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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ ALUNO: Gil Carlos Oliveira Sousa - CURSO: Direito PROFESSOR: Igor Moura Rodrigues Teixeira - TURMA: 3004 CAMPUS: Centro – Matricula nº 202004297023 - TURNO: Noite DISCIPLINA: Teoria Constitucional e Direitos Fundamentais ATIVIDADE AVALIATIVA “O emprego do termo „constitucionalização‟ subjaz a ideia de que nem toda ordem jurídico-política estatalmente organizada possui uma Constituição ou, mais precisamente, desenvolveu satisfatoriamente um sistema constitucional. O conceito de Constituição assume, então, um significado bem delimitado. Refere-se à Constituição nem sentido moderno”. (NEVES, Marcelo. Constitucionalização Simbólica. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007. P. 64-65). Com base no trecho acima discorra, considerando as várias concepções de Constituição delineadas pela teoria constitucional, analise as categorias do ser e dever ser discorrendo sobre as concepções de Constituição apresentadas por Ferdinand Lassalle, Carl Schmitt e Hans Kelsen. DISCORRENDO... As teorias do direito possui papel fundamental na sociedade, logo, grande parte destas teorias vem repleta de ideologias sociais e políticas, devido justamente aos grandes avanços no direito terem iniciado no intuito de dar liberdade ao homem das trevas e da opressão, dando-o forças para se levantar trazendo consigo a bandeira das revoluções políticas que abalaram o mundo, com exceção da teoria do direito de Hans Kelsen, considerada como “pura”, denominada assim, devido ter sua matriz num período em que o Direito em si não servia ao bem das nações ou a libertação dos povos, mas se ajoelhava aos pés de ideologias políticas servindo-lhes de fundamento, fundamento este que almejava para si o status de verdade absoluta, pois segundo ele: “Assim, pois, nada parece hoje mais extemporâneo que uma teoria do Direito que quer manter sua pureza, enquanto para as outras não há poder, seja qual for que elas não estejam prontas a oferecer-se, quando já não tem pejo de alto, bom som e publicamente reclamar uma ciência do Direito política e de exigir para esta o nome de ciência “pura”, louvando assim como virtude o que, quando muito, só a mais dura necessidade pessoal poderia desculpar.” (KELSEN, 2000, p. XIV). De acordo com Paulo Bonavides, a Constituição em breve síntese é, o conjunto de normas jurídicas que cria o Estado, organizando os elementos constitutivos (povo, território, governo, soberania e finalidade), perfazendo sua lei fundamental. Ainda segundo Hans Kelsen, tratando sobre o sentido subjetivo e o sentido objetivo do ato: a sua auto explicação, ele nos traz a seguinte reflexão, poder não é dever, e deve-se atentar que embora um ato carregue significação jurídica perante o Direito, para ele pode não ser válido, ou sequer existente, pois para tal necessita atentar-se ao dever-ser CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ formal oriundo do ordenamento jurídico que oferece uma forma dentro da qual tais atos, além de possuir significado jurídico, passarão a ter existência e valor perante a esfera positiva. Por óbvio também se um ato é praticado por um leigo sem se atentar ao dever- ser oriundo da legislação positiva, mas nela se adéqua perfeitamente, possui significação jurídica, existindo e tendo valor, pois o conteúdo do acontecer fático se encaixa no conteúdo de uma norma válida. Ainda tratando sobre teorias do direito, mas desta vez fazendo menção às concepções de constituição, trazemos algumas concepções, como vemos inicialmente em sentido sociológico, Ferdinand Lassalle nos traz a constituição como a soma dos fatores reais de poder que predominam em uma comunidade. É a composição do que realmente o povo necessita e deseja, devendo haver relação entre o documento escrito e as forças determinantes do poder para existir uma Constituição. Na visão de Carl Schmitt, a Constituição é a decisão política fundamental, é ato proveniente de um poder soberano que dita à ordem social, a política e a jurídica. Já Hans Kelsen, atribuiu a Constituição um sentido jurídico; lei hierarquicamente superior em relação às outras normas, não importando o conteúdo, mas simplesmente a forma como é escalonada.
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