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Conceito de patrimônio
Assim, podemos conceituar o patrimônio como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações à disposição de uma pessoa jurídica ou física. Sendo que no nosso estudo nos concentraremos no patrimônio da pessoa jurídica.
SEMOVENTE – Definição jurídica dada aos animais de rebanho (equinos, suínos, caprinos, etc.) que constitui o patrimônio.
As Diversas Formas de Escrever a Equação Patrimonial
Conforme visto anteriormente, a equação que representa o Patrimônio Líquido é:
PL = A – P
Sendo:
PL = Patrimônio Líquido
A = Ativo
P = Passivo
Considerando que o Ativo é representado pelos bens + direitos e o passivo pelas obrigações, a equação que representa o Patrimônio Líquido pode ser apresentada assim:
PL = B + D – O
Sendo:
PL = Patrimônio Líquido
B = Bens
D = Direitos
O = Obrigações
Como o patrimônio líquido e a situação líquida (SL) se referem à mesma coisa, portanto, esta equação pode ser apresentada também da seguinte forma:
O patrimônio é o objeto de estudo da Contabilidade, portanto é importante a compreensão acerca dos seus elementos formadores, bem como da sua representação gráfica na Contabilidade, que é uma síntese de uma das demonstrações contábeis mais importantes: o Balanço Patrimonial.
Então vamos iniciar o nosso estudo sobre o patrimônio, buscando compreendê-lo conceitualmente.
Muitas pessoas, ao se referirem ao seu patrimônio, citam os diversos bens que possuem, tais como: casas, joias, veículos, terrenos, móveis, entre outros. Talvez essa seja também a sua concepção sobre patrimônio.
Entretanto, para a contabilidade, que estuda as modificações patrimoniais das entidades, o conceito de patrimônio é mais amplo. Aos bens, devem ser acrescentados os direitos e obrigações.
Para uma melhor compreensão, imagine que alguém possua os seguintes bens, direitos e obrigações:
Se considerarmos que o patrimônio dessa pessoa é apenas o conjunto de bens que ela possui, estaremos retratando de forma inadequada a situação patrimonial por dois motivos:
Ela tem direitos a receber no valor de R$ 55.000,00 que devem ser acrescentados ao seu patrimônio em determinado momento.
Essa pessoa tem obrigações a pagar que um dia reduzirão ou seus bens ou seus direitos.
Assim, o patrimônio dessa pessoa em termos monetários será a soma dos seus bens e direitos, subtraído de suas obrigações, assim representado:
Patrimônio = R$ 330.000 + R$ 55.000 – 120.000
Patrimônio = 265.000
Composição do Patrimônio
Os componentes do patrimônio são:
Bens
Direitos
Obrigaçõese
PATRIMÔNIO = BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES
Vamos estudar cada um desses componentes.
Bens
De acordo com o Código Civil, os bens possuem diversas classificações. No entanto, para o estudo da Contabilidade, é importante sabermos identificar os bens tangíveis, intangíveis, móveis e imóveis.
Vamos estudar cada um deles a partir de agora.
bens tangiveis
Também chamados de bens materiais, são representados por objetos palpáveis, corpóreos, que tem forma física. Esses bens são de uso da empresa, como por exemplo: veículos, móveis e utensílios, máquinas, entre outros.
intangiveis
Também denominados bens imateriais, são bens que não têm forma física, ou seja, são incorpóreos, não palpáveis, como por exemplo: marcas, patentes, pontos comerciais, capital intelectual, entre outros.
bens imoveis
São aqueles que não podem ser transportados de um lugar para outro sem destruição ou dano, ou seja, encontram-se vinculados ao solo. Podemos citar como bens imóveis um apartamento, uma casa, um terreno.
moveis
São aqueles que podem ser removidos por outras pessoas ou por si próprios, sem deterioração, na sua substância ou na forma, como por exemplo: os semoventes, mercadorias, carros, entre outros.
Para fixar o aprendizado, o quadro a seguir apresenta a classificação dos bens pertencentes à Empresa Lucro Certo Ltda.
Quadro 3 – Bens da Empresa Lucro Certo
De acordo com essa classificação, podemos perceber que os bens são classificados quanto à sua tangibilidade e quanto à sua mobilidade, não podendo um bem ser classificado como tangível e intangível ao mesmo tempo, nem como móvel e imóvel simultaneamente.
Direitos
Representam os créditos que a empresa tem em poder de terceiros, decorrentes ou não da atividade principal ou operacional da empresa. Os direitos podem estar configurados de duas formas:
São os valores que a empresa tem para receber de terceiros. Como exemplo temos as duplicatas a receber de clientes pelas vendas efetuadas pela entidade.
São os valores de propriedade da empresa que estão sob a posse de terceiros. Um exemplo disso são os títulos a receber decorrentes de empréstimos a sócios.
No geral, os direitos se apresentam sob a forma de títulos e documentos como tributos a recuperar, duplicatas a receber, adiantamento a empregados, saldo em conta corrente ou aplicação, empréstimos concedidos etc.
Direitos são:
Bens que pertencem à entidade, mas que encontram-se em poder de terceiros.
Poder de exigir alguma coisa.
Valores a receber.
Obrigações
São aqueles valores que a empresa tem a pagar, como: duplicatas a pagar, impostos a recolher, aluguéis a pagar, entre outras. Na Contabilidade, as obrigações estão divididas em:
Exigíveis
Não exigíveis
Obrigações exigíveis são as dívidas que as pessoas físicas ou jurídicas têm com terceiros, cujos compromissos assumidos serão exigidos na data do seu vencimento. Como exemplo de obrigações exigíveis, temos: as dívidas com fornecedores de mercadorias, salários a pagar, impostos a recolher, encargos com a Previdência, contas a pagar, entre outras.
Obrigações não exigíveis são aquelas que as empresas têm para com os seus sócios. De modo geral, são representadas pelo investimento de capital que os sócios fizeram às empresas (Capital Social), e pelo saldo das negociações realizadas, seja em forma de lucro ou de prejuízos.
Na Contabilidade:
Os bens e direitos são denominados de ATIVO.
As obrigações exigíveis são denominadas de PASSIVO.
As obrigações não exigíveis são denominadas de PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Representação Gráfica do Patrimônio
O patrimônio é representado em razonetes, cuja representação gráfica é em forma de T, apresentando a seguinte formatação padrão:
O lado esquerdo recebe o nome de débito ou lado do ativo.
O lado direito é denominado de crédito ou lado do passivo.
Os elementos que compõem o lado esquerdo representam os bens e direitos.
Os elementos que compõem o lado direito são as obrigações da empresa.
A ilustração a seguir mostra como está convencionada a representação gráfica do patrimônio:
Patrimônio
Ativo	Passivo
Bens e direitos	Obrigações (Exigíveis e não exigíveis)
Se realizarmos a soma dos bens e direitos nós encontraremos o Patrimônio Bruto.
Bens	R$ 10.000,00
(+) DIREITOS	R$ 6.000,00
(=) PATRIMÔNIO BRUTO	R$ 16.000,00
Se subtrairmos as obrigações do patrimônio bruto, encontraremos o Patrimônio Líquido, também chamado de Situação Líquida.
Bens	R$ 10.000,00
(+) DIREITOS	R$ 6.000,00
(-) OBRIGAÇÕES	R$ 4.000,00
(=) PATRIMÔNIO LÍQUIDO	R$ 12.000,00
Considerando que os bens e direitos são denominados ativos, e as obrigações recebem a denominação de passivos, teremos esse estado patrimonial representado da seguinte forma:
Patrimônio
Ativo......16.000	4.000.........Passivo
12.000....Pat. Líquido
Total 16.000	16.000.....Total
Perceba que o total do lado esquerdo é igual ao total do lado direito. É, portanto, uma equação equilibrada, conforme ilustrado a seguir:
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Então, invertendo os termos dessa equação, representamos a Situação Líquida ou o Patrimônio Líquido da empresa, utilizando a seguinte equação patrimonial:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO – PASSIVO
Observado sob a ótica da simples diferença entre o ativo e o passivo, o Patrimônio Líquido pode ser representado em algumas situações patrimoniais distintas, conforme apresentado a seguir:
a) Ativo maior que passivo
(A > P):	Situação Líquida Positiva, Ativa ou Superavitária.
Quando a empresa está nesta situação, significa que ela possui bens e direito suficiente para quitar suas obrigações, revelandoa existência de riqueza própria.
b) Ativo menor que passivo
(A < P):	Situação Líquida Negativa, Passiva, Deficitária ou Passivo a Descoberto.
Quando a empresa se encontra nesta situação, significa que não possui o suficiente para quitar as obrigações.
c) Ativo igual a Passivo
(A = P):	Situação Líquida Nula ou Inexistente.
Significa que os bens e direitos que a empresa possui a sua disposição encontram-se todos financiados por terceiros. O Patrimônio Líquido será igual a zero.
aula 2 
As contas de resultados, também chamadas de contas diferenciais, são aquelas provenientes de custos, despesas e receitas. Estas contas compõem a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
As contas ativas contribuem para o aumento do patrimônio líquido e as contas passivas reduzem o patrimônio líquido.
A contabilidade tem a função de registrar as transações ocorridas no âmbito das organizações. Estas transações são oriundas das práticas de gestão de cada entidade. Podemos então afirmar que os números contábeis refletem a eficiência ou não da gestão.
Durante o gerenciamento das organizações, os seus gestores estão sempre diante de um ato ou fato administrativo. Sendo que todos os fatos administrativos são sujeitos à escrituração contábil, enquanto que os atos administrativos somente em situações especiais.
Vamos iniciar o nosso estudo com os conceitos de ato e fato administrativo.
Atos administrativos
São situações que ocorrem na empresa e não provocam alterações no patrimônio.
Exemplos: Fiança a favor de terceiros, remessa de bens.
Fatos Administrativos
Ocorrem na empresa e provocam alterações no patrimônio.
Exemplos: Aquisição de veículo, venda de mercadorias.
Receitas: Valores recebidos ou a receber, decorrentes ou não das operações da empresa. Assim, temos as receitas operacionais e as receitas não operacionais.
As receitas operacionais são aquelas decorrentes das vendas relacionadas à atividade principal da organização. Já as receitas não operacionais são os ingressos ou promessas de ingressos de dinheiro decorrentes de operações não relacionadas com a atividade principal da empresa.
Como exemplo de receita operacional temos a venda de mercadorias ou prestação de serviços de manutenção de informática, cujos valores são decorrentes da venda de um bem e da prestação de serviço, referentes à atividade fim da organização.
Como exemplo de receita não operacional temos os juros recebidos da aplicação financeira e o ganho com a venda de um imobilizado. Já que são valores recebidos ou a receber não relacionados às atividades fins da organização.
Despesas: Utilização de bens/serviços para obtenção de receita. Como exemplos de despesas, temos: consumo de material de limpeza, comissão dos vendedores ou o material de informática utilizado no setor administrativo.
Custo: Bem ou serviço utilizado para a produção de outro bem ou serviço. Exemplo: A madeira (matéria-prima) utilizada para a produção de portas.
Como visto, é característica dos fatos administrativos provocar modificações no patrimônio, podendo ou não alterar o patrimônio líquido das organizações, sendo, portanto, objeto de contabilização.
Os fatos administrativos são classificados em:
Permutativos
Modificativos
Mistos
OS FATOS PERMUTATIVOS
Chamados também de qualitativos ou compensativos, provocam modificações entre elementos do ativo, do passivo ou entre ambos, no entanto, não resultam em variação no Patrimônio Líquido.
Exemplo de fato permutativo entre elementos do ativo: Aquisição de um veículo à vista, pago com o cheque n° 000001, no valor de R$ 30.000,00. Esse fato modifica a conta "imobilizado", aumentando-a em R$ 30.000,00 e modificou a conta “Banco conta movimento”, reduzindo-a em R$ 30.000,00. Dessa forma, a modificação foi somente entre os elementos patrimoniais do ativo (caixa e imobilizado), não provocando alteração no valor total do ativo, nem do patrimônio líquido.
Exemplo de fato permutativo entre elementos do passivo: Transferência de contas do passivo não circulante para o passivo circulante, em virtude da redução do prazo de vencimento. Esse fato modifica as contas dentro do passivo, mas não altera o valor total do passivo, nem do patrimônio líquido.
Exemplo de fato permutativo envolvendo elementos do ativo e passivo, simultaneamente: Pagamento, com dinheiro do caixa, de empréstimos bancário. Esse fato provoca uma redução do ativo (saída de caixa); e também uma redução do passivo (diminuição da dívida de empréstimo bancário) sem, no entanto, interferir no patrimônio líquido.
OS FATOS MODIFICATIVOS
São também denominados de quantitativos, pois diferentemente dos fatos permutativos, provocam modificações no patrimônio líquido. Podem ser:
Aumentativos: caso provoquem um aumento no patrimônio líquido.
Diminutivos: quando proporcionam uma redução do patrimônio líquido.
Os fatos modificativos envolvem sempre uma conta patrimonial e uma conta de resultado.
Exemplo de fato modificativo aumentativo: Venda de mercadorias à vista, com dinheiro do caixa. Envolve uma conta de receita (resultado), com um aumento no caixa da empresa.
Essa receita de vendas vai ser confrontada com as despesas e custos para apurar o resultado (lucro ou prejuízo) da empresa, que será transferido para o Patrimônio Líquido, após a apuração do resultado do exercício.
Exemplo de fato modificativo diminutivo: Pagamento de tarifas bancárias à vista. Envolve uma conta de despesa (resultado), com uma redução do caixa da empresa.
OS FATOS MISTOS
Envolvem, simultaneamente, um fato modificativo e um fato permutativo.
ex fato de misto aumentativo
Pagamento a fornecedores com desconto, com dinheiro do caixa. Nesse caso, existirá um fato permutativo, com a baixa da obrigação e a redução da conta “Caixa”. Porém, o valor a ser baixado da obrigação é maior que o valor que sairá do caixa, necessitando assim fazer um lançamento na conta “Juros Ativos”, que contribuirá para aumentar o resultado, modificando para maior o Patrimônio Líquido.
ex diminutivo
Recebimento de duplicatas com desconto. Nesse caso, ocorrerá um fato permutativo com a entrada de dinheiro no caixa e a baixa da duplicata, mas como a duplicata será recebida por um valor menor que o registrado, será feito o lançamento do desconto concedido, como despesa, reduzindo o resultado, modificando para menos o Patrimônio Líquido.
Vamos entender agora o que é um plano de contas. Para tanto será demonstrado tecnicamente como se arruma as contas do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, o que possibilita ao contador adequar a linguagem contábil à estratégia da empresa, bem como manter a uniformidade na nomenclatura das contas contábeis ao longo do tempo.
Conceitualmente, o Plano de Contas é o conjunto das contas que direcionam os registros dos atos e fatos inerentes à empresa, sendo o seu objetivo principal a uniformização dos registros contábeis.
Sendo assim, o plano de contas serve de base para a elaboração dos registros contábeis.
Antes da apresentação do plano de contas é importante conhecermos o conceito de conta. Segundo Ribeiro (2010), CONTA é o nome técnico que identifica um Componente Patrimonial (ativo, passivo ou patrimônio líquido) ou um Componente de Resultado (custo, despesa ou receita).
O que podemos assim entender é que as movimentações no patrimônio da empresa devem ser registradas em contas que identifiquem sua natureza.
Elas estão dispostas em Contas Patrimoniais e em Contas de Resultado. A primeira se refere aos elementos que compõem o patrimônio enquanto a segunda refere-se aos elementos que provocam variações no patrimônio.
As Contas patrimoniais dividem-se em Ativas e Passivas, enquanto as Contas de Resultado dividem-se em Receitas e Despesas.
Uma empresa quando efetua compra a prazo de mercadorias para estoque, precisa realizar o registro do bem adquirido, mas também precisa demonstrar a obrigação de pagamento. É através do registro em contas patrimoniais que isso pode ser visualizado:
Balanço patrimonial
Ativo	Passivo
Caixa	(1) Financiamentos a pagar(1) Estoque de mercadorias
Percebeu que utilizamos contas separadas para representar cada elemento patrimonial?
Por exemplo, os veículos que a empresa possui são representados na conta “Veículos”; o dinheiro que a empresa tem em mãos é registrado na conta “Caixa”; as mercadorias adquiridas para revenda são lançadas na conta “Estoque de mercadorias”; e a dívida a prazo decorrente da compra de mercadorias está representada na conta “Fornecedores”. E assim por diante.
Assim, tanto Caixa, como estoques de mercadorias e financiamentos a pagar são contas contábeis, constantes no plano de contas.
Ocorre também na prática registrar vários elementos, que possuem características semelhantes em uma mesma conta. Nesse caso, será dado à conta um nome que melhor represente o conjunto dos elementos agrupados. Ludícibus et al (2006) fornece alguns exemplos de casos como esses, conforme a seguir:
O conjunto formado por cadeiras, mesas, máquinas de escrever, máquinas de somar, entre outros, poderia ser registrado em uma única conta, que teria por nome Móveis e Utensílios.
O conjunto de pequenas despesas, sem necessidade de discriminação, receberia o nome de Despesas Diversas ou Despesas Gerais.
Diversos valores a receber, sem necessidade de representação isolada, poderiam ser registradas na conta Valores a Receber ou Contas a Receber etc.
Diversos valores a pagar, sem necessidade de representação isolada, poderiam ser registrados na conta Valores a Pagar ou Contas a Pagar etc.
Até o momento falamos de contas patrimoniais, mas a partir de agora vamos discorrer sobre as contas de resultado, que são também denominadas contas diferenciais e integram a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), que iremos estudar mais detalhadamente no capítulo 04. As contas de resultados – receitas, despesas e custos – são utilizadas para registrar as modificações patrimoniais, e quando confrontadas as receitas com os custos e as despesas, apura-se o resultado do período, ou seja, verifica-se se as mutações patrimoniais do exercício resultaram em lucro ou prejuízo.
É importante ressaltar que as receitas provocam o aumento do Patrimônio Líquido; e as despesas e custos, por sua vez, acarretam uma diminuição.
Como se faz a elaboração do plano de contas?
A elaboração de um plano de contas é tarefa indispensável e individual de cada empresa. Parte de uma estrutura padrão, e dentro dessa estrutura o mesmo deve ser elaborado de acordo com os interesses de cada empresa.
O plano de contas terá a quantidade de informações que forem necessárias para a empresa, mas dependerá do ramo, porte e alcance da empresa.
Quanto maior o tamanho da empresa, maior a necessidade de detalhar a contabilidade através do plano de contas.
Na elaboração do plano de contas, deve-se atentar que a lei 6.404/76 estabelece uma divisão para as contas – Contas Patrimoniais e Contas de Resultado.
Na montagem do plano é necessário observar a legislação específica do ramo de atividade, o tamanho da empresa, o sistema contábil, bem como a compatibilidade com os princípios de Contabilidade e as normas brasileiras de contabilidade vigentes. Sendo ainda necessário a adaptação, quando possível, às exigências dos agentes externos (Imposto de Renda, órgãos ambientais, etc.).
Segundo julgamento de Ribeiro (2010), é essencial que o plano de contas contenha pelo menos as seguintes partes:
Elenco de contas.
Manual de contas.
Modelos de demonstrações contábeis padronizadas.
Para melhor entendimento é importante conhecer cada uma dessas partes. Vamos especificar, então, o elenco de contas.
O elenco de contas é a relação das contas que serão usadas no registro dos atos e fatos administrativos. Esta fase envolve a adoção do nome e do código de cada conta.
Acesse o link e veja modelo de plano de contas para que você possa visualizar o elenco de contas que consta no mesmo, bem como para servir de parâmetro para a elaboração de outros.
Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. 
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode não compreender. 
OBJETIVOS DO PLANO DE CONTAS 
Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais: 
a) atender às necessidades de informação da administração da empresa; 
b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de elaboração do balanço patrimonial e das demais dmonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A”); 
c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da legislação do Imposto de Renda. 
ELENCO DE CONTAS E CORRESPONDENTE CONJUNTO DE NORMAS 
O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas, constituí na verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrição do funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contém comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas (para que serve, o que deve conter e outras informações sobre critérios gerais de contabilização). 
CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL 
A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e com observância das Normas Brasileiras de Contabilidade. 
O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de forma sintética, a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração contábil. 
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei 6.404/76 (chamada “Lei das S/A”) e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187), em síntese, se compõe de: 
ATIVO 
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
PASSIVO
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrará o dinheiro em espécie (papel-moeda) disponível na tesouraria da empresa. Trata-se de uma conta do Ativo Circulante, subgrupo Disponibilidades. 
Sugiro que o Plano de Contas contenha, no mínimo, 4 (quatro) níveis:
Nível 1: 
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas, Custos e Despesas.
Nível 2: 
Ativo: Circulante, Não Circulante / Passivo e Patrimônio Líquido: Circulante, Não Circulante e Patrimônio Líquido. / Receitas: Receita Bruta, Deduções da Receita Bruta, Outras Receitas Operacionais / Custos e Despesas Operacionais.
Nível 3: Contas que evidenciem os grupos a que se referem, como por exemplo:
Existe uma expressão muito utilizada na Contabilidade quando vamos reconhecer Despesa e/ou Receita: é o chamado Fato gerador (de despesa e de receita).
No Direto Tributário, a expressão é utilizada para representar o fato ou conjunto de fatos que deram origem à obrigação jurídica de pagar um determinado tributo. Na Contabilidade, seguimos um raciocínio similar.
Fato Gerador de Despesa: é o acontecimento que deu origem à despesa. Aquele momento quando ocorre o consumo de bens ou a utilização de serviços, negociações com clientes em que são oferecidos descontos, ou nos momentos em que as dívidas são acrescidas por juros em virtude de atraso no pagamento.
Fato Gerador de Receita: é o acontecimento que origina a receita: momentos de venda ou prestação de serviços, recebimentos de juros sobre os valores em atraso dos clientes, bem como obtenção de descontos na liquidação antecipada de dívidas.
Dizemos que a despesa foi incorrida quando ocorre o fato gerador. Da mesma forma, dizemos que a receita foi realizada quando ocorre o fato gerador.
No modelo de plano de contas,anteriormente apresentado, é possível visualizar que cada conta possui um código.
O código da conta nada mais é do que os números que identificam cada conta que compõe o plano. Isto facilita e torna mais ágil efetuar os registros contábeis, pois os débitos e créditos são lançados por meio e codificação (número) e não por intitulação (nome).
No plano de contas podemos observar que as contas de Ativo, Passivo, Receitas e Despesas têm uma numeração padrão, conforme segue:
Ativo	1
Passivo	2
Receitas	3
Despesas	4
Cada dígito do código da conta tem uma função. Vejamos:
1º Dígito: Grupo que a conta pertence no sistema Patrimonial (Ativo, Passivo) ou Resultado
2º Dígito: Grupo que a conta pertence.
3º Dígito: Subgrupo que a conta pertence.
4º e 5º Dígitos: Reservado para conta principal, sendo que o 4º dígito pode ser usado para representar a divisão de subgrupo, caso haja.
Grau da Conta
O grau da Conta aponta a posição na hierarquia do grupo que a conta pertence.
1.1.1.01 Caixa
1 Ativo – Subdivisão do Balanço Patrimonial
1.1 Ativo Circulante – Grupo das contas que se divide o Ativo
1.1.1 Disponível – Subgrupo das contas que se subdivide o Ativo Circulante
1.1.1.01 Caixa – Conta Principal ou de Primeiro Grau
Vamos ver outro exemplo, agora buscando codificar a conta “Reserva Legal”.
Nível 1: Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas, Custos e Despesas.
Nível 2: Ativo: Circulante, Não Circulante / Passivo e Patrimônio Líquido: Circulante, Não Circulante e Patrimônio Líquido. / Receitas: Receita Bruta, Deduções da Receita Bruta, Outras Receitas Operacionais / Custos e Despesas Operacionais.
Nível 3: Contas que evidenciem os grupos a que se referem, como por exemplo:
Nível 1 – 2. Passivo
Nível 2 – 2.3. Patrimônio Líquido
Nível 3 – 2.3.4. Reservas de Lucros
Nível 4: Subcontas que evidenciem o tipo de registro contabilizado, como por exemplo:
Nível 1 – 2. Passivo
Nível 2 – 2.3. Patrimônio Líquido
Nível 3 – 2.3.4. Reservas de Lucros
Nível 4 - 2.3.4.01 Reserva Legal
Vamos entender o que é Função, Funcionamento e Natureza da Conta? Acompanhe comigo.
A Função é utilizada para denominar de missão, razão da existência da conta, ou seja, para que ela serve. A conta permite o controle da movimentação dos componentes patrimoniais, das extrapatrimoniais (contas de compensação) e das contas de resultado.
Essa utilização permite um grande passo para o entendimento da informação contábil.
O Funcionamento das contas é a movimentação contábil das contas através de débitos e créditos.
A Natureza da Conta está relacionada se sua origem é referente a crédito ou a débito.
Conforme visto anteriormente, foi estabelecido que as contas de Ativo e de despesas teriam natureza devedora e as contas de Passivo e de receitas teriam natureza credora.
Vejamos alguns exemplos acerca dos conteúdos que estamos estudando.
conta caixa ativo
Função: Registrar a movimentação de dinheiro, cheques e outros documentos compensáveis em poder da empresa.
Funcionamento: Debita-se pelo recebimento (entrada). Credita-se pelo pagamento (saída).
Natureza: Devedora
conta salario a pagar ativo
Função: Registrar os valores a pagar aos empregados relativos aos salários e os descontos que ocorram na folha de pagamento.
Funcionamento: Debita-se pelos descontos e pelos pagamentos de adiantamento e saldo líquido final. Credita-se pelos salários.
Natureza: Credora
conta despesas administrativas despesas
Função: Registrar, em conta específica, as despesas com a estrutura administrativa da empresa.
Funcionamento: Debita-se pelo pagamento e ocorrência da despesa. Credita-se pela apuração do Resultado do Exercício.
Natureza: Devedora
conta receita bruta de vendas receita
Função: Registrar, em conta específica, as receitas de vendas de mercadorias, produtos e serviços prestados, destacando as receitas de vendas de mercadorias, produtos e serviços sujeitos ao regime de substituição tributária, as vendas para o exterior e as vendas de operações normais.
Funcionamento: Debita-se pela apuração do Resultado do Exercício. Credita-se pela ocorrência da receita, com base nos documentos fiscais emitidos pela empresa.
Natureza: Credora
Manual de Contas
O Manual de Contas apresenta os detalhes das contas que compõem o plano. Ele vai direcionar o setor contábil no momento de efetuar os registros uniformes dos eventos.
As informações contidas no manual de contas devem envolver o código numérico, a intitulação, a função, a natureza e os critérios de avaliação de cada conta, exemplo de lançamentos apropriados para o registro de operações raras, roteiros para conciliações de dados, bem como informações acerca de documentos que servem de suporte aos registros contábeis.
RIBEIRO, 2010, p. 41.
Regime de caixa e regime de competência
Uma das preocupações recorrentes das organizações com fins lucrativos é saber se as suas operações estão gerando lucro ou prejuízo. Assim, para a apuração desse resultado, é necessário confrontar receitas e despesas.
Entretanto, sabe-se que tanto as entradas de caixa oriundas das receitas bem como as saídas de caixa relativas às despesas podem ser pagas antecipadamente, à vista ou a prazo. Portanto, o resultado encontrado pela sua confrontação vai depender do momento em que as receitas e despesas são consideradas, na data do efetivo pagamento ou recebimento, ou na data que ocorrer o fato gerador.
O fato gerador e o recebimento podem ocorrer no exercício social atual.
O fato gerador poderá ocorrer no exercício social atual e o seu respectivo recebimento somente se efetuará no exercício social seguinte.
Quanto às despesas, pode ocorrer que:
O pagamento poderá ser efetuado no exercício atual e o fato gerador somente ocorrerá no próximo exercício social.
O fato gerador e o pagamento podem ocorrer no exercício social atual.
O fato gerador poderá ocorrer no exercício social atual e o seu respectivo pagamento somente se efetuará no exercício social seguinte.
Ribeiro (2010, p. 283) afirma que “é o regime de escrituração contábil adotado pela empresa que determina quais despesas e quais receitas integrarão ou não o resultado de um exercício social”.
Por isso, é importante compreender os tipos de regimes de escrituração contábil, utilizados para registro dos fatos contábeis, conforme segue:
Regime de caixa.
Regime de competência.
Regime misto.
Cabe salientar que de acordo com a Lei 6.404/76 e o Novo Código Civil (NCC), para fins de elaboração das demonstrações contábeis para apresentação aos usuários externos, as empresas estão obrigadas a utilizar o regime de competência.
DE OLHO NA LEGISLAÇÃO
“A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.” (Art. 177, da Lei 6.404/1976 – grifado pela autora).
Voltando a falar genericamente sobre os regimes de escrituração contábil, vamos discorrer sobre cada um deles, dando uma maior atenção ao regime de competência, pelo fato de ser o regime adotado pela Contabilidade.
Regime de caixa
Esse regime estabelece que as receitas e despesas devem ser consideradas no momento das entradas e saídas financeiras do caixa, independentemente da ocorrência do fato gerador.
Ou seja, os valores que entrarem ou saírem do caixa da empresa é que servirão de base para a apuração do resultado do exercício atual, sem levar em consideração se as receitas e despesas ocorreram no exercício anterior, no exercício atual, ou ainda se ainda irão ocorrer em exercício futuro.
A Empresa Lucro Certo Ltda. adquiriu em 02/01/2010, um imóvel no valor de R$ 80.000,00, sendo 50% à vista e o restante financiado em 60 meses. Pelo regime de caixa, qual o valor deverá ser registrado na Contabilidade em 02/01/10?
RESPOSTA: R$ 40.000,00, pois pelo regime de caixa, a despesa somente será registrada na Contabilidade, quando houver saída de numerários do caixada empresa. E no dia 02/01/2001 saiu exatamente R$ 40.000,00 (50% de R$ 80.000,00).
Regime de competência
O regime de competência está relacionado ao princípio da competência, apresentando-se como um método de escrituração totalmente distinto do regime de caixa.
Pelo regime de competência, as receitas e despesas são consideradas para a apuração do exercício no momento que ocorrer o fato gerador, independentemente se o seu recebimento ou pagamento foi no ato da compra ou não.
Utilizando o mesmo exemplo anterior, veremos como fica o registro contábil pelo regime de competência.
A Empresa Lucro Certo Ltda adquiriu em 02/01/2010 um imóvel no valor de R$ 80.000,00, sendo 50% à vista e o restante financiado em 60 meses. Pelo regime de competência, qual o valor que deverá ser registrado na Contabilidade em 02/01/10 ?
RESPOSTA: R$ 40.000,00, pois, pelo regime de caixa, a despesa somente será registrada na Contabilidade quando houver saída de numerários do caixa da empresa. E, no dia 02/01/2001, saiu exatamente R$ 40.000,00 (50% de R$ 80.000,00).
RESPOSTA: R$ 80.000,00, pois, pelo regime de competência, a despesa será registrada na Contabilidade quando ocorrer o fato gerador. E o fato gerador é a aquisição do veículo no dia 02/01/2010.
Para fins de cumprimento das normas contábeis vigentes, a Contabilidade adota o princípio de competência. Consequentemente, o regime utilizado pela mesma para atender a legislação é o regime de competência.
É a junção do regime de caixa com o regime de competência para fins de registros contábeis. Esse regime é utilizado para a apuração do balanço orçamentário na contabilidade pública. Nesse caso, é utilizado o regime de caixa para as contas de receita e o regime de competência para as contas de despesa.
Exemplo prático
A seguir, será apresentado um exemplo ilustrativo que permitirá a compreensão do regime de caixa e do regime de competência, bem como uma comparação entre ambos os regimes.
Primeiro vamos verificar como fica pelo regime de competência. No regime de competência, as despesas e receitas são contabilizadas quando ocorrem. Dessa forma, mesmo sem terem sido pagos, os R$ 3.000,00 das despesas consumidas no 1º mês deverão ser contabilizadas. Veja a seguir como ficam os resultados referentes ao primeiro trimestre.
A Cia. Lucro Certo Ltda, no primeiro trimestre, obteve das suas transações comerciais uma receita mensal de 5.000,00, recebida à vista.
Para a obtenção dessa receita, a Lucro Certo tem uma despesa mensal de R$ 3.000,00, que são pagas em um prazo de 30 dias.
Como fica o resultado da empresa pelo regime de competência e pelo regime de caixa?
Descrição/ período	Jan	Fev	Mar	Total
Receitas	5.000,00	5.000,00	5.000,00	15.000,00
Despesas	(3.000,00)	(3.000,00)	(3.000,00)	(9.000,00)
Resultado	2.000,00	2.000,00	2.000,00	6.000,00
Agora vamos apurar o resultado pelo regime de caixa. Por esse regime, a empresa só contabiliza as receitas e despesas quando recebidas ou pagas, respectivamente. Dessa forma, se o cliente não paga de imediato, não se reconhece a despesa. Assim, no nosso exemplo, como as despesas são pagas com 30 dias, a despesa do primeiro mês será paga no segundo, a do segundo será paga no terceiro, e assim por diante. Vamos ver como ficará o nosso demonstrativo dos resultados para o primeiro trimestre.
Descrição/ período	Jan	Fev	Mar	Total
Receitas	5.000,00	5.000,00	5.000,00	15.000,00
Despesas	-	(3.000,00)	(3.000,00)	(6.000,00)
Resultado	5.000,00	2.000,00	2.000,00	9.000,00
Podemos perceber que, pelo regime de caixa, o resultado do trimestre foi maior em R$ 3.000,00 (três mil reais) que aquele apurado pelo regime de competência. Isso aconteceu porque em janeiro não houve desembolso da despesa, sendo que esta só foi lançada em fevereiro, a de fevereiro foi reconhecida em março, e a despesa de março só será reconhecida por esse regime em abril, período este que não faz parte do demonstrativo do primeiro trimestre.
A Empresa Alfa Ltda está iniciando suas atividades através da constituição de uma pessoa jurídica composta por duas pessoas. Assim, os sócios contrataram os serviços de uma contabilidade para formalizar a empresa e iniciar as suas primeiras movimentações contábeis.
A empresa, atuante no ramo de vendas de produtos de informática e serviço de manutenção de computadores e impressoras, na tentativa de organizar os seus controles contábeis, iniciou o procedimento de registrar tempestivamente suas operações contábeis, passando a organizar o seu patrimônio de acordo com as movimentações descritas abaixo:
José, um dos sócios da empresa, tem um patrimônio no valor de R$ 1.500,00. O patrimônio é constituído da seguinte forma: dinheiro no valor de R$ 1.000,00 e um veículo no valor de R$ 500,00;
Compra de um imóvel no valor de $ 3.000,00 mediante empréstito obtido no banco Beta a curto prazo;
Venda do veículo no valor de $ 650,00, a prazo movimentando seu patrimônio líquido
 
Agora, que a empresa já iniciou suas atividades a próxima etapa é efetuar os lançamentos contábeis em razonetes (conta T) e constituir o Balanço Patrimonial da Empresa Alfa.
Orientações Gerais para a realização do Trabalho da Disciplina:
A pontuação máxima desta atividade avaliativa é de 100 pontos (100%);
Seu desempenho nesta avaliação compõe a nota final das Avaliações Online (A1);
O Trabalho da Disciplina (TD) deve ser realizado INDIVIDUALMENTE;
Trabalhos que apresentarem transcrições de textos sem a devida referência - segundo as normas da ABNT 6023 - terão nota zero atribuída - “Cartilha Plágio (Links para um site externo.)”; 
O Trabalho que não for postado/enviado até o prazo terá nota zero, assim como aqueles que forem apenas salvos e não enviados para correção na data estipulada no calendário da disciplina;
Os lançamentos contábeis também podem ser classificados conforme a seguir:
•	Lançamento de 1ª Fórmula – Apenas uma conta de Débito e uma conta de Crédito.
•	Lançamento de 2ª Fórmula – Apenas uma conta de Débito e duas ou mais contas de Crédito.
•	Lançamento de 3ª Fórmula – Duas ou mais contas de Débito e apenas uma conta de Crédito.
•	Lançamento de 4ª Fórmula – Duas ou mais contas de Débito e duas ou mais contas de Crédito.
•	Modelos de Demonstrações Contábeis Padronizadas
•	Esse método foi sistematizado pela primeira vez para uso na Contabilidade, no ano de 1494, pelo Frei Franciscano Luca Pacioli, sendo utilizado até os dias atuais na escrituração contábil.
•	Pelo método das partidas dobradas, os registros contábeis são efetuados, considerando que para cada um ou mais débitos existem um ou mais créditos de igual valor, e vice-versa. Não existe um lançamento sem uma contrapartida.
•	Especificaremos como se processa o funcionamento e movimentação das Contas.
•	A movimentação das contas se dá por meio de débitos e créditos. Por isso é imprescindível o entendimento dessas expressões em Contabilidade.
•	Vamos relembrar que a representação gráfica de um elemento patrimonial é o T. Assim, a sua esquerda temos o lado do débito e a sua direita é o lado do crédito.
A expressão débito não significa propriamente algo desfavorável em Contabilidade, assim como crédito não pode ser tomado como algo favorável. Isto porque essas denominações são convenções contábeis. O que irá indicar aumentos e diminuições no saldo das contas será a natureza desta.
Sabendo que as contas possuem naturezas credoras ou devedoras, vamos compreender essa diferença.
As contas de natureza devedoras são aquelas que se encontram do lado esquerdo do Balanço Patrimonial (Contas do Ativo) ou aquelas que geram redução do PL (Despesa e custo).
As contas de natureza credoras são as que estão do lado direito do Balanço Patrimonial (Contas do Passivo) ou aquelas que geram aumento do PL (Receita). Ribeiro (2010) explica o mecanismo de débito e crédito da seguinte forma:
As contas com saldo de natureza devedora serão debitadas sempre que ocorrer entradas de valores nas respectivas contas, ou seja, serão debitadas para registrar os aumentos em seus saldos; da mesma forma essas contas serão creditadaspara registrar saídas de valores, ou seja, diminuição em seus saldos.	As contas com saldo de natureza credora serão creditadas sempre que ocorrer entradas de valores nas respectivas contas, ou seja, serão creditadas para registrar os aumentos em seus saldos; da mesma forma essas contas serão debitadas para registarar saídas de valores, ou seja, diminuição em seus saldos.
Resumindo o funcionamento das contas, temos:
 
Para melhor entendermos o mecanismo de débito e crédito e de partidas dobradas, vamos observar os exemplos de lançamentos contábeis a seguir:
EXEMPLO 1: A empresa A possui um saldo de R$ 150.000,00 em seu caixa, e de R$ 40.000,00 em seu estoque de mercadorias. Em uma determinada data comprou, à vista, mercadorias para revenda no valor de R$ 64.500,00. Fazer o lançamento em razonetes.
RESPOSTA COMENTADA: O que aconteceu nesse fato contábil? Houve uma redução na conta Caixa (Ativo) e um aumento na conta Estoques (Ativo). O lançamento envolveu duas contas do ativo, que tem natureza devedora, dessa forma os saldos iniciais das mesmas devem ser registrados no lado esquerdo. Como os aumentos nas contas do ativo são registrados no débito (lado esquerdo) e as reduções no crédito (lado direito), o lançamento desse fato, em razonetes, fica assim:
 
Podemos perceber também a aplicação do método das partidas dobradas nesse lançamento, quando o valor do débito é igual ao valor do crédito (ambos R$ 64.500,00).
EXEMPLO 2: A Empresa B comprou material de limpeza para utilização imediata, no valor de R$ 2.000,00, sendo 40% pago à vista e o restante para pagamento em 30 dias. Sabendo que o saldo da conta Caixa era de R$ 10.000,00, e da conta Contas a pagar era de R$ R$ 3.000,00, efetue o lançamento contábil em razonete.
RESPOSTA COMENTADA: Nesse lançamento, há a compra de material de limpeza (despesa), com pagamento com recursos do caixa (Ativo), ocasionando uma redução no mesmo. E também gerando uma obrigação com Contas a Pagar (Passivo), aumentando o valor da dívida da empresa.
Efetuando os lançamentos abaixo, os saldos iniciais do caixa (ativo), por ter natureza devedora, fica do lado esquerdo; e do Contas a Pagar (Passivo), por ter natureza credora, fica do lado direito. As contas de despesa e receitas não apresentam saldos iniciais no começo do período.
O lançamento diminuindo o Caixa é feito do lado direito e aumentando o Contas a pagar do lado direito também. Material de limpeza, como é uma despesa, tem o valor lançado no débito (lado esquerdo).
 
Podemos perceber aqui também a aplicação do método das partidas dobradas, no qual o valor do débito (2.000) é exatamente igual à soma dos créditos correspondentes (800 + 1.200).
Elementos do Lançamento Contábil
Lançamento Contábil é o meio pelo qual é efetuado o registro de determinado fato no Livro Diário. Para realizar um lançamento existem elementos essenciais, tais como:
a.	Local e data onde o fato ocorreu.
b.	Conta a ser debitada.
c.	Conta a ser creditada.
d.	Histórico.
e.	Valor

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