Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Transporte Tubular: Reabsorção e Secreção Tubular Processos renais básicos: Excreção urinária = Filtração glomerular – Reabsorção tubular + Secreção tubular Sangue que segue pela arteríola eferente. →Mais concentrado. Pois, após ocorrer a filtração no corpúsculo renal, ele fica mais concentrado. Capilares Peritubulares: Pressão mais alta na região: Coloidosmótica. Favorece o processo de reabsorção. O que é reabsorção? Quando elementos que foram filtrados voltam para a circulação. É a passagem de íons, água, macromoléculas do lúmen do nefron (túbulos) para os capilares peritubulares. O que é secreção? Transferência de moléculas do líquido extracelular para o lúmen do néfron. É a passagem de íons e outras substâncias do capilar peritubular para o lúmen do nefron (túbulos). →Utilização de transportadores. O que é excreção? É a eliminação da urina através do ducto coletor. Eliminação de água, íons e outras substâncias que não foram reabsorvidas através da urina para o meio externo. Solutos presentes no filtrado Creatinina Biomarcador para avaliar a taxa de filtração molecular (TFG) Mas, a inulina é mais precisa (só que cara) COMO OCORRE A REABSORÇÃO DE ÁGUA E SOLUTOS NO TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL? Através de transportadores. Transporte ativo, passivo. Reabsorção de água e solutos Mecanismos de transporte ativo e passivo. A água será transportada sempre por OSMOSE. Membrana apical voltada para o lúmen do nefron → Borda em escova. Membrana basolateral das células, voltada para o interstício e capilar. Esses transportes favorecem a reabsorção. Imagem: Reabsorção de água e solutos filtrados, do lúmen tubular através das células epiteliais tubulares, interstício renal e de volta ao sangue. Os solutos são transportados através das células (via transcelular), por difusão passiva ou transporte ativo, ou entre as células (via paracelular), por difusão. A água é transportada através das células e entre as células tubulares por osmose. O transporte de água e solutos do líquido intersticial, para os capilares peritubulares, ocorre por ultrafiltração. Através de 2 vias Via paracelular: Quando o íon passa por entre 2 células. Via transcelular ou transepitelial: Quando o íon, água, macromolécula passa do lúmen do nefron pela membrana apical das células, passa por dentro dessas células, sai pela membrana basolateral para o interstício e posteriormente, capilares. Resumindo: 1)Via paracelular- o íon passa entre duas células , por suas junções oclusivas --> interstício --> capilar 2)Via transcelular/ transepitelial – passa do lumen do nefron pela membrana apical e sai pela membrana basolateral --> interstício --> capilar Reabsorção pode ser ativa ou passiva A reabsorção de água e solutos do lúmen tubular para o líquido extracelular depende de transporte ativo As células tubulares usam do transporte ativo para criar gradientes de concentração ou eletroquímicos A água segue osmoticamente os solutos Transporte ativo primário: Bomba de Sódio e Potássio Mais sódio do lado de fora →Meio extracelular. Mais potássio do lado de dentro →Meio Intracelular. Vai contra o gradiente de concentração. Por isso, gasta energia. Joga 3 sódios para fora e 2 potássios para dentro. Com isso, diminui a concentração de sódio intracelular. Mexendo também com as cargas, o potencial de membrana. Criação de um gradiente eletroquímico: Concentrações e cargas. Sódio está em alta concentração no lúmen, por isso, consegue ser reabsorvido. Imagem: Mecanismo básico para transporte ativo de sódio através da célula epitelial tubular. A bomba de sódio-potássio transporta sódio do interior da célula através da membrana basolateral, criando baixa concentração intracelular de sódio e potencial elétrico intracelular negativo. A baixa concentração intracelular de sódio e o potencial elétrico negativo fazem com que os íons sódio se difundam do lúmen tubular para a célula, através da borda em escova. Transporte ativo secundário Pode ser reabsorvido por cotransporte ou simporte: Ex sódio e glicose, sódio e aminoácido. 2 íons sendo transportados juntos pelo mesmo transportador. Ou pode ser reabsorvido por contratransporte: Um íon entrando e outro saindo. Caminhos opostos. Imagem: Mecanismos de transporte ativo secundário. A célula superior mostra o cotransporte de glicose e de aminoácidos juntamente com íons sódio, através do lado apical das células epiteliais tubulares, seguido por difusão facilitada, através das membranas basolaterais. A célula inferior mostra o contratransporte de íons hidrogênio do interior da célula através da membrana apical e para dentro do lúmen tubular; o movimento de íons sódio para a célula, a favor do gradiente eletroquímico estabelecido pela bomba sódiopotássio na membrana basolateral, fornece energia para o transporte dos íons hidrogênio da célula para o lúmen tubular. ATP, adenosina trifosfato; GLUT, transportador de glicose; NHE, trocador de sódio e hidrogênio; SGLT, cotransportador de sódio e glicose. Túbulo contorcido proximal Reabsorção de sódio por transporte passivo e ativo secundário. Por canais de sódio. Reabsorção de glicose e aminoácidos. E secreção de íons H+ Reabsorção de Glicose no Túbulo Proximal Quando mais glicose tem no sangue, mais glicose vai ser filtrada →No corpúsculo renal. Quanto mais glicose, maior a filtração, e maior a reabsorção. Se atingir todos os transportadores, acontece uma saturação deles. Limite: 375 mg/min. Se atingir esse limite, não tem mais transportador disponível. Essa glicose em excesso então, vai aparecer na urina. Glicosuria: Excesso de glicose na urina. Condição clínica relacionada: Diabetes. Atingiu o limite, por isso a glicose aparece na urina. Está sendo excretado seu excesso. União dos 3 processos: Vermelho: Filtração. Filtra sempre que tem glicose. Verde: Reabsorção. Reabsorve até um limite. Azul: Excreção. Após o limite, a glicose é excretada. Aparece na urina. Transporte máximo para substâncias reabsorvidas ativamente Imagem: Relações entre a carga filtrada de glicose, a reabsorção de glicose pelos túbulos renais e a excreção de glicose na urina. O transporte máximo é a intensidade máxima com que a glicose pode ser reabsorvida dos túbulos. O limiar para glicose refere-se à carga filtrada de glicose, na qual a glicose começa a ser excretada na urina. Pinocitose: endocitose de proteínas plasmáticas Proteinúria: Aumento das concentrações de proteína na urina. Pode ser indicativo de alterações nas barreiras de filtração. Reabsorção de água e solutos Bomba de sódio e potássio: Membrana basolateral →Voltada para o capilar. Criam um gradiente eletroquímico dentro da célula. Acontece com isso, a reabsorção de sódio. O sódio pode ser reabsorvido por diversas maneiras: Cotrasporte, cotrantransporte. O lúmen fica mais concentrado de soluto. Aumenta a concentração extracelular →Fica mais positivo. Lúmen: aumenta a concentração de aníons, fica mais negativo. Querem seguir os íons com carga positiva Vão de um local de maior concentração, para uma de menor concentração. O LEC fica mais concentrado. A água flui por osmose. De um lugar de menor concentração em solutos para um local de maior concentração de solutos. Por uma via transcelular e uma paracelular. 50% de reabsorção da ureia. Reabsorção da água - túbulo contorcido proximal Reabsorção de cloreto, ureiapor difusão Imagem: Mecanismos pelos quais a reabsorção de água, cloreto e ureia está acoplada à reabsorção de sódio. Reabsorção tubular proximal Imagem: Ultraestrutura celular e transporte primário característicos do túbulo proximal. Os túbulos proximais reabsorvem em torno de 65% do sódio, cloreto, bicarbonato e potássio filtrados, e praticamente toda a glicose e aminoácidos filtrados. Os túbulos proximais também secretam ácidos orgânicos, bases e íons hidrogênio para dentro do lúmen tubular. •↑ metabolismo •↑ mitocôndrias •Borda em escova •Muitas proteínas carreadoras (cotransporte e contratransporte) •Na primeira metade o sódio é reabsorvido por cotransporte com glicose e aa. •Na segunda metade o sódio é reabsorvido com cloreto •Secreção de íons hidrogênio COMO OCORRE A REABSORÇÃO DE ÁGUA E SOLUTOS NA ALÇA DE HENLE? Reabsorção da água – Alça de Henle Imagem: Ultraestrutura celular e características do transporte da alça de Henle descendente fina (acima) e do segmento ascendente espesso da alça de Henle (embaixo). A parte descendente do segmento fino da alça de Henle é altamente permeável à água e moderadamente permeável à maioria dos solutos, mas tem poucas mitocôndrias e pouca ou nenhuma reabsorção ativa. O componente ascendente espesso da alça de Henle reabsorve cerca de 25% das cargas filtradas de sódio, cloreto e potássio, além de grandes quantidades de cálcio, bicarbonato e magnésio. Esse segmento também secreta íons hidrogênio para o lúmen tubular. Três segmentos funcionais distintos: 1.Segmento descendente fino Permeável a água (20%) e a poucos solutos 2.Segmento ascendente fino Praticamente impermeável a água *1 e 2 apresentam uma membrana epitelial fina sem borda em escova, poucas mitocôndrias e pouca ativ. metabólica 3.Segmento ascendente espesso Praticamente impermeáveis a água Segmento ascendente espesso da alça de Henle Neles que os diuréticos de alça agem. Bloqueia esse transporte e o corpo não reabsorve íons nessa porção. Ex: Furosemida. -Células mais espessas, -Grande ativ. Metabólica, -Na+/K+ ATPase na membrana basolateral -25% da reabsorção- cotransportador de 1 sódio, 2cloreto, 1 potássio -Praticamente impermeável a água (junções oclusivas) -A água permanece no túbulo (importante para permitir que a urina se torne concentrada ou diluída) Imagem: Mecanismos de transporte de sódio, cloreto e potássio na alça de Henle ascendente espessa. A bomba de sódio-potássio ATPase, na membrana basolateral celular, mantém a concentração intracelular de sódio baixa e o potencial elétrico negativo na célula. O cotransportador de 1-sódio, 2- cloreto, 1-potássio na membrana luminal transporta esses três íons do lúmen tubular para as células, usando a energia potencial liberada por difusão de sódio a favor do gradiente eletroquímico para as células. O sódio também é transportado para dentro da célula tubular por contratransporte de sódio- hidrogênio. A carga positiva (+8 mV) do lúmen tubular em relação ao líquido intersticial força cátions, como Mg++ e Ca++, a se difundirem do lúmen para o líquido intersticial por meio da via paracelular. COMO OCORRE A REABSORÇÃO DE ÁGUA E SOLUTOS NO TÚBULO CONTORCIDO DISTAL? Túbulo contorcido distal inicial Imagem: Mecanismo de transporte de cloreto de sódio no início do túbulo distal. Sódio e cloreto são transportados do lúmen tubular para a célula, por cotransportador que é inibido por diuréticos tiazídicos. O sódio é bombeado para fora da célula pela adenosina trifosfatase (ATPase) e o cloreto se difunde para o líquido intersticial por canais para cloreto. A primeira porção forma o aparelho justaglomerular (céls. de mácula densa) As junções oclusivas se tornam menos permeáveis a água, portanto a água não se move tão facilmente. Túbulo contorcido distal final e túbulo coletor Imagem: Ultraestrutura celular e características do transporte da parte inicial e do final do túbulo distal e do túbulo coletor. O túbulo distal inicial tem muitas características da alça de Henle ascendente espessa, e reabsorve sódio, cloreto, cálcio e magnésio, mas é praticamente impermeável à água e à ureia. Os túbulos distais finais e os túbulos coletores corticais são compostos de dois tipos distintos de célula, as células principais e as células intercaladas. As células principais reabsorvem sódio do lúmen e secretam íons potássio para o lúmen. As células intercaladas reabsorvem íons potássio e bicarbonato do lúmen e secretam íons hidrogênio no lúmen. A reabsorção de água desse segmento tubular é controlada pela concentração do hormônio antidiurético. Imagem: Mecanismo de reabsorção do cloreto de sódio e da secreção de potássio nas células principais do final dos túbulos distais e nos túbulos coletores corticais. Sódio entra na célula por canais especiais e é transportado para fora da célula pela bomba sódio- potássio ATPase. Os antagonistas da aldosterona competem com a aldosterona pelos locais de ligação na célula e, portanto, inibem os efeitos da aldosterona de estimular a reabsorção de sódio e a secreção de potássio. Bloqueadores do canal de sódio inibem, diretamente, a entrada de sódio nos canais de sódio. Formado por células principais: -Reabsorvem sódio e água e secretam íons potássio (*aldosterona) Formado por células intercaladas: -Secretam intensamente íons hidrogênio (hidrogenio - ATPase) e reabsorvem íons bicarbonato e potássio ou vice-versa -Ação da anidrase carbônica -ADH* -Regulação do equilíbrio ácido-base Imagem: Células intercaladas tipos A e B do ducto coletor. As células tipo A apresentam hidrogênio - ATPase e hidrogênio-potássio-ATPase na membrana luminal e secretam íons hidrogênio enquanto reabsorvem íons bicarbonato e potássio, em caso de acidose. Nas células tipo B, os transportadores de hidrogênio-ATPase e hidrogênio-potássioATPase estão localizados na membrana basolateral e reabsorvem íons hidrogênio, enquanto secretam íons bicarbonato e potássio em situações de alcalose. Aldosterona: Vasoconstrição das arteríolas. Atua nas células principais. Se o hormônio ADH estiver presente, tem-se reabsorção de agua →Através das aquaporinas. Senão, não. COMO OCORRE A REABSORÇÃO DE ÁGUA E SOLUTOS NO DUCTO COLETOR? Ducto Coletor Imagem: Ultraestrutura celular e características do transporte do ducto coletor medular. Os ductos coletores medulares reabsorvem ativamente sódio e secretam íons hidrogênio e são permeáveis à ureia, que é reabsorvida nesses segmentos tubulares. A reabsorção de água nos ductos coletores medulares é controlada pela concentração de hormônio e antidiurético. Reabsorvem menos de 10% de água e Na+ -Permeável a água ? -(ADH) -Permeável a ureia – transportadores de ureia -Secreta íons H+ - equilíbrio ácido-básico SERÁ QUE A OSMOLARIDADE DO ULTRAFILTRADO É SEMPRE A MESMA? Como a osmolaridade do fluido é alterada ao longo do néfron:
Compartilhar