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PREFEITURA DE MANAUS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E.M. ARISTÓTELES COMTE DE ALENCAR DISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSOR (A): Tayane Dias SÉRIE: 7º TURMAS: G DATA: 19/03/2020 BIMESTRE: 1º ASSUNTO: Crônica CONTEÚDO: Crônica O que é crônica? A crônica é um gênero textual curto escrito em prosa, geralmente produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc. Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano. Do latim, a palavra “crônica” (chronica) refere-se a um registro de eventos marcados pelo tempo (cronológico); e do grego (khronos) significa “tempo”. Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por isso, com o passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja, fica fora do contexto. As características das crônicas narrativa curta; uso de uma linguagem simples e coloquial; presença de poucos personagens, se houver; espaço reduzido; temas relacionados a acontecimentos cotidianos. Tipos de crônicas Embora seja um texto que faz parte do gênero narrativo (com enredo, foco narrativo, personagens, tempo e espaço), há diversos tipos de crônicas que exploram outros gêneros textuais. Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica dissertativa. Além delas, temos: Crônica Jornalística: mais comum das crônicas da atualidade são as crônicas chamadas de “crônicas jornalísticas” produzidas para os meios de comunicação, onde utilizam temas da atualidade para fazerem reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa. Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou acontecimentos históricos, com personagens, tempo e espaço definidos. Aproxima-se da crônica narrativa. Crônica Humorística: Esse tipo de crônica apela para o humor como forma de entreter o público, ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como ferramenta essencial para criticar alguns aspectos seja da sociedade, política, cultura, economia, etc. Importante destacar que muitas crônicas podem ser formadas por dois ou mais tipos, por exemplo: uma crônica jornalística e humorística. Como fazer uma crônica Para produzir uma boa crônica, é necessário, antes de tudo, ser um bom observador da vida cotidiana das cidades. É pela observação da realidade por uma perspectiva inusitada que o cronista encontra o tema de seus textos. Para, além disso, um texto de qualidade deve ser projetado, rascunhado e revisado sempre que possível. No caso das crônicas narrativas, vale a pena planejar bem quais serão os personagens, o cenário, o tempo e o enredo que serão redigidos. Caso seja para escrever uma crônica jornalística, vale a pena pesquisar bem os pontos de vista que serão apresentados e fundamentar bem o que será defendido no texto. REFERÊNCIAS https://www.portugues.com.br/literatura/a-cronica-.html https://www.todamateria.com.br/cronica/ https://www.portugues.com.br/literatura/a-cronica-.html https://www.todamateria.com.br/cronica/ PREFEITURA DE MANAUS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E.M. ARISTÓTELES COMTE DE ALENCAR Aluno (a): Nº : Série: Turma: Turno: Disciplina: Professor (a): Data de entrega: 22/03/2020 ATIVIDADE Leia a crônica “Cancelar é pouco", de Fabrício Carpinejar e responda as questões abaixo: Cancelar é pouco Fabrício Carpinejar Se uma novela, que é fictícia, influencia a vida de milhões de brasileiros, a ponto de grande parte não diferenciar o ator do personagem na rua, o programa "Big Brother Brasil", que é real, torna-se duplamente perigoso. Os abusos e a violência que Lucas vem tolerando podem passar a ideia distorcida de normalidade e incentivar exemplos de segregação. Não é normal alguém ser proibido de almoçar com o grupo. Não é normal alguém ser chamado de tudo que é desaforo. Não é normal alguém ser atacado em qualquer canto que se encontre. Não é normal alguém ser espantado quando tenta conversar. São manifestações de terrorismo psicológico e perseguição que devem ser interrompidas na hora. Ainda mais que toda casa é cúmplice e não intervém nas maldades da cantora Karol Conká. A depender dos participantes, a tortura continuará. Na avaliação deles, a vítima é que está errada. Lucas Penteado não está interpretando um papel, a sua dor é de carne e osso. Ninguém aguentaria ser humilhado por horas consecutivas sem ter para onde ir, longe da família e dos amigos para poderem defendê-lo. Cabe entender que o sofrimento dele é pay-per-view, não dura somente um programa. Portanto, insuportável e inadmissível. O que estamos testemunhando é uma surra pública, uma agressão sem precedentes na televisão brasileira, um massacre de gangue feita por uma elite indiferente, egoísta e ambiciosa por R$ 1,5 milhão do prêmio. Já é motivo para gerar crise de pânico ou ansiedade, que se agrava no confinamento com a seu algoz. Não há como calcular as sequelas emocionais. Se ele falhou ou não, nada justifica a maneira sistemática de insultos. Ultrapassou a esfera do bullying, é vítima de assédio, injúria e difamação de seus colegas. Karol não tem que ir ao paredão e conhecer a maior rejeição da história. Pode demorar muito, levando em conta a complacência de seus aliados. E todo dia é um inferno para o Lucas. Cancelar também é pouco. Precisa ser sumariamente expulsa pela emissora devido ao mau comportamento. Nem é para evitar que o pior aconteça, o pior já aconteceu. RESPONDA EM SEU CADERNO 01) Justifique o título da crônica acima: 02) Por que, segundo o autor, o BBB torna-se duplamente perigoso? Você concorda com isso? 03) Posicione-se sobre o segundo parágrafo do texto, argumentando bem e de forma coerente: 04) Que expressão o autor faz questão de repetir? Com que provável intenção? 05) Copie do texto uma passagem em que o autor também culpa os outros participantes do programa por omissão, explicando o que você pensa a respeito disso: 06) O que você faria no lugar dos demais participantes ao presenciar cenas tão agressivas? Comente: 07) Por que a dor do Lucas é "de carne e osso"? O que o cronista pretende com tal afirmação? 08) Justifique as aspas presentes no primeiro parágrafo do texto: 09) Por que existem algumas palavras na crônica em itálico? Liste-as: 10) Você concorda que "o pior já aconteceu"? Explique o que seria: 11) Que "solução" o autor dá para esse tão grave problema? O que você pensa a respeito? 12) Por que você acha que a emissora, de certa forma, compactua com esse tipo de agressão? 13) Você costuma usar a expressão "cancelar"? Em que situações? 14) Que mensagem o texto transmite? Comente: 15) O que esse tipo de programa revela sobre as pessoas de um modo geral, sobre o público? Explique seu ponto de vista: 16) Você "cancelaria" alguém? Se sim, quem? Por quê? 17) Que obra de arte aparece em pano de fundo entre os dois participantes do BBB citados na crônica? Que mensagem ela pode adicionar ao contexto?
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