Buscar

O perigo de uma única história - Chimamanda Adichie - Biografia com Comentário Crítito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Comentário Crítico – O perigo de uma única história – Chimamanda Adichie 
 
A presente TEDtalk, considerada uma das mais assistidas da história, teve a fala de 
Chimamanda Ngozi Adichie, com título “The danger of a single story” (o perigo de uma história 
única), no ano de 2009. A escritora conta a história de como encontrou a sua autêntica voz 
cultural e avisa que se ouvirmos apenas uma única história sobre outra pessoa ou país, haverá 
um mal-entendido. 
Ela cresceu em um campus no leste da Nigéria e começou a escrever por volta dos 7 
anos histórias de giz de cera, exatamente como os tipos de histórias que estava acostumada a 
ler, com personagens brancos de olhos azuis, que brincavam na neve e viviam como perfeitos 
americanos. A jovem pensava que, pelos livros serem sempre sobre estrangeiras, deveriam 
sempre ser assim e, consequentemente, ela não poderia se identificar. “Isso mostra como nós 
somos impressionáveis e vulneráveis, principalmente quando crianças”, aponta Chimamanda. 
Porém, quando passou a ler os livros de autores africanos, sua percepção de literatura mudou e 
começou a escrever sobre coisas que reconhecia, passando a ver que pessoas parecidas com ela 
poderiam existir na literatura também. Dessa forma, esses livros salvaram ela de ter uma única 
história sobre o que os livros são. 
Com 8 anos, sua família contratou um novo empregado para ajudar em casa. Ele vinha 
da zona rural, muito pobre, e isso era a única coisa que diziam para ela sobre ele e sua família. 
Todavia, quando foi visitar sua humilde casa, viu lindos trabalhos artesanais feitos pela sua 
família. Ela não acreditou nisso, pois, em sua cabeça, eles eram apenas pobres, não poderiam 
criar algo. A pobreza era a sua única história sobre eles. 
 Enquanto cursava Medicina, a jovem editou a revista chamada “The Compass” com os 
colegas de curso. Aos 16 anos, deixou a Nigéria e foi para os Estados Unidos estudar 
Comunicação na Drexel University. Chimamanda esteve na instituição durante dois anos até 
mudar para a Eastern Connecticut State University para conquistar o diploma de comunicação 
e ciência política. Durante esse período, escreveu uma série de artigos para os jornais 
universitários. Depois de acabar a graduação, fez um mestrado em escrita criativa na Johns 
Hopkins University, em Baltimore, e estudou História Africana na Yale University. Após sair da 
Universidade, publicou seus livros, como: Purple Hibiscus (2003), Half of a Yellow Sun (2006), 
The Thing Around Your Neck (2009), Americanah (2013), We Should All Be Feminists (2014) e A 
Feminist Manifesto in Fifteen Suggestions (2017), além de 3 contos publicados e diversos outros 
textos e apresentações em eventos como palestrante. 
Sua primeira colega de quarto, no início de seus estudos nos E.U.A., antes mesmo de a 
conhecer, sentiu pena da jovem nigeriana e não entendia como ela sabia falar inglês, usar um 
fogão ou como não possuía suas “músicas tribais”. Essa era a única história dessa garota sobre 
a África, em que não havia possibilidade desse povo ser igual a ela. Isso ocorreu devido à como 
ela e muitas outras pessoas cresceram vendo a África ser representada. 
A partir disso, percebe-se que não há como falar de “únicas historias” sem falar de 
“poder”. Poder é a habilidade de não só contar a história de um outro alguém, mas de fazê-la 
ser a história definitiva dele. Portanto, é assim que se cria uma única história: mostre um povo 
como uma coisa, como somente uma coisa, repetidamente, e é isso que se tornará. A “única 
história” cria estereótipos, e o problema com eles não é que sejam mentira, mas incompletos. 
Fazem “uma história” tornar-se “a única história”. Esse é o perigo das únicas histórias. 
Recomendo muito a todos que assistam essa palestra: uma verdadeira aula para levar 
para a vida toda. Além disso, esse é um tema importante e relevante para ser discutido, 
principalmente nos dias atuais, com os inúmeros casos de preconceito e ataques às 
comunidades (negras, lgbtqi+, mulheres, pesquisadores, etc.), assim como a constante e 
crescente disseminação de desinformação. Ademais, concordo com o que a palestrante disse, 
pois a “única história” enfatiza como somos diferentes, ao invés de como somos semelhantes. 
Como Chimamanda disse: “quando rejeitamos uma única história, quando percebemos que não 
há apenas uma história, sobre nenhum lugar e nenhuma pessoa, nós reconquistamos um tipo 
de paraíso”. 
 
 
Fontes consultadas: 
 
 Palestra disponível em: 
https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story?l
anguage=pt-br 
 Biografia da escritora: https://www.ebiografia.com/chimamanda_ngozi_adichie/ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chimamanda_Ngozi_Adichie 
https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story?language=pt-br
https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story?language=pt-br
https://www.ebiografia.com/chimamanda_ngozi_adichie/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chimamanda_Ngozi_Adichie

Continue navegando