar os seguintes lançamentos:
	a) Título Mantido para Negociação:
	D- APLICAÇÕES FINANCEIRAS — TÍTULOS (Ativo Circulante)
	R$ 11.800,00
	C- CAIXA (Ativo Circulante)
	R$ 10.000,00
	C- RECEITA FINANCEIRA (Resultado)
	R$ 1.000,00
	C- RECEITA VALORIZAÇÃO DE TÍTULOS (Resultado)
	R$ 800,00
	b) Título Disponível para Venda:
	D- APLICAÇÕES FINANCEIRAS — TÍTULOS (Ativo Circulante)
	R$ 11.800,00
	C- CAIXA (Ativo Circulante)
	R$ 10.000,00
	C- RECEITA FINANCEIRA (Resultado)
	R$ 1.000,00
	C- AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL (Patrimônio Líquido)
	R$ 800,00
	c) Título Mantido Até o Vencimento:
	D- APLICAÇÕES FINANCEIRAS — TÍTULOS (Ativo Circulante)
	R$ 11.800,00
	C- CAIXA (Ativo Circulante)
	R$ 10.000,00
	C- RECEITA FINANCEIRA (Resultado)
	R$ 1.000,00
	C- CONTABILIZAÇÃO A CRÉDITO (Resultado)
	R$ 800,00
Ações
As aplicações em ações são operações de renda variável. Ao optar por esta aplicação, o investidor acredita que os ganhos possam vir por meio da valorização dos preços das ações e dos recebimentos de dividendos, que são parte dos lucros distribuídos aos acionistas.
A classificação contábil dos investimentos em ações no curto prazo será realizada de acordo com o propósito deste investimento. Podem ser classificados como ativos financeiros para negociação ou ativos financeiros disponíveis para venda.
Aula 2 Fontes de Financiamento
Fornecedores
As dívidas com fornecedores são aquelas oriundas de compras a prazo de bens e serviços. Essas obrigações, tradicionalmente, não são onerosas (não têm incidência de juros) e vencem em curto espaço de tempo.
A conta fornecedores é considerada como passivo financeiro, uma vez que se constitui em uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro ativo financeiro a uma entidade.
Podemos exemplificar uma compra de mercadorias para revenda realizada a prazo no valor de R$ 1.600,00. 
	D- ESTOQUES (Ativo Circulante)
	R$ 1.600,00
	C- FORNECEDORES (Passivo Circulante)
	R$ 1.600,00
Empréstimos
Os empréstimos são recursos que a entidade capta junto aos bancos para financiar suas operações. Estes recursos são para financiar a compra de ativos, venda a prazo para clientes etc. 
A dívida de empréstimos tem como característica prazos certos de vencimentos e de encargos financeiros. 
São classificados no passivo circulante ou no passivo não circulante. No passivo circulante, são classificados empréstimos com prazo de vencimento de até um ano, seja mantido para ser negociado; a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. No passivo não circulante, são registrados empréstimos que irão vencer após o término do exercício seguinte ou que não se enquadrem acima. 
Como classificaremos empréstimos que contêm pagamentos mensais durante mais de um ano? 
As parcelas a serem pagas até um ano devem ser classificadas como passivo circulante. As demais devem ser registradas no passivo não circulante. A cada mês que segue, uma parcela é revertida do passivo não circulante e constituída no passivo circulante. 
A lei das S/As exige que sejam divulgadas em nota explicativa às demonstrações financeiras a taxa de juros, prazo de vencimento e as garantias de empréstimo a longo prazo. 
O reconhecimento inicial de uma dívida de empréstimo é pelo valor justo (CPC 38). 
Os juros dos empréstimos são computados como despesas na demonstração de resultados. No entanto, em certas circunstâncias, os juros sobre empréstimos devem ser capitalizados como ativos qualificáveis. 
Ativo qualificável: ativo que demanda um período de tempo para ficar pronto para venda ou para seu uso (estoques, intangíveis, plantas industriais). 
Tratamento com empréstimos pré e pós-fixados
Nos empréstimos pós-fixados, não se faz ajuste a valor presente. Contabilizam-se os juros passivos. 
Exemplo 
	R$ 1000,00, com juros de R$ 200,00, temos:
	D- BANCOS (Ativo Circulante)
	R$ 1.000,00
	No pagamento de juros ao final:D- JUROS PASSIVOS (Resultado)
	R$ 200,00
	C- BANCOS (Ativo Circulante)
	R$ 200,00
Já nos empréstimos prefixados, também, não se faz o lançamento a valor presente. O lançamento é feito de forma diferente. 
Exemplo 
	Empréstimo de R$ 1.000,00, com juros de R$ 200,00, temos :
	D- BANCOS (Ativo Circulante)
	R$ 800,00
	D- JUROS A TRANSCORRER (Passivo Circulante)
	R$ 200,00
	C- EMPRÉSTIMOS A PAGAR (Passivo Circulante)
	R$ 1.000,00
No caso de empréstimos a serem pagos em diversas parcelas, a contabilização deve ser feita no momento de quitação de cada parcela, considerando o que seria relativo a juros e a amortizações. Os juros são a remuneração da posse do capital e, assim, não abatem o valor da dívida. Por sua vez, a amortização abate o valor do saldo devedor da dívida. 
Vamos observar o seguinte financiamento descrito na tabela abaixo referente a um empréstimo de R$ 3.000,00, pago em três meses à taxa de juros de 5% ao mês. 
	
	Prestação
	Juros
	Amortização
	Saldo devedor
	01/04/20X5 – Obtenção Empréstimo
	R$ - 
	R$ - 
	R$ - 
	R$ 3.000,00
	01/05/20X5 – Pagamento 1º parcela
	R$ 1.101,63
	R$ 150,00
	R$ 951,63
	R$ 2.048,37
	01/06/20X5 – Pagamento 2º parcela
	R$ 1.101,63
	R$ 102,42
	R$ 999,21
	R$ 1.049,16
	01/07/20X5 – Pagamento 3º parcela
	R$ 1.101,63
	R$ 52,46
	R$ 1.049,16
	R$ 0,00
Na data de obtenção do empréstimo, temos os lançamentos: 
	Na data de obtenção do empréstimo, temos os lançamentos:
	D- BANCOS (Ativo Circulante)
	R$ 3.000,00
	C- EMPRÉSTIMOS A PAGAR (Passivo Circulante)
	R$ 3.000,00
	Em 01/05/20X5, data de liquidação da 1a parcela:
	D- DESPESA COM JUROS (Resultado)
	R$ 150,00
	C- EMPRÉSTIMOS A PAGAR (Passivo Circulante)
	R$ 951,63
	C- BANCOS (Ativo Circulante)
	R$ 1.101,63
	Em 01/06/20X5, data de liquidação da 2a parcela:
	D- DESPESA COM JUROS (Resultado)
	R$ 102,42
	C- EMPRÉSTIMOS A PAGAR (Passivo Circulante)
	R$ 999,21
	C- BANCOS (Ativo Circulante)
	R$ 1.101,63
	Em 01/07/20X5, data de liquidação da 3a parcela:
	D- DESPESA COM JUROS (Resultado)
	R$ 52,46
	D- DESPESA COM JUROS (Resultado)
	R$ 1.049,16
	C- BANCOS (Ativo Circulante)
	R$ 1.101,63
Debêntures
Uma das formas de grandes empresas comerciais recorrerem a empréstimos com taxa de juros mais baixa junto a capital de terceiros é a emissão de debêntures, em que as próprias empresas emitem títulos. As debêntures são títulos de dívida emitidos por sociedades por ações que conferem ao debenturista (detentor do título) um direito de crédito contra a emissora. É um título de crédito representativo de empréstimo que uma empresa faz junto a terceiros e que assegura a seus detentores direitos contra sua emissora, nas condições constantes da escritura de emissão. 
Somente as sociedades por ações com registro de companhia aberta junto à CVM podem efetuar emissão de debêntures para colocação junto ao público em geral.
Considera-se companhia aberta aquela que possui registro junto à CVM para negociação dos valores mobiliários de sua emissão nas bolsas de valores ou no mercado de balcão.
Para verificar sua contabilização, vamos utilizar o exemplo de uma emissão e venda de debêntures no valor de R$ 15.000,00, com taxa de juros de 10% ao ano e prazo de três anos, e pagamentos anuais de R$ 6.031,72. Os custos de transação incorridos e pagos foram de R$ 100,00, e o prêmio recebido na emissão das debêntures foi de R$ 500,00. 
	D- CAIXA (Ativo Circulante)
	R$ 15.400,00
	D- CUSTOS DE TRANSAÇÃO (Ativo Circulante)
	R$ 100,00
	D- JUROS A TRANSCORRER (Passivo)
	R$ 3.095,16
	C- PRÊMIOS NA EMISSÃO DEBÊNTURES (Passivo Não Circulante)
	R$ 500,00
	C- DEBÊNTURES A PAGAR (Passivo)
	R$ 18.095,16
Aumento do capital social
A empresa pode, também, buscar financiamento junto aos próprios sócios ou quotistas, oferecendo o aumento do capital social para estes investidores. Enquanto nas empresas limitadas, o quotista apenas aumenta a sua participação financeira na empresa. 
O capital social pode ser subdividido em:
Autorizado: O capital social autorizado é o valor que consta do estatuto e pode ser aumentado sem alterá-lo até o limite nele fixado. No momento em que este valor é alcançado, uma alteração no estatuto deve ser elaborada, para que possa viabilizar um novo valor. 
Subscrito: O capital social subscrito é o valor que os sócios se comprometem a realizar no capital social. Esta subscrição pode ser relativa a compromisso de realização inicial do capital social ou aumento do capital, limitado ao valor do capital autorizado.
Vamos verificar como se dá a contabilização de uma subscrição do capital social. Uma empresa que resolve ampliar seu capital social de R$ 700.000,00 para R$ 1.200.000,00, e consegue subscrever todas as ações emitidas, o lançamento desta subscrição será: 
	D- CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (Patrimônio Líquido)
	R$ 500.000,00
	C- CAPITAL SOCIAL (Patrimônio Líquido)
	R$ 500.000,00
Repare que, neste momento, os acionistas apenas se comprometeram a subscrever o capital, sem que, de fato, tenha integralizado, ou seja, injetado dinheiro na empresa. 
Integralizado: A integralização do capital ocorre quando o investidor injeta dinheiro na empresa reforçando, assim, o seu ativo circulante. A conta retificadora do patrimônio líquido é revertida com esta operação em todo, ou em sua parte.
Se destes R$ 500.000,00 de capital subscrito, R$ 200.000,00 seja integralizado em dinheiro, temos o seguinte registro: 
	D- CAIXA (Ativo Circulante)
	R$ 200.000,00
	C- CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (Patrimônio Líquido)
	R$ 200.000,00
Aula 3 Duplicatas a receber 
Verificamos, na Aula 1, a contabilização de operações de venda de mercadorias. Muitas dessas operações são efetivadas a prazo, gerando para a empresa comercial ativos em duplicatas a receber. A empresa pode receber antecipadamente essas duplicatas por meio de operações com os bancos. Nesta aula, verificaremos como se dá esta operação. 
Considere que uma empresa realize vendas a prazo no valor de R$ 30.000,00. De forma a receber antecipadamente essas duplicatas, a empresa negocia com o banco mediante o pagamento antecipado de uma despesa financeira de 5% do valor de face. O registro desses lançamentos na empresa comercial deve ser realizado da seguinte forma: 
	a) Contabilização da venda a prazo, desconsiderando movimentação de estoques.
	D- DUPLICATAS A RECEBER (AC)
	R$ 30.000,00
	C- RECEITA SORE VENDAS (Resultado)
	R$ 30.000,00
	b) Desconto da duplicata pelo banco.
	D- BANCOS (AC)
	R$ 28.500,00
	D- ENCARGOS FINANCEIROS ANTECIPADOS (PC)
	R$ 1.500,00
	C- DUPLICATAS DESCONTADAS (PC)
	R$ 30.000,00
Supomos que o banco receba R$ 25.000,00 do valor das duplicatas, neste caso, temos o seguinte lançamento: 
	D- DUPLICATAS DESCONTADAS (PC)
	R$ 25.000,00
	C- DUPLICATAS A RECEBER (AC)
	R$ 25.000,00
Considerando que o banco não receba as demais duplicadas no valor de R$ 5.000,00. Neste caso, o banco devolve para a empresa comercial tais duplicatas, descontando tal valor da conta-corrente da empresa: 
	D- DUPLICATAS DESCONTADAS (PC)
	R$ 5.000,00
	C- BANCOS (AC)
	R$ 5.000,00
Devolução de vendas
As devoluções de vendas podem ocorrer por diversos motivos: quando um cliente recebeu aquilo que não solicitou, uma avaria no transporte do produto até a sua entrega, a qualidade da mercadoria não atendeu aos requisitos do cliente. 
Essa operação deve ser realizada considerando a conta retificadora de receita denominada devolução de vendas. Esta conta será de grande importância para a administração da empresa para mensurar o volume financeiro de mercadorias devolvidas. 
Vamos observar o exemplo de uma empresa que comprou 100 camisas esportivas para revenda no valor de R$ 100,00 cada, e, em um curto espaço de tempo, todas foram vendidas a prazo a um preço de R$ 250,00. Após um certo período, 12 camisas foram devolvidas pelos clientes. A contabilização dessas operações será: 
	a) Compras das camisas para revenda.
	D- ESTOQUES (AC)
	R$ 10.000,00
	C- CAIXA (AC)
	R$ 10.000,00
	b) Venda das camisas.
	D- DUPLICATAS A RECEBER (AC)
	R$ 25.000,00
	C- RECEITA (Resultado)
	R$ 25.000,00
	D- CMV (Resultado)R$ 10.000,00
	C- ESTOQUES (AC)
	R$ 10.000,00
	c) Devolução das Vendas.
	D- DEVOLUÇÃO DAS VENDAS (Resultado)
	R$ 3.000,00
	C- DUPLICATAS A RECEBER (AC)
	R$ 3.000,00
	D- ESTOQUES (AC)
	R$ 1.200,00
	C- CMV (Resultado)
	R$ 1.200,00
Controle de duplicatas a receber
As empresas, também, controlam seus recebíveis, controlando o prazo de recebíveis vencidos e não pagos. A B2W, em sua apresentação trimestral de junho de 2016, considera para efeito de crédito para liquidação duvidosa recebíveis com valores vencidos com mais de 180 dias. Na tabela abaixo, podemos observar os prazos dos seus recebíveis vencidos: 
	
	Controladora
	Consolidado
	
	30 de junho de 2016
	31 de dezembro de 2015
	30 de junho de 2016
	30 de dezembro de 2015
	A vencer
	522.979
	766.311
	603.929
	848.003
	Vencidos
	até 30 dias
	7.734
	17.291
	7.734
	17.291
	30 a 60 dias
	12.156
	12.662
	12.156
	12.662
	61 a 90 dias
	5.697
	1.956
	5.697
	1.956
	91 a 120 dias
	15.489
	634
	15.489
	634
	121 a 180 dias
	354
	293
	354
	293
	180 dias
	1.817
	2.125
	1.817
	2.125
	
	566.226
	801.372
	647.176
	883.064
Fonte: Informação trimestral – 2ºT de 2016. 
Provisão para devedores duvidosos
Esta provisão deve ser feita com base nos riscos de perdas com vendas a prazo, no caso de empresas comerciais. 
O lançamento contábil desta provisão é realizado por meio de uma conta retificadora da conta duplicatas a receber — ou clientes — pertencente ao ativo circulante. O seu registro deve ocorrer quando da evidência de que este direito não será mais recebido, seja pela dificuldade financeira de um cliente demonstrada pela da falta de pagamento ou de situação de falência ou recuperação judicial. 
Vamos supor uma empresa que possui R$ 30.000,00 de duplicatas a receber, e que, após uma verificação do perfil de seus clientes junto departamento de cobrança, estimou-se em perdas para devedores duvidosos o valor de R$ 3.500,00. O lançamento desta forma será: 
	D- DESPESA COM DEVEDORES DUVIDOSOS (Resultado)
	R$ 3.500,00
	C- PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS (Ativo Circulante)
	R$ 3.500,00
Se após esta baixa contábil, algum devedor resolva pagar uma duplicata no valor de R$ 1.200,00, esta contabilização deve ser considerada como outra receita, uma vez que esta duplicata estava baixada: 
	D- BANCOS (Ativo Circulante)
	R$ 1.200,00
	C- OUTRAS RECEITAS (Resultado)
	R$ 1.200,00
UNIDADE 4 - Esquema básico de escrituração de operações típicas de entidades comerciais – Parte III 
Aula 1 Provisões e reservas
Para Almeida et al. (2015), uma provisão é um “acréscimo de exigibilidade cujo valor e/ou prazo de pagamento ainda não está totalmente definido”. Tais provisões correspondem a expectativas de obrigações/perdas de ativos resultantes que levam a redução do Patrimônio Líquido da empresa. 
As reservas são, por outro lado, um reforço do Patrimônio Líquido da empresa. Constitui em um valor que irá preservar o capital social por eventuais prejuízos no resultado do exercício. 
Provisões
As provisões podem ser contas de passivo ou retificadoras do ativo. Quando são contas de passivo podem ser relativas à folha de pagamento (décimo terceiro salário e férias), ao pagamento de tributos e às contingências. Nas contas de ativo, as provisões são contas retificadoras, como as que estudamos no módulo anterior referente à provisão com devedores duvidosos (PDD).
Cabe lembrar que as provisões servem para atender ao regime de competência, uma vez que registra informações contábeis que não sejam necessariamente pagas no período. No caso do décimo terceiro salário, apesar de este valor ser pago no final do ano, a sua contabilização deve ser realizada mensalmente. 
Embora já tenhamos observado alguns desses tipos de provisões, verificaremos alguns de seus lançamentos. Para a contabilização de parte dos impostos vamos exemplificar um lançamento de R$ 400,00 referente ao PIS, ocorrido em um determinado período. 
	D- DESPESA COM PIS (Resultado)
	R$ 400,00
	C- PROVISÃO COM PIS (PC)
	R$ 400,00
No caso de lançamento de uma provisão no ativo, o lançamento a ser feito é de uma conta retificadora. Vimos em aulas passadas que a provisão para devedores duvidosos (PDD) é uma conta retificadora de duplicatas a receber. Logo, no caso de um lançamento de R$ 500,00 de PDD, temos: 
	D- DESPESA COM PROVISÃO COM DEVEDORES DUVIDOSOS (Resultado)
	R$ 500,00
	C- PROVISÃO COM DEVEDORES DUVIDOSOS (Retificadora de AC)
	R$ 500,00
Também temos a provisão de ajuste para valor de mercado. Esta é uma conta retificadora de ativo e deve ser registrada quando o valor do custo de aquisição do estoque está abaixo do valor de mercado. Logo, o valor a ser lançado nesta provisão é a diferença entre o valor pago na aquisição de estoques e o valor pretendido para a venda. No caso de uma provisão de R$ 100,00 de ajuste para valor de mercado, temos o seguinte registro: 
	D- DESPESA COM PROVISÃO DE AJUSTE A VALOR DE MERCADO (Resultado)
	R$ 100,00
	C- PROVISÃO DE AJUSTE A VAOR DE MERCADO (Retificadora de AC)
	R$ 100,00
Ainda referente aos estoques, também pode ser lançada outra conta redutora de provisão de perdas com estoques. Essa provisão destina-se a eventuais perdas ou avarias em produtos estocados pela empresa comercial. 
Reservas
As reservas encontram-se no patrimônio líquido da empresa, tendo como principal objetivo proteger o valor do capital social da empresa.
A reserva de capital é composta pelo ágio na subscrição de ações, na alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição. O ágio na subscrição de ações consiste na contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal. As partes beneficiárias e bônus de subscrição representam títulos negociáveis emitidos pela companhia.
As reservas de lucros são constituídas pela apropriação de lucros acumulados. Na legislação existem seis tipos de reservas de lucros:
Legal: A reserva legal é constituída obrigatoriamente com base em 5% do lucro líquido até o limite de 20% do capital social realizado. Porém, essa reserva poderá deixar de ser constituída quando seu saldo acrescido do valor das reservas de capital atingir 30% do capital social realizado.
Estatutária: Já a reserva estatutária é estabelecida pelo estatuto da companhia definindo o objetivo, determinando o cálculo e o limite máximo da reserva.
Para contigências: A reserva para contingências tem por objetivo destinar parte do lucro líquido do exercício para compensar no futuro perda considerada como provável.
Incentivos fiscais: A reserva de incentivos fiscais é a parcela do lucro líquido decorrente de doações e de subsídios governamentais para investimentos (excluir da base de cálculo de dividendos obrigatórios).
Retenção de lucros: A reserva para retenção de lucros tem como objetivo cobrir o orçamento de capital.
Lucros a realizar: Por fim, a reserva de lucros a realizar retém os lucros econômicos em reserva específica até a sua realização.
Aula 2 Provisões trabalhistas e direitos a receber
Provisões trabalhistas
O tratamento para provisões com riscos relacionados a passivos, na maioria das vezes judiciárias (tributária, trabalhista, civil), deve obedecer ao CPC 25.
	CPC 25
Esse pronunciamento contábil informa o que deve ser feito no caso de eventos futuros que poderão ou não ocorrer.
Para o reconhecimento de uma provisão relativa a um processo trabalhista, por exemplo, é necessário saber quais são as chances de a empresa perder a ação. O CPC 25 prevê que existem três situações: provável, possível e remota. 
Uma situação provável significa que uma empresa tem grandes chances de o processo não ser revertido, ou seja, a chance de ocorrer a perda é maior do que a de não ocorrer. Nesse caso, a provisão deve ser realizada, bem como divulgada nas notas explicativas no fechamento dos demonstrativos contábeis da empresa. 
O registro de perda de uma ação trabalhista no valor de R$ 20.000,00, por exemplo, deve ser contabilizado como:
	D- PERDA COM PROCESSOS TRABALHISTAS (RESULTADO)
	R$ 20.000,00.
	C- PROVISÃO PARA PERDA TRABALHISTA (Passivo Não Circulante)
	R$ 20.000,00.
Uma situaçãopossível é a de que existe alguma possibilidade de reversão de perda, com chance maior do que a provável. Um caso possível não acarreta em registro contábil, porém deve ser informada nas notas explicativas.
A situação remota é aquela que tem muitas possibilidades por parte da empresa de não perder a ação trabalhista, ou seja, uma chance pequena de perda. Esta situação não gera registro contábil tampouco a obrigatoriedade de divulgação nas notas explicativas. 
As situações possíveis ou remotas de perdas são classificadas como passivo contingente. 
	O passivo contingente é “uma obrigação possível que resulta de acontecimentos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade”.
Tais situações devem ser revistas periodicamente, de forma a verificar se uma determinada ação possível possa ser transformada em provável, ou até mesmo em remota. 
Vamos verificar o exemplo da empresa ABC S/A, com atuação na Grande São Paulo. Ela é ré em diversas ações trabalhistas em julgamento e precisa realizar sua contabilização de forma adequada. O departamento jurídico estimou R$ 50.000,00 em perdas com ações prováveis, R$ 30.000,00 em perdas com ações trabalhistas possíveis e R$ 20.000,00 em perdas remotas, com as demais ações trabalhistas. Além de tais ações, há outros R$ 10.000,00 em ações prováveis, porém, sem que tenham uma mensuração segura. 
	D- PERDA COM PROCESSOS TRABALHISTAS (RESULTADO)
	R$ 50.000,00.
	C- PROVISÃO PARA PERDA TRABALHISTA (Passivo Não Circulante)
	R$ 50.000,00.
Assim sendo, a empresa deve registrar apenas R$ 50.000,00 em provisões de perdas de ações trabalhistas. Os demais R$ 40.000,00, referentes a ações prováveis de perda sem segurança de mensuração e ações possíveis de perda, serão apenas registradas nas notas explicativas. Quanto às provisões remotas, elas não serão contabilizadas nem divulgadas em notas explicativas. 
De acordo com o item 21.4 do CPC para Pequenas e Médias Empresas (PME), na elaboração das informações referentes a provisões nas notas explicativas devem constar: conciliação das contas (informando valores constituídos e revertidos na provisão), descrição da natureza da obrigação, com valor esperado e data de pagamentos, indicação das incertezas sobre o valor ou momento de ocorrência das saídas, possibilidade de reembolso. 
Quadro 1. Provisões e passivos contingentes.
	Possibilidade de ocorrência do desembolso
	Tratamento contábil
	Obrigação presente provável.
	Mensurável por meio de estimativa confiável.
	Reconhece provisão e divulga em notas explicativas.
	
	Não mensurável por meio de estimativa confiável.
	Apenas divulga em notas explicativas.
	Obrigação possível ou obrigação presente que pode requerer, mas provavelmente não irá requerer, uma saída de recursos.
	Nenhuma provisão é reconhecida. Divulgação é exigida para o passivo contingente.
	Obrigação possível ou obrigação presente cuja probabilidade de uma saída de recursos é remota.
	Nenhuma visão é reconhecida. Nenhuma divulgação é exigida.
Fonte: IMP Cursos. 
Ativos contingentes
No caso de uma empresa que esteja como impetrante de determinada ação cível, por exemplo, o reconhecimento do ativo somente se dará por meio de uma ação transitada em julgado. No caso de uma situação provável, a empresa deve apenas divulgar a existência desta ação cível. As situações possíveis e remotas não são registradas, tampouco divulgadas nas suas notas explicativas.
O ativo contingente é um “ativo possível que resulta de acontecimentos passados e cuja realização será confirmada apenas pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos, não totalmente sob controle da entidade”. O registro desse ativo estará condicionado à ocorrência ou não de evento futuro. 
Quadro 2. Ativos contingentes.
	Possibilidade de ocorrência da entrada de recursos
	Tratamento contábil
	Praticamente certa.
	O ativo não é contingente, um ativo é reconhecido.
	Provável, mas não praticamente certa.
	Nenhum ativo é reconhecido, mas existe divulgação em notas explicativas
	Não é provável.
	Nenhum ativo é reconhecido, não divulga em notas explicativas.
Fonte: IMP Cursos. 
Aula 3 Folha de pagamento e encargos sociais 
Para a contabilização da folha de pagamento, além de considerar os salários dos empregados, a empresa comercial deve incluir os encargos sociais, bem como recolher o imposto de renda do empregado. Nesta aula, vamos verificar os principais itens da folha de pagamento de uma empresa. 
	CPC 33
O CPC 33 define os benefícios a empregados como formas de compensação que a empresa proporciona em virtude da troca de serviços prestados pelos seus empregados ou pela rescisão do contrato de trabalho. Os benefícios a empregados podem ser de curto prazo ou de pós-emprego.
Os benefícios de curto prazo são aqueles que devem ser liquidados em até 12 meses após a data do vencimento. Estão incluídos os salários, encargos sociais de INSS e de FGTS, férias, décimo terceiro salário, participação nos lucros etc. Os benefícios pós-emprego são aqueles pagos após o período de emprego, como planos de saúde e de aposentadoria. 
Pagamento de salários
Com relação a pagamentos de salários é importante distinguirmos o que seria contabilizado como despesa com salários e o que é efetivamente pago ao empregado. Antes do pagamento do funcionário é necessário realizar os descontos de INSS e de IRRF sobre tais vencimentos.
Para exemplificar esta situação, considere que uma empresa pague uma folha de R$ 25.000,00 em salários com pagamento de R$ 2.000,00 de INSS e de R$ 3.000,00 em IRRF. A contabilização seria: 
	D- DESPESA COM SALÁRIOS (Resultado)
	R$ 25.000,00
	C- BENEFICIOS A SEREM PAGOS A EMPREGADOS (Salários - PC)
	R$ 20.000,00
	C- BENEFÍCIOS A SEREM PAGOS A EMPREGADOS (IRPF - PC )
	R$ 3.000,00
	C- BENEFÍCIOS A SEREM PAGOS A EMPREGADOS (INSS - PC)
	R$ 2.000,00
No momento que a empresa efetuasse o pagamento aos seus funcionários por meio de crédito bancário, os lançamentos seriam: 
	D- BENEFICIOS A SEREM PAGOS A EMPREGADOS (Salários - PC)
	R$ 20.000,00
	C- BANCOS (AC)
	R$ 20.000,00
Para o pagamento de INSS existe a parte referente ao empregado e outra ao empregador (patronal). O pagamento do empregador incide sobre 20% da folha de pagamento. Já para o empregado, o cálculo é realizado sobre uma tabela que é sempre atualizada. Como exemplo, vejamos a tabela de julho de 2016: 
	Faixa Salarial (em R$)
	Alíquota
	Até 1.556,94
	8%
	De 1.556,95 a 2.594,92
	9%
	De 2.594,93 a 5.189,82
	11%%
Fonte: Receita federal.
(Valores a partir 01/01/2016). 
Assim, um empregado que ganha R$ 2.000,00, de acordo com esta alíquota contribui com R$ 180,00 com INSS (R$ 2.000,00*0,09). Por sua vez, quem ganha R$ 5.000,00, terá o INSS de R$ 550,00 (R$ 5.000,00*0,11). 
Quem ganha acima de R$ 5.189,82 contribui apenas sobre este teto. Em outras palavras, um empregado que tem vencimentos de R$ 6.000,00 ou R$ 10.000,00 paga o mesmo valor de INSS de R$ 570,88 (R$ 5.189,82 * 0,11). 
Para o desconto de IRPF, utiliza-se outra tabela — atualizada pelo site da Receita Federal — para o desconto no salário de cada empregado, após abatimento da contribuição previdenciária: 
	Faixa Salarial (em R$)
	Alíquota
	Parcela a Deduzir do IRPF
	Até 1.903,98
	0%
	-
	De 1.903,99 a 2.826,65
	7,5%
	R$ 142,80.
	De 2.826,66 a 3.751,05
	15,0%
	R$ 354,80.
	De 3.751,06 a 4.664,68
	22,5%
	R$ 636,13.
	Acima de 4.664,68
	27,5%
	R$ 869,36.
Fonte: Receita federal.
(Valores a partir 01/04/2015). 
Dessa forma, quem ganha R$ 2.500,00 após a contribuição previdenciária, paga R$ 44,70 de IRPF, pois: 
	1º faixa 
	isento
	2º faixa
	Diferença entre R$ 2.500,00 e R$ 1.903,98 = R$ 596,02.
	
	(R$ 596,02 * 0,075) = R$ 44,70.
Por outro lado, para quem ganha um valor maior, deve-se utilizar o cálculo do imposto em cada faixa prevista. Consideremos um empregado que ganhou em junho de 2016 um salário de R$ 10.000,00 com desconto de R$ 570,88 de contribuição previdenciária (alíquota máxima de INSS).A base de cálculo seria de R$ 9.429,12 e o cálculo do imposto seria: 
	1º faixa
	isento
	2º faixa
	Diferença entre R$ 2.826,66 e R$ 1.903,98 = R$ 922,68.
	
	(R$ 922,68 * 0,075) = R$ 69,20.
	3º faixa
	Diferença entre R$ 3.751,05 e R$ 2.826,65 = R$ 924,40.
	
	(R$ 924,40 * 0,15) = R$ 138,66.
	4º faixa
	Diferença entre R$ 4.664,68 e R$ 3.751,05 = R$ 913,63.
	5º faixa
	Diferença entre R$ 9.429,12 e R$ 4.664,68 = R$ 4.764,44.
	
	(R$ 4.764,44 * 0,275) = R$ 1.310,22.
Assim, o valor a ser pago de IRPF seria de R$ 1.931,73 (R$ 69,20 + R$ 138,66 + R$ 205,57 + R$ 1.310,22). 
Há também abatimentos de dependentes que podem ser realizados mensalmente sobre a base de cálculo da alíquota do IRPF. Por exemplo, em junho de 2016, o valor de dedução foi de R$ 189,59 mensais, por dependente. Os pagamentos de pensões alimentícias também podem ser descontados da base de cálculo da alíquota. 
Encargos sociais
Os encargos sociais comumente cobrados do trabalhador referem-se à cobrança de INSS (parte patronal) e de FGTS. 
O INSS referente à parte patronal incide sobre 20% da folha de pagamento. Este valor não é descontado do salário do empregado e deve ser provisionado mensalmente. Utilizando o exemplo anterior de uma folha de pagamento de R$ 25.000,00, temos um pagamento de INSS de R$ 5.000,00 (R$ 25.000,00 * 0,20), contabilizado a seguir: 
	D- DESPESA COM INSS (Resultado)
	R$ 5.000,00
	C- BENEFÍCIOS A SEREM PAGOS A EMPREGADOS (INSS - PC)
	R$ 5.000,00
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) incide igualmente sobre o vencimento bruto do empregado, não sendo, do mesmo modo, descontado no seu vencimento. A alíquota incidente é de 8%, e seu lançamento é assim contabilizado: 
	D- DESPESA COM FGTS (Resultado)
	R$ 2.000,00
	C- BENEFÍCIOS A SEREM PAGOS A EMPREGADOS (FGTS - PC)
	R$ 2.000,00
Férias e décimo terceiro salário
De acordo com a nossa legislação, o décimo terceiro salário e as férias devem ser contabilizados mensalmente, embora sejam pagos ao empregado somente no momento a que tem direito. Para o pagamento do décimo terceiro salário é necessário contabilizar 1/12 deste valor a cada mês trabalhado pelo empregado. 
Assim, dada uma folha de R$ 25.000,00, temos que registrar R$ 2.083,33 (R$25.000,00 / 12) nas seguintes contas: 
	D- DESPESA COM 13º SALÁRIO (Resultado)
	R$ 2.083,33
	C- BENEFÍCIOS A SEREM PAGOS A EMPREGADOS (13º Salário - PC)
	R$ 2.083,33
Para o pagamento de férias é necessário adicionar 1/3 do valor para que este possa ser calculado. Assim, considerando o exemplo anterior, para o valor das férias de R$ 33.333,33 (R$ 25.000,00 com adicional de 1/3) seria registrado 1/12 a cada mês, ou seja, R$ 2.777,78 (R$ 33.333,33 / 12): 
	D- DESPESA COM FÉRIAS (Resultado)
	R$ 2.777,78
	C- BENEFÍCIOS A SEREM PAGOS A EMPREGADOS (Férias - PC)
	R$ 2.777,78
Participação nos lucros
A participação nos lucros (PLR) também deve ser registrada como benefícios a funcionários. A vantagem para o empregado é que a tributação tem alíquota zero em uma base de cálculo maior que a sua remuneração normal. 
	Valor PLR Anual (em R$)
	Alíquota
	Parcela a Deduzir do IRPF
	Até 6.677,55
	0%
	-
	De 6.677,56 a 9.922,28
	7,5%
	R$ 500,82
	De 9.922,29 a 13.167,00
	15,0%
	R$ 1.244,99
	De 13.167,01 a 16.380,38
	22,5%
	R$ 2.232,41
	Acima de 16.380,38
	27,5%
	R$ 3.051,33
Fonte: Receita federal.
(Valores a partir 01/04/2015). 
Assim, um registro de PLR será contabilizado conforme abaixo: 
	D- DESPESA COM PESSOAL (Resultado)
	R$ 1.200,00
	C- BENEFÍCIOS A SEREM PAGOS A EMPREGADOS (Participação nos Lucros - PC)
	R$ 1.200,00

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