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DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITOS SOCIAIS; NACIONALIDADE; DIREITOS 
POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS
Livro Eletrônico
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Luciano Dutra
Direitos Sociais; Nacionalidade; Direitos Políticos e Partidos Políticos
DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos Sociais ...............................................................................................................4
1. Introdução ..................................................................................................................4
1.1. Princípio da Proibição do Retrocesso ........................................................................5
1.2. Princípio do Mínimo Existencial ................................................................................6
1.3. Princípio da Reserva do Possível ..............................................................................6
1.4. Conflito entre o Mínimo Existencial e a Reserva do Possível: o Ativismo Judicial ......8
1.5. Direitos Sociais em Espécie .................................................................................... 10
Resumo ........................................................................................................................25
Nacionalidade ...............................................................................................................27
1. Conceito ....................................................................................................................27
1.1. Espécies de Nacionalidade ......................................................................................27
1.2. Critérios para Adoção de Nacionalidade Primária .................................................. 28
1.3. Nacionalidade Primária ......................................................................................... 28
1.4. Nacionalidade Secundária ......................................................................................32
1.5. Quase Nacionalidade .............................................................................................35
1.6. Distinção entre Brasileiros Natos e Naturalizados ..................................................36
1.7. Perda da Nacionalidade ......................................................................................... 40
1.8. Dupla Nacionalidade .............................................................................................. 41
1.9. Idioma Oficial e Símbolos Nacionais .......................................................................43
Resumo ........................................................................................................................46
Direitos Políticos ......................................................................................................... 48
1. Capacidade Eleitoral Ativa .........................................................................................52
2. Capacidade Eleitoral Passiva ....................................................................................55
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3. Inelegibilidade .......................................................................................................... 58
4. Privação de Direitos Políticos ...................................................................................64
5. Princípio da Anterioridade Eleitoral ou da Anualidade Eleitoral ............................... 69
6. Ação de Impugnação de Mandato Eletivo .................................................................70
Partidos Políticos ..........................................................................................................71
Resumo ........................................................................................................................74
Questões de Concurso ..................................................................................................78
Gabarito ...................................................................................................................... 99
Gabarito Comentado ................................................................................................... 100
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DIREITOS SOCIAIS
1. Introdução
Meu(minha) aluno(a), como está? Espero que este texto o(a) encontre bem.
Terminado o estudo do Capítulo I do Título II (Direitos e Deveres Individuais e Coletivos), 
vamos agora começar o estudo do Capítulo II, também do Título II, que trata dos direitos 
sociais.
Mas como os direitos sociais caem na prova? A resposta para essa pergunta é de suma 
importância para balizar nosso estudo.
Pois bem. Ou o examinador cobrará os princípios pertinentes (proibição do retrocesso, 
mínimo existencial, reserva do possível) ou cobrará o conhecimento sobre o ativismo judicial, 
ou, o que é mais provável, trará os direitos sociais em espécie (a transcrição da Constituição 
Federal na sua prova).
Sendo assim, vamos trabalhar inicialmente os princípios atinentes aos direitos sociais e, 
depois, estudar os artigos 6º ao 11, dando especial ênfase às normas mais cobradas.
A título de recordação, lembremos que os direitos sociais são, de acordo com a evolução 
dos direitos e garantias fundamentais, qualificados como de segunda geração. Isso já caiu, 
perceba!
Questão 1 (HEMOBRAS/ADVOGADO/2008) De acordo com o posicionamento majoritário 
na doutrina, os direitos sociais integram os denominados direitos fundamentais de segunda 
geração.
Certo.
Lembrando que são direitos de segunda geração os direitos sociais, econômicos e culturais.
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1.1. PrIncíPIo da ProIbIção do retrocesso
Segundo o princípio da proibição do retrocesso (também conhecido como efeito cliquet), 
no grau de concretização dos direitos sociais, o Estado brasileiro somente pode avançar, ja-
mais retroceder. O Brasil não pode desconstituir as conquistas sociais já alcançadas pelo 
povo brasileiro.
Ou seja, o princípio em questão impede que os níveis de concretização dos direitos so-
ciais – saúde, educação, trabalho, assistência social, entre outros – já atingidos venham a ser 
reduzidos ou suprimidos por atos do Poder Público.
Para entender um pouco mais, vale a transcrição de um julgado do STF sobre o tema, 
vejamos:
A PROIBIÇÃO DO RETROCESSO SOCIAL COMO OBSTÁCULO CONSTITUCIONAL À FRUS-
TRAÇÃO E AO INADIMPLEMENTO, PELO PODER PÚBLICO, DE DIREITOS PRESTACIONAIS. 
– O princípio da proibição do retrocesso impede, em tema de direitos fundamentais de 
caráter social, que sejam desconstituídas as conquistas já alcançadas pelo cidadão ou 
pela formação social em que ele vive. – A cláusula que veda o retrocessoem matéria de 
direitos a prestações positivas do Estado (como o direito à educação, o direito à saúde 
ou o direito à segurança pública, v.g.) traduz, no processo de efetivação desses direitos 
fundamentais individuais ou coletivos, obstáculo a que os níveis de concretização de 
tais prerrogativas, uma vez atingidos, venham a ser ulteriormente reduzidos ou supri-
midos pelo Estado. Doutrina. Em consequência desse princípio, o Estado, após haver 
reconhecido os direitos prestacionais, assume o dever não só de torná-los efetivos, mas, 
também, se obriga, sob pena de transgressão ao texto constitucional, a preservá-los, 
abstendo-se de frustrar – mediante supressão total ou parcial – os direitos sociais já 
concretizados. (ARE-639337- Relator(a): Min. CELSO DE MELLO).
Mas cuidado!!! Há situações em que a política pública poderá ser alterada, o que, a princí-
pio, poderia se caracterizar como um retrocesso social. No entanto, se o Estado adotar aquilo 
que o STF chama de políticas compensatórias, que garantem a manutenção das conquistas 
já realizadas, não haverá desrespeito ao princípio da proibição do retrocesso. OK?
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1.2. PrIncíPIo do MínIMo exIstencIal
O princípio do mínimo existencial traduz-se na preservação de um rol mínimo de direitos 
vitais básicos indispensáveis a uma vida humana digna.
Tal princípio está intrinsecamente ligado ao fundamento do Estado brasileiro da dignida-
de da pessoa humana, previsto no art. 1º, III.
Aplica-se o princípio em tela, por exemplo, nos casos de entrega de medicamentos que 
estão inseridos na lista do Ministério da Saúde e que são considerados de fornecimento obri-
gatório, pois inseridos dentro do mínimo existencial.
1.3. PrIncíPIo da reserva do Possível
Por sua vez, o princípio da reserva do possível significa que a implementação dos direitos 
sociais, de caráter sempre oneroso, esbarra no óbice do financeiramente possível, vale dizer, 
o Estado brasileiro só poderá concretizar os direitos sociais quando houver orçamento ade-
quado para tanto.
A título de exemplo, não pode o ente público ser condenado a custear todo tratamento 
que for prescrito por médicos, pois somente os medicamentos que estão inseridos na lista do 
Ministério da Saúde podem ser considerados de fornecimento obrigatório, já que estão inse-
ridos dentro do mínimo existencial.
Pensemos em tratamentos experimentais sem eficácia comprovada no exterior. Será que 
o Sistema Único de Saúde, de parco orçamento, deveria ser condenado a custeá-los em de-
trimento dos demais usuários que do SUS necessitam? O STF já enfrentou o tema, vejamos:
[...] obrigar a rede pública a financiar toda e qualquer ação e prestação de saúde exis-
tente geraria grave lesão à ordem administrativa e levaria ao comprometimento do SUS, 
de modo a prejudicar ainda mais o atendimento médico da parcela da população mais 
necessitada. [...] os tratamentos experimentais (sem comprovação científica de sua efi-
cácia) são realizados por laboratórios ou centros médicos de ponta, consubstanciando-
-se em pesquisas científicas. A participação nesses tratamentos rege-se pelas normas 
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que regulam a pesquisa médica e, portanto, o Estado não pode ser condenado a forne-
cê-los. [...] É relevante apontar que a jurisprudência sufraga o entendimento de a teoria 
da reserva do possível ser de todo pertinente, quando se ingressa na área de experimen-
tação científica desenvolvida no exterior, ou seja, a assistência médica prestada pelo 
Estado tem seu orçamento submetido a uma política de prioridades, e assim o é em 
razão de que cabe a ele o custeio da saúde de milhões de pessoas, de forma que resulta 
inviável o deferimento de tratamento fora do Brasil considerados experimentais para 
os poucos que recorrem ao judiciário. (Min. GILMAR MENDES na Suspensão de Tutela 
Antecipada n. 175 AgR, julgado em 17/03/2010)
Questão 2 (TCE/RO/PROCURADOR/2010) Em demandas judiciais brasileiras, a reserva do 
possível é alegada pela Administração Pública como uma limitação para a efetivação de di-
reitos fundamentais de ordem social.
Certo.
Exatamente isso!!!
A doutrina diferencia a reserva do possível fática da reserva do possível jurídica. Segundo 
Daniel Sarmento, a reserva do possível fática deve ser compreendida como a capacidade fi-
nanceira do Estado de arcar com a universalização da prestação material postulada, para to-
das as pessoas que estiverem nas mesmas condições daquele que a requereu. Por seu turno, 
a reserva do possível jurídica é a existência de autorização legislativa em lei orçamentária 
para a satisfação da política pública em questão, diretamente ligada ao princípio da legalidade 
orçamentária. A inexistência de previsão orçamentária obstaculiza a implementação da políti-
ca pública, em razão da reserva do possível jurídica.
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1.4. conflIto entre o MínIMo exIstencIal e a reserva do Possível: o 
atIvIsMo JudIcIal
Prezado(a) aluno(a), cuidado com o que vou dizer agora: o princípio da reserva do possível 
encontra seus limites no mínimo existencial.
Em situações em que o Estado brasileiro deixa de entregar voluntariamente o mínimo exis-
tencial, justamente porque é o mínimo, alegando a reserva do possível, o prejudicado poderá 
buscar a tutela judicial para fazer valer o seu direito violado.
Vale dizer: a reserva do financeiramente possível não é argumento plausível, quando o 
caso concreto envolver o direito ao mínimo indispensável à dignidade humana.
Ora, como reconhece o próprio Poder Judiciário, a saúde é direito de todos e dever do 
Estado brasileiro, aí incluídos União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, o qual 
deverá garantir à sociedade a efetiva prestação de serviços mínimos para uma vida digna, não 
podendo valer-se da cláusula da reserva do possível para se abster de dar o efetivo cumpri-
mento ao princípio da dignidade da pessoa humana.
Isso é, diante da omissão estatal quanto ao seu dever de entregar ao povo brasileiro o 
mínimo existencial, cabe ao Poder Judiciário determinar excepcionalmente a execução das 
políticas públicas pertinentes, sem que isso fira a separação dos Poderes.
Nessas situações, o juiz protegerá a Constituição Federal, que determina algumas ações 
estatais, como, por exemplo, a implementação de um serviço público de saúde gratuito e de 
qualidade. Essa atuação excepcional do Poder Judiciário na determinação da execução de 
políticas públicas é o que se denomina ativismo judicial.
Questão 3 (STM/JUIZ AUDITOR/2013) A cláusula da reserva do possível não é limitada 
pela garantia do mínimo existencial.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bernardo Bernardo - 05756281380, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Errado.
É limitada sim. Se o direito se insere no mínimo existencial, o Estado DEVE prestar a política 
pública adequada e jamais se esconder atrás do escudo do financeiramente possível.
Sobre o tema, vejamos elucidativo julgado do STJ:
[...] não podem os direitos sociais ficar condicionados à boa vontade do Administrador, 
sendo de suma importância que o Judiciário atue como órgão controlador da atividade 
administrativa. Seria uma distorção pensar que o princípio da separação dos poderes, 
originalmente concebido com o escopo de garantia dos direitos fundamentais, pudesse 
ser utilizado justamente como óbice à realização dos direitos sociais, igualmente impor-
tantes. Tratando-se de direito essencial, incluso no conceito de mínimo existencial, 
inexistirá empecilho jurídico para que o Judiciário estabeleça a inclusão de determi-
nada política pública nos planos orçamentários do ente político, mormente quando não 
houver comprovação objetiva da incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal 
(REsp 771.537/RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJ 3.10.2005).
Para fixar os princípios aplicáveis aos direitos sociais, vamos a um mapa mental.
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Ativismo Judicial
Reserva do Possível
Proibição do Retrocesso
Mínimo Existencial
Princípios aplicáveis aos sociais
Em situações em que o Estado brasileiro 
deixa de entregar o mínimo existencial, o 
prejudicado poderá buscar a tutela judicial 
do seu direito violado.
A implementação dos direitos sociais 
esbarra no óbice do financeiramente possí-
vel.
O Estado só pode avançar no grau de con-
cretização dos direitos sociais, jamais retro-
ceder.
Traduz-se na preservação de um rol mínimo 
de direitos vitais básicos indispensáveis a 
uma vida humana digna.
Vistos, portanto, os princípios aplicáveis ao estudo dos direitos sociais, podemos, a partir 
de agora, estudar os próprios direitos sociais previstos nos artigos 6º ao 11 da Constituição 
Federal. Vamos adiante!
1.5. dIreItos socIaIs eM esPécIe
Agora, vamos estudar os diretos sociais elencados nos artigos 6º ao 11. Temos de memo-
rizá-los, tomando cuidado com as pegadinhas que poderão estar na sua prova. Ok?
Vamos lá!
Segundo o art. 6º, “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
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Primeira informação importante: cuidado com o direito ao transporte, inserido no art. 6º 
pela EC n. 90, de 2015.
Outro dado relevante: o art. 6º nos traz um rol exemplificativo de direitos sociais. O rol é 
exemplificativo, porque existem outros direitos sociais espalhados pela Constituição Federal, 
especialmente no Título VIII, que versa justamente sobre a Ordem Social.
Jurisprudência Aplicada
Muito embora o art. 6º resguarde a moradia como direito social, o STF (RE 439.003) 
assentou que é possível a penhora de bem de família (a casa) com o objetivo de pagar 
as despesas condominiais do imóvel.
Vejamos como isso cai em prova!
Questão 4 (TCU/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2007) Os direitos sociais, de estatura 
constitucional, correspondem aos chamados direitos de segunda geração. Entre esses direi-
tos, incluem-se a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência 
social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados.
Certo.
É o citado art. 6º da CF.
Questão 5 (TCU/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2007) Em capítulo próprio da Consti-
tuição Federal, é apresentado o rol de todos os direitos sociais a serem considerados no texto 
constitucional.
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Errado.
Como visto, existem outros direitos sociais espalhados pela Constituição Federal, especial-
mente no Título VIII, que versa justamente sobre a Ordem Social.
O art. 7º, caput, diz que “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social [...]”. Este caput do art. 7º nos informa que os 
direitos sociais individuais dos trabalhadores urbanos e rurais são os mesmos. Vejamos os 
incisos deste art. 7º.
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
Somente o desemprego involuntário autoriza o recebimento do seguro-desemprego (des-
de que demitido sem justa causa). Caso o trabalhador peça demissão (desemprego voluntá-
rio) não terá direito ao benefício.
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades 
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higie-
ne, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, 
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Ou seja, o salário mínimo não pode servir de indexador para fins econômicos. A ideia é dei-
xar o salário mínimo livre para que, com o tempo, tenha ganhos reais acima da inflação. Sobre 
esse ponto, cuidado com a Súmula Vinculante n. 4:
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador 
de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por 
decisão judicial.
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Quando a Súmula Vinculante n. 4 prevê “salvo nos casos previstos na Constituição”, está 
se referindo ao art. 58 do ADCT, que determina:
Art. 58. Os benefícios de prestação continuada, mantidos pela previdênciasocial na data da pro-
mulgação da Constituição, terão seus valores revistos, a fim de que seja restabelecido o poder 
aquisitivo, expresso em número de salários mínimos, que tinham na data de sua concessão, obe-
decendo-se a esse critério de atualização até a implantação do plano de custeio e benefícios refe-
ridos no artigo seguinte.
Parágrafo único. As prestações mensais dos benefícios atualizadas de acordo com este artigo 
serão devidas e pagas a partir do sétimo mês a contar da promulgação da Constituição.
Cuidado também com as Súmulas Vinculantes a seguir:
Súmula Vinculante n. 6: Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao 
salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
Súmula Vinculante n. 16: Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, refe-
rem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público.
Por fim, o Supremo Tribunal Federal reafirmou a jurisprudência da Corte no sentido de que 
a fixação de pensão alimentícia em salários mínimos não viola a Constituição (ARE 842.157, 
com repercussão geral reconhecida).
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
Quando lidamos com os direitos sociais no estudo do Direito Constitucional, temos de ser 
fiéis ao texto da Constituição Federal. Em outras palavras, estamos num limiar muito tênue en-
tre o Direito Constitucional e o Direito do Trabalho e temos de ser devotados ao nosso objeto 
de estudo: a Constituição Federal.
Apesar disso, em certas situações, para elucidação plena do conteúdo, deveremos aden-
trar um pouco no estudo do Direito do Trabalho, como é o caso do inciso atual.
Pois bem.
Convenção coletiva e acordo coletivo são espécies do gênero negociação coletiva de 
trabalho.
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Vamos nos valer da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) para entender o que é uma 
Convenção Coletiva de Trabalho e um Acordo Coletivo de Trabalho.
Art. 611, caput, da CLT: Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual 
dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam con-
dições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais 
de trabalho.
Ou seja, no caso da Convenção Coletiva, temos, de um lado, o sindicato dos trabalhadores 
(representativo de categoria profissional) e, de outro, o sindicato patronal (representativo de 
categoria econômica).
Por sua vez, o mesmo art. 611, da CLT, no seu § 1º, estabelece que:
é facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos 
com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de 
trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.
Vale dizer, no caso do Acordo Coletivo, de um lado teremos o sindicato dos empregados e 
de outro a própria empresa.
NEGOCIAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO = ACORDO + CONVENÇÃO
Acordo coletivo de trabalho: sindicato dos empregados x empresa(s)
Convenção coletiva de trabalho: sindicato dos empregados x sindicato dos empregadores
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
Isto é, tem direito à preservação do salário mínimo aqueles que recebem remuneração fixa, 
bem como aqueles que recebem remuneração variável (no somatório dos ganhos variáveis 
durante o mês, o total deve ser acima do salário mínimo).
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Perceba que a Constituição Federal não estipula o percentual, em que remuneração no-
turna será superior à diurna.
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
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Cuidado: só caracterizará crime se a retenção for dolosa. Se for culposa, não será crime.
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
Se a empresa opta por regulamentar a participação nos lucros ou resultados, não poderá 
substituir o salário por este pagamento.
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção co-
letiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, 
salvo negociação coletiva;
Entende-se por turno ininterrupto de revezamento aquele em que grupos de trabalhadores 
se sucedem no mesmo local de trabalho, cumprindo horários que permitam o funcionamento 
ininterrupto da empresa.
Como exemplo, podemos citar os empregados do setor de montagem de automóveis que, 
tendo em vista a atividade ininterrupta da empresa, alternam seus turnos de serviço mediante 
uma escala de revezamento, prestando suas atividades de 06:00 a 12:00, de 12:00 a 18:00, de 
18:00 a 24:00 e de 00:00 a 06:00.
Porém, negociação coletiva (acordo coletivo ou convenção coletiva) poderá alterar a jorna-
da (para mais ou para menos).
Questão 6 (CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR LEGISLATIVO/2014) A jornada de seis 
horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento poderá ser aumenta-
da ou reduzida mediante negociação coletiva.
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Certo.
É o que prevê a parte final do art. 7º, XIV.
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
Perceba que a Constituição não exige que seja aos domingos, mas que seja preferencial-
mente aos domingos.
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do 
normal;
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
A Constituição Federal determina que o adicional de férias seja de NO MÍNIMO um terço.
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
Conforme estipula este inc. XIX, a Constituição Federal não traz o período de licença-pa-
ternidade.
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da 
lei;
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos 
da lei;
XXII – redução dos riscos inerentesao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma 
da lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de 
idade em creches e pré-escolas;
Muuuito cuidado com este inc. XXV. As bancas examinadoras gostam de afirmar que a 
assistência gratuita aos filhos e dependentes será do nascimento até 6 anos de idade. Errado. 
Até os 5 anos.
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XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a 
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Quem paga o seguro contra acidentes de trabalho é o empregador. Além disso, se o aci-
dente de trabalho advier de dolo ou culpa de empregador, também deverá arcar com a devida 
indenização do empregado.
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional 
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do 
contrato de trabalho;
A prescrição da ação trabalhista deverá ser analisada em dois momentos. Primeiro, deve-
-se verificar se transcorreram mais de 2 anos do término do contrato de trabalho até o ingres-
so da ação. Se sim, a ação estará prescrita. Se não, o juiz trabalhista receberá a ação. Caso o 
juiz julgue a ação procedente, serão devidos os direitos trabalhistas dos últimos 5 anos.
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do traba-
lhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos;
A ideia trazida pelo inciso XXXII é que, independentemente das características do trabalho 
(se manual, técnico ou intelectual), os trabalhadores gozarão dos mesmos direitos traba-
lhistas, sem discriminação. Imagine se a lei trabalhista previsse que só teria direito às férias 
remuneradas o trabalhador intelectual. Isso feriria de morte a previsão do art. 7º, inc. XXXII, 
que proíbe distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual. Percebeu?
Questão 7 (TCE-RS/OFICIAL DE CONTROLE EXTERNO/2013) A CF veda a distinção entre 
trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais que os executem.
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Certo.
Transcrição do art. 7º, inc. XXXII.
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
Como fica então? Até quatorze anos incompletos, não pode realizar nenhum trabalho. Ao 
completar quatorze anos até dezesseis anos incompletos, só pode trabalhar como aprendiz. 
Completados dezesseis anos, pode realizar qualquer trabalho, desde que não seja noturno, 
perigoso ou insalubre. A partir de dezoito anos completos, pode exercer qualquer trabalho.
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o tra-
balhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos 
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII 
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das 
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculia-
ridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previ-
dência social. 1
Considera-se trabalhador doméstico aquele que trabalha no âmbito familiar (em “casa de 
família”). Como exemplos, podemos citar: a babá, o motorista da família, o cuidador de idosos, 
a empregada doméstica, o jardineiro etc. Portanto, não trabalha em uma empresa, cujo obje-
tivo é a obtenção do lucro.
DICA DO LD
Cuidado: pelo fato de não trabalharem em empresas, os trabalhadores domésticos não gozam 
de todos os direitos sociais extensíveis aos demais trabalhadores urbanos e rurais. Por exem-
plo, não há que se falar em participação de lucros ou resultados para o trabalhador doméstico 
(art. 7º, XI). O empregador doméstico não exerce atividade lucrativa.
1 Emenda Constitucional n. 72, de 2 de abril de 2013 que altera a redação do parágrafo único do art. 7º da 
Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos 
e os demais trabalhadores urbanos e rurais.
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São assegurados aos trabalhadores domésticos, independentemente de lei regulamentadora:
1) salário mínimo;
2) irredutibilidade do salário;
3) 13º salário;
4) proteção quanto à retenção dolosa do salário;
5) jornada de 44 horas semanais;
6) repouso semanal remunerada;
7) remuneração pelo serviço extraordinário;
8) férias + 1/3;
9) licença maternidade de 120 dias;
10) licença paternidade;
11) aviso prévio;
12) redução dos riscos inerentes ao trabalho;
13) aposentadoria;
14) proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
15) proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do tra-
balhador portador de deficiência;
16) proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze 
anos.
 
Ademais, havendo lei regulamentadora, são direitos dos trabalhadores domésticos:
1) relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa;
2) seguro-desemprego;
3) fundo de garantia do tempo de serviço;
4) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
5) salário-família;
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6) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de idade emcreches e pré-escolas;
7) seguro contra acidentes de trabalho.
Questão 8 (TCU/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2012) Ao trabalhador do-
méstico são garantidos todos os direitos previstos no art. 7º da CF.
Errado.
Não se pode afirmar que são todos os direitos, mas apenas os que o parágrafo único do art. 7º expõe.
Questão 9 (CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR LEGISLATIVO/2014) Inexiste previsão 
constitucional da aplicação, aos empregados domésticos, do prazo prescricional fixado cons-
titucionalmente quanto a créditos trabalhistas, igual para os trabalhadores urbanos e rurais.
Certo.
De fato, o inciso XXIX não está previsto no parágrafo único do art. 7º.
Dito isso, vamos estudar os direitos sociais sindicais.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o regis-
tro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização 
sindical;
O inciso I do art. 8º trata do chamado princípio da autonomia sindical.
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Aspecto intrigante é o seguinte: o inciso faz referência a registro no “órgão competente”. 
Mas qual seria esse órgão? A resposta nos é dada pela Súmula n. 677, do STF, vejamos: “até 
que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das 
entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade”.
Questão 10 (STJ/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2015) O registro do sindicato no órgão com-
petente é exigência constitucional que não se confunde com a autorização estatal para a 
fundação da entidade.
Certo.
O registro é uma exigência do inciso I do art. 8º. Esse registro não se confunde com a autori-
zação, que é vedada pela mesma norma.
Perceba que a Súmula aborda o princípio da unicidade. Mas o que é isso? É o que veremos 
a seguir.
II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de 
categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalha-
dores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
Esse é o já citado princípio da unicidade (ou unidade) sindical.
Chama-se unicidade porque, para cada categoria profissional ou econômica, é criado um 
único sindicato numa determinada base territorial. Quem é que define a base territorial do 
sindicato? Os próprios sindicalizados, nunca podendo ela ser inferior a um Município.
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Questão 11 (CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR LEGISLATIVO/2014) A criação de sin-
dicatos independe de autorização estatal, ressalvado o registro no órgão competente, sendo 
vedado ao sindicato que represente a mesma categoria profissional abranger a mesma base 
territorial de outro.
Certo.
São informações extraídas dos incisos I e II do art. 8º.
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, in-
clusive em questões judiciais ou administrativas;
IV – a assembleia geral fixará a contribuição [confederativa] que, em se tratando de categoria pro-
fissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sin-
dical respectiva, independentemente da contribuição [sindical] prevista em lei;
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
O inciso V do art. 8º consagra a liberdade sindical sob a ótica dos sindicalizados.
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
Cuidado: tal previsão também se aplica ao servidor público aposentado. Essa informação 
já foi cobrada, perceba!
Questão 12 (STF/NÍVEL MÉDIO/2013) Um servidor público que, em virtude do comando 
constitucional da aposentadoria compulsória, tenha-se aposentado no ano de 2010 pode 
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continuar filiado ao sindicato de sua respectiva categoria profissional, mas não estará habili-
tado a votar nas eleições para a diretoria da entidade.
Errado.
O servidor público aposentado pode continuar filiado ao sindicato de sua respectiva categoria 
profissional e estará habilitado a votar e ser votado nas eleições para a diretoria da entidade.
Questão 13 (TRT-17/NÍVEL SUPERIOR/2013) O trabalhador aposentado tem direito de per-
manecer filiado a seu sindicato e, fazendo-o, pode ser votado nas eleições para a direção da 
organização.
Certo.
Exatamente isso!!!
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo 
de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do 
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de 
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
O próximo artigo (art. 9º) nos traz o perfil constitucional do direito de greve.
Justamente por ser um direito, a simples adesão à greve não constitui falta grave, confor-
me nos ensina a Súmula n. 316, do STF. Vejamos o art. 9º:
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade 
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessi-
dades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
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Questão 14 (MDIC/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) A CF prevê o direito de greve na inicia-
tiva privada e determina que cabe à lei definir os serviços ou atividades essenciais e dispor 
sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
Certo.
É a expressão do art. 9º.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos 
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e 
deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um represen-
tante destes com a finalidade exclusivade promover-lhes o entendimento direto com os empre-
gadores.
Cuidado com este art. 11. Devemos lembrar o número de empregados: mais de 200.
É isso!!! Como havia dito de maneira preambular, ou cairão os princípios atinentes aos 
direitos sociais ou o ativismo judicial, ou, ainda, a própria Constituição Federal do art. 6º ao 
art. 11 (que é o mais provável). Nesse viés, é importante uma leitura atenta das normas cons-
titucionais transcritas e fixar o conhecimento, fazendo muitos exercícios.
Como fechamento da nossa aula, quero trazer dois lembretes: 1) o Gran Cursos Online 
possui um fórum de dúvidas para que possamos ajudá-lo(a) na plena compreensão do Di-
reito Constitucional; 2) gostaria de receber sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é muito 
importante para nós.
Espero que tenha se divertido com o estudo dos direitos sociais. Fortíssimo abraço, fique 
com Deus e bons estudos!
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RESUMO
Princípio da Proibição do Retrocesso: também conhecido como efeito “cliquet”, no grau de 
concretização dos direitos sociais, o Estado brasileiro somente pode avançar, jamais retroce-
der. O Brasil não pode desconstituir as conquistas sociais já alcançadas pelo povo brasileiro.
Princípio do Mínimo Existencial: traduz-se na preservação de um rol mínimo de direitos 
vitais básicos indispensáveis a uma vida humana digna.
Princípio da Reserva do Possível: significa que a implementação dos direitos sociais, de 
caráter sempre oneroso, esbarra no óbice do financeiramente possível, vale dizer, o Estado 
brasileiro só poderá concretizar os direitos sociais quando houver orçamento adequado para 
tanto.
Ativismo Judicial: em situações em que o Estado brasileiro deixa de entregar o mínimo 
existencial, o prejudicado poderá buscar a tutela judicial do seu direito violado. Isto é, diante 
da omissão estatal quanto ao seu dever de entregar ao povo brasileiro o mínimo existen-
cial, cabe ao Poder Judiciário determinar excepcionalmente a execução das políticas públicas 
pertinentes, sem que isso fira a separação dos Poderes. Essa atuação excepcional do Poder 
Judiciário na determinação da execução de políticas públicas é o que se denomina ativismo 
judicial.
Art. 6º: são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (rol exemplificativo).
Art. 7º: direitos sociais individuais dos trabalhadores urbanos e rurais (memorizar os in-
cisos e o parágrafo único).
Art. 8º: direitos sociais sindicais (memorizar os incisos e o parágrafo único).
Art. 9º: é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. A lei de-
finirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade. Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
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Art. 10: é assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados 
dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de 
discussão e deliberação.
Art. 11: nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um 
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com 
os empregadores.
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NACIONALIDADE
1. conceIto
Conforme nos ensina José Afonso da Silva, a nacionalidade é um vínculo jurídico-político 
de Direito público interno, que faz da pessoa um dos elementos componentes da dimensão 
pessoal do Estado2 (o seu povo – conjunto de nacionais – brasileiros natos e naturalizados). 
Ou seja, nacionalidade é um vínculo que une uma pessoa a um determinado Estado. Somos 
brasileiros porque temos um vínculo de nacionalidade com a República Federativa do Brasil.
1.1. esPécIes de nacIonalIdade
Há duas espécies de nacionalidade:
• primária (também chamada de originária, de 1º grau, involuntária ou nata): resultante 
de um fato natural (o nascimento). Trata-se de aquisição involuntária de nacionalidade, 
decorrente do simples nascimento ligado ao cumprimento de um critério trazido pela 
Constituição Federal;
• secundária (também chamada de adquirida, por aquisição, de 2º grau, voluntária, ou 
por naturalização): é a que se adquire por ato de vontade, depois do nascimento, a par-
tir de um requerimento somado ao cumprimento dos requisitos constitucionais.
Nacionalidade
Primária Secundária
Nascimento
+
Critérios constitucionais
Ato de vontade
+
Critérios constitucionais
Brasileiro nato Brasileiro naturalizado
2 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 32ª edição. São Paulo. Editora Malheiros.
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1.2. crItérIos Para adoção de nacIonalIdade PrIMárIa
Para a definição da nacionalidade primária, a Constituição Federal adota dois critérios:
• ius sanguinis: critério sanguíneo pautado na hereditariedade. Filhos de pais brasileiros, 
poderão ser brasileiros natos se atenderem aos requisitos trazidos pela Constituição 
Federal;
• ius solis: critério territorial, sendo irrelevante a nacionalidade dos pais. Nasceu dentro dos 
limites territoriais da República Federativa do Brasil, em princípio, será brasileiro nato.
Questão 15 (ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018) Os indivíduos que possuem multina-
cionalidade vinculam-se a dois requisitos de aquisição de nacionalidade primária: o direito de 
sangue e o direito de solo.
Certo.
Só é possível haver um polipátrida (aquele que possui mais de uma nacionalidade) se houver 
a conjugação dos dois critérios (o sanguíneo e o territorial).
A nossa atual CF/1988 adotou como regra o critério ius solis, permitindo a utilização do 
ius sanguinis em algumas hipóteses que estudaremos a seguir. Vejamos.
1.3. nacIonalIdade PrIMárIa
Segundo o art. 12, I, são brasileiros natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes 
não estejam a serviço de seu país [de origem];
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Aqui, se adota o critério do ius solis: nasceu no Brasil, será, em princípio, brasileiro nato. 
Só não será brasileiro nato aquele que aqui nascer se houver a conjugação de dois fatores: 
• ambos os pais estrangeiros; 
• pelo menos um deles deve estar no território brasileiro a serviço do seu país de origem. 
Muito cuidado com um detalhe: se estiver a serviço de um terceiro país, o nascido na 
República Federativa do Brasil será considerado brasileiro nato. Exemplo: se um casal de 
portugueses estiver a serviço da Espanha, no Brasil, o filho deles, nascido no Brasil, será con-
siderado brasileiro nato.
Questão 16 (FUB/NÍVEL SUPERIOR/2013) Se um casal de cidadãos italianos que, por motivo 
de trabalho, resida no Brasil e tiver um filho em território brasileiro, esse filho será considerado 
como brasileiro nato.
Certo.
Não está a serviço do seu país, portanto, o filho do casal será brasileiro nato.
Questão 17 (TJ-AL/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2012) O Brasil adota, na atribuição de nacionali-
dade, o critério do jus soli, e, assim, são considerados brasileiros natos, independentemente 
de qualquer outro fator, os nascidos no território brasileiro, ainda que de pais estrangeiros.
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Errado.
O erro está na afirmação “independentemente de qualquer outro fator”. Se os pais forem es-
trangeiros e pelo menos um deles estiver a serviço do seu país de origem, o filho do casal não 
será brasileiro nato.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja 
a serviço da República Federativa do Brasil;
Na alínea “b”, adota-se o critério ius sanguinis. 
Cuidado com a expressão “estar a serviço da República Federativa do Brasil”.
“A serviço da República Federativa do Brasil” é expressão que abrange todos os órgãos e 
todas as entidades da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal ou dos Municípios. Ou seja, se nasceu no exterior e é filho de pai brasileiro que 
está a serviço do Município de São Paulo, por exemplo, esta criança será brasileira nata. Outro 
exemplo: nasceu no estrangeiro e é filho de mãe brasileira que está a serviço da Petrobras 
(sociedade de economia mista federal); esta criança será brasileira nata. Tudo bem?
Questão 18 (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) O filho de um embaixador do Brasil em Pa-
ris, nascido na França, cuja mãe seja alemã, será considerado brasileiro nato.
Certo.
É brasileiro nato quem nasce no estrangeiro e é o filho de pai brasileiro que está a serviço da 
República Federativa do Brasil.
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c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados 
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, 
em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
No caso da alínea “c”, adota-se, também, o critério ius sanguinis. 
Na verdade, a alínea “c” consagra duas hipóteses distintas de nacionalidade originária: 
• os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam re-
gistrados em repartição brasileira competente (repartição diplomática ou consular); e
• os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a 
residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingi-
da a maioridade, pela nacionalidade brasileira. 
A segunda hipótese é o que a doutrina chama de nacionalidade originária potestativa. 
É importante ressaltar que essa opção pela nacionalidade originária brasileira é conside-
rada pelo STF como personalíssima: só pode ser exercida pela própria pessoa interessada, a 
partir dos 18 anos. 
Antes de manifestar a opção confirmativa, haveria uma nacionalidade provisória, suspen-
sa ao atingir os 18 anos, até que fosse manifestada a opção para se adquirir, definitivamente, 
a nacionalidade brasileira. Esta manifestação de vontade pode se dar em qualquer tempo 
depois da maioridade (18 anos).
Questão 19 (DPRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2013) Consideram-se brasileiros na-
turalizados os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa 
do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira.
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Errado.
Consideram-se brasileiros NATOS os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra-
sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir 
na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maiori-
dade, pela nacionalidade brasileira. Esta manifestação de vontade pode se dar em qualquer 
tempo depois da maioridade (18 anos).
Questão 20 (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) Situação hipotética: João, cuja mãe é 
brasileira e cujo pai é espanhol e mora em Londres, nasceu em país estrangeiro e não foi re-
gistrado em repartição brasileira competente. Hoje, aos 21 anos de idade, ele reside no Brasil 
e pretende requerer a nacionalidade brasileira. Assertiva: Nesse caso, poderá ser conferida a 
João a condição de brasileiro nato.
Certo.
Art. 12, I, “c”, parte final. 
As hipóteses de nacionalidade originária estão dispostas em rol taxativo, não podendo a 
lei infraconstitucional criar outros casos.
1.4. nacIonalIdade secundárIa
A nacionalidade secundária é aquela adquirida pelo estrangeiro que passa por um proces-
so de naturalização.
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Com efeito, considera-se naturalização o processo que permite ao estrangeiro adotar a 
nacionalidade do país em que se encontra, desde que preenchidos os requisitosconstitu-
cionais. No nosso caso, essas hipóteses constitucionais estão previstas no art. 12, inciso II, 
vejamos:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países 
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
A alínea “a” consagra a hipótese de naturalização ordinária, uma vez que a simples satis-
fação dos requisitos não assegura ao estrangeiro a nacionalidade brasileira. 
É importante fixar que a concessão da naturalização, como regra, é ato discricionário do 
Presidente da República decorrente da soberania estatal, não se falando, pois, em direito pú-
blico subjetivo do requerente.
Questão 21 (TRF-4/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) São brasileiros naturalizados, de acordo 
com a Constituição Federal, os que adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas dos ori-
ginários de países de língua portuguesa residência no Brasil por, no mínimo, cinco anos, e 
idoneidade moral.
Errado.
São brasileiros naturalizados, de acordo com a Constituição Federal, os que adquiram a na-
cionalidade brasileira, exigidas, dos originários de países de língua portuguesa, residência no 
Brasil por, no mínimo, UM ano, e idoneidade moral.
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há 
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade 
brasileira. 
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Na alínea “b”, trata-se de uma hipótese de naturalização extraordinária (também chamada 
de quinzenária). 
Cuidado com o que eu vou afirmar agora: nessa situação, não há discricionariedade do 
Presidente da República, possuindo o interessado direito público subjetivo à nacionalidade 
brasileira, desde que requeira e preencha os pressupostos constitucionais.
Questão 22 (TJ-AL/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2012) Os estrangeiros de qualquer nacionalida-
de residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem 
condenação penal podem adquirir a nacionalidade brasileira, desde que formalmente a re-
queiram, e, assim, assumir a condição de brasileiros naturalizados.
Certo. 
É a expressão do art. 12, II, “b”.
Quando a Constituição Federal se refere à residência ininterrupta na República Federativa 
do Brasil, o que se exige é o ânimo de permanecer no Brasil, isto é, fazer daqui o seu lar. Nes-
ses termos, o STF entende que a simples ausência temporária do estrangeiro não significa 
que a residência não foi contínua. 
Em outras palavras, pode o estrangeiro ausentar-se temporariamente do País, sem que 
isso prejudique o prazo previsto pela Constituição Federal (1 ano ou 15 anos), desde que a sua 
intenção seja fazer do Brasil a sua pátria.
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1.5. Quase nacIonalIdade 
O § 1º do art. 12 trata de forma diferente os portugueses residentes no Brasil. Vale dizer, 
satisfeitos os pressupostos constitucionais de residência permanente no País e reciprocida-
de, os portugueses não precisam se naturalizar brasileiros para auferir os direitos dos brasi-
leiros NATURALIZADOS. 
Cuidado: não se trata de uma hipótese de naturalização, mas tão somente de forma de 
atribuição de direitos. Continuam sendo portugueses, mas poderão exercer os direitos dos 
brasileiros naturalizados.
Questão 23 (TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE/2011) Os direitos inerentes aos brasileiros 
serão atribuídos aos portugueses, independentemente de residirem no Brasil ou no exterior, 
como reciprocidade aos laços entre Brasil e Portugal durante o período colonial.
Errado.
Não é bem isso. Segundo o art. 12, § 1º, aos portugueses com residência permanente no País, 
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao bra-
sileiro naturalizado.
Questão 24 (ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018) Considera-se hipótese excepcional de 
quase nacionalidade aquela que depende tanto da manifestação da vontade do estrangeiro 
quanto da aquiescência do chefe do Poder Executivo.
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Errado.
Quase nacionalidade é a situação do português com residência permanente no Brasil, se hou-
ver reciprocidade em favor de brasileiros lá em Portugal. Nessa situação, o português que 
aqui reside poderá exercer os direitos dos brasileiros naturalizados.
1.6. dIstInção entre brasIleIros natos e naturalIzados
O art. 12, § 2º, prevê que a lei (no caso, lei infraconstitucional) não poderá estabelecer dis-
tinção entre brasileiros natos e naturalizados. Só a Constituição Federal poderá estabelecer 
esta diferenciação, e o faz em quatro hipóteses: 
1) cargos: são privativos de brasileiros natos os cargos de Presidente e Vice-Presidente 
da República; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; 
Ministro do Supremo Tribunal Federal; carreira diplomática; oficial das Forças Arma-
das; e Ministro de Estado da Defesa (art. 12, § 3º).
Cuidado: essa previsão alcança tanto os titulares do cargo quanto os seus substitutos.
É muito importante memorizar esse rol, uma vez que despenca em concurso público.
Vamos a um mnemônico: MP3.COM
M Ministro do Supremo Tribunal Federal
P Presidente e Vice-Presidente da República
P Presidente da Câmara dos Deputados
P Presidente do Senado Federal
C Carreira diplomática
O Oficial das Forças Armadas
M Ministro de Estado da Defesa
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A razão é simples: o próprio Presidente da República precisa ser brasileiro nato, portan-
to, todos aqueles que estão na sua linha sucessória também (Vice-Presidente da República, 
Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e Ministros do Supremo 
Tribunal Federal – arts. 79 e 80).
Nos casos da carreira diplomática, dos oficiais das Forças Armadas e do Ministro de Estado 
da Defesa, a ideia é proteger a segurança nacional.
Questão 25 (MTE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2008) Antônio, brasileiro naturalizado, médico 
de formação e ex-senador da República, foi escolhido pelo presidente da República para o 
cargo de ministro das Relações Exteriores. Após tomar posse, auxiliou o presidente na as-
sinatura de um tratado internacional. Alguns anos depois, foi requerida a sua extradição por 
ter, antes dasua naturalização, praticado crime contra o sistema financeiro de seu país de 
origem. Com base na situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. Mesmo que 
cumpridos os demais requisitos legais, Antônio não poderia ocupar o cargo de ministro das 
Relações Exteriores, já que esse cargo é privativo de brasileiro nato.
Errado.
Essa é uma pegadinha muito comum. O brasileiro naturalizado pode ocupar o cargo de Minis-
tro das Relações Exteriores. O único caso de Ministro de Estado que só pode ser ocupado por 
brasileiro nato é o de Ministro da Defesa.
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Questão 26 (IBAMA/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2013) O cargo de ministro do Supremo 
Tribunal Federal poderá ser ocupado por brasileiro nato ou naturalizado.
Errado.
Somente por brasileiro nato.
Questão 27 (FUB/NÍVEL SUPERIOR/2013) Um cidadão naturalizado brasileiro não pode ser 
eleito para o cargo de senador da República.
Errado.
Pode sim, o que não pode é ser Presidente do Senado.
Questão 28 (FUB/NÍVEL SUPERIOR/2013) O cargo de capitão do exército brasileiro somente 
poderá ser exercido por brasileiro nato.
Certo.
É o que prevê o art. 12, § 3º, VI.
Questão 29 (TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) Considere que Andréa, nascida na França e 
naturalizada brasileira há cinco anos, é uma advogada de 37 anos, que há doze anos exerce 
essa profissão no Brasil. Nesse caso, Andréa pode ser nomeada juíza de um tribunal regional 
do trabalho (TRT), mas não pode ser nomeada ministra do TST.
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Errado.
No caso, Andréa pode ser nomeada juíza de um TRT e, também, ministra do TST. No âmbito 
do Poder Judiciário, o único órgão em que todos os membros devem ser brasileiros natos é 
o STF.
Questão 30 (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Um brasileiro naturalizado pode exercer a 
carreira diplomática.
Errado.
Não pode. 
2) função no Conselho da República: a Constituição Federal reservou seis vagas para 
brasileiros natos, vejamos:
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele 
participam:
I – o Vice-Presidente da República;
II – o Presidente da Câmara dos Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
IV – os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V – os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI – o Ministro da Justiça;
VII – seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomea-
dos pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos 
Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
3) extradição: da leitura do art. 5º, inciso LI, extraímos que o brasileiro nato NUNCA 
será extraditado. Já o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado, em caso de cri-
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me comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, praticado a qualquer 
tempo.
Art. 5º, LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, 
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecen-
tes e drogas afins, na forma da lei;
4) direito de propriedade: conforme estabelece o art. 222, caput, a propriedade de empre-
sa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros 
natos ou naturalizados há mais de dez anos.
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é 
privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas cons-
tituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
1.7. Perda da nacIonalIdade
Segundo o art. 12, § 4º, inciso I, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que 
tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional. 
Como a Constituição Federal fala em “cancelamento da naturalização”, essa hipótese 
atinge apenas o brasileiro naturalizado.
Outra situação de perda da nacionalidade brasileira ocorre quando o brasileiro (nato ou 
naturalizado) adquire outra nacionalidade voluntariamente, salvo se ocorrer uma das hipóte-
ses citadas nas alíneas a e b do art. 12, § 4º, II, conforme veremos a seguir.
Art. 12, § 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao in-
teresse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: [...]
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Questão 31 (TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE/2011) Em relação à nacionalidade, determi-
na a Constituição Federal que a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua 
naturalização será declarada, por decisão do Ministério da Justiça, em virtude de atividade 
nociva ao interesse nacional.
Errado.
Em relação à nacionalidade, determina a Constituição Federal que a perda da nacionalidade 
do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização será declarada por decisão do juiz, em vir-
tude de atividade nociva ao interesse nacional. Tem que ser por sentença JUDICIAL transitada 
em julgado.
1.8. duPla nacIonalIdade
As alíneas “a” e “b” do art. 12, § 4º, II, apresentam duas situações em que a escolha por 
outra nacionalidade não provoca a perda da nacionalidade brasileira, passando o brasilei-
ro a possuir dupla nacionalidade, motivo pelo qual a doutrina o qualificará como polipátrida 
(aquele que possui mais de uma nacionalidade). Vejamos essas hipóteses:
Art. 12, § 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
[...]
II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado es-
trangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
No caso da alínea “a”, temos um exemplo que praticamente todos conhecem: é a situa-
ção de um brasileiro que descende diretamente de um italiano. Quando este brasileiro obtém 
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