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JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS

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Prévia do material em texto

Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 
➢ Previsto na Lei 9.099/1995 
INTRODUÇÃO 
➢ Os Juizados Especiais Criminais são órgãos da justiça ordinária, 
criados pela União, para conciliação, julgamento e execução, nas 
causas de sua competência. 
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça 
Ordinária, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e 
pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas 
causas de sua competência. 
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou 
togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a 
execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas 
as regras de conexão e continência. 
 
COMPETÊNCIA 
➢ São competência do Juizados Especiais Criminais as chamadas 
INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO (IMPO). 
➢ IMPO → São as contravenções penais e os crimes cuja pena 
máxima não seja superior a 2 anos, não importa se a sanção penal 
é ou não cumulada com multa. 
o Se passar de 2 anos = vai para vara criminal comum. 
o ATÉ 2 anos = Juizados Especial Criminal. 
 
Obs.: Estão incluídos os delitos cuja pena máxima é de exatamente 2 
anos! 
Obs. 2: Nos casos de crimes continuado ou concurso formal, deve-se 
analisar a pena máxima com o aumento máximo previsto na legislação, 
na busca da obtenção da classificação da infração como IMPO. 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para 
os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei 
comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com 
multa. 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
ATENÇÃO!! 
➢ Ainda que um processo seja deslocado para o juízo comum, em 
razão de conexão e continência, o acusado não perde a 
possibilidade de conceção de institutos com a transação penal e da 
composição dos danos civis, os quais ainda poderão ser celebrados 
no referido juízo. 
Art. 60, parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum 
ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e 
continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da 
composição dos danos civis. 
 
➢ INSTITUTOS 
o Composição dos danos civis → a qual resulta na renúncia ao 
direito de queixa ou de representação, bem como na 
extinção da punibilidade do agente. 
o Transação penal → a qual permite o cumprimento imediato 
da pena restritiva de direitos, ou de pena de multa, a qual 
evita a instauração do processo. 
Obs.: A transação não é conveniência do MP, ela é direito da parte! 
SOMENTE se o autor do fato preencher os requisitos legais (objetivos). O 
autor do fato também pode recusar e provar que é inocente até o final. 
 
COMPETÊNCIA NO JECRIM 
➢ Regra geral: a competência é a do lugar em que foi praticada a 
infração penal. 
Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que 
foi praticada a infração penal. 
 
PRINCÍPIOS 
➢ ORALIDADE 
o Deve-se dar preferencia a palavra falada sobre a escrita, 
sem a exclusão desta última. 
 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
o Exemplos: 
▪ Peça acusatória 
▪ Defesa preliminar 
 
➢ SIMPLICIDADE 
o Deve-se reduzir o quanto possível a documentação juntada 
nos autos do processo, sem prejuízo da boa prestação 
jurisdicional. 
o Em razão da simplicidade, o TCO substitui o IP. 
o Previsão de que há desnecessidade do exame do corpo de 
delito quando a materialidade for comprovada por boletim 
médico. (art. 77,§1) 
 
➢ INFORMALIDADE 
o Não existe formas essenciais ou rigor absolutamente formal 
ao processo. 
o Em razão da informalidade, não há nulidade sem prejuízo, 
(art. 65,§1) 
 
➢ ECONOMIA PROCESSUAL 
o Resolução do processo com o mínimo de atos e no menor 
tempo possível, da forma menos onerosa para as partes e 
para o Estado. 
 
➢ CELERIDADE PROCESSUAL 
o Obtenção da prestação jurisdicional no menor tempo 
possível, 
 
ATOS PROCESSUAIS 
➢ Serão públicos 
➢ Pode ser realizado em horário noturno e em qualquer dia da 
semana 
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em 
horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as 
normas de organização judiciária. 
➢ Serão válidos se atendidos os critérios/princípios do art. 62 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as 
finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios 
indicados no art. 62 desta Lei. 
➢ Não há nulidade sem prejuízo, em razão do princípio da 
informalidade. 
Art. 65, §1. Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido 
prejuízo. 
➢ Poderá ser solicitada por outras comarcas, por qualquer meio 
hábil de comunicação. Em razão do princípio da celeridade. 
Art. 65, §2. A prática de atos processuais em outras comarcas poderá 
ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação. 
➢ Só será objeto de registro ESCRITO apenas o que é ESSENCIAL!! 
Pois o JECRIM deve seguir o princípio da oralidade. 
Art. 65, §3. Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos 
havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de instrução e 
julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente. 
 
PROCEDIMENTO 
➢ CITAÇÃO 
o Será pessoal, realizada no próprio juizado. 
o Pode ser realizada por mandato. 
o NÃO se admite por edital! A mesma coisa ocorre com carta 
rogatória. 
o Se admite por hora certa. (art. 362, CPP) 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que 
possível, ou por mandado. 
➢ CITAÇÃO – ACUSADO NÃO ENCONTRADO 
o O juiz remete as peças existentes ao juízo comum. 
o O juízo comum adota o procedimento legal. 
Art. 66, parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz 
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do 
procedimento previsto em lei. 
➢ INTIMAÇÃO 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
o Por correspondência com aviso de recebimento. (pessoa 
física) 
o Entrega ao encarregado da recepção. (pessoa jurídica) 
o Se necessário, por oficial de justiça, utilizando qualquer meio 
de comunicação. 
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de 
recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma 
individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será 
obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, 
independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por 
qualquer meio idôneo de comunicação. 
➢ ATOS PRATICADOS EM AUDIÊNCIA 
o Causam ciência das partes, interessados e defensores, DESLO 
LOGO!! 
Art. 67, parágrafo único. Dos atos praticados em audiência considerar-se-
ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores. 
➢ INTIMAÇÃO DO AUTOR E CITAÇÃO DO ACUSADO 
o É necessário o advogado 
o Na falta dele, designa um defensor público. 
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado de citação 
do acusado, constará a necessidade de seu comparecimento 
acompanhado de advogado, com a advertência de que, na sua falta, ser-
lhe-á designado defensor público 
 
FASE PRELIMINAR 
➢ Fase preliminar diz respeito ao procedimento a ser tomado na fase 
anterior. Ou seja, o que acontece antes da competência. 
➢ IMPO não resulta na instauração de um IP. O procedimento a ser 
tomado pela autoridade policial (delegado de polícia) é o de lavrar 
um TCO (termo circunstanciado de ocorrência)!! 
➢ Ao ser comunicado da ocorrência de uma IMPO, a autoridade 
policial irá providenciar a lavratura do TCO e encaminhará ao Juizado 
Especial competente, requisitando os exames periciais necessários e 
encaminhado o autor do fato e a vítima. 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência 
lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamenteao 
Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições 
dos exames periciais necessários. 
 
➢ FIANÇA e PRISÃO EM FLAGRANTE 
o Se o autor do fato for imediatamente encaminhado ao 
juizado ou se comprometer a comparecer a este quando 
intimado, não poderá ser preso em flagrante e o delegado 
não poderá arbitrar fiança. 
Art. 69, parágrafo único. Primeira parte. Parágrafo único. Ao autor do fato 
que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao 
juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá 
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. (...) 
o Caso haja recusa do agente ao comparecimento em juízo 
ou quanto ao compromisso de comparecer em juízo, a 
autoridade policial deve proceder a lavratura do APF, 
regularmente. 
o Caso o indivíduo não possua condições de assumir o 
compromisso, casos de embriaguez por exemplo, segundo 
a doutrina, o delegado deve proceder a lavratura do APF. 
 
o Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar 
como medida de cautela: 
▪ Afastamento do lar, domicílio ou local de 
convivência com a vítima 
Art. 69, parágrafo único. Última parte. (...) Em caso de violência 
doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu 
afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. 
➢ Na prática, o que mais ocorre é a assinatura de termo de 
compromisso de comparecimento nos juizados especiais, tendo em 
vista que é muito comum que a lavratura de TCO pela autoridade 
ocorra em horário contrário ao do funcionamento do juizado, 
principalmente durante o período de repouso noturno. 
 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
AUDIÊNCIA PRELIMINAR 
➢ Uma vez lavrado o TCO, que será devidamente encaminhado ao 
Juizado, deve-se passar a chamada audiência preliminar. 
o Audiência preliminar → É um procedimento peculiar do rito 
sumaríssimo, no qual o juiz irá buscar a composição dos 
danos sofridos pela vítima, com o objetivo de evitar a 
aplicação de uma pena privativa de liberdade. 
Art. 72. Última parte. (...) o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da 
composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata 
de pena não privativa de liberdade. 
 
Obs.: Trata-se da implantação da chamada JUSTIÇA RESTAURATIVA, que 
possui um foco maior na reparação do dano do que em submeter o autor 
a uma sanção penal e à 
➢ Se não for possível ser imediatamente encaminhado para a 
audiência preliminar, lavra-se o TCO com assinatura do termo de 
compromisso, termo este em que o autor do fato se compromete 
em comparecer a todos os atos sempre que intimado. E é colocado 
em liberdade imediatamente. 
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não sendo possível a 
realização imediata da audiência preliminar, será designada data 
próxima, da qual ambos sairão cientes. 
➢ Se algum dos envolvidos não comparecer à audiência preliminar, a 
Secretaria providenciará sua intimação. E, se for o caso, a do 
responsável civil. 
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a 
Secretaria providenciará sua intimação e, se for o caso, a do responsável 
civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei. 
➢ Na audiência preliminar, está presente: 
o Juiz togado ou leigo 
o Ministério Público 
o Autor do fato 
o Vítima 
o Se possível, o responsável civil 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
Art. 72. Primeira parte. Na audiência preliminar, presente o representante 
do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável 
civil, acompanhados por seus advogados, (...) 
➢ Atos praticados na audiência preliminar: 
o Composição de danos civis 
▪ Havendo acordo, se reduz o termo de acordo a escrito, 
homologada com força de sentença irrecorrível e 
gerando um título executivo judicial que pode ser 
executado no juízo cível competente. 
▪ Se a ação for penal de iniciativa privada ou publica 
condicionada a representação, a homologação do 
acordo acarreta RENÚNCIA do direito de queixa ou 
representação! (o ofendido não mais poderá ingressar 
em juízo solicitando que o autor sofra uma sanção 
penal por aquele fato) 
▪ Havendo cumprimento do acordo, o processo é 
arquivado 
▪ Em caso de descumprimento do acordo, a execução 
não poderá acontecer no juizado especial criminal, se 
dará no juízo cível correspondente. 
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, 
homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de 
título a ser executado no juízo civil competente. 
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de 
ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado 
acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. 
 
▪ Não havendo acordo, parte para a segunda 
possibilidade (abaixo) 
o Transação penal 
▪ Preenchendo os requisitos legais, o promotor ofertará 
obrigatoriamente a transação penal. DESDE QUE 
ESTEJA PREENCHIDOS OS REQUISITOS OBJETIVOS. 
▪ Requisitos objetivos: se o autor do fato não tiver 
transação nos últimos 5 anos; se não tiver reiteração 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
de prática criminosa; se não tiver antecedentes 
criminais. 
Art. 76. §2. Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: 
 I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à 
pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; 
 II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco 
anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
 III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser 
necessária e suficiente a adoção da medida. 
 
▪ Na transação penal, não há um acordo entre o 
acusado e o ofendido. É uma proposta do MP, que deve 
ser aceita pelo acusado e submetida a apreciação do 
juiz! 
▪ Não havendo a conciliação da composição de danos. 
Nos casos de ação penal publica condicionada a 
representação e incondicionada, o MP propõe uma 
pena restritiva de direitos ou multa no lugar da sanção 
penal. SE aceitada a proposta pelo acusado e defensor, 
esta será submetida a apreciação do juiz que irá impor 
a pena acordada na transação penal. 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal 
pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério 
Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos 
ou multas, a ser especificada na proposta. 
 
▪ Nos casos de ação penal privada, é possível a 
transação penal. Mas existe uma divergência de 
entendimentos a cerca a legitimidade de propositura, 
haja vista que o titular da referida ação penal é o 
próprio ofendido e não o MP. 
• Entendimento 1: a proposta deve partir do MP, 
desde que a vitima não discorde. Nesse sentido, 
STJ (RHC 8123/AP) e enunciado FONAJE n.112 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
• Entendimento 2: A proposta deve parte da 
própria vítima(querelante). Nesse sentido, 
parcela da doutrina. 
▪ Não ocorrendo a transação: a parte rejeitando a 
transação, ou não tendo direito. Deverá o MP ofertar a 
DENÚNCIA. (será ofertada ainda em audiência 
preliminar. De forma oral, regra geral, o réu sairá desde 
logo citado; e as partes (todas inclusive o próprio réu) 
intimadas para a audiência de instrução que 
acontecerá em outra data.) 
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação 
de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da 
hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao 
Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências 
imprescindíveis. 
 § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base 
no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do 
inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delitoquando a 
materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova 
equivalente. 
 § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a 
formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o 
encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do 
art. 66 desta Lei. 
 § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida 
queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as 
circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas 
no parágrafo único do art. 66 desta Lei. 
 
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a termo, 
entregando-se cópia ao acusado, que com ela ficará citado e 
imediatamente cientificado da designação de dia e hora para a audiência 
de instrução e julgamento, da qual também tomarão ciência o Ministério 
Público, o ofendido, o responsável civil e seus advogados. 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
 § 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na forma dos arts. 
66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiência de instrução e 
julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar 
requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes de sua 
realização. 
 § 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, serão 
intimados nos termos do art. 67 desta Lei para comparecerem à 
audiência de instrução e julgamento. 
 § 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma prevista no 
art. 67 desta Lei. 
 
Obs.: Até a denúncia será tratado como autor do fato, após a denúncia 
como réu. 
▪ O descumprimento da transação, a lei de juizados diz 
que poderá ser convertida pelo juízo em pena de 
prisão. (em um período menor, devidamente 
proporcional) 
• Na prática isso normalmente não acontece! Os 
magistrados normalmente intimam o 
descumpridor da medida para comparecer em 
juízo, e quando ele comparece em juízo, o 
magistrado normalmente procura saber o 
porque do descumprimento, substituindo com o 
MP essa medida. Uma prestação de pagar por 
exemplo, geralmente vai para uma circunstancia 
de uma prestação de serviço. 
 
Obs. 1: Na transação penal NÃO existe um oferecimento da denúncia, e 
sim, uma proposta imediata da substituição da sanção penal por uma 
pena restritiva de direitos ou de multa. 
Obs. 2: A transação penal não importa reincidência!! Por isso deve ser 
registrada para impedir que o acusado possa fruir dela novamente por 
um prazo de 5 anos! 
Só pode ser concedida novamente decorridos 5 anos!! 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
Art. 76. §4. Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor 
da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não 
importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir 
novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. 
Obs.3: A transação penal não consta em certidões de antecedentes 
criminais e não tem efeitos civis. 
Art. 76. §6. A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não 
constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins 
previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos 
interessados propor ação cabível no juízo cível. 
 
EXTRAS: 
➢ Conciliador 
o A conciliação pode ser conduzida tanto pelo juiz quanto por 
conciliador sob sua orientação. 
o Conciliador → é um auxiliar da Justiça, recrutado 
preferencialmente entre bacharéis de direito, excluídos os 
que exerçam funções na administração da justiça criminal. 
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua 
orientação. 
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na 
forma da lei local, preferentemente entre bacharéis em Direito, excluídos 
os que exerçam funções na administração da Justiça Criminal. 
 
 
 
RESUMO – OCORENDO A CONCILIAÇÃO 
1. Delegado lavra o TCO em desfavor de João 
2. João assina o termo de compromisso de comparecimento em juízo 
3. João é liberado sem a imposição de fiança ou prisão em flagrante 
4. A autoridade policial encaminha o TCO ao juizado especial 
competente 
5. O juizado especial convoca os envolvidos para audiência preliminar 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
6. Juiz esclarece sobre a possibilidade de composição dos 
danos(conciliação) 
7. Caso as partes concordem, ocorre a composição dos danos civis 
8. Juiz homologa sentença e gera título judicial que pode ser 
executado na esfera cível 
9. SE o delito for de ação penal de iniciativa privada ou publica 
condicionada a representação, ocorre a renuncia ao direito de 
queixa ou representação. 
 
CONSEQUÊNCIAS POR AÇÃO PENAL 
➢ Ação penal privada 
o Homologação do acordo acarreta a renuncia ao direito de 
queixa. 
o Ocorre a extinção na punibilidade. 
➢ Ação penal publica condicionada a representação 
o Homologação do acordo acarreta a renuncia ao direito de 
representação. 
o Não há previsão legal expressa para a extinção da 
punibilidade, mas a doutrina entende que a norma deve ser 
objeto de interpretação extensiva. 
o Logo, ambas as renuncias devem ter a mesma consequência 
jurídica, qual seja a extinção da punibilidade do agente 
➢ Ação penal publica incondicionada 
o Composição civil NÃO ACARRETA a extinção de punibilidade! 
o Ainda é possível que ocorra a transação penal. 
o Ainda é possível o oferecimento da denúncia, se for o caso, 
o Procedimento: 
▪ Caso não ocorra a conciliação, ou seja, não houve uma 
composição dos danos, passa para outro instituto: 
transação penal. 
 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
➢ Audiência não é una!! 
o A lei prevê 2 audiências. 
o A primeira audiência preliminar, que pode acontecer a 
composição de dano civil e transação penal. 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
o Caso ocorra a Denúncia, tem-se a audiência de instrução e 
julgamento em datas distintas. 
o Não podem ser una: 
▪ Porque a lei diz que são 2 audiências. 
▪ Porque é direito da parte que a plenitude da defesa 
deve ser respeitada. 
 
➢ No processo comum ordinário 
o Oferecida a denúncia: 
o Recebimento da denúncia pelo judiciário 
o Citação 
o Apresentação da resposta a acusação 
o Juiz decide preliminares ou possíveis prejudiciais que venha 
a interferir e marca a audiência de instrução 
 
➢ No juizado é diferente!! 
o Oferecida a denúncia pelo MP: 
o Apresentação da resposta a acusação na Audiência de 
instrução (o primeiro ato da audiência não é o recebimento 
da denúncia, é o recebimento da defesa) 
o O juiz analisa a denúncia, a resposta, e decide se ele recebe 
a denúncia. 
o SE o juiz rejeitar a denúncia, caberá apelação no prazo de 10 
dias por parte do MP. 
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença 
caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três 
Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do 
Juizado. 
 § 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da 
ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por 
petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. 
o Se a denuncia for recebida, no momento dá início a instrução. 
(não cabe recurso porque inicia-se na hora) 
o Se for condenado, o advogado entra com apelação e nela 
questiona tudo, inclusive o recebimento. 
 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
Obs.: O que essa instrução vai ter? 
• A possibilidade de apresentação da prova documental 
o Sobre toda prova documental apresentada a outra parte 
poderá falar sobre esses documentos 
• Oitiva das partes 
o Tanto da vítima quanto do réu 
• Pode haver oitiva de testemunhas 
o No máximo 3 para cada parte 
o Deverão ser conduzidas pelas partes 
o Quando não for possível, as partes podem requerer a 
intimação até a 5 dias antes da audiência. 
• Concluída a instrução probatória, o magistrado deverá prolatar 
asentença 
o Sentença que pode ser ofertada de forma oral na própria 
audiência 
o Ou ainda a posteriori, havendo a intimação das partes da 
sentença prolatada 
• Dessa sentença cabe apelação 
o Prazo de 10 dias 
• Apresentada a apelação: 
o a parte contrária é intimado para apresentar 
contrarrazões 
o Prazo de 10 dias 
o Apresentando ou não as contrarrazões, o processo ele 
segue para o colégio recursal dos juizados especiais 
criminais 
• Colégio recursal dos juizados criminais 
o Composto por turmas 
o Cada turma é composta por 3 juizes togados de 1 grau 
o Haverá, na distribuição, a escolha de um relator que vai 
elaborar um relatório 
o A parte por meio do seu advogado, é intimada para 
comparecer na seção de julgamento, onde poderá 
realizar a sustentação oral 
o Realizado isso, o acordão é efetivamente, prolatado. 
o Podendo interpor embargos e recurso extraordinário. 
o Transitou em julgado? Volta para o juízo dos juizados 
especiais de 1 grau. 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
• É possível embargos de declaração 
o Nos juizados: prazo de 5 dias 
o No processo penal (justiça comum): prazo de 48h 
 
PERDA DA COMPETÊNCIA 
➢ Se não conseguir citar a parte 
o O Juizado Especial Criminal vai perder a competência 
o Mesmo sendo um crime IMPO, será processado pela justiça 
comum. 
Art. 66. Paragrafo único. 
➢ Se houver uma punição de pena de prisão, reclusão, 
o O juizado perde a competência para execução 
o A execução se dará por circunstancia das varas de 
execuções penais 
 
Obs.: O juizado especial criminal a única coisa que ele faz é acompanhar 
o cumprimento da suspensão e da transação penal. 
 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO 
➢ É aplicável apenas nos delitos cuja PENA MÍNIMA não exceda 1 ano!! 
Art. 89. Primeira parte. os crimes em que a pena mínima cominada for 
igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei (...) 
➢ No caso da suspensão condicional do processo, o MP ao oferecer a 
denúncia, propõe a suspensão condicional do processo. 
o Na transação penal, por exemplo, não existe o oferecimento 
da denúncia, e sim uma proposta imediata da substituição 
da sanção penal por uma pena restritiva de direitos ou multa. 
➢ Para que o MP proponha a suspensão condicional do processo por 
2 a 4 anos, é preciso que o acusado preencha alguns requisitos: 
o Não pode ser reincidente 
o Não pode ter antecedentes criminais 
Art. 89. Ultima parte. (...) o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, 
poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde 
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido 
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que 
autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 
➢ Caso o acusado e seu defensor aceite a proposta na presença do 
juiz, o juiz poderá receber a denuncia e suspender o processo, 
porem submetendo o acusado a um período de provas, fundado 
nas seguintes condições: 
Art. 89. §1. Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença 
do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, 
submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: 
 I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
 II - proibição de freqüentar determinados lugares; 
 III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem 
autorização do Juiz; 
 IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, 
para informar e justificar suas atividades. 
 
➢ O juiz também pode determinar outras obrigações. 
Art. 89. §2. O Juiz poderá especificar outras condições a que fica 
subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação 
pessoal do acusado. 
➢ Em caso de descumprimento do que foi acordado, a suspensão 
condicional do processo pode ser revogada. A suspensão 
condicional do processo: 
o SERÁ REVOGADA 
▪ Se o acusado vier a ser processado por outro crime OU 
▪ Não efetuar, sem motivo justificado, a reparação de 
dano7 
Art. 89. §3. A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário 
vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo 
justificado, a reparação do dano. 
o PODERÁ SER REVOGADA 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art77
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 
▪ Se o acusado vier a ser processado por contravenção 
OU 
▪ Descumprir qualquer outra condição imposta 
Art. 89. §4. A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser 
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir 
qualquer outra condição imposta. 
➢ Se o acusado se submeter as condições de suspensão pelo tempo 
determinado pelo juiz de 2 a 4 anos, uma vez findado o período SEM 
QUE O ACUSADO DESCUMPRA AS CONDIÇÕES, o juiz declara a 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE! 
Art. 89, §5. Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a 
punibilidade. 
➢ Durante o prazo de suspensão condicional do processo, não ocorre 
a prescrição! 
Art. 89, §6. Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do 
processo. 
➢ Se o acusado não aceitar a proposta do MP a respeito da 
suspensão condicional do processo, o processo seguirá 
normalmente 
Art. 89, ª§7. Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o 
processo prosseguirá em seus ulteriores termos.

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