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ANA NERI
ANA NERI
11ANA NERI
ANA NERI EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ALESSANDRA FERREIRA MARTINS
CLERES VALDINA C.DOS SANTOS
GLEICE KARINE PEREIRA AVELAR
CANDÍDIASE ORAL: A cândida Albicans uma infecção oportunista mais frequente no paciente com HIV 
	
	
São Luís
2021
CANDÍDIASE ORAL: A cândida Albicans uma infecção oportunista mais frequente no paciente com HIV 
Katiene de Aráujo Salazar Nogueira[footnoteRef:1] [1: Alessandra Ferreira Martins/Cleres Valdina C. dos Santos/Gleice Karine P. Avelar, Ana Neri Educação Profissional 
] 
Alessandra Ferreira Martins*
Cleres Valdina C.dos Santos*
Gleice Karine Pereira Avelar*
RESUMO
O fungo Candida, causador da candidíase oral está presente na flora oral normal de indivíduos saudáveis, É estimado que este fungo esteja presente em 45% a 65% dos bebês saudáveis ​​e 30% a 55% dos adultos saudáveis, Uma variedade de fatores sistêmicos e locais pode causar um crescimento excessivo de espécies de Candida levando à candidíase oral. Os fatores de risco para o desenvolvimento da candidíase oral incluem estados imunossuprimidos, como vírus da imunodeficiência humana (HIV), leucemia, desnutrição, diminuição da imunidade secundária à idade, disfunção endócrina como diabetes, quimioterapia sistêmica, radioterapia e uso de medicamentos sistêmicos corticosteroides, drogas imunomoduladoras, uso prolongado de agentes antimicrobianos de amplo espectro, uso de dentaduras, próteses dentárias e higiene dental deficiente, No caso dos bebês, o fator de risco se dá devido ao sistema imune ainda em desenvolvimento, Apesar do fungo causador da candidíase oral estar presente normalmente em indivíduos saudáveis a candidíase oral é contagiosa e a infecção pode ser transmitida de pessoa para pessoa, através de contato íntimo, como beijo por exemplo, O ato de compartilhar objetos também pode ser um possível meio de transmissão da infecção, Além dos bebês, que apresentam a infecção conhecida como sapinho, os adultos também podem ter candidíase oral devido a fatores como sistema imunológico deficiente. O objetivo geral deste trabalho é de Conhecer os principais sintomas da candidíase oral e para fins de entendimento os objetivos específicos são: Analisar a importância do tratamento, Compreender como é feito o diagnóstico da doença, Informar sobre o tratamento da candidíase oral, a metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, A candidíase oral é comum em pacientes infectados pelo HIV, podendo atingir até 94% dos casos, dependendo do estágio da infecção e da população analisada. Essa infecção oral representa um marcador da progressão da doença HIV/AIDS e preditivo para o aumento da imunossupressão.
 Palavras-chave: Imunossuprimidos, fungo, tratamento, progressão
ORAL CANDIDIASIS: Candida Albicans a more frequent opportunistic infection in patients with HIV
ABSTRACT
he Candida fungus, which causes oral candidiasis, is present in the normal oral flora of healthy individuals. It is estimated that this fungus is present in 45% to 65% of healthy babies and 30% to 55% of healthy adults, A variety of systemic factors and can cause an overgrowth of Candida species leading to oral candidiasis. Risk factors for the development of oral candidiasis include immunosuppressed states, such as human immunodeficiency virus (HIV), leukemia, malnutrition, decreased immunity secondary to age, endocrine dysfunction such as diabetes, systemic chemotherapy, radiotherapy and use of systemic corticosteroid drugs, immunomodulatory drugs, prolonged use of broad-spectrum antimicrobial agents, use of dentures, dental prostheses and poor dental hygiene. In the case of babies, the risk factor is due to the immune system still developing, despite the fungus causing oral candidiasis being normally present in healthy individuals oral candidiasis is contagious and the infection can be transmitted from person to person, through intimate contact, such as kissing, the act of sharing objects can also be a possible means of transmitting the infection, in addition to babies , who have the infection known as thrush, adults may also have cand oral idiasis due to factors such as deficient immune system. The general objective of this work is to Know the main symptoms of oral candidiasis and for the purpose of understanding the specific objectives are: Analyze the importance of treatment, Understand how the diagnosis of the disease is made, Inform about the treatment of oral candidiasis, the methodology used in this work it was the bibliographic research, Oral candidiasis is common in HIV-infected patients, reaching up to 94% of cases, depending on the stage of the infection and the population analyzed. This oral infection represents a marker of HIV / AIDS disease progression and is predictive of increased immunosuppression.
 Keywords: Immunosuppressed, fungus, treatment, progression
1 INTRODUÇÃO
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução. Outras, contudo, têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora relatada pelos pacientes. As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas, já que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico. Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até a morte. Algumas DST também podem ser transmitidas da mãe infectada para o bebê durante a gravidez ou durante o parto. Podem provocar, assim, a interrupção espontânea da gravidez ou causar graves lesões ao feto, outras podem também ser transmitidas por transfusão de sangue contaminado ou compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis.
Este trabalho vem abordar a temática sobre a CANDÍDIASE ORAL: A cândida Albicans uma infecção oportunista mais frequente no paciente com HIV, uma doença que envolve uma infecção local de tecidos orais por leveduras do gênero Candida, principalmente C albicans. Atualmente há um aumento das infecções fúngicas, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Dentre os fungos causadores de infecções invasivas destacam-se as leveduras do gênero Candida, considerada marcador de progressão do HIV. A terapêutica antifúngica e diagnóstico são importantes para o tratamento de candidíase oral, devido à resistência atribuída a algumas espécies. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a incidência de candidíase oral em pacientes portadores do vírus do HIV, trata-se de uma infecção fúngica oral, sendo comumente observada em crianças e adultos mais velhos, e também com estados de supressão imunológica local e sistêmica. Embora a Candida seja considerada parte da flora normal nos tratos gastrointestinal e geniturinário em humanos, ela pode causar infecção local nas membranas mucosas (candidíase orofaríngea, esofagite, vulvovaginite), invasão focal (endoftalmite, meningite, endocardite) e disseminação (candidemia).
2 CANDÍDIASE ORAL: A CÂNDIDA ALBICANS UMA INFECÇÃO OPORTUNISTA MAIS FREQUENTE NO PACIENTE COM HIV 
Doenças causadas por fungos passaram a receber maior atenção no século passado, principalmente nas 2 décadas finais, com o advento da aids, avanços nas terapêuticas de doenças de base, maior uso de antibacterianos, aprimoramento de técnicas de transplantes, enfim, com a maior sobrevida de pacientes de variadas enfermidades. A descoberta de que a redução da população dos linfócitos CD4+ predispõe os pacientes a várias infecções fúngicas flagrou uma nova área na suscetibilidade do hospedeiro às doenças. Dentre os fungos responsáveis por doenças em indivíduos imunodeprimidos, e nos aparentemente sadios, encontramosas espécies do gênero Candida.
Numerosos fatores contribuem para as infecções fúngicas, dentre os quais podemos destacar: o rompimento das barreiras cutânea e mucosa, disfunção dos neutrófilos, defeito na imunidade mediada por células, desordem metabólica, exposição direta aos fungos, extremos de idade (recém-nascidos e idosos), desnutrição aguda, longo tratamento com antibióticos, quimioterapia, transplantes, resistência a antifúngicos, dentre outros.
Desde o nascimento, a cavidade oral é colonizada por leveduras do gênero Candida, principalmente C. albicans. Geralmente esses fungos habitam a mucosa bucal como leveduras saprófitas, constituindo parte da microbiota normal. Porém, sob determinadas condições, podem assumir a forma patogênica invasiva filamentosa, induzindo o aparecimento de lesões que são frequentes em crianças ou pacientes imunodeprimidos.
A candidíase oral não é uma enfermidade mortal, mesmo que, ao provocar moléstias de diferentes níveis, compromete o paladar e a deglutição, levando a uma diminuição do apetite, principalmente nos casos de pacientes HIV-positivo ou pacientes hospitalizados e idosos. A candidíase oral é a porta de entrada para complicações da candidíase do tipo orofaringeanas, esofágicas, laringeanas e sistêmicas.
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é caracterizada por severa imunossupressão do hospedeiro, causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), manifestando-se por uma grande variedade de sintomas e sinais clínicos, muitos deles tendo a boca como sítio dessas manifestações.
A AIDS é a fase da infecção pelo HIV, onde são instaladas doenças oportunistas, que são desenvolvidas em consequência de uma alteração imunitária do hospedeiro. Estas são comumente de origem infecciosa, contudo, várias neoplasias também podem ser avaliadas oportunistas. Provoca branda degeneração do sistema imunológico, através do aparecimento de infecções (LEVY, 2010)
O espectro das alterações bucais em pacientes HIV positivos é vasto, compreendendo mais de 40 lesões, as quais inúmeras vezes aparecem como as primeiras manifestações da doença. As infecções fúngicas se instalam em grande número de pacientes portadores do HIV, devido às profundas alterações que ocorrem na função imunológica mediada por linfócitos T, com redução da imunidade do paciente.
A candidíase, também encontra-se associada com o HIV. As formas de candidíase mucosas comuns em pacientes com HIV, são esofágica e orofaríngea, ocorrendo em mais de 80% antes da terapia antirretroviral (BRASIL, 2013).
A prática sexual, e suas diferentes modalidades, pode levar a uma colonização de espécies de Candida em locais que normalmente não contenham essa população, e facilitar um acesso para a expressão de fatores de virulência levando à patogenicidade.
A candidíase oral, se não for tratada, também pode afetar outras áreas da boca, como a garganta, as amígdalas, a gengiva e o céu da boca. A doença provocada por fungos causa irritação, coceira aguda e corrimento esbranquiçado. Se não tratada, pode causar feridas e facilitar o surgimento de doenças secundárias.
O diagnóstico além do aspecto clínico, visualização de leveduras e pseudo-hifas em exame microscópico de esfregaço da lesão, preparado com hidróxido de potássio a 10%. As culturas permitem a identificação da espécie.
A candidíase oral tem uma ampla variedade de tratamentos que têm sido estudados até aos dias de hoje. Os tratamentos incluem uma higiene oral adequada, terapêutica tópica e sistémica, e a terapia fotodinâmica também poderá ser uma opção. Nistatina, suspensão ou tabletes, 500.000 a 1 milhão UI, 3 a 5 vezes ao dia, durante 14 dias, uso tópico. Em crianças, recomenda-se o uso durante 5 a 7 dias. Como tratamento de segunda escolha ou em pacientes imunocomprometidos, pode ser utilizado: Fluconazol, 200 mg, via oral, 1 vez ao dia, para adultos, com duração de tratamento de 7 a 14 dias, devendo ser evitado seu uso em crianças.
FIGURA 1- Candidíase oral
Fonte: https://www.tuasaude.com/candidiase-oral/
FIGURA 2- Infecção oral por leveduras do gênero Candida
Fonte: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/106
Como ensina Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.
A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, que compreende o levantamento de toda a bibliografia já publicada em forma de livros, periódicos (revistas), teses, anais de congressos, indexados em bases de dados em formato on-line ou cedro.
Para Gil (2007, p. 44) tem como principais exemplos as investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema.
A ideia e elaboração deste trabalho surgiu no campo de estagio onde pudemos observar de perto pacientes com hiv acometidos por candidíase oral.
O agente causador da candidíase oral é o fungo do gênero Candida, a espécie mais comum encontrada é C. albicans, isolado em mais de 80% das lesões orais. Outras espécies menos comuns incluem C. dubliniensis, C. glabrata, C. krusei, C. kefyr, C. parapsilosis, e C. tropicalis.
De acordo com Jin, Leung e Samaranayake (2009), a candidíase oral primária é subdividida em três grandes variantes “major”: pseudomembranosa, eritematosa e hiperplásica. O último normalmente manifesta-se como uma lesão crónica, enquanto que os outros, de uma forma geral como lesões agudas.
A candidíase oral, também conhecida como candidíase na boca, é uma infecção causada pelo excesso de fungo Candida albicans na boca, que causa infecção, geralmente, em bebês, devido a sua imunidade ainda pouco desenvolvida, ou em adultos com o sistema imune enfraquecido devido a gripes, doenças crônicas ou HIV, por exemplo.
Apesar de habitar na pele, é possível que esse fungo prolifere e leve ao aparecimento de sinais e sintomas de infecção, como placas brancas na boca e dor e ardência na região. O tratamento para a candidíase oral deve ser feito com enxaguantes bucais, antifúngicos e correta higiene oral, devendo ser orientado por um clínico geral, dentista ou pediatra, no caso das crianças.
A candidíase oral foi descrita como doença associada aos primeiros casos descritos na literatura de aids (vírus da imunodeficiência adquirida), constituindo a infecção fúngica mais frequente em pacientes HIV positivos. Considera-se que até 90% dos indivíduos infectados pelo HIV sofrerão pelo menos um episódio de candidíase orofaringiana.
A candidíase oral causa comorbidade e reduz a qualidade de vida dos pacientes HIV infectados. Ressalta-se a importância do exame clínico bucal e do exame micológico para o diagnóstico bem como a atuação do cirurgião–dentista no controle da saúde bucal e geral desses pacientes.
O revestimento da boca pode acabar acumulando um fungo chamado Candida albicans, que é uma condição mais comumente chamada de candidíase oral. Essa condição causa lesões brancas, geralmente na língua ou no interior das bochechas. Se você raspar sua língua regularmente, essas lesões podem ser dolorosas e até sangrar um pouco. A candidíase oral, se não for tratada, também pode afetar outras áreas da boca, como a garganta, as amígdalas, a gengiva e o céu da boca.
Os sintomas da candidíase oral podem não aparecer imediatamente em alguns casos. Por outro lado, talvez você desenvolva sinais e sintomas completamente de repente. Conheça alguns sinais sugestivos de candidíase oral:
· Lesões brancas e pastosas que aparecem em qualquer lugar da boca
· Dor durante movimentos regulares da boca
· Sangramento se as lesões forem raspadas ou friccionadas
· Para usuários de dentadura, rachaduras ou vermelhidão perto dos cantos da boca
· Boca seca
· Perda perceptível do paladar ao comer ou beber
Embora na maioria dos casos de candidíase oral as lesões apareçam na área mais visível da boca, elas podem se espalhar para o esôfago. Isso pode dificultar a deglutição ou causar a sensação de que a comida está paradana garganta. Esses sintomas ocorrem nos casos mais graves e, se você apresentar algum deles, consulte imediatamente o dentista ou o clínico geral para tratamento.
Enquanto espera para ser tratado, há algumas coisas que você pode fazer para aliviar qualquer dor que possa estar sentindo. Tente comer iogurte sem açúcar ou tomar cápsulas de Lactobacillus acidophilus. Embora não devam ser considerados tratamentos ou curas reais, ambos podem ajudar a restaurar os níveis normais da flora bacteriana do seu organismo. Se a infecção persistir, o médico provavelmente prescreverá um medicamento antifúngico ou antibiótico para ajudar.
2.1 A atuação da Enfermagem frente ao paciente com Candidíase Oral com HIV/AIDS
 Diante de tal problemática surge a seguinte dúvida: Qual seria o papel da enfermagem junto aos pacientes na promoção da saúde evitando assim que peguem ou transmitam a candidíase oral?
Os profissionais de enfermagem desfrutam de uma posição privilegiada para educar as pessoas sobre formas de reduzir o risco de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Eles são percebidos como fontes confiáveis de informações sobre saúde e as pessoas geralmente se sentem mais à vontade para discutir questões pessoais com eles do que com outros profissionais. De um modo geral, os hábitos sexuais e o uso de drogas são questões muito particulares, de modo que os enfermeiros precisam ter a habilidade de deixar as pessoas à vontade para discutir temas potencialmente embaraçosos. A capacidade de aconselhar adequadamente permite que os pacientes façam opções viáveis e bem fundamentadas para proteger a si próprios e a outras pessoas. É essencial que a equipe de enfermagem saiba transmitir informações detalhadas e precisas sobre hábitos sexuais e uso de drogas de forma naturalmente adequada. 
Devido a essa problemática, para abordar um paciente portador de DST, o profissional deve estar bem treinado e capacitado para tal. O nível de conhecimento do enfermeiro sobre a infecção deve incluir estratégias de tratamento, fontes de encaminhamento e medidas preventivas. Além disso, o enfermeiro deve ser especializado em orientações e aconselhamentos e deve sentir-se confortável quando se deparar com pacientes que apresentam diagnóstico de infecção (BRASIL, 2006).
A candidíase tem cura e o tratamento consiste no uso de pomadas e/ou remédios orais prescritos conforme orientação médica.
Geralmente, o tratamento dura em torno de 15 dias. Em casos de candidíases recorrentes, o tratamento é realizado com medicamentos orais e pode durar até 6 meses.
Algumas recomendações contribuem com o tratamento e prevenção de novas infecções, tais como:
· Se possível, dormir sem roupas íntimas;
· Usar roupas íntimas de algodão;
· Evitar relações sexuais sem o uso de preservativos;
· Realizar a higiene da região íntima com o uso de sabonete neutro;
· Evitar o uso prolongado de roupas apertadas ou molhadas;
· Não andar descalço;
· Escovar os dentes, no mínimo, três vezes ao dia;
· Adotar uma alimentação pobre em açúcares.
Como uma infecção ativa pelo HIV esgota a resposta imune de um indivíduo, a candidíase é comumente observada em pessoas que vivem com o vírus.
Embora possa apresentar superficialmente mesmo naqueles em terapia antirretroviral (TAR), que é mais frequentemente observado em pessoas com sistemas imunitários comprometidos severamente e muitas vezes serve como um sinal de aviso para o desenvolvimento das mais graves doenças relacionadas com o VIH.
Quando uma infecção pelo HIV é deixada sem tratamento e a contagem de CD4 de uma pessoa cai abaixo de 200 células / mL (uma das classificações oficiais da AIDS ), o risco de candidíase invasiva aumenta profundamente. Como resultado, a candidíase do esôfago, brônquios, traquéia ou pulmões (mas não a boca) é hoje classificada como uma condição definidora de AIDS.
O risco de candidíase não está apenas relacionado ao estado imunológico de uma pessoa, mas ao nível de atividade viral, medido pela carga viral do HIV.
Portanto, mesmo em pessoas com infecção pelo HIV mais avançada, a implementação da TARV pode trazer benefícios como forma de evitar doenças e não apenas as infecções por Candida, mas também outras infecções oportunistas.
A camisinha consegue proteger contra a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Não tem nenhum remédio ou equipamento que vá te prevenir de desenvolver sífilis ou HIV depois de uma transa, então é necessário tomar esse cuidado pelo seu bem e pelo bem do seu parceiro. Com a camisinha você consegue se proteger de uma contaminação por candidíase, o que pode ocorrer mesmo que o seu parceiro sequer saiba que está doente, ou até mesmo sem você saber.
Uma vez que o agente que causa a doença já está no nosso corpo não dá para dizer que a candidíase é uma doença adquirida somente pelo ato sexual;
Porque existem outras formas de se desenvolver candidíase. A candidíase pode acontecer porque o paciente está com baixa imunidade, porque está tomando remédios específicos ou porque usa roupas apertadas demais na zona genital, então não dá para classificar essa doença como uma doença causada apenas pela troca de fluidos corporais, porque não seria algo real; Portanto, é possível passar o fungo para o parceiro, mas não necessariamente ele irá desenvolver candidíase o oposto também é válido. Inclusive muitas mulheres podem ser colonizadas pela Candida e não apresentarem sintomas. Os sintomas surgem quando há um desequilíbrio com grande proliferação da Candida.
As espécies de Candida afeta em sua maioria na mucosa oral de 40 a 60% da população em geral, principalmente em pacientes infectados pelo HIV. A C. albicans é a mais comum isolada, representando cerca de 80 a 92% dos isolamentos. A candidíase orofaríngea (COF) é uma infecção fúngica que frequentemente acomete indivíduos HIV positivos. A maioria dos indivíduos portadores da AIDS, apresentam pelo menos um episódio de COF, isso ocorre quando a contagem de linfócitos T CD4 (+) encontra-se inferior a 200 células/mm3
Esses indivíduos apresentam disfagia (deglutição dolorosa) e dor retroesternal, efetuando o exame de imagem endoscopia podem-se visualizar placas brancas e pseudomembranas que se assemelham ao sapinho oral, na mucosa esofágica. O diagnóstico e tratamento da infecção bucal por Candida é importante para o controle do paciente HIV+. A candidíase pode produzir hiperplasia epitelial e originar leucoplasia bucal. A invasão do epitélio pela Candida albicans e a sua posterior proliferação podem contribuir para a alteração neoplásica3. Também pode ocorrer progressão da infecção para o esôfago, os pulmões ou disseminar, no organismo, candidemia.
Diversos trabalhos enfocaram nas manifestações bucais de pacientes HIV, mostrando a predominância de alguns tipos de lesões como a candidíase nas suas diversas formas clínicas, as doenças gengivais e periodontais, a leucoplasia pilosa, o sarcoma de Kaposi e o herpes simples (PEDREIRA et al., 2008; SOUZA et al., 2000)
Os principais Sintomas da candidíase oral são:
· Vermelhidão, ardência e desconforto na boca
· Dor e dificuldade para engolir
· Manchas brancas dentro da boca e na língua
· Rachaduras no canto da boca
A candidíase oral geralmente responde bem a tratamentos tópicos, embora a droga oral também possa ser prescrita. A esofagite candida pode ser tratada por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade, geralmente com o uso de anfotericina B em casos mais graves.
A doença geralmente aparece no início da AIDS "doença" geralmente entre 7 a 10 anos após o contágio com o HIV quando a imunidade está de fato ficando muito baixa. É muito comum que seja ela a "abrir" um quadro de AIDS.
As associações entre diferentes DST são frequentes, destacando-se, atualmente, a relação entre a presença de DST e o aumento do risco de infecção pelo HIV, principalmente na vigência de ulceras genitais. Desse modo, se o profissional estiver capacitado a realizar aconselhamento, pré e pós-teste para detecção de anticorpos anti-HIV, quando do diagnóstico de uma ou mais DST, essa opçãodeve ser oferecida ao paciente. Portanto, toda doença sexualmente transmissível constitui evento sentinela para busca de outra DST e possibilidade de associação com o HIV. É necessário, ainda, registrar que o Ministério da Saúde vem implementando a “abordagem sindrômica” aos pacientes de DST, visando aumentar a sensibilidade no diagnóstico e tratamento dessas doenças, para maior impacto em seu controle.
Cientistas americanos decidiram estudar melhor os micro-organismos encontrados na boca de soropositivos. Acabaram descobrindo que a solução do sapinho pode estar em um outro tipo de fungo, que parece ser letal para o Candida. A expectativa é o desenvolvimento de remédios mais eficazes para tratar a candidíase oral. Para testar a hipótese, os cientistas cultivaram Pichia em um meio aquoso. Depois, retiraram os fungos de lá, deixando apenas uma espécie de sopa que havia se formado durante a proliferação dos organismos. Essa sopa é chamada de PSM (sigla para Pichia spent media). Ao inserir o causador da candidíase nesse meio, os autores do trabalho viram que ele não conseguia crescer. Isso indicava que alguma substância excretada pelo Pichia combate o Candida. Numa etapa seguinte, camundongos desenhados para ter sapinho foram trados com o PSM, recebendo o líquido na língua. Os animais apresentaram uma melhora muito significativa. Hoje, usamos muitos medicamentos, direcionados para o tratamento de fungos, mas muitos deles criam uma certa resistência e perdem a eficácia. Procurar alternativas seria uma nova forma de acabar com uma infecção.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho abordou a candidíase, que corresponde à infecção micótica mais prevalente. Candidíase é uma infecção fúngica de grande importância em saúde pública, incluída também como DST. São diversas as espécies já reconhecidas como agentes causais, embora a mais bem estudada seja a C. albicans, já que é mais confirmado seu isolamento e sua identificação.
A candidíase também pode ser causada pela disfunção das células T, principalmente em pacientes com infecção por HIV e é a infecção oportunista mais comumente relatada em pacientes com AIDS. O aparecimento de candidíase oral em indivíduo anteriormente saudável sem fatores de risco conhecidos deve levantar imediatamente a suspeita de infecção por HIV.
A candidíase oral causa comorbidade e reduz a qualidade de vida dos pacientes HIV infectados. Ressalta-se a importância do exame clínico bucal e do exame micológico para o diagnóstico bem como a atuação do cirurgião–dentista no controle da saúde bucal e geral desses pacientes. O diagnóstico precoce da candidíase em pacientes infectados pelo HIV é fundamental tanto para o tratamento imediato, quanto para melhorar a sua qualidade de vida, uma vez que a candidíase é uma lesão bucal muito frequente nesta população. 
Doenças causadas por fungos ganharam maior atenção nas últimas décadas principalmente com o advento da AIDS, avanços nas terapêuticas de doenças de base, maior uso de antibacterianos, aprimoramento de técnicas de transplantes, enfim, com a maior sobrevida de pacientes de variadas enfermidades. Antigamente, os tratamentos da candidíase eram apenas com o uso de medicamentos que precisavam de muitos dias de tratamento, ou que davam muitos efeitos colateriais.
Um pequeno desajuste, como excesso de umidade ou enfraquecimento do sistema imunológico, basta para que fungos normalmente inofensivos vejam a chance de proliferar e machucar a pele e as mucosas. É assim que surge a candidíase, uma infecção do fungo Candida que pode provocar feridas incômodas em regiões como os genitais e as dobras da barriga. A forma oral da doença, popularmente conhecida como sapinho, também é comum e costuma atacar com mais frequência pessoas com o vírus HIV, cujo sistema de defesa fica comprometido. O incômodo prejudica a ingestão de alimentos desses pacientes, que chegam a sofrer com deficiências nutricionais devido ao problema.
REFERÊNCIAS
BRASIL - Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Programa Nacional de DST e Aids, Série Manuais nº 68, 4a edição Brasília, DF 2006
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas para manejo da infecção pelo vírus da HIV em adultos. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Brasília – 2013. Disponível em: . Acesso em: 29. abr. 2016.
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PEDREIRA, E.N. et al. Epidemiological and oral manifestations of HIV positive patients in a specialized service in Brazil. J. Appl. Oral Sci., Bauru, v. 16, no. 6, p. 369-3 75, Nov./Dec. 2008.
AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de Agradecer a Deus, pоr tеr permitido que tivéssemos saúde е determinação para não desanimar durante a realização deste trabalho. Aos nossos pais e irmãos, que nos incentivaram nos momentos difíceis e compreenderam a nossa ausência enquanto nos dedicávamos à realização deste trabalho. Aos professores, pelas correções e ensinamentos que nos permitiram apresentar um melhor desempenho no nosso processo de formação profissional ao longo do curso. A todos que participaram, direta ou indiretamente do desenvolvimento deste trabalho de pesquisa, enriquecendo nosso processo de aprendizado.
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