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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO 
ARTES VISUAIS 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ARTE: DA PRÉ-HISTÓRIA 
AO SURREALISMO 
 
 
 
 
 
 
ROSANE AZEVEDO MIRANDA DE ALAGÃO E CANDIDO (8097974) 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO CICLO 3: 
ROCOCÓ E NEOCLASSICISMO 
Tutor: Profª. Arethusa Almeida de Paula 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2021 
2 
 
ROCOCÓ 
 
 
“Rococó é o barroco domado e reduzido para uma era mais civilizada e também com senso de 
humor” (autor desconhecido). 
 
O estilo rococó surgiu após o período barroco, durante o Iluminismo, coincidindo com o reinado 
de Luís XV. Surgiu em Paris no início do século XVIII, como reação ao gênero formal e pesado, 
de aspecto conservador e carregado, usado na corte de Luís XIV, em Versalhes. A palavra 
"rococó" deriva de rocaille, que é francês para entulho ou pedra. Rocaille refere-se ao trabalho 
de conchas utilizadas no embelezamento de grutas artificiais e fontes, aplicadas tanto à 
decoração interior quanto aos ornamentos. O termo também se aplica a outras áreas da 
manifestação artística, como a escultura, a pintura, os mobiliários e os detalhes arquitetônicos. 
Muitas das suas características influenciaram posteriormente a arte de toda a Europa. 
 
Durante o reinado de Luís XIV, a França havia se tornado a potência europeia dominante, e a 
combinação de grande riqueza e estabilidade pacífica, levou os franceses a voltar sua atenção 
para os assuntos pessoais e o prazer dos prazeres mundanos. Após a morte de Luís XIV, a corte 
francesa mudou-se de Versalhes para suas antigas mansões parisienses, redecorando suas casas 
com designs mais suaves e materiais mais modestos do que o estilo barroco do rei. A 
aristocracia agora queria interiores íntimos feitos com adornos de estuque, boiserie 
(revestimento que consistia na técnica de emoldurar as paredes através de painéis de madeira 
em relevo) e vidro espelhado. Esse novo estilo passou a decorar as paredes desses espaços. 
 
Em 1723, quando Luís XV completou a maioridade, este tornou-se um notável defensor e 
patrono da arquitetura e design rococó. Como a França era o centro artístico da Europa, os 
tribunais artísticos de outros países europeus logo seguiram o exemplo em seu entusiasmo por 
enfeites semelhantes. 
 
Jean Antoine Watteau (francês, 1684-1721) foi considerado “o pai” da pintura rococó, que 
inventou esse novo gênero chamado “fêtes galantes” - cenas de festas de namoro. 
 
3 
 
A pintura era uma parte essencial do movimento rococó, caracterizada por cores suaves e curvas 
graciosas e retrata cenas de amor, natureza, entretenimento alegre, frivolidade, erotismo 
elegante e juventude. 
 
Na arquitetura, o rococó criou edifícios com amplas aberturas para a entrada de luz. Quanto às 
esculturas, estas passaram a possuir um tamanho reduzido e são apresentadas individualmente, 
por meio de figuras isoladas, além de serem feitas a partir de materiais maleáveis, como gesso 
e madeira. 
 
Pode-se citar o pintor Jean Honoré Fragonard (francês, 1732–1806), o qual nasceu em Grasse, 
Alpes-Maritimesna, França, filho de um luveiro. Quando enviado a Paris por seu pai, 
demonstrou seu talento e interesse pela arte. François Boucher percebendo seus dotes enviou-o 
ao ateliê de Jean-Baptiste-Siméon Chardin. Fragonard estudou durante seis meses, retornando 
mais preparado para Boucher, foi incumbido por este a executar réplicas de suas pinturas. 
Viajou pela Itália pesquisando as obras dos grandes mestres. Em 1761 fixou sua residência em 
Paris. Sua consagração veio com a apresentação no Salão de Paris (1765) com o enorme quadro 
de tema trágico, O Sumo Sacerdote Coreso Sacrificando-se para Salvar Calirroé, que foi 
adquirido pelo rei Luís XV, ingressando na Academia Real. Ele pintou mitologia, galanteria, 
paisagem e retratos e desenhou vorazmente, muitas vezes assinando suas obras "Frago". A 
partir de 1973, após pintar uma série de desenhos de vistas e paisagens, passou a dedicar-se à 
reprodução de cenas domésticas e sentimentais. Admirando seu trabalho, o pintor neoclássico 
JacquesLouis David tentou ajudar, então, tornou-o curador do futuro Museu do Louvre. Incapaz 
de acompanhar a evolução política e cultural da sociedade francesa pósrevolucionária, o pintor 
arruinou-se, viveu os seus últimos anos de vida em situação de miséria. Fragonard morreu em 
22 de agosto de 1806, em Paris. 
 
A seguir imagem da tela La Lettre d'Amour. A análise abaixo foi reescrita com base em 
dissertação de uma escola de arte francesa, disponível no site 
https://www.etudier.com/dissertations/La-Lettre-d-Amour-Jean-Honore-Fragonard. 
 
A pintura é rica em efeitos de luz. As cores frias contrastam com as cores quentes sob luz forte 
em direção ao centro da tela. Essa luz vem da janela redonda à esquerda, iluminando o rosto, a 
nuca e a mão da jovem, que provavelmente seria a filha de François Boucher; seu vestido e 
4 
 
chapéu, superfície da escrivaninha e banqueta, flores e cachorro. Fragonard molda a 
composição em tons mais escuros de marrom, desenhando e modelando com a ponta do pincel 
e com pinceladas de espessura variável. O brilho é acentuado pela abundância de cor dourada. 
Também possui efeitos interessantes de simetria: as flores rosa e branca se harmonizam com as 
cores do rosto, a renda que adorna o punho do vestido lembra a orelha encaracolada do cachorro, 
as dobras do vestido, embaixo da mesa, se fundem com as da cortina. 
 
Esta pintura exemplifica a manipulação sensível de efeitos de luz e de cor de Fragonard, e sua 
extraordinária facilidade técnica. O vestido azul elegante, a touca de renda e o penteado da 
jovem deveriam estar no auge da moda, no momento que esta pintura foi feita. O cão pode ser 
uma representação de fidelidade, como em muitas pinturas daquela época. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Jean-Honoré Fragonard - The Love Letter (A Carta de Amor), data incerta 1770 – óleo sobre tela - 83,2 x 67 cm 
- Metropolitan Museum of Art, New York 
 
 
 
6 
 
NEOCLASSICISMO 
 
O Neoclassicismo foi um movimento artístico (pintura, literatura, escultura e arquitetura), 
surgido na Europa por volta de 1750, durando até meados do século XIX, tendo como principal 
objetivo o resgate de valores estéticos e culturais das civilizações da Antiguidade Clássica 
(Grécia e Roma). Os artistas buscaram substituir os excessos, a sensualidade e a trivialidade 
do rococó, por um estilo que fosse guiado pela lógica, solenidade, e de caráter moralizante. 
 
As descobertas e escavações arqueológicas das cidades romanas de Pompeia e Herculano, em 
meados do século XVIII, tiveram grande influência no início do movimento neoclássico, 
fazendo reacender o interesse pela arte e cultura greco-romana. Após a Revolução Francesa e 
principalmente com o Império de Napoleão, em virtude de sua associação com a democracia 
da Grécia Antiga, o neoclassicismo foi adotado como o estilo para a arte oficial. Os artistas 
europeus passaram a expressar os valores de uma burguesia fortalecida. 
 
No estilo neoclássico as figuras eram severas, desenhadas com exatidão, que apareciam em 
primeiro plano, sem a ilusão de profundidade dos relevos romanos. A pincelada era suave, de 
modo que a superfície da pintura parecia polida e as composições eram simples, para evitar o 
melodrama rococó. Os fundos, em geral, incluíam toques romanos, como arcos ou colunas, e a 
simetria e as linhas retas substituíam as curvas irregulares. 
 
As antigas ruinas também inspiraram arquitetura. Imitações dos templos gregos e romanos se 
multiplicaram da Rússia à América. O pórtico do Panteon de Paris, com colunas e cúpulas 
coríntias, copiava exatamente o estilo romano. Em Berlim, o portão de Brandenburgo era a 
réplica da entrada da Acrópole de Atenas, com uma carruagem romana em cima. 
 
Principais características: Valorização de temas e padrões estéticos da arte clássica antiga. Heróis e seres da 
mitologia grega, por exemplo, foram temas recorrentes nas pinturas e esculturas 
neoclássicas. 
 Forte influência das ideias filosóficas do iluminismo, principalmente as ligadas à razão. 
7 
 
 Na pintura, o uso de cores frias e a valorização da perspectiva foram recursos muito 
utilizados. 
 Valorização da simplicidade e pureza estética (principalmente na pintura) em contraste 
com os rebuscamentos, dramaticidades e complexidades do Barroco e do Rococó. 
 Na Literatura, os textos apresentam como características principais a síntese, clareza e 
perfeição gramática. 
 Na escultura, forte influência das formas clássicas do Renascimento. Ao contrário dos 
escultores barrocos, que pintavam suas obras, os artistas neoclássicos optaram pela cor 
branca natural do mármore (como os escultores gregos e romanos). 
 
Exemplos de obras e artistas: 
 Na Pintura: Juramento dos Horácios (1785); A morte de Marat (1793); O rapto das 
sabinas (1799) - obras do pintor francês Jacques-Louis David; Banhista de Valpinçon 
(1808) – pintura do artista plástico francês Auguste Dominique Ingres; Carceri 
d’invenzione (1760) – gravura do arquiteto e gravurista italiano Giambattista Piranesi; 
Napoleão rei da Itália (1805) – obra do pintor italiano Andrea Appiani; 
 Na Escultura: Diana (1780) - escultura em mármore do escultor francês Jean-Antoine 
Houdon; Perseu com a cabeça da Medusa (1800) – obra do escultor italiano Antonio 
Canova; Espartacus (1830) – estátua feita pelo escultor francês Denis Foyatier; 
Lucrécia Morta (1803) – obra do escultor francês Damià Campeny. 
 Na Literatura: O Espírito das Leis (1748) – obra de Montesquieu; A morte de Cesar 
(1735) – tragédia escrita por Voltaire; As relações perigosas (1782) – romance escrito 
por Pierre Choderlos de Laclos. 
 Na Arquitetura: Pórtico de La Medeleine (construído em Paris em 1842) – obra do 
arquiteto francês Pierre-Alexandre Vignon; Ponte sobre o rio Severn (construída em 
1775); Panteão de Paris – monumento neoclássico localizado em Paris. 
 
Na pintura o iniciador da tendência Neoclassicista foi Jacques-Louis David, pintor e democrata 
francês que imitava a arte grega e romana para inspirar a nova república francesa. 
 
 
8 
 
Jacques-Louis David nasceu numa família rica de Paris em 30 de agosto de 1748. Foi um dos 
principais membros da Academia Real de Pintura e Escultura, uma das principais escolas de 
artes plásticas da França, da segunda metade do século XVII até o final do XVIII. Em 1774, 
ganhou o Prêmio de Roma (bolsa de estudos destinada a jovens estudantes). Apoiou a 
Revolução Francesa, que teve início em 1789, pois fazia parte do grupo dos jacobinos, liderados 
por Robespierre, de quem era amigo. Trabalhou como pintor da corte da França e, 
especialmente, para Napoleão Bonaparte. Faleceu em 29 de dezembro de 1825, aos 77 anos, na 
cidade de Bruxelas (atual capital da Bélgica). 
 
Principais características do estilo artístico: Rompeu com o Rococó, por isso foi muito 
contestado pelo meio artístico da época, abordou, em suas pinturas, temas da cultura greco-
romana (principalmente ligados à mitologia). Também pintou sobre fatos relacionados 
à Revolução Francesa. Sua principal técnica de pintura foi o tradicional óleo sobre tela. 
 
A seguir imagem da tela (Marat assassiné) ou A morte de Marat, pintada em 1793, exposta 
no Musées royaux des Beaux-Arts de Belgique em Bruxelas. A análise foi reescrita com base 
em informações contidas no site italiano de análise de arte, disponível em 
https://www.arteworld.it/analisi-jacques-luis-david-morte-di-marat. 
 
A pintura mostra Jean-Paul Marat, assassinado em casa em 13 de julho por Charlotte Corday. 
David era amigo pessoal de Marat razão que o levou a prestar uma homenagem, já que o teria 
visto às vésperas da morte deste. 
 
Jean-Paul Marat foi um importante jornalista francês que, antes de se dedicar ao mundo da 
imprensa, estudou medicina, exercendo a profissão por algum tempo. 
 
Com o advento da Revolução Francesa, começou a se interessar pela situação e em 1789 fundou 
o jornal L'Ami du peuple, (o amigo do povo), demonstrando ter pensamentos fortemente 
radicais. 
 
Ele se juntou aos jacobinos, tornando-se seu presidente e seus artigos tornaram-se verdadeiros 
hinos à revolução, levando os cidadãos que liam o jornal a atacar os girondinos que estavam no 
poder na época. 
9 
 
 
Com a expulsão dos girondinos, os jacobinos de Marat tiveram rédea solta e formaram 
imediatamente um novo governo; o escritor não parou e continuou a escrever sobre revolução 
e protesto, muitas vezes resultando em violência excessiva. 
 
Talvez fosse precisamente essa agressão excessiva que preocupasse Charlotte Corday, uma 
jovem girondina, que escreveu uma falsa carta de apelo a ser recebida por Marat, que caiu na 
armadilha. 
 
Chegando a Paris, Corday tinha apenas um objetivo: matar Marat. Depois de encontrar a casa 
em que os jacobinos viviam, demorou alguns minutos até que Charlotte esfaqueou Marat 
enquanto ele estava na banheira. 
 
A vontade de criar esta obra partiu da Convenção dos Jacobinos, que pretendiam realçar com 
uma pintura, o sacrifício do jornalista, que se tornaria um mártir da Revolução. 
 
David levou a sério esta tarefa, que antes de fazer a versão final, estudou a máscara mortuária 
de Marat ao vivo, de forma a poder representar de forma realista o jornalista que deu sua vida 
para dar força à Revolução. 
 
Marat está na banheira, sem vida, segurando uma folha de papel e com um braço pendurado e 
com o outro segurando uma folha com alguma escrita. 
 
Charlotte não está em cena, pois o momento retratado é alguns minutos após o ataque da mulher. 
 
Há uma faca no chão, alguns lençóis, um tinteiro, a caneta e a banheira manchadas de sangue e 
cobertas por véus de várias cores. 
 
David inseriu voluntariamente alguns objetos que não mostravam a morte do jornalista como 
uma história de crime comum, mas que elevaram o assassinato de Marat ao sacrifício de um 
herói que deu sua vida por um bem maior. 
 
10 
 
No chão está a faca com a qual Charlotte esfaqueou o homem até a morte, para que possamos 
entender qual foi a causa de sua morte. 
 
O grande altar de madeira que se destaca em primeiro plano e sobre o qual estão colocadas as 
várias folhas, tem uma dedicatória do artista ao amigo. Diz: À MARAT, DAVID / L’AN DEUX 
que traduzido livremente significa para Marat por David, o segundo ano. 
 
Tudo no altar escrito em letras maísculas é mais uma homenagem de David à atividade 
jornalística de Marat, que, através de seus próprios textos, conseguiu caçar os girondinos e 
convencer o povo a segui-lo. 
 
Na mão apoiada sobre a banheira, Marat tem uma carta na qual pode-se ler claramente o nome 
de Charlotte e se trata de uma carta falsa do assassino, que será recebida por Marat. 
 
O objetivo de David era apagar todos os vestígios de Charlotte, fazendo-a desaparecer e 
deixando apenas a faca como sinal de sua passagem; dessa forma, Marat seria lembrado para 
sempre, enquanto a mulher logo seria esquecida por todos. 
 
O braço suspenso do protagonista é muito interessante e na tradição artística é conhecido como 
o braço de Meleager. 
 
Meleager foi um herói da mitologia grega, cuja morte foi retratada em muitos sarcófagos e 
ânforas; posteriormente, sua posição inerte também foi muito usada por outros artistas para 
retratar o Jesus morto e outros protagonistas importantes de suas pinturas. 
 
Detalhe do braço morto de Marat (esquerda) / detalhe do braço morto de Cristo (direita), a 
semelhança do braço oscilante de David com o de Jesus na pintura que descreve a Deposição 
de Cristo de Rafael. David foi um dos maiores pintores neoclássicos e conhecia bem as obras 
de Raffaello Sanzio e de outros artistas famosos, e costumava usar suas obras como fonte de 
inspiraçãopara seus próprios projetos. 
 
Não há nada na parte superior da imagem, o que não significa que David não tenha concluído 
sua obra, pelo contrário, foi uma escolha voluntária. 
11 
 
Na divisão da cena, Marat e objetos na seção inferior e o vazio na parte superior, deixando o 
resto da cena no escuro, David força o observador a se concentrar em Marat e seu assassinato 
brutal. 
 
Uma luz fraca vem do lado esquerdo da cena e ilumina parcialmente o corpo sem vida de Marat. 
 
Este jogo particular de luz e sombra lembra muito as pinturas de Caravaggio, muito apreciadas 
por David e estudadas por seu interesse pela arte clássica europeia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Jacques-Louis David – Marat Assassiné (A morte de Marat), pintada em 1793 – óleo sobre tela - 1,65 x 1,28 cm 
– Musées royaux des Beaux-Arts de Belgique em Bruxelas. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Referências Bibliográficas: 
 
Rococó: suas características e artistas, site. Disponível em https://arteref.com/ 
movimentos/rococo. 
 
Sua Pesquisa, site. Jean-Honoré Fragonard. Disponível em https://www.suapesquisa. 
com/artistas_obras/jean_honore_fragonard. 
 
TEDESCO, Cristine. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto 
de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Porto Alegre, RS, 
2018. 
 
The Metropolitan Museum of Art, site. Disponível em https://www.metmuseum.org/art/ 
collection/search/436322. 
 
Araujo, B. L. D.; Bigareli, M. S.; Yordaky, W. História da Arte: do Rococó ao Realismo. 
Batatais: Claretiano, 2013. 
 
Neoclassicismo. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/ 
MariaJoseVicentiniJorente/neoclassicismo-e-romantismo.pdf 
 
Simone Martins: Jacques-Louis David. História das Artes > Prazer em conhecer > Jacques-
Louis David. Dez, 2016. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/prazer-em-
conhecer/jacques-louis-david/

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