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História Antiga I

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HISTÓRIA ANTIGA I
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
História Antiga I – Profª. Ms. Semíramis Corsi Silva
Olá! Meu nome é Semíramis Corsi Silva. Tenho Graduação e 
Mestrado em História pela Unesp/Franca. Desde a Graduação, 
desenvolvo pesquisas sobre a antiguidade clássica. Durante a 
Graduação, pesquisei as representações de mulheres feiticeiras na 
obra do poeta latino Horácio e, no Mestrado, estudei as relações 
políticas em um processo de magia contra Apuleio, filósofo romano 
do 2º século d.C. Acredito que a Educação a Distância proporciona ao 
aluno a conquista de sua autonomia no processo de aprendizagem, 
sendo uma forma de transmissão de conhecimento inovadora e de 
extrema importância na atual sociedade da informação.
E-mail: semiramiscorsi@claretiano.edu.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
HISTÓRIA ANTIGA I
Semíramis Corsi Silva
Batatais
Claretiano
2013
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Clare ana, 2011 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
938 S578h 
 Silva, Semíramis Corsi 
 História antiga I / Semíramis Corsi Silva – Batatais, SP : Claretiano, 2013. 
 196 p. 
 ISBN: 978-85-8377-064-0 
 
 1. Períodos da história da Grécia Antiga e a dinâmica de seus processos históricos 
 nos seus aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. 2. Análise de textos 
 historiográficos e trechos de documentos sobre o período. I. História antiga I. 
 
 
 
 CDD 938 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didá co Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cá a Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Mar ns
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Patrícia Alves Veronez Montera
Rita Cristina Bartolomeu 
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO .......................................................................... 12
UNIDADE 1 PRINCÍPIO DO MUNDO GREGO: MICÊNICOS E MINOICOS
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 33
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 33
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 34
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 35
5 HERANÇA DOS POVOS GREGOS ...................................................................... 36
6 PERÍODOS DA HISTÓRIA GREGA ..................................................................... 42
7 GRÉCIA ANTES DOS GREGOS: POVOAMENTO DA HÉLADE ........................... 44
8 CIVILIZAÇÃO CRETO MICÊNICA ...................................................................... 46
9 CIVILIZAÇÃO CRETENSE OU MINOICA ............................................................ 49
10 PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS DO POVO GREGO ....................... 52
11 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 55
12 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 57
13 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 57
14 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 58
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 59
UNIDADE 2 GRÉCIA DESCRITA PELOS POEMAS DE HOMERO
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 61
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 61
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 62
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 63
5 ÉPOCA DE HOMERO E DE SUAS OBRAS .......................................................... 64
6 QUESTÃO HOMÉRICA ....................................................................................... 68
7 TEMAS DA ILÍADA E DA ODISSEIA ................................................................... 72
8 A GUERRA DE TROIA REALMENTE ACONTECEU? .......................................... 80
9 GRÉCIA DESCRITA POR HOMERO .................................................................... 81
10 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 88
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 90
12 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 91
13 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 92
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 93
UNIDADE 3 GRÉCIA ARCAICA: NASCIMENTO DA PÓLIS
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 95
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 95
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 96
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 97
5 GRÉCIA ARCAICA .............................................................................................. 97
6 ESPARTA: UMA PÓLIS ESSENCIALMENTE OLIGÁRQUICA .............................. 105
7 ATENAS: UMA PÓLIS DEMOCRÁTICA .............................................................. 110
8 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 120
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 121
10 CONSIDERAÇÕES ..............................................................................................122
11 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 122
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 123
UNIDADE 4 GRÉCIA CLÁSSICA: GUERRAS E DISPUTAS POR HEGEMONIA 
NA HÉLADE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 125
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 125
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 126
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 127
5 GUERRA ENTRE GREGOS E PERSAS ................................................................ 128
6 IMPERIALISMO ATENIENSE ............................................................................. 135
7 ATENAS NO SÉCULO DE PÉRICLES ................................................................... 137
8 GUERRA DO PELOPONESO .............................................................................. 139
9 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 141
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 142
11 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 143
12 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 143
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 144
UNIDADE 5 GRÉCIA NO PERÍODO HELENÍSTICO RELIGIOSIDADE 
GREGA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 145
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 145
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 146
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 147
5 PRIMEIRA PARTE: PERÍODO HELENÍSTICO ..................................................... 148
6 SEGUNDA PARTE: RELIGIOSIDADE GREGA ..................................................... 156
7 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 165
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 167
9 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 168
10 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 168
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 168
UNIDADE 6 ASPECTOS GERAIS DA CULTURA GREGA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 171
2 CONTEÚDO ....................................................................................................... 171
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 171
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 172
5 ASPECTOS DA ARTE GREGA ............................................................................. 173
6 FILOSOFIA ......................................................................................................... 184
7 GREGOS E HISTÓRIA......................................................................................... 186
8 ESTATUTO DA MULHER GREGA ....................................................................... 188
9 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 191
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 192
11 CONSIDERAÇÕES DA UNIDADE ....................................................................... 193
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 194
13 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 195
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 196
Claretiano - Centro Universitário
EA
D
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
Ementa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Períodos da história da Grécia Antiga e a dinâmica de seus processos históricos 
nos seus aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. Análise de textos 
historiográfi cos e trechos de documentos sobre o período.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Como você poderá observar, nesta parte, denominada Ca-
derno de Referência de Conteúdo, encontraremos o conteúdo bá-
sico das seis unidades em que se divide a presente estudo.
No decorrer das unidades, você ampliará seus conhecimen-
tos sobre os gregos antigos, compreendendo a problemática e as 
tendências atuais da abordagem da história da Grécia Antiga.
O estudo da Grécia Antiga divide-se em períodos para uma 
melhor compreensão didática do contexto. Assim, na Unidade 1, 
estudaremos a formação do povo grego e a colonização da Grécia. 
Como as origens da civilização grega estão profundamente relacio-
© História Antiga I10
nadas à história da Ilha de Creta, veremos um pouco do desenvol-
vimento da história cretense e da civilização creto-micênica.
Na Unidade 2, estudaremos a importância dos poemas homéri-
cos para termos uma visão de períodos mais remotos da antiguidade 
grega. Homero caracteriza-se como um personagem complexo da his-
tória dos gregos, e seus escritos tornaram-se referências importantes 
para compreender esse contexto, uma vez que são as únicas fontes 
escritas que possuímos a respeito desse período grego mais antigo.
A Unidade 3 apresentará a origem e o que o grego antigo 
entendia como pólis/cidade-Estado e sua evolução. Destacaremos, 
nessa unidade, a cultura das cidades de Esparta e Atenas, além de 
importantes conceitos cunhados pelos gregos e ainda utilizados 
em nossos dias, como, por exemplo, o conceito de "democracia" e 
de "tirania". A análise de tais conceitos é fundamental para repen-
sarmos nossa realidade.
Estudaremos, na Unidade 4, o período chamado "clássico", 
em que serão abordados temas como as Guerras Médicas, a guer-
ra pelo controle da Grécia, o imperialismo ateniense e o conhecido 
"Século de Péricles". Será importante que você visualize melhor 
algumas referências sobre a Grécia que, provavelmente, já até tra-
ga de leituras e informações anteriores, debatendo criticamente e 
seguindo sugestões de filmografia e bibliografia que lhe fornecere-
mos, proporcionando-lhe prazer e conhecimento.
Na Unidade 5, entraremos no período helenístico, da con-
quista da Grécia por Alexandre Magno, bem como da formação 
dos reinos helenísticos e sua evolução. Além disso, poderemos 
compreender práticas de globalização étnica e cultural, repensan-
do nossa realidade multifacetada culturalmente e um pouco de 
sua complexidade a partir de uma reflexão sobre a cultura helenís-
tica. Trabalharemos, ainda, com as características da religiosidade 
grega, estudando o papel do pensamento mitológico nessa socie-
dade, seus cultos e deuses.
Claretiano - Centro Universitário
11© Caderno de Referência de Conteúdo
Finalmente, na Unidade 6, serão analisados os aspectos im-
portantes da cultura desse povo, tais como sua visão sobre o que é 
História, o papel desempenhado pelas mulheres em algumas pólis, 
importantes filósofos e suas formas de pensar, a literatura grega, o 
teatro, a música e as artes em geral.
A antiguidade clássica representa uma riqueza de incontes-tável valor para a civilização ocidental, sendo seu estudo crucial 
para a formação de uma cidadania crítica.
No final do estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo, 
você estará apto, por exemplo, a analisar formas diferentes de pen-
sar, levantando questionamentos sobre política, educação etc. entre 
os antigos gregos e refletindo sobre nossa atualidade. Você será ca-
paz não apenas de melhor se interrogar sobre formas de organiza-
ção social e de desenvolvimento, mas também de compreender que 
cada cultura tem maneiras diferentes de ações e representações do 
mundo social, que devem ser respeitadas e compreendidas.
Para fixar o conteúdo, cada unidade contará com atividades e algu-
mas interatividades, propostas exclusivamente para este estudo, a fim de 
fomentar uma discussão maior entre você e seus colegas de curso.
Contudo, esteja consciente de que o bom desempenho depen-
derá de você. Por isso, é necessário que leia todo o material proposto 
semanalmente e participe ativamente do Fórum, discutindo os con-
teúdos, gerando debates interessantes e enviando suas dúvidas.
Caso você tenha alguma noção sobre os gregos antigos, este 
estudo será uma boa oportunidade para aprofundar ainda mais o 
seu conhecimento, trocando ideias por meio da Sala de Aula Vir-
tual. Entretanto, se você não tem nenhuma noção, não se preocu-
pe, pois este material irá auxiliá-lo nessa descoberta.
Deixamos como mensagem inicial para você a seguinte fra-
se, de um dramaturgo grego do século 5º a.C.: "Um mau começo 
leva a um mau final" (EURÍPEDES).
Bons estudos!
© História Antiga I12
Agradecimentos –––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Agradecemos aos colegas Gustavo Junqueira Duarte Oliveira, Antônio de Pádua 
Pacheco, Carolina Damasceno Ramos, Lívia Alves Ricci e Danilo Lucas Marceli-
no pelos textos por eles elaborados, os quais compõem as leituras complemen-
tares das unidades.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
Abordagem Geral
Você está prestes a embarcar em uma viagem pela história 
de uma civilização que começa a se moldar por volta do século 20 
a.C.
Você já assistiu a peças de teatro? Nos jogos olímpicos, de 
quatro em quatro anos, você acompanha os atletas? E de filosofia, 
você gosta? Pois, então, é nesse cenário de teatro, olimpíadas e 
muita filosofia que os gregos antigos se inserem.
Recebemos uma grande herança desse povo, e o fascínio 
que a cultura grega exerceu sob o mundo se mantém intacto até 
hoje, mesmo tendo se passado tantos séculos.
Os gregos dedicaram-se a indagar sobre o ser humano. Foi 
ímpar a maneira pela qual eles perceberam os valores mais apu-
rados da alma humana, com variadas questões filosóficas sobre 
sentimentos e uma busca apurada pela perfeição artística na re-
presentação do corpo humano. Veremos que tudo isso torna o es-
tudo sobre eles imprescindível.
O país que hoje constitui a Grécia está localizado na Europa. 
A faixa de terra ocupada por povos de cultura grega estendeu-se 
no passado pela área das atuais Península Balcânica, ilhas em tor-
no dessa península, partes da Jônia (que constituem hoje a região 
da Turquia e seus arredores) e Magna Grécia (atual região do sul 
da Itália).
Claretiano - Centro Universitário
13© Caderno de Referência de Conteúdo
As áreas ocupadas pelos gregos caracterizavam-se pela pro-
ximidade do mar. Todas ficavam, praticamente, a menos de 90km 
do litoral.
Os gregos até hoje se chamam de "helenos", denominando 
seu território de "Hélade" e dizendo serem descendentes de um 
antepassado comum: Helém.
Para fins didáticos, os historiadores costumam dividir a his-
tória dos gregos da Antiguidade nos seguintes períodos:
1) Período Pré-helênico, civilização cretense (ou minoica). 
2) Período Micênico ou Pré-homérico. 
3) Período Homérico.
4) Período Arcaico.
5) Período Clássico.
6) Período Helenístico.
7) Período Greco-Romano.
Portanto, a história da Grécia Antiga divide-se em sete perío-
dos, anteriores à tomada da Grécia pelos romanos. Após as inva-
sões romanas, por volta do 1º século a.C., os gregos passam a fazer 
parte do Império Romano.
O Caderno de Referência de Conteúdo História Antiga I abor-
dará a história dos gregos desde a civilização cretense, ou minoica, 
até as invasões romanas. O período chamado de "Pré-helênico", 
anterior à formação da civilização cretense, não será estudado, de-
vido à falta quase total de fontes documentais e por ser considera-
do um estágio pré-histórico.
Os gregos não deixaram de também receber influências de outros 
povos e regiões. Assim, a história da Grécia começa na Ilha de Creta.
A Ilha de Creta é uma das maiores ilhas do Mar Mediterrâ-
neo e fica logo abaixo da Grécia Continental, constituindo-se, nos 
tempos históricos e na atualidade, parte do mundo grego insular. 
Foi nessa ilha que se desenvolveu uma das mais interessantes civi-
lizações antigas: a civilização cretense.
© História Antiga I14
Essa civilização se desenvolveu, mais ou menos, do século 
20 a.C. ao 15 a.C., e a principal atividade dos cretenses era o co-
mércio, principalmente o comércio marítimo, devido à sua posição 
privilegiada no mar.
Os cretenses eram povos festivos e considerados liberais 
perto dos demais povos antigos, dando à mulher um lugar de des-
taque na sociedade.
Tratando-se de religião, sabemos que os cretenses eram po-
liteístas, isto é, tinham várias divindades, assim como os gregos 
dos demais períodos históricos.
A religião cretense era baseada em cultos a divindades asso-
ciadas aos fenômenos da natureza. Os gregos dos períodos poste-
riores, porém, abandonaram essa religião ligada exclusivamente à 
natureza e passaram a cultuar divindades que exerciam inúmeros 
papéis, como deuses ligados aos sentimentos humanos, qualida-
des abstratas e, também, fenômenos naturais.
Os cretenses viviam dominados por reis, conhecidos como 
"minos". É dessa denominação que surge o termo "civilização mi-
noica" para defini-los. Os minos viviam no Palácio de Cnossos, um 
amplo complexo arquitetônico formado por labirintos.
Os labirintos do Palácio de Cnossos deram origem à lenda do 
Minotauro, um monstro que os gregos diziam viver no palácio e que 
teria sido morto por Teseu, herói grego da cidade de Esparta. Como 
toda lenda nos transmite algo sobre a mentalidade do povo que a 
criou, sendo totalmente passível de interpretação, a lenda do Mi-
notauro traz uma ideia sobre o que acabou acontecendo aos cre-
tenses, ou seja, eles foram dominados pelos gregos do continente. 
Assim, o herói grego Teseu matando o monstro cretense Minotauro 
simbolizaria a tomada de Creta pelos gregos do continente e o início 
de um novo período histórico: o Período Micênico.
O Período Micênico é conhecido como um período de es-
plendor e domínio da cidade grega de Micenas sobre várias re-
Claretiano - Centro Universitário
15© Caderno de Referência de Conteúdo
giões vizinhas. É desse período de dominação da cidade de Mi-
cenas que temos as histórias da Guerra de Troia. Essa guerra tão 
famosa nada mais foi do que uma tentativa de conquista da cidade 
de Troia, localizada na atual região da Turquia, pela expansionista 
cidade de Micenas.
Você já ouviu falar em "cavalo de troia"? E nas expressões 
"homérico" e "calcanhar de aquiles"? Todas essas sentenças foram 
cunhadas por meio das histórias sobre a Guerra de Troia, contadas 
possivelmente por um poeta chamado Homero. Você entenderá 
melhor o significado delas ao longo deste estudo.
Até hoje, a existência do poeta Homero é um pouco atribu-
lada, e mais de uma cidade disputa ser sua pátria. A importância 
de Homero foi tão grandiosa que o período que ele descreve, o 
Micênico, é conhecido, também, como "Período Pré-homérico", e 
o posterior, em que ele viveu, é chamado de "Período Homérico". 
Provavelmente, Homero foi autor de dois livros de poemas: a Ilía-
da e a Odisseia.
Muitos estudiosos acreditam que esses dois livros são obras 
de poetas diferentes; outros ainda acreditam que ambos são de 
autoria do mesmo poeta,e talvez Homero – nome pelo qual os 
próprios gregos denominavam o autor dessas importantes obras. 
Há também aqueles estudiosos que até acreditam serem a Ilía-
da e a Odisseia obras de um mesmo autor, mas não descartam a 
hipótese de elas terem recebido elementos de outros contextos 
históricos conforme eram reescritas.
Não devemos nos esquecer de que, na época dos gregos, 
não havia gráficas como atualmente, e as obras eram copiadas à 
mão por estenógrafos especializados. Esses estenógrafos muitas 
vezes modificavam textos e acrescentavam elementos diferentes, 
próprios do seu cotidiano. Assim, o texto foi sendo modificado 
com o tempo.
Na Ilíada, Homero conta a história da Guerra de Troia, entre 
gregos e troianos, e a fúria do mais brilhante herói grego: Aquiles. 
© História Antiga I16
Na Odisseia, Homero relata-nos a volta de outro importante herói 
grego, Odisseu (ou Ulisses), para sua pátria, cuja viagem demora 
dez anos.
Uma das variadas lendas da Odisseia é a história de Pené-
lope, a esposa de Ulisses, que espera, pacientemente, a volta do 
marido por dez anos. Enquanto ela esperava, vários homens de-
sejavam se casar com a moça, que, porém, dizia que só se casaria 
depois de fiar um longo manto. Acontece que, à noite, Penélope 
desmanchava tudo o que tinha feito pela manhã. Esse relato de 
cunho mitológico também nos demonstra algo importante e que 
diz respeito à mulher aristocrata grega. Ele trata da condição de 
subserviência das ricas gregas aos seus maridos e sua função qua-
se totalmente voltada para o casamento. Penélope precisava se 
casar novamente; como mulher aristocrata, ela precisava manter 
sua função de esposa e mãe, mas permanece fiel ao marido, que 
era dado como morto.
Vale ressaltar que Penélope era uma jovem aristocrata, es-
posa de um guerreiro grego. Para a guerra, só iam homens da aris-
tocracia, aqueles que tinham condições de se armar e que enri-
queciam ainda mais com os despojos das conquistas. A sociedade 
descrita por Homero é uma sociedade guerreira por excelência.
Tanto a Ilíada quanto a Odisseia são epopeias, versos que 
cantam feitos de grandes heróis. Para nós, os dois mais importan-
tes autores de epopeias foram Homero e Hesíodo, outro poeta 
grego. Muitas obras de autoria desconhecida, como, por exemplo, 
os Hinos Homéricos, foram atribuídas, na Antiguidade, a Homero, 
dado o seu prestígio. O mesmo se deu com Hesíodo, a quem foi 
atribuído o Catálogo das Mulheres.
Voltando à contextualização histórica, vimos que, no período 
cantado por Homero em seus versos, a cidade de Micenas domina-
va parte da Grécia Continental e as ilhas do Mar Egeu. Mas Mice-
nas não pôde cantar vitória por muito tempo, pois logo vieram os 
povos dórios e invadiram a Grécia. Os dórios conheciam a arte do 
Claretiano - Centro Universitário
17© Caderno de Referência de Conteúdo
ferro, a qual nem os cretenses nem os micênicos conheciam, o que 
facilitou sua invasão à Grécia.
Após a invasão dos dórios, os gregos iniciam o Período Ho-
mérico, que dura, mais ou menos, do século 12 a.C. ao 8º a.C.
Nesse momento, temos a constituição de pequenas comuni-
dades familiares formadas por fortes laços de solidariedade: eram 
os oikos. À medida que esses oikos vão crescendo, temos a cons-
tituição da cidade: a pólis, para os gregos, ou as póleis, no plural.
No momento em que a Grécia passa a ser constituída pelas 
póleis, temos outro período histórico: o Período Arcaico, que se 
estende do século 8º a.C. ao 5º a.C.
As póleis eram cidades-Estado, ou seja, cada uma tinha sua 
total independência política em relação a outra. Esse fato, aliás, é 
curioso na história da Grécia, pois, embora tenham existido perío-
dos em que algumas cidades tentaram dominar as demais, jamais 
houve uma união político-administrativa dos povos gregos. O que 
fazia um homem da cidade grega de Corinto se identificar com ou-
tro da ilha grega de Rodes era justamente a cultura em comum: 
língua, aspectos religiosos, maneira de se vestir etc.
Portanto, cada pólis desenvolveu seu próprio sistema de go-
verno, suas leis, seu calendário, sua moeda.
Duas póleis destacaram-se dentre as demais: Esparta e Ate-
nas. Em Esparta, o poder permanceu sempre nas mãos dos ricos 
proprietários de terras; já em Atenas, devido ao enriquecimento 
de alguns homens com o comércio e as lutas por poder político, a 
pólis evoluiu para uma forma democrática de governo.
Assim, as duas maiores cidades-Estado, Esparta e Atenas, 
representavam o tipo clássico de cidade: Esparta era uma pólis 
oligárquica, ou seja, um governo de poucos, e Atenas, uma pólis 
democrática, ou seja, um governo do povo.
© História Antiga I18
Um florescimento cultural intenso acompanhou a prospe-
ridade das póleis. Para citarmos apenas os exemplos mais signi-
ficativos como pan-helênicos, temos as estátuas de divindades e 
os templos monumentais em pedra para abrigá-las; os vasos de 
figuras negras e de figuras vermelhas; a poesia lírica; a filosofia 
pré-socrática etc.
No final do período, porém, uma guerra entre as cidades 
gregas independentes e o poderoso Império Persa iria mudar para 
sempre a evolução política e cultural do mundo grego. As guerras 
entre persas e gregos ficaram conhecidas como Guerras Médicas e 
foram ocasionadas pelo desejo de expansão do povo persa.
Embora os gregos tenham conseguido expulsar os persas de 
seu território, em uma formação militar poderosa de cidades-Es-
tado, desde então, a história grega toma novos rumos, que acaba-
ram culminando com o próprio fim da pólis.
Em busca de poder sobre a Hélade e preparadas militarmen-
te, as cidades-Estado gregas começam a guerrear no século 5º a.C., 
o que ocasiona uma verdadeira destruição da Grécia. As batalhas 
entre cidades gregas são conhecidas como Guerra do Peloponeso.
Esse período de guerras e disputas entre as próprias póleis 
ficou conhecido como Período Clássico. Na história grega, esse pe-
ríodo, que data do século 5º a.C. ao 4º a.C., é chamado "Clássico" 
por ser considerado o auge da arte e do desenvolvimento intelec-
tual.
Os templos tomaram dimensões monumentais. O planeja-
mento racional das cidades, que chamamos atualmente de "ur-
banismo", tornou-se comum. Do final do Período Clássico, datam 
numerosos edifícios, teatros, monumentos e mausoléus. As for-
mas das esculturas tornaram-se muito mais próximas da realida-
de, fazendo que os gregos conseguissem atingir cada vez mais o 
princípio da verossimilhança, busca da verdade e realismo, que 
tanto almejavam para sua arte (PORTAL GRAECIA ANTIQUA, 2011).
Claretiano - Centro Universitário
19© Caderno de Referência de Conteúdo
Era muito comum que os gregos representassem atletas 
masculinos nus em diferentes posturas. Em suas esculturas, po-
demos perceber notadamente o princípio de verossimilhança e 
a apurada técnica de esculpir perfeitamente o corpo humano. A 
imagem de um doríforo, um atleta nu usando uma lança na mão, 
e a de um discóbolo, um atleta olímpico arremessando um disco, 
tornaram-se muito populares entre os patrícios romanos, sendo 
vastamente reproduzidas em Roma.
Entretanto, apesar de todo esplendor artístico do Período 
Clássico, as póleis se enfraqueceram com as guerras internas e de-
ram brechas para serem conquistadas por um povo do norte, que 
os próprios gregos consideravam inferiores: os macedônios.
Com a conquista da Grécia pelos macedônios, acaba-se o 
sistema de independência das póleis e inicia-se um novo período 
da história da Grécia: o Período Helenístico. A partir de então, a 
Grécia vai fazer parte dos reinos helenísticos.
O rei macedônico que conquistou a Grécia em 338 a.C. foi 
Felipe da Macedônia. Após a morte de Felipe, o filho Alexandre 
sucede-o e inicia um antigo projeto do pai: conquistar, também, 
as regiões do Oriente. Devido ao vasto território conquistado por 
Alexandre, este ficou conhecido como Alexandre, o Grande.
Da união de elementos da cultura oriental com a cultura gre-
ga, vemos surgir, nesse momento, a cultura helenística, com traços 
artísticosde movimento e rebuscamento.
Os reinos helenísticos durariam desde a sua formação, no 
século 4º a.C., até a conquista da Grécia pelos romanos.
Quando os romanos conquistaram a Grécia, eles se mostra-
ram muito interessados por sua cultura e passaram a incorporar 
valores gregos na educação de seus jovens, nas suas artes e, até 
mesmo, em sua política. Admirados com a beleza da cultura grega, 
um poeta romano chamado Horácio chegou a esclamar: "E os ven-
cedores se renderam aos vencidos".
© História Antiga I20
Mas essa é uma outra história, que veremos no decorrer 
deste curso de graduação, no Caderno de Referência de Conteúdo 
História Antiga II.
Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápi-
da e precisa das definições conceituais sobre o período aqui abor-
dado, possibilitando-lhe um bom domínio dos termos acadêmicos 
e técnico-científicos utilizados nesta área de conhecimento. Por-
tanto, veja, a seguir, a definição dos principais conceitos de Histó-
ria Antiga I:
1) As Troianas: em As troianas, peça escrita em 415 a.C., 
Eurípides relata o final da Guerra de Troia, quando vá-
rios homens troianos são mortos pelos gregos, restando 
apenas mulheres. O autor relata a guerra e a desuma-
nidade que via nos gregos sob o olhar dessas mulheres. 
Ele é considerado o dramaturgo grego que mais tratou 
de temas sobre o universo feminino. Além dessa peça, 
escreveu Medeia, Helena, Andrômaca, Hécuba, Electra, 
entre outras.
2) Acrópole: Grande colina ateniense, é onde se localiza-
vam algumas das mais famosas edificações do mundo 
grego antigo, como o Partenon. Na época clássica era o 
ponto central de discussões de ordem financeira.
3) Afresco: nome dado às pinturas feitas em paredes tendo 
como base o gesso ou a argamassa.
4) Anacronismo: nesse caso, pode ser um erro de cronolo-
gia, mas anacronismo histórico vai além, pois significa 
falar de um passado utilizando ideias relativas ao pre-
sente ou tentar usar conceitos de uma época para cená-
rios e tempos totalmente distintos.
5) Aristocracia: de acordo com José Moura (2000), há uma 
diferença entre os termos aristocracia e oligarquia. O 
termo "aristocracia" está ligado à ideia de nobreza de 
sangue, enquanto o termo "oligarquia" seria uma mes-
ma nobreza, mas conceituada a partir de uma diferen-
ciação em relação ao estilo de vida do restante da po-
Claretiano - Centro Universitário
21© Caderno de Referência de Conteúdo
pulação, não tendo, assim, uma definição relacionada 
diretamente às ligações consanguíneas que uniam a ca-
mada superior das sociedades.
6) Autóctone: quando falamos que um povo é autóctone 
de uma região, estamos querendo dizer que ele é natural 
dela, proveniente de etnias que ali sempre habitaram.
7) Batalha de Salamina: batalha naval ocorrida em 480 
a.C., que encerra as chamadas "Guerras Médicas", sen-
do neste local, uma ilha ao sudoeste da Ática, que os 
gregos derrotaram as forças persas sob o comando do 
General Xerxes. O importante escritor grego de tragé-
dias, Eurípides, nasceu em Salamina (HARVEY, 1998).
8) Bélico: termo referente à guerra.
9) Censitário: dividido conforme contagem da população, 
de acordo com sua riqueza.
10) Crescente Fértil: a região do Crescente Fértil compreen-
de uma longa faixa de terra localizada nas antigas regiões 
da Mesopotâmia (atual Iraque) e, também, em partes, 
dos atuais estados da Síria, Israel, Cisjordânia, Líbano 
e Egito. Essa região é regada por importantes rios, tais 
como o Tigre, o Eufrates e o Nilo. Esses rios condiciona-
vam a vida do oriental antigo, e foram às margens deles 
que o homem iniciou seu processo de sedentarização e o 
desenvolvimento das práticas de agricultura. "Crescente 
Fértil" é uma denominação dada a essa faixa de terra em 
virtude da formação aparente do desenho de uma lua, 
em seu estágio quarto crescente, no mapa dessa região.
11) Diáspora: dispersão.
12) Dogma: fato indiscutível, ponto de fé, doutrina inques-
tionável, verdade revelada por Deus que não pode ser 
revogável, como, por exemplo, a virgindade de Maria, a 
existência da Santíssima Trindade etc.
13) Drácon: foi um arconte aristocrata e recebeu poderes 
para criar leis que mudassem a estrutura de Atenas, ali-
viando as tensões sociais.
14) Efígie: representação de uma pessoa, figura ou imagem.
15) Eneida: obra escrita no 1º século a.C. que narra a histó-
ria do herói da Guerra de Troia, Eneias, que, após essa 
© História Antiga I22
guerra, teria viajado para a Península Itálica e fundado 
Alba Longa, cidade onde nasceriam os gêmeos Rômulo 
e Remo, fundadores de Roma. Essa obra, escrita a pedi-
do do Imperador Augusto, tem sido interpretada pelos 
estudiosos como uma forma de Virgílio, seu autor, dar 
a conotação de que a cidade de Roma teria sido funda-
da por herdeiros de um importante herói da Guerra de 
Troia. Além disso, a ideia de contar a aventura transmi-
tida na Eneida (a saga do herói Eneias) é muito parecida 
com a da Odisseia (a saga do herói Odisseu).
16) Epopeia: poema que narra ações grandiosas, feitos de 
um grande herói ou grupo de heróis. É o caso, também, 
da obra Os Lusíadas, de Luís de Camões, um importante 
poeta da língua portuguesa. As epopeias clássicas são de 
importância relevante para o conhecimento da trajetó-
ria histórica dos povos retratados, bem como dos valo-
res sociais, éticos e políticos da humanidade.
17) Escravidão: a escravidão na Antiguidade foi muito dife-
rente da escravidão praticada no Brasil com os negros 
africanos. Como você verá com mais detalhes ao longo 
deste Caderno de Referência de Conteúdo, o escravo gre-
co-romano era um prisioneiro de guerra ou um homem 
endividado, e não um homem capturado de sua região à 
força, sem motivos de guerra, e comercializado em ter-
ras estrangeiras, rendendo altos valores monetários pela 
sua comercialização. Finley (1989) atenta para o fato de 
que o termo "escravo" (sklave, esclave, schiavo), origina-
do na Idade Média para designar, a princípio, os cativos 
da guerra eslava na Europa Oriental, é transferido para a 
Antiguidade de maneira anacrônica, sendo o "escravo" 
antigo um tipo social bem diferente deste na Idade Mé-
dia, quando surgiu o termo, e da colonização americana. 
Contudo, diante de discussões em abandonar o uso do 
termo "escravo" para o Mundo Antigo, os historiadores, 
em maioria, opuseram-se e continuaram usando-o. Finley 
ainda sugeriu o uso da palavra grega doulos e do substan-
tivo abstrato douleia, mas ele mesmo acreditou ser isso 
uma grande pretensão.
Claretiano - Centro Universitário
23© Caderno de Referência de Conteúdo
18) Escrita dos egípcios: "A escrita egípcia nos fornece im-
portantes informações sobre esse povo antigo. No An-
tigo Egito, desenvolveu-se inicialmente uma escrita 
ideográfica (representada por sinais que representavam 
objetos) e pictórica ou figurativa (uso de desenhos varia-
dos para representar um objeto que pretendessem dei-
xar escrito). Posteriormente, foram criados sinais fonéti-
cos, ou seja, sons que combinados criavam sinais que os 
representavam. O egípcio desenvolveu, a partir de en-
tão, três tipos de escrita: hieroglífica (escrita semelhante 
a dos povos árabes e judeus, caracteriza-se apenas pelo 
uso de sons consonantais), demótica (escrita um pouco 
mais popular) e hierática (forma cursiva do sistema de 
hieroglífico, mais utilizada em textos religiosos). Os tex-
tos egípcios eram escritos em papiros, em pedras, em 
tecidos e em paredes" (FERREIRA, 1992, p. 45-47).
19) Escrita silábica: "Na escrita silábica cada letra ou sinal 
corresponde por norma a uma sílaba diferente em uma 
combinação entre sons parecidos com o que seria para 
nós a combinação de uma consoante + uma vogal, origi-
nando o sinal, ou, como conhecido por nós: a sílaba. Em 
escavações na Ilha de Creta, também foram encontrados 
sinais da existência de uma escrita de imagens que pare-
ce ter existido anterior ao Linear A" (FINLEY, 1968, p. 28).
20) Especiarias: condimentos e substâncias aromáticas pro-duzidos desde a Antiguidade, especialmente no Oriente. 
21) Estado-ethno: território ocupado em extensão muito 
maior do que todas as póleis juntas, onde viviam popu-
lações sem um centro urbano, espalhadas em numero-
sas aldeias de extensão razoavelmente grande e de laços 
políticos e união muito estritos.
22) Eurocêntrico: ter uma visão eurocêntrica significa basear-
-se no estudo apenas de traços europeus na história, ou 
seja, é colocar a cultura europeia e ocidental no centro da 
análise. Diz-se que estamos tendo uma visão eurocêntrica 
da história do Brasil quando estudamos apenas a cultu-
ra dos colonizadores europeus, e não a dos índios ou ne-
gros, por exemplo. No caso da história grega, ter uma vi-
são eurocêntrica significa enfatizar apenas elementos do 
© História Antiga I24
seu passado que apresentam traços na cultura europeia e 
ocidental modernas, deixando de lado características do 
passado grego mais ligadas à cultura oriental.
23) Expansionista: denomina-se um povo de "expansionis-
ta" quando este possui um sistema de conquistas e ex-
pansão de territórios.
24) Gerontes: termo grego que deu origem as palavras "ge-
riatria" e "geriátrico"; refere-se a pessoas idosas. Perce-
ba como muitas palavras de uso no Português atual têm 
origens em termos gregos. 
25) Gineceu: quarto feminino na Grécia Antiga.
26) Halicarnasso: cidade da Jônia, de origem dória, assim 
como Esparta.
27) Héracles: "Héracles para os gregos e Hércules para os 
romanos, famoso herói grego, importante por sua força. 
Seu feito mais notável foi a execução dos Doze trabalhos, 
pagamento por ter matado uma mulher e seus filhos" 
(HARVEY, 1998, p. 264).
28) História de Heródoto: obra composta entre 450 a.C. e 
430 a.C. que conta desde a formação do Império Per-
sa até a vitória grega contra esse povo. Está dividida em 
nove livros, conforme as nove musas gregas (Calíope – 
eloquência; Clio – história; Erato – poesia amorosa; Eu-
terpe – música; Melpômene – tragédia; Polínia – poesia 
lírica; Terpsícore – dança; Talia – comédia; e Urânia – as-
tronomia). A obra é cheia de digressões, lendas e ane-
dotas. Em Português, há traduções de boa qualidade, 
como a brasileira feita por Mário da Gama Cury (Editora 
da UNB) e a portuguesa das Edições 70, ambas traduzi-
das a partir do original grego. Vale a pena conferir, pelo 
menos, parte dessa obra.
29) Historiografia: é o estudo histórico e crítico acerca da 
História ou dos historiadores.
30) Hitita: os hititas são um povo de origem indo-europeia 
que fundou, por volta do século 2º a.C., um importante 
império na Península da Anatólia (atual Turquia Central). 
Desempenharam papel relativamente breve na história 
mundial, mas legaram-nos importantes e interessantes 
Claretiano - Centro Universitário
25© Caderno de Referência de Conteúdo
documentos, como os mais antigos escritos em lingua-
gem indo-europeia, embora saibamos muito pouco so-
bre esse povo. A passagem mais importante da história 
hitita parece ter sido uma batalha contra os egípcios, 
atestada pelos próprios papiros egípcios, que destaca-
vam a força de guerra dos inimigos. A batalha acabou 
com a vitória dos hititas, mas o domínio dos vencedores 
teve curta duração.
31) Imbricar: dispor coisas de maneira que só em partes se 
sobreponham umas às outras, como as telhas do telha-
do ou as escamas de um peixe. 
32) Jasão: príncipe da região da Tessália. Foi o comandante 
da missão dos argonautas à Cólquida, em busca do To-
são de Ouro (pele de um animal feita de ouro). Conse-
gue o Tosão e foge com a ajuda de Medeia, feiticeira e 
filha do rei da Cólquida.
33) Jogos olímpicos: evento desportivo que acontece até os 
dias atuais, de quatro em quatro anos. Os jogos olímpi-
cos tiveram início na Grécia Antiga e eram uma espécie de 
homenagem aos deuses e de culto à beleza e à vitalidade. 
As olimpíadas recebem esse nome porque a principal ci-
dade grega a realizar jogos grandiosos era Olímpia, onde 
se reuniam todos os helenos do sexo masculino para as 
competições. Porém, em outras cidades, também acon-
teciam jogos pan-helênicos de grande prestígio, sendo os 
Jogos de Olímpio os de maior importância.
34) Lacedemônios: era o nome pelo qual também eram co-
nhecidos os moradores de Esparta.
35) Laconismo: é o nome dado para um aspecto importante 
da cultura espartana: o fechamento da cidade ao desen-
volvimento do espírito crítico, às artes, às novidades, às 
transformações e aos estudos de humanidades. Os es-
partanos adotaram costumes rígidos e uma disciplina 
atroz para as atividades físicas.
36) Libação: ato de derramar mel, vinho, água, leite ou ou-
tro líquido em honra a uma divindade, muito comum 
nos rituais gregos.
37) Lira: instrumento musical de cordas do gênero da harpa.
© História Antiga I26
38) Mistoforia: remuneração em dinheiro paga pelo Estado 
de Atenas ao cidadão que participasse do exército e das 
funções públicas.
39) Mito de Medeia: Medeia é a mãe que mata seus filhos 
em vingança ao marido, cortando sua própria função: 
procriar. É um mito moral, pois quer mostrar às mulhe-
res o que lhes é proibido.
40) Mito de Orfeu e Eurídice: esse mito nos conta sobre o mú-
sico Orfeu, que, muito triste com a morte de sua amada, 
Eurídice, vai até o subterrâneo em busca dela. O deus Ha-
des encanta-se com a música de Orfeu e deixa que Eurídice 
volte à Terra, mas pede para que ela vá atrás e que Orfeu 
não olhe para trás. Orfeu, porém, sem confiar que Eurídice 
vem atrás, olha, e ela se transforma em pedra. Esse mito 
nos fala da confiança em seguir nosso caminho acreditan-
do que quem nos ama está sempre atrás de nós e que não 
devemos cobrar nem olhar em busca da pessoa.
41) Ode: poema de louvor para ser cantado.
42) Origem ariana: designação do povo que tem suas ori-
gens étnicas nos antigos habitantes das altas estepes do 
centro da Ásia.
43) Ostracismo: ainda hoje, o termo "ostracismo" é usado 
para definir uma pessoa que está isolada de seu grupo.
44) Pagão: termo que se refere às diversas formas de reli-
giosidade que têm como lugar comum o encontro com o 
divino por meio da natureza.
45) Papiro: planta muito comum no Egito e utilizada na fa-
bricação de papel.
46) Parthenon: significa "das virgens", e o nome está rela-
cionado às estátuas de jovens moças que ficavam em 
uma das salas.
47) Póleis: é o plural de pólis.
48) Protótipo: modelo, tipo exemplar. 
49) Retórica: arte da boa oratória e da persuasão, muito di-
fundida e admirada entre os gregos, especialmente no 
século 5º a.C., tempo de auge dos oradores e filósofos 
gregos.
Claretiano - Centro Universitário
27© Caderno de Referência de Conteúdo
50) Sofistas: jovens aristocratas que desejavam o saber. Dei-
xando de lado os questionamentos físicos e matemáti-
cos dos filósofos jônios, buscaram compreensões sobre 
o homem, seu destino e os problemas da vida do ser 
humano.
51) Tebas: além da cidade-Estado grega de Tebas, existiu, no 
Egito, uma cidade com o mesmo nome, que se localizava 
próxima à atual cidade de Luxor e que se tornou a capital 
do Egito Faraônico durante o Novo Império (1580-525 
a.C.).
52) Ulisses: obra publicada em 1922 por James Joyce, é cons-
tantemente remetida à Odisseia de Homero e tida como 
uma das melhores sondagens da consciência humana da 
literatura universal. A comparação advém do fato de a 
Odisseia de Homero tratar das andanças do herói Ulisses 
até o retorno de onde partiu, mostrando a vida como uma 
andança em busca de casa e do encontro de si mesmo, 
enquanto, em Ulisses, de Joyce, o protagonista Leopold 
Bloom, em um único dia, vive uma verdadeira "odisseia" 
(palavra que virou sinônimo de aventura grandiosa), em 
uma busca simbólica por seu filho. O livro também conta 
o mesmo dia na vida de Stephan Dedalus e sua dedica-
ção ao ato de escrever. O clímax dá-se com o encontro 
dos dois personagens. Ulisses é um grande clássico, po-
rém considerado difícil de ser lido. Sua leitura vale a pena, 
nem que seja como um "projeto" para a vida toda.
Esquema dos Conceitos-chavePara que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es-
quema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteú-
do. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema de 
conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício 
é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignifican-
do as informações a partir de suas próprias percepções.
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
© História Antiga I28
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais 
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você 
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de 
ensino.
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se 
que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esque-
mas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimen-
to de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos 
significativos no seu processo de ensino e aprendizagem.
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem.
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados.
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
Claretiano - Centro Universitário
29© Caderno de Referência de Conteúdo
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2011).
Grécia Antiga 
Período creto-
micênico 
Período Homérico Período Arcaico Período Clássico 
Reinos creto-
micênicos 
Oikos Formação e 
estruturação das 
póleis 
Auge das póleis e 
disputas por 
hegemonia na Hélade 
Invasões dos povos 
macedônicos 
Desestruturação das 
póleis 
Período Helenístico 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteúdo História 
Antiga I.
Como você pode observar, esse esquema dá a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre 
um e outro conceito e descobrir o caminho para construir o seu 
processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, os conceitos "la-
cedemônio" e "laconismo" implicam conhecer outra denominação 
e uma das características fundamentais da cultura do povo lace-
demônio, ou espartano; também, sem o domínio conceitual ex-
plicitado pelo esquema, pode-se ter uma visão confusa sobre a 
© História Antiga I30
localização e a formação da pólis de Esparta, pólis fundamental de 
ser compreendida e estudada em História Antiga I.
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento.
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser 
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como re-
lacioná-las com a prática do ensino de História pode ser uma forma 
de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a resolução de 
questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se preparando 
para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso, essa é uma 
maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos e adquirir 
uma formação sólida para a sua prática profissional.
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões 
autoavaliativas de múltipla escolha.
As questões de múltipla escolha são as que têm como respos-
ta apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entendem-se 
por questões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos 
matemáticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, 
inalterada. Já as questões abertas dissertativas obtêm por res-
posta uma interpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, 
normalmente, não há nada relacionado a elas no item Gabarito. 
Você pode comentar suas respostas com o seu tutor ou com seus 
colegas de turma.
Claretiano - Centro Universitário
31© Caderno de Referência de Conteúdo
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos deste Caderno de Referência de Conteúdo, pois relacionar 
aquilo que está no campo visual com o conceitual faz parte de uma 
boa formação intelectual.
Dicas (motivacionais)
O estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo convida 
você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como processo 
de emancipação do ser humano. É importante que você se atente 
às explicações teóricas, práticas e científicas que estão presentes 
nos meios de comunicação, bem como partilhe suas descobertas 
com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aqui-
lo que você observa, permite-se descobrir algo que ainda não se 
conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia sido perce-
bido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele 
à maturidade.
Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade 
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. 
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor 
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades 
nas datas estipuladas.
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
© História Antiga I32
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta 
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas.
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construaresenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com 
seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você.
1
EA
D
Princípio do Mundo 
Grego: Micênicos e 
Minoicos
1. OBJETIVOS
• Reconhecer e interpretar os conceitos introdutórios rela-
cionados à história da Grécia Antiga.
• Apontar a divisão em períodos da história grega.
• Identificar as primeiras colonizações do território grego.
• Analisar a cultura da Ilha de Creta (civilização minoica).
• Interpretar a formação da civilização creto-micênica (Pe-
ríodo Pré-homérico).
2. CONTEÚDOS
• Introdução à história da Grécia e o povoamento da Hélade.
• Primeiros tempos da Grécia Antiga: a civilização cretense 
e a civilização creto-micênica.
Somos amantes da beleza sem extravagância e 
amantes da sabedoria (TUCÍDIDES, HISTORIADOR 
GREGO).
© História Antiga I34
Centro Universitário Claretiano
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Ao iniciar seus estudos em História Antiga I, é importante 
considerar as seguintes técnicas, que poderão potencializar sua 
aprendizagem:
1) Tenha sempre à mão o significado dos termos explicita-
dos no Glossário de Conceitos e suas ligações pelo Es-
quema dos Conceitos-chave para o estudo de não ape-
nas esta, mas todas as unidades deste CRC. Isso poderá 
facilitar sua aprendizagem e seu desempenho.
2) Ao ler os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), algo 
que não deve ser uma obrigação a você, e, sim, uma ma-
neira de "estar por dentro" do que acontece com a edu-
cação em nossas escolas, procure descobrir quais são as 
propostas essenciais contempladas neles.
3) Leia os livros da bibliografia indicada para que você am-
plie seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material 
didático e discuta a unidade com seus colegas de curso 
e com o tutor.
4) Para que você obtenha sucesso em seus estudos, é ne-
cessário estabelecer um horário e um lugar fixo para 
realizá-los. Além disso, procure ter à mão todos os re-
cursos e materiais de que irá precisar. Vale ressaltar que 
a sua participação facilitará a sua compreensão, atenção 
e concentração.
5) Para enriquecer os seus estudos sobre a antiguidade 
clássica e a arqueologia no Brasil, sugerimos a leitura do 
texto de um dos mais renomados historiadores brasilei-
ros, o Prof. Dr. Pedro Paulo Funari, da Universidade de 
Campinas (Unicamp). O texto, intitulado A arqueologia 
clássica e a construção da Antiguidade, encontra-se dis-
ponível em: <http://www.historiaehistoria.com.br/ma-
teria.cfm?tb=artigos&ID=17>. Acesso em: 21 mar. 2011.
6) Antes de iniciar a leitura desta unidade, é interessante 
conhecer um pouco da biografia dos pensadores cujas 
ideias norteiam o estudo deste Caderno de Referência 
de Conteúdo. Acompanhe:
Claretiano - Centro Universitário
35© U1 - Princípio do Mundo Grego: Micênicos e Minoicos 
Moses Israel Finley
Moses Israel Finley foi um importante estudioso da cul-
tura grega – portanto, um helenista, como são chama-
dos esses especialistas. Historiador, nasceu em Nova 
York, em 1912, e morreu em Londres, em 1986. Finley 
trabalhava muito em suas interpretações com um viés 
político para a análise da história dos helenos, embora 
tivesse especial apreço pela História Econômica. Suas 
contribuições para a História Antiga são muito amplas, 
e ele teve várias de suas obras traduzidas no Brasil 
(imagem disponível em: <http://www.historiaehistoria.com.br/arquivos/M-Finley.
jpg>. Acesso em: 3 ago. 2008).
Jean-Pierre Vernant
O historiador e antropólogo Vernant nasceu em 1914, 
na França, e morreu em 2007. Foi um importante es-
tudioso dos mitos gregos, autor de vários livros que 
são referências no estudo da Grécia Antiga e profes-
sor honorário do Collège de France (imagem disponí-
vel em: <http://www.danielriot.com/media/00/02/318d
3d8a9208cc44485bf88824864f94.jpg>. Acesso em: 2 
ago. 2008).
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Estamos iniciando os estudos do Caderno de Referência de 
Conteúdo História Antiga I. Nesta unidade, iremos conhecer a his-
tória da Grécia Antiga.
A cultura do povo grego foi uma das mais estudadas no pe-
ríodo conhecido como "Idade Antiga", exercendo grande influên-
cia sobre outras culturas e atraindo olhares de admiração de artis-
tas e intelectuais de todas as épocas.
Grandes obras que influenciaram o pensamento e a visão 
de mundo do homem moderno e contemporâneo têm suas raízes 
nessa cultura, repleta de mitologia, de grandes pensadores e de 
inovações culturais e sociais.
Para entender toda essa efervescência humana, é necessário es-
tudar a história, bem como a realidade política, social, cultural e econô-
© História Antiga I36
mica vivida pelos sujeitos históricos. Só dessa forma vamos compreen-
der seus atos e construir uma visão sólida e crítica de sua cultura.
Começaremos, então, por uma visão geral daquilo que foi a 
antiga sociedade grega e, em seguida, buscaremos suas origens, 
por meio do estudo das civilizações dos micênicos e minoicos.
Certamente entraremos em contato com mitos, inovações 
no modo de viver humano, conflitos e pensamentos que marca-
ram definitivamente nossa história.
Bom estudo!
5. HERANÇA DOS POVOS GREGOS
A história dos antigos gregos e, também, dos romanos e seu 
vasto império é denominada de "antiguidade clássica". Mas você 
sabe quando e por que ela recebeu essa denominação?
A antiguidade greco-romana recebeu o nome de antiguida-
de clássica durante o período do "Renascimento" cultural (século 
16), quando os artistas e intelectuais renascentistas buscavam se 
inspirar na cultura desse passado que eles consideravam brilhante 
e, portanto, um modelo a ser seguido: um clássico.
Note que colocamos o termo "Renascimento" entre aspas. 
Como você perceberá ao estudar as disciplinas História Medie-
val e História Moderna, há um debate sobre o uso desse termo, 
uma vez que ele denota certa superioridade da cultura da época 
greco-romana e do século 16 em detrimento da cultura medieval. 
Superioridade cultural é uma questão muito discutida, pois não 
podemos considerar uma cultura superior a nenhuma outra, mas, 
sim, diferente, como veremos ainda nos estudos do mundo grego.
E por que esses artistas e intelectuais renascentistas se sen-
tiram tão atraídos pela Grécia Antiga? Entre outros aspectos que 
estudaremos nas próximas unidades, foi pela herança deixada por 
ela para a nossa civilização ocidental, o que encerra:
Claretiano - Centro Universitário
37© U1 - Princípio do Mundo Grego: Micênicos e Minoicos 
1) a concepção de cosmos como um mundo ordenado e 
com o homem ao seu centro;
2) o pensamento racional e sistematizado;
3) a concepção de cidade e de política;
4) o modelo artístico harmonioso e equilibrado.
Mas quem foram os gregos dos quais tanto se fala e tanto se 
admira? Quando e onde se desenvolveram?
Os gregos não davam a si mesmos esse nome. Tal nomen-
clatura foi usada pelos romanos para definir todos os povos de 
língua grega. No entanto, como estudantes de História, devemos 
ter consciência de que o próprio uso do termo "grego" pressupõe 
certas generalizações, pois, como indica Finley (1989), o mesmo 
termo "grego" usado para se referir ao passado da civilização gre-
ga é ainda usado para referir-se a um grego contemporâneo. Além 
disso, há aspectos culturais que fazem que os povos da região de-
nominada de "Grécia Antiga" fossem caracterizados como gregos, 
mas há, também, diferenciações que mereceriam certo destaque 
entre regiões diferentes dentro do território da Grécia Antiga.
Os antigos gregos chamavam seu território de Hélade, onde 
viviam os helenos. A história dos antigos gregos, ou helenos, como 
então ficaram conhecidos os povos da região da Antiga Grécia, de-
senvolveu-se entre 2000 a.C. e 146 a.C. (quandoa Grécia foi ocu-
pada pela expansão imperialista romana e estudamos sua história 
conjuntamente com a dos romanos). Mas o período denominado 
"Clássico" compreende apenas os séculos 5º a.C. e 4º a.C.
A região ocupada originalmente por esse povo foi a Penínsu-
la Balcânica (Grécia Continental), mas eles se expandiram e ocupa-
ram algumas ilhas do Mar Egeu e do Mar Mediterrâneo e Jônico 
(Grécia Insular) e o litoral da Ásia Menor, a antiga Jônia e atual 
região da Turquia (Grécia Asiática).
O sul da Itália foi ocupado por povos gregos por meio da 
fundação de colônias. Essa região ficou conhecida como "Magna 
Grécia".
© História Antiga I38
A região continental do mundo grego tem o solo árido e 
pedregoso. O relevo é montanhoso, visto que 80% do território 
é coberto por cadeias de montanhas, entremeado por pequenas 
planícies férteis isoladas umas das outras.
Sendo essa região formada quase que totalmente por mon-
tanhas, a prática da agricultura foi dificultada e impulsionou os 
gregos a habitarem regiões diferentes, como foi o caso da colo-
nização na Magna Grécia. O litoral é extenso e recortado, o que 
possibilitou a navegação, a comunicação pelo mar e o comércio 
marítimo. Há bons portos e diversas ilhas muito próximas umas 
das outras.
Cumpre destacarmos que a influência da cultura grega na 
Península Itálica se estendeu para além dos limites da Magna Gré-
cia, de modo que a cultura romana, suas representações artísticas 
e mesmo religiosas, em muito se assemelhou à dos gregos. O pró-
prio nome "Itália" parece ter sido derivado da palavra grega italói, 
que significaria "terra dos bois", ou algo parecido ligado a esse ani-
mal. Outras cidades, como Nápoles, por exemplo, têm seu nome 
também derivado do grego.
Estamos falando de meios geográficos, mas será que há uma 
relação entre eles e as questões políticas?
O relevo extremamente acidentado e a inúmera quantidade 
de montanhas da Península Balcânica dificultaram a comunicação 
na região, o que contribuiu para o fracionamento político no mun-
do grego e para a autonomia das cidades.
Devemos destacar que os gregos não foram um povo uni-
do politicamente. Em geral, durante todos os períodos da história 
da Antiga Grécia, houve cidades politicamente independentes das 
outras e, muitas vezes, até rivais entre si, chamadas de cidades-
-Estado. Cada cidade possuía suas próprias leis, seu sistema de go-
verno e alguns costumes diferentes. Portanto, o que identificava 
um grego com outro eram os aspectos culturais semelhantes. Mas 
não devemos acreditar somente na explicação de que as cidades-
Claretiano - Centro Universitário
39© U1 - Princípio do Mundo Grego: Micênicos e Minoicos 
-Estado gregas surgiram simplesmente pela influência do meio 
geográfico. Esse tipo de explicação é chamado de fatalista, ou de 
determinismo geográfico, porque afirma que o homem é um pro-
duto de seu meio físico. Acreditamos, em verdade, que o homem 
constrói sua história pelas suas ações, relacionando-as com seu 
meio geográfico, mas não única e exclusivamente por esse fator.
Veja o mapa da Grécia Antiga na Figura 1.
Fonte: Terrase (apud FUNARI, 2004, p. 14).
Figura 1 Mapa da Grécia Antiga.
Admiração de outros povos em relação aos helenos
Os romanos, grandes admiradores dos gregos, tornaram-se 
os principais divulgadores de sua cultura. Durante toda a História, 
a Grécia tem recebido especial atenção dos estudiosos e admira-
dores das artes em virtude da vasta produção dos artistas e inte-
lectuais desse período.
© História Antiga I40
Na Idade Média, foi grande a quantidade de traduções de es-
critores gregos pelos monges da igreja cristã. Sabemos, também, 
que mesmo os povos árabes, de costumes tão diferentes dos oci-
dentais, foram, na época medieval, admiradores dos gregos anti-
gos, dos quais traduziram e aproveitaram tratados de medicina, 
obras de retórica, filosofia, poesia e conhecimentos científicos em 
geral.
Muitos povos consideraram a cultura grega superior às de-
mais e, por isso, digna de ser copiada. Horácio, um importante 
poeta romano, ao referir-se aos romanos em relação aos gregos, 
escreveu a seguinte frase: "Aos conquistados, rendeu-se o con-
quistador". Porém, como já destacamos, devemos nos atentar 
para o fato de que não existe uma cultura superior à outra, mas, 
sim, culturas diferentes. Podemos falar em estágios de desenvolvi-
mento tecnológico diversos, mas nunca em estágios culturais, pois 
usar esse conceito seria utilizar uma concepção evolucionista.
Antes, porém, de continuarmos nossos estudos sobre os gre-
gos, é importante que tomemos conhecimento sobre as fontes dis-
poníveis para o estudo desse povo e da História Antiga em geral.
Fontes disponíveis para o estudo dos gregos e da História Antiga
Conforme informa Finley (1994, p. 11):
O estudioso de História Antiga de hoje tem de aceitar o fato de 
que seu arsenal inclui tipos qualitativamente diferentes de teste-
munhos, que amiúde parecem mutuamente contraditórios ou, no 
mínimo, não inter-relacionados.
Nesse sentido, o estudioso da Antiguidade sempre encon-
tra certa dificuldade no que concerne à quantidade de fontes dis-
poníveis, além do fato de que, por muito tempo, a Grécia Antiga 
manteve apenas uma tradição oral. A interação entre o trabalho 
do arqueólogo e do historiador é essencial para o estudo da Anti-
guidade, mas devemos saber que o objetivo da Arqueologia não é 
somente fornecer dados para a História – os trabalhos dessas duas 
áreas do conhecimento devem ser combinados.
Claretiano - Centro Universitário
41© U1 - Princípio do Mundo Grego: Micênicos e Minoicos 
Sobre a antiguidade clássica, há três posturas recentes acer-
ca da cultura material, ou seja, objetos produzidos naquele tempo, 
como, por exemplo, edificações, utensílios domésticos, artesanato 
etc. Vejamos quais são:
• A primeira postura deixa de lado o estudo da cultura material, 
fazendo supressão do horizonte físico no horizonte histórico [é o 
caso do estudioso Vernant, por exemplo].
• A segunda postura caracteriza-se pelo uso de aspectos da vida 
material de maneira instrumental, ou seja, como complementa-
ção à análise de documentos escritos [como a postura de Finley].
• A terceira postura é a que utiliza informações registradas pela 
cultura material, ilustrando aquilo que o texto já estabeleceu 
(MENESES, 1983, p. 104-105).
Assim, podemos perceber que, apesar de os estudos arqueo-
lógicos contribuírem muito para as pesquisas históricas, eles têm 
certa dificuldade em esclarecer informações sobre organizações e 
instituições sociais, bem como sobre atitudes ou crenças de uma 
cultura, baseados, unicamente, em estudos de artefatos arqueo-
lógicos.
No entanto, como historiadores, devemos perceber, ainda, 
que, mesmo diante de testemunhos escritos, a História e o que 
aconteceu de fato não estão totalmente estabelecidos, uma vez 
que o trabalho do historiador na interpretação dos documentos, 
analisando a posição de quem escreveu, se faz extremamente 
necessário, não havendo, portanto, "verdades" em História, mas, 
sim, interpretações das maneiras de se pensar o mundo.
Depois de tomarmos consciência do que representou a Gré-
cia Antiga para as outras épocas históricas e das fontes utilizadas 
como documentação para análise desse passado, continuaremos 
nossos estudos, e, ao final deste Caderno de Referência de Con-
teúdo, você poderá dizer se concorda ou não com os admiradores 
desse passado. Vamos lá!
© História Antiga I42
6. PERÍODOS DA HISTÓRIA GREGA
Quando falamos em história da Grécia, logo vêm à mente as 
cidades de Atenas e Esparta e, também, batalhas famosas, como 
as da Guerra do Peloponeso ou aquelas entre gregos e persas.
Além disso, visualizamos personagens, como os filósofos Só-
crates, Platão e Aristóteles, ou líderes, como Alexandre, e algumas 
figuras lendárias da mitologia, como a Medusa, por exemplo.
Contudo, a história dos antigos gregos vai além desses acon-
tecimentos, cidades e personagens de destaque, compreendendo, 
assim, períodosmuito diferentes culturalmente, mas interligados 
em sua evolução histórica.
Para uma melhor sistematização didática, costuma-se dividir 
a história dos antigos gregos em períodos. Contudo, a professo-
ra da Universidade de São Paulo (USP) Maria Beatriz Florenzano 
(1987) observa que a divisão da história da Grécia Antiga em pe-
ríodos é generalizada a partir da história da cidade cujo desenvol-
vimento é mais conhecido: Atenas. Esse fato ocorre, segundo essa 
autora, porque temos uma documentação relativamente maior 
dessa cidade do que das demais regiões gregas. Assim, devemos 
compreender que cada cidade grega teve um ritmo de desenvolvi-
mento e que essa periodização não é totalmente precisa para toda 
a Grécia Antiga.
Tais períodos seriam:
1) Período Pré-helênico: séculos 30 a.C. a 20 a.C.
2) Civilização cretense, ou minoica: séculos 20 a.C. a 15 a.C.
3) Período Micênico, ou Pré-homérico: séculos 15 a.C. a 12 a.C.
4) Período Homérico, ou Idade das Trevas: séculos 12 a.C. 
a 8º a.C.
5) Período Arcaico: séculos 8º a.C. a 5º a.C.
6) Período Clássico: séculos 5º a.C. e 4º a.C.
7) Período Helenístico: séculos 4º a.C. a 1º a.C.
8) Período Greco-Romano: séculos 1º a.C. a 5º d.C.
Claretiano - Centro Universitário
43© U1 - Princípio do Mundo Grego: Micênicos e Minoicos 
Todavia, mesmo que haja um aproveitamento didático da di-
visão em períodos históricos, é preciso que tenhamos cuidado ao 
utilizá-los.
É importante que você saiba que o costume é dividir a Histó-
ria em períodos. Eles facilitam o trabalho do historiador, do profes-
sor de História e do aluno. Porém, tais divisões são, muitas vezes, 
superficiais, pois, embora um período deva apresentar caracterís-
ticas próprias que o difiram de outro, não há uma data precisa de 
quando essa mudança ocorre. Por isso, a História deve ser vista 
como um processo.
Assim, as diferenças entre os períodos da história grega de-
vem ser buscadas não em acontecimentos, mas nas estruturas 
particulares de cada período e nos processos de longa duração. O 
conceito de "processos de longa duração" foi desenvolvido pelos 
historiadores conhecidos como da Segunda Geração da Escola dos 
Annales (1946-1968) e tem como base a ideia de que o historia-
dor, a fim de compreender um período histórico em sua totalida-
de, deve analisar as permanências, estruturas próprias da cultura 
estudada, e não eventos singulares. Você irá estudar melhor esse 
conceito no Caderno de Referência de Conteúdo Metodologia da 
História II.
A seguir, estudaremos os primeiros períodos da Grécia An-
tiga: o povoamento da Grécia (Período Pré-helênico); o povo da 
Ilha de Creta, uma das maiores ilhas do Mar Egeu e de expressão 
importante para o mundo grego (constituiu a chamada "civilização 
minoica" e, depois, parte da civilização creto-micênica); e a forma-
ção da civilização creto-micênica.
Você estudará muitos nomes diferentes e datas muito dis-
tantes de nosso presente. Portanto, fique atento para não con-
fundir nada. O mais importante agora é que você acompanhe o 
desenvolvimento histórico dos primórdios do mundo grego. Qual-
quer dúvida, consulte o seu tutor e recorra sempre a um dicionário 
para procurar palavras desconhecidas.
© História Antiga I44
7. GRÉCIA ANTES DOS GREGOS: POVOAMENTO DA 
HÉLADE
Durante muito tempo, a Historiografia afirmou que os gre-
gos eram descendentes apenas de povos de origem ariana (indo-
-europeus), que, por volta do século 20 a.C., começaram a ocu-
par, por meio de sucessivas invasões, o território que atualmente 
chamamos de Grécia. São os povos aqueus, jônios, eólios e, por 
último, os dórios.
Descobertas arqueológicas indicam que esses quatro princi-
pais povos indo-europeus ocuparam as seguintes regiões do mun-
do grego:
1) Aqueus: foram os fundadores da cidade de Micenas. 
Conquistaram a Ilha de Creta em meados do século 15 
a.C. e fundaram a civilização creto-micênica. Os repre-
sentantes dessa imponência de Micenas se espalharam 
pelo Mar Egeu, dominando-o até o século 13 a.C.
2) Jônios: fixaram-se na Península Ática, no século 18 a.C., 
e fundaram a importante cidade grega de Atenas. Poste-
riormente, expandiram-se em direção à região da Ásia 
Menor (que ficou conhecida naquela época como "Jô-
nia").
3) Eólios: ocuparam a região da Tessália, ao norte da Gré-
cia, por volta do século 18 a.C. Foram os fundadores da 
cidade de Tebas.
4) Dórios: povos essencialmente guerreiros, foram os fun-
dadores da militarizada cidade de Esparta, na Península 
do Peloponeso. Foram uns dos últimos povos a invadir 
a Grécia, no século 13 a.C. Destruíram grande parte da 
civilização creto-micênica, impulsionando os gregos a 
viverem em comunidades familiares (os genos). Nesse 
sentido, começa o desenvolvimento de um novo perío-
do histórico no mundo grego, que veremos posterior-
mente.
Entretanto, será que foram apenas os indo-europeus que de-
ram origem à cultura grega?
Claretiano - Centro Universitário
45© U1 - Princípio do Mundo Grego: Micênicos e Minoicos 
Atualmente, os estudos mostram que a cultura grega primiti-
va foi formada por elementos dos povos indo-europeus e, também, 
dos povos que já habitavam a Península Balcânica antes mesmo da 
chegada deles. Eram os povos "pelasgos" e "leleges", que viveram 
no período da história da Grécia chamado de "Pré-helênico".
Esses primeiros povos gregos do chamado Período Pré-he-
lênico já falavam uma língua que daria origem ao grego moderno, 
mas não possuíam um sistema de escrita. Esse período "pré-his-
tórico" da Grécia também é denominado, por certos estudiosos, 
de Idade do Bronze. Como podemos observar, por essa denomi-
nação, convencionou-se dividir os períodos da Antiguidade pelos 
materiais duros empregados na fabricação de instrumentos cor-
tantes e armas, que, em ordem cronológica, seriam: pedra, cobre, 
bronze e ferro. Essa associação está ligada à ideia de observarmos, 
inicialmente, o progresso técnico de uma sociedade, para, depois, 
classificá-la.
Entretanto, Finley (1990) alerta para uma referência inade-
quada na datação que alguns estudiosos estabeleceram para o 
uso desses materiais na antiga região grega, pois, de acordo com o 
historiador, os metais começaram a ser utilizados na fabricação de 
ferramentas e armas por volta de 2000 a.C. Por isso, para que você 
entenda melhor como funciona essa divisão dos períodos históri-
cos, faça a leitura do texto a seguir.
Períodos da História: "Pré-história" –––––––––––––––––––––
Considera-se "Pré-história" o período que data desde o aparecimento do homem 
(primeiros achados arqueológicos de ossadas do gênero Homo – por volta de um 
milhão a.C. a 600.000 a.C.) até o aparecimento dos primeiros registros escritos 
(por volta de 4000 a.C.). Os estudiosos costumam dividir a Pré-história em eta-
pas: Paleolítico, ou Antiga Idade da Pedra (o homem vive de forma nômade, e 
ainda não existe a prática da agricultura); Neolítico, ou Nova Idade da Pedra (o 
homem passa a interferir no meio ambiente, iniciando o cultivo de plantas e a do-
mesticação de animais); e Idade dos Metais (surge a metalurgia do cobre, bronze 
e ferro, possibilitando um grande aumento da produção agrícola e artesanal). 
Contudo, não devemos deixar de questionar a denominação de "Pré-história" ao 
período anterior à invenção da escrita, uma vez que ela denota a ideia de que só 
após o aparecimento da escrita é que os homens teriam uma história.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© História Antiga I46
E quais são os mais antigos traços da vida humana no terri-
tório grego?
Os primeiros achados arqueológicos que detectam vida hu-
mana no território grego datam, aproximadamente, de 45.000 a.C. 
a 13. 000 a.C., período do Paleolítico Superior.
Como já salientamos, o estudo desse contexto é difícil; con-
tudo, ele faz-se possível em virtude da interpretação cultural ma-
terial deixada por esses povos, o que significa que o trabalho do 
historiador que se habilita a estudar esses contextos mais remotos 
precisa aliar-se ao trabalho do arqueólogo –

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