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Módulo 2 2 - Livro Informática Empresarial

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A
pr
es
en
ta
çã
o Informática Empresarial
O objetivo principal da disciplina é 
proporcionar ao aluno do curso de Ciências 
Contábeis conhecimentos específicos em Tec-
nologia da Informação (TI), quando essa tecnolo-
gia estiver associada às atividades dos contabilistas na 
sua formação profissional e na sua atuação no mercado 
de trabalho, tanto na área pública quanto na área privada.
Como requisito para essa disciplina, o aluno, em etapas ante-
riores, adquiriu conhecimento a respeito de Informática Básica, 
Contabilidade Geral e Administração Geral.
Dessa forma, o material foi elaborado reapresentando conceitos já 
conhecidos do aluno sob a óptica da informatização.
Numa primeira etapa, retomaremos todos esses conceitos e os impac-
tos, sobre eles, da informatização, de forma a assegurar ao aluno uma 
base teórica a respeito da TI. Numa segunda etapa, o material propõe 
atividades práticas de uso do computador para que o aluno tenha ver-
dadeiro contato com algumas ferramentas básicas computacionais em 
aplicações reais na contabilidade.
Como suporte a essa segunda etapa, serão disponibilizados materiais de 
apoio à consecução das atividades práticas.
“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não 
é um feito, mas um hábito” – ARISTÓTELES
 
U
nU
Ua
Ue
 U
 
U
nU
Ua
Ue
 U
A Empresa Sistêmica
Quando um médico analisa uma 
apendicite e como solução ele recomen-
da uma operação para extirpar o apêndice, 
ele está agindo de forma cartesiana, ou seja, 
atribuindo ao fato uma causa geradora que pode ser 
provada como verdade se colocada em dúvida.
Este pensamento, o cartesiano, ajudou muito a ci-
ência, colocando de lado filosofias escoláticas e/ou grega 
antiga (que acreditavam que as coisas existem por uma ne-
cessidade de existir) e enfatizando a necessidade de provar tudo 
aquilo sobre o qual se pode duvidar.
Contudo, falando de empresas, não podemos agir de forma 
cartesiana. Isso porque a empresa é um emaranhado de componen-
tes que se relacionam entre si gerando um todo muito maior do que a 
soma das partes, ou seja, um todo sinérgico.
Então, para modelar uma empresa, é necessário lançar uso do 
modelo sistêmico, que leva em consideração o trabalho mútuo entre 
várias partes, a inter-relação dessas partes com o mundo externo e, tam-
bém, leva em consideração a existência de uma força adicional que surge 
no momento em que essas partes do sistema começam a trabalhar juntas.
Então, neste capítulo, entenderemos melhor o que são sistemas, 
empresas e como podemos construir sistemas de informação, que não são 
sistemas que necessariamente fazem uso de tecnologia da informação, 
mas são sistemas construídos para o gerenciamento de informações.
Objetivos da sua aprendizagem
• Entender o significado e a importância dos Sistemas de In-
formação para os negócios;
• Relatar as principais evoluções ocorridas, ao longo do 
tempo, nos Sistemas de Informação.
• Compreender os diferentes tipos de Sistemas de In-
formação e suas principais aplicações nas empresas;
• Entender quais são os Sistemas de Informação 
que se aplicam a todos os níveis organizacionais de 
uma empresa;
358
Informática empresarial
• Relacionar os diferentes tipos de Sistemas de Informação e os ní-
veis organizacionais aos quais são mais indicados..
Você se lembra?
1) Você se lembra da Teoria Sistêmica?
Você já deve ter estudado sobre esse assunto em disciplinas anterio-
res, como Administração, quando se tratou da chamada “Teoria Sistêmica”.
Caso não se recorde, releia seus materiais sobre a Teoria Sistêmica, 
pois ela servirá de base para discutirmos essa primeira seção de nossa 
disciplina.
2) Você se lembra da diferença entre dados e informações, que dis-
cutimos na disciplina de Microinformática?
Caso não se lembre, releia seus materiais sobre esse assunto.
359
A Empresa Sistêmica - Unidade 1
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A Empresa SUstêmUcaU.U 
O termo Sistema e todo o seu significado fazem parte do nosso coti-
diano, seja pessoal ou profissional.
Observe atentamente ao seu redor e analise o ambiente em que você 
vive ou trabalha. Já parou para pensar sobre em quantos “sistemas” você 
está inserido, de forma direta ou indireta?
Devido à imensidão de sistemas com o quais nos relacionamos, an-
tes de entrar a fundo no objeto de nossa disciplina, vamos tratar apenas do 
sentido do termo Sistema e de todo o impacto que ele causa na adminis-
tração de uma empresa.
Para tanto, vamos começar definindo o significado do termo Sistema. 
Sistema
Conjunto de partes, elementos, meios ou órgãos que, partindo de 
uma ou de várias entradas, interagem de forma conjunta, com o objetivo 
de processar e transformar as entradas em uma ou em várias saídas.
(MIGLIOLI, 2007)
A figura a seguir ilustra o conceito de Sistema que acabamos de 
apresentar.
Observe atentamente essa figura e toda a discussão sobre Sistemas 
que estamos fazendo. Dessa forma, dificilmente você se esquecerá do 
conceito de Sistema.
Objetivos
Entradas Saídas
Processamento
Feedback e 
controle
Modelo genérico de sistema
MIGLIOLI (2007).
A Empresa Sistêmica - Unidade 1
360
Informática empresarial
A partir dessa figura, e com o auxílio de O’Brien (2004), vamos 
identificar as atividades ou componentes básicos de qualquer sistema:
Entrada:• 
Envolve a captação de elementos que entram no sistema para –
serem processados.
Processamento:• 
Diz respeito aos processos de transformação que convertem –
os insumos (entradas) em produtos.
Saída:• 
Envolve a transferência de elementos produzidos em um pro- –
cesso de transformação até seu destino final.
Feedback:•	
São dados sobre o desempenho do sistema. –
Controle:• 
Envolve a avaliação e o monitoramento do feedback, a fim –
de determinar se o sistema está no rumo da realização de seus 
objetivos.
Diante de tudo isso, podemos dizer que os exemplos a seguir, entre 
vários outros, são casos típicos de sistemas:
Sistema... Exemplo
...de transportes coletivos.
...rodoviário do seu estado.
...bancário brasileiro.
361
A Empresa Sistêmica - Unidade 1
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...aéreo do nosso país.
...circulatório, digestivo, respira-
tório, todos do nosso corpo.
...de normas da ISO ou do INME-
TRO.
Exemplos de sistemas
MIGLIOLI
Vamos agora definir um conceito de Empresa, de modo a enquadrá-
lo em qualquer uma, seja ela industrial, comercial, de serviços, particular, 
pública, de economia mista, com ou sem fins lucrativos.
Empresa
Conjunto organizado de recursos, áreas e processos que, partindo de 
vários insumos, produz e oferece bens e/ou serviços, com o objetivo de 
atender a alguma necessidade humana.
(MIGLIOLI, 2007)
362
Informática empresarial
Analise e compare o conceito de Empresa que acabamos de apre-
sentar com o conceito de Sistema que vimos anteriormente.
Você percebe alguma semelhança entre uma Empresa e um Sistema?
Podemos afirmar que uma Empresa é um exemplo típico de um Sis-
tema. Visualize em sua mente uma empresa com as seguintes “partes” ou 
“elementos”:
áreas (setores, departamentos);1. 
processos (atividades, tarefas);2. 
profissionais (pessoas); e3. 
recursos (materiais, financeiros, humanos e tecnológicos).4. 
Considere que essas partes estão organizadas, produzindo e ofere-
cendo produtos (bens e/ou serviços) a vários consumidores (clientes).
Pensando assim, estamos analisando uma empresa por meio da cha-
mada “Visão Sistêmica”, ou holística, sinérgica, como defendem alguns 
pensadores.
A figura a seguir ilustra uma empresa visualizada de maneira sistê-
mica.
ECONOMIAGOVERNO CULTURA
MERCADO
FINANCEIRO
MÃO-DE-OBRA
FORNECEDORES
CONHECIMENTO
ACIONISTAS
CLIENTES
Produtos e 
serviços
CONCORRÊNCIA
FINANÇAS
PRODUÇÃO /
OPERAÇÕES
MARKETING
DIREÇÃO
RECURSOS 
HUMANOS
EMPRESA
Estratégias e feedback
Lucro
Pedidos e 
feedback
Produtos e 
serviços
Capital ($)
Pessoas
serviços
Materiais, equipamentos e 
inovação
Informação, tecnologia e 
Visão sistêmica de uma empresa.
MIGLIOLI (2007) a partir de ALBUQUERQUEe ROCHA (2007).
363
A Empresa Sistêmica - Unidade 1
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Observe, pela figura anterior, que uma empresa é um típico sistema 
aberto.
Sistemas abertos
Sistema aberto é um grande sistema que interage e sofre ações de 
outros sistemas externos (governo, política, economia, cultura etc.) e 
também de seus subsistemas internos (produção, marketing, finanças e 
recursos humanos).
Reflita
Analise atentamente as duas figuras anteriores e o 
que discutimos até agora.
Pense e reflita na relação existente entre uma Em-
presa e um Sistema.
 
Para finalizar nossa discussão sobre a importância da visão sistêmi-
ca, vamos identificar algumas das vantagens de aplicá-la na Administra-
ção das Empresas:
Maior sincronismo entre todas as partes (subsistemas) da empresa • 
com os seus objetivos estratégicos;
Possibilidade de reação mais rápida e eficaz no que diz respeito às • 
ações impostas (ameaças e oportunidades), tanto externas quanto 
internas;
Identificação mais rápida das causas dos pro-• 
blemas, para assim focar na resolução e 
nas melhorias localizadas;
Melhor sintonia e fluência entre os • 
processos de negócios;
Minimização do retrabalho e daquelas • 
atividades que não agregam valor;
Aumento da qualidade e, por conse-• 
guinte, da produtividade da empresa;
Aumento na competitividade e na lucrativi-• 
dade empresarial. 
Conexão:
Pensamento sistêmico 
Quer se aprofundar um pouco 
mais sobre o pensamento sistêmico? 
Então consulte o site http://pt.wikipedia.
org/wiki/Pensamento_sist%C3%AAmico 
da Wikipédia que explica um pouco so-
bre os paradigmas da ciência segundo 
o pensamento sistêmico. Depois, 
faça um paralelo com o que 
estudamos aqui.
364
Informática empresarial
O que são sUstemas Ue UnformaçãoU.2 
Agora que você já sabe o que é um sistema e reforçou sua percepção 
sobre a importância da visão sistêmica para as empresas, estamos prontos 
para iniciar nossa discussão sobre algo mais próximo do contexto da nos-
sa disciplina, ou seja, os Sistemas de Informação.
Podemos dizer que todo sistema que manipula e gera informações, 
usando ou não dos recursos da TI (Tecnologia da Informação), pode ser 
considerado como um Sistema de Informação. 
Por exemplo: um simples fichário manual, com formulários de pa-
pel, contendo dados sobre clientes pode ser chamado de sistema de infor-
mação. Mas é óbvio que não podemos dizer que esse sistema do fichário 
manual seja um Sistema de Informação por Computador.
O que iremos abordar agora são exatamente esses sistemas de infor-
mação por computador, ou seja, aqueles que dependem dos recursos míni-
mos da TI, como hardware e software. Chamaremos, de agora em diante, 
esses sistemas de Sistemas de Informação, ou simplesmente SI.
Vejamos, então, as definições de SI na opinião de diferentes autores:
Sistemas de Informação
Conjuntos de componentes inter-relacionados que coletam (ou 
recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destina-
das a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma 
organização. (LAUDON e LAUDON, 2007)
Composição de recursos humanos (pessoas), hardware (equipa-
mentos), software (programas e procedimentos), dados (toda in-
formação que trafega pelo SI) e redes (meio de comunicação), que 
oferecem suporte ao desenvolvimento dos principais papéis empre-
sariais. (O’BRIEN, 2004)
Elemento que fornece, usa e distribui informações, automatizando 
processos, contendo possivelmente computadores, e seu uso requer 
um entendimento da organização, gestão e tecnologia da informa-
ção. (ROCHA, 2002)
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Sistemas abertos
Conjunto de elementos 
inter-relacionados que coletam 
(ou resgatam), processam, armazenam 
e disseminam informações ao longo dos 
processos de negócios das empresas, 
a fim de apoiá-las em seus níveis operacional, 
tático e estratégico.
(MIGLIOLI, 2007)
Comparando com uma 
indústria, um SI seria uma “fá-
brica” que gera como “pro-
duto final” as informações, 
a partir da entrada e do 
processamento de algu-
mas “matérias-primas”, 
chamadas de dados.
Para poder-
mos nos aprofundar 
nos conceitos de siste-
mas de informações, é de 
suma importância o entendimento de dados e informações.
Como esses conceitos possivelmente já foram vistos em 
disciplinas passadas do curso, vamos aqui apenas relembrá-los, segundo 
os itens abaixo baseados em Miglioli (2007):
Dados:• 
Fatos ou observações crus, normalmente sobre fenômenos –
físicos ou transações de negócios;
Atributos ou características de entidades; –
Nomes, quantidades e valores monetários registrados em for- –
mulários de vendas representam dados sobre transações da 
área comercial.
Informações:• 
 Dados que foram convertidos (processados) em um contexto –
significativo e útil para os usuários finais;
Os dados organizados de maneira a fornecer consultas sobre a –
quantidade de vendas por tipo de produto, regiões de vendas 
ou vendedor, são considerados informações sobre as transa-
ções da área comercial.
Entenda melhor essa “fábrica” de informações, analisando a figura 
a seguir. 
366
Informática empresarial
Processamento
InformaçõesDados
“Matérias-Primas”
AC15454SP5CSEKK
DD5S54SVBASCAC
1215454545SSP
“Produtos Finais"
- Relatório sobre as
vendas regionais;
- DRE contábil;
- Entre outros.
SISTEMA DE 
INFORMAÇÃO
Modelo de sistema de informação
MIGLIOLI (2007).
Observe de outra maneira, analisando agora a figura a seguir:
Dados Informação
331 Detergente Brite 1,29
863 Café BL Hill 4,69
173 Meow Cat 0,79
331 Detergente Brite 1,29
663 Country Ham 3,29
524 Fiery Mustard 1,49
113 Ginger Root 0,85
331 Detergente Brite 1,29
 ·
 ·
 ·
Região de vendas: Nordeste
Loja: Superloja nº 122
Nº ITEM
331
DESCRIÇÃO
Detergente Brite
UNIDADES
VENDIDAS
7.156
TOTAL DE
VENDAS NO ANO
$ 9.231,24
Matérias-primas e produtos finais de um SI
Baseado em LAUDON e LAUDON (2007).
Diante do que vimos nessas duas figuras, podemos identificar três 
grandes funções dos SI:
entrada• e coleta, de forma organizada dos dados que serão proces-
sados;
367
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processamento,• que transforma esses dados em saídas úteis;
saída, • que é o resultado das duas etapas anteriores. É o fim do ciclo, 
tendo como produto acabado as informações gerenciais e os servi-
ços aos usuários finais.
Após discutirmos os conceitos básicos, podemos dizer que os 
Sistemas de Informação são soluções que permitem mudar as posturas 
empresariais perante o ambiente, uma vez que distribuem as informações 
necessárias para:
otimizar as atividades inerentes a tomada de decisões;• 
coordenar e controlar processos de negócios;• 
analisar problemas;• 
entre outros.• 
Sabemos, também, que os objetivos de uma empresa são variados. 
No entanto, quando tratamos de empresas com fins lucrativos, um dos 
principais objetivos é a geração de lucros obtidos por meio dos seus pro-
dutos e serviços. Por isso, toda empresa precisar ter bons mecanismos 
de controles e buscar melhorias contínuas em seus processos, a fim de 
potencializar os lucros e reduzir as despesas (BATISTA, 2004). E é aí que 
entram os sistemas de informações como ferramentas para auxiliar as em-
presas na busca desses objetivos.
Reflita Como os SI podem auxiliar as empresas na melhoria 
de seus processos, nos seus controles e no aumento de 
sua lucratividade?
Várias são as maneiras como os SI auxiliam as empresas. Em linhas 
gerais, agrupamos em três categorias:
apoio operacional, ou seja, agilidade nos • 
processos de negócios;
aumento das informações para tomada • 
de decisões gerenciais;
apoio à vantagem competitiva, fornecen-• 
do informações e indicadores para a de-
finição, acompanhamento e reformulação 
de estratégias.
Conexão:
Sistemas de Informações 
Quer ser aprofundar um pouco mais 
nos conceitos de sistemas de informa-
ções? Se sim, você pode começar con-
sultando o site http://pt.wikipedia.org/wiki/
Sistema_de_informa%C3%A7%C3%A3o.Em seguida, você pode ler o capítulo 2 
do livro “Administração de Sistemas 
de Informação”, do autor Pedro 
Luiz Côrtes, da editora 
Saraiva.
368
Informática empresarial
A evolução Uos sUstemas Ue UnformaçãoU.3 
De acordo com Rezende (2003), os conceitos de empresa e de sis-
temas existem há muito tempo. Segundo o autor, esses conceitos estão 
representados nestas aplicações históricas:
4000 a.C.: Jacó e Labão tinham controle quantitativo da criação e • 
comercialização de ovelhas, caracterizando um sistema e, conse-
quentemente, uma empresa;
3000 a.C.: os egípcios e os babilônios registravam em pedras as • 
suas transformações financeiras.
Você já deve ter estudado, em outras disciplinas, que, com a chega-
da do século XVIII, outros tipos de sistemas surgiram e marcaram época:
Taylor (1890): administração científica e os processos administrati-• 
vos;
Fayol (1900): sistema de centralização formal e impessoal;• 
Ford (1909): sistema de produção em massa;• 
Weber (1910): sistema de burocracia empresarial.• 
De acordo com O’Brien (2004), grandes evoluções ocorreram ao 
longo dos anos seguintes, fazendo com que as empresas sentissem ne-
cessidade de procurar opções para diferenciar e melhorar seus métodos e 
procedimentos de trabalho.
Você se recorda da evolução dos computadores, que discu-
timos na disciplina de Microinformática?
Caso não se recorde, releia seus materiais sobre esse as-
sunto, pois os sistemas de informação acompanharam, e muitas 
vezes até hoje incentivam, a evolução dos computadores.
Vamos, com o apoio de O’Brien (2004), percorrer a evolução dos 
sistemas de informação.
Até os anos de 1960, os sistemas de processamento de dados, 
contabilidade e processamento de transações simples eram funções 
básicas dos Sistemas de Informação. Um pouco mais tarde, seria ela-
borado o conceito de Sistemas de Informações Gerenciais (SIG), que 
forneciam relatórios priorizando o apoio à tomada de decisões dos 
usuários finais gerenciais.
369
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Mesmo com esse apoio, as necessidades não estavam sendo devida-
mente atendidas. Surge, então, nos anos de 1970, o conceito de Sistemas 
de Apoio à Decisão (SAD), que forneciam, para usuários gerenciais, apoio 
ad hoc e interativo nos processos decisórios.
Nos anos 1980, o desenvolvimento do processamento do micro-
computador foi um dos principais impulsionadores para os Sistemas de 
Informação. A partir de então, os usuários finais puderam usar em suas 
estações de trabalho, seus próprios recursos de computação, sem precisar 
contar mais com o suporte dos departamentos de informática da empresa, 
os antigos CPDs.
Um segundo papel importante foi o desenvolvimento dos Sistemas 
de Apoio ao Executivo (SAE), a fim de proporcionar maior apoio aos altos 
executivos que não haviam se adaptado aos Sistemas de Apoio à Decisão.
Com a explosão da tecnologia entre o final da década de 1980 e o 
início da de 1990, aliado ao crescimento das redes de telecomunicações, o 
potencial dos Sistemas de Informação nos negócios teve grande evolução, 
impulsionando, apoiando e gerenciando as operações das organizações. 
Surgem, então, os famosos sistemas ERP.
Observe, na figura a seguir, a evolução dos Sistemas de Informação 
ao longo dos anos.
Tempo Anos 50
Sistema de
informação
Mudanças
técnicas
Anos 60 Anos 70
Sistema de
informação
Controle
gerencial
Anos 90Anos 80
Sistema de
informação
Atividades
institucionais centrais
2000 2005
Sistema de
informação
Fornecedores, clientes
além das fronteiras
da empresa
Evolução dos sistemas de informação.
LAUDON e LAUDON (2007).
Por enquanto, não se preocupe com esses tipos de sistemas (SIG, 
SAD, SAE, ERP), pois iremos estudá-los detalhadamente nos próximos 
temas de nossa disciplina.
370
Informática empresarial
CategorUas e tUpos Ue sUstemas Ue UnformaçãoU.4 
Temos consciência de que em uma empresa existem diferentes ne-
cessidades, interesses, especialidades e níveis de organização. Em função 
disso, existem diferentes categorias e tipos de Sistemas de Informação, os 
quais, por melhor que sejam, não conseguem, sozinhos e isoladamente, 
fornecer as informações para todas as áreas da empresa.
De acordo com os autores Laudon e Laundon (2007), quatro são as 
principais categorias de Sistemas de Informação que atendem às necessi-
dades dos diferentes grupos (níveis) organizacionais de uma empresa:
SIs para o Nível Operacional;• 
SIs para o Nível de Conhecimento;• 
 SIs para o Nível Gerencial;• 
 SIs para o Nível Estratégico.• 
Veja, na figura a seguir, o que acabamos de apresentar:
TIPOS DE SISTEMAS
DE INFORMAÇÃO
ÁREAS
FUNCIONAIS
GRUPOS
ATENDIDOS
Gerentes
seniores
Gerentes
médios
Trabalhadores do
conhecimento e de dados
Gerentes
operacionais
Recursos
humanos
ContabilidadeFinanças
Nível de
conhecimento
Nível
gerencial
Nível 
estratégico
Vendas e 
marketing
Nível
operacional
Fabricação
Categorias de SIs e os usuários atendidos.
Baseado em LAUDON e LAUDON (2007).
Com o auxílio de Laudon e Laundon (2007), vamos analisar separa-
damente cada categoria de SI:
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Sistemas para o Nível Operacional:• 
Atendem às necessidades dos usuários operacionais, facilitan- –
do e acompanhando-o nas atividades e transações do dia a dia 
da empresa, como faturamento, contas a receber, recebimento 
de materiais dentro da fábrica, contas a pagar, entre outros;
Essa categoria de sistema procura responder às questões básicas –
dos processos de negócios, através, por exemplo, de relatórios de 
saldos estoques, consulta aos pagamentos do dia, entre outros;
De maneira geral, essa categoria de SI faz um acompanha- –
mento nas transações do dia a dia de uma empresa;
Podemos citar, como exemplos de SI para o nível operacional, –
aqueles sistemas que registram o apontamento das horas tra-
balhadas pelos funcionários da produção de uma fábrica.
Sistemas para o Nível de Conhecimento:• 
Auxiliam as empresas a aplicar novas tecnologias em seu ne- –
gócio, em busca de controle e organização das informações e 
dos documentos;
Os trabalhadores desse nível organizacional são normalmen- –
te pessoas com educação formal e profissões reconhecidas, 
como engenheiros e projetistas, que geram novas informações 
para os demais processos da empresa;
Como exemplo dessa categoria de sistemas podemos citar os –
softwares do tipo CAD.
Sistemas para o Nível Gerencial:• 
Procura atender às necessidades de controle e tomadas de de- –
cisão dos gerentes táticos;
As principais questões identificadas por esse sistema são veri- –
ficar como está o andamento da empresa, emitir relatórios de 
operações, medir indicadores de produção em casos de gran-
des demandas;
Além disso, essas informações nem sempre serão geradas no –
ambiente interno, necessitando da coleta de dados no ambien-
te externo da organização, como, por exemplo, cotação do dó-
lar e outros índices econômicos.
372
Informática empresarial
Sistemas para o Nível Estratégico:• 
Ajudam as diretorias a elaborar e desenvolver estratégias e ten- –
dências da empresa no seu ambiente externo em longo prazo;
Questões como nível de empregos nos próximos cinco anos –
e tendências de mercado são algumas análises a serem feitas 
pelos sistemas dessa categoria.
Você se recorda do tipo de software aplicativo, que discuti-
mos na disciplina de Microinformática?
Caso não se lembre, releia seus materiais sobre esse assun-
to, pois os sistemas que iremos apresentar nos próximos parágra-
fos são exemplos típicos de softwares aplicativos.
Você deve ter percebido que, para cada nível organizacional da 
empresa, existe uma categoria específica de sistema de informação, com 
objetivos e questões diferentes, as quais, obviamente, se enquadram nas 
necessidades de cada nível.
Se não percebeu, veja novamente a figura anterior, pois agora va-
mos descer “um nível” em nossa análise e explorar quais são os tipos 
específicos de Sistemas de Informação, que atendem aos diferentesníveis 
organizacionais de uma empresa. 
Novamente com o auxílio de Laudon e Laundon (2007), vamos ana-
lisar separadamente cada tipo de SI:
Sistemas de Processamento de Transações (SPTs):• 
Esses sistemas são utilizados pelo nível operacional; –
São sistemas que realizam transações básicas em uma em- –
presa, como registro de ponto (frequência) dos funcionários e 
emissão de nota fiscal;
Um exemplo básico de um SPT é o sistema de registro de frequ- –
ência dos funcionários, que fornecem dados para o sistema de fo-
lha de pagamento, que faz o acompanhamento dos salários pagos 
aos funcionários. Esse sistema é composto de nomes, endereços 
e todos os dados dos funcionários. Novos dados são inseridos 
nesse sistema, modificando e atualizando seus dados anteriores, 
sendo assim gerados relatórios (informações) e enviados para 
acompanhamento da gerência, que aprova e emite os cheques de 
pagamentos e faz os procedimentos recomendados;
373
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.2
Pelo que percebeu, esse tipo de sistema é essencial para a em- –
presa, pois ele contém todas as informações básicas do dia a 
dia empresarial.
Sistemas de Trabalhadores do Conhecimento (STCs) e/ou Sistemas • 
de Automação de Escritório:
Os STCs e os Sistemas de Automação de Escritórios atendem –
as necessidades de informação no nível de conhecimento da 
empresa;
Esses sistemas colaboram com os funcionários da empresa no –
desempenho das suas tarefas de criação de conhecimento, além 
de auxiliar nos escritórios da empresa, nos diferentes setores;
Temos como exemplo desses tipos de sistema: AutoCAD, Mi- –
crosoft Visio e todo o pacote Office (Word, Excel etc).
Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs):• 
OS SIGs oferecem suporte às questões gerenciais da empresa, –
fornecendo relatórios e acessos aos registros de desempenho 
da organização;
Tem como principais funções o apoio no planejamento e con- –
trole das decisões;
É muito importante você saber que: –
Embora vários autores argumentem que o SIG atenda ▪
apenas ao nível gerencial, é fato, no ambiente atual das 
empresas, que vários funcionários do nível operacional 
também utilizem esses sistemas, a fim de consultar in-
formações sobre o andamento de suas áreas ou proces-
sos de negócios;
Esse fato se deve, predominantemente, às habilidades mul- ▪
tidisciplinares dos colaboradores e da descentralização na 
tomada de decisões. (MIGLIOLI, 2007)
Sistema de Apoio à Decisão (SADs):• 
Entre o nível gerencial e o estratégico, temos os Sistemas de –
Apoio à Decisão (SADs);
A partir dos SIGs, os Sistemas de Apoio à Decisão (SADs) –
também atendem às necessidades do nível tático (gerencial) 
da empresa;
374
Informática empresarial
Esse tipo de sistema possibilita à gerência tomar algumas –
decisões não padronizadas e que, além de se alterarem com 
frequência, não são predefinidas;
Os SADs são desenvolvidos para: –
Extrair os dados gerados nos SPTs e nos SIGs, a fim de ▪
gerar informações para tomada de decisões;
Armazenar essas informações de modo que seus gerentes pos- ▪
sam analisá-las e modificá-las, por serem de fácil manuseio.
Permitir o cruzamento dessas informações com outros ▪
índices externos, gerando gráficos e novos relatórios. (MI-
GLIOLI, 2007)
Sistemas de Apoio Executivo (SAEs):• 
No nível estratégico, existe o Sistema de Apoio ao Executivo –
(SAEs);
Esses sistemas apoiam os diretores nas tomadas de decisões –
que não são rotineiras;
Previsão e planejamento de longo prazo são suas principais –
atribuições, as quais exigem maior percepção e avaliação para 
se chegar a uma solução desejável;
 Os SAEs, diferentemente dos outros sistemas, são criados –
para resolver problemas que sempre estão se modificando, e 
não para aqueles problemas específicos;
Eles são desenvolvidos no que há de melhor e mais avançado –
em softwares gráficos para entrega instantânea de diagramas 
e outras fontes diretamente nas mesas e nas salas de reuniões 
de seus diretores;
Várias questões são resolvidas por meio do SAEs, como –
análise de mercado, concorrentes, estratégias e oscilações 
dos negócios;
É	muito	importante	você	saber	que:	–
Um SAE atualmente é praticamente sinônimo de um SAD, ▪
pois ambos têm evoluído em suas funcionalidades, forne-
cendo os mesmos recursos. (MIGLIOLI, 2007)
Como tanto o SAE quanto o SAD são normalmente utilizados –
por gerentes e diretores, que geralmente têm pouco conheci-
mento em TI, esses sistemas são incorporados com interfaces 
gráficas e amigáveis, de fácil utilização.
375
A Empresa Sistêmica - Unidade 1
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C
 2
.2
Observe, a partir da análise da figura a seguir, o relacionamento 
entre os tipos de sistemas que acabamos de apresentar, com os níveis or-
ganizacionais que eles atendem.
Estação de 
trabalho gráficas
Tratamento de
imagens (digitalização)
de documentos
Estação de trabalho
adminstrativas
Agendas
eletrônicas
Estação de 
trabalho de engenharia
Edição
de texto
Sistemas de 
trabalhadores do
conhecimento (STCs)
Sistemas de 
automação
de escritório
Sistemas do nível do conhecimento
Gerenciamento
de vendas
Análise das
vendas por região
Análise 
de realocação
Análise de custo
de contratos
Análise de
investimento
de recursod
Análise de preços
e lucratividade
Orçamento
anual
Análise
de custo
Controle
de estoque
Programação
da produção
Sistemas de
informações
gerenciais (SIGs)
Sistemas de apoio
à decisão (SADs)
Sistemas do nível gerencial
TIPOS DE SISTEMAS
Sistemas de apoio
executivo (SAEs)
Previsão
quinquenal
da tendência
de vendas
Previsão
quinquenal
do orçamento
Planejamento
de pessoal
Planejamento
de lucros
Plano
operacional
quinquenal
Sistemas do nível estratégico
Acompanhamento
de pedidos
Processamento
de pedidos
Controle
do maquinário
Programação
industrial
Controle de 
movimentação
de materiais
Negociação
de seguros
Gerenciamento
do caixa
Folha de 
pagamento
Contas
a pagar
Contas
a receber
Remuneração
Treinamento e
desenvolvimento
Manutenção do
registro de 
funcionários
Sistemas de 
processamento
de transações
(SPTs)
Sistemas do nível operacional
Vendas e 
marketing Fabricação Finanças Contabilidade
Recursos
humanos
Tipos de SIs e os níveis organizacionais atendidos.
Baseado em LAUDON e LAUDON (2007).
Outras classUfUcações Uos sUstemas Ue UnformaçãoU.5 
Existem outros quatro tipos de SI que ainda não apresentamos e 
que servem tanto aos níveis operacionais quanto aos táticos e estratégicos 
(O’BRIEN, 2004). São eles:
Sistemas de informação empresarial:• 
SIs que apoiam as operações e as atividades gerenciais nas –
áreas de contabilidade, finanças, recursos humanos, marke-
ting, produção, operações, entre outras;
Esses SIs podem ser tanto do tipo SPT como SIG. –
376
Informática empresarial
Sistemas especialistas:• 
SI computadorizado que utiliza seu conhecimento sobre uma –
área de aplicação complexa e específica para atuar como um 
consultor especialista aos usuários;
O sistema consiste em uma base de conhecimento e módulos –
de software que executam inferências no conhecimento e co-
municam respostas para as perguntas de um usuário;
Esses sistemas utilizam-se das técnicas da Inteligência Artifi- –
cial (AI);
Exemplos: sistemas para medicina, esportes e bolsa de va- –
lores.
Sistemas de gerenciamento do conhecimento:• 
SIs desenvolvidos para gerenciar o aprendizado organizacio- –
nal e o know-how das empresas;
Esses sistemas ajudam os trabalhadores do conhecimento a –
criar, organizar e compartilhar importantes conhecimentos 
empresariais em qualquer lugar e sempre que for necessário.
Sistemas de informação estratégica:• 
Apoiam a elaboração e o acompanhamento das estratégias –
competitivas de uma empresa;
Um sistema de informação estratégica pode ser todo tipo de –
sistema de informação (SPT, SIG, SAD e SAE) que ajuda 
uma empresa a obter uma vantagem competitiva, reduzir 
uma desvantagem competitiva ou atender outros objetivos 
estratégicos.
RelacUonamento entre os tUpos Ue SUstemas Ue U.6 
Informação
Imaginoque você esteja com a sensação de estar olhando para uma 
“sopa de letrinhas”, não é? Afinal, vimos tantas siglas e sistemas diferen-
tes nos dois últimos tópicos.
377
A Empresa Sistêmica - Unidade 1
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SPT
SIG
SAD
SI Empre
sarial
SI de g
erencia
mento 
do conh
ecimen
to
SI Estratégico
STC
SAE
Pois bem... Vamos relacionar melhor, resumindo, no quadro a seguir, 
toda essa “sopa de letrinhas” para você entender de fato quem é quem, nas 
classificações dos SI que apresentamos anteriormente.
• Todos os sistemas apresentados neste tópico e no anterior são SI, ou 
seja, Sistemas de Informação, pois todos eles têm com função básica 
capturar dados, processá-los, gerar e disseminar algum tipo de informação;
• As quatro categorias de SI que apresentamos no início do tópico 1.3 
servem como referencial didático para você entender que existem SIs 
destinados para cada nível organizacional de uma empresa;
• Os tipos de SI, ou seja, SPT, STC, SIG, SAD, SAE, são aqueles SIs 
com propósitos diferentes, cada qual com seu enfoque, e que, geral-
mente, atendem a níveis organizacionais distintos. Volte na figura 6, no 
final do tópico 1.3, e reforce seu entendimento sobre isso;
• Já os quatro tipos de sistemas apresentados no tópico 1.4 também 
são SI, porém classificados de outra maneira, com o foco mais voltado 
para suas especificidades. Esses sistemas podem se enquadrar perfeita-
mente na classificação dos tipos de SI apresentados no tópico 1.3.
(MIGLIOLI, 2007)
Observe, na figura a seguir, o resumo que acabamos de apresentar 
sobre a classificação dos Sistemas de Informação.
378
Informática empresarial
SPT
STC
SAD
SAE
SIG
SI para o NÍVEL 
ESTRATÉGICO
SI para o NÍVEL 
GERENCIAL e do 
CONHECIMENTO
SI para o NÍVEL 
OPERACIONAL
S
I E
M
P
R
E
S
A
R
IA
L
S
I E
S
P
E
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. C
O
N
H
E
C
IM
E
N
TO
S
I E
S
TR
A
TÉ
G
IC
O
Resumo das classificações dos SI
MIGLIOLI (2007)
É muito importante você saber que:
os Sistemas de Informação do mundo real, na maioria das • 
vezes, são formados pela integração dos vários tipos que aca-
bamos de analisar;
toda essa classificação que vimos até agora serve como referen-• 
cial teórico e didático para você entender como os SI se integram, 
pois é dessa maneira que o mercado empresarial os entende.
Fique tranquilo, pois abordaremos esses sistemas integrados, dentro 
da visão do mercado empresarial, nos próximos temas de nossa disciplina.
AtUvUUaUes
Desenvolvemos abaixo um conjunto de perguntas para que você 
possa fixar o conteúdo aprendido nesta unidade.
Responda às perguntas abaixo utilizando como base tudo aquilo que 
você estudou nesta unidade, nas conexões apresentadas e utilizando o co-
nhecimento que você já possui de vivências profissionais ou de estudos de 
módulos passados referentes ao mundo corporativo.
Quais são as principais diferenças entre o pensamento cartesiano e o 01. 
pensamento sistêmico?
379
A Empresa Sistêmica - Unidade 1
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Por que uma empresa pode ser mais bem representada pelo modelo 02. 
sistêmico do que pelo modelo cartesiano?
Desde quando podemos considerar a existência de sistemas de infor-03. 
mações?
Há a necessidade da existência de softwares e hardwares para a exis-04. 
tência de sistemas de informações?
Disserte sobre como os sistemas de informação, com o apoio da TI, 05. 
podem ajudar uma empresa a atingir os seus objetivos.
Quais tipos de sistemas de informações você conhece e como eles 06. 
podem relacionar-se entre si?
Reflexão
Nesta unidade, estudamos sobre sistemas, sistemas de informações, sis-
temas de informações baseados em TI e tipos de sistemas de informações.
Mas, depois de falarmos sobre tudo isso, você consegue entender a 
importância do que acabou de estudar? Não?
Vamos tentar explicar rapidamente a importância de tudo isso.
380
Informática empresarial
Hoje, no mundo, há empresas que produzem, sozinhas, muito mais 
do que um país inteiro, ou seja, há empresas com o “PIB” maior do que o 
PIB de muitos países pequenos.
Isso significa que empresas como essas são gigantescas e possuem 
vários processos sendo executados ao mesmo tempo, uma quantidade 
enorme de talentos trabalhando para esta empresa e uma grande respon-
sabilidade social para com essas pessoas e para com o país a que essa 
empresa pertence.
Então, encarar uma empresa dessa proporção por meio de um mode-
lo cartesiano seria insuficiente para gerenciá-la, e os seus objetivos esta-
riam seriamente comprometidos.
Uma empresa deste porte é influenciada por um meio ambiente 
externo próximo e distante, ou seja, o país e o mundo influenciam esta 
empresa, e esta empresa é capaz de influenciar o mundo e o seu país em 
alguns aspectos. Dessa forma, tratá-la simplesmente com um pensamento 
cartesiano seria subestimar o “problema”.
Além disso, controlar todos os processos, gerenciar e distribuir 
todas as informações, processar todos os dados sem uma ferramenta de 
apoio seria um trabalho no mínimo penoso para qualquer administrador, e 
é aí que entram os sistemas de informações baseados em TI.
Por meio desses sistemas, faz-se possível para os administradores 
de grandes corporações administrar as suas informações em escala, ou 
seja, em grande quantidade, de maneira rápida e consistente.
Bom, agora que passamos por essa breve explicação, acreditamos 
que tenha ficado clara a importância do estudo da nossa disciplina. Então, 
vamos em frente, pois ainda há muito o que estudar.
ReferêncUas 
ALBUQUERQUE, A. M. M.; ROCHA, P. (2007). Sincronismo organiza-
cional: como alinhar a estratégia, os processos e as pessoas, um guia práti-
co para redesenhar a organização e seus processos. São Paulo: Saraiva.
BATISTA, E. O. (2004). Sistemas de Informação: o uso consciente 
da tecnologia para o gerenciamento. São Paulo: Saraiva.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. (2007). Sistemas de informação 
gerenciais. 7.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
381
A Empresa Sistêmica - Unidade 1
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.2
MIGLIOLI, A. M. (2006). Tomada de decisão na pequena empresa: 
estudo multicaso sobre a utilização de ferramentas informatizadas de 
apoio à decisão. Dissertação (mestrado). Escola de Engenharia de São 
Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.
MIGLIOLI, A. M. (2007). Material de aula da disciplina Tecnologias 
da Administração, do Prof. Me. Afrânio Maia Miglioli. Primeiro se-
mestre de 2007.
O’BRIEN, J. A. (2004). Sistemas de Informação e as decisões geren-
ciais na era da Internet. São Paulo: Saraiva.
REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. (2003). Tecnologia da Informação 
aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da 
informação e dos sistemas de informação nas empresas. São Paulo: Atlas.
ROCHA, A. (2002). O essencial dos sistemas de informação. São 
Paulo: Sebenta de Sistemas de Informação, USP.
Na próxUma unUUaUe
Nesta unidade aprendemos que um sistema de informação não precisa 
necessariamente de Tecnologia de Informação (hardwares e softwares) para 
se constituir. Ou seja, se você possui um “caderninho” por meio do qual 
você consegue gerenciar as informações das quais você precisa, então você 
tem no seu caderninho um sistema de informação. E podemos concluir tam-
bém que um caderninho não é algo tecnológico, ou seja, você tem um siste-
ma de informação sem necessariamente possuir uma tecnologia avançada.
Contudo, no que tange grandes empresas, um caderninho não resol-
veria o nosso problema, pois, além de outros motivos, ele não conseguiria 
tratar a grande quantidade de informações da empresa. Por isso, preci-
samos de uma ferramenta que nos auxilie a tratar o grande número de 
informações de forma rápida e consistente. Então, surgiram os sistemas de 
informações baseados em TI.
Vamos aproveitar a próxima unidade para estudar um pouco o que 
é a Tecnologia da Informação e como ela apoia as empresas modernas. 
Além disso, falaremos da geração e da gestão de dados nestas empresas 
(os bancos de dados).
382
Informáticaempresarial
U
nU
Ua
Ue
 2
 
MUnhas anotações:
U
nU
Ua
Ue
 2
 
TI na Gestão Empresarial 
e Gerenciamento de Dados
Por que estudar tanto sobre Tecnologia 
da Informação (TI) e Sistemas de Informa-
ção (SI)?
A resposta para essa pergunta é a mesma 
dada para as questões sobre por que alguém deve es-
tudar marketing, recursos humanos, produção, finanças, 
contabilidade ou qualquer outra função ou processo de ne-
gócio. Afinal, atualmente, a TI e os SI:
• tornaram-se componentes vitais quando se pretende al-
cançar o sucesso empresarial;
• administram um dos mais valiosos ativos das empresas, a 
informação;
• estão proporcionando meios de se redefinirem os fundamen-
tos dos negócios;
• são facilitadores das atividades e dos processos de negócios.
Por tudo isso, a TI e os SI se tornaram campos de estudo essen-
ciais para você, futuro gestor de empresas.
Como na unidade passada já estudamos bastante sobre sistemas de in-
formações, vamos nesta unidade estudar sobre Tecnologia da Informação.
Objetivos da sua aprendizagem
• Entender os motivos para se estudar Tecnologia da Informação, 
bem como as contribuições proporcionadas por ela;
• Relacionar as maneiras como a Tecnologia da Informação pode 
influenciar na vantagem competitiva das empresas;
• Relatar e entender algumas das contribuições-chave para as 
principais áreas de uma empresa.
• Compreender como a Tecnologia da Informação pode 
auxiliar as empresas a focar-se nos clientes;
• Entender o papel da Tecnologia da Informação na 
melhoria contínua das empresas;
• Discutir sobre a participação da Tecnologia da In-
formação na reestruturação de processos de negócios.
• Entender como os sistemas tratam os dados 
armazenados em bancos de dados.
384
Informática empresarial
• Ver o quão importante é este tratamento e a organização destes 
dados de maneira que sejam úteis às decisões gerenciais.
Você se lembra?
Você se lembra do que é Tecnologia da Informação? 
Caso não se lembre, volte em suas anotações da disciplina de Mi-
croinformática e estude um pouco o conceito de TI. Isto vai ser importan-
te para o entendimento desta unidade.
Você se lembra de nossa discussão, na Unidade 1, sobre Dado e In-
formação?
Quando alguém pergunta a diferença entre dado e informação, qual 
a sua resposta?
Você está acostumado a separar esses dois conceitos?
385
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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A empresa baseaUa na TI2.U 
Imagine o dia a dia de um gestor de empresas. Seu trabalho baseia-
se, predominantemente, na tomada de decisões envolvidas com:
O que fazer para aumentar o volume de vendas da minha empresa?• 
Como reduzir as principais despesas?• 
Se eu lançar uma promoção no preço dos meus produtos, o que isso • 
pode acarretar em meus custos?
Será o momento certo de adquirir uma nova máquina para a fábri-• 
ca?
Quais são os meus funcionários mais indicados para o cargo de ge-• 
rente da nova filial?
Entre outras.• 
Em processos de tomadas de decisões, geralmente, várias são as al-
ternativas a serem analisadas. Uma boa decisão só é tomada se dispomos 
de informações para avaliar as diferentes alternativas, comparando-as, 
analisando seus riscos e oportunidades.
Por isso, para aquelas empresas que buscam melhorar sua efetivi-
dade e competitividade, a TI e os SI são instrumentos fundamentais, pois 
dão suporte aos cinco principais objetivos de qualquer empresa:
aumentar a produtividade;• 
reduzir custos;• 
melhorar a tomada de decisões;• 
aprimorar os relacionamentos com os clientes; e• 
desenvolver novas estratégias.• 
Na unidade anterior, estudamos o conceito de sistemas de informa-
ções. Agora, falta-nos definir o que é a tecnologia da informação.
Tecnologia da informação (TI)
Infraestrutura organizada de hardware, software, bancos de dados 
e redes de telecomunicações, que permite às empresas manipular, 
gerar e distribuir dados e informações ao longo dos seus processos e 
parceiros de negócios.
(MIGLIOLI, 2007)
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
386
Informática empresarial
Agora que se recordou do significado de TI, vamos, com o auxílio 
de Turban, Rainer e Potter (2005), analisar as principais contribuições que 
ela proporciona às empresas, a fim de que se atinjam os cinco objetivos 
discutidos anteriormente:
realizar cálculos numéricos de alta velocidade e de grande volume;• 
oferecer comunicação rápida, precisa e pouco dispendiosa dentro • 
das empresas e entre as empresas;
automatizar processos semiautomáticos e as tarefas manuais que • 
não agregam valor ao negócio;
armazenar grande quantidade de informação em um espaço fácil • 
de acessar;
permitir o acesso rápido e pouco dispendioso a grandes volumes • 
de informação;
facilitar a interpretação de grandes quantidades de dados;• 
permitir a comunicação e a colaboração em qualquer lugar, a • 
qualquer momento;
aumentar a eficácia e a eficiência (efetividade) das pessoas que • 
trabalham em um só lugar ou em vários locais diferentes;
facilitar o trabalho em ambientes perigosos.• 
De maneira geral, podemos dizer que todas as empresas, com ou 
sem fins lucrativos, públicas ou privadas, operam atualmente na chamada 
economia digital.
Economia digital
Uma economia baseada em tecnologias digitais, incluindo redes de 
comunicações (Internet, intranets e extranets), computadores, software 
e outras tecnologias relacionadas; também é chamada economia da In-
ternet, nova economia ou economia da Web.
(TURBAN, RAINER e POTTER, 2005, p. 5)
Mas o que é essa tal de economia digital?
387
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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Comparação 
entre TI e economia digital.
Volte um pouco no nosso texto e re-
leia a definição de TI. Agora, relacione-a 
com a explicação sobre a economia digital. 
Percebe alguma semelhança?
Podemos dizer, em outras palavras, que a 
economia digital é simplesmente: uma econo-
mia baseada na Tecnologia da Informação 
(TI) e na Internet e estruturada por elas 
(Miglioli, 2007).
Vamos relembrar, por meio 
de exemplos, algumas mudanças 
trazidas pela economia digital, 
quando comparada com a 
economia tradicional.
TI facilitando os pro-
cessos de negócios
Nas áreas financeiras e 
de contabilidade, os gerentes 
usam a TI para prever receitas 
e despesas, determinar as melhores 
fontes e os melhores usos dos recursos financeiros, gerenciar o fluxo de 
caixa, realizar auditorias, entre outras atividades.
Em vendas, em marketing, os gerentes utilizam a TI para definir os 
preços dos produtos e serviços, definir campanhas de vendas, acompanhar 
o andamento das vendas, gerenciar o relacionamento com o cliente, entre 
outras atividades.
Adaptado de Turban, Rainer e Potter (2005).
Para ampliar nossa discussão sobre a empresa baseada na TI, vamos 
analisar alguns novos modelos de negócios (métodos para realizar negócios) 
surgidos e desenvolvidos graças à economia digital. (TURBAN, RAINER e 
POTTER, 2005)
Leilões reversos• 
Os grandes compradores normalmente empregam lances usan- –
do o modelo de leilões reversos. Por meio de uma solicitação de 
cotação, o comprador indica um desejo de receber lances sobre 
um item em particular, e prováveis vendedores fazem ofertas 
sobre o trabalho. Iniciados pela General Electric Corporation, 
os sistemas de lances são muito populares. Na verdade, várias 
entidades do governo estão exigindo lances eletrônicos como 
único meio de realizar compras e em processos de licitação.
388
Informática empresarial
Marketing digital• 
É um esquema em que os parceiros de marketing colocam –
um anúncio para uma empresa em seu site. Toda vez que um 
cliente clica no banner (imagem da empresa, com um link), 
passa para o site do anunciante e faz a compra lá. O anuncian-
te paga de 3% a 15% de comissão ao site hospedeiro. Desse 
modo, as empresas podem transformar outras empresas em 
sua força de vendas comissionada virtual. Iniciado pela Ama-
zon.com, o conceito hoje é bastante utilizado.Acesse o site do 
Universo On-Line (www.uol.com.br) e veja quantos banners 
de anúncio estão sendo divulgados neste momento.
Compras em grupo• 
Normalmente, as empresas pagam menos por unidade quando –
compram mais unidades. Usando o conceito de compras em 
grupo, em que as ordens de compra de muitos compradores 
são agregadas, uma pequena empresa, ou até mesmo um indi-
víduo, pode obter um desconto. Esse método pode ser facilita-
do criando-se contatos on-line.
Agregadores eletrônicos encontram 
indivíduos e empresas de pequeno/
médio porte que desejam com-
prar o mesmo produto, agregam 
seus pequenos pedidos e depois 
negociam (ou realizam um lance) 
para obter o melhor negócio.
TI e a vantagem competUtUva2.2 
Segundo Porter (1985), uma estratégia competitiva é uma fórmula 
ampla para se saber como uma empresa irá competir, quais devem ser 
suas metas e quais planos e políticas serão exigidas para cumprir essas 
metas. Por meio da formulação de sua estratégia competitiva, uma empre-
sa busca vantagens competitivas.
 
Conexão:
Tecnologia da Informação 
Quer aprender um pouco mais 
sobre tecnologia da informação? 
Então, veja o que os internautas estão 
falando na Wikipédia, acesse: http://
pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_da_
informa%C3%A7%C3%A3o.
389
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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Vantagem competitiva
Uma vantagem em relação aos concorrentes em alguma medida, 
como custo, qualidade ou velocidade.
(TURBAN, RAINER e POTTER, 2005, p. 17)
Antes de continuarmos, reflita:
Reflita O que a Tecnologia da Informação tem oferecido 
para as empresas a fim de aumentar sua vantagem es-
tratégica?
Na maioria dos casos, a TI e a nova economia não mudaram o core 
business (negócio principal) das empresas. A TI e as tecnologias de Inter-
net simplesmente oferecem os instrumentos e as ferramentas que podem 
aumentar o sucesso das empresas por meio de suas fontes tradicionais de 
vantagem competitiva, ou seja:
Baixo custo;• 
 Eficiência nos processos de negócios;• 
 Excelente atendimento ao cliente;• 
 Gerenciamento superior da cadeia de suprimentos.• 
É muito importante você saber que:
A TI isoladamente não traz nenhuma vantagem competitiva para a • 
empresa;
É necessário que,, antes de se pensar na TI, se responda à pergunta: • 
“De onde vem minha vantagem competitiva?”;
Depois disso é que partimos para a TI, perguntando: “Como a TI • 
pode ajudar nos meus negócios, sobretudo nos processos que in-
fluenciam em minha vantagem competitiva?”
390
Informática empresarial
Dizemos que a TI está contribuindo para a vantagem competitiva de 
uma empresa à medida que:
aumenta a produtividade dos processos de negócios;• 
auxilia na resolução de problemas;• 
melhora os controles;• 
melhora o fluxo de informações;• 
melhora o processo de tomada de decisões.• 
O modelo mais conhecido para analisar a competitividade entre as 
empresas é modelo das cinco forças competitivas de Michael Porter 
(PORTER, 1985). Esse modelo é utilizado para desenvolver estratégias 
para que as empresas aumentem sua vantagem competitiva.
Porter (1985) afirma que a TI e a Internet mudaram a natureza da 
competição, causando um aumento da competitividade, o que tem causa-
do significativas reduções na lucratividade das empresas.
Observe e analise na figura a seguir, as cinco forças do modelo de 
Porter e como a TI e a Internet as influenciam. (TURBAN, RAINER e 
POTTER, 2005, p. 18)
O poder de negociação
dos fornecedores:
- O impacto da TI e da
Internet é misto;
- Por um lado,
compradores podem 
encontrar fornecedores 
alternativos e comparar 
preços;
- Por outro lado, 
quando as empresas 
usam a TI para integrar 
sua cadeia de
fornecimento, os 
fornecedores 
participantes 
“aprisionam” os clientes.
O poder de negociação 
dos clientes (compradores):
- A TI e a Internet 
aumentam bastante o 
acesso dos clientes
 às informações sobre 
produtos e fornecedores;
- Há reduções nos 
custos de compra;
- Os clientes podem 
comprar com mais 
facilidade de outros 
fornecedores;
- Aumenta-se bastante o 
poder de negociação 
dos clientes.
A ameaça de novos entrantes:
- A Internet aumenta a ameaça de 
novos entrantes;
- Basta criar um web site para os 
concorrentes venderem 
seus produtos.
A ameaça de substituir 
produtos ou serviços:
- Setores baseados em informação estão 
em perigo mais de serem substituídos;
- Para esses setores (música, livros, 
software), a nova economia precisa
ser vista como uma ameaça.
A rivalidade entre 
empresas no setor:
- A visibilidade dos serviços 
de Internet reduz a diferença 
entre os concorrentes;
- Por exemplo: quando vejo um 
excelente sistema de comércio 
eletrônico no site do meu 
concorrente, provavelmente 
buscarei condições de 
acompanhá-lo.
As cinco forças de Porter e a influência da TI e da Internet.
Miglioli (2007) a partir de Turban, Rainer e Potter (2005).
391
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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.2
Fique tranquilo, pois você estudará com mais detalhes e profundi-
dade, em outras disciplinas, o modelo das cinco forças competitivas de 
Michael Porter.
Por enquanto, basta você entender que existem basicamente quatro 
estratégicas genéricas para aumentar a competitividade das empresas. Es-
sas quatro estratégias se utilizam e se beneficiam da Tecnologia da Infor-
mação. Observe-as a partir da análise do quadro abaixo.
Estratégia Utilize a tecnologia da informação para... Exemplo
Liderança em 
custos
...produzir produtos e serviços a um preço mais 
baixo que a concorrência e, ao mesmo tempo, 
aumentar a qualidade e o nível dos serviços.
Wal-Mart
Diferenciação 
de produto
...diferenciar produtos e facilitar a criação de 
novos produtos e serviços. Dell Computadores
Foco em nichos 
de mercado
...facilitar uma estratégia focada em um único 
nicho de mercado; especialize-se. Hotéis Hilton
Relacionamen-
to mais estreito 
com clientes e 
fornecedores
...desenvolver laços mais fortes com clientes e 
fornecedores e conquistar sua lealdade. Amazon.com
O uso da TI em quatro estratégias competitivas básicas.
LAUDON e LAUDON (2007, p. 77)
A TI e as empresas com foco no clUente2.3 
As tentativas empresariais de oferecer um excelente atendimento ao 
cliente podem fazer a diferença entre atrair e manter clientes ou perdê-los 
para a concorrência. Diversas ferramentas de TI e processos de negócios 
são projetados para manter os clientes satisfeitos.
Os objetivos principais dessas ferramentas são:
aumentar a proximidade da empresa com seus clientes;• 
proporcionar meios de manter clientes leais;• 
 prever as necessidades futuras dos clientes;• 
 fornecer atendimento de alta qualidade;• 
 entre outros.• 
Os sistemas para gerenciamento do relacionamento com os clientes 
(CRM) são um exemplo de ferramenta de TI concebida para implementar 
a estratégia do marketing de relacionamento (1to1). Os sistemas CRM fo-
cam o cliente e visam estreitar o relacionamento empresa-cliente.
392
Informática empresarial
Estudaremos os sistemas CRM com mais profundidade mais à fren-
te, em outra unidade.
Por enquanto, o que você precisa saber é que, do ponto de vista dos 
clientes, as empresas que oferecem constantemente o melhor valor agre-
gado são capazes de se manter em sintonia com as preferências individu-
ais de seus clientes, de atualizar-se às tendências do mercado e de oferecer 
serviços ao cliente ajustados às suas necessidades.
Entendemos por criação de valor a percepção que o cliente tem dos 
“benefícios” recebidos em um relacionamento, versus os “sacrifícios” ne-
cessários para obtê-los. Por exemplo, ao comprar um produto em uma loja, 
mesmo sendo com preço alto (sacrifício), se você receber da empresa um 
excelente atendimento, estacionamento com manobrista, loja devidamente 
equipada e climatizada, você perceberá mais benefícios que sacrifícios. A 
loja, nesse caso, criou valor para você, agregou valor ao produto vendido.
Analise os dois exemplos a seguir,que demonstram como a TI tem 
auxiliado as empresas que buscam focar-se em seus clientes, agregando 
valor aos seus relacionamentos.
Observe e analise a figura a seguir, que ilustra como uma empresa 
focada no cliente agrega valor e obtém a lealdade do cliente.
Diante dos exemplos e do que acabamos de discutir, podemos afir-
mar que a TI focada no cliente, com suas ferramentas e sistemas, tem-se 
tornado uma oportunidade estratégica para muitas empresas, principal-
mente no que tange à criação de valor aos seus consumidores.
TI e melhorUa contínua2.4 
Muitas empresas realizam programas que tentam continuamente me-
lhorar sua produtividade e qualidade, e esses programas são amplamente 
facilitados pela TI. Alguns exemplos desses programas de melhoria são:
Gerenciamento da Qualidade Total (TQM);• 
Seis Sigma (Six Sigma);• 
Processamento Just-in-Time (JIT).• 
O objetivo básico do suporte da TI a esses programas de melhoria é 
monitorar e analisar o desempenho e a produtividade, bem como reunir, 
compartilhar e usar melhor o conhecimento organizacional.
Vamos examinar, com o auxílio de Laudon e Laudon (2007), algu-
mas das maneiras pelas quais as empresas enfrentam o desafio de melho-
rar continuamente.
393
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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.2
Forma uma
comunidade
de clientes,
funcionários,
e parceiros.
Permite aos clientes
verificarem pedidos
anteriores e a situação
da entrega. 
Dá a todos os 
funcionários
uma visão 
completa dos
clientes.
Permite aos clientes
colocarem os pedidos
diretamente. 
Banco de dados
das transações
Banco de dados
do cliente
Liga
funcionários e
parceiros de
distribuição. 
TI auxiliando a empresa a se focar no cliente
O’BRIEN (2004, p. 52)
Simplificação do produto ou do processo produtivo:• 
Quanto menos etapas existirem no processo, menos tempo e • 
oportunidade haverá para ocorrer um erro;
Imagine um serviço de floricultura em que o seu processo de • 
entrada de pedidos seja manual e incômodo. O pessoal de atendi-
mento por telefone precisa escrever o pedido, averiguar se existe 
estoque das flores, conseguir aprovação do cartão de crédito, 
entre outras atividades;
Agora pense nessa floricultura com um novo sistema de compu-• 
tação que carrega os pedidos enviados ao cliente pela última vez, 
permite a integração com a operadora do cartão de crédito, além 
de consultar o estoque das flores;
Com isso, a TI criou condições para simplificar e reduzir o tempo • 
do processo.
Utilização de solicitações de clientes como diretriz para melhorar • 
produtos e serviços:
Melhorar o serviço de atendimento ao cliente (SAC) e tornar esse • 
serviço prioritário na empresa melhorará a qualidade do produto 
em si;
Por exemplo: a Delta Airlines decidiu focalizar mais seus clientes • 
e instalou um serviço de atendimento nos portões de embarque dos 
394
Informática empresarial
aeroportos. Os dados sobre os assentos da aeronave, as reservas, 
as informações de check-in e os dados de embarque de cada voo 
estão interligados a um banco de dados central;
O pessoal da empresa pode, então, verificar quais passageiros es-• 
tão a bordo, independentemente de onde fizeram o check-in.
Redução do tempo de ciclo:• 
O tempo de ciclo é aquele transcorrido desde o início até o fim de • 
um processo;
Ciclos mais curtos significam que erros são percebidos mais cedo • 
no processo, provavelmente antes de um produto com defeito ser 
fabricado;
A TI contribui com a redução do tempo de ciclo ao eliminar atra-• 
sos críticos.
Melhoria da qualidade e da precisão do projeto:• 
Um sistema de projeto assistido por computador (CAD) auto- –
matiza a criação e a revisão de projetos, usando computadores 
e sofisticados softwares gráficos;
O software permite ao usuário criar um mo-
delo digital de uma peça, produto ou estrutura e 
alterar o projeto no próprio computador, sem a 
necessidade de construir protótipos físicos.
TI e a reestruturação Uos 2.5 
processos Ue negócUo
Antes de falarmos sobre a TI como auxiliar 
da reestruturação dos processos de negócios, você precisa entender o que 
significa um processo de negócio.
 
Conexão:
Melhoria contínua nas 
empresas – Kaizen 
Se quiser saber um pouco mais sobre 
melhoria contínua na empresa, veja o link 
abaixo, que fala sobre o Kaizen, que é um 
conceito japonês aplicado nas empresas 
que buscam o aprimoramento 
contínuo. http://pt.wikipedia.org/
wiki/Kaizen
Processo de negócio
Modo como o trabalho é organizado, coordenado e focalizado para 
produzir um produto ou serviço de valor. Fluxos de trabalho concretos 
de materiais, informações e conhecimentos – conjuntos de atividades.
(LAUDON e LAUDON, 2007)
395
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Vejamos alguns exemplos de processos de negócios:
Fabricação e produção:• 
Montagem do produto, verificação de qualidade, colocação de –
pedidos de compra.
Vendas e marketing:• 
Identificação de clientes, conscientização de clientes, realiza- –
ção da venda.
Finanças e contabilidade:• 
Pagamento de credores, criação de demonstrativos financei- –
ros, administração do movimento de caixa.
Recursos humanos:• 
Contratação de funcionários, avaliação de desempenho, ins- –
crição de funcionários em planos de benefícios.
Observe, na figura a seguir, um exemplo de processo de negócio 
transfuncional, ou seja, um conjunto de atividades (processo) que trans-
cende as fronteiras de mais de uma área do negócio.
Vendas
Contabilidade
Fabricação
e produção
Gerar
pedido
Apresentar
pedido
Verificar
crédito
Aprovar
crédito
Emitir
fatura
Separar
produto
Expedir
produto
Exemplo de um processo de negócio.
Fonte: Baseado em LAUDON e LAUDON (2007)
Na reestruturação dos processos de negócios com o apoio da TI, os 
passos necessários à execução de uma tarefa particular são combinados e 
simplificados, a fim de eliminar o trabalho redundante e que não agrega 
valor ao negócio.
396
Informática empresarial
Para que o processo seja reestruturado e dê certo, a empresa precisa 
fazer a si mesma algumas perguntas básicas:
O que está sendo feito no processo?• 
Por que é feito?• 
O que mais poderia ser feito?• 
O que deveria ser feito?• 
Por que é feito neste local?• 
Em que outro local poderia ser feito?• 
 Quando é feito?• 
Por que está sendo feito neste momento?• 
 Quando deveria ser feito?• 
Que faz o trabalho?• 
Por que essa pessoa faz?• 
Quem mais poderia fazê-lo?• 
Quem deveria fazer?• 
Como está sendo feito?• 
Por que é feito desta forma?• 
De que outra forma poderia ser feito?• 
Como deveria ser feito?• 
Depois disso, as empresas precisam reprojetar seus processos de 
trabalho, de maneira a eliminar as atividades que não agregam valor e au-
tomatizar ao máximo as atividades manuais.
É muito importante você saber que:
No momento de se reestruturarem os processos de negócios, as • 
empresas não devem considerar as responsabilidades tradicionais 
dos grupos de trabalho, departamentos ou divisões;
O objetivo principal de um processo é atender às necessidades de • 
seu cliente (interno ou externo);
397
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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O ideal em um trabalho de reestruturação de processos de negó-• 
cios, como o apoio da TI, é explorar ao máximo as potencialida-
des das ferramentas disponíveis, a fim de se obterem maneiras 
mais efetivas de se realizar determinadas atividades.
TI e bancos Ue UaUos2.6 
O termo banco de dados surgiu numa época em que o espaço dis-
ponível para armazenamento em computadores de grande porte (main-
frames) era muito escasso. Assim, era possível apenas armazenarmos 
dados, pois são as unidades mais básicas e ocupam menos espaço do que 
informações mais estruturadas. Atualmente, temos a possibilidade de ar-
mazenar formas que vão muito além da representação de dados, podendo 
chegar até à representação de estruturas de conhecimento. 
Dependemos de sistemas com inteligência artificial, sistemas de 
raciocínioautomático, mineradores de dados e muitos outros, para tentar 
fazer com que máquinas e sistemas possam “tomar decisões”. 
Para ficar mais claro, vamos considerar o que a figura a seguir nos 
propõe.
Veja que partimos da representação física da informação, seja na for-
ma escrita, seja na forma de bits num computador. O conjunto de bits gera 
um tipo de dado específico, como um número ou uma letra. Um conjunto 
de letras e número forma um dado sobre determinado fato. Por exemplo, 
se eu guardar um valor $450 para o salário de um funcionário, significa 
que este funcionário recebe mensalmente tal valor. Veja que isto é um 
fato, pois está registrado. Ao reunir diversos dados de um funcionário, 
podemos dizer que temos informações, pois interpretamos estes dados. 
Já o conhecimento, a inteligência e a sabedoria, como apresentados por 
(CÔRTES, 2008) na figura, estão além da representação física e, segundo 
esta representação, não poderíamos ter máquinas que armazenassem isto.
398
Informática empresarial
Sabedoria
A inteligência disponível sobre determinado tema é ampliada,
ocorrendo a geração de conhecimento adicional pelo acúmulo
seletivo de informações complementares que são cruzadas,
inter-relacionadas e complementadas pela
experiência acumulada.
Inteligência
O inter-relacionamento de pessoas pertencentes a diferentes
níveis e setores organizacionais, com um fluxo constante de
troca de dados, informações e conhecimentos, aliada à
experiência adquirida e disseminada, promove a
geração de inteligência coletiva. 
Conhecimento
Textos mais elaborados, com maior 
abrangência e densidade, resultado do 
relacionamento de informações oriundas 
de diferentes áreas.
Informação
Predominância de textos mais
elaborados e mais longos, fruto
do relacionamento de dados ou
informações mais simples
EX
PE
R
IÊ
N
C
IA
S
D
en
si
da
de
 d
as
 In
te
ra
çõ
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 A
bs
tr
at
o
N
ív
el
 F
ís
ic
o
Dado ou Informação
no real no int texto
byte
bit bit bitbitbitbitbitbit
1 número inteiro
ocupa 2 bytes
1 caractere = 1 byte
1 palavra com 10 caracteres
ocupa 10 bytes
1 número real
ocupa 4 bytes
1 byte = 8 bits
In
te
ra
çõ
es
 s
oc
ia
is
 c
re
sc
en
te
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co
m
 a
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en
to
Fí
si
co
A relação entre o nível físico (aquele que pode ser armazenado) e o nível abstrato (o campo 
de ideias que fica na mente das pessoas). 
(CÔRTES, 2008)
399
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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.2
Vamos, então, a uma definição para banco de dados?
Banco de Dados e Informações: um sistema de armazenamento e 
organização lógica e física de dados e informações, que permite que 
eles sejam lidos, editados, complementados, excluídos, organizados 
e relacionados, com a utilização de sistemas manuais ou automáti-
cos próprios ou externos. (CÔRTES, 2008)
Esta definição nos guiará para o restante de nossa unidade. Vamos 
tratar dos assuntos mais técnicos em relação a bancos de dados. Os mais 
teóricos quanto à representação do conhecimento ficarão fora de nosso 
escopo, por enquanto, mas com certeza será tema de nossas discussões em 
aula, fóruns e chat!
Bancos Ue UaUos e SGBDs2.7 
Os bancos de dados são conjuntos muito grandes de dados, como já 
vimos. Então, uma biblioteca poderia ser considerada um banco de dados? 
De certa forma, sim.
O conjunto de arquivos .doc que você possui com diversas letras de 
músicas seria um banco de dados? Sim, também! Numa empresa, o conjunto 
de documentos, notas fiscais, planilhas, apresentações seria um banco de da-
dos? Também sim. No entanto, a maneira como organizamos e tratamos estes 
dados se torna cada vez mais complexa quando o volume de dados aumenta. 
Tente organizar 100 músicas no seu computador. Ok, conseguiu? Agora tente 
fazer o mesmo com 100 milhões de músicas. Ficou fácil? Com certeza, não.
Entre o banco de dados fisicamente armazenado (vamos pensar em 
arquivos no seu computador) e o software de usuário que tenta manipular 
tais dados existe uma camada intermediária, que é um software, chamada 
de Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).
Um SGBD na verdade não é um software, mas um conjunto de sof-
twares para organização e manipulação dos seus dados. Como já vimos nas 
Unidades anteriores, existem ferramentas que nos permitem criar softwares. 
Então, poderíamos realizar o armazenamento dos dados utilizando-se regis-
tros em arquivos que não fossem padronizados e, dessa forma, toda vez que 
precisássemos implementar um sistema para armazenar dados, teríamos que 
implementar todo o código para gravar, eliminar e alterar os dados, e isso 
sem falar nos temas de segurança e integridade dos dados.
400
Informática empresarial
Sendo assim, a maneira mais fácil para gerenciar dados é usar um 
SGBD.
Entre outros aspectos, um SGBD provê:
Combate a redundância de dados: redundância significa que um • 
mesmo dado está armazenado mais de uma vez no banco de da-
dos;
Mantém a consistência dos dados: consistência significa que, se • 
existe mais de uma cópia de um determinado dado no banco de da-
dos, então elas sempre possuirão a mesma informação;
Facilita o acesso e a manipulação dos dados: oferece interfaces e • 
linguagens de acesso padronizados para manipulação dos dados;
Mantém a integridade dos dados: integridade significa que o con-• 
junto de dados armazenados obedece a todas as regras do negócio 
em questão. 
Ex.: Suponha, para um banco de dados de um sistema bancário, • 
que o saldo de uma conta bancária não possa ser inferior a um 
determinado valor, digamos R$ –1000,00. Um SGBD fiscalizaria 
as operações na conta e não permitiria aquelas que violassem 
essa regra. Se o cliente tem de saldo R$ –900,00 e tenta sacar R$ 
200,00, então o SGBD não concretizará a operação
Permite a realização de operações atômicas: operações atômicas são • 
aquelas realizadas de maneira que nenhuma outra possa interferir 
enquanto esta está executando.
Elimina anomalias no acesso concorrente: o acesso concorrente é • 
aquele em que mais de um usuário está manipulando a mesma infor-
mação ao mesmo tempo;
Ex.: Dois clientes leram o saldo de uma mesma conta A com R$ • 
500,00. Em seguida, um sacou R$ 50,00 e o outro, R$ 100,00. 
Dependendo da ordem em que o valor do saldo for atualizado, a 
conta A ficará com R$ 450,00 ou R$ 400,00 de saldo, e não R$ 
350,00, como seria o certo. SGBDs tratam e tomam precauções 
para eliminar esse problema.
Eliminam problemas de segurança, ou seja, SGBDs têm mecanis-• 
mos para evitar que usuários não autorizados tenham acesso a dados 
restritos.
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TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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.2
Banco de
Dados
Dicionário
de Dados
Gerenciamento de
Banco de Dados
Sistema de
Gerenciamento
de Banco
de Dados
Sistema
Operacional
Sistema
Operacional
Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados que faz o intermédio entre aplicações do 
usuário e os bancos de dados armazenados fisicamente.
(O´BRIEN, 2004)
Como podemos ver na figura anterior, o SGBD atua em conjunto com 
o Sistema Operacional e Softwares Aplicativos como uma camada interme-
diária que manipula os dados e fornece os serviços acima expostos.
Veja também que o SGBD precisa de um dicionário de dados. Não 
só o dicionário, mas alguns outros elementos:
Linguagem de Definição de Dados (DDL – • Data Definition Lan-
guage): é a linguagem que especifica como os dados são organiza-
dos e se relacionam;
Linguagem de Manipulação de Dados (DML – • Data Manipulation 
Language): permite a inserção, a remoção e a atualização de dados;
Linguagem de Controle de Dados (DCL – • Data Control Language): 
permite autorizar ou revogar acesso a dados e o controle destas per-
missões.
Linguagem de Consulta de Dados (DQL – • Data Query Language): 
permite consultar os dados com recursos avançados na recuperação 
de informações;
Dicionáriode dados: o resultado de toda a descrição de como os da-• 
dos são armazenados, acessados, quais são os direitos de acesso de 
cada usuário etc. Trata-se de um conjunto de metadados (dados que 
descrevem dados!).
Veja a forma como um SGBD pode manipular e “entender” a orga-
nização de dados na figura a seguir.
402
Informática empresarial
Funcionário
Registro 1
Nome Salário
No da
Previ-
dência
No da
Previ-
dência
No da
Previ-
dência
No da
Previ-
dência
Dados Dados Dados
Funcionário
Registro 2
Nome Salário
Dados Dados Dados
Funcionário
Registro 3
Nome Salário
Dados Dados Dados
Funcionário
Registro 4
Nome Salário
Dados Dados Dados
Bancos de Dados de Pessoal
Arquivo de
Folha de
Pagamento
Arquivo de
Benefícios
A organização física de um banco de dados.
(O´BRIEN, 2004)
Observando a figura, podemos ver que nosso grande banco de dados 
reúne diversos arquivos, por exemplo, arquivos com dados sobre folha 
de pagamentos. Cada arquivo com estes dados contém registros de al-
gum funcionário. E, para cada registro de funcionário, temos dados como 
Nome, Número de Previdência Social e Salário do mesmo. Se você fosse 
organizar estes dados manualmente ou mesmo em arquivos distintos no 
seu computador, seria muito mais difícil. Por isto, é mais interessante dei-
xar para que um SGBD possa fazer isto por você.
Grandes corporações terão vários e vários bancos de dados e, inclu-
sive, mais de um SGBD.
Como podemos ver na figura a seguir, nós podemos ter dados de 
diversos sistemas sendo integrados numa aplicação no cliente ou no servi-
dor de aplicações.
403
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Banco de
Dados
Distribuídos
em 
intranets e
outras Redes
Mercado
de Dados
Banco de
Dados do
usuário Final
Servidor de
Redes 
Cliente
PC ou NC Banco de
Dados
Operacionais da
Organização
Depósitos
de
Dados
Banco de
Dados Externos
na Internet e
Serviços Online
Diversos bancos de dados que podem ser acessados via rede ou integrados em 
aplicações.
(O´BRIEN, 2004)
Além disto, podemos conectar os bancos de dados a sistemas Web. 
Desta maneira, um usuário pode, através de seu navegador, acessar um 
servidor Web que se conecta a um servidor de aplicações. Este servidor de 
aplicações se comunicará com um SGBD, que pode ficar instalado num 
outro servidor (um servidor de banco de dados) ou no mesmo computador 
que o servidor de aplicações. Desta maneira, temos um cenário muito pa-
recido com a figura a seguir.
Esta arquitetura de oferecer acesso a bases de dados através da In-
ternet é muito comum hoje em dia, principalmente nos portais de comér-
cio eletrônico.
404
Informática empresarial
Banco
de dados
Servidor
de Banco
de Dados
Servidor
de aplicativo
Servidor
Web
Cliente com
navegador
Web Internet
Acesso a uma base de dados através de uma aplicação Web.
(LAUDON e LAUDON, 2007)
Com certeza, você se depara com arquiteturas como a figura acima 
e, às vezes, nem sabemos que isto está acontecendo.
Um exemplo está na figura abaixo. Você já realizou compras num por-
tal de comércio eletrônico? Este portal que é visto por você como um web 
site tem vários serviços e softwares implementados que suportam desde sua 
navegação e registro de suas preferências até suas compras com formas de 
pagamento diversas (como cartão de crédito, boleto bancário, transferên-
cia), permitindo que você acompanhe todo o processo de pós-venda (que 
inclui entrega, opiniões etc.) e analisa sua satisfação com a compra.
REPRODUÇÃO
www.americanas.com.br
405
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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Veja que é um claro exemplo de sistema que guarda uma quantidade 
muito grande de dados e depende destes dados para diversos fins estraté-
gicos, como a melhoria no atendimento aos clientes.
Outro exemplo de utilização das bases de dados está no software 
a seguir. Trata-se de um sistema para gerenciamento do relacionamento 
com o cliente (um CRM – Customer Relationship Management).
REPRODUÇÃO
Um software CRM que faz uso de uma extensa base de dados.
Esse software de CRM precisa guardar uma série de informações e 
solicitações do cliente. Precisa, além disso, organizar estas informações 
de acordo com as solicitações, com as datas, com os tipos de solicitações 
e assim por diante. Logo, ele precisa de uma base de dados gerenciada por 
um SGBD.
Para finalizarmos os exemplos, abaixo temos um software para ges-
tão financeira que também necessita de um conjunto grande de dados que 
se relacionem e que estejam logicamente organizados.
Por meio desses dados são possíveis várias análises, geração de re-
latórios para tomada de decisão, como mostra o exemplo da figura. Veja 
que temos uma análise de Receitas por centro de resultado (ou seja, qual 
foi a origem da receita).
406
Informática empresarial
Software que faz gerenciamento financeiro.
http://images.quebarato.com.br/photos/
big/0/D/24DE0D_3.jpg
Estrutura, organUzação e 2.8 
classUfUcação Ue SGBDs
Os SGBDs organizam os dados de ma-
neira que seja viável armazená-los, buscá-los, 
organizá-los etc. Um dos tipos de banco de dados mais utilizados no 
mercado é o chamado banco de dados relacional. Os bancos de dados 
relacionais funcionam de maneira que o usuário não precise conhecer 
a forma como os dados estão organizados fisicamente, mas sim a or-
ganização lógica desses dados, ou seja, a abstração sobre o relaciona-
mento entre esses dados.
O modelo relacional é apoiado num conjunto de definições tais 
como tabelas, campos e registros. As tabelas são o local onde os dados são 
armazenados. Cada linha da tabela é um registro que contém informações 
diversas para campos diversos. Assim, cada campo é uma das informa-
ções de um registro.
 
Conexão:
Leia mais sobre SGBD:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sis-
tema_de_gerenciamento_de_ban-
co_de_dados
http://www.plugmasters.com.br/sys/
materias/108/1/SGBD---Sistema-
Gerenciador-de-Banco-de-Dados
407
TI na Gestão Empresarial e Gerenciamento de Dados - Unidade 2
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Código
1
2
3
4
5
6
7
8
Nome
Pedro
Antônio
Helena
Maria
José
Marilene
Ana
José
Nome
Rua Mercosul, 1360
Estrada Velha, 20
Rua das Américas, 30
Av. José Filho, 520
Rua Alfândega, 66
Av. Iguape, 1230
Rua Dutra Filho, 77
Rua Minas, 122
Cidade
Campinas
Itabira
Belo Horizonte
Diadema
Londrina
Rio de Janeiro
Santos
São Paulo
Campos
Registros
Uma tabela de banco de dados.
(CÔRTES, 2008)
No exemplo anterior, temos uma tabela com diversas informações 
sobre pessoas. Cada linha da tabela representa um registro de uma pessoa 
com suas informações individuais. E cada registro possui informações 
para os seus campos. Exemplos de campos são: código, nome, endereço, 
cidade, CEP etc.
Dados Tabelas
FuncionáriosPedro Alves Lima
Antônio Silveira
Helena Maciel
Mary Philips
José Tanaka
Marilene Soares
campo 1 campo 2
DepartamentosFinanceiro
Contabilidade
Vendas
Compras
Marketing
Engenharia
campo 1 campo 2
DadosTabelas
Clientes
Konan S.A
Estaleiros Neptuno Ltda.
J. Alves & Irmãos Ltda.
Fenix S.A.
Fase Equipamentos S.A.
campo 2campo 1
Fornecedores
Aços Petrópolis S.A.
Metalurgica Audax S.A.
Siderúrgica Onix S.A.
Fundação Ajax Ltda.
campo 2campo 1
Produtos
Tubo de Aço Inox 5 cm
Tubo de Aço Inox 10 cm
Chapa Aço Inox 1 mm
Chapa Aço Inox 3 mm
campo 2campo 1
O Sistema Gerenciador
de banco de Dados
geralmente fica
hospedado em um
servidor específico,
podendo contar um ou
mais bancos de dados
independentes 
Diferentes bancos de dados
podem ser armazenados em
uma mesma máquina (no
servidor de bancos de dados)
ou em máquinas independentes,
conforme indicado ao lado.
Os programas utilizados pelos
usuários conectam-se ao servidor
do banco de dados, o qual gerencia
as solicitações e demandas.
Banco de Dados
RH
Banco de Dados
Clientes e
Fornecedores
Vários bancos de dados gerenciados num SGBD.
(CÔRTES, 2008)
408
Informática empresarial
Um SGBD pode gerenciar diversos bancos de dados. Por exemplo, 
na figura

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