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Modulo de Microeconomia

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Prévia do material em texto

MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM 
CONTABILIDADE E AUDITORIA 
 
2º Ano 
Disciplina: MICROECONOMIA 
Código: ISCED21-ECOCFE008 
Total Horas/1o Semestre: 125 
Créditos (SNATCA): 5 
Número de Temas: 09 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPER 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - ISCED 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
i 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e 
contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total 
deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipuladoo infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
ii 
 
E-mail:isced@isced.ac.mz 
Website:www.isced.ac.mz 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e o autor do presente manual 
agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
Pela Coordenação 
Pelo design 
Direcção Académica do ISCED 
Direcção de Qualidade e Avaliação do ISCED 
Financiamento e Logística 
 
Pela Revisão 
Instituto Africano de Promoção da Educação 
a Distancia (IAPED) 
Victor Nuvunga, Licenciado em Economia e 
Gestão pela Universidade Católica de 
Moçambique. Pós Graduado em Ensino a 
Distância e eLearning pela UCP. 
Elaborado Por: Monteiro José Monteiro, Economista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
iii 
 
 
 
Visão geral 1 
 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Microeconomia .......................................................... 1 
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 1 
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2 
Ícones de actividade ......................................................................................................... 3 
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 3 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 6 
Avaliação ........................................................................................................................... 7 
TEMA – I: A MICROECONOMIA. 9 
 
UNIDADE Temática 1.1. Considerações Gerais à Disciplina e seu objecto. ...................... 9 
Introdução: ....................................................................................................................... 9 
Sumário ........................................................................................................................... 13 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 14 
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 15 
TEMA – II: O MODELO DA PROCURA E OFERTA. 15 
 
UNIDADE Temática 2.1.Introdução, Oferta e Demanda................................................. 15 
Introdução: ..................................................................................................................... 15 
Sumário ........................................................................................................................... 25 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 25 
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 29 
TEMA – III: TEORIA DO CONSUMIDOR. 29 
 
UNIDADE Temática 3.1.Introdução, Comportamento do Consumidor .......................... 29 
Introdução: ..................................................................................................................... 29 
Sumário ........................................................................................................................... 38 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 38 
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 44 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
iv 
 
TEMA-IV: ESTRUTURA DE MERCADO 44 
 
UNIDADE Temática 4.1. Introdução a Mercados ............................................................ 44 
Introdução: ..................................................................................................................... 44 
Sumário.................................................................................................................. 47 
Exercício de Autoavaliação .................................................................................... 47 
Exercício de Avaliação ........................................................................................... 47 
TEMA – V: PRODUÇÃO 51 
 
UNIDADE Temática 5.1. Introdução a Produção ............................................................ 51 
Introdução: ..................................................................................................................... 51 
Sumário ........................................................................................................................... 57 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 57 
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 64 
UNIDADE Temática 5.2. Custos de Produção ................................................................. 64 
Introdução: ..................................................................................................................... 64 
Sumário ........................................................................................................................... 70 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 71 
Exercícios de AVALIAÇÃO ................................................................................................ 86 
TEMA – VI: MAXIMIZAÇÃO DE LUCROS E OFERTA COMPETITIVA 92 
 
UNIDADE Temática 7.1.Introdução, Maximização de Lucros e Oferta Competitiva ...... 92 
Introdução: ..................................................................................................................... 92 
TEMA – VII: MERCADO PARA FACTORES DE PRODUÇÃO 108 
 
UNIDADE Temática 8.1.Introdução, Mercado para Factores de Produção. ................ 108 
Introdução: ...................................................................................................................108 
Sumário ......................................................................................................................... 113 
TEMA – VIII: EXTRENALIDADES E BENS PÚBLICOS 113 
 
UNIDADE Temática 9.1.Introdução, Extrenalidades e Bens Públicos. .......................... 113 
Introdução: ................................................................................................................... 113 
Sumário ......................................................................................................................... 121 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 121 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
v 
 
Exercícios de AVALIAÇÃO .............................................................................................. 137 
Referências Bibliograficas ............................................................................................. 140 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 141 
Exercícios de AVALIAÇÃO .............................................................................................. 149 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
1 
 
Visão geral 
 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Microeconomia 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Microeconomia deverá ser 
capaz de: Apresentar a estrutura básica dos mercados, destacando 
seus objectivos, Interpretar o papel das unidades económicas 
básicas no funcionamento do sistema económico; dominar os 
conceitos fundamentais da economia; resolver os problemas 
económicos mais gerais e específicos; e apresentar argumentos 
económicos de forma clara e lógica. 
 
 Entender os conceitos básicos sobre a oferta e procura de bens 
e serviços; 
 Conhecer as forças económicas que explicam as razões da 
alteração dos preços dos bens e serviços; 
 
 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de 
licenciatura em Contabilidade e Auditoria do ISCED e outros como 
Gestão de Recursos Humanos, Administração, etc. Poderá ocorrer, 
contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar 
seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-vindos, não 
sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o 
manual. 
Objectivos 
Específicos 
 Perceber a diferença entre a análise positiva da análise 
normativa; 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
2 
 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Microeconomia, para estudantes do 2º ano do 
curso de licenciatura em Contabilidade e Auditoria, à semelhança 
dos restantes do ISCED, está estruturado como se segue: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção 
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente 
de habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não 
 resolvidos e actividades práticas,incluído alguns estudos de 
caso. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro 
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso 
como: Livros e/ou módulos,CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste 
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter 
acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
3 
 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-seno final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresentam duas características: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com 
 detalhes. Segundo, exercícios que mostram apenas 
respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do 
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de 
avaliação é uma grande vantagem. 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza 
didácticoPedagógica, etc., sobre como deveriam ser ou estar 
apresentadas. Pode ser que graças as suas observações que, em 
gozo de confiança, classificamo-las de úteis e o próximo módulo 
venha a ser melhorado, caso necessário. 
 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
4 
 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. 
Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro 
estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, 
procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as 
de estudo de caso, se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamentecomo, onde e quando estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à 
noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? 
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento!? Precisode intervalo em cada 30 minutos, em cada 
hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada 
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando 
achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos 
de cada tema, no módulo. 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
5 
 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chamase 
descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante o intervalo 
não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades 
obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume 
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por 
fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em 
insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
6 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou 
invertidas,etc.). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e 
apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, 
sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando 
a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante 
– CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do 
seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativas. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é de extrema importância, na 
medida em que permite-lhe situar, em termos do grau de 
aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira ficara 
a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. 
Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os 
conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e 
unidade temática, no módulo. 
 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
7 
 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, 
sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
 
Avaliação 
Muitos perguntam: Como é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma 
avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10% do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamento de 
avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira da disciplina ou modulo 
e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
8 
 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
9TEMA – I: A MICROECONOMIA. 
UNIDADE Temática 1.1. Introdução a Economia, Considerações Gerais à 
Disciplina e seu objecto. 
UNIDADE Temática 1.2. EXERCÍCIOS deste tema 
 
 
UNIDADE Temática 1.1. Considerações Gerais à Disciplina e seu objecto. 
 
Introdução: 
O objectivo dos dois primeiros capítulos é apresentar e familiarizar os 
estudantes com os conceitos de microeconomia: o Capítulo 1 trata do 
tema geral da economia, enquanto que o Capítulo 2 desenvolve a 
análise de oferta e demanda. O uso de exemplos no Capítulo 1 propicia 
aos alunos uma maior compreensão de conceitos econômicos 
abstratos. A Questão para Revisão (2) ilustra a diferença entre análise 
positiva e normativa e pode incentivar discussões bastante produtivas 
em estudo 
colectivo. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 Entender: os conceitos básicos sobre a oferta e procura de bens e serviços; 
 Perceber: a diferença entre a análise positiva da análise normativa; 
 
Objectivos  Conhecer: as forças económicas que explicam as razões da alteração dos Específicos 
preços dos bens e serviços; 
A Economia subdivide-se em dois grandes ramos, a microeconomia e a 
macroeconomia. Na Macroeconomia, se considera a evolução dos 
chamados grandes agregados econômicos – PIB, inflação, desemprego, 
exportações etc. Por outro lado, a microeconomia lida com o 
comportamento e decisões de pequenas unidades produtivas, das 
pessoas e famílias, definido de forma restrita como sendo a otimização 
das escolhas, feita por cada indivíduo, para alcançar seus objetivos, 
supostamente muito claros e indubitáveis para cada um. 
 
A palavra Microeconomia trata das escolhas dos indivíduos quanto à 
afectação dos recursos escassos que têm disponíveis, a afectação das 
coisas. 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
10 
 
Assim, estuda os fundamentos das escolhas económicas de cada 
indivíduo e a sua evolução com a alteração dos preços das coisas. Além 
de considerar os indivíduos, a Microeconomia pode ainda considerar 
um certo nível de agregação. No entanto a agregação é sempre de 
coisas idênticas (homogéneas). 
 
Por exemplo, pode considerar em conjunto os consumidores de laranjas 
e em conjunto os vendedores de laranjas, sendo que, apesar de haver 
muitas variedades de laranjas, para um certo grau de abstracção são 
todas idênticas. 
 
Oposto à Microeconomia que se debruça sobre as escolhas individuais, 
existe a Macroeconomia que estuda realidades agregadas ao nível dos 
países. A “Economia Industrial” que estuda realidades ao nível da 
“indústria” (que genericamente são conjuntos de empresas que usam 
tecnologias idênticas e/ou produzem bens idênticos) é a disciplina 
intermédia entre estas duas. A Microeconomia, por questões de 
sistematização, está dividida em diversas “especialidades”. 
 
Ciência normativa versus positiva 
Quando o Homem procura conhecimento tem sempre dois objectivos 
em mente: ou quer satisfazer a sua curiosidade (perspectiva positiva) 
ou quer melhorar a sua situação e o meio que o rodeia (perspectiva 
normativa). 
 
Na perspectiva positiva (positivismo), como o Homem procura o 
conhecimento apenas para satisfazer a sua curiosidade, não questiona 
se a coisa conhecida é boa ou má. Por exemplo, na procura dos 
constituintes da matéria, o “facto” de todos os materiais serem 
formados por moléculas que resultam da combinação de átomos 
elementares, não é bem nem é mal, nem interessa ser alterado no 
sentido de haver um melhoramento. 
 
Na perspectiva normativa (prática), como o Homem procura o 
conhecimento para melhorar a sua situação e o meio que o rodeia, tem 
que fazer um juízo de valor quanto ao que é melhor e o que é pior e em 
que sentido será o melhoramento. Por exemplo, o mesmo conhecimento 
da “lei” de que todos os materiais são formados por moléculas permite 
projectar alterações da estrutura molecular que melhorarem as 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
11 
 
características dos materiais, tornando-os mais duráveis, mais baratos, 
mais úteis, mais leves, menos nocivos para o meio ambiente, etc. 
 
A dificuldade da perspectiva positiva do conhecimento é que, ao não 
haver objectivos práticos, é difícil justificar em termos económicos o 
seu financiamento. Por exemplo, é conhecida de todos a discussão em 
torno da necessidade do Estado subsidiar o Custo dos Combustíveis, da 
farinha de trigo, a Cultura, a Educação, etc. 
 
A dificuldade da perspectiva normativa é que não existe uma 
classificação absoluta do que é bom e do que é mau, não sendo possível, 
sem erro, dizer em que sentido é melhorar. 
 
Por exemplo, nos anos de 1970 o governo da R. P. da China, observando 
que certas aves comiam arroz, decidiu que essas fossem exterminadas. 
Acontece que a matança induziu umapraga de insectos que destruiu as 
colheitas. Neste caso adoptou-se uma direcção errada ao não ter sido 
tomado em conta que juntamente com o arroz, as aves comiam insectos 
nocivospara as colheitas. 
 
Também acontecem erros na previsão da importância económica do 
conhecimento.Desta forma, muito do que se pensava que iria ter muita 
utilidade, não serviu para nada e,pelo contrário, muito do que foi 
descoberto com espírito positivo veio a ter muita utilidade. 
 
Por exemplo, na “conquista espacial” foram aplicados muitos recursos 
e não serviu, emtermos económicos, para quase nada. Por outro lado, 
a investigação física/matemática doRenascimento que até era proibida 
porque, entre outras razões, não servia para nada, 
tornousefundamental no desenvolvimento das Engenharias. 
 
Definição de teoria 
Sendo que o título deste texto inclui a palavra teoria, torna-se obrigatório 
explicar o que isso é. 
 
Em termos de linguagem, a palavra teoria está sempre ligada à tentativa 
de explicar algum fenómeno observável. Por exemplo, observa-se que 
quando uma empresa aumenta os preços dos seus produtos, então há 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
12 
 
uma diminuição da quantidade vendida. Assim, uma teoria parte de 
uma hipótese explicativa para o fenómeno em estudo. Em termos 
superficiais (com pouca capacidade de explicar) pode-se dizer que “é 
uma lei da natureza que quanto maior o preço, menor será a 
quantidade vendida”. Em termos intermédio, enfatiza-se que “uma 
parte dos compradores conhece os preços de outras empresas e opta 
pela que tiver menor preço”. 
 
Em termos profundos pode-se dizer que “o agente económico maximiza 
uma função de utilidade que inclui todos os bens disponíveis no 
mercado que é crescente e côncava com as quantidades, estando 
sujeito a uma restrição orçamental”. 
 
Como as hipóteses explicativas têm mesmo que explicar os fenómenos 
em estudo, há necessidade de conhecer as implicações das nossas 
hipóteses para podermos compará-las com a realidade empírica. 
Quando a ligação entre as hipóteses, que também se denominam por 
axiomas, princípios ou assunções da teoria, e os resultados com 
relevância empírica são muito difíceis de obter, dizemos que estamos 
perante um teorema da teoria. Quando a ligação são apenas difíceis de 
obter, dizemos que estamos perante um lema da teoria. Quando a 
ligação são fáceis de obter (directas), dizemos que estamos perante 
uma propriedade da teoria. 
 
O desenvolvimento da ciência é no sentido de cada vez termos teorias 
baseadas em axiomas mais “profundos”, em menor número e que 
abarquem maior número de fenómenos observáveis. Desta forma, as 
teorias serão mais “generalizáveis”. 
Resumindo, uma teoria é um conjunto definidor de axiomas e das suas 
implicações, i.e. as propriedades, lemas e teoremas. 
 
 
QUESTÕESPARA REVISÃO 
1. Frequentemente, diz-se que uma boa teoria é aquela que, em 
princípio, poderia ser refutada por meio de uma análise empírica. 
Explique por que uma teoria que não possa ser avaliada 
empiricamente não é uma boa teoria. 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
13 
 
A avaliação de uma teoria envolve dois passos: primeiro, 
é necessário examinar a razoabilidade das hipóteses 
adotadas; segundo, deve-se testar as previsões da teoria 
comparando-as com os fatos. Se uma teoria não pode 
ser testada, ela não pode ser aceita ou rejeitada. Logo, 
ela contribui muito pouco para nossa compreensão da 
realidade. 
2. Qual dentre as seguintes afirmações envolve análise positiva 
e qual envolve análise normativa? Quais são as diferenças entre os 
dois tipos de análise? 
a. O racionamento de gasolina (que fixa para cada indivíduo uma 
quantidade máxima de gasolina a ser comprada anualmente) é 
uma política insatisfatória do governo pois interfere no 
funcionamento do sistema de mercado competitivo. 
 
b. O racionamento de gasolina é uma política que piora a situação 
de um certo número de pessoas e melhora a de outras; o 
número das pessoas cuja situação piora é maior do que o 
número daquelas cuja situação melhora. 
A análise positiva descreve como o mundo é. A análise 
normativa descreve como o mundo deveria ser. A análise 
econômica nos diz que uma restrição na oferta deve 
mudar o equilíbrio de mercado. A afirmação (a) combina 
os dois tipos de análise. Primeiro, a afirmação (a) 
apresenta o argumento positivo segundo o qual o 
racionamento de gasolina “interfere no funcionamento 
do sistema de mercado competitivo”. Em seguida, é 
apresentada uma afirmação normativa (ou seja, que 
envolve um juízo de valor) segundo a qual o 
racionamento de gasolina é uma “política social 
ineficiente”. Dessa forma, a afirmação (a) representa 
uma conclusão derivada da análise positiva da política. 
A afirmação (b) é positiva porque descreve o efeito do 
racionamento de gasolina sem fazer qualquer juízo de 
valor acerca da desejabilidade da política. 
 
 
Sumário 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
14 
 
Nesta Unidade temática estudamos e discutimos fundamentalmente os 
aspectos introdutórios da Microeconomia, o objecto, a diferença entre 
análise positiva e normativa. 
A microeconomia trata das decisões tomadas por unidades económicas 
individuais – consumidores, trabalhadores, investidores, proprietários 
dos recursos, e da interacção entre os consumidores e empresas para 
formar os mercados e os sectores. 
 
 
 
 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. a. Cadeias de fast food, como o McDonald’s, Burger King e Wendy’s, actuam 
em todos os EUA. Logo, o mercado de fast food é um mercado nacional. 
Esta afirmação é falsa. Geralmente, as pessoas consomem fast 
food nos locais onde vivem e não percorrem longas distâncias 
dentro do país somente para adquirir uma refeição mais barata. 
Dado que há poucas oportunidades para arbitragem entre 
restaurantes de fast food distantes entre si, é provável que haja 
múltiplos mercados de fast food no país. 
b. Em geral, as pessoas compram roupas nas cidades onde vivem. Logo, pode-
se dizer que o mercado de vestuário de Atlanta, por exemplo, é diferente do 
mercado de Los Angeles. 
Esta afirmação é verdadeira. Dado que as pessoas realmente tendem a comprar 
roupas nas cidades onde vivem, elas interagem apenas com os vendedores nas 
respectivas cidades não sendo, portanto, influenciadas pelo preço do vestuário 
nas lojas localizadas em outras cidades. Logo, há poucas oportunidades de 
arbitragem. Apenas em alguns poucos casos, é possível o surgimento de boas 
oportunidades de arbitragem entre mercados distantes, como no caso do 
mercado de jeans na ex-URSS. 
c. Alguns consumidores preferem fortemente Pepsi e outros preferem 
fortemente Coca-Cola. Logo, não existe um único mercado de refrigerantes do 
tipo "cola". 
Esta afirmação é falsa. Apesar da existência de preferências muito 
fortes por determinadas marcas de refrigerante, as semelhanças 
entre as várias marcas são suficientes para caracterizar um único 
mercado. Há consumidores que não têm uma clara preferência por 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
15 
 
determinada marca de refrigerante, e outros que, mesmo 
apresentando alguma preferência, são influenciados pelos preços 
ao tomar suas decisões de consumo. Conseqüentemente, os 
preços dos refrigerantes "colas" não devem divergir 
significativamente, em especial no caso da Coca-Cola e Pepsi. 
 
 
 
 
 
Exercícios de AVALIAÇÃO 
1. Qual é a diferença que existe entre a microeconomia e a 
macroeconomia? E qual é o objecto de estudo da 
microeconomia? 
2. Quais são os passos para validar uma teoria? 
3. Quais são as diferenças que existem entre a análise positiva 
da normativa? 
 
 
TEMA – II: O MODELO DA PROCURA E OFERTA. 
UNIDADE Temática 2.1.Introdução, oferta e Demanda 
UNIDADE Temática 2.2. Teoria da Oferta e da Demanda 
Unidade Temática 2.3. EXERCÍCIOS deste tema 
 
 
UNIDADE Temática 2.1.Introdução, Oferta e Demanda 
 
Introdução: 
Este capítulo apresenta uma revisão dos conceitos básicos sobre a 
oferta e a demanda. O tempo a ser gasto nesse capítulo depende do 
grau de profundidade da revisão que os alunos necessitam. O capítulo 
se diferencia da maioria dos livros-texto de microeconomia em nível 
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Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
16 
 
intermediário no que se refere ao tratamento dos conceitos básicos de 
oferta e demanda, que são discutidos e ilustrados através da análise de 
alguns dos principais mercados mundiais (trigo, gasolina e automóveis). 
As aplicações da teoria a situações reais contribuem de forma 
significativa para a compreensão dos conceitos teóricos. 
Os estudantes tem tido algumas dificuldades para compreender a 
análise de oferta e demanda. Uma das principais fontes de confusão 
refere-se à distinção entre movimentos ao longo da curva de demanda 
e deslocamentos da demanda. É importante discutir a hipótese de 
ceteris paribus, enfatizando que, ao representar uma função de 
demanda (através de um gráfico ou de uma equação), todas as demais 
variáveis são supostas constantes. Os movimentos ao longo da curva 
de demanda ocorrem apenas devido a mudanças no preço. Quando as 
demais variáveis mudam, a função de demanda se desloca. 
Pode ser útil discutir um exemplo em que a função de demanda 
dependa diretamente de outras variáveis além do preço do bem, tais 
como a renda e o preço de outros bens, de modo a mostrar aos 
estudantes que essas outras variáveis efectivamente afectam a função 
de demanda, estando "escondidas" no intercepto da função de 
demanda linear. 
Esse capítulo apresenta os conceitos de elasticidade-preço, 
elasticidaderenda e elasticidade cruzada; entretanto, pode-se 
postergar a discussão da elasticidade-renda e cruzada até o Capítulo 4, 
quando o tema da elasticidade da demanda será retomado. O conceito 
de elasticidade apresenta muitas dificuldades para os estudantes; por 
isso, é útil explicitar claramente as razões pelas quais uma empresa 
poderia estar interessada em estimar uma elasticidade. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 Aprofundar: os conhecimentos sobre a hipótese ceteris paribus; 
 Perceber: a teoria sobre a oferta e demanda de bens e serviços; 
 Distinguir: os movimentos ao longo da curva de demanda e deslocamentos da 
Objectivos demanda; 
Específicos  Perceber: os aspectos quantitativos da curva da demanda;  
Familiarizar-se:com os conceitos de elasticidade. 
2.2. A Teoria da Oferta e Demanda (Procura) 
A teoria da oferta e da demanda demonstra como as preferências dos 
consumidores determinam a demanda ou procura dos bens, enquanto 
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Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
17 
 
que, os custos das empresas são a base da oferta. Do equilíbrio entre a 
oferta e a demanda resulta o preço e a quantidade transaccionada de 
cada bem. 
 
2.2.1. Função da Demanda ou Curva da Demanda 
A curva da demanda informa-nos a quantidade que os consumidores 
desejam comprar à medida que muda o preço unitário. A relação 
existente entre o preço de um bem e a quantidade comprada desse bem 
é designada função da procura ou curva da procura, e representase 
analiticamente por: Qd = Qd(P) e graficamente por: 
 
 
Note que a curva de demanda nessa figura (D1 e D2) é descendente, 
mostrando que os consumidores, geralmente estão dispostos a 
comprar quantidades maiores se o preço está mais baixo. Por exemplo, 
um preço mais baixo pode estimular consumidores que já tenham 
adquirido tal mercadoria a consumir quantidades maiores. Além disso, 
pode permitir que outros consumidores, que antes não compravam 
este bem, se tornem aptos e comecem a compra-lo. 
A Lei da Demanda, que se sustenta na figura acima, diz que regra geral, 
o preço e a quantidade demandada num determinado mercado estão 
inversamente relacionados, ou seja, quanto mais alto for o preço de um 
produto, menos pessoas estarão dispostas ou poderão comprá-lo 
(mantendo-se o resto constante). 
Quando o preço de um bem aumenta/sobe, o poder de compra geral 
diminui (por exemplo, se o preço da gasolina duplica os consumidores 
D 1 D 2 
P 1 
P 2 
S 
Preço 
Quantidade de sorvete Q 1 = Q 2 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_compra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_compra
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Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
18 
 
ficam com menos rendimento e diminuem o consumo de gasolina e de 
outros bens. Este fenómeno é denominado de efeito rendimento), 
e os consumidores mudam para bens mais baratos (efeito substituição, 
por exemplo, quando aumenta o preço da carne de vaca os 
consumidores tendem a comprar mais carne de frango). 
 
 
 
2.2.1.1. Determinantes/Factores que influenciam a Curva da Demanda 
• Rendimento médio. Com o aumento do rendimento médio os 
indivíduos tendem a comprar mais de quase tudo, mesmo que 
os preços não se alterem; 
• Dimensão do mercado. Medida pela população influência de 
forma nítida a curva da procura. Mais indivíduos conduzem a um 
maior consumo; 
• Preços de bens relacionados. A procura de um dado bem tende 
a diminuir (aumentar) quando diminui (aumenta) o preço de 
bens substitutos; 
• Preferências. As preferências (gostos) dos consumidores 
representam uma variedade de influências culturais e históricas 
e afectam a curva da procura; e 
• Influências específicas. A procura de determinados bens é 
influenciada por factores específicos como seja a venda de 
chapéus de chuva em dias chuvosos. 
2.2.2. Função Oferta 
A curva da oferta informa-nos a quantidade de mercadoria que os 
produtores estão dispostos a vender a determinado preço, mantendose 
constantes quaisquer factores que possam afectar a quantidade 
ofertada, e representa-se analiticamente por: Qs = QS(P), e 
graficamente: 
 
 
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Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
19 
 
 
Expressão que é denominada função de oferta do bem x; a sua 
representação gráfica, mostrada a seguir, é denominada de curva do 
bem x. 
Px 
 
 
 
A oferta do bem x é uma curva ascendente da esquerda para a direita, 
mostrando que, quanto maior o preço, maior será a quantidade que os 
produtores desejarão oferecer no mercado. Assume-se que os 
produtores maximizam o lucro, o que significa que tentam produzir a 
quantidade que lhes irá dar o maior lucro possível. A oferta é 
tipicamente representada como uma relação diretamente proporcional 
entre preço e quantidade (mantendo-se o resto constante). Quanto 
maior for o preço pelo qual uma mercadoria pode ser vendida, mais 
produtores estarão dispostos a fornecê-la. O preço alto incentiva a 
produção. Em oposição, para um preço abaixo do equilíbrio, há uma 
falta de bens ofertados em comparação com a quantidade demandada 
pelo mercado. Isso faz com que o preço suba. 
2.2.2.1. Determinantes/ Factores que influenciam a curva da oferta 
• Tecnologia. O progresso tecnológico consiste nas alterações que 
diminuem a quantidade dos factores necessários para a mesma 
quantidade de produto; 
 
 
 
 
 
 
 Q x 
 
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20 
 
• Preço dos factores de produção. Quando o preço dos factores 
de produção diminui e o custo de produção é menor, a oferta 
aumenta; 
• Preços de bens relacionados.A oferta de um dado bem tende a 
aumentar (diminuir) quando diminui (aumenta) o preço de bens 
substitutos; 
• Política do governo. Os impostos e as políticas salariais podem 
fazer aumentar o custo dos factores de produção levando à 
contracção da oferta; 
• Influências específicas. A oferta de determinados bens é 
influenciada por factores específicos como seja o clima na 
agricultura. 
2.2.3. O equlibrio da Oferta e da Demanda 
O equilíbrio de mercado ocorre no preço em que a quantidade procurada é 
igual à quantidade oferecida. 
Num mercado concorrencial, este equilíbrio resulta da intersecção das 
curvas da oferta e da procura e nele não há tendência para o preço 
descer ou subir. 
O preço de equilíbrio é também designado por preço de fecho do 
mercado. Isto significa que todas as ordens de compra foram satisfeitas 
e a produção toda vendida, ou seja fecharam-se as posições de compra 
e de venda. 
 
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21 
 
 
 
QUESTÕES PARA REVISÃO 
1. Suponha que um clima excepcionalmente quente ocasione um 
deslocamento para a direita da curva de demanda de sorvete. Por que 
o preço de equilíbrio do sorvete aumentaria? 
Suponha que a curva de oferta se mantenha inalterada. 
O clima excepcionalmente quente causa um 
deslocamento para a direita da curva de demanda, 
gerando, no curto prazo, um excesso de demanda ao 
preço vigente. Os consumidores competirão entre si 
pelo sorvete, pressionando o preço para cima. O preço 
do sorvete aumentará até que a quantidade demandada 
e a quantidade ofertada sejam iguais. 
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22 
 
 
Figura 2.1 
2. Utilize as curvas de oferta e demanda para ilustrar de que 
forma cada um dos seguintes eventos afetaria o preço e a quantidade 
de manteiga comprada e vendida: 
a. Um aumento no preço da margarina. 
A maioria das pessoas considera a manteiga e a 
margarina bens substitutos. Um aumento no preço da 
margarina causará um aumento no consumo de 
manteiga, deslocando a curva de demanda de manteiga 
para a direita, de D1 para D2 na Figura 2.2.a. Esse 
deslocamento da demanda causará o aumento do preço 
de equilíbrio de P1 para P2 e da quantidade de equilíbrio 
de Q1 para Q2. 
 
Figura 2.2.a 
D 1 D 2 
P 1 
P 2 
S 
Preço 
Quantidade de sorvete Q 1 = Q 2 
D 1 D 2 
P 1 
P 2 
S 
Preço 
Quantidade de manteiga Q 1 Q 2 
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23 
 
b. Um aumento no preço do leite. 
O leite é o principalingrediente na fabricação da 
manteiga. Um aumento no preço do leite elevará o custo 
de produção da manteiga, deslocando a curva de oferta 
de manteiga para a esquerda, de S1 para S2 na Figura 
2.2.b. Isso resultará em um preço de equilíbrio mais alto, 
P2, de modo a cobrir os custos mais elevados de 
produção, e a uma menor quantidade de equilíbrio, Q2. 
 
 
Figura 2.2.b 
Observação: Dado que a manteiga é produzida a partir 
da gordura extraída do leite, a manteiga e o leite são, na 
verdade, produtos complementares. Levando em 
consideração tal relação, a resposta a essa questão será 
diferente. De fato, à medida que o preço do leite 
aumenta, a quantidade ofertada também aumenta. O 
aumento na quantidade ofertada de leite implica maior 
oferta de gordura para a produção de manteiga e, 
portanto, um deslocamento da curva de oferta de 
manteiga para a direita. Conseqüentemente, o preço da 
manteiga cai. 
 
c. Uma redução nos níveis de renda média. 
Suponha que a manteiga seja um bem normal. Uma 
redução no nível de renda média causa um 
D 
P 1 
P 2 
S 2 
Preço 
Quantidade de manteiga Q 1 Q 2 
S 1 
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deslocamento da curva de demanda de manteiga de D1 
para D2, causando a redução no preço de equilíbrio de P1 
para P2, e na quantidade de equilíbrio de Q1 para Q2. Veja 
a Figura 
2.2.c. 
Price 
 
 
Figura 2.2.c 
3. Explique por que, no caso de muitas mercadorias, a 
elasticidadepreço de longo prazo da oferta é maior do que a 
elasticidade de curto prazo. 
A elasticidade da oferta é a variação percentual na 
quantidade ofertada dividida pela variação percentual 
no preço. Um aumento no preço 
leva à elevação da quantidade ofertada pelas empresas. 
Em certos mercados, algumas empresas são capazes de 
reagir rapidamente, e com custos baixos, a mudanças no 
preço; outras empresas, porém, não conseguem reagir 
com a mesma rapidez, devido a restrições de capacidade 
produtiva no curto prazo. As empresas com restrição de 
capacidade no curto prazo apresentam elasticidade da 
oferta mais baixa que as demais; entretanto, no longo 
prazo, todas as empresas conseguem aumentar sua 
produção, de modo que a elasticidade agregada de longo 
prazo tende a ser maior que n curto prazo. 
D 1 
P 1 
P 2 
S 
Quantity of Butter Q 1 Q 2 
D 2 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
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25 
 
4. Suponha que o governo regulamente os preços da carne 
bovina e do frango, tornando-os mais baixos do que seus respectivos 
níveis de equilíbrio de mercado. 
Explique por que ocorreria escassez dessas mercadorias e quais os 
fatores que determinarão a magnitude dessa escassez. O que deverá 
ocorrer com o preço da carne de porco? Explique resumidamente. 
Quando o preço de um bem é fixado abaixo do nível de 
equilíbrio, a quantidade que as empresas estão dispostas 
a ofertar é menor do que a quantidade que os 
consumidores desejam adquirir. A magnitude do 
excesso de demanda depende das elasticidades relativas 
da demanda e da oferta. Se, por exemplo, ambas a 
oferta e a demanda são elásticas, a escassez é maior do 
que no caso de ambas serem inelásticas. Dentre os 
fatores que determinam tais elasticidades e, portanto, 
influenciam o excesso de demanda, cabe destacar a 
disposição dos consumidores a comer menos carne e a 
capacidade dos agricultores de mudar a quantidade 
produzida. 
 
O racionamento é comum em situações caracterizadas 
por excesso de demanda, nas quais alguns consumidores 
não conseguem adquirir as quantidades desejadas. Os 
consumidores com demanda insatisfeita tentarão 
adquirir produtos substitutos, aumentando a demanda e 
os preços de tais produtos. Assim, face à fixação dos 
preços da carne bovina e do frango abaixo do nível de 
equilíbrio, o preço da carne de porco deve aumentar. 
 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática estudamos e discutimos fundamentalmente os 
aspectos relacionados com a oferta e demanda de bens e serviços, os 
determinantes do movimento da curva da oferta e procra e a 
elasticidade. 
A análise da oferta e demanda é uma ferramenta básica da 
microeconomia. Em mercados competitivos, as curvas da oferta e da 
demanda nos informam a quantidade que deverá ser produzida pelas 
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empresas e a quantidade que será demandada pelos consumidores em 
função do preço. 
 
 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
1. O leite torna-se mais barato e seu consumo 
aumenta. Paralelamente, o consumidor diminui sua 
demanda de chá. Leite e chá são bens: 
a) Complementares. 
b) Substitutos. 
c) Independentes. 
d) Inferiores. 
e) De Giffen. 
 
2. Para fazer distinção entre oferta e quantidade 
ofertada, sabemos que: 
a) A oferta refere-se a alterações no preço do bem; e a quantidade ofertada, a 
alterações nas demais variáveis que afectam a oferta. 
b) A oferta refere-se a variações a longo prazo; e a quantidade ofertada, a 
mudança de curto prazo. 
c) A quantidade ofertada só varia em função de mudanças no preço do próprio 
bem, enquanto a oferta varia quando ocorrerem mudanças nas demais variáveis 
que afectam a oferta do bem. 
d) Não há diferença entre alterações na oferta e na quantidade ofertada. 
e) Nenhuma das alternativas está correcta. 
 
 
3. Assinale a alternativa correta, coeteris paribus: 
a) Um aumento da oferta diminui o preço e aumenta a quantidade demandada 
do bem. 
b) Uma diminuição da demanda aumenta o preço e diminui a quantidade 
ofertada e demandada do bem. 
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27 
 
c) Um aumento da demanda aumenta o preço e diminui a oferta 
d) Um aumento da demanda aumenta o preço, a quantidade demandada e a 
oferta do bem. 
e) Todas as respostas anteriores estão erradas. 
 
4. O aumento do poder aquisitivo, basicamente determinado pelo crescimento da 
renda disponível da colectividade, poderá provocar a expansão da procura de 
determinado produto. Evidentemente, o preço de equilíbrio: 
a) Deslocar-se-á da posição de equilíbrio inicial para um nível mais alto, se não 
houver possibilidade da expansão da oferta do produto. 
b) Cairá do ponto inicial para uma posição mais baixa, se a oferta do produto 
permanecer inalterada. 
c) Permanecerá inalterado, pois as variações de quantidades procuradas se 
realizam ao longo da curva inicialmente definida. 
d) Permanecerá inalterado, pois as variações de quantidades ofertadas se 
realizam ao longo da curva inicialmente definida. e) Nenhuma das alternativas 
está correcta. 
 
5. O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado: 
a) Pela demanda de mercado dessa mercadoria. 
b) Pela oferta de mercado dessa mercadoria. 
c) Pelo balanceamento das forças de demanda e oferta da mercadoria. 
d) Pelos custos de produção. 
e) Nenhuma das alternativas está correcta. 
 
6. Uma mercadoria que é demandada em quantidades maiores, quando a renda do 
consumidor cai, é um: 
a) Bem normal. 
b) Bem inferior. 
c) Bem complementar. 
d) Bem substituto. 
e) Nenhuma das alternativas está correcta. 
 
7. Assinale a alternativa correta: 
a) A curva de procura mostra como variam as compras dos consumidores quando 
variam os preços. 
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28 
 
b) Quando varia o preço de um bem, coeteris paribus, varia a demanda. 
c) A demanda depende basicamente do preço de mercado. As outras variáveis 
são menos importantes e supostas constantes. 
d) A quantidade demandadavaria inversamente ao preço do bem, coeteris 
paribus. 
 
 8. O equilíbrio de mercado de um bem é determinado: 
a) Pelos preços dos factores utilizados na produção do bem. 
b) Pela demanda de mercado do produto. 
c) Pela oferta de mercado do produto. 
d) Pelas quantidades de factores utilizados na produção do bem. 
e) Pelo ponto de intersecção das curvas de demanda e da oferta do 
produto. 
 
9. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, 
respectivamente, pelas seguintes equações: 
Qs = 48 + 10P 
Qd = 300 – 8P 
onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade 
procurada e o preço do produto. A quantidade transaccionada nesse mercado, 
quando ele estiver em equilíbrio, será: a) 2 unidades. 
b) 188 unidades. 
c) 252 unidades. 
d) 14 unidades. 
e) 100 unidades. 
 
10. Uma curva de procura exprime-se por p = 10 – 0,2q onde p representa o preço 
e q a quantidade. O mercado encontra-se em equilíbrio ao preço p = 2. O preço 
varia para p = 2,04, e, tudo o mais mantido constante, a quantidade equilibra-se 
em q = 39,8. A elasticidade-preço da demanda ao preço inicial de mercado é: a) 
0,02 
b) 0,05 
c) – 0,48 
d) – 0,25 
e) 0,25 
 
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29 
 
 
 11. Aponte a alternativa correta: 
a) Quando o preço aumenta, a receita total aumenta, se a demanda for elástica, 
coeteris paribus. 
b) Quando o preço aumenta, a receita total diminui, se a demanda for inelástica, 
coeteris paribus. 
c) Quedas de preço de um bem redundarão em quedas da receita dos produtores 
desse bem, se a demanda for elástica, coeteris paribus 
d) Quedas de preço de um bem redundarão em aumentos de receita dos produtores 
desse bem, se a demanda for inelástica, coeteris paribus. e) Todas as alternativas 
anteriores são falsas. 
12. Se a curva de procura for de um tipo em que a redução de 10% no preço 
provoca um aumento de 5% na quantidade de mercadoria que o público adquire, 
nessa região da curva, a procura em relação ao preço será: a) Elástica. 
b) Unitariamente elástica. 
c) Infinitamente elástica. 
d) Inelástica, embora não perfeitamente. 
e) Totalmente inelástica ou anelástica. 
13. A elasticidade-renda da demanda é o quociente das variações percentuais entre: 
a) Renda e preço. 
b) Renda e quantidade demandada. 
c) Quantidade e preço. 
d) Quantidade e renda. 
e) Quantidade e preço de um bem complementar. 
 
14. Se uma empresa quer aumentar seu facturamento e a demanda do produto é 
elástica, ela deve: 
Resposta: diminuir seu preço. Se a demanda do produto é elástica, a quantidade 
demandada tem variação percentual de magnitude maior que a variação 
percentual do preço. Dessa forma, a receita total seguirá o sentido da quantidade, 
pois esta influirá mais na mudança da receita quando houver mudança do preço. 
Assim, se o preço cair, a quantidade demandada aumentará (em percentual maior 
que o preço) e a receita total aumentará. A resposta a não é correta, pois um 
aumento de preço levaria a uma queda da quantidade demandada e da receita 
total. 
 
Exercícios de AVALIAÇÃO 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
30 
 
1. enuncie a lei da oferta e da demanda. 
2. Utilize as curvas de oferta e demanda para 
ilustrar de que forma cada um dos 
seguintes eventos afectaria o preço e a 
quantidade de manteiga comprada e 
vendida: 
a. Um aumento no preço da margarina. 
b. Um aumento no preço do leite. 
c. Uma redução nos níveis de renda média. 
3. Uma curva de procura exprime-se por p = 10 – 0,2q onde p 
representa o preço e q a quantidade. O mercado encontra-se em 
equilíbrio ao preço p = 2. O preço varia para p = 2,04, e, tudo o mais 
mantido constante, a quantidade equilibra-se em q = 39,8. Qual é a 
elasticidade-preço da demanda ao preço inicial de mercado? 
 
TEMA – III: TEORIA DO CONSUMIDOR. 
UNIDADE Temática 3.1.Introdução, Comportamento do Consumidor 
UNIDADE Temática 3.2. Escolha óptima: a maximização do bem-estar 
UNIDADE Temática 3.3. EXERCÍCIOS deste tema 
 
UNIDADE Temática 3.1.Introdução, Comportamento do Consumidor 
 
Introdução: 
O Capítulo 3 fornece a base a partir da qual será derivada a curva de 
demanda no Capítulo 4. Para que os estudantes sejam capazes de 
entender a teoria da demanda, eles devem dominar os conceitos de 
curvas de indiferença, taxa marginal de substituição, linha do 
orçamento, e escolha óptima do consumidor. É possível discutir as 
escolhas do consumidor sem aprofundar-se nos detalhes da teoria da 
utilidade. Para muitos estudantes, as funções de utilidade são um 
conceito mais abstrato do que as relações de preferência. 
A explicação do conceito de utilidade flui naturalmente a partir da 
discussão das curvas de indiferença. Apesar de tratar-se de um conceito 
abstrato, é possível transmitir a essência desse conceito em tempo 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
31 
 
relativamente curto. Para tanto, pode-se partir da observação de que o 
objetivo dos consumidores é maximizar sua utilidade sujeito a uma 
restrição orçamentária. 
Quando um consumidor vai a uma loja, escolhe a cesta de produtos 
preferida dentre aquelas que pode adquirir. A partir disso, pode-se 
derivar a curva de demanda. É importante ressaltar que, para o 
consumidor, o que importa é a ordenação relativa entre as várias 
possíveis cestas de produtos, e não o valor absoluto da utilidade, que 
não tem qualquer significado. Por fim, outro conceito fundamental é a 
taxa à qual os consumidores estão dispostos a trocar mercadorias (a 
taxa marginal de substituição), que depende da satisfação relativa 
derivada do consumo de cada mercadoria. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 Entender e aprofundar: os conhecimentos sobre a teoria da demanda; 
 Perceber: os conceitos de curva de indiferenças; 
 
Objectivos  Familiarizar-se com os conceitos da taxa marginal de substituição; linha do Específicos 
orçamento e escolha óptima do consumidor. 
 
 3.2. Escolha óptima: a maximização do bem-estar 
As necessidades dos seres humanos são insaciáveis, uma vez que 
nem todas podem ser satisfeitas inteiramente. Adicionalmente, a 
plena satisfação do consumidor é bloqueada por seu limitado poder 
de compra. Na realidade, a maioria das pessoas deseja muitas coisas 
que não pode adquirir. Assim, os consumidores devem escolher 
entre bens que necessitam ter e os que podem ficar fora de seu plano 
de consumo. Todavia, o consumidor realiza um esforço bastante 
grande no sentido de maximizar seu bem-estar, e é esse 
comportamento que a teoria econômica procura explicar, definindo 
a escolha óptima do consumidor, ou seja, a escolha que permita a 
execução de um plano de consumo, que leve ao mais alto nível de 
bem-estar ou de satisfação (ou ainda utilidade), compatível com o 
orçamento disponível para gastos. 
 
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32 
 
Para explicar o mecanismo desse comportamento, a teoria 
económica sustenta-se em conceitos e hipóteses da Teoria Ordinal 
do Comportamento do Consumidor, tais como: os conceitos de 
tabela de indiferença, curva de Indiferença, taxa marginal de 
substituição e restrição orçamentária. Em uma Tabela de Indiferença 
estão colocadas infinitas combinações 
possíveis entre dois bens, igualmente desejáveis ao consumidor, 
porque todas elas lhe propiciam a mesma satisfação, de tal forma 
que, para ele, é indiferente a escolha de qualquer uma. 
 
O facto de se considerar apenas dois bens deriva da hipótese da 
existência de um consumidorque possui um plano de consumo 
constituído por apenas dois bens, que tenham entre si certo grau de 
substutibilidade. É uma hipótese bastante simplificadora, porém 
conveniente para maior facilidade de compreensão do mecanismo 
de ajuste. Tomemos um exemplo numérico para facilitar a percepção 
do conceito de tabela de indiferença. A figura abaixo apresenta uma 
lista de combinações dos bens X e Y, todas desejadas pelo 
consumidor. 
 
Tabela de indiferença 
 
X Y 
10 0 
7 1 
5 4 
4 4 
 
As combinações entre os bens são: 10 unidades de X e 0 de Y; 7 
unidades de X e 1 de Y e assim sucessivamente. A disposição das 
quantidades de X e Y está de tal forma que o consumidor não 
manifesta preferência por nenhuma das combinações. É indiferente 
a todas elas porque todas são igualmente desejáveis; sente-se 
igualmente bem ao escolher qualquer uma das combinações 
existentes. Todavia, percebe-se claramente que, embora todas as 
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Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
33 
 
combinações possam ser indiferentes ao consumidor, a participação 
dos bens X e Y em cada uma delas é indiferente. Na primeira 
combinação existem 10 unidades de X e nenhuma de Y; na segunda 
combinação já existem 7 unidades de X e uma unidade de Y. Todavia, 
para o consumidor, ambas as combinações são indiferentes. Como 
ajustar os desejos do consumidor e as quantidades dos bens? 
Vejamos: se a combinação 7 unidades de X e 1 unidade de Y é 
indiferente à combinação 10 unidades de X e zero de Y, é porque 
para o consumidor a perda de 3 
unidades de X é perfeitamente compensada em termos subjetivos 
de bem-estar pelo ganho de uma unidade de Y. Assim, ao passar de 
uma combinação para outra, seu nível de bem-estar não muda, 
embora seu patrimônio se modifique em termos das quantidades 
possuídas de cada um dos bens. 
 
Vê-se, assim, que só é possível manter o nível de bem-estar 
constante quando houver uma perfeita compensação entre a 
quantidade do bem que se reduz e a quantidade do bem que 
aumenta na nova combinação. Em outras palavras, para que se 
mantenha o nível de bem-estar constante, é necessário que haja 
uma perfeita compensação subjetiva de satisfação, provocada pela 
redução da participação de X e o ganho subjetivo de satisfação 
decorrente do aumento da participação de X, e o ganho subjetivo de 
satisfação decorrentes do aumento da participação de Y na nova 
combinação. 
A necessidade de compensação entre perdas e ganhos subjetivos de 
satisfação, quando as combinações entre os bens são modificadas, 
leva a outro conceito importante da Teoria Ordinal do Consumidor: 
o conceito de Taxa Marginal de Substituição entre os bens. 
 
Pode-se definir como a taxa marginal de substituição2 (TMS) entre 
os bens, a variação necessária da quantidade de um deles, que 
compense a variação da quantidade do outro, para que o nível de 
bem-estar mantenha-se constante. Vê-se, assim, que a taxa marginal 
de substituição vai sempre relacionar duas variações, uma delas 
 
2 Vide: Salvatore, (1981, p. 94). 
 
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Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
34 
 
representando um decréscimo da participação de um dos bens e a 
outra representando um acréscimo da participação de outro bem. 
 
Podemos representar a TMS da seguinte forma: TMS = -X / +Y 
onde: 
-X: decréscimo da participação de X na combinação. 
+Y: acréscimo da participação de Y na combinação. 
 
Isso significa que a TMS é decrescente. De facto, esse comportamento 
pode ser visto na figura abaixo. 
 
Tabela de comportamento da TMS 
Bem X -
X 
Bem Y +Y TMS = -X 
 +Y 
10 0 
 3 1 - 3 
7 1 
 2 1 - 2 
5 2 
 1 1 - 1 
4 4 
Uma curva de indiferença é a representação gráfica de uma tabela de 
indiferença. Utilizando, entretanto, uma linguagem mais técnica, 
podemos definir a curva de indiferença como uma linha em que todos 
os pontos representam combinações de dois bens que proporcionam 
ao consumidor o mesmo nível de satisfação, bem-estar ou ainda 
utilidade. Admitindo que o plano de consumo do consumidor seja 
representado por diversas curvas de indiferença, identificando sua 
escala de preferências, passa-se ao conceito de mapa de indiferença 
como nos mostra a figura abaixo, isto é, um conjunto de curvas de 
indiferença, representando cada uma um dado nível de bem estar ou 
de utilidade usufruído pelo consumidor. 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
35 
 
Y 
 
X 
 
 
A escolha óptima do consumidor será aquela que permite que ele 
maximize seu bem-estar ou de satisfação, respeitadas as limitações do 
orçamento disponível para gastos. A teoria microeconomica considera 
que, quando o consumidor realiza sua escolha óptima e, 
conseqüentemente, adquire quantidades dos bens que lhe 
proporcionam satisfação máxima, dentro dos limites do orçamento, 
está em equilíbrio, e é o chamado Equilíbrio do Consumidor. 
 
Para a determinação desse equilíbrio, é necessário que se introduza na 
análise, além da parte subjectiva Satisfação, bem-estar, utilidade 
Também a parte objectiva, isto é, os preços das mercadorias e o 
orçamento que o consumidor dispõe para gastos. O instrumento 
teórico, passível de representação gráfica, e que permite sintetizar as 
informações sobre o orçamento do consumidor e sobre o preço dos 
bens, é denominado linha de preços, linha de orçamento ou ainda 
restrição orçamentária o que pode ser observado na figura baixo. 
 
Restrição Orçamentária 
 
U 0 
U 1 
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36 
 
 
 Q2 
 
Podemos definir linha de preços como uma linha que representa as 
quantidades dos bens que o consumidor pode comprar, 
combinadamente, gastando toda a sua renda, dados os preços e dada a 
renda disponível para consumo num dado momento. 
 
Graficamente, é possível representar o equilíbrio do consumidor 
lançando mão das ferramentas já descritas anteriormente: as Curvas de 
Indiferença e a Restrição Orçamentária. 
 
 
QUESTÕES PARA REVISÃO 
1. O que significa o termo transitividade de preferências? 
A transitividade de preferências significa que, se 
alguém prefere A em relação a B, e B em relação a C, 
então essa pessoa prefere A em relação a C. 
2. Suponha que um determinado conjunto de curvas de indiferença 
não possua inclinação negativa. O que você pode dizer a respeito de 
quão desejáveis são essas duas mercadorias? 
Uma das principais hipóteses da teoria das preferências 
é que quantidades maiores dos bens são preferidas a 
quantidades menores. Logo, se a quantidade consumida 
de um bem diminui, os consumidores devem obter um 
menor nível de satisfação. Esse resultado implica 
necessariamente curvas de indiferença negativamente 
inclinadas. No entanto, se uma mercadoria é indesejável, 
o consumidor estará em melhor situação ao consumir 
quantidades menores da mercadoria; por exemplo, 
menos lixo tóxico é preferível em relação a mais lixo. 
Quando uma mercadoria é indesejável, as curvas de 
 Q1 
 
 
 
 
 
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Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
37 
 
indiferença que mostram o dilema entre aquela 
mercadoria e a mercadoria desejável apresentam 
inclinações positivas. Na Figura 3.2 abaixo, a curva de 
indiferença U2 é preferida à curva de indiferença U1. 
 
 
Figura 3.2 
 
 
3. Explique a razãopela qual duas curvas de indiferença não podem se 
interceptar. 
A resposta pode ser apresentada mais facilmente 
com a ajuda de um gráfico como o da Figura 3.3, que 
mostra duas curvas de indiferença se interceptando no 
ponto A. 
A partir da definição de uma curva de indiferença, 
sabemos que um consumidor obtém o mesmo nível de 
utilidade em qualquer ponto sobre uma determinada 
curva. Nesse caso, o consumidor é indiferente entre as 
cestas A e B, pois ambas estão localizadas sobre a curva 
de indiferença U1. Analogamente, o consumidor é 
indiferente entre as cestas A e C porque ambas estão 
localizadas sobre a curva de indiferença U2. A 
propriedade de transitividade das preferências implica 
que tal consumidor também devera ser indiferente entre 
C e B. No entanto, de acordo com o gráfico, C está situada 
acima de B, de modo que C deve ser preferida a B. Assim, 
Bem Y 
Lixo tóxico 
Pontos 
preferidos 
U 2 
U 1 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
38 
 
está provado que duas curvas de indiferença não podem 
se interceptar. 
 
 
Figura 3.3 
4. Explique por que a taxa marginal de substituição de uma pessoa 
entre duas mercadorias deve ser igual à razão entre os preços das 
mercadorias para que o consumidor possa obter satisfação máxima. 
A TMS representa a taxa à qual o consumidor está 
disposto a trocar uma mercadoria por outra de modo a 
manter seu nível de satisfação inalterado. A razão entre 
os preços representa a troca que o mercado está 
disposto a realizar entre as duas mercadorias. A 
tangência de uma curva de indiferença com a linha do 
orçamento representa o ponto no qual as duas taxas são 
iguais e consumidor obtém satisfação máxima. Se a TMS 
entre duas mercadorias não fosse igual à razão entre os 
preços, o consumidor poderia trocar uma mercadoria 
pela outra aos preços de mercado, de modo a obter 
níveis de satisfação mais elevados. Esse processo 
continuaria até que o nível de satisfação mais alto 
possível fosse atingido. 
 
5. Explique por que os consumidores provavelmente estariam em 
piores condições de satisfação quando um produto que eles 
consomem fosse racionado. 
Bem Y 
Bem X 
A 
C 
B 
U 
1 
U 
2 
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Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
39 
 
Se a quantidade máxima de uma mercadoria for fixada 
por lei em nível inferior à quantidade desejada, nada 
garante que o mais alto nível de satisfação possível possa 
ser alcançado. De fato, o consumidor não será capaz de 
obter maiores quantidades da mercadoria racionada 
através da redução do consumo de outras mercadorias. 
O consumidor só conseguirá maximizar sua utilidade sem 
restrição no caso em que a quantidade máxima for fixada 
em nível acima do desejado. (Observação: o 
racionamento pode causar maior nível de bem-estar 
social, por razões de eqüidade ou justiça entre os 
consumidores.) 
7. Descreva o princípio da igualdade marginal. Explique por que 
esse princípio não se mantém se uma utilidade marginal crescente 
estiver associada ao consumo de uma ou ambas as mercadorias. 
De acordo com o princípio da igualdade marginal, para 
que o grau máximo de satisfação seja obtido é necessário 
que a razão entre utilidade marginal e preço seja igual 
para todas as mercadorias. A linha de raciocínio é a 
mesma apresentada na Questão para Revisão No. 5. 
Parte-se do fato de que a utilidade é maximizada quando 
o orçamento é alocado de modo a igualar, para todas as 
mercadorias, a utilidade marginal por dólar gasto. 
Se a utilidade marginal é crescente, o consumidor 
maximiza sua satisfação consumindo quantidades cada 
vez maiores da mercadoria. Isso significa que, supondo 
preços constantes, o consumidor acabaria gastando toda 
sua renda com uma única mercadoria. Teríamos, então, 
uma solução de canto, na qual o princípio da igualdade 
marginal não pode valer. 
8. Qual é a diferença entre utilidade ordinal e utilidade cardinal? 
Explique por que a suposição de utilidade cardinal não se faz 
necessária para a ordenação das preferências do consumidor. 
A utilidade ordinal implica um ordenamento das 
alternativas que não leva em consideração a intensidade 
das preferências. Essa abordagem permite, por exemplo, 
afirmar que a primeira escolha do consumidor é 
preferida à segunda escolha, mas não especifica quão 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
40 
 
preferível é a primeira opção. A utilidade cardinal implica 
que a intensidade das preferências pode ser 
quantificada. Uma classificação ordinal é suficiente para 
ordenar as escolhas do consumidor de acordo com suas 
preferências. Não é necessário saber quão intensamente 
 um consumidor prefere a cesta A à cesta B; é suficiente 
saber que A é preferida a B. 
 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática estudamos e discutimos fundamentalmente as 
percepções sobre o comportamento do consumidor. A maximização da 
utilidade, sujeita à restrição orçamentária é o objectivo de qualquer 
consumidor racional, que estão disposto a trocar mercadorias, sempre 
que a satisfação derivada do consumo dos mesmos aumentar o seu 
bem-estar. 
 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Neste capítulo, não foram consideradas mudanças nas preferências 
do consumidor por diversas mercadorias. Todavia, em determinadas 
situações, as preferências devem se modificar à medida que ocorre o 
consumo. Discuta por que e como as preferências poderiam se alterar 
ao longo do tempo tendo por referência o consumo das seguintes 
mercadorias: 
 a. Cigarros 
A hipótese de preferências constantes é razoável se as 
escolhas do consumidor são independentes no tempo. 
Mas essa hipótese não é válida nas situações em que o 
consumo do bem envolve a 
criação de hábitos ou vícios, como no caso dos cigarros: 
o consumo de cigarros em um período influencia seu 
consumo nos períodos seguintes. 
 b. Jantar pela primeira vez em um restaurante de culinária típica 
Jantar pela primeira vez em um restaurante diferente 
não envolve nenhum vício do ponto de vista físico, mas, 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano 
Disciplina/Módulo:Microeconomia 
 
41 
 
ao propiciar ao consumidor maiores informações sobre 
o restaurante em questão, influencia suas escolhas nos 
períodos subseqüentes. O consumidor pode gostar de 
jantar sempre em restaurantes diferentes, que ainda não 
conheça, ou então pode estar cansado de fazê-lo. 
Em ambos os casos, as preferências mudam à medida 
que ocorre o consumo. 
2. Desenhe as curvas de indiferença para as seguintes preferências de 
um consumidor por duas mercadorias: hambúrguer e cerveja. 
a. Alex gosta de cerveja, porém detesta hambúrgueres. Ele 
sempre prefere consumir mais cerveja, não importando 
quantos hambúrgueres possa ter. 
Para Alex, os hambúrgueres são um “mal.” As suas 
curvas de indiferença apresentam inclinação positiva em 
vez de negativas. Para Alex, U1 é preferida a U2 e U2 é 
preferida a U3. Veja a figura 3.2a. Se os hambúrgueres 
fossem um bem neutro, as curvas de indiferença seriam 
verticais e a utilidade cresceria à medida que nos 
movêssemos para a direita e mais cerveja fosse 
consumida. 
b. Betty mostra-se indiferente entre cestas que contenham três 
cervejas ou dois hambúrgueres. Suas preferências não se 
alteram à medida que consome maior quantidade de qualquer 
uma das duas mercadorias. 
Dado que Betty é indiferente entre três cervejas e dois 
hambúrgueres, existe uma curva de indiferença ligando 
esses dois pontos. As curvas de indiferença de Betty são 
um conjunto de linhas paralelas com inclinação de 23. 
Veja a figura 3.2b. 
c. Chris come um hambúrguer e em seguida toma uma cerveja.

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