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Meio ambiente – 1 
 
Organizadores 
 
Fernando Sérgio Okimoto 
Iracimara de Anchieta Messias 
Edilson Ferreira Flores 
 
 
 
Colaboradores 
 
Cláudio Antonio Di Mauro 
Renata Ribeiro de Araújo 
Leonice Seolin Dias 
 
 
 
 
MEIO AMBIENTE 
conceitos e práticas aplicadas a recursos hídricos 
 
 
 
 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANAP 
Tupã/SP 
2020 
2 
 
EDITORA ANAP 
Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista 
Pessoa de Direito Privado Sem Fins Lucrativos, fundada em 14 de setembro de 2003. 
Rua Bolívia, nº 88, Jardim América, Cidade de Tupã, São Paulo. CEP 17.605-310. 
Contato: (14) 99808-5947 
www.editoraanap.org.br 
www.amigosdanatureza.org.br 
editora@amigosdanatureza.org.br 
 
Editoração e Diagramação da Obra: Leonice Seolin Dias; Sandra Medina Benini 
Revisão de Português: Smirna Cavalheiro 
Fotografia da capa: Paisagem em Caiobá – Matinhos/PR: Seolin Dias (2020) 
Designer da capa: José Soares de Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice para catálogo sistemático 
Brasil: Geografia
Meio ambiente – 3 
 
Conselho Editorial Interdisciplinar Permanente 
 
Prof. Dr. Adeir Archanjo da Mota – UFG 
Prof. Dr. Adriano Amaro de Sousa – FATEC 
Profa. Dra. Alba Regina Azevedo Arana – UNOESTE 
Prof. Dr. Alessandro dos Santos Pin – Centro Un. Goiatuba 
Prof. Dr. Alexandre Carneiro da Silva – IFAC 
Prof. Dr. Alexandre França Tetto – UFPR 
Prof. Dr. Alexandre Gonçalves – Centro Un. UMEPAC 
Prof. Dr. Alexandre Sylvio Vieira da Costa – UFVJM 
Prof. Dr. Alfredo Zenen D. González – UNEMAT 
Profa. Dra. Alina Gonçalves Santiago – UFSC 
Profa. Dra. Aline Werneck Barbosa de Carvalho – UFV 
Profa. Dra. Ana Klaudia de Almeida V. Perdigão – UFPA 
Profa. Dra. Ana Lúcia de Jesus Almeida – UNESP/PP 
Profa. Dra. Ana Lúcia Reis M. Fernandes da Costa – IFAC 
Profa. Dra. Ana Paula B. do Nascimento – UNINOVE 
Profa. Dra. Ana Paula Fracalanza – USP 
Profa. Dra. Ana Paula Novais Pires – UFG/Catalão 
Profa. Dra. Ana Paula Santos de Melo Fiori – IFAL 
Prof. Dr. André de Souza Silva – UNISINOS 
Profa. Dra. Andrea Holz Pfützenreuter – UFSC 
Prof. Dr. Antonio Carlos Pries Devide – APTA/SAA 
Prof. Dr. Antonio Cezar Leal – UNESP/Pres. Prudente 
Prof. Dr. Antonio Fábio Sabbá G. Vieira – UFAM 
Prof. Dr. Antonio Marcos dos Santos – UPE 
Prof. Dr. Antônio Pasqualetto – PUC/ Goiás e UFG 
Prof. Dr. Antonio Soukef Júnior - UNIVAG 
Profa. Dra. Arlete Maria Francisco – UNESP/Pres. Prudente 
Prof. Dr. Aurélio Bandeira Amaro – IFSP 
Profa. Dra. Beatriz Ribeiro Soares – UFU 
Prof. Dr. Carlos Andrés Hernández Arriagada – MICAP 
Prof. Dr. Carlos Eduardo Fortes Gonzalez - UTFPR 
Profa. Dra. Carmem Silvia Maluf – UNIUBE 
Profa. Dra. Cássia Regina M. Meirelles – MAKENZIE 
Profa. Dra. Célia Regina Moretti Meirelles – UPM 
Prof. Dr. Cesar Fabiano Fioriti – FCT/UNESP 
Prof. Dr. César Gustavo da Rocha Lima – UNESP 
Prof. Dr. Christiano Peres Coelho – UF Jatai 
Profa. Dra. Cibele Roberta Sugahara – PUC 
Prof. Dr. Cledimar Rogério Lourenzi – UFSC 
Profa Dra. Cristiane Miranda Martins – IFTO 
Prof. Dr. Daniel Sant’Ana – UnB 
Profa Dra. Daniela de Souza Onça – FAED/UESC 
Prof. Dr. Darllan Collins da Cunha e Silva – UNESP 
Profa. Dra. Dayana Ap. M. de Oliveira Cruz – UFSCAR 
Profa. Dra. Denise Antonucci – UPM 
Profa. Dra. Diana da Cruz Fagundes Bueno – UNITAU 
Prof. Dra. Edilene Mayumi M. Takenaka – FATEC 
Prof. Dr. Edson Leite Ribeiro – UNIEURO 
Prof. Dr. Eduardo Salinas Chávez – UFMS/Un. de Havana 
Prof. Dr. Eduardo Vignoto Fernandes – UFG/Jataí 
Prof. Dr. Edvaldo Cesar Moretti – UFGD 
Profa. Dra. Eliana Corrêa A. de Mattos – UNICAMP 
Profa. Dra. Eloisa Carvalho de Araújo – UFF 
Profa. Dra. Eneida de Almeida – USJT 
Prof. Dr. Erich Kellner – UFSCar 
Prof. Dr. Eros Salinas Chàvez – UFMS/Aquidauana 
Profa. Dra. Fátima Ap. da SIlva Iocca – UNEMAT 
Prof. Dr. Felippe Pessoa de Melo – Centro Un. AGES 
Profa. Dra. Fernanda Silva Graciani – UFGD 
Prof. Dr. Fernando Sérgio Okimoto – UNESP 
Profa. Dra. Flávia Akemi Ikuta – UFMS 
Profa. Dra. Flávia Maria de Moura Santos – UFMT 
Profa. Dra. Flávia Rebelo Mochel – UFMA 
Prof. Dr. Francisco Marques Cardozo Júnior – UESPI 
Prof. Dr. Frederico Braida Rodrigues de Paula – UFJF 
Prof. Dr. Frederico Canuto – UFMG 
Prof. Dr. Frederico Yuri Hanai - UFSCAR 
Prof. Dr. Gabriel Luis Bonora Vidrih Ferreira – UEMS 
Profa. Dra. Geise Brizotti Pasquotto – USP 
Profa. Dra. Gelze Serrat de S. Campos Rodrigues – UFU 
Prof. Dr. Generoso de Angelis Neto – UEM 
Prof. Dr. Geraldino Carneiro de Araújo – UFMS 
Prof. Dr. Gilivã Antonio Fridrich – Faculdade DAMA 
Prof. Dr. Glauco de Paula Cocozza – UFU 
Profa. Dra. Iracimara de Anchieta Messias – FCT/UNESP 
Profa. Dra. Irani Lauer Lellis – UFOPA 
Profa. Dra. Isabel C. Moroz Caccia Gouveia – FCT/UNESP 
Profa. Dra Jakeline Aparecida Semechechem – UENP 
Profa. Dra. Jakeline Santos Cochev da Cruz – SEDUC/MT 
Profa. Dra. Janete Facco – Rede Estadual SC 
Prof. Dr. João Adalberto Campato Jr. – Univ. Brasil 
Prof. Dr. João Cândido André da Silva Neto – UEA 
Prof. Dr. João Carlos Nucci – UFPR 
Prof. Dr. João Paulo Peres Bezerra – UFFS 
Prof. Dr. João Roberto Gomes de Faria – FAAC/UNESP 
Prof. Dr. José Mariano Caccia Gouveia – UNESP 
Prof. Dr. José Queiroz de Miranda Neto – UFPA 
Prof. Dr. José Seguinot – Universidad de Puerto Rico 
Profa. Dra. Josinês Barbosa Rabelo – UFPE 
Profa. Dra. Jovanka B. Cavalcanti Scocuglia – UFPB 
Profa. Dra. Juliana de O. Vicentini – Acessora Acadêmica 
Profa. Dra. Juliana Heloisa Pinê Américo-Pinheiro – FEA 
Prof. Dr. Junior Ruiz Garcia - UFPR 
Profa. Dra. Karin Schwabe Meneguetti – UEM 
Profa. Dra. Katia Sakihama Ventura – UFSCar 
Prof. Dr. Leandro Gaffo – UFSB 
Prof. Dr. Leandro Teixeira Paranhos Lopes – Univ. Brasil 
Profa. Dra. Leda Correia Pedro Miyazaki – UFU 
Profa. Dra. Leonice Domingos dos S. C. Lima – Univ. Brasil 
Profa. Dra. Lidia M. de Almeida Plicas – IBILCE/UNESP 
Profa. Dra. Lidiane Aparecida Alves – PMU 
Profa. Dra. Lilian Keila Barazetti – UNIOESTE e UNIVEL 
Profa. Dra. Liriane Gonçalves Barbosa - UEMASUL 
Profa. Dra. Lisiane Ilha Librelotto – UFS 
Profa. Dra. Luciana Ferreira Leal – FACCAT 
Profa. Dra. Luciana Márcia Gonçalves – UFSCar 
Profa. Dra. Luciane Lobato Sobral – UEP 
Profa. Dra. Lucy Ribeiro Ayach – UFMS 
Prof. Dr. Luiz Fernando Gouvêa-e-Silva – UFG/Jataí 
Prof. Dr. Marcelo Campos – FCE/UNESP 
Prof. Dr. Marcelo Real Prado – UTFPR 
Profa. Dra. Marcia Eliane Silva Carvalho – UFS 
Prof. Dr. Márcio R. Pontes – EQUOIA Eng. Ambiental Ltda. 
Profa. Dra. Margareth de Castro Afeche Pimenta – UFSC 
Profa. Dra. Maria Ângela Dias – UFRJ 
Profa. Dra. Maria Augusta Justi Pisani – UPM 
Profa. Dra. Maria Gloria F. Rodríguez – IEA/Cienf./Cuba 
Profa. Dra. Maria Helena Pereira Mirante - UNOESTE 
Profa. Dra. Maria José Neto – UFMS 
Profa. Dra. Marília Inês M. Barbosa – UFU 
Profa. Dra. Maristela Gonçalves Giassi – UNESC 
Profa. Dra. Marta C. de Jesus A. Nogueira – UFMT 
4 
 
Profa. Dra. Martha Priscila Bezerra Pereira – UFCG 
Prof. Dr. Maurício Lamano Ferreira – UNINOVE 
Prof. Dr. Miguel Ernesto González Castañeda – 
Universidad de Guadalajara – México 
Profa. Dra. Nádia Vicência do Nascimento Martins - UEP 
Profa. Dra. Natacha Cíntia Regina Aleixo – UEA 
Prof. Dr. Natalino Perovano Filho – UESB 
Prof. Dr. Nilton Ricoy Torres – FAU/USP 
Profa. Dra. Nyadja Menezes R. Ramos - UNIFAVIP 
Profa. Dra. Olivia de Campos Maia Pereira – EESC – USP 
Profa. Dra. Onilda Gomes Bezerra – UFPE 
Prof. Dr. Oscar Buitrago – Univ. Del Valle, Colombia 
Profa. Dra. Patrícia Helena Mirandola Garcia - UFMS 
Prof. Dr. Paulo Alves de Melo – UFPA 
Prof. Dr. Paulo Augusto Romera e Silva – CTH/DAEE 
Prof. Dr. Paulo Cesar Rocha – UNESP/Pres. Prudente 
Prof. Dr. Paulo Nuno Maia de S. Nossa – Univ. Coimbra 
Profa. Dra. Priscila Varges da Silva – UFMS 
Prof. Dr. Raul Reis Amorim - UNICAMP 
Profa. Dra. Regina Célia de Castro Pereira – UEMA 
Prof. Dr. Renan Antônio da Silva – UNESP – IBRC 
Profa. Dra. Renata Morandi Lóra – IFES 
Profa. Dra. Renata R. de Araújo – UNESP/Pres. Prudente 
Prof. Dr. Ricardode Sampaio Dagnino – UNICAMP 
Prof. Dr. Ricardo Toshio Fujihara – UFSCar 
Profa. Dra. Risete Maria Queiroz Leão Braga – UFPA 
 
 
Profa. Dra. Rita Denize de Oliveira - UFPA 
Prof. Dr. Rodrigo Barchi – UNISO 
Prof. Dr. Rodrigo Cezar Criado – TOLEDO Pres. Prudente 
Prof. Dr. Rodrigo Gonçalves dos Santos – UFSC 
Prof. Dr. Rodrigo José Pisani – UNIFAL – MG 
Prof. Dr. Rodrigo Santiago Barbosa Rocha - UEP 
Prof. Dr. Rodrigo Simão Camacho – UFGD 
Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Araujo – UFMA 
Profa. Dra. Roselene Maria Schneider – UFMT 
Prof. Dr. Salvador Carpi Junior – UNICAMP 
Profa. Dra. Sandra M. Alves da Silva Neves – UNEMAT 
Prof. Dr. Sérgio Augusto Mello da Silva – FEIS/UNESP 
Prof. Dr. Sergio Luis de Carvalho – FEIS/UNESP 
Profa. Dra. Sílvia Carla da Silva André – UFSCar 
Profa. Dra. Simone Valaski – UFPR 
Profa. Dra. Sueli Angelo Furlan – USP 
Profa. Dra. Tânia Fernandes Veri Araujo – IF/Goiana 
Profa. Dra. Tânia Paula da Silva – UNEMAT 
Profa. Dra. Tatiane Bonametti Veiga – UNICENTRO 
Prof. Dr. Thiago F. Dias Kanthack –GP Sist. Neurom. 
Prof. Dr. Umberto Catarino Pessoto – SUCEN – SES/SP 
Profa. Dra. Vera Lucia Freitas Marinho – UEMS 
Prof. Dr. Vilmar Alves Pereira – FURG 
Prof. Dr. Vitor Corrêa de Mattos Barretto – FCAE/UNESP 
Prof. Dr. Xisto S. de Santana de Souza Júnior – UFCG 
Profa. Dra. Yanayne Benetti Barbosa – UFSCar 
 
COMISSÃO CIENTÍFICA ad hoc 
 
Profa. Dra. Carolina L. B. Bartholomei – FCT/UNESP 
Prof. Dr. Carlos Alexandre Leão Bordalo – IFCH/UFPA 
Prof. Dr. Cesar Fabiano Fioriti – FCT/UNESP 
Prof. Dr. Charlei Aparecido da Silva – FCT/UNESP 
Prof. Dr. Edvaldo Cesar Moretti – UFGD 
 
 
 
 
Prof. Dr. Leandro Del M. Ituarte – US/Univ. de Sevilha 
Prof. Dr. Luís Antonio Barone – FCT/UNESP 
Profa. Dra. Maria Cristina Rizk – FCT/UNESP 
Prof. Dr. Paulo Cesar Rocha – FCT/UNESP 
Profa. Dra. Rosane Freire Boina – FCT/UNESP 
 
 
Meio ambiente – 5 
 
Organizadores 
 
Fernando Sérgio Okimoto 
Graduado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (1994), com mestrado e doutorado em 
Engenharia Civil (Engenharia de Estruturas) pela Universidade de São Paulo em 1997 e 2002, respectivamente. 
Atualmente é professor assistente doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 
Tem experiência na área de (bio)construção civil, permacultura e utilização de resíduos industriais em tecnologias 
de construção, especialmente os da construção civil. Credenciado no Programa de Mestrado Profissional 
em Geografia (FCT/UNESP) como pesquisador, professor e orientador. Co-orientador de pesquisas do 
Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais (POSMAT da FCT). 
 
Iracimara de Anchieta Messias 
Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), câmpus de Presidente Prudente. 
Mestre e Doutora em Saúde Pública, área de concentração Saúde Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública 
da Universidade de São Paulo (USP). Pós-Doutora em Biomecânica pelo departamento de Física Nuclear do 
Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). Professora Assistente Doutora da Universidade 
Estadual Paulista (UNESP), câmpus de Presidente Prudente. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa 
em Ergonomia – NEPErg da Faculdade de Ciências e Tecnologia FCT/UNESP. Concentra estudos e pesquisas 
em Ergonomia da Atividade dentro da área de Saúde do Trabalhador. 
 
Edilson Ferreira Flores 
Graduado em Estatística pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, campus de Presidente 
Prudente. Mestre e Doutor em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de 
Mesquita Filho, campus de Rio Claro. Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de 
Mesquita Filho, campus de Presidente Prudente. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com 
ênfase em Análise de Dados, atuando principalmente nos seguintes temas: sistema de informação geográfica, 
geoestatística, estatística espacial, controle de qualidade e pesquisa operacional. 
 
Colaboradores 
 
Cláudio Antonio Di Mauro 
Licenciado e Bacharel em Geografia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Lins, SP. Mestre e Doutor 
em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP). Foi Assistente da Divisão de Geomorfologia no 
Projeto Radam/ Radambrasil. Presidiu por seis anos o Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, 
Capivari e Jundiaí. Trabalhou como Assessor na Agência Nacional de Águas e exerceu consultoria para a 
UNESCO. Aposentado pelo Instituto de Geografia da UNESP Campus de Rio Claro, município no qual foi 
Prefeito por dois mandatos. É Professor Associado do Instituto de Geografia da Universidade Federal de 
Uberlândia do programa de Mestrado profissional em Recursos Hídricos da Unesp e do Profágua. 
 
Renata Ribeiro de Araújo 
Graduada e Mestre em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá. Doutora em Ecologia 
de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá. Professora Assistente Doutora da 
Universidade Estadual Paulista (UNESP), câmpus de Presidente Prudente. Vice-coordenadora do Programa de 
Pós-graduação em Geografia, curso de Mestrado Profissional e docente do Programa de Pós-graduação em 
Geografia Acadêmico da UNESP, Presidente Prudente. É membro representante da UNESP em Câmaras Técnicas 
do Comitê de Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema. Tem experiência na área ambiental, atuando nos 
seguintes temas: limnologia, educação ambiental em recursos hídricos e recuperação de áreas degradadas. 
 
Leonice Seolin Dias 
Graduada em Ciências pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Tupã/SP (FAFIT). Habilitação em 
Biologia pelas Faculdades Adamantinenses Integradas de Adamantina/SP (FAI). Mestrados em Ciências 
Biológicas e em Ciência Animal e Especialização em Ciências Biológicas pela Universidade do Oeste Paulista 
(UNOESTE) e doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP) de Presidente 
Prudente/São Paulo. 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meio ambiente – 7 
 
Sumário 
 
Prefácio 
 
09 
Apresentação 
 
13 
Capítulo 1 
Ecotoxicologia aplicada ao gerenciamento de recursos hídricos: reflexões ocorridas 
no VI Workshop Internacional sobre planejamento e desenvolvimento sustentável 
em bacias hidrográficas 
Fábio Tonissi Moroni; Raquel Borges-Moroni; Diana Amaral Monteiro 
 
15 
Capítulo 2 
Macroinvertebrados como indicadores ecológicos na avaliação de ambientes lóticos 
Raoul Henry; Danielli Cristina Granado 
 
35 
Capítulo 3 
A temática dos agrotóxicos e os desdobramentos de sua utilização 
Rosana Abbud Olivete; Antonio Thomaz Junior 
 
53 
Capítulo 4 
Usos múltiplos de reservatórios hidrelétricos – potencialidades e conflitos no cenário 
regional da Usina Hidrelétrica de Capivara 
Diego Pinezi Amendola; Rodrigo Mazzetti Ferreira; William Benedicto Frazão Dias; Isabel Cristina 
Moroz-Caccia Gouveia 
 
75 
Capítulo 5 
A Erosão dos solos e o comprometimento dos Recursos Hídricos: estudo de caso na Bacia 
do Ribeirão Alan Grei/SP 
Patrícia Borges Silveira; Cenira Maria Lupinacci; Alan Silveira 
 
91 
Capítulo 6 
Sistemas de reúso de águas de chuva para habitações sociais edificadas: o caso do 
Conjunto Habitacional João Domingos Netto de Presidente Prudente, São Paulo, Brasil 
Munique Miyoshi de Almeida; Fernando Sérgio Okimoto 
 
113 
Capítulo 7 
Revisão do Plano Diretor de Teodoro Sampaio/SP e sua compatibilização com o Plano 
de Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema 
Cleber Aparecido Di Sordi; Hugo Régis Soares; Cláudio Antonio Di Mauro 
 
133 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meio ambiente – 9 
 
Prefácio 
 
Em tempos de grandes impactos antrópicos destrutivos em biomas brasileiros,notadamente na Amazônia, Pantanal e Cerrado, e com o agravamento de crises hídricas 
e da pandemia Covid-19 no país, há necessidade de valorizar as Ciências e ampliar 
o conhecimento e o respeito pela Natureza e pela Sociedade, seus processos e dinâmicas, 
reconhecendo o direito à existência das diferentes formas e estilos de vida para se construir 
um mundo unido, saudável e sustentável. Para tanto, a produção e difusão de conhecimentos 
científicos têm papel de relevo, integrando-se ensino, pesquisa e extensão universitária 
em um processo permanente de diálogo para e com as comunidades internas e externas 
às universidades. 
Nesse contexto, no livro “MEIO AMBIENTE: conceitos e práticas aplicadas a recursos 
hídricos”, organizado por Fernando Sérgio Okimoto, Iracimara de Anchieta Messias e Edilson 
Ferreira Flores, com a colaboração de Cláudio Antonio Di Mauro, Renata Ribeiro de Araújo e 
Leonice Seolin Dias, são reunidos sete capítulos de professores e alunos desse Mestrado 
Profissional e de outras Instituições de Ensino Superior do país, nos quais os autores 
expressam conceitos, marcos legais e metodologias, baseados em referências e experiências 
nacionais e internacionais, detalhando os resultados de suas pesquisas em vários temas 
articulados com os recursos hídricos, visando a subsidiar seu planejamento e gerenciamento. 
Dessa forma, no Capítulo 1, “Ecotoxicologia aplicada ao gerenciamento de 
recursos hídricos: reflexões ocorridas no VI Workshop Internacional sobre Planejamento 
e Desenvolvimento Sustentável em Bacias Hidrográficas”, de Fábio Tonissi Moroni, 
Raquel Borges-Moroni e Diana Amaral Monteiro, são abordados aspectos históricos, 
conceitos, métodos de estudos, marco legal e desafios da ecotoxicologia e sua aplicação 
no gerenciamento de recursos hídricos, bem como a síntese de discussões sobre o tema 
ocorridas no evento internacional citado. Fica evidenciada a importância da ecotoxicologia 
para o aprimoramento de instrumentos de gerenciamento de recursos hídricos, 
notadamente no processo de planejamento e no devido monitoramento dos corpos 
hídricos, na formação de profissionais e na geração de conhecimentos que subsidiem 
a tomada de decisões nos colegiados do sistema de gestão das águas, para a garantia de 
segurança hídrica nas bacias hidrográficas. 
10 
 
No mesmo sentido, os autores Raoul Henry e Danielli Cristina Granado, no Capítulo 2, 
“Macroinvertebrados como indicadores ecológicos na avaliação de ambientes lóticos”, 
discutem várias pesquisas realizadas no Brasil e em diversos países sobre esta temática. 
Abordam os macroinvertebrados e suas inter-relações, em diversas escalas espaciais 
e temporais, com o uso e cobertura das terras, a presença e proteção de matas nativas 
ciliares e a qualidade da água, demonstrando a importância da realização desses estudos 
aplicados para subsidiar o gerenciamento dos recursos hídricos. 
No Capítulo 3, “A temática dos agrotóxicos e os desdobramentos de sua utilização”, 
Rosana Abbud Olivete e Antonio Thomaz Júnior, na mesma perspectiva de evidenciar 
a importância das pesquisas científicas e sua divulgação, trazem relevante contribuição 
sobre o histórico, terminologia, impactos e consequências do uso dos agrotóxicos na 
agricultura, convidando os leitores à reflexão sobre o elevado preço pago na saúde humana, 
com doenças graves e no meio ambiente, além dos impactos sobre orçamentos públicos 
pelos benefícios concedidos aos produtores e usuários de agrotóxicos. Os autores abordam 
também o marco legal sobre agrotóxicos, sua aplicação, especialmente para 
o necessário controle da pulverização aérea, e os problemas para os recursos hídricos 
gerados pelo uso intensivo de agrotóxicos, sinalizando para cenários ainda mais graves 
na conjuntura atual do país diante do avanço do neoliberalismo e da degradação 
ambiental. Assim, propugnam pelo Princípio da Precaução, disseminação da Agroecologia 
e aprimoramento da legislação ambiental como alternativas para a proteção das vidas 
e para a produção e consumo saudáveis e sustentáveis. 
Diego Pinezi Amendola, Rodrigo Mazzetti Ferreira, William Benedicto Frazão Dias 
e Isabel Cristina Moroz Caccia Gouveia compartilham seus estudos, no Capítulo 4, 
sobre os “Usos múltiplos de reservatórios hidrelétricos – potencialidades e conflitos no 
cenário regional da usina hidrelétrica de Capivara”. Os autores abordam as águas, usos 
múltiplos de reservatórios, gestão das águas, marco legal e conflitos nos usos dos 
reservatórios hidrelétricos e de seu entorno, bem como a necessidade de proteção 
das áreas de preservação permanente. Trata-se de abordagem oportuna neste momento 
de crise hídrica na bacia hidrográfica do rio Paranapanema, com a redução nas precipitações 
e conflitos entre os diferentes usos das águas nos reservatórios, exigindo-se o diálogo 
e cooperação entre gestores nacionais, estaduais e municipais, Comitês de Bacias 
Hidrográficas, usuários de recursos hídricos e sociedade civil para enfrentamento dos 
problemas e sua superação de forma conjunta e pactuada. 
Meio ambiente – 11 
 
Um dos temas prioritários na agenda do gerenciamento dos recursos hídricos 
é abordado por Patrícia Borges Silveira, Cenira Maria Lupinacci e Alan Silveira, que 
discorrem, no Capítulo 5, sobre a “A erosão dos solos e o comprometimento dos recursos 
hídricos: estudo de caso na bacia do ribeirão Alan Grei, SP”. Os autores chamam a atenção 
para os problemas gerados pelas atividades antrópicas no país, notadamente sobre 
o assoreamento de corpos hídricos decorrente de processos erosivos. Apresentam 
detalhes da aplicação da Equação Universal de Perda de Solos (EUPS), seguindo-se uma 
análise comparativa dos resultados obtidos no monitoramento da erosão dos solos em 
parcelas experimentais na bacia hidrográfica em estudo. Diante dos resultados 
divergentes, os autores concluem pela necessidade de estudos que refinem os dados 
das EUPS, com aquisição de dados de entrada mais confiáveis e resultados mais próximos 
do real nas estimativas de perda de solo. A erosão dos solos é um tema muito importante 
para o gerenciamento dos recursos hídricos, estando presente em programas e ações dos 
planos de recursos hídricos. O alerta dos autores, portanto, deve ser considerado e aplicado 
no planejamento das ações voltadas ao controle da erosão e proteção das águas. 
Na mesma perspectiva de gerar conhecimentos e compartilhar com a comunidade 
externa, para o enfrentamento de problemas relacionados às águas, no Capítulo 6, 
“Sistemas de reúso de águas de chuva para habitações sociais edificadas: o caso do 
conjunto habitacional João Domingos Netto de Presidente Prudente/SP/Brasil”, Munique 
Miyoshi de Almeida e Fernando Sérgio Okimoto detalham a concepção de projeto técnico 
para captação e uso de águas pluviais em habitações sociais, demonstrando a previsão de 
redução nas contas mensais de água (em relação à quantidade de água consumida e no 
valor a ser pago), a viabilidade financeira do projeto e os benefícios sociais e ambientais 
decorrentes. O estudo aplicado tem potencial contribuição para o gerenciamento dos 
recursos hídricos, sustentabilidade e educação ambiental da população pela demonstração 
da importância e viabilidade da captação e uso de água da chuva, contribuindo para 
diminuir a pressão antrópica sobre os mananciais de abastecimento urbano. 
Finalizando o livro, Cleber Aparecido Di Sordi, Hugo Régis Soares e Cláudio Antonio 
Di Mauro abordam, no Capítulo 7, a “Revisão do Plano Diretor de Teodoro Sampaio/SP 
e sua compatibilização com o plano de bacia hidrográfica do Pontal do Paranapanema”. 
Os autores abordam aspectos básicos da temática em foco, incluindo conceitos, sistema 
de gestão, planos diretores e de recursos hídricos, marco legal e interfaces entre 
12 
 
urbanização e recursos hídricos. Trata-se de um tema de grande importância para 
o gerenciamento dos recursoshídricos, tendo em vista o papel que os municípios possuem 
na gestão ambiental de seus territórios e das bacias hidrográficas, com inúmeras interfaces 
sociais, técnicas, legais, econômicas e culturais, dentre outras, que podem contribuir para 
a proteção das águas, seu uso múltiplo, segurança hídrica e sustentabilidade ambiental. 
Nesse contexto, ressalta-se que os estudos realizados e reunidos neste livro podem 
contribuir com fundamentos teóricos, metodológicos e conceituais para a elaboração 
e execução de vários instrumentos de gerenciamento de recursos hídricos, notadamente 
para os planos de recursos hídricos (nacional, estaduais e em bacias/unidades 
hidrográficas), articulando-se com o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável. Assim, sua aplicação trata-se de oportunidade ímpar de fortalecer as parcerias 
entre as universidades e o sistema de gerenciamento de recursos hídricos, reunindo órgãos 
gestores, usuários de recursos hídricos e entidades civis em um diálogo democrático para 
a valorização da Ciência, da Natureza e da Sociedade. 
Boa leitura! 
 
 
Presidente Prudente, 27 de dezembro de 2020. 
 
Dr. Antonio Cezar Leal 
Professor na Faculdade de Ciências e Tecnologia/Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP), 
 Presidente Prudente/SP. 
 
 
 
 
Meio ambiente – 13 
 
Apresentação 
 
O livro MEIO AMBIENTE: conceitos e práticas aplicadas a recursos hídricos é fruto 
de uma intensa mobilização e profícua colaboração dos organizadores e colaboradores, 
dos gestores, professores e alunos do Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional 
em Geografa – Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCT/UNESP), campus de Presidente 
Prudente/SP. Professores e pesquisadores de outras instituições de ensino superior e de 
pesquisa também foram convidados para contribuir com o livro como pareceristas ou 
autores de capítulos e aceitaram prontamente, registrando-se aqui nosso agradecimento. 
A produção do livro está inserida em uma prática dos professores e alunos do 
Mestrado Profissional que tem se dedicado à realização de estudos e estabelecimento de 
parcerias que propiciem a interlocução e o debate sobre temas relevantes e urgentes em 
nosso tempo e sociedade, organizando sua divulgação em seminários e publicações 
científicas (livros, artigos e relatórios técnicos), na perspectiva de fortalecer a parceria 
estratégica que possuem com os Comitês de Bacias Hidrográficas, especialmente com os CBH 
Alto Paranapanema, Médio Paranapanema, Pontal do Paranapanema e Aguapeí-Peixe. 
Esses Comitês de Bacias têm aprovado projetos destinados ao financiamento das 
atividades do mestrado profissional junto ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos 
(FEHIDRO), cujos recursos financeiros se somam aos recursos humanos, materiais e 
financeiros da UNESP, viabilizando o adequado funcionamento do Mestrado Profissional. 
Entretanto, o apoio principal tem sido a constante e profícua interlocução dos gestores de 
recursos hídricos com os professores e alunos, para a seleção e hierarquização de temas 
de pesquisas, participação em seminários e palestras, dentre outras atividades. Oportuno, 
portanto, agradecer aos Comitês de Bacias (incluindo todos os segmentos que os compõem 
– órgãos públicos, usuários de recursos hídricos e entidades civis) e ao FEHIDRO pelo 
fomento, reconhecimento e incentivo ao Programa de Mestrado. 
Outra vertente atuante na produção do livro, que se deve salientar e agradecer, 
refere-se ao conjunto das disciplinas do Programa de Mestrado que têm sido oferecidas 
de forma objetiva, buscando-se instrumentalizar os alunos para a investigação e debate 
de temas clássicos e emergentes dos recursos hídricos, gerando elementos de apoio às 
pesquisas dos mestrandos e produtos relevantes que também vêm sendo disponibilizados 
nas formas usuais de produção técnica e científica. 
14 
 
No mesmo sentido, como objetivo maior estabelecido pelo Programa de Mestrado, 
os mestrandos, na realização de suas próprias pesquisas de conclusão do curso, devem 
sempre responder às demandas relevantes da Sociedade, relacionadas às questões 
ambientais, notadamente em relação à água, em um processo que visa à sua 
qualificação e inserção progressiva em várias escalas (local, regional, estadual, nacional e 
internacional), como referências de produções técnicas e científicas. 
Nesse contexto, nos artigos reunidos neste livro, os autores aliam o rigor científico 
e acadêmico com uma sensibilidade social e ambiental ao tratarem de problemáticas 
técnicas e científicas com um olhar solidário para os contextos em que estão inseridas 
e para as perspectivas do enfrentamento necessário para a superação de problemas, 
gerando subsídios para o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos. 
Nos Capítulos, sinalizam-se temas e lacunas de conhecimento que podem ser foco 
de novos estudos em nível de pós-graduação, seja nas Linhas de Pesquisa do Mestrado 
Profissional ou em outros programas de pós-graduação. A perspectiva é sejam produzidos 
conhecimentos sobre temas e realidades específicas, que respondam às demandas dos 
Comitês de Bacias e, ao mesmo tempo, provoquem reflexões sobre as práticas adotadas 
na gestão das águas, em um processo de interação Universidade e Sociedade baseado no 
respeito aos diferentes saberes e competências, união de esforços e de recursos e pactuação 
de caminho e caminhada conjunta rumo a horizontes de sustentabilidade e igualdade. 
Renovamos nossos agradecimentos e desejamos boa leitura e bom trabalho. 
 
 
Os Organizadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meio ambiente – 15 
 
1 
 
 
 
Ecotoxicologia aplicada ao gerenciamento de recursos hídricos: 
reflexões ocorridas no VI workshop internacional sobre 
planejamento e desenvolvimento sustentável em bacias hidrográficas 
 
Fábio Tonissi Moroni1; Raquel Borges-Moroni2; Diana Amaral Monteiro3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os seres vivos modificam o ambiente que habitam e humanos não infringem essa 
regra (NIKINMAA, 2014). No século XX, devido ao desenvolvimento da indústria química 
e da tecnologia, houve significativa melhora da qualidade de vida dos seres humanos. 
No entanto, os ecossistemas aquáticos e os demais ecossistemas do planeta foram 
fortemente impactados pela ação antrópica, no mesmo período (VITOUSEK et al., 1997). 
Os objetivos do presente capítulo são: a) realizar uma revisão sobre a evolução do conceito 
de ecotoxicologia; b) apresentar os métodos de estudo dessa ciência; c) descrever as 
principais contribuições da ecotoxicologia para a gestão dos recursos hídricos; e d) relatar, 
de forma resumida, as discussões ocorridas sobre o tema no VI Workshop Internacional 
sobre Planejamento e Desenvolvimento Sustentável em Bacias Hidrográficas. 
 
Definição da Ecotoxicologia Aquática 
 
Um ecossistema é definido como um complexo biótico ou conjunto de espécies, 
as quais estão em constante interação, em determinado espaço físico, ambiente ou complexo 
abiótico associado (COSTA et al., 2008; MEYBECK et al., 1992). Dessa forma, qualquer 
ecossistema pode atingir o ponto final da degradação ambiental, isto é colapsar, se houver 
restrições para a existência e interação entre as espécies. Logo, as ações humanas não 
deveriam alterar as funções dos ecossistemas, além da capacidade de suporte (BHAT, 2013). 
 
1Doutor, Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Medicina/Universidade Federal de Uberlândia (UFU)/ 
Uberlândia/MG. E-mail: ftmoroni@ufu 
2Doutora, Departamento de Parasitologia. Instituto de Ciências Biomédicas da UFU, Uberlândia/MG. E-mail: 
raquel.moroni@ufu.br 
3Doutora, Departamento de Ciências Fisiológicas. Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos/SP. E-mail: 
raquel.moroni@ufu.br. E-mail: dianamonteiro@ufscar.br 
 
16 
 
Essas ações humanas, ou antropogênicas, podem provocar alteraçõesnão lineares na 
dinâmica do ecossistema. Isso pode pressionar o mesmo para uma mudança de estado, 
devido aos efeitos indiretos mediados por características e pela densidade dos indivíduos 
que compõem as comunidades (RELYEA; HOVERMAN, 2006). Sendo assim, esse fato pode 
gerar a diminuição de vários componentes bióticos de um ecossistema, comprometendo sua 
resiliência (ANGELER et al., 2018). Nesse sentido, compreender os componentes dos 
ecossistemas é de fundamental importância para a preservação ambiental. Dessa forma, 
é importante descrever os três principais grupos constituintes dos ecossistemas 
aquáticos, a saber, as águas propriamente ditas, comunidades bióticas/fatores abióticos e, 
por último, mas não menos importante, o solo alagado e vegetação ciliar que delimitam 
os corpos de água. 
Primeiramente, destacam-se as águas propriamente ditas, as quais são classificadas 
conforme a quantidade de sais dissolvidos em água doce, salobra e salgada. Adicionalmente, 
em relação à profundidade no solo, as águas podem ser superficiais, quando acumuladas 
nos corpos de água, ou subterrâneas, quando acumuladas em lençóis freáticos ou aquíferos. 
No entanto, essas últimas não estão inseridas no conceito de ecossistema por não possuírem 
vida no seu interior, apesar de serem capazes de interferir em diferentes aspectos 
hidrológicos (Resolução Conama 357/2005, Resolução Conama 396/2008). 
O segundo componente do ecossistema aquático são as comunidades bióticas 
e fatores abióticos. Esses constituintes interagem para gerar capacidade de suporte 
a uma infinidade de organismos vivos (animais e vegetais) presentes no ambiente aquático, 
ou fora dele. Nikinmaa (2014) descreve que quando a intoxicação ambiental ocorre há uma 
redução da biodiversidade e do número de indivíduos que compõem os grupos 
populacionais. Consequentemente, pode ocorrer declínio populacional por diminuição da 
variabilidade genética, a qual pode desencadear a perda de vários ecossistemas interligados. 
O terceiro componente a ser considerado em todo o ecossistema aquático é o solo 
alagado e a vegetação ciliar que delimitam os corpos d’água, mais verificáveis nas áreas 
alagadas. Segundo Junk (1993) e Irion et al. (1997), somente na Região Amazônica essas 
áreas possuem um total de 300 mil km², sendo 200 mil km² de várzea e 100 mil km² de 
igapós alagados, totalizando um espaço territorial maior que vários países da Europa. 
Assim, o número gigantesco de interações entre os seres vivos desse componente 
apresenta extrema relevância na manutenção dos ecossistemas aquáticos, mediante 
fluxos constantes de energia e ciclagem de nutrientes (SCUDELLER; SOUZA, 2009). 
Meio ambiente – 17 
 
Desse modo, os contaminantes podem estar presentes em qualquer elemento 
constitutivo do ecossistema aquático. Por isso, é importante avaliar os efeitos e parâmetros 
como taxas de bioacumulação, bioconcentração e bioconcentração dos agentes 
tóxicos, provenientes das atividades antrópicas (agricultura, indústria, recreação, 
comércio internacional), no maior número de elementos representativos do sistema 
(VOUTSAS et al., 2002). Essa visão sistêmica, descrita por Bertalanffy (1975), possibilita criar 
modelos ecotoxicológicos que permitem antecipar quando o influxo de substâncias tóxicas 
irá superar os limites máximos de autodepuração dos recursos hídricos, isto é, a capacidade 
de os corpos d’água restabelecerem o equilíbrio do meio aquático por meio de mecanismos 
naturais, após as alterações provocadas pelos despejos dos efluentes (SALLA et al., 2013). 
Em suma, esses modelos ecotoxicológicos auxiliam o gerenciamento do risco de colapso 
das interações biológicas e de vários hábitats. 
Adicionalmente, é importante destacar como surgiu a ecotoxicologia. As toxicologias, 
tão antigas quanto a própria medicina, analisam as alterações fisiopatológicas de órgãos 
e sistemas fisiológicos, provocadas por substâncias tóxicas no ser humano e em vários 
modelos animais (MOREAU; SIQUEIRA, 2008). Nesse sentido, esta abordagem busca 
individualizar a compreensão do processo de intoxicação. Seguindo esse raciocínio, 
Truhaut, em 1969, observou que os métodos toxicológicos também poderiam ser aplicados 
nos níveis de análise populacional. Dessa forma, definiu o termo ecotoxicologia como um 
ramo, ou subárea, da toxicologia. No entanto, o objeto de estudo dessa nova ciência são 
os efeitos tóxicos causados por poluentes naturais ou sintéticos aos componentes de um 
determinado ecossistema, seja aquático, terrestre ou atmosférico (TRUHAUT, 1977). 
Em suma, a ecotoxicologia surge como a ciência que busca elucidar os efeitos dos agentes 
tóxicos na biosfera (COSTA et al., 2008). 
Dessa maneira, é interessante destacar que os tipos de agentes tóxicos são 
alterados ao longo do tempo, de acordo com o desenvolvimento tecnológico das 
sociedades (NIKINMAA, 2014). Na Roma antiga, o homem poluía a água de suas cidades 
com dejetos como urina e fezes, havendo um aumento na concentração dos coliformes 
fecais. Após a Revolução Industrial, os corpos d’água começaram a ser acidificados pela 
chuva ácida causada pela fumaça rica em óxidos sulfúricos e nitrogênio, resultante da 
queima de combustíveis fósseis. Na sequência, como resultado da revolução agrícola 
e do aumento do êxodo rural, os rios e lagos “receberam” toneladas de fertilizantes 
(nitratos, fosfatos e amônia nitrogenada), provenientes dos esgotos domésticos, 
18 
 
da agricultura e aquicultura. Adicionalmente, ocorreu o acúmulo de metais (cobre, zinco, 
ferro, cádmio, estanho, alumínio, mercúrio e prata), metaloides (arsênio) e compostos 
organometálicos (metilmercúrio) nas águas. 
Atualmente, existem os fatores que causam acidificação dos oceanos, resultantes 
da ação dos gases do efeito estufa (CO2 e metano), de compostos orgânicos como óleo 
e seus derivados, petróleo, organofosforados, organoclorados, produtos farmacêuticos 
e de higiene pessoal, produtos halogenados, efluentes das indústrias de papel e celulose, 
compostos disruptores endócrinos, pesticidas (fungicidas, herbicidas e inseticidas) 
(CARRIQUIRIBORDE; RONCO, 2006; HALLING-SORENSEN et al., 1998; SISINNO; OLIVEIRA-
FILHO, 2013). Logo, cada período de desenvolvimento econômico pode ser caracterizado 
pelo tipo de poluente presente nos corpos d’água (COCKERILL, 2013; SELIGER et al., 2006; 
SERRANO; RUVALCABA, 2013). 
Cabe destacar que algumas tecnologias recentes, escalonadas em razão das 
demandas econômicas presentes na sociedade atual, como a energia nuclear e a 
nanotecnologia, são questões emergentes nos ambientes aquáticos. Sendo assim, as águas 
podem ficar poluídas por radionuclídeos, devido à produção de energia nuclear e acidentes 
nucleares, como o ocorrido em Chernobil e Fukushima (ARAI, 2016; KÜNZEL; OKUNO, 2012). 
Da mesma forma, a introdução de novos micropoluentes continua com a inserção de 
nanomateriais no ambiente, como os nanoplásticos (LAMBERT; WAGNER, 2017; 
SCHWARZENBACH et al., 2006). 
Adicionalmente, é relevante ressaltar as implicações éticas da ecotoxicologia. Por 
definição, essa ciência possui o compromisso de preservar vidas mediante a proteção das 
populações que habitam a biosfera contra os efeitos adversos dos poluidores, de forma 
multidisciplinar (KOLEDZI et al., 2016). No entanto, como toda e qualquer tecnologia, ela não 
é neutra (PAPAIOANNOU, 2019). Nesse sentido, pode ser indevidamente utilizada para 
criação de armas químicas, em pipelines biotecnológicas, a fim de obter instrumentos 
bélicos de destruição em massa, por vários mecanismos de ação. 
Ainda em relação a essa temática, existe o debate sobre o uso de animais em 
ensaios ecotoxicológicos e como bioindicadores (CAIRNS JR., 2003). Nos últimos anos, 
devido à maior conscientização da comunidade científica, foram criadas legislações que 
regulam o uso científico de animais, destacando-se a Lei Federal 11.794/2008, também 
conhecida comoLei Arouca. Nesse sentido, os ensaios toxicológicos aquáticos devem 
Meio ambiente – 19 
 
ser realizados evitando, ao máximo, a dor e a angústia nos animais (SILVA et al., 2015). 
Em suma, observar o componente ético é uma exigência social e um dever moral para 
o pesquisador na área da ecotoxicologia (EVANS; PALMER, 2019; MAGALHÃES; FERRÃO 
FILHO, 2008; PITSCHMANN; HON, 2016). 
Torna-se evidente, portanto, que a ecotoxicologia e suas áreas afins, como 
a biofísica, é uma ciência multidisciplinar e multiprofissional. Ela possui dimensões social, 
ética, econômica, ecológica, espacial e cultural. Suas fronteiras variam de acordo com o nível 
de desenvolvimento cultural, científico e tecnológico da humanidade (BARBIERI, 2019; 
KENDALL et al., 2001; ZHOU, 2011). Assim, torna-se evidente que essa temática ocupa 
grande destaque na contemporaneidade, pois visa tanto à proteção do ser humano quanto 
a do meio ambiente. Desse modo, após as considerações gerais acima referidas, é relevante 
detalhar os aspectos técnicos do biomonitoramento. 
 
Aspectos técnicos do biomonitoramento 
 
Biomonitoramento é um termo técnico que pode ser definido como o uso de 
organismos vivos para inferir sobre as mudanças ocorridas no ambiente, geralmente 
causadas pelo homem (BUSS et al., 2003; ZAGATTO, 2006). Segundo relatos descritos na 
literatura, peixes de água doce foram submetidos à água do mar, para estudos 
comportamentais na Grécia Antiga, por Aristóteles (BUIKEMA; VOSHEL, 1993). Outro exemplo 
histórico do uso de animais para avaliação da qualidade ambiental são as gaiolas com canários 
(Serinus canaria domestica) presentes no interior das minas de carvão desde os últimos 
anos do século XIX até a primeira metade da década de 1980 (CAIRNS JR.; PRATT, 1993). 
Segundo esses autores, devido ao seu metabolismo acelerado em relação aos seres 
humanos, os canários evidenciam sintomas de envenenamento por gases tóxicos inodoros, 
como monóxido de carbono e metano antes dos humanos. Dessa forma, era possível evacuar 
imediatamente as minas de carvão, antes que os níveis desses gases se tornassem críticos 
para os mineradores. Logo, o biomonitoramento está fundamentado na ideia de que 
espécies vivas podem ser utilizadas pelo homem como indicadores de certas condições 
ambientais. Nesse sentido, de um modo geral, esse tipo de monitoramento ambiental pode 
ser realizado por duas abordagens, sendo uma mais dedutiva e outra mais indutiva. 
20 
 
O primeiro método de biomonitoramento é denominado top-down na língua 
inglesa. Ele quantifica os impactos causados por estressores ambientais sobre os 
ecossistemas, a fim de extrapolar os efeitos desses para os seres vivos que habitam esses 
locais. De forma resumida, os pesquisadores utilizam dados de macrossistemas abertos, 
como os ecossistemas, para deduzirem possíveis alterações em níveis mais específicos de 
análise, como comunidades biológicas. Isso ocorre mediante análises das mudanças 
ocorridas na organização estrutural e funcional das mesmas, em determinado período de 
tempo (BERTALANFFY, 1975; BUSS et al., 2003; POMPÊO et al., 2013). 
O segundo método de biomonitoramento é denominado botton-up na língua 
inglesa. Esse método analisa, em escala laboratorial, as respostas induzidas por alterações 
nos elementos constitutivos de microssistemas fechados, isto é, sistemas com poucos 
componentes sem trocas significativas de matéria e energia com o meio externo, a fim de 
obter algumas conclusões extrapoláveis para os ecossistemas. Em suma, nesse método os 
dados são obtidos com base nas respostas de organismos aquáticos, expostos a estressores 
específicos, por meio de ensaios biológicos que avaliam biomarcadores de exposição 
moleculares, teciduais, fisiológicos e comportamentais nos organismos-teste 
(BERTALANFFY, 1975; BUSS et al., 2003; KOCHHANN et al., 2015; MONTEIRO et al., 2010; 
POMPÊO et al., 2015). 
As abordagens botton-up são operacionalizadas por ensaios ecotoxicológicos 
padronizados, em complemento às análises físico-químicas. Os bioensaios são testes que 
determinam e quantificam os efeitos tóxicos de substâncias desconhecidas (p. ex., efluente 
industrial) ou de uma substância-teste (drogas, pesticidas, hormônios, etc.) em um 
organismo-teste, com objetivo de simular em laboratório os efeitos observados no 
ambiente aquático, após o lançamento dos agentes químicos. Existem vários ensaios de 
toxicidade já padronizados por organizações de normalização, como, por exemplo, 
American Society for Testing and Materials (ASTM), Environmental Protection Agency 
(EPA), Organization for Economic Cooperation and Development (OECD), Associação 
Brasileira de Norma Técnicas (ABNT) e outras (ARAGÃO; ARAÚJO, 2006). 
Por meio desses ensaios, é possível determinar a toxicidade relativa de diferentes 
substâncias. Os agentes químicos, efluentes líquidos, lixiviados de resíduos sólidos, entre 
outros, podem ser monitorados nos ecossistemas aquáticos para estabelecer os limites 
permitidos para várias substâncias químicas. Desse modo, é possível viabilizar as ações 
Meio ambiente – 21 
 
corretivas apropriadas, bem como estabelecer padrões de qualidade das águas, além de 
priorizar o controle em regiões críticas. Em suma, quanto maior a geração de dados 
ecotoxicológicos sobre determinada substância, maior será a precisão do critério de qualidade 
utilizado, consequentemente aumentando a segurança hídrica (UMBUZEIRO et al., 2010). 
Nesse sentido, a escolha desse organismo-teste deve obedecer a alguns critérios, 
por exemplo, alta sensibilidade, ampla distribuição geográfica e elevada disponibilidade, 
facilidade de cultivo e adaptação às condições laboratoriais. Sendo assim, para estimar com 
mais segurança o impacto do contaminante nos corpos hídricos, é fortemente recomendável 
avaliar o efeito tóxico de uma amostra em mais de uma espécie representativa dos diferentes 
níveis tróficos da biota aquática (COSTA et al., 2008, NÉLIEU et al., 2010). 
Sendo assim, os ensaios de ecotoxicidade podem ser classificados segundo os 
efeitos que os organismos venham apresentar durante o tempo de exposição. O primeiro 
tipo são os ensaios de Toxicidade Aguda. Esses são de curta duração, ocorrendo durante 
48 ou 96 horas, e abrangem apenas parte do ciclo de vida do organismo-teste. Tais ensaios 
avaliam a mortalidade ou a imobilidade dos organismos. Os resultados são expressos como 
CL50 e a CE50, isto é, a Concentração Letal e a Concentração Efetiva a 50% dos organismos 
expostos. O segundo tipo são os ensaios de Toxicidade Crônica. Esses são baseados em 
exposição prolongada, os quais podem abranger todo o ciclo de vida dos organismos-teste 
ou estágios do ciclo de vida mais sensíveis/críticos (ARENZON et al., 2011). 
Nessas análises ecotoxicológicas são avaliados parâmetros subletais como 
reprodução, deformidades e crescimento. Esses resultados normalmente são expressos 
pela maior concentração nominal do agente tóxico que não causa efeito deletério 
estatisticamente significativo na sobrevivência e na reprodução dos organismos nas 
condições de teste. Esse parâmetro é descrito na literatura, de forma resumida, como 
a Concentração de Efeito Não Observado (CENO). Da mesma forma, o resultado pode ser 
expresso pela menor concentração nominal do agente tóxico, a qual causa efeito deletério 
estatisticamente significativo na sobrevivência e reprodução dos organismos nas condições 
de teste. Nesse caso, o parâmetro é denominado, de forma resumida, como Concentração 
de Efeito Observado (CEO). Desse modo, os parâmetros mencionados acima, de forma 
conjunta, permitem a determinação da faixa de sensibilidade e não do valor absoluto de 
concentração do agente tóxico (ARENZON et al., 2011; ZAGATTO, 2006). 
22 
 
Os ensaios de toxicidade podem ser realizados de três formas, a saber: estática, 
semiestática e fluxo contínuo. Na primeira forma, a estática, não há renovação da solução-testedurante o ensaio. A segunda forma, semiestática, é utilizada quando a substância não 
é estável, sendo necessária a substituição da solução-teste em intervalos de tempo 
predefinidos. O terceiro tipo, nos ensaios de fluxo contínuo, a taxa de renovação constante 
da solução, durante os ensaios, visa a manter a concentração da substância tóxica e do oxigênio 
dissolvido, como também eliminar de resíduos de alimentos e excretas nitrogenadas 
(COSTA et al., 2008). 
As espécies de organismos-teste, comumente utilizadas em distintos ensaios de 
toxicidade de efluentes em águas continentais brasileiras foram listadas pelos autores no 
Quadro 1. Esses organismos constituem bioindicadores por apresentarem reações 
comportamentais, fisiológicas e metabólicas que refletem alterações ambientais. 
 
Quadro 1 – Espécies de organismos-teste para ensaios ecotoxicológicos utilizados no Brasil 
 
Tipo de ensaio Organismo-teste Tipo de organismo 
Agudo Daphnia similis Microcrustáceo 
Agudo Daphnia magna Microcrustáceo 
Agudo e crônico Pimephales promelas Peixe 
Agudo e crônico Danio rerio Peixe 
Agudo e crônico Pseudokirchneriella subcapitata Alga 
Crônico Ceriodaphnia dubia Microcrustáceo 
 
Fonte: Adaptado de Arenzon et al. (2011). 
 
Destaca-se, como ressalva, que uma das principais incertezas da toxicologia aquática 
na atualidade é a extrapolação de dados de toxicidade obtidos em testes de laboratório 
para efeitos nos ecossistemas da vida real. Desse modo, pequenas mudanças em determinado 
indicador ambiental podem produzir respostas de dimensões desproporcionais 
em indicadores bióticos dos modelos de predição de impacto (GRIMM et al., 2009; 
SZÖCS; SCHÄFER, 2015). Desse modo, o desenvolvimento da ecotoxicologia depende 
de inovações tecnológicas para a aquisição e processamento dos dados experimentais, 
incluindo o uso de espécies tropicais e subtropicais, ainda não contempladas nos protocolos 
atuais. Nesse sentido, cabe ressaltar que os organismos bioindicadores padronizados 
Meio ambiente – 23 
 
internacionalmente para os ensaios ecotoxicológicos, apesar de serem amplamente 
distribuídos, são oriundos de climas temperados. Assim, essas espécies em ambientes 
tropicais podem responder de maneira completamente diferente frente as condições 
ambientais adversas. No entanto, apesar dessas limitações, essa ciência pode auxiliar, 
de modo relevante, o gerenciamento dos recursos hídricos. 
 
A importância da ecotoxicologia para a gestão dos recursos hídricos 
 
A Constituição Federal de 1988, artigo 225, define que todos têm direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado. Adicionalmente, torna explícito que a água, por ser 
um bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, é um dever do poder 
público e da coletividade preservá-la (BRASIL, 1988). Dessa forma, a Carta Magna busca 
estabelecer uma pauta positiva, favorecendo o diálogo entre empresários, governos 
e representantes da sociedade civil (COSTA; TEIXEIRA, 2017; MOREIRA; PEREIRA, 2016; 
SILVA JÚNIOR et al., 2018). 
Sendo assim, no contexto de recursos hídricos, visando a garantir os princípios 
constitucionais, foi instituída a Política Nacional de Recursos Hídricos pela Lei 9.433/1997, 
sendo definido o Plano Nacional de Recursos Hídricos como um dos instrumentos legais de 
governança da água no Brasil. Esse possui, entre vários objetivos, assegurar padrões 
adequados de disponibilidade hídrica em qualidade e quantidade para a população. Logo, 
a ecotoxicologia pode auxiliar o monitoramento da qualidade das águas, uma das 
macrodiretrizes desse plano (ANA/UNESCO, 2005). 
Desse modo, além da definição do referido Plano, as Políticas Nacionais de Recursos 
Hídricos apresentam a novidade de adotar as bacias hidrográficas como Unidade 
Administrativa. Nessa perspectiva ecossistêmica, é evidenciada toda complexidade 
de localização das mesmas, pois as bacias hidrográficas estão integradas nos espaços 
naturais geográficos, a qual é coordenada pelos Comitês de Bacias Hidrográficas 
(WOLKMER; PIMMEL, 2013). Nesse sentido, a ecotoxicologia pode facilitar esse diálogo 
entre essas unidades administrativas, seja por fornecer informações importantes para 
a preservação ambiental, seja por melhorar a comunicação organizacional entre os gestores 
quando o risco de dano ambiental se transforma em fato, gerando períodos de crises 
ecológicas ou ambientais (BOUZON, 1999; FREITAS; DEL GAUDIO, 2015). 
24 
 
Em primeiro lugar, a ecotoxicologia fornece informações importantes para os 
gestores do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH), os quais 
visam a formular a Política Nacional das Águas. O SINGREH, instituído pela Lei das Águas 
(Lei 9.433/1997), possui o papel principal de fazer a gestão dos usos da água de forma 
democrática e participativa. Além disso, esse Sistema possui outros objetivos relevantes: 
a) coordenar a gestão integrada das águas; b) arbitrar administrativamente sobre os conflitos 
relacionados aos recursos hídricos; c) planejar, regular e controlar o uso da água, bem como 
a recuperação dos corpos d’água; d) promover a criação de critérios racionais para a cobrança 
pelo uso da água. 
O SINGREH é composto pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), pela 
Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental (SRQA), pela Agência Nacional de 
Águas e Saneamento Básico, pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos (CERH), pelos 
órgãos gestores de recursos hídricos estaduais (entidades estaduais), pelos Comitês de Bacia 
Hidrográfica e pelas Agências de Água. Logo, o SINGREH é formado por um conjunto de 
órgãos e colegiados, os quais podem aprimorar a eficiência das decisões tomadas com 
os diagnósticos ecotoxicológicos. 
Em segundo lugar, outra aplicação dessa ciência é na arbitragem de crimes 
ambientais (ALVES; RIETZLER, 2015). Essa ação visa a auxiliar o poder público a mitigar os 
desastres ambientais, por exemplo, o ocorrido com o rompimento da barragem do Fundão 
em 5 de novembro de 2015, na cidade de Mariana-MG, onde toneladas de lama carregada 
de rejeitos da mineração de ferro foram liberadas sobre as margens do rio Doce e seus 
afluentes, cobrindo uma área aproximada de 1.600 ha, havendo perda de vidas humanas 
e afetando a vida de aproximadamente 300 mil pessoas (ANA, 2016). 
Bianchini et al. (2016) realizaram coletas de água e material biológico, no período de 
30/01 a 02/02 de 2016, nos seguintes locais: APA Costa das Algas e REVIS de Santa Cruz; 
REBIO Comboios - Foz do Rio Doce; Barra Nova/São Mateus; Região de Abrolhos e dentre as 
conclusões obtidas no trabalho destaca-se a contaminação por metais pesados das águas 
e bioacumulação em zooplancton de todos os metais analisados (As, Cd, Cr, Cu, Fe, Mn e Pb). 
Logo, esse foi o maior desastre ambiental brasileiro, com graves consequências sociais, 
políticas, econômicas e ambientais, as quais ainda estão sendo mensuradas. 
Meio ambiente – 25 
 
Outro acidente ocorreu três anos após a ruptura da barragem de rejeitos de Mariana. 
Em 25 de janeiro de 2019, a barragem de rejeitos da mina de ferro de Brumadinho operada 
pela Vale S/A rompeu, provocando a morte de pelo menos de 259 pessoas e a dispersão 
da lama tóxica até o rio Paraopeba, aumentando abruptamente a concentração de material 
particulado em suspensão e os elementos químicos tóxicos, afetando imediatamente 
os meios de subsistência locais que dependem de sua água (ROTTA et al., 2020). 
Outro exemplo a ser mencionado, onde a ecotoxicologia poderia ter sido aplicada 
para evitar conflitos sociais, é a atual crise hídrica chilena. O Chile, desde 2010, vivencia 
o período de seca mais severa dos últimos séculos, denominada Mega Seca (MS) 
(MUÑOZ et al., 2020). A associação das condições da MS com as práticas de produção 
agrícola intensiva e o modelo de gestão privada dos recursos hídricos, o qual 
frequentemente viola os direitos humanos de acesso à água,classifica este país como 
possuidor de elevado risco de colapso dos recursos hídricos, quando comparado a todos 
os outros países do continente americano, nos próximos anos (BOLADOS GARCÍA et al., 2018). 
Nesse sentido, os pesquisadores chilenos necessitam, urgentemente, de recursos financeiros 
para realizarem ensaios ecotoxicológicos a fim de garantir que a pouca quantidade de água 
potável disponível no país tenha qualidade, isto é, seja livre de arsênio e outros elementos 
tóxicos para a saúde humana (DANIELE et al., 2019; MARCHINI, 2005; SIQUEIRA et al., 2019). 
Em último lugar, mas não menos importante, está a aplicação da ecotoxicologia 
como ferramenta para a promoção da saúde. Esse termo possui vários conceitos, os quais 
evoluíram historicamente e em vários contextos, evidenciando a evolução das ideias nessa 
área das Ciências da Saúde. Nesse sentido, atualmente, o mais aceito é o da Organização 
Mundial de Saúde (OMS), que define que Saúde é um estado de completo bem-estar físico, 
mental e social e não apenas a ausência de doença, divulgado na carta de princípios de 7 de 
abril de 1948 (Dia Mundial da Saúde) (SCLIAR, 2007). 
Nessa ótica, foi promulgada a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, também 
conhecida como Lei Orgânica da Saúde. Esta define as diretrizes para organização 
e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e amplia o conceito de saúde, no seu 
artigo terceiro, os fatores determinantes e condicionantes da mesma. Nesse sentido, essa lei 
institucionaliza a Vigilância em Saúde Ambiental no SUS, a qual possui como finalidade 
recomendar e adotar medidas de promoção da saúde ambiental, prevenção e controle dos 
fatores de risco relacionados às doenças e outros agravos à saúde. Para isso, alguns itens são 
26 
 
monitorados, tais como: a) água para consumo humano; b) ar; c) solo; d) contaminantes 
ambientais e substâncias químicas; e) desastres naturais; f) acidentes com produtos 
perigosos; g) fatores físicos, e h) ambiente de trabalho. 
Desse modo, essa área da Saúde Pública foi estruturada e institucionalizada 
no âmbito do Ministério da Saúde, mediante a publicação do Decreto 3.450, de 2000, e na 
Instrução Normativa SVS/MS 1, de 2005. Em 2006, a Coordenação-Geral de Vigilância 
em Saúde Ambiental (CGVAM) publica os dados e indicadores em saúde ambiental, 
incorporando nesse conceito ampliado de Saúde os determinantes sociais e econômicos, 
que resultam em mudanças na situação ambiental, exposições e efeitos sobre a saúde. 
Logo, essa formalização foi resultado de um processo histórico de conscientização da 
importância da saúde ambiental e um grande avanço nas políticas públicas de promoção 
à saúde (NETTO et al., 2019). 
Nesse contexto, foi instituído o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da 
Água para Consumo Humano (VIGIAGUA) sendo atualmente coordenado, na esfera federal, 
pela Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM) do Departamento 
de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST), vinculado à Secretaria 
de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (BRASIL, 2016). 
Sendo assim, a vigilância da qualidade da água para consumo humano é definida 
como o conjunto de ações adotadas, de modo contínuo, as quais visam a garantir que a água 
consumida pela população atenda ao padrão de potabilidade estabelecido na legislação 
vigente. Ela também busca avaliar e prevenir riscos que os sistemas de abastecimento de 
água podem representar à população abastecida. Para isso, o Vigiagua abrange todo 
o sistema de produção de água potável, desde a captação até o ponto de consumo. Isso 
inclui estações de tratamento, reservatórios e sistemas de distribuição (BRASIL, 2016). 
Dessa forma, a ecotoxicologia surge como uma ferramenta de promoção da saúde 
ambiental (MAGALHÃES; FERRÃO FILHO, 2008). Nesse sentido, possuir a expertise de 
avaliar a contaminação da água por compostos tóxicos é um componente relevante nas 
políticas de valoração dos recursos hídricos e de inclusão social das populações humanas 
(FENT et al., 2006). Por meio do uso de biomarcadores em programas de vigilância ambiental, 
é possível gerar informações pela integração de dados pontuais, como também por meio 
de inteligência artificial e big data, termo que denomina uma estratégia de captura, 
processamento e armazenamento de uma grande quantidade de dados (DIAS; VIEIRA, 2013). 
Meio ambiente – 27 
 
Essas tecnologias digitais de comunicação e informação possuem a finalidade de 
criar grandes bancos de dados com informações que possibilitam criar inteligência 
ambiental para superar as fronteiras da Toxicologia (SCHROEDER et al., 2016). 
Entretanto, tais ações devem estar alinhadas às necessidades dos usuários em 
conjunto com as organizações nos quesitos de identidade, propriedade, reputação 
e privacidade (DIAS; VIEIRA, 2013). Enfim, os dados de ecotoxicologia devem ser tratados 
de forma ética e transparente, com divulgação ampla e analisados por equipes 
multidisciplinares, a fim de promover o gerenciamento participativo. 
Destacam-se, portanto, as possíveis contribuições da ecotoxicologia com a gestão dos 
recursos hídricos tanto no aspecto de quantidade quanto na qualidade das águas oferecidas 
para consumo humano. É importante destacar que existe uma grande expectativa que esta 
ciência aumente a consciência ambiental das populações (GORNI et al., 2016). Desse modo, 
espera-se que o comportamento dos consumidores dos recursos hídricos também seja 
modificado significativamente nos próximos anos. As novas gerações deverão buscar 
produtos verdes, isto é, que não poluam os ecossistemas aquáticos durante o seu processo 
de manufatura e comercialização, implementando nova postura socialmente responsável 
(ARRUDA FILHO et al., 2019; SEVERO et al., 2019). Em suma, ações que visem à 
transferência de conhecimento as quais favorecem o desenvolvimento da estrutura de 
comunicação da informação sobre a água (OTHMAN et al., 2018). Para isso, a informação 
pública e compreensível é o primeiro passo para melhorar a gestão da água. Essas precisam 
ser agrupadas de forma simples, a fim de facilitar que o maior número de pessoas participe 
de decisões relacionadas à água (BRODY et al., 2014). 
 
Resumo das discussões ocorridas durante o IV Workshop Internacional sobre Planejamento 
e Desenvolvimento Sustentável em Bacias Hidrográficas 
 
Devido ao fato de esse evento internacional abordar a temática do 
desenvolvimento sustentável das bacias hidrográficas, o mesmo foi escolhido para realizar 
discussões sobre ecotoxicologia. Essas ocorreram no período de 11 a 15 de julho de 2017, 
na Universidade Federal de Uberlândia, campus de Uberlândia, Minas Gerais. Mediante 
observação e registro das narrativas dos participantes do minicurso intitulado 
“Ecotoxicologia Aplicada aos Organismos Aquáticos; Relações Água, Recursos Hídricos 
e Saúde Animal” foi possível destacar a relevância dos seguintes tópicos nessa discussão: 
28 
 
 a) o monitoramento ecotoxicológico: destacou-se a importância e a necessidade de 
recursos para a realização de monitoramentos ecotoxicológicos dentro desse tema. Uma 
fonte de financiamento possível, destacada entre os presentes, seriam os Comitês de Bacias 
Hidrográficas. Segundo os presentes, sobram recursos nesses órgãos, os quais poderiam 
destinar apoio financeiro para criar novos projetos, bem como manter os existentes dentro 
nessa temática. Outra possibilidade elencada foi o financiamento privado dessas pesquisas. 
No entanto, alguns participantes argumentaram que essa estratégia pode comprometer 
a independência do pesquisador na publicação dos resultados, caso a empresa em questão 
não possua um comprometimento real com a questão ambiental; 
b) os ensaios ecotoxicológicos: segundo os participantes, há uma carência de pessoas 
especializadas na área e pouca regulamentação técnica no Brasil. A palestrante e os 
participantesrelataram exemplos de vários erros técnicos cometidos nessa área. A falta de 
espaços dentro da Universidade para abordar essa questão foi atribuída como uma causa 
da ausência da discussão técnica, fato que compromete a qualidade dos trabalhos 
apresentados e inibe a conscientização da sociedade civil. Consequentemente, por sua vez, 
gera pouca demanda pelos serviços de biomonitoramento ecoxicológico; 
c) os padrões ecotoxicológicos: em relação à padronização, destacou-se que há 
algumas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), mas ainda está longe 
de haver uma política nacional que defina os parâmetros ecotoxicológicos aceitáveis na água 
consumida pelo cidadão brasileiro, bem como aquela destinada à preservação e saúde dos 
organismos aquáticos. Isso faz com que as empresas que possuem Estações de Tratamento 
de Esgoto não sejam obrigadas a realizar bioensaios no lançamento de efluentes. 
Para finalizar, os participantes consideraram que, apesar de a ecotoxicologia ser uma 
ciência nova, essa irá gerar conhecimentos técnicos importantes, que tenderão a ter cada 
vez mais demanda socioambiental, visando a garantir que as populações humanas tenham 
equidade e justiça social no acesso à água de qualidade. O curso buscou ressaltar a 
importância da ecotoxicologia e despertar a atenção dos gestores de bacias hidrográficas 
para a necessária e premente articulação entre as áreas para promover a gestão e o uso 
sustentável dos recursos hídricos, em consonância com os objetivos da Agenda 2030. 
 
Meio ambiente – 29 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A ecotoxicologia é uma ciência nova que pode auxiliar o gerenciamento dos 
recursos hídricos. No entanto, o uso da mesma como ferramenta de gestão depende 
de contínuos investimentos na formação de recursos humanos e do aperfeiçoamento 
da legislação brasileira específica para avaliação ecotoxicológica desses recursos. 
 
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