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Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS ➢ Previsto na Lei 9.099/1995 INTRODUÇÃO ➢ Os Juizados Especiais Criminais são órgãos da justiça ordinária, criados pela União, para conciliação, julgamento e execução, nas causas de sua competência. Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência. Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. COMPETÊNCIA ➢ São competência do Juizados Especiais Criminais as chamadas INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO (IMPO). ➢ IMPO → São as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima não seja superior a 2 anos, não importa se a sanção penal é ou não cumulada com multa. o Se passar de 2 anos = vai para vara criminal comum. o ATÉ 2 anos = Juizados Especial Criminal. Obs.: Estão incluídos os delitos cuja pena máxima é de exatamente 2 anos! Obs. 2: Nos casos de crimes continuado ou concurso formal, deve-se analisar a pena máxima com o aumento máximo previsto na legislação, na busca da obtenção da classificação da infração como IMPO. Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto ATENÇÃO!! ➢ Ainda que um processo seja deslocado para o juízo comum, em razão de conexão e continência, o acusado não perde a possibilidade de conceção de institutos com a transação penal e da composição dos danos civis, os quais ainda poderão ser celebrados no referido juízo. Art. 60, parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis. ➢ INSTITUTOS o Composição dos danos civis → a qual resulta na renúncia ao direito de queixa ou de representação, bem como na extinção da punibilidade do agente. o Transação penal → a qual permite o cumprimento imediato da pena restritiva de direitos, ou de pena de multa, a qual evita a instauração do processo. Obs.: A transação não é conveniência do MP, ela é direito da parte! SOMENTE se o autor do fato preencher os requisitos legais (objetivos). O autor do fato também pode recusar e provar que é inocente até o final. COMPETÊNCIA NO JECRIM ➢ Regra geral: a competência é a do lugar em que foi praticada a infração penal. Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. PRINCÍPIOS ➢ ORALIDADE o Deve-se dar preferencia a palavra falada sobre a escrita, sem a exclusão desta última. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto o Exemplos: ▪ Peça acusatória ▪ Defesa preliminar ➢ SIMPLICIDADE o Deve-se reduzir o quanto possível a documentação juntada nos autos do processo, sem prejuízo da boa prestação jurisdicional. o Em razão da simplicidade, o TCO substitui o IP. o Previsão de que há desnecessidade do exame do corpo de delito quando a materialidade for comprovada por boletim médico. (art. 77,§1) ➢ INFORMALIDADE o Não existe formas essenciais ou rigor absolutamente formal ao processo. o Em razão da informalidade, não há nulidade sem prejuízo, (art. 65,§1) ➢ ECONOMIA PROCESSUAL o Resolução do processo com o mínimo de atos e no menor tempo possível, da forma menos onerosa para as partes e para o Estado. ➢ CELERIDADE PROCESSUAL o Obtenção da prestação jurisdicional no menor tempo possível, ATOS PROCESSUAIS ➢ Serão públicos ➢ Pode ser realizado em horário noturno e em qualquer dia da semana Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. ➢ Serão válidos se atendidos os critérios/princípios do art. 62 Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. ➢ Não há nulidade sem prejuízo, em razão do princípio da informalidade. Art. 65, §1. Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. ➢ Poderá ser solicitada por outras comarcas, por qualquer meio hábil de comunicação. Em razão do princípio da celeridade. Art. 65, §2. A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação. ➢ Só será objeto de registro ESCRITO apenas o que é ESSENCIAL!! Pois o JECRIM deve seguir o princípio da oralidade. Art. 65, §3. Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente. PROCEDIMENTO ➢ CITAÇÃO o Será pessoal, realizada no próprio juizado. o Pode ser realizada por mandato. o NÃO se admite por edital! A mesma coisa ocorre com carta rogatória. o Se admite por hora certa. (art. 362, CPP) Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. ➢ CITAÇÃO – ACUSADO NÃO ENCONTRADO o O juiz remete as peças existentes ao juízo comum. o O juízo comum adota o procedimento legal. Art. 66, parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. ➢ INTIMAÇÃO Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto o Por correspondência com aviso de recebimento. (pessoa física) o Entrega ao encarregado da recepção. (pessoa jurídica) o Se necessário, por oficial de justiça, utilizando qualquer meio de comunicação. Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação. ➢ ATOS PRATICADOS EM AUDIÊNCIA o Causam ciência das partes, interessados e defensores, DESLO LOGO!! Art. 67, parágrafo único. Dos atos praticados em audiência considerar-se- ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores. ➢ INTIMAÇÃO DO AUTOR E CITAÇÃO DO ACUSADO o É necessário o advogado o Na falta dele, designa um defensor público. Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado de citação do acusado, constará a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a advertência de que, na sua falta, ser- lhe-á designado defensor público FASE PRELIMINAR ➢ Fase preliminar diz respeito ao procedimento a ser tomado na fase anterior. Ou seja, o que acontece antes da competência. ➢ IMPO não resulta na instauração de um IP. O procedimento a ser tomado pela autoridade policial (delegado de polícia) é o de lavrar um TCO (termo circunstanciado de ocorrência)!! ➢ Ao ser comunicado da ocorrência de uma IMPO, a autoridade policial irá providenciar a lavratura do TCO e encaminhará ao Juizado Especial competente, requisitando os exames periciais necessários e encaminhado o autor do fato e a vítima. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamenteao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. ➢ FIANÇA e PRISÃO EM FLAGRANTE o Se o autor do fato for imediatamente encaminhado ao juizado ou se comprometer a comparecer a este quando intimado, não poderá ser preso em flagrante e o delegado não poderá arbitrar fiança. Art. 69, parágrafo único. Primeira parte. Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. (...) o Caso haja recusa do agente ao comparecimento em juízo ou quanto ao compromisso de comparecer em juízo, a autoridade policial deve proceder a lavratura do APF, regularmente. o Caso o indivíduo não possua condições de assumir o compromisso, casos de embriaguez por exemplo, segundo a doutrina, o delegado deve proceder a lavratura do APF. o Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar como medida de cautela: ▪ Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima Art. 69, parágrafo único. Última parte. (...) Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. ➢ Na prática, o que mais ocorre é a assinatura de termo de compromisso de comparecimento nos juizados especiais, tendo em vista que é muito comum que a lavratura de TCO pela autoridade ocorra em horário contrário ao do funcionamento do juizado, principalmente durante o período de repouso noturno. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto AUDIÊNCIA PRELIMINAR ➢ Uma vez lavrado o TCO, que será devidamente encaminhado ao Juizado, deve-se passar a chamada audiência preliminar. o Audiência preliminar → É um procedimento peculiar do rito sumaríssimo, no qual o juiz irá buscar a composição dos danos sofridos pela vítima, com o objetivo de evitar a aplicação de uma pena privativa de liberdade. Art. 72. Última parte. (...) o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. Obs.: Trata-se da implantação da chamada JUSTIÇA RESTAURATIVA, que possui um foco maior na reparação do dano do que em submeter o autor a uma sanção penal e à ➢ Se não for possível ser imediatamente encaminhado para a audiência preliminar, lavra-se o TCO com assinatura do termo de compromisso, termo este em que o autor do fato se compromete em comparecer a todos os atos sempre que intimado. E é colocado em liberdade imediatamente. Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não sendo possível a realização imediata da audiência preliminar, será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes. ➢ Se algum dos envolvidos não comparecer à audiência preliminar, a Secretaria providenciará sua intimação. E, se for o caso, a do responsável civil. Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se for o caso, a do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei. ➢ Na audiência preliminar, está presente: o Juiz togado ou leigo o Ministério Público o Autor do fato o Vítima o Se possível, o responsável civil Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Art. 72. Primeira parte. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, (...) ➢ Atos praticados na audiência preliminar: o Composição de danos civis ▪ Havendo acordo, se reduz o termo de acordo a escrito, homologada com força de sentença irrecorrível e gerando um título executivo judicial que pode ser executado no juízo cível competente. ▪ Se a ação for penal de iniciativa privada ou publica condicionada a representação, a homologação do acordo acarreta RENÚNCIA do direito de queixa ou representação! (o ofendido não mais poderá ingressar em juízo solicitando que o autor sofra uma sanção penal por aquele fato) ▪ Havendo cumprimento do acordo, o processo é arquivado ▪ Em caso de descumprimento do acordo, a execução não poderá acontecer no juizado especial criminal, se dará no juízo cível correspondente. Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. ▪ Não havendo acordo, parte para a segunda possibilidade (abaixo) o Transação penal ▪ Preenchendo os requisitos legais, o promotor ofertará obrigatoriamente a transação penal. DESDE QUE ESTEJA PREENCHIDOS OS REQUISITOS OBJETIVOS. ▪ Requisitos objetivos: se o autor do fato não tiver transação nos últimos 5 anos; se não tiver reiteração Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto de prática criminosa; se não tiver antecedentes criminais. Art. 76. §2. Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. ▪ Na transação penal, não há um acordo entre o acusado e o ofendido. É uma proposta do MP, que deve ser aceita pelo acusado e submetida a apreciação do juiz! ▪ Não havendo a conciliação da composição de danos. Nos casos de ação penal publica condicionada a representação e incondicionada, o MP propõe uma pena restritiva de direitos ou multa no lugar da sanção penal. SE aceitada a proposta pelo acusado e defensor, esta será submetida a apreciação do juiz que irá impor a pena acordada na transação penal. Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. ▪ Nos casos de ação penal privada, é possível a transação penal. Mas existe uma divergência de entendimentos a cerca a legitimidade de propositura, haja vista que o titular da referida ação penal é o próprio ofendido e não o MP. • Entendimento 1: a proposta deve partir do MP, desde que a vitima não discorde. Nesse sentido, STJ (RHC 8123/AP) e enunciado FONAJE n.112 Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto • Entendimento 2: A proposta deve parte da própria vítima(querelante). Nesse sentido, parcela da doutrina. ▪ Não ocorrendo a transação: a parte rejeitando a transação, ou não tendo direito. Deverá o MP ofertar a DENÚNCIA. (será ofertada ainda em audiência preliminar. De forma oral, regra geral, o réu sairá desde logo citado; e as partes (todas inclusive o próprio réu) intimadas para a audiência de instrução que acontecerá em outra data.) Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delitoquando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ela ficará citado e imediatamente cientificado da designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o responsável civil e seus advogados. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto § 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiência de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização. § 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, serão intimados nos termos do art. 67 desta Lei para comparecerem à audiência de instrução e julgamento. § 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma prevista no art. 67 desta Lei. Obs.: Até a denúncia será tratado como autor do fato, após a denúncia como réu. ▪ O descumprimento da transação, a lei de juizados diz que poderá ser convertida pelo juízo em pena de prisão. (em um período menor, devidamente proporcional) • Na prática isso normalmente não acontece! Os magistrados normalmente intimam o descumpridor da medida para comparecer em juízo, e quando ele comparece em juízo, o magistrado normalmente procura saber o porque do descumprimento, substituindo com o MP essa medida. Uma prestação de pagar por exemplo, geralmente vai para uma circunstancia de uma prestação de serviço. Obs. 1: Na transação penal NÃO existe um oferecimento da denúncia, e sim, uma proposta imediata da substituição da sanção penal por uma pena restritiva de direitos ou de multa. Obs. 2: A transação penal não importa reincidência!! Por isso deve ser registrada para impedir que o acusado possa fruir dela novamente por um prazo de 5 anos! Só pode ser concedida novamente decorridos 5 anos!! Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Art. 76. §4. Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. Obs.3: A transação penal não consta em certidões de antecedentes criminais e não tem efeitos civis. Art. 76. §6. A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. EXTRAS: ➢ Conciliador o A conciliação pode ser conduzida tanto pelo juiz quanto por conciliador sob sua orientação. o Conciliador → é um auxiliar da Justiça, recrutado preferencialmente entre bacharéis de direito, excluídos os que exerçam funções na administração da justiça criminal. Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientação. Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na administração da Justiça Criminal. RESUMO – OCORENDO A CONCILIAÇÃO 1. Delegado lavra o TCO em desfavor de João 2. João assina o termo de compromisso de comparecimento em juízo 3. João é liberado sem a imposição de fiança ou prisão em flagrante 4. A autoridade policial encaminha o TCO ao juizado especial competente 5. O juizado especial convoca os envolvidos para audiência preliminar Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 6. Juiz esclarece sobre a possibilidade de composição dos danos(conciliação) 7. Caso as partes concordem, ocorre a composição dos danos civis 8. Juiz homologa sentença e gera título judicial que pode ser executado na esfera cível 9. SE o delito for de ação penal de iniciativa privada ou publica condicionada a representação, ocorre a renuncia ao direito de queixa ou representação. CONSEQUÊNCIAS POR AÇÃO PENAL ➢ Ação penal privada o Homologação do acordo acarreta a renuncia ao direito de queixa. o Ocorre a extinção na punibilidade. ➢ Ação penal publica condicionada a representação o Homologação do acordo acarreta a renuncia ao direito de representação. o Não há previsão legal expressa para a extinção da punibilidade, mas a doutrina entende que a norma deve ser objeto de interpretação extensiva. o Logo, ambas as renuncias devem ter a mesma consequência jurídica, qual seja a extinção da punibilidade do agente ➢ Ação penal publica incondicionada o Composição civil NÃO ACARRETA a extinção de punibilidade! o Ainda é possível que ocorra a transação penal. o Ainda é possível o oferecimento da denúncia, se for o caso, o Procedimento: ▪ Caso não ocorra a conciliação, ou seja, não houve uma composição dos danos, passa para outro instituto: transação penal. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO ➢ Audiência não é una!! o A lei prevê 2 audiências. o A primeira audiência preliminar, que pode acontecer a composição de dano civil e transação penal. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto o Caso ocorra a Denúncia, tem-se a audiência de instrução e julgamento em datas distintas. o Não podem ser una: ▪ Porque a lei diz que são 2 audiências. ▪ Porque é direito da parte que a plenitude da defesa deve ser respeitada. ➢ No processo comum ordinário o Oferecida a denúncia: o Recebimento da denúncia pelo judiciário o Citação o Apresentação da resposta a acusação o Juiz decide preliminares ou possíveis prejudiciais que venha a interferir e marca a audiência de instrução ➢ No juizado é diferente!! o Oferecida a denúncia pelo MP: o Apresentação da resposta a acusação na Audiência de instrução (o primeiro ato da audiência não é o recebimento da denúncia, é o recebimento da defesa) o O juiz analisa a denúncia, a resposta, e decide se ele recebe a denúncia. o SE o juiz rejeitar a denúncia, caberá apelação no prazo de 10 dias por parte do MP. Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. § 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. o Se a denuncia for recebida, no momento dá início a instrução. (não cabe recurso porque inicia-se na hora) o Se for condenado, o advogado entra com apelação e nela questiona tudo, inclusive o recebimento. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Obs.: O que essa instrução vai ter? • A possibilidade de apresentação da prova documental o Sobre toda prova documental apresentada a outra parte poderá falar sobre esses documentos • Oitiva das partes o Tanto da vítima quanto do réu • Pode haver oitiva de testemunhas o No máximo 3 para cada parte o Deverão ser conduzidas pelas partes o Quando não for possível, as partes podem requerer a intimação até a 5 dias antes da audiência. • Concluída a instrução probatória, o magistrado deverá prolatar asentença o Sentença que pode ser ofertada de forma oral na própria audiência o Ou ainda a posteriori, havendo a intimação das partes da sentença prolatada • Dessa sentença cabe apelação o Prazo de 10 dias • Apresentada a apelação: o a parte contrária é intimado para apresentar contrarrazões o Prazo de 10 dias o Apresentando ou não as contrarrazões, o processo ele segue para o colégio recursal dos juizados especiais criminais • Colégio recursal dos juizados criminais o Composto por turmas o Cada turma é composta por 3 juizes togados de 1 grau o Haverá, na distribuição, a escolha de um relator que vai elaborar um relatório o A parte por meio do seu advogado, é intimada para comparecer na seção de julgamento, onde poderá realizar a sustentação oral o Realizado isso, o acordão é efetivamente, prolatado. o Podendo interpor embargos e recurso extraordinário. o Transitou em julgado? Volta para o juízo dos juizados especiais de 1 grau. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto • É possível embargos de declaração o Nos juizados: prazo de 5 dias o No processo penal (justiça comum): prazo de 48h PERDA DA COMPETÊNCIA ➢ Se não conseguir citar a parte o O Juizado Especial Criminal vai perder a competência o Mesmo sendo um crime IMPO, será processado pela justiça comum. Art. 66. Paragrafo único. ➢ Se houver uma punição de pena de prisão, reclusão, o O juizado perde a competência para execução o A execução se dará por circunstancia das varas de execuções penais Obs.: O juizado especial criminal a única coisa que ele faz é acompanhar o cumprimento da suspensão e da transação penal. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO ➢ É aplicável apenas nos delitos cuja PENA MÍNIMA não exceda 1 ano!! Art. 89. Primeira parte. os crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei (...) ➢ No caso da suspensão condicional do processo, o MP ao oferecer a denúncia, propõe a suspensão condicional do processo. o Na transação penal, por exemplo, não existe o oferecimento da denúncia, e sim uma proposta imediata da substituição da sanção penal por uma pena restritiva de direitos ou multa. ➢ Para que o MP proponha a suspensão condicional do processo por 2 a 4 anos, é preciso que o acusado preencha alguns requisitos: o Não pode ser reincidente o Não pode ter antecedentes criminais Art. 89. Ultima parte. (...) o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). ➢ Caso o acusado e seu defensor aceite a proposta na presença do juiz, o juiz poderá receber a denuncia e suspender o processo, porem submetendo o acusado a um período de provas, fundado nas seguintes condições: Art. 89. §1. Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. ➢ O juiz também pode determinar outras obrigações. Art. 89. §2. O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. ➢ Em caso de descumprimento do que foi acordado, a suspensão condicional do processo pode ser revogada. A suspensão condicional do processo: o SERÁ REVOGADA ▪ Se o acusado vier a ser processado por outro crime OU ▪ Não efetuar, sem motivo justificado, a reparação de dano7 Art. 89. §3. A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. o PODERÁ SER REVOGADA http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art77 Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto ▪ Se o acusado vier a ser processado por contravenção OU ▪ Descumprir qualquer outra condição imposta Art. 89. §4. A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. ➢ Se o acusado se submeter as condições de suspensão pelo tempo determinado pelo juiz de 2 a 4 anos, uma vez findado o período SEM QUE O ACUSADO DESCUMPRA AS CONDIÇÕES, o juiz declara a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE! Art. 89, §5. Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. ➢ Durante o prazo de suspensão condicional do processo, não ocorre a prescrição! Art. 89, §6. Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. ➢ Se o acusado não aceitar a proposta do MP a respeito da suspensão condicional do processo, o processo seguirá normalmente Art. 89, ª§7. Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.
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