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Faculdade de Computação de Montes Claros – FACOMP -2015 I Parte PHP+MySql Este material é parte integrante da disciplina de Tecnologias para Internet da Faculdade de Computação de Montes Claros - FACOMP Wagner José dos Santos Júnior 2 Introdução A História do PHP PHP/FI O PHP sucede de um produto mais antigo, chamado PHP/FI. PHP/FI foi criado por Rasmus Lerdorf em 1995, inicialmente como simples scripts Perl como estatísticas de acesso para seu currículo online. Ele nomeou esta série de script de 'Personal Home Page Tools'. Como mais funcionalidades foram requeridas, Rasmus escreveu uma implementação C muito maior, que era capaz de comunicar-se com base de dados, e possibilitava à usuários desenvolver simples aplicativos dinâmicos para Web. Rasmus resolveu disponibilizar o código fonte do PHP/FI para que todos pudessem ver, e também usá-lo, bem como fixar bugs e melhorar o código. PHP/FI, que significa Personal Home Page / Forms Interpreter, incluía algumas funcionalidades básicas do PHP que nós conhecemos hoje. Ele usava variáveis no estilo Perl, interpretação automática de variáveis vindas de formulário e sintaxe embutida no HTML. A sua própria sintaxe era similar a do Perl, porém muito mais limitada, simples, e um pouco inconsistente. Em 1997, PHP/FI 2.0, a segunda versão da implementação C, obteve milhares de usuários ao redor do mundo (estimado), com aproximadamente 50,000 domínios reportando que tinha PHP/FI 2.0 instalado, agarinhando 1% dos domínios da Internet. Enquanto isto havia milhares de pessoas contribuindo com pequenos códigos para o projeto, e ainda assim o PHP/FI 2.0 foi oficialmente lançado somente em Novembro de 1997, após perder a maior parte de sua vida em versões betas. Ele foi rapidamente substituído pelos alphas do PHP 3.0. O que é PHP? O PHP é uma linguagem de programação dinâmica para produção de websites. Diferentemente das outras linguagens de produção de sites, o PHP é processado no servidor, retornando para o cliente (pessoa que acessa o site) apenas Html. Desta forma o código fonte não é exposto, o que é muito útil quando interagimos com banco de dados ou outros componentes que possuam senhas ou informações que precisem ser especificadas no código. Por exemplo, um usuário abre a página www.facomp.com.br/curso.php, o servidor onde está a página “curso.php” lerá este arquivo e processará as tags PHP, devolvendo apenas HTML para o usuário, como vemos na figura abaixo: O PHP tem suporte a praticamente todos os banco de dados existentes no mercado, o que torna simples a tarefa de produzir aplicações que acessam banco. No decorrer do curso veremos como construir aplicações com banco de dados MySQL. 3 A linguagem também suporta outros protocolos como SMTP, POP3, IMAP entre outros. PHP 3 O PHP 3.0 foi a primeira versão que se assemelha ao PHP que nós conhecemos hoje. Ela foi criada por Andi Gutmans e Zeev Suraski em 1997 e foi totalmente reescrito, após eles descobrirem que o PHP/FI 2.0 poderia ajudá-los a desenvolver suas próprias aplicações de eCommerce de um projeto da Uiversidade. No esforço cooperativo e iniciativa de começar o PHP/FI à partir da base-usuário existente, Andi, Rasmus e Zeev decidiram cooperar e anunciar o PHP 3.0 como uma versão oficial de seu sucessor o PHP/FI 2.0, e o desenvolvimento do PHP/FI 2.0 foram descontinuados. Uma das maiores características do PHP 3.0 era sua forte capacidade de extensibilidade. Além de oferecer aos usuários finais uma infraestrutura sólida para diversos bancos de dados, protocolos e APIs, o extensibilidade do PHP 3.0 atraí dezenas de desenvolvedores para se juntar e submeter novos módulos. Esta é a chave do tremendo sucesso do PHP 3.0. Outras características chaves introduzidas no PHP 3.0 foram o suporte à sintaxe para orientação à objetos e uma sintaxe muito mais poderosa e consistente. Toda a nova versão da linguagem foi realizada sob um novo nome, que removeu a impressão do limitado uso pessoal que o PHP/FI 2.0 prendeu. Ela foi nomeada simplesmente 'PHP', com o significado que é um acrônimo - PHP: Hypertext Preprocessor. No final de 1998, o PHP obteve uma base the dezenas de milhares de usuários (estimativa) e centenas de milhares de Web sites relatando que o tinham instalado. Em seu pico, o PHP 3.0 foi instalado em aproximadamente 10% dos servidores Web da Internet. O PHP 3.0 foi oficialmente lançado em Junho de 1998, depois de ter passado aproximadamente 9 meses em testes públicos. PHP 4 O PHP 3.0 foi oficialmente lançado em Junho de 1998, depois de ter passado aproximadamente 9 meses em testes públicos. Os objetivos do projeto eram melhorar a performance de aplicações complexas, e melhorar a modularidade do código base do PHP.Tais aplicações foram possíveis por causa das novas características do PHP 3.0 e o suporte a uma variadade de banco de dados de terceiros e APIs, mas o PHP 3.0 não foi projetado para trabalhar com aplicações muito complexas eficientemente. A nova engine, dublado 'Zend Engine' (conhecidos pelos seus primeiros nomes, Zeev e Andi), fazendo desse objetivo um sucesso, e foi introduzida em meados de 1999. PHP 4.0, baseado nesta engine, e acompanhado com uma série de novas características, foi oficialmente lançada em Maio de 2000, quase dois anos após o seu predecessor, o PHP 3.0.Além da altíssimo melhoramento da performance desta versão, o PHP 4.0 incluiu outras características chave como o suporte para muitos servidores WEb, sessões HTTP, buffer de saída, maneiras mais seguras de manipular input de usuários e muitas construções novas na linguagem. Hoje, o PHP está começando a ser usado por centenas de milhares de desenvolvedores (estimativa), e muitos milhões de sites reportam que tem o PHP instalado, que explica os 20% de domínios da Internet. A equipe de desenvolvimento do PHP contém dezenas de desenvolvedores, bem como dezenas de outros que trabalham com projetos relacionados ao PHP como o PEAR e a documentação do projeto. PHP 5 PHP 5 foi lançado em julho de 2004 depois de um longo desenvolvimento e vários pre-releases. Ele principalmente introduziu o core, a Zend Engine 2.0 com um novo modelo de orientação a objetos e várias outras características. 4 Como começar? Antes de começarmos a estudar o PHP propriamente dito, vamos entender como criar o ambiente para programar e rodar scripts da linguagem. Como vimos no item anterior os scripts são interpretados no servidor web, este deve obrigatoriamente ter o pacote PHP instalado. Um host na internet para sites em PHP deve seguir esta regra. Você pode procurar um host na internet que rode PHP, mas estes geralmente são pagos. A melhor opção é instalar um servidor web e o PHP na sua máquina ou em uma máquina local para efetuar testes e desenvolvimento. Criando o Ambiente de Teste Nosso ambiente de teste será composto dos seguintes itens: Servidor Web (Apache) Interpretador PHP Banco de dados MySQL Para instalarmos estes softwares é necessário executar uma série de alterações manuais em arquivos de configuração, mover manualmente alguns arquivos e etc. Mas para o nosso ambiente de teste, onde não é necessário fazer grandes alterações nas configurações padrão, existe um pacote chamado WampServer2.0, que agrupa todos os softwares citados e faz a instalação e configuração automática de todos eles. Instalando Baixar o WampServer 2.1 Executar o arquivo que acabou de ser baixado. Surgirá uma tela com a licença de uso. Concorde e o programa de instalação começará a extrair arquivos diretamente na pasta “c:\apache” (A instalação cria automaticamente esta pasta). 5 Esse aplicativo já instala os servidores (Apache com o PHP e MySQL). Para testar o apache abra um browser e digite o seguinte endereço: http://localhost, se a instalação estiver correta, uma página deBoas Vindas deverá ser aberta. Considerações Sobre o Ambiente de Teste Quando entramos com o endereço http://localhost no browser, estamos apontando para o servidor que está rodando no micro local, ou seja no mesmo micro onde o browser está rodando. Se o servidor estiver rodando em outro micro da rede, então devemos entrar http://ip_ou_nome_da_maquina, desta maneira estaremos acessando o apache que roda na máquina apontada. Quando apontamos para o apache, ele busca os documentos na pasta “C:\apache\htdocs”. Se editarmos o arquivo index.php que está contido nesta pasta, veremos que ele é o fonte da página de Boas Vindas que vimos durante a instalação do WampServer2.0. Servidor carregado! 6 Neste ambiente de testes, para criarmos diferentes sites, criaremos sub-pastas na pasta www. Por exemplo cria-se uma sub-pasta em WWW chamada “seusite” ex.: “C:\Program Files\WampServer2.01- 8\www\seusite ”. Quando quisermos acessar os documentos contidos nesta pasta entramos com o endereço: http://localhost/seusite. Entendendo o Código Para criar e editar scripts em PHP podemos utilizar qualquer editor Html, ou até mesmo o bloco de notas. O ideal é usar editores que diferenciem o código utilizando cores, como o Dreamweaver, NotePad++, CodeBlocks, etc. Você pode baixar o PHP editor, um ótimo editor de PHP freeware. Sempre deve-se salvar os scripts com extensão “.php”. Um script php pode conter ou não tags Html, essas tags não são processadas pelo servidor, são simplesmente passadas ao solicitante. Normalmente utiliza-se Html para fazer a estrutura e parte estática da página e o php para a parte lógica, que exige processamento. Para diferenciar as tags php das Html devemos utilizar os seguintes sinalizadores: <?PHP Código php... ?> Exemplo1 de código dentro do HTML <html> <head> <title>Entendendo o funcionamento do PHP</title> </head> <body> <p>Aqui eu tenho código HTML </p> <?PHP echo "Aqui e meu código PHP" ; ?> <p>Voltei a ter codigo HTML</p> </body> </html> Exemplo2 – Variáveis <?PHP $texto1 = "Exemplo" ; $texto2 = 'Esse e o terceiro $texto1 da aula de PHP' ; echo $texto2 ; ?> Exemplo3 – Concatenação de conteúdo <?PHP $texto2 = "Para concatenarmos strings, deveremos utilizar o ponto (.)" ; $texto2 .= " antes do sinal de atribuição da variável (=)" ; echo $texto2 ; ?> Exemplo4 – Operadores <?PHP $num1 = 10 ; $num2 = 20 ; $media = ($num1+$num2)/2 ; 7 echo "Aqui não haverá problema, pois os tipos são iguais" ; echo "<BR>" ; echo "Inteiros : $num1, $num2"; echo "<BR>" ; echo "Resultado inteiro : $media" ; echo "<BR>" ; $nome = "123" ; $soma = $media+$nome ; echo "Aqui haverá coerção, pois os tipos são diferentes (string e inteiro)" ; echo "<BR>" ; echo "Inteiro : $media. String : $nome"; echo "<BR>" ; echo "Resultado inteiro : $soma" ; echo "<BR>" ; ?> Exemplo5 – Operadores de incremento <?PHP $num1 = 10 ; $num2 = 20 ; echo "Valores iniciais de \$num1 e \$num2 : $num1, $num2" ; echo "<BR>" ; $num3 = ++$num1 ; $num4 = $num2++ ; echo "Valores alterados : "; echo "<BR>" ; echo "\$num1 : $num1 - \$num2 : $num2 " ; echo "<BR>" ; echo "\$num3 : $num3 - \$num4 : $num4 " ; ?> Exemplo6 – Usando IFs <?PHP $nome = "Luiz Felipe" ; $sexo = "M" ; $idade = 35 ; if ( ($sexo=="F") and ($idade > 30) ) { echo "Sexo feminino" ; echo "<BR>" ; echo "Maior de 30 anos" ; } else if ( ($sexo=="M") and ($idade < 20) ){ echo "Sexo masculino" ; echo "<BR>" ; echo "Menor de 20 anos" ; } else { if (($idade >= 35) or ($sexo == "F")) { echo $nome ; echo "<BR>" ; echo "A idade é igual ou superior a 35 anos" ; echo "<BR>" ; echo "Ou você é do sexo masculino." ; } else { echo "Nada será exibido !!!!" ; } } 8 ?> Exemplo7 - Exemplo de SWITCH sem BREAK <?PHP $nome = "Thais" ; switch($nome) { case "Norma": echo "<BR>" ; echo "Seu nome é Norma" ; case "Thais": echo "<BR>" ; echo "Seu nome é Thais" ; case "Sandra": echo "<BR>" ; echo "Seu nome é Sandra" ; } ?> Exemplo8 – Exemplo de SWITCH com BREAK <?PHP $nome = "Sandra" ; switch($nome) { case "Maria": echo "<BR>" ; echo "Seu nome é Maria" ; break ; case "Thais": echo "<BR>" ; echo "Seu nome é Thais" ; break ; case "Sandra": echo "<BR>" ; echo "Seu nome é Sandra" ; break ; } echo "<BR>" ; echo "Fluxo fora do SWITCH" ; ?> Exemplo9 – Uso do FOR <?PHP for ($ind=0 ; $ind <= 20 ; $ind+=2) { echo "Número : $ind" ; echo "<BR>" ; } ?> Exemplo10 – Uso do While <?PHP $ind = 0 ; while ($ind <= 10) { if ($ind > 5) { echo "O número $ind é maior que 5 !" ; echo "<BR>" ; } $ind++ ; } echo "<BR>" ; echo "Essa linha está fora do WHILE" ; 9 ?> Exemplo11 – Uso de Arrays1 <?PHP $estado = array(“RJ”,”MG”,”MA”) ; $tot_elementos = count($estado) ; // tot_elementos terá o valor igual a 3 for ($f = 0 ; $f <= $tot_elementos –1 ; $f++) { echo "Estado : ".$estado[$f]."<BR>" ; } ?> Exemplo12 – Uso de Arrays2 <?PHP $estado = array("RJ","MG","MA") ; for ($f = 0 ; $f <= (count($estado)-1) ; $f++) { echo "Estado : ".$estado[$f]."<BR>" ; if ($estado[$f]=="RJ") { unset($estado[$f]) ; } } ?> Exemplo13 – Usando funções1 <?PHP function imprimemaiores() { echo " é maior que cinco" ; } for ($ind = 1 ; $ind <= 10 ; $ind++) { echo $ind ; if ($ind > 5){ imprimemaiores() ; } echo "<BR>" ; } ?> Exemplo14 – Usando funções2 <?PHP function imprimemaiores($numero) { if ($numero > 5){ echo " é maior que cinco" ; } } for ($ind = 1 ; $ind <= 10 ; $ind++) { echo $ind ; imprimemaiores($ind) ; echo "<BR>" ; } ?> Exemplo15 – Usando funções3 10 <?PHP function soma($valor1, $valor2) { return ($valor1+$valor2)/2 ; } $media = soma(10,20) ; echo "A média é $media" ; ?> Exemplo16 – Usando includes – Salve esse arquivo como “include01.php” <?PHP include "include02.php" ; echo "Código principal" ; echo "<HR>" ; soma(40,60) ; ?> Exemplo17 – Usando includes2 – Salve esse arquivo como “include02.php” <?PHP function soma($var1 , $var2) { $media = ($var1+$var2)/2 ; echo "Função dentro do arquivo include02.php" ; echo "<br>"; echo "\$var1 : $var1 " ; echo "<br>"; echo "\$var2 : $var2 " ; echo "<br>"; echo "\$media : $media " ; echo "<hr>"; return $media ; } ?>
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