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Toxicologia Social - Drogas de Abuso

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TOXICOLOGIA SOCIAL 
 
Dependência envolve: comportamento compulsivo para busca e consumo; perda de controle em limitar o consumo; e estado emocional negativo quando se nega o acesso. 
** Todas as drogas de abuso aumentam a atividade do sistema mesocorticolímbico dopaminérgico – relacionado com propriedades de recompensa. Via mesolímbica 
relacionada com efeitos reforçadores agudos e respostas condicionadas; via mesocortical relacionada com a fissura, a perda da inibição relacionada ao comportamento de 
busca compulsiva. Todas as drogas aumentam dopamina no núcleo accumbens (NAcc) – efeito reforçador positivo 
 Quanto mais rápido uma droga produz efeitos reforçadores positivos, maior a chance de originar comportamento de consumo repetido (ex: cocaína e heroína, produzem 
efeitos centrais rapidamente). Drogas de ação curta tem maior probabilidade de induzir dependência (a depuração é mais rápida e há mais risco de desenvolvimento de 
abstinência aguda). 
 
Tipos de Tolerância 
Tolerância Inata/natural: determinada geneticamente; observada no primeiro uso. 
Tolerância Farmacodinâmica: necessidade de maiores doses no sítio de ação para efeitos de mesma duração e intensidade. Resulta de alterações adaptativas. 
Tolerância Farmacodinâmica aguda ou taquifilaxia: tolerãncia que se desenvolve rapidamente com uso de doses repetidas em mesma ocasião ou em curto período de 
temo (binge). Ocorre um decréscimo da resposta. 
Tolerância Metabólica, farmacocinética ou disposicional: alterações propriedades farmacocinéticas da droga após uso repetido, normalmente por indução de enzimas 
hepáticas. 
Tolerância Reversa ou sensibilização: aumento da resposta ao efeito da droga após administração repetida. 
Tolerância Cruzada: indivíduo tolerante a uma droga fica tolerante a outra. Pode ser farmacodinâmica (entre drogas com propriedades farmacológicas semelhantes) ou 
metabólica (normalmente por indução das CYP, indivíduo fica tolerante a drogas que nunca usou; ex: indivíduos tolerantes ao etanol são também tolerantes aos 
anestésicos inalados. 
Tolerância Condicionada ou ambiental específica: mecanismo aprendido quando a droga é sempre administrada na presença de estímulo ambiental específico (ex: visão da 
seringa). Estímulo sinaliza presença da droga e se iniciam efeitos fisiológicos adaptativos antes mesmo da droga chegar ao sítio de ação. Segue o princípio de Pavlov – 
tolerância quando se se usa droga em situação esperada. Se usa em situação “inesperada”, diminui a tolerância e aumentam efeitos. 
Tolerância Comportamental: capacidade de desenvolver tarefas sob ação da droga para manter nível funcional, mesmo que sob intoxicação. 
 
Mecanismos da dependência 
É uma forma de plasticidade neural induzida pela droga. Genes envolvidos: CREB (cyclic-AMP responde-element binding), efeitos medidados pelo peptídeo opioide 
dinorfina, que diminui liberação de dopamina no NAcc – leva a adpatação negativa por dminuição da sensibilidade individual em nova exposição a droga; Delta FosB, são 
fatores de trancrição induzidos no NAcc se exposição aguda a drogas. Em exposição repetida, se acumula (cocaína, anfetaminas, opiáceos, nicotina, etanol) – responsável 
por alterações gênicas que podem persistir anos após exposiçao; MAPK, efeitos comportamentais a longo prazo; ERK, responsável por plasticidade sináptica induzida pela 
cocaína, Cdk5; DARPP-32.... 
OPIÁCEOS E OPIÓIDES 
 
Opiáceos: derivados naturais do ópio e alguns semissintéticos. Opióides: todos os compostos relacionados ao ópio. É mais difícil que a dependência ocorra por contato com 
a droga por intermédio de receita. 
 
Tolerância e Dependência 
Ocorre de forma seletiva: miose e constipação permanecem mesmo com uso prolongado; para os demais efeitos se tem uma tolerância de rápida instalação. Opióides tem 
alto grau de tolerância cruzada, que não dependente da semelhança química entre compostos. Tolerantes a morfina também são tolerantes a metadona e miperidina, mas 
não ao álcool e barbitúricos. Pacientes com dor que usam opióides sentem euforia; os sem dor sentem disforia. Em síndrome de abstinência óbito normalmente por 
problemas cardíacos e/ou intestinais. 
Locus ceruleus (LC) responsável por sintomas observados na retirada da droga. Existe um controle homeostática se uso agudo/crônico: aumento de AMPc no LC para 
compensar a sua diminuição induzida por opiódes. Se ocorre uma retirada abrupta (ex: adm naloxona), o excesso de AMPc aumenta a atividade do LC. 
 
Substância Efeitos e Uso TCinética e TDinâmica Observações 
Morfina 
Pré-anestésico. Causa constição 
brônquica por liberação de histamina 
(evitar em asmáticos). 
Bem absorvida por soluções de continuidade na pele. Uso 
IM e SC tem absorção mais rápida, baixas concentrações no 
cérebro. Eliminação renal por glicuronidação – glicuronato 
6, que é 13-200x mais potente que morfina. 
Tríade da intoxicação aguda: pupilas 
puntiformes, depressão respiratória e 
coma. Constipação é efeito clássico. 
Codeína 
Antitussígeno. Pequena margem de 
segurança. 
Convertido a morfina durante biotransformação. 
Produz euforia comparável a da heróina se 
uso como glutetimida. Intoxicação: 
nistagmo e fala incompreensível. 
Buprenorfina 
Derivado da tebaína. Agonista parcial 
receptor µ, uso em vício em opióides. 
Altamente lipofílico, 25-50x mais potente que morfina. Tem 
longa duração da ação. 
Mais segura se superdose, causa menos 
depressão respiratória. 
Heroína 
Uso IV, intranasal e inalatório (nesse 
último caso é mais difícil ocorrer 
superdose). 
11 segundos para chegar ao SNC pós absorção pulmonar, o 
que leva a efeito reforçador imediato. 
Fumada: transformada a 6-monoacetilmorfino e depois em 
morfina (que tem maior 1/2v dos três, 18 min). 
Pode causar dependência em RN, trata 
com clorpromazina e elixir paregórico por 
7 semanas ou mais. Edema pulmonar é 
complicação frequente em superdose. 
Pentazocina Dor aguda ou crônica 
Fracamento absorvida TGI. Concentração cerebral > 
plasmática. Traços detectáveis na urina por vários dias. 
3-4x menos potente que morfina 
Causa aumento da PA e dos batimentos 
cardíacos. 
Fentanil 
Pré-anestésico e anestésico pós-
cirúrgico. Uso IV, fumado ou inalado. 
Efeito quase imediato e de curta duração. 200x mais 
potente que morfina. É quimicamente diferente dos 
opióides. Eliminação renal e biliar. 
10 minutos após dose letal, 98% da dose 
desaparece do sangue. 
Propoxifeno Isômero dextro tem efeito analgésico. 
Uma parte é biotransformada a norpropoxifeno, que tem 
eliminação lenta e se acredita ser o responsável pelos 
efeitos cardiotóxicos em intoxicação aguda. 
Eficácia analgésica menor que codeína e 
AAS. 
Nalbufina Antagonista mais potente receptor µ. Uso VO tem 25-25% da potência do uso IM. Efeitos psicomiméticos em altas doses. 
Butorfanol Uso em dor aguda. - 
Pode causar sensação de flutuação. Spray: 
pode levar a dependência física. 
Meperidina Pré-anestésico. 
Efeito similar da morfina mas de menor duração. Excitação 
no SNC por acúmulo do p. de biotransformação 
normeperidina. Acúmulo maior em pacientes renais. 
Tem efeitos não opioides em receptor 
5-HT, bloqueando sua recaptação. 
Tramadol Análogo sintético da codeína. Inibe captação de NE e 5-HT (não usar com IMAO). 
Uso em obstetrícia por causar menos 
depressão respiratória em RN. 
Efeito de opioide se em altas doses. 
Dextrometorfano 
Uso em isquemia cerebral, 
propriedades antiepiléticas e 
neuroprotetoras. 
Inibe captação de 5-HT (não usar com IMAO). 
Abuso entre estudantes por fácil 
disponibilidade. 
Metadona Dor crônica e vício em morfina. - 
Desenvolvimento de dependência é mais 
lento e seus efeitos são menos intensos 
que o da morfina. Existência de 
dependência cruzada com opiáceos. 
Naloxona 
Antagonista específico receptores 
opióides. Uso em diagnóstico de 
intoxicação por opiódes (precipita 
síndrome de abstinência). 
Altamente lipossolúvel e pouco potente VO. Desloca 
opióides do sítiode ação, com efeito em 1-2 minutos. 
Reverte depressão respiratória por 
opiódes. 
LAAM 
Levo-α-acetilmetadol, agonista parcial 
opióide. Tratamento prolongado da 
dependência a heroína. 
Longa ação. Tem 2 produtos de biotransformação ativos. 
Uso limitado como 1ª linha por efeitos 
cardiovasculares. 
Meptazinol Uso VO e parenteral. - 
Produz efeitos colaterais similares à 
atropina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTIMULANTES DO SNC 
 
COCAÍNA – COC 
Produzida a partir das folhas da Erytroxylum coca ou Erytroxylum novogranatense – pasta de coca, com 40-91% de COC  produz cloridrato de cocaína (com HCl) ou sulfato 
de cocaína (com H2SO4). É o estimulante central natural mais potente. 
 
Padrão de Uso 
*Pasta base é fumada (lembrar baseado) por ter menor ponto de fusão (o cloridrato tem ponto de fusão em 197o) , normalmente na forma de crack ou merla – se fumado 
sozinho chama bazuco, se junto com tabaco ou maconha, chama grimmie. 
*O crack é produzido com adição de agente alcalinizante (NaOH ou bicarnonato) e aquecimento. Freebasing é feito pelo próprio usuário com adição de bicarbonato de 
sódio ou amônia e extração com éter. A merla é subproduto da COC com adição de H2SO4, querosene, cal e pó barrilha no remanescente de folhas após o refino. 
*Adulterantes mais comuns na droga de rua: anestésicos locais, estimulantes e piracetan. Uso com etanol normalmente para reverter embriaguez alcoólica, há a formação 
de cocaetileno que tem efeitos no SNC mais duradouros que COC, por ser mais lipossolúvel. 
 
Toxicocinética 
*Produção de efeitos é mais rápida fumando a base livre > uso IV > uso intranasal. Uso COC via intranasal ou mucosa bucal leva a vasocontrição e, portanto, a diminuição da 
velocidade de absorção, mas mesmo assim os efeitos tem magnitude comparável ao uso IV. 
*COC tem alta afinidade pela α1-glicoproteína ácida. É altamente lipofílica, sendo sequestrada por adipócitos e acumulada no fígado e SNC. Ocorre ainda transferência 
placentária. A norcocaína (NCOC) reflete a concentração plasmástica da droga, e não a concentração do SNC. Crack + etanol forma etilanidroecgnonina. 
 
Toxicodinâmica 
*Uso leva a aumento temporário de Dopamina (DA) e Norepinefrina (NE), que depois diminui para valores abaixo dos normais – se tem estado de euforia e depois estado 
de depressão. Com uso crônico, ocorre diminuição na síntese de 5-HT. Uso da COC por via respiratória leva a complicações cardiopulmonares mais graves do que as 
observadas em outras vias. 
*Pode ocorrer taquifilaxia com os efeitos cardiovasculares. Há ainda tolerância ou sensibilização por 2 meios: a) ↑ da excitação com doses baixas por conta da ↓ da 5-HT, o 
que potencializa a ação excitatória da DA; e b) aumento da suscetibilidade a convulsões sem que exista alteração nos níveis sanguíneos e cerebrais de COC (kindling 
farmacológico). 
*COC é uma das subsâncias com maior potencial de abuso por ter grande capacidade de produzir reforço positivo. Sobre o crack: no início o uso provoca extremo prazer 
(rush ou flash), depois ocorre compulsão e fissura por nova administração (craving). Dependentes de COC podem sentir o craving mesmo se expostos a desencadeantes 
ambientais/fatores externos. 
 
Efeitos Tóxicos 
Comum ocorrer morte súbita por complicações cardio e cerebrovasculares. ↓ doses ↑ libido, enquanto ↑ doses levam a impotência. Relação com Síndrome do Delírio 
Excitado – delírio, agitação, hipertermia e comportamento violente que resulta em morte súbita inexplicável. 
Fibrose pulmonar se uso de talco como adulterante, e de colapso cardíaco se uso de anestésicos locais. Pode ainda ocorrer necrose hepática. 
 
 
Identificação de COC em produtos apreendidos 
*Reagente Scott 2% (cloreto cobalto, tiocianato de potássio e glicerina 1:1): reação em meio ácido com HCl. Adição com clorofórmio é forma modificada. 
*Teste de Scott modificado: adição de Tiocianato de Cobalto forma pptado azul por complexação com COC; pptado desaparece com adição HCl, ficando rosa, e depois 
volta a ser azul com a adição de clorofórmio (vai extrair a COC para a fase orgânica). Não é específico para COC. FP com lidocaína - "contaminante". 
*Teste Mayer: usa tetraiodomercurato de potássio (usa também pra detecção de alcalóides). Reação em meio aquoso ácido com HCl - vai transformar a base livre na COC 
cloridrato (a adição de base tranforma o cloridrato em base livre). Rç positiva forma precipitado branco. FP pra lidocaína, sildenafila, dipirona, ecstasy. 
*Outros testes: CCD com revelação por Dragendorff, formação de microcristais por adição de cloreto de platina ou de ouro, CG, CLAE.. 
 
Análise de COC e metabólitos (EMA e BEC) em Urina 
*Pode ocorrer produção de EMA (estér metilanidroecgonina) como artefato em análise de COC por CG por conta da alta temperatura necessária a vaporização, 
principalmente quando concentração do analito é superior a 3000ng/mL. 
*Acidificar urina pois condições alcalinas favorecem degradação da COC e EMA. Faz extração em fase sólida e derivação da BEC com anidrido pentafluoropropiônico e 
pentafluoropropanol. Tempos de retenção de 2,88; 11,55 e 19,93 min para EMA, BEC e COC. 15,6 min para CE. 
*Outros métodos: CL –EM não requer derivatização e não há formação de EMA residual. Nessa técnica os resíduos de COC são: 82, 105 e 182, enquanto que do CE são 82, 
196 e 317. Lembrar que independente do método, sooventes podem degradar a COC. 
 
ANFETAMÍNICOS 
 
Farmacologicamente, atuam como aminas simpatomiméticas. Estrutura química relacionada à β-fenetilamina. Mazindol (muitas vezes 
considerado anfetamínico, não é relacionamento quimicamente com o grupo). Isômero D da metanfetamina tem o maior potencial de 
abuso. Ação estimulante mais persistente que COC. Lembrar que é diferente das design drugs (MDA, MDMA, ecstasy....). 
*Isômero l é mais potente em efeitos periféricos, e o d é mais potente para efeitos no SNC. Substituições posição m e p do anel, bem 
como no carbono β: se em 2 dessas posições, tem efeito direto nos receptores adrenérgicos; se em 1 ou nenhumas dessas possições, 
efeito indireto – liberam NE das vesículas (anfetamina, meta, efedrina). Substituinte metóxi na posição m: efeitos alucinógenos. 
 
Padrão de Uso TCinética e TDinâmica Dependência e tolerância Efeitos Tóxicos 
Rebite, dopping intelectual, TDAH 
(metilfenidato), descongestionantes de 
venda livre (efedrina e fenilefrina). Uso 
combinado com barbitúricos para aumentar 
os efeitos subjetivos. 
 
*Ice drops: solução saturada e alcalinizada 
de cloridrato de metanfetamina – cristais 
são fumados; 
*Gold fish: cloridrato de metanfetamina em 
solução aquosa. Uso IV e VO, também 
impregnado em papeis. 
 
Biotranformação hepática – maioria dos 
compostos convertidos a anfetamina ou 
meta. Excreção urinária é dependente de pH 
(em urina ácida, tem maior excreção). Para 
cada aumento de unidade de pH, tem 
aumento de 7h na ½ vida. 
 
Simpatomiméticas de receptores α e β 
adrenérgicos; similaridade com NE (relação 
com estímulo locomotor) e DA (relação com 
comportamento estereotipado) – são falsos 
neurotransmissores; inibem a MAO. 
Propriedades de reforço por aumento de DA 
no nucleo accumbens e caudado. 
Abstinência é mais intensa se uso IV. Pode 
ocorrer a chamada S. de abstinência 
protaída: dura 30 a 90 dias, usuário com 
sentimentos de depressão e letargia (fase 
em que normalmente ocorrem os suicídios). 
 
*Tolerância aos efeitos anorexigenos e 
subjetivos é rápida (taquifilaxia) – eficácia 
curta em uso para perda de peso por conta 
dessa tolerância. 
Toxicidade cardiovascular e 
neuropsiquíca (fatalidades 
incomuns por conta da 
tolerância). 
Em uso crônico, alucinações, 
comportamento bizarro, 
IAM, cegueira transitória. 
 
 
Detecção em amostras apreendidas 
*Teste de Marquis (formaldeído, ácido acético e ácido sulfúrico): Opiáceos geram cor roxa. Anfetamina e meta geram cor laranja/marrom. MDA/MDMA gera cor 
roxa/preta. 
 
 
 
ETANOL 
Toxicocinética e ToxicodinâmicaAbsorção no intestino. Biotransformação hepática por oxidação, seguindo cinética de ordem zero (independente da concentração e constante ao longo do tempo): 
1. Via da Alcool Desidrogenase (enzima com Zn), converte etanol a acetaldeído. NAD é cofator. 
2. Via do Sistema de Oxidação Microssômico (SOM), também converte a acetaldeído, usando NADPH como cofator. 
3. Catalase, com consumo de peróxido de hidrogênio. 
O aldeído formado nas 3 vias é oxidado a acetato pela Aldeído Desidrogenase (AlD). Etanol não oxidado é excretado em rins, pulmão, suor e saliva (em menor parte). 
*Diminui a viscosidade da membrana celular, tendo efeito fluidificante; aumenta efeitos inibitórios mediados pelo GABA e canais de Cl-; diminuição atividade colinérgica; 
em uso crônico tem aumento da síntese e liberação NE e diminuição do GABA no cérebro. 
 
Dependência e tolerância 
Com a fluidificação da membrana, ela fica mais rígida e menos sensível ao efeito fluidificante do etanol, levando a tolerância; e com a ausência do álcool esse dessaranjo 
nas membranas pode levar aos sinais de abstinência. Na evolução da abstinência, o usuário pode ter o quadro de delirium tremens, com confusão, delírio e alucinação – 
muitas vezes agrava o quadro. Convulsões em situações graves não tratadas, ocorrendo em até 48horas de abstinência. 
 
Efeitos Tóxicos 
*Agudos: depressor SNC (efeito estimulador aparente em baixas doses por conta da depressão de mecanismos inibitórios). Intoxicação patológica: sinais de intoxicação 
com uso de doses normalmente menores do que as necessárias para intoxicar a maioria das pessoas – início abrupto de agressão e comportamento violento. Pode ocorrer 
blackouts com perda de memória recente, mas as demais habilidades intelectuais ficam mantidas. 
Em intoxicações, evitar uso de outros depressores (como BZD); glicose IV apenas após administração de tiamina (é consumida na metabolização da glicose e sua reserva 
estiver diminuída [comum em etilistas crônicos] pode ocorrer encefalopatia de Wernicke / S. de Korsakoff). 
!Lembrar que uso crônico induz o metabolismo hepático, diminuindo concentração de xenobióticos, porém, o álcool compete pelas enzimas do CitP450, podendo levar a 
aumento na concentração de fármacos na circulação (diminuição da excreção de fenitoína em uso agudo, se síndrome de abstinência, pode ter um aumento da 
biotransformação desse mesmo fármaco). 
 
Tratamento 
1. Dissulfiram, inibe a AlD, levando ao acúmulo de aldeído. Dose 250mg, potencial hepatotóxico; 
2. Naltrexona, antagonista opióide. Dose 50 a 100mg, bloqueia efeitos euforizantes do álcool; 
3. Acamprosato, agonista GABA e antagonista glutamato. Diminui desejo de beber e hiperatividade da abstinência. 
 
Determinação de etanol 
*CG-DIC: Uso de sangue com fluoreto, não realizar assepsia com álcool. Separação por headspace com sulfato de sódio para realização de efeito salting-out. n-propanol 
usado como padrão interno. Se não for método online, a seringa para transferência ao CG deve estar ligeiramente aquecida. 
*Método químico: uso de amostras já “separadas”, faz reações com agentes oxidantes. A mais conhecida é a reação envolvendo dicromato de potássio em solução 
fortemente ácida (ácido sulfúrico concentrado) – ocorre redução do íon dicromato, e a solução passa a ter cor verde-azulada. Por titulação “de retorno”, o excesso de 
dicromato que não reagiu com etanol reage com iodeto de potássio, formando iodo (vai ser titulado com tiossulfato de sódio e amido) – tem baixa especificidade. 
*Método bioquímico: faz a oxidação de álcool na presença de NAD, que depois será reduzido a NADH – lê a 340nm. Pode acoplar o NADH a sistema diaforase-cromógeno, 
produzindo uma suspensão coloidal de coloração vermelha, que pode ser lida espectrofotometricamente em 500 nm. 
*Determinação em ar exalado: o ar exalado tem cerca de 2.100 vezes menos etanol do que o sangue. Bafômetros podem ter como princípio: oxidação química; oxidação 
eletroquímica; e espectrometria de infravermelho (tem menos interferentes). 
 
INALANTES 
 
Absorção pulmonar de vapores - não inclui drogas que precisam ser queimadas ou aquecidas. Forma física da substância que determina o modo de uso. 
1. Solventes voláteis, vaporizam em temperatura ambiente (tinner, gasolina, cola); 
2. Aerossóis, o usuário faz uso do gás propelente; 
3. Gases, incluindo anestésicos de uso médico e outros produtos comerciais. Óxido nitroso conhecido como gás hilariante, pode causar alucinações auditivas; 
4. Nitritos orgânicos voláteis, intensifica desejo sexual – uso normalmente chama poppers. 
 
Toxicodinâmica 
De modo geral, os solventes potencializam ação inibitória do GABA. Tolueno tem alta afinidade por tecidos lipídicos, principalmente substância branca do cérebro. Uso 
conjunto hexano + tolueno associado a dissolução bainha de mielina. Solventes clorados interagem com canais de sódio neuronais, diminuindo condução nervosa. 
Tricloroetanol leva a perda de neurônios dopaminpérgicos (associação com parkinsonismo clínico), e seu p. de b., cloral, é precursor de uma toxina mitocondrial (TaClo). 
Óxido nitroso atua por oxidação do cobalto na cobalamina, levando a deficiência de B12 e disfunções sensoriais e motoras. 
 
Efeitos Tóxicos 
*Curto Prazo: fase excitatória seguida por depressão do SNC, não há ressaca e as alucinações diferenciam da embriaguez do álcool. Uso de altas concentração, 
principalmente dos clorados, pode levar a falência cardíaca em poucos minutos (sudden sniffing death). Lembrar que ocorre ainda resfriamento da laringe pelo gás (pode 
acarretar em parada cardíaca), obstrução vias áreas pela aderência da cola, queimaduras por explosão, etc. 
*Longo Prazo: Tolueno leva a destruição de fibras nervosas e também alteração na visão de cores; n-hexano leva a síndrome neurotóxica por ação no 2,5-hexanodiona. 
Dano hepático geral, indução doenças auto imunes e supressão da MO. Partículas metálicas em aerossois podem comprometer função pulmonar. 
 
Outras considerações 
Tolerância em 1-2 meses pós uso repetido. Sem medicamento eficaz no tratamento da tolerância e/ou abstinência. Abordagens para redução de danos: substituição de 
compostos tóxicos por outros de menor toxicidade (ex: substituição n-hexano por ciclo-hexano em cola de sapateiro); adição substâncias com odor desagradável (ex: bitrex 
em isqueiro); alterações na embalagem para que não saia propelente. 
TABACO 
 
Nicotina é um alcalóide, altamente tóxico e fatal por qualquer via de exposição. Corrente primária do cigarro é tragada pelo usuário, a 
secundária correpondem aos compostos eliminados na ponta acesa do cigarro para o ambiente. Alcatrão corresponde as partículas da fumaça 
exceto água e alcalóides. O charuto é feito com a folha curada e fermentada – esse envelhecimento produz alta concentração de compostos 
cardiogênicos durante a combustão e mais toxinas e irritantes do que o cigarro. 
 
Toxicocinética 
Tem caráter básico, portanto absorção é pH dependente. Em charuto e cachimbo não precisa tragar, fica na forma iônica na fumaça porque esta é mais alcalina, e, 
portanto, ocorre absorção na mucosa bucal (é mais lenta). Já a fumaça do cigarro é ácida (pH 5,5), sendo melhor absorvida pelos alvéolos pulmonares. O mesmo vai ocorrer 
com a excreção: urina ácida leva a maior consumo de cigarro, pq tem maior eliminação. Lembrar que o fumante “titula” a dose de nicotina conforme a tragada. 
*Muito biotransformada pela CYP2A6 - maioria convertida a cotinina e depois a 3HC (trans-3’-hidroxicotinina). Razão 3HC/cotinina pode ser usada para avaliar atividade da 
CYP2A6. O principal metabólito na urina é o 3HC, mas como a cotinina tem maior ½ vida, é usada como marcador quantitativo de exposição a nicotina, até mesmo em 
outros fluídos biológicos. 
 
Toxicodinâmica 
Fumada chega ao SNC em até 20segundos. Liga em receptores nicotínicos (ligado a canal iônico): subunidade β2 libera DA, tem relação com efeitos compartamentais deautoadministração; α2 medeia sensibilidade a nicotina; α3β4 relacionada com efeitos cardiovasculares..... 
*Curva dose resposta da nicotina tem forma de U invertido – em baixas concentrações, nicotina estimula SNC e SNP, mas influencia pouco na autoadministração  com 
aumento de dose tem ativação do centro de recompensa e de sensações de prazer  doses ainda mais altas tem efeito aversivo, com bloqueio ganglionar. 
 
Dependência e Tolerância 
Tolerância por conta de neuroadaptação (up regulation). 1º cigarro do dia produz resposta cardiovascular e subjetiva maior, principalmente por conta da abstinência a 
noite (ocorre uma ressensibilização dos receptores à ação da nicotina e a tolerância é perdida). Em cigarros light ou com menos nicotina, usuário precisa tragar mais vezes 
ou fumar mais cigarros para ter os efeitos “normais”, como consequência, tem maior exposição a CO2 que o normal. 
*Dependência principalmente por conta da liberação de dopamina (efeitos diretos nos receptores e por modulação de glutamato e GABA) e da ação do receptor α4β2*. 
Outros produtos formados da condensação do acetaldeído com aminas biogênicas inibem MAO-A e MAO-B. Se o usuário para de fumar, ocorre além de uma hiperexcitação 
das vias colinérgicas, uma liberação subnormal de DA e NT, levando a mal estar e incapacidade de sentir prazer – a chamada desregulação hedônica. É comum para outras 
drogas, mas com a nicotina os efeitos mais importantes são ganho de peso e diminuição da frequência cardíaca. 
 
Efeitos Tóxicos 
Intoxição aguda com crianças e contato dérmico com as folhas (doença do tabaco verde). Aumento do risco de DM2 por ação na sensibilidade a insulina. Lembrar que a 
corrente 2ª tem mais compostos tóxicos – problema em fumantes passivos. *Ação indutora de enzimas hepáticas, diminuindo efeito de BZD e analgesia de opioides. 
CANNABIS 
 
Canabinóides: todos os ligantes de receptores canabinóides (incluindo endógenos, como anandamida) e compostos relacionados. Na planta madura tem maior quantidade 
de Δ9THC na inflorescência. Os ácidos canabinóides do Δ9THC não tem atividade farmacológica, mas ficam psicoativos após descarboxilação (espontânea por 
ressecamento ou estocagem ou pirólise). Lembrar que o Δ9THC é sensível a luz, altas temperaturas e a compostos ácidos. 
 
Toxicocinética Toxicodinâmica Efeitos Tóxicos 
Dependência, Tolerância e 
Abstinência 
Absorção é mais irregular VO, tem degradação 
no pH estomacal e por micro-organismos 
intestinais. Via pulmonar tem perda de boa 
parte do Δ9THC na pirólise e na corrente 
secundária – a quantidade de Δ9THC na corrente 
primária aumenta linearmente conforme 
aumenta a quantidade de cigarro queimado. 
Até 99% ligado a lipoproteínas. Primordialmente 
metabolizado pela CYP. 
Para análise na urina, janela de 1 mês para 
fumantes crônicos, e 2-4 dias para fumantes 
eventuais. 
Sistema endocanabinóide formado por 
receptores acoplados a proteína G. CB1 
principalmente no SNC, CB2 em células imunes 
periféricas. Anandamida tem menor afinidade 
pelo receptor que Δ9THC. Em CB1 os agonistas 
canabinóides diminuem a liberação de NT. 
 
*A neurotransmissão é atípica, ocorrendo de 
forma retrógada: despolarização PÓS-sináptica 
 aumento de Ca intracelular  produção 
endocanabinóides  difundem na fenda e 
ligaram a receptores CB1 PRÉ-sinápticos. 
Doses maiores que 20mg de 
Δ
9THC levam a reação aguda de 
pânico, se aumentam, pode 
ocorrer delírio tóxico. Início de 
uso antes dos 18 anos é pior 
porque as funções executivas 
não são 100% maduras. 
Exposição fetal no início da 
gestação pode levar a 
alterações comportamentais 
persistentes. 
O aumento de DA extracelular 
modula o reforço positivo. Em 
exposição crônica pode ocorrer 
neuroadaptação, provavelmente 
por down regulation. 
Fumantes crônicos se mostram 
tolerantes a quase todos os 
efeitos (exceto diminuição 
controle motor e sensação de 
alto). Retirada causa disforia, 
pode ser um fator de risco para 
recaída. 
 
 
 
Identificação de Canabinóides em produto apreendidos 
*Fast Blue BB (sulfato de sódio anidro): extração diretamente no papel filtro dos componentes da Cannabis por éter de petróleo e reação em meio básico (bicarbonato), 
formando um complexo vermelho púrpura. Δ9THC (vermelho), canabinol (roxo) e canabidiol (laranja). FP com noz-moscada e guaraná. 
*Duquenois-levine - vanilina e acetaldeído, em meio ácido (HCl), formam um complexo azul/púrpura com os canabinoides, que é extraído para a camada clorofórmica - cor 
violeta na fase orgânica (por extração dos canabinódes) e azulada na fase aquosa. 
*CCDAE: extração com éter de petróleo e revelação com Fast Blue BB (mesmo padrão de cores acima). 
*Outros: CG-EM, CL-EM. 
 
Identificação de Canabinóides em amostras biológicas 
*THC-COOH em urina por CCDAE: comprova uso recente. Extração com KOH e hexano em meio ácido (ácido acético glacial)  evapora o solvente e ressuspende em 
clorofórmio:metanol 3:1  aplica na placa e corre  nebuliza com dietilamina e depois de seca nebuliza novamente com Fast Blue BB  banda rosa a + 3cm. 
Lembrar que o THC-COOH livre é termo e fotolábil, assim a extração tem que ocorrer imediatamente após a hidrólise. Não pode levar mais que 2horas o intervalo entre 
aplicar a amostra e correr a placa. 
*Δ9THC e metabólitos em sangue total por CL-EM/EM: comprova uso recente. Método multirresíduo, analisa Δ9THC, 11-hidróxi-THC, THC-COOH, canabidiol (CBD), 
canabinol (CBN) e glicuronídios do Δ9THC e do THC-COOH. Caso a análise de glicuronídios não seja desejada, não é necessário manter as amostras em banho de gelo. Coleta 
em tubo de heparina e análise em 24horas. Desproteinizar as amostras com acetonitrila gelada. Proceder SPE nas amostras diluídas com hidróxido de amônia. Evaporar o 
eluato e injetar o resíduo ressuspendido. **Em temperatura ambiente, a estabilidade é maior em sangue com fluoreto de sódio, como também em plasma congelado. 
*Imunoensaios: kits para detecção do THC-COOH livre e conjugado em urina. 
 
ALUCINÓGENOS 
 
Alucinógenos: substâncias que em doses não tóxicas alteram a percepção e o estado de ânimo. 
Alucinação: erro mental, atribuição de caráter de percepção em coisas que não existem (ex: alterações visuais, achar que tem bichos andando pelo corpo). 
Delírio: construção intelectual mórbida que se afasta da realidade. Normalmente gira em torno de algum assunto específico (ex: delírio paranoico, histérico, esquizoide....). 
Paciente tem certeza intuitiva e ilusões sensoriais. 
Alteração da percepção: sensações produzidas por agentes que existem. Há consciência dos elementos ambientais. 
Anfetainas substituídas: causam perturbação do SNC em doses usuais e alucinações apenas em doses excessivas. 
Flashbacks: trasntorno de percepção pós alucinógena em que há recorrência de fragmentos dos efeitos alucinógenos. 
*Substâncias que causam alucinação: 
1. Causam alucinação em altas doses. Ação relacionada com ruptura de tecidos nervosos (etanol, metais, hidrocarbonetos). 
2. Delirantes: atropina, fenciclidina. 
3. Alucinógenos propriamente ditos: LSD, mescalina, psilocibina. 
*Classificação química – indoalquilaminas (estrutura similar 5-HT): LSD, psilocina, DMT (dimetiltriptamina); e fenilalquilaminas (similar NE): mescalina e DOM. 
Efeitos centrais relacionados a alterações serotoninérgicas, normalmente no receptor 5-HT2. Pode ocorrer tolerância cruzada com outros alucinógenos e não há evidências 
de S. de abstinência. Não causam alterações anatômicas em uso crônico. Seu uso pode precipitar psicose em esquizofrenicos. 
*Tratamento intoxicações agudas: diazepam para controle da excitação, diurese ácida para facilitar excreção. 
 
LSD 25 
Derivado de alcalóides do ergot. Nos papeis, cada pedaço tem entre 30 a 50 µg, com efeitos durante até 6 horas. Cessar dos efeitos relaiconado a rensão e fadiga que 
podem durar vários dias. 
*Estágios de ação: latência  modificaçãoes físicas  período intermediário com medo e angústia modificações tempo vivida e sensação de espaço  modificações na 
sensação do prório corpo e de caráter afetivo  modificações do curso do pensamento  alucinações  conotação erótica  lucidez relativa. 
*Efeitos alucinógenos relacionados a agonismo parcial em 5-HT2 e antagonismo em 5-HT1 (ação nesse receptor relacionada com efeito mais potente do LSD do que outras 
drogas alucinógenas, leva a aumento do glutamato cortical). Ativação dos receptores é tempo dependente. 
**Detecção em amostras apreedidas: Reativo de Ehrlich (benzaldeído, metanol, ácido ortofosfórico ou HCl) - Rç positiva com cor rosa/roxa 
 
COGUMELOS ALUCINÓGENOS 
Mais importantes: genêro Pcilocybe. Efeitos por dois alcalóides: psilocina e psilocibina, similares estruturalmente com a triptamina que atuam em receptores 
serotoninérgicos. Podem ser sinteticamente produzidas com dose efeitiva de 6 a 12mg. Dentre as drogas de abuso, é a de menor risco de dependência e letaldiade aguda. 
Intoxicação aguda pode ser confundida com pânico e ansiedade. Uso terapêutico da psilocibina para TOC, ansiedade, depressão e tabagismo. 
*Outros fungos conhecidos com potencial alucinógeno: Amanita muscaria, Botelus manicus (relacionado a loucura dos fungos), Panaeolus sphinctrinus (uso em 
adivinhação, cresce em esterco de vaca), Russula agglutina (também relacionado a loucura dos fungos, tem ácido esteárico). 
 
PLANTAS ALUCINÓGENAS 
 
Substância e planta Toxicidade Observações Imagens 
Beladona e Datura 
(atropina, hiosciamina e 
escopolamina) 
10 min após ingestão de chá de folhas/flores de Datura ocorrem 
alterações psíquicas por alcalóides tropânicos (hiosciamina e 
escopolamina), que bloqueiam receptores de Ach 
Na beladona, hiosciamina é principal alcalóide 
Tem pomadas com Datura stramonium 
usadas em inflamação, picada de insetos 
etc. 
 
 
 
Dimetiltriptamina 
(jurema e epená) 
Na jurema (Mimosa hostilis), principais efeitos pelo DMT 
No epená (Virola spp.), alcalóides do grupo triptamina e carbolina 
Usuários sentem excitabilidade inicial, seguida de crispatura 
(contração) dos músculos faciais, incapacidade de coordenação 
muscular, alucinaçoes visuais, sono profundo e inquieto 
Bebida dita milagrosa com raiz, casca e 
frutos de Jurema 
Rapé alucinógeno com Virola, uso pro 
curandeiros em tratamento de doenças e 
como veneno em flechas 
 
 
 
Harmina 
(ayahuasca) 
Banisteriopsis caapi – alcaloides βcarbolinas inibidores da MAO, 
aumentam 5-HT. 
O chá mistura com Psycotria viridis, que contem DMT e é oxidado 
pela MAO se uso VO (B. caapi impede essa degradação pela MAO) 
Uso místico e ritualístico 
Alucinações de visualizações de animais, 
comunicação com divindades 
Uso para dependência ao etanol 
 
 
 
Ibogaína 
(Tabernanthe iboga) 
4-5 mg/Kg produzem efeitos estimulantes por até 6 horas, 
incluindo visões aceleradas e alucinações com temas sexuais 
Superdose pode levar a paralisia, convulsão e morte 
Uso como afrodisíaco 
Uso para dependência em heroína e COC 
(interrompe compulsão sem causar 
dependência, ao contrátio da metadona) 
 
 
 
LSA – ergina 
(Ipomoea violacea) 
Ação psicomimética da ergina, isoergina e ainda alcaloides 
ergolínicos (ergovina, tem ação uterotônica e hemostática) 
Afinidade com receptores de 5-HT e DA 
Uso das sementes moídas 
Amida do ácido lisérgico, menos potente 
que LSD 
 
 
 
Mescalina 
(Lophophora williamsii) 
Alucinações visuais, cores realçadas 
Estrutua similar a NE, estimula SNAutônomo 
Uso do cacto cru, pasta ou infusão 
4-30 cabeças por cerimônia 
 
 
 
Miristicina 
(noz moscada) 
Alucinações com 2-3 colheres do pó VO 
Efeito psicotrópico por éteres aromáticos (miristicina, safrol e 
elemicina), biotransformados em produtos tipo anfetamínicos ou 
aminopropafenona 
Bastante tóxica em altas doses 
 
 
Salvinorina 
(Salvia divinorum) 
Composto diterpênico – salvinorina A e B 
Alucinações, viagem no tempo, transformação em objetos, 
realidades múltiplas, paz contemplativa 
Uso folhas frescas mascadas ou moídas 
em água em rituais de adivinhação 
Lista E da RDC 344 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DROGAS SINTÉTICAS 
 
Também chamadas de design drugs, são de fácil aquisição e com efeitos psicoativos duradouros e de surgimento rápido. 
 
DERIVADOS DA ANFETAMINA 
Droga Tcinética Tdinâmica Efeitos e Observações 
Ecstasy (MDMA) 
Pico em 2 horas, biotransformação oxidativa 
hepática (produz MDA - ativo). 
FC não linear por saturação da CYP2D6: 
eliminação diminui com o ↑ da dose e pequeno 
↑ na dose VO aumenta muito níveis plasmáticos 
Eliminação lenta, pode ter efeitos adversos até 
2 dias após o uso. 
Cmax do enantiômero R é maior, e se acumula 
mais em adm repetida. 
Estrutura similar a catecolaminas, aumenta 
atividade de 5-HT (principalmente), DA e NE – 
bloqueia recaptura e leva a aumento do 
transporte reverso. 
Isômero S: mais potente nos efeitos subjetivos 
e estimulantes; Isômero R: alterações sensoriais 
Atua como agonista α2: ↑ PA e freq cardíaca. 
Causa dependência e induz tolerância 
Intoxicação aguda pode ser fatal: lesão 
hepática, hipertermia, CIVD, rabdomiólise. 
Pode levar a hiponatremia (dificilmente ocorre 
com outras anfetaminas). 
Neurotoxicidade em uso crônico 
*Contaminantes: metanfetamina, cafeína, efedrina, 
femproporex, anfepramona, fenobarbital... 
Brolanfetamina 
(DOB) 
Até 3 horas para surgir os primeiros efeitos 
(muito perigoso, pois 2 cápsulas já podem ser 
fatais). 
Biotransformação por O-desmetilação e 
desaminação oxidativa 
Agonista potente 5-HT2 
Forma R é mais ativa 
Alucinações intensas, tolerância em uso crônico 
Cápsula de vento: baixíssima quantidade em 
cápsulas (0,75 a 2 mg) 
Dimetoxianfetamina 
(DOM, STP) 
Efeitos em 90 minutos, comum ocorrer badtrip - 
Ação alucinógena (100x mais potente que 
mescalina e 30x mais potente que LSD) 
PIPERAZINAS 
Comumente chamadas de herbal ecstasy. Tem formulações antigripais, antipsicóticas, antidrepressivas e que atuam na disfunção erétil. 
Droga Tcinética Tdinâmica Efeitos e Observações 
Benzilpiperazina 
(BZP, MBZP) 
Uso em cp, cápsulas, soluções 
Biotranformação pela CYP (hidroxilação) e pela 
COMT (metilação). 
Inibe recaptura e estimula liberação 5-HT, NE e 
DA (principalmente). 
Sem efeitos alucinógenos, causa sensibilização 
cruzada com metanfetamina 
Mais comum: bruxismo, trismo, perda apetite. 
Mais graves: acidose metabólica, hiponatremia, 
convulsão, hipertermia, CIVD... 
Uso é considerado dopping. 
Também chamada legal X, rapture, A2. 
Metoclorofenil-
piperazina (mCPP) 
Fortemente metabolizada pela CYP2D6 (comum 
incluir adulterantes que inibem essa CYP, como 
COC e diltiazem). 
É metabólito ativo de alguns antidepressivos como 
trazodona e nefazodona, sendo ainda usado como 
precursor na síntese de alguns fármacos. 
Induz liberação de 5-HT pelo SERT (atua em 
vários subtipos de receptores 5-HT) e inibe sua 
recaptação. 
Pouco efeito sistema dopaminérgico – sem 
efeito de reforço. 
Uso abusivo pode levar a alucinações severas 
Efeitos entactógenos (↑ comunicação). 
Pode levar a síndrome serotoninérgica mesmo 
com adm única. 
É a mais usada. Cuidar para não confundir com 
o herbicida CPP. Sonda neuroquímica do 
sistema serotoninergico em f. experimental. 
CATINONAS SINTÉTICAS 
Também chamadas legal highs: substâncias lícitas que produzem efeitos similares aos de drogas ilegais. Também chamadas de sais de banho. 
Uso VO ou intranasal, estrutura similar anfetamina, mas com menos efeitos por menos biodisponilidade (grupo cetona ↑ polaridade). 
Droga Tcinética e Tdinâmica Efeitos e Observações 
Mefedrona 
Biotransformação CYP2D6, atravessa facilmente BHE. 
Base livre é hidrossolúvel, comumente diluída em bebidas. 
Em uso VO os efeitos são mais duradouros (até 5 horas). 
Uso IV causa ardor intenso e pode levar a necrose tecidual. 
Estimula liberação DA e 5-HT. 
Euforia, aumento da libido, estimulação geral. 
Efeitos alucinógenos por ação em 5-HT2. 
Pode causar dependência e induz tolerância. 
Em algumassínteses, usa permanganato de potássio para fazer oxidação 
– pode ocorrer dano neurológico por contaminação com manganês. 
Metilenodioxi-
pirovalerona 
(MDPV) 
É mais lipossolúvel que COC e MDMA, atravessando BHE e tendo ação 
estimulante maior que COC. 
Bloqueia transporte DA e 5-HT. 
Pessoas sob efeito MDPV agem de forma violenta e imprevisível. 
SUBSTÂNCIAS DA CLASSE 25C 
Derivados da fenetilamina com 2 métoxi substituintes nas posições 2 e 5 do anel. Alta afinidade (nanomol) pelo receptor 5-HT2. 
Chamadas de NOMBs – uso sublingual e nasal. 
Causa alterações na percepção, aumento do ritmo cardíaco, perda de percepção de localização.

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