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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO - ICSC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS Trabalho Integrado de Ciências Contábeis SANTOS - SP 2017 Diego Marques de Oliveira - C225fc6 Fabíola Ribeiro Santos - C046400 Maria de Lourdes Santos - C2259G4 Mariana Leite Guimarães - B9975E8 Marilza Aparecida Correa - C130BG9 Sonielem de Souza Gomes Silva - C0801a9 NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE APS - Atividade Práticas Supervisionadas, apresentado como exigência para a avaliação do 8º semestre, do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista, sob a orientação da professora Celina Trajano. SANTOS - SP 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................... 2 1. METODOLOGIA ......................................................................................... 4 2. PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................ 4 3. JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 4 4. NORMAS INTERNACIONAIS ANTES DAS NOVAS NORMAS ................ 4 5. ADOÇÃO DAS IFRS NO BRASIL .............................................................. 7 6. IFRS (INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARS) ............ 7 7. INSERÇÕES DAS NOVAS NORMAS ........................................................ 8 8. COMITÊ DOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS................................ 14 9. MUDANÇAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONTÁBEIS .... 16 10. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 7 – EFEITOS DAS MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO E CONVERSÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, (MÉTODOS DE CONVERSÃO) .............. 25 11. LEGISLAÇÕES ...................................................................................... 39 12. MOVIMENTAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES DA EMPRESA IRON TAP . 40 13. CONCLUSÃO ........................................................................................ 58 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 59 15 . ANEXOS ................................................................................................... 60 15.1 FICHA DE COMPOSIÇÃO DA EQUIPE .................................................. 60 15.2 FICHAS DE HORAS ............................................................................. 61 2 INTRODUÇÃO A empresa IRON TAP,além de seus sócios/administradores, têm diversos acionistas e de variadas regiões, nacionais e internacionais, assim, no Brasil, exige-se ou recomenda-se que suas empresas adotem como base as Normas Internacionais de Contabilidade, seguindo os CPCs (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), juntamente com as NBCs (Normas Brasileiras de Contabilidade), visando uma melhor gestão já que seus investidores examinarão resultados demonstrados de uma forma universal. O objetivo deste trabalho é analisar a aplicabilidade das novas regras em empresas de grande porte e com seu capital aberto. A metodologia utilizada inclui pesquisas bibliográficas, documentais, descritivas e o estudo com base nos relatórios contábeis de operações rotineiras e essenciais para o desenvolvimento da empresa. A contabilidade tem passado por um importante processo de mudanças, exigindo alterações nos procedimentos das empresas. Através das Leis 11.638 de 28 de dezembro de 2007 e 11.941 de 27 de maio de 2009, surgiram essas alterações às quais, trás uma conciliação da contabilidade básica com a contabilidade nos padrões das normas internacionais, as International Financial Reporting Standards – IFRS, bem como, dos Pronunciamentos Contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e regulamentados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Para muitos autores e estudiosos a adoção deste sistema tem causado uma verdadeira revolução na contabilidade, com pontos positivos e negativos, no aspecto positivo as novas normas passam para os investidores, maior transparência, assim, facilitando na captação de credito, no aspecto negativo a um aumento de custos com divulgação de informações contábeis e a implementação do novo sistema e assim, também o tempo para se adequarem as novas regras, para tantos este Pronunciamentos Contábeis aprovados pelo CFC e transformados em resoluções visam adotar e potencializar a convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais – as IFRS, na busca uma facilidade de interpretação contábil para os vários usuários, por meio dos Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações Técnicas emitidas pelo CPC. 3 O conjunto das novas Normas de contabilidade altera a forma de apresentação das informações e dos critérios de avaliação e mensuração dos itens patrimoniais. Essas mudanças atingem todas as empresas com fins lucrativos. As companhias de capital aberto e de grande Porte, ou obrigadas à divulgação pública de prestação de contas devem atender na íntegra ao conjunto de Pronunciamentos Técnicos do CPC, que nada mais é do que o regimento da IFRS. As demais empresas que elaboram demonstrações contábeis para fins gerais aos diversos usuários contábeis, devem atender ao Pronunciamento Técnico PME – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, conforme a Resolução CFC nº 1.255 de 10 de dezembro de 2009, denominada também de NBC TG 1000. Será demonstrado neste trabalho, seguindo as novas regras, como uma S/A deverá proceder. 4 1. METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado com base nas normas e leis brasileiras, onde foram buscadas informações em leis federais, medidas provisórias, resoluções do conselho federal de contabilidade, deliberações da comissão de valores mobiliários- CVM, pronunciamentos do comitê de pronunciamentos contábeis - CPC. 2. PROBLEMATIZAÇÃO Demonstrar os motivos pelo qual o Brasil deve adotar as normas internacionais de contabilidade, suas vantagens e desvantagens se houver. E se ocorreu mudança com a adoção das normas internacionais. A obrigatoriedade ou não do emprego dessas normas e em que tipo de empresas eles se encaixam. 3. JUSTIFICATIVA A elaboração deste trabalho tem por finalidade demonstrar a importância das normas internacionais dentro das instituições e demonstrar como se da sua utilização, desenvolvimento e adequação das empresas para com essas normas. 4. NORMAS INTERNACIONAIS ANTES DAS NOVAS NORMAS A consolidação de balanços é também uma forma de prevalência da essência sobre a forma, provavelmente a experiência mais antiga da Contabilidade: juntam-se os balanços e produz-se uma informação como se as várias entidades, controladoras e controladas, fossem uma só; representa-se a entidade econômica, e não a entidade jurídica. E é tão relevante essa informação (a consolidada) que somente ela e, basicamente, a utilizada no mercado financeiro mundial hoje em dia. No caso dos norte-americanos, e a única informação disponibilizada publicamente. O exemplo do leasing financeiro é outro exemplo clássico da prevalência da essência sobre a forma. Esse conceito fundamental tem, é claro, seus problemas, porque exige do 5 profissional conhecimentos de gestão, de economia, de direito, de negócios em geral, da empresa, das transações que ela pratica, da terminologia envolvida etc. Por isso precisa ele estar sempre atualizado e cercando-se de cuidados para obter todo o conhecimento necessário. E exige dele também julgamento, bom senso, e coragem de representar a realidade, o que e suaobrigaçãomaisimportante,porsinal.Essênciasobreaformanãosignificaarbitrari edade a qualquer gosto, disponibilidadepara fazer o que se acha que deva ser feito, mas também e preciso que se registre, e bem claramente, todas as razões pelas quais se chegou à conclusão de que a essência não está bem representada formalmente. São muito mais importantes conceitos de controle, de obtenção de benefícios e de inocorrência em riscos do que a propriedade jurídica para registro de ativos, passivos, receitas e despesas: o próprio conceito de essência sobre a forma já induz a essa consequência, tratando-se de um complemento fundamental; assim, se uma entidade vende sua carteira de recebíveis, mas se obriga a repor qualquer título com inadimplência, continua mantendo todos os ônus e riscos dessa carteira. De fato não a ter vendido, e sim, efetuado um empréstimo e de garantia a carteira, obrigando-se a recompor quando necessário. É o caso, inclusive, do desconto de duplicatas no Brasil, que e, por causa disso, um empréstimo com as duplicatas dadas em garantia, e não uma efetiva venda de duplicatas, alterando sua contabilização. Veja-se, inclusive, o novo conceito de ativo imobilizado dado pela Lei das S/A, conforme alteração dada pela Lei nº 1.638/07, onde prevalece a figura da transferência do controle, dos riscos e dos benefícios, e não da titularidade jurídica. A Contabilidade passa a ser de toda a empresa, não só do Contador: apesar de parecer uma afronta na profissão contábil, trata-se, na realidade, de uma ascensão da profissão, por elevar o patamar com que á praticada e reconhecida pela Contabilidade. Como por exemplo, anteriormente, para se calcular a depreciação, a grande maioria dos profissionais, utilizavam a tabela admitida pela SRF, e não mais ao funcionário/ empresa. Hoje, como é necessário conhecer e registrar com base na vida útil econômica e no valor residual estimado, a depreciação, 6 excepcionalmente, precisará ser efetuado a partir de dados e informações da engenharia, de áreas externas etc. Outros departamentos têm envolvimento e responsabilidade na informação fornecida ao contador que, utilizará os dados para devido cálculo e registro. No cálculo do valor justo dos instrumentos financeiros, noutro exemplo, não e mais o Contador que simplesmente verifica o título e suas condições de juros, agora precisará a área financeira, a tesouraria ou o local devido, providenciar e se responsabilizar pela geração dessas informações relativas à avaliação do derivativo, do valor justo de certos títulos e obrigações. (Aliás, é necessário que o Contador se muna de todos os documentos para fundamentar os registros.) Outro caso é a apuração da recuperabilidade dos valores dos ativos, conhecido como impairment, a definição pode ser a unidade geradora de caixa e da alta administração da empresa (numa empresa de explora transporte rodoviário, por exemplo cada ônibus é uma unidade geradora de caixa ou um conjunto de ônibus que e utilizado numa linha recebida em concessão também.), bem como a responsabilidade pelo fornecimento dos fluxos de caixa esperados, da taxa de desconto ao Contador. No caso da informação por segmento, a Contabilidade passa a ser alimentada com números bem elevados de inputs de outras áreas, devidamente formalizados e passando a Diretoria, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal, o Comitê de Auditoria e outros organismos, se existirem, a se responsabilizar por todo esse processo, porque afirmarão, indiretamente, que tudo isso está sendo cumprido quando os balanços forem devidamente registrados. Influência inclusive, e com grande força o processo de Governança Corporativa da entidade, principalmente quando da aplicação do conceito da Essência sobre a Forma. Sendo assim, podemos afirmar que as normas internacionais de contabilidade, têm quatro características fundamentais, sendo elas: I. São baseadas muito mais em princípios do que em regras. II. São baseadas na Prevalência da Essência sobre a Forma. 7 III. São muito mais importantes conceitos de controle, de obtenção de benefícios e de inocorrência em riscos do que a propriedade jurídica para registro de ativos, passivos, receitas e despesas. IV. A Contabilidade passa a ser de toda a empresa, não só do Contador. 5. ADOÇÃO DAS IFRS NO BRASIL A adoção das normas internacionais de contabilidade foram após a promulgação da Lei n° 11.638/07 e da Medida Provisória n° 449/08, convertida na Lei n° 11.941/09. Essas duas Leis modificaram a Lei das S/A que sofreu mudanças significativas. Essas alterações proporcionaram mudanças para que a contabilidade brasileira ficasse em harmonia com as práticas das normas internacionais, adotados nos principais mercados de valores mobiliários. Para os investidores o céu é o limite, empresários que investem no mundo inteiro, isso é mais um efeito da globalização, no entanto os investidores querem segurança nos seus negócios, é claro que todo negócio tem seus riscos, mas todos mensuráveis. Nada melhor que demonstrações contábeis de uma forma clara e condizente com a realidade para os investidores. Sendo assim o Brasil se sentiu obrigado a se adequar as normas internacionais de contabilidade para poder atrair mais investidores. 6. IFRS (INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARS) As International Accounting Standards (IAS) são normas internacionais de contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC – atualmente denominado IFRS Foundation), editados até 2001 foram criados em 1973 por 10 países: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Irlanda Japão, México, Países baixos e Reino Unido, com a finalidade de formular um novo padrão internacional de contabilidade. O IASB (International Accounting Standards Boaeds) foi criado em abril de 2001, dali em diante foi ele que assumiu as responsabilidades técnicas do IASC, inclusive a edição de pronunciamentos. Apos a criação do IASB, os novos pronunciamentos são chamados de IFRS (International Financial Reporting 8 Standard). Atualmente, cerca de 120 países, inclusive o Brasil, exigem ou recomendam que suas empresas adotem procedimentos contábeis com base nas determinações do IASB, sediado em Londres, que pode ser definido como um conselho internacional de normas contábeis (IFRS) cuja aplicação tende a se tornar universal. O Manual de Contabilidade Societária traz as principais características das normas internacionais de contabilidade. As normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB estão sendo implementadas no Brasil pelo CPC e pelos órgãos reguladores brasileiros, principalmente pela CVM e pelo CFC. “A estrutura conceitual estabelece os conceitos que fundamentam a preparação e a apresentação de demonstrações financeiras destinadas a usuários externos, e tem por finalidade: a) dar suporte ao desenvolvimento de novos pronunciamentos técnicos, e à revisão de pronunciamentos existentes; b) promover a harmonização das regras, padrões contábeis e procedimentos; c) dar suporte aos reguladores nacionais no desenvolvimento de regras locais; d) dar suporte aos preparadores de demonstrações financeiras na aplicação das normas internacionais e no tratamento de assuntos que ainda não tiverem sido objeto das normas internacionais; e) auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a conformidade das demonstrações contábeis com as normas internacionais; e f) proporcionar, àqueles interessados, informações sobre o enfoque adotado na formulação dos pronunciamentos técnicos.” (FIPECAFI. Atlas 2010. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade pag. 02) 7. INSERÇÕES DAS NOVAS NORMAS Como já mencionado anteriormente, as mudanças nas normas brasileiras começaram com a sanção da Lei nº 11.638/07. Essa lei estabeleceu que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao regulamentar as normas 9 contábeis, as mesmas deveriamestar em conformidade com as normas internacionais de contabilidade (IFRS). Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei no 6.404, de 15dedezembro de 1976, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 176 (...) §5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3° deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.” “§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas”. O legislador ainda deu a opção das companhias fechadas optarem pelas normas expedidas pela CVM. O Artigo 5º da Lei nº 11.638/07 também facultou à CVM a possibilidade de firmar convênio com entidade independente que a assessorasse no processo técnico de regulamentação contábil, o referido dispositivo legal está transcrito abaixo: Art. 5º A Lei no 6.385, de 07 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A: “Art.10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos e agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas. Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser majoritariamente composta por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades representativas de sociedades submetidas ao regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta Lei, de sociedades que auditam e analisam as demonstrações financeiras, do órgão federal de fiscalização do exercício da profissão contábil e de universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida atuação na área contábil e de mercado decapitais.” Neste momento a CVM firmou convenio com o CPC. Surge então o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Comissão de valores mobiliários (CVM) 10 Comissão de Valores Mobiliários é uma entidade autárquica em regime especial, que foi inserida com as normas internacionais e está vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprio, dotado de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, autonomia financeira e orçamentária. A CVM foi instituída pela Lei n° 6.385/76 e tem o dever de disciplinar, normalizar e fiscalizar o Mercado de Valores Mobiliários. Atribuições da CVM 1. São disciplinadas e fiscalizadas pela CVM as seguintes atividades: 2. A emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; 3. A negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 4. A negociação e intermediação no mercado de derivativos; 5. A organização, o funcionamento e as operações das bolsas de valores; 6. A organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Mercadorias e Futuros; 7. A administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; 8. A auditoria das companhias abertas; 8) Os serviços de consultor e analista de valores mobiliários; Compete à comissão de valores mobiliários Regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional e as matérias expressamente previstas na lei de sociedades por ações, bem como fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários, bem como a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados. A CVM também deve propor ao Conselho Monetário 11 Nacional a eventual fixação de limites máximos de preço, comissões, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários do mercado, fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório. “O maior objetivo da Comissão de Valores Mobiliários é: (i) estimular a formação de poupanças e a sua aplicação em valores mobiliários; (ii) promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais; (iii) assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de balcão; (iv) proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra: a) emissões irregulares de valores mobiliários; b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores mobiliários; c) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários; (v) evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado; (vi) assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; (vii) assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários e (viii) assegurar a observância no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.” Segundo a Lei n° 6.385/76 são valores mobiliários: “a) As ações, debêntures e bônus de subscrição; b) Os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários; 12 c) Os certificados de depósito de valores mobiliários; d) As cédulas de debêntures; e) As cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos; f) As notas comerciais; g) Os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários; h) Outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; i) Quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de Investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.” A CVM tem o dever de fiscalizar e inspecionar as companhias abertas. Considera-se aberta a companhia cujos valores mobiliários estejam admitidos à negociação na bolsa ou no mercado de balcão. A Lei nº 6.385/1976 ainda deu competência para que a CVM possa expedir normas para as companhias abertas sobre: relatório da administração, demonstrações financeiras, padrões de contabilidade, relatórios e pareceres de auditores, entre várias outras normas aplicáveis as companhias abertas, para melhor entendimento transcrevemos abaixo o artigo em seu inteiro teor: Lei n° 6.385/1976 Art. 22. § 1o Compete à Comissão de Valores Mobiliários expedir normas aplicáveis às companhias abertas sobre: (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001). I. a natureza das informações que devam divulgar e a periodicidade da divulgação; (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001); II. relatório da administração e demonstrações financeiras; (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001); III. a compra de ações emitidas pela própria companhia e a alienação das ações em tesouraria; (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001); IV. padrões de contabilidade, relatórios e pareceres de auditores independentes; 13 (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001); V. informações que devam ser prestadas por administradores, membros do conselho fiscal, acionistas controladorese minoritários, relativas à compra, permuta ou venda de valores mobiliários emitidos pela companhia e por sociedades controladas ou controladoras; (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001); VI. a divulgação de deliberações da assembleia- geral e dos órgãos de administração da companhia, ou de fatos relevantes ocorridos nos seus negócios, que possam influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado, de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia; (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001); VII. a realização, pelas companhias abertas com ações admitidas à negociação em bolsa ou no mercado de balcão organizado, de reuniões anuais com seus acionistas e agentes do mercado de valores mobiliários, no local de maior negociação dos títulos da companhia no ano anterior, para a divulgação de informações quanto à respectiva situação econômica financeira, projeções de resultados e resposta aos esclarecimentos que lhes forem solicitados; (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001); VIII. as demais matérias previstas em lei. (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001) § 2o As normas editadas pela Comissão de Valores Mobiliários em relação ao disposto nos incisos II e IV do § 1o aplicam-se às instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, no que não forem conflitantes com as normas por ele baixadas. (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de31.10.2001)”. Em dezembro de 2007 com a promulgação da Lei n° 11.638/07, a Lei n° 6.385/76 que instituiu a CVM e a Lei 6.404/67, mais conhecida como lei das S/A, sofreram modificações de grande relevância para as normas de contabilidade. São essas: Lei n° 11.638/07 Art. 1o Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passam 14 a vigorar com a seguinte redação: “Art. 176 22 (...). § 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3° deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 11.638, de2007). A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos e agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas. Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser majoritariamente composta por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades representativas de sociedades submetidas ao regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta Lei, de sociedades que auditam e analisam as demonstrações financeiras, do órgão federal de fiscalização do exercício da profissão contábil e de universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida atuação na área contábil e de mercado de capitais.”. Foi com base nesse dispositivo legal que a CVM celebrou convenio com o CPC– Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 8. COMITÊ DOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS Como vimos anteriormente importância da internacionalização das normas contábeis vem levando inúmeros países a caminhar para um processo de convergência que tenha como consequência: i. a redução de riscos nos investimentos internacionais (quer os sob a forma de empréstimo financeiro quer os sob a forma de participação societária), bem como os créditos de natureza comercial, redução de riscos essa derivada de um melhor entendimento das demonstrações contábeis elaboradas pelos 15 diversos países por parte dos investidores, financiadores e fornecedores de crédito; ii. a maior facilidade de comunicação internacional no mundo dos negócios com o uso de uma linguagem contábil bem mais homogênea;e iii. a redução do custo do capital que deriva dessa harmonização, o que no caso é de interesse, particularmente, vital para o Brasil. Ante o exposto, foi criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Objetivo do CPC O CPC se objetiva no estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais. Composição do CPC O CPC se compõe pelas seguintes entidades: • ABRASCA - Associação Brasileira das Companhias Abertas • APIMEC NACIONAL - Associação dos Analistas e Profissionais de investimento do Mercado de Capitais • BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores,Mercadorias e Futuros 24 • CFC - Conselho Federal de Contabilidade • IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil • FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e financeiras. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - (CPC) pode emitir Orientações e Interpretações, além dos Pronunciamentos Técnicos, todos poderão ser consubstanciados em Norma Brasileira de Contabilidade pelo CFC e em atos normativos pelos órgãos reguladores brasileiros, visando extinguir dúvidas de implementação desses Pronunciamentos, também dará ampla 16 divulgação dos documentos que produzir, tanto na etapa de audiência quanto da emissão dos mesmos. A aprovação dos Pronunciamentos Técnicos, das Orientações de suas Interpretações dar-se-á, em conformidade com o regulamento interno, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos seus membros. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - (CPC) deverá submeter à audiência pública as minutas dos Pronunciamentos Técnicos. A CVM firmou convenio com o CPC para que o mesmo possa traduzir e adequar os pronunciamentos técnicos emitidos pelo IASB (International Accounting Standards Boaeds), poderá aprovar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas através de deliberações. Para orientar melhor na adoção inicial das normas internacionais de contabilidade o CPC editou o Pronunciamento técnico CPC 13 que trata da Adoção Inicial da Lei nº 25 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08, bem como, o Pronunciamento Técnico CPC 37 (R1) Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade. 9. MUDANÇAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONTÁBEIS As principais alterações promovidas pela Lei nº 11.638/07 e MP nº 449/08 convertida na Lei n° 11.941/09, que trouxeram impacto nos procedimentos e práticas contábeis, podem ser assim resumidas: i. Classificação do Ativo e do Passivo em "Circulante" e "Não Circulante"; ii. Extinção do grupo Ativo Permanente; iii. Restrição ao longo do exercício de 2008 e extinção, na data de 5/12/08, do subgrupo "Ativo Diferido"; iv. Criação do subgrupo "Intangível" no grupo do Ativo Não Circulante; v. Proibição da prática da reavaliação espontânea de ativos; vi. Aplicação, ao final de cada exercício social, do teste de recuperabilidade dos ativos (teste deimpairment); vii. Registro, em contas de ativo e passivo, dos contratos de arrendamento mercantil financeiro (leasing); viii. Extinção do grupo Resultado de Exercícios Futuros; 17 ix. Criação, no Patrimônio Líquido, da conta de "Ajustes de Avaliação Patrimonial"; x. Destinação do saldo de Lucros Acumulados; xi. Alteração da sistemática de contabilização das doações e subvenções fiscais, anteriormente contabilizadas em conta de Reserva de Capital; xii. Alteração da sistemática de contabilização dos prêmios nas emissões de debêntures, anteriormente contabilizados em contade Reserva de Capital; xiii. Extinção da classificação das Receitas e Despesas em Operacionais e Não Operacionais; xiv. Substituição da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) no conjunto das Demonstrações Contábeis obrigatórias; xv. Obrigatoriedade da elaboração da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) pelas Companhias Abertas; xvi. Criação do Regime Tributário de Transição(RTT); xvii. Implantação da apuração do Ajuste a Valor Presente de elementos do ativo e do passivo. Balanço de abertura As empresas elaboraram na data de 01/2008 (denominada "data de transição"), estabelecida na NBC T 19.18, um Balanço Patrimonial inicial para refletir as novas práticas contábeis adotadas no Brasil, como ponto de partida para sua contabilização de acordo com a Lei nº 11.638/07. Naquela data foram registrados todos os ajustes decorrentes da aplicação, pela primeira vez, da Lei nº 11.638/07, a partir dos saldos do Balanço Patrimonial de 31/12/2007, antes de quaisquer outros registros de operações e/ou transações relativas ao exercício de 2008. Nova classificação das contas de ativos e passivos A nova classificação das contas de Ativo e Passivo, prevista na MP nº 449/08, que alterou o art. 178 da Lei nº 6.404/76, anteriormente alterado pela 18 Lei nº 11.638/07, deve ser observada quando da elaboração das demonstrações contábeis do exercício social findo em 31/12/08. É válido ressaltar que a nova estrutura de classificação aplicar-se-á aos saldos de 31 de dezembro de 2007, nos casos em que a entidade optar por apresentar as demonstrações contábeis daquela data de forma comparativa com as de 31 de dezembro de 2008. Extinção do ativo diferido O subgrupo do ativo diferido foi extinto com a edição da MP nº 449/08, que acrescentou o art. 299-A a Lei nº 6.404/76 (Lei das S/A). As entidades em fase pré-operacional que continuaram contabilizando os gastos pré- operacionais ao longo do exercício de 2008, em conformidade com a Lei nº 11.638/07, 27 devem, a partir de 05/12/08, realizar os registros contábeis dos referidos gastos, em contas de resultado. Extinção do grupo resultado de exercícios futuros Esse grupo de contas foi extinto com a edição da MP nº 449/08 convertida na Lei n° 11.941/2009 que acrescentado à Lei das S/A (Lei nº 6.404/76) o art. 299-B. Os saldos de Resultados de Exercícios Futuros existentes até a data de 4/12/08 devem ser reclassificados na data de 5/12/08 para o grupo do passivo não circulante, em contas representativas de receitas e despesas diferidas. Nova classificação das contas e redação dada pela convertida na Lei n° 11.941/2009 ao art. 178 da Lei das S/A (Lei nº 6.404/76) estabelece a seguinte classificação do Ativo e do Passivo: a) ativo circulante; b) ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado intangível; c) passivo circulante; d) passivo não. 19 Dessa forma, o grupo Ativo Permanente foi extinto e foi criado o grupo Ativo Não Circulante, que passou a ser composto pelo ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. É válido esclarecer que a Lei nº 11.638/07 promoveu alteração no § 1º (alínea c) do art. 178 da Lei nº 6.404/76, onde ainda se manteve o grupo Ativo Permanente, dividido em Investimentos, Intangível e Diferido. Esse artigo, entretanto, foi novamente alterado pela MP nº 449/08, cuja nova redação trouxe a extinção do grupo Ativo Permanente e do subgrupo Ativo Diferido. Dessa forma, as demonstrações contábeis elaboradas na data de 31/12/08 devem observar a última redação dada ao referido art. 178 da Lei nº 6.404/76. 28 A nova redação dada pela MP nº 449/08, ao § 2º do art. 178 da Lei nº 6.404/76 trouxe uma nova denominação ao grupo Passivo Exigível a Longo Prazo, passando este grupo a ser definido como Passivo Não Circulante. Em conformidade com o mesmo art. 178 da Lei nº 6.404/76, com a nova redação dada pela MP nº 449/08, o Patrimônio Líquido é dividido em (i) capital social, (ii) reservas de capital, (iii) ajustes de avaliação patrimonial, (iv) reservas de lucros, (v) ações em tesouraria e (vi) prejuízos acumulados. A nova estrutura da classificação das contas está discriminada no item 143 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº1.157/09). Cálculo da depreciação dos bens do imobilizado A Lei nº 11.638/07 estabeleceu que as depreciações e amortizações do imobilizado devessem ser efetuadas com base na vida útil econômica dos bens; todavia, a adoção desse critério deve ser exigida só a partir do exercício iniciado em 1º/01/09. Dessa forma, podem ser utilizadas para o exercício de 2008 as taxas de depreciações e amortizações dos bens do ativo imobilizado que a entidade vinha anteriormente adotando (em geral são as taxas fiscais definidas e permitidas pela legislação fiscal). Os itens 138 e 139 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº 1.157/09) tratam sobre a vida útil econômica dos bens do imobilizado. Restrição e extinção do ativodiferido 20 A Lei nº 11.638/07 restringiu o conceito do Ativo Diferido. A MP nº 449/08, por sua vez, extinguiu esse subgrupo.Dessa forma,na data de transição (1º/01/08), as entidades analisaram o saldo existente nesse subgrupo na data de 31/12/07 e, se fosse o caso, reclassificaram: a) para o ativo imobilizado aqueles gastos vinculados ao processo de preparação e colocação em operação de máquinas e equipamentos. Tais gastos incluem todos os custos vinculados à sua aquisição ou construção e todos os demais necessários a colocá-los em condições de funcionamento (transporte, seguro, tributos não recuperáveis, montagem, testes, etc.); b) para o intangível àqueles gastos que se enquadrarem nesse conceito, em conformidade com a NBC T 19.8 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº449/08; c) para o resultado do período os demais gastos pré-operacionais de treinamento de pessoal administrativo ou de pessoal de vendas ou outros que não se qualifiquem nas alíneas(a) e (b). Após as reclassificações tratadas nas alíneas (a) e (b), as entidades têm a opção de manter os saldos contabilizados até 31/12/2007 dos gastos pré- operacionais (que se enquadrarem na alínea (c) acima) como ativo diferido, até a sua total amortização, ou de ajustar o referido saldo à conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Criação do ativo intangível A Lei nº 11.638/07 introduziu o subgrupo Intangível no grupo do Ativo Não Circulante, conforme a nova redação dada ao art. 178 da Lei nº 6.404/76. Nesse subgrupo devem ser classificados os valores que estavam em outras contas do Ativo Permanente, em conformidade com a legislação anterior, bem como as novas transações que representem bens incorpóreos, como marcas, patentes, direitos de concessão, direitos de exploração, direitos de franquia, direitos autorais, gastos com desenvolvimento de novos produtos, ágio pago 21 por expectativa de resultado futuro (fundo de comércio, ou goodwill). Os itens 21 a 23 da NBC T 19.18 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08, e os itens 32 a 56 do Comunicado Técnico 03 (Resolução CFC nº 1.157/09), bem como a NBC T 19.8 - Ativo Intangível tratam do Ativo Intangível. Fim da reavaliação de ativos A Lei nº 11.638/07 vedou a realização de qualquer tipo de reavaliação espontânea de bens. Os saldos existentes nas reservas de reavaliação devem ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até a data de 31/12/08. Os itens 38 a 41 da NBC T 19.18 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08 e os itens 127 a 132 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução 31 CFC nº 1.157/09) tratam da reavaliação de ativos, sendo vedada a todas as entidades a realização de novasreavaliações espontâneas de ativos. Extinção do grupo resultado de exercícios futuros Esse grupo de contas foi extinto com a edição da MP nº 449/08. Dessa forma, os saldos existentes até a data de 4/12/08 foram reclassificados na data de 5/12/08 para o grupo do Passivo Não Circulante, em contas representativas de receitas e despesas diferidas. Os itens 110 a 112 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº 1.157/09) tratam de Resultados de Exercícios Futuros. Criação da conta de ajustes de avaliação patrimonial A nova redação dada pela Lei nº 11.638/07 ao art. 178 (alínea d) da Lei nº 6.404/76 criou a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, classificada no Patrimônio Líquido. O art. 182 (§ 3º) da Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei nº 11.638/07, define que devem ser classificadas como Ajustes de Avaliação Patrimonial, 22 enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preços de mercado. Este grupo faz parte do Patrimônio Líquido, todavia não deve ser entendido como uma conta de Reservas de Lucros, haja vista que os referidos valores ali contabilizados ainda não transitaram pelo resultado, sendo caracterizado como um grupo especial do Patrimônio Líquido, pela Lei nº 11.638/07. Manutenção de saldo positivo na conta de Lucros Acumulados, sem destinação. Com a nova redação dada pela Lei nº 11.638/07 ao art. 178 (alínea d) da Lei nº 6.404/76, não há mais a previsão da conta "Lucros ou Prejuízos Acumulados" como conta componente do Patrimônio Líquido, tendo em vista que o referido artigo previu apenas, como uma das contas componente do Patrimônio Líquido, a conta de "Prejuízos Acumulados". É válido ressaltar ainda que a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados deve permanecer no Plano de Contas de todas as entidades, haja vista que o seu uso 33 continuará sendo feito para receber o registro do resultado do exercício, bem com as suas várias formas de destinações (constituição de reservas, distribuição de lucros ou dividendos, etc.). Os itens 42 a 43 da NBC T 19.18 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08 e os itens 115 e 116 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº 1.157/09) tratam dos lucros acumulados, sendo permitida a existência de saldo positivo para todas as entidades, exceto às sociedades por ações. Extinção de contas de Reservas de Capital e nova forma de registro dos prêmios na emissão de debêntures, dos incentivos e subvenções fiscais e das doações em contas de resultado A Lei nº 11.638/07 extinguiu a conta "Reserva de Prêmios na Emissão de Debêntures". Dessa forma, os prêmios recebidos na emissão de debêntures devem ser apropriados como receita financeira, ou melhor, como redução da despesa financeira na captação das referidas debêntures. A Lei nº 11.638/07 também proibiu o registro direto em contas de reservas do Patrimônio Líquido das subvenções para investimentos, inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos, e das doações recebidas do Poder Público. 23 Os saldos de incentivos fiscais foram criados desde a data de 31/12/07 deve ser mantido na referida conta, devendo tais incentivos, a partir de 1º/01/08, serem contabilizados em contas de resultado. Para que sejam preservados os direitos ao benefício fiscal, os lucros relativos aos incentivos fiscais que, por força de lei não são passíveis de distribuição aos acionistas ou cotistas, devem ser registrados e mantidos na conta "Reserva de Lucros de Incentivos Fiscais". Fim da segregação das receitas e despesas em operacionais e não operacionais Em conformidade com a MP nº 449/08 convertida na Lei n° 11.941/2009 as receitas e as despesas não devem ser mais segregadas como operacionais e não operacionais. As receitas e despesas que estavam sendo classificadas como não operacionais, em conformidade com a lei anterior, devem ser denominadas de Outras Receitas e Outras Despesas, observado o disposto nos itens 136 e 137 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº 1.157/09). O tratamento fiscal dos resultados operacionais e não-operacionais, para fins de apuração e compensação de prejuízos fiscais, permanece o mesmo, em conformidade com o art. 58 da MP nº 449/08. Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa (DFC) A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) foi substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). A DFC deve ser elaborada pelas sociedades por ações de capital fechado com Patrimônio Líquido superior a R$ 2.000.000,00, sociedades de capital aberto e sociedades de grande porte. Os itens 29 a 31 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº 1.157/09) tratam da Demonstração dos Fluxos de Caixa que substitui a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, sendo incentivada a adoção do método indireto. As sociedades por ações e limitadas, bem como as demais entidades devem elaborar a DFC em conformidade com a NBC T 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, exceto aquelas referidas na NBC T 19.13 - 24 Escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC) Esse grupo não foi tratado especificamente pelas alterações trazidas pela Lei nº 11.638/07 e MP nº 449/08; todavia, devem ser à luz do princípio da essência sobre a forma classificados no Patrimônio Líquido das entidades. Os adiantamentos para futuros aumentos de capital realizados, sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de capital social. Caso haja qualquer possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Passivo Não Circulante. Notas explicativas As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. As notas explicativas devem: I. apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos. II. divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras. III. fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada. IV. indicar: a) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo. b) Os 25 investimentos em outras sociedades, quando relevantes. c) Oaumentodevalordeelementosdoativoresultantedenovasavaliaçõe s (art.182,§ 3o da lei das S/A).d) Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes. e) Ataxadejuros,asdatasdevencimentoeasgarantiasdasobrigaçõesalo ngoprazo. f) O número, espécies e classes das ações do capital social. g) As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício. h) Os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1° da Lei das S/A). i) Os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais)não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. 10. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 7 – EFEITOS DAS MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO E CONVERSÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, (MÉTODOS DE CONVERSÃO) (Aprovada pela Resolução CFC 1.120/2008) Objetivo O objetivo desta Norma é determinar como incluir transações em moeda estrangeira e operações no exterior nas demonstrações contábeis de uma entidade no Brasil e como converter as demonstrações contábeis de entidade no exterior para a moeda de apresentação das demonstrações contábeis no Brasil para fins de registro da equivalência patrimonial, de consolidação integral ou proporcional das demonstrações contábeis; e também como converter as demonstrações contábeis de entidade no Brasil em outra moeda. Esta Norma deve ser adotada: 26 a) na contabilização de transações e saldos em moedas estrangeiras; b) na conversão dos resultados e dos balanços patrimoniais das entidades no exterior para fins de consolidação, consolidação proporcional e aplicação do método da equivalência patrimonial na entidade investidora; c) e na conversão do resultado de uma entidade e de seu balanço patrimonial de uma para outra moeda na apresentação das demonstrações contábeis. Definições Os seguintes termos são usados nesta Norma com os significados abaixo descritos: Taxadefechamentoéataxadecâmbiovigentenadatadobalançoparao peraçõesavista. Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um valor em uma moeda para um valor em outra moeda, a diferentes taxas cambiais. Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Moeda estrangeira é uma moeda diferente da moeda funcional de uma entidade. Moedafuncionaléamoedadoambienteeconômicoprincipalnoqu alaentidadeopera. Itens monetários são aqueles representados por dinheiro ou por direitos a serem recebidos e obrigações a serem liquidadas em dinheiro. 27 Itens não monetários são aqueles representados por ativos e passivos que não serão recebidos ou liquidados em dinheiro. Investimento líquido em uma entidade no exterior é o valor da participação detida pela entidade investidora no patrimônio líquido da entidade investida, adicionado (ou diminuído) decréditoou (débito) juntoaessainvestidaquetenhanaturezadeinvestimento. Moedadeapresentaçãoéamoedanaqualasdemonstraçõescont ábeissãoapresentadas. Taxa de câmbio à vista é a taxa normalmente utilizada para liquidação imediata das operações de câmbio; no Brasil, a taxa a ser utilizada é a divulgada pelo Banco Central do Brasil. Dividendos recebidos Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método de equivalência patrimonial devem ser registrados como redução da conta de investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. Se o registro do dividendo se der, antes do recebimento, por declaração de dividendo pela entidade no exterior, a taxa de câmbio será, inicialmente, a da data do registro, com as atualizações periódicas necessárias até o seu recebimento reconhecidas tão somente na conta relativa ao valor a receber utilizada e na conta de equivalência patrimonial, não podendo ser reconhecidas no resultado ou diretamente no patrimônio líquido. Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método do custo devem ser registrados como receita pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento, a não ser quando relativos a lucros na pré- aquisição do investimento, quando devem ser registrados como redução do custo de aquisição do investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo valor de mercado devem ser registrados como receita pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. 28 Na hipótese de os dividendos estarem sujeitos à tributação por impostos no país de origem, a contabilização deve ser a seguinte: (a) se tais impostos forem recuperáveis, constituirão créditos; (b) se tais impostos não forem recuperáveis, representarão um ônus da entidade investidora, devendo ser registrados como despesas. Deve-se analisar cada caso em particular quanto à incidência de impostos sobre dividendos remetidos à entidade no Brasil, verificando se os mesmos são ou não recuperáveis. Nessa análise deve-se considerar que, pelo regime de competência, tal ônus e consequente despesa estão mais bem refletidos se registrados no mesmo período em que for reconhecido o resultado da equivalência patrimonial relativo aos lucros que dão origem aos dividendos, e não ao período em que dividendos são efetivamente remetidos, gerando tais impostos. Todavia, há que se analisar que nem todo o resultado apurado se converterá em dividendos, não havendo a correspondente incidência do imposto de renda na fonte, se for essa a legislação do País. Assim, tais impostos não devem ser reconhecidos quando relativos a lucros que se pretenda manter na entidade no exterior, por capitalização mediante reinvestimento ou manutenção em reservas. Nessa hipótese, se houver mudança posterior de decisão e forem distribuídos dividendos relativos a tais lucros passados, o imposto deve ser registrado quando os dividendos forem declarados. Por outro lado, quando houver prévio conhecimento de dividendos futuros relativos a lucros apurados no exercício presente, em face da determinação estatutária legal, ou por deliberação da entidade, o imposto de renda correspondente deve ser reconhecido no mesmo exercício. Ou seja, o princípio é o de que sempre se constitua imposto, a menos que num futuro previsível, e de acordo com a política dedistribuiçãodedividendos,sejamuitoprovávelquetaislucrosnãoserãodistribuído s. 29 Esses fatores devem ser considerados na determinação do tratamento contábil aplicável a tal ônus, o qual deve ser divulgado nas notas explicativas. Determinação da moeda funcional O ambiente econômico principal no qual uma entidade opera é, em geral, e com raras exceções, aquele em que ela fundamentalmente gera e desembolsa caixa. A entidade deve considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional: a) A moeda: que mais influencia os preços de bens e serviços (geralmente, é a moeda na qual o preço de venda de seus produtos e serviços está expresso e acertado);e do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na determinação do preço de venda de seus produtos ou serviços; A moeda que mais influencia mão-de-obra, material e outros custos para o fornecimento de produtos ou serviços (geralmente é a moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados). A moeda funcional da entidade no exterior for de uma economia hiperinflacionária, suas demonstrações contábeis devem ser monetariamente atualizadas. As práticas contábeis adotadas no Brasil, nesse tocante, baseadas na correção integral, estão alinhadas com a norma internacional que trata de economias hiperinflacionárias. Essa atualização não pode ser evitada, por exemplo, adotando como sua moeda funcional uma moeda diferente da moeda funcional determinada com base nesta Norma (tal como a moeda funcional de sua controladora). Uma entidade pode ter, diretamente ou por meio de uma 30 investida, um item monetário a receber ou a pagar junto a umaentidade no exterior. Um item cuja liquidação não está planejada nem há probabilidade de ocorrer no futuro previsível é, em essência, uma parte do investimento líquido da entidade naquela entidade no exterior. A entidade que possui um item monetário a receber de, ou a pagar a, uma entidade no exterior conforme descrito no item anterior pode ser qualquer entidade do grupo. A característica essencial de um item monetário é o direito de receber (ou a obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de moeda. Os exemplos incluem: pensões e outros benefícios a funcionários a serem pagos em dinheiro; provisões a serem liquidadas em dinheiro; dividendos reconhecidos como obrigações. Da mesma forma, um contrato para receber (ou entregar) um número variável de instrumentos patrimoniais próprios da entidade ou uma quantidade variável de ativos cujos valores justos a serem recebidos (ou entregues) são iguais a um número fixo ou variável de unidades da moeda é considerado um item monetário. Por outro lado, a característica essencial de um item não-monetário é a ausência do direito a receber (ou da obrigação a entregar) um número fixo ou determinável de unidades de moeda. Muitas entidades são compostas de diversas entidades individuais (ex., um grupo formado pela controladora e uma ou mais controladas). Vários tipos de entidades, participantes ou não de um grupo, podem ter investimentos em coligadas ou joint ventures. Também podem existir filiais, agências, sucursais ou dependências. É necessário que as demonstrações do resultado e do balanço patrimonial de cada entidade individual incluída na entidade investidora sejam convertidas para a moeda utilizada por essa entidade investidora nas suas demonstrações contábeis. Esta Norma permite que a moeda de apresentação das demonstrações contábeis da entidade que reporta seja qualquer moeda (ou moedas). Esta Norma também permite que uma entidade autônoma, sem controladas, que prepara suas demonstrações contábeis, ou uma entidade que prepara suas demonstrações contábeis individuais prepare essas demonstrações em qualquer moeda (ou moedas). Caso amoeda de apresentação das demonstrações contábeis sejam diferentes da moeda 31 funcional, os resultados e o balanço patrimonial nessa moeda funcional também são convertidos para a moeda de apresentação. TRANSAÇÕES EM MOEDAESTRANGEIRA Reconhecimento Inicial Uma transação em moeda estrangeira é uma transação que é feita ou que exige liquidação em uma moeda estrangeira, incluindo transações que surgem quando uma entidade: (a) compra ou vende produtos ou serviços, cujo preço é estabelecido numa moeda estrangeira; (b) toma emprestado ou empresta fundos, quando os valores a pagar ou a receber são estabelecidos numa moeda estrangeira; (c) de alguma outra forma adquire ou dispõe de ativos, ou incorre ou liquida passivos estabelecidos em uma moeda estrangeira. Uma transação em moeda estrangeira deve ser contabilizada, no seu reconhecimento inicial, na moeda funcional, aplicando-se, à importância em moeda estrangeira, a taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira na data da transação. A data da transação é a data na qual a transação se qualifica para reconhecimento de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Por motivos práticos, muitas vezes é usada uma taxa que se aproxima da taxa real na data da transação. Entretanto, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, o uso da taxa média de um período não é adequado; o mesmo ocorre se as transações não se distribuírem de forma relativamente homogênea durante o período. 32 APRESENTAÇÃO NOS BALANÇOS DE DATASSUBSEQUENTES Na data de cada balanço b) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se a taxa de fechamento; c) os itens não monetários que são mensurados ao custo histórico em uma moeda estrangeiradevemserconvertidosusando- seataxacambialdadatadatransação; d) os itens não-monetários que são mensurados ao seu valor justo em uma moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se as taxas cambiais da data em que o valor justo for determinado. O valor contábil de um item é determinado em conjunto com outras Normas pertinentes. Se houver Norma que dê tratamento específico a um determinado ativo ou passivo, esse tratamento é o que deve ser utilizado. O valor contábil de alguns itens é determinado comparando-se dois ou mais valores. Por exemplo, o valor contábil dos estoques é determinado pelo custo ou valor líquido de realização, dos dois o menor. Da mesma forma, conforme o NBC T 19.10 - ao Valor Recuperável de Ativos valor contábil de um ativo, para o qual há indicação de redução de valor, é o menor entre o valor contábil antes de se considerar possíveis perdas de valores e o seu valor recuperável. Quando o ativo não for monetário e for expresso em moeda estrangeira, o valor contábil deve ser determinado comparando-se: (a) o custo ou valor contábil, conforme o caso, convertido à taxa de câmbio vigente na data da determinação do valor (i.e., a taxa na data da transação para um item medido em termos de custo histórico); (b) o valor líquido realizável ou o valor recuperável, conforme o caso, convertido à taxa de câmbio vigente na data da determinação do valor (ex., a taxa de fechamento na data do balanço). Essa comparação pode gerar perda por desvalorização a ser reconhecida na moedafuncionalsemquesejareconhecidanamoedaestrangeiraevice-versa. 33 Quando houver diversas taxas de câmbio disponíveis, a taxa usada deve ser aquela pela qual os futuros fluxos de caixa representados pela transação ou balanço seriam liquidados caso esses fluxos de caixa ocorressem na data da mensuração. Se, temporariamente, não houver câmbio entre duas moedas, a taxa usada deve ser a primeira taxa subsequente na qual a transação puder ser realizada. Reconhecimento de Variações Cambiais Norma específica pode determinar que a aplicação da contabilização de hedge requeira que uma entidade contabilize algumas variações cambiais de forma diferente do tratamento de variações cambiais estabelecido por esta Norma. As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em que surgirem, com exceção das variações cambiais. Quando itens monetários surgem de transações em moeda estrangeira e há uma mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data da liquidação, o resultado é uma variação cambial. Quando a transação é liquidada dentro do mesmo período contábil em que ocorreu, toda a variação cambial é reconhecida nesse mesmo período. Entretanto, quando a transação é liquidada num período contábil subsequente, a variação cambial reconhecida em cada período, até a data de liquidação, é determinada pela mudança nas taxas de câmbio ocorrida durante cada período. Quando um ganho ou uma perda sobre itens não monetários for reconhecido diretamente no patrimônio líquido, qualquer variação cambial atribuída àquele componente de ganho ou perda deve, também, 34 ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido. Por outro lado, quando um ganho ou uma perda sobre um item não monetários for reconhecido no resultado do período, qualquer variação cambial atribuída àquele ganho ou perda deve, também, ser reconhecido no resultado. Esta e outras Normas podem determinar que alguns ganhos ou perdas sejam reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Por exemplo, a NBC T 19.10 ao Valor Recuperável de Ativos requer que determinadas perdas por desvalorização em ativos reavaliados sejam reconhecidasdiretamente em patrimônio líquido. Quando tal ativo é mensurado em moeda estrangeira, a Norma determina que o valor reavaliado seja convertido utilizando-se a taxa em vigor na data de determinação do valor; com isso, a variação cambial resultante também deve ser reconhecida no patrimônio líquido. As variações cambiais resultantes de itens monetários que fazem parte do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade no exterior devem ser reconhecidas no resultado nas demonstrações contábeis individuais da entidade que reporta ou nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior, conforme apropriado. Nas demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta (ex., demonstrações contábeis consolidadas), tais variações cambiais devem ser registradas, inicialmente, em uma conta específica do patrimônio líquida e reconhecida em receita ou despesa na venda do investimento líquido. Quando um item monetário faz parte do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade no exterior e está expresso na moeda funcional da entidade que reporta, surge uma variação cambial nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior. Se tal item está expresso na moeda funcional da entidade no exterior, também surge uma diferença cambial nas demonstrações contábeis individuais da entidade que reporta. Se esse item está expresso em uma moeda que não a moeda funcional da entidade que reporta ou a entidade no exterior, uma variação cambial surge nas demonstrações individuais da entidade que reporta e nas demonstrações individuais da entidade no exterior. Tais diferenças cambiais são reclassificadas para uma conta específica de patrimônio líquido nas demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade 35 que reporta, (i.e., demonstrações contábeis nas quais a entidade no exterior é consolidada, proporcionalmente consolidada ou reconhecida pelo método de equivalência patrimonial). Quando uma entidade mantém seus registros contábeis em moeda diferente da sua moeda funcional, ao elaborar suas demonstrações contábeis todos os valores são convertidos para a moeda funcional. Esse procedimento gera os mesmos valores na moeda funcional que teriam ocorrido se os itens tivessem sido registrados inicialmente na moeda funcional. Quando há mudança da moeda funcional de uma entidade, a mesma deve utilizar os procedimentos de conversão aplicáveis à nova moeda funcional prospectivamente a partir da data da mudança. Portanto, uma vez determinada à moeda funcional, ela somente pode ser trocada se houver uma mudança nas transações, nos eventos e nas condições correspondentes. O efeito de uma mudança na moeda funcional deve ser contabilizado prospectivamente. Os valores convertidos resultantes para os itens não monetários são tratados como se fossem seus custos históricos. Variações cambiais decorrentes da conversão de uma entidade no exterior, previamente classificada em patrimônio líquido, não devem ser reconhecidas como receita ou despesa, no resultado, até a baixa do investimento. CONVERSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA MOEDA DIFERENTE DA MOEDA FUNCIONAL Conversão para a Moeda de Apresentação das Demonstrações Contábeis Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas). Se a moeda de apresentação das demonstrações contábeis diferir da moeda funcional da entidade, seus resultados e seu balanço patrimonial devem ser 36 convertidos para a moeda de apresentação. Por exemplo, quando um grupo é compreendido por entidades individuais com diferentes moedas funcionais, os resultados e o balanço patrimonial de cada entidade devem ser expressos em uma mesma moeda comum a todas elas para que as demonstrações contábeis consolidadas possam ser apresentadas. Os resultados e os balanços patrimoniais de uma entidade no exterior cuja moeda funcional não é de economia hiperinflacionária, depois de ajustados para eliminar diversidade de critérios, princípios e práticas contábeis em relação à entidade que reporta, devem ser convertidos para a moeda de apresentação por meio dos seguintes procedimentos: (a) os ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado (i.e., incluindo os comparativos) devem ser convertidos utilizando a taxa de fechamento na data do respectivo balanço; (b) o patrimônio líquido inicial de cada balanço corresponde ao patrimônio líquido final do período anterior conforme convertido à época; as mutações do patrimônio inicial duranteoperíodocorrentedevemserconvertidaspelataxadesuasrespectivasdatas; (c) as receitas e despesas para cada demonstração do resultado (i.e., incluindo as comparativas) devem ser convertidas utilizando as taxas cambiais em vigor nas datas das transações. (d) as variações cambiais resultantes dos itens (a), (b) e (c) acima devem ser reconhecidas em conta específica no patrimônio líquido. Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas cambiais em vigor nas datas das transações, por exemplo, uma taxa média para o período, é normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa. Entretanto, se as taxas cambiais flutuarem significativamente, o uso da taxa média do período é inapropriado. Também não é apropriado o uso de taxa média se a distribuição das receitas ou das despesas não for uniforme dentro do período 37 considerado. As variações cambiais são decorrentes de: (e) diferença entre a conversão de receitas e despesas pelas taxas cambiais em vigor nas datas das transações e a de conversão de ativos e passivos pela taxa de fechamento. Tais variações cambiais decorrem também dos registros efetuados diretamente no patrimônio líquido; (f) diferença entre a conversão do patrimônio líquido inicial pela taxa atual de fechamento e pela taxa anterior de fechamento. Essas variações cambiais não são reconhecidas no resultado, pois as mudanças nas taxas cambiais têm pouco ou nenhum efeito direto sobre os fluxos de caixa atuais e futuros de operações. As contas dos resultados e balanços patrimoniais de uma entidade cuja moeda funcional é de uma economia hiperinflacionária são convertidas para a moeda de apresentação por meio dos seguintes procedimentos: (a) os valores (i.e., ativos, passivos, itens do patrimônio líquido, receitas e despesas, incluindo saldos comparativos) devem ser atualizados monetariamente para a moeda de capacidade aquisitiva da data do balanço mais recente, com o uso da metodologia da correção integral conforme já utilizada no Brasil; (b) a seguir, todos esses valores (i.e., ativos, passivos, itens do patrimônio líquido, receitas e despesas, incluindo saldos comparativos) devem ser convertidos pela taxa de câmbio em vigor na data do balanço patrimonial mais recente; (c) quando valores são convertidos para a 38 moeda de uma economia não- hiperinflacionária, os valores comparativos devem ser aqueles apresentados nas demonstrações contábeis do ano anterior (i.e., não são ajustados para mudanças subsequentes no nível de preços ou mudanças subsequentes nas taxas cambiais). Quando a economia deixa de ser hiperinflacionária, a entidade não mais atualiza monetariamente suas demonstrações contábeis e os valores atualizados, ao nível de preços da data em que a entidade deixou de efetuar a atualização monetária, devem ser usados como se fossem os custos históricos da conversão para a moeda de apresentação. Quando uma entidade apresentar suas demonstrações contábeis em uma moeda que seja diferente da sua moeda funcional, ela somente deve mencionar que essas demonstrações estão em com conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil se estiverem de acordo com todas as exigências de cada Norma e cada Interpretação Técnicaaplicáveis, incluindo o método de conversão descrito nesta norma. Algumas vezes uma entidade apresenta suas demonstrações contábeis ou outras informações financeiras em uma moeda que não a sua moeda funcional sem cumprir as exigências. Quando uma entidade apresenta suas demonstrações contábeis ou outras informações financeiras em uma moeda que não a sua moeda funcional ou a moeda de apresentação das demonstrações contábeis, e as exigências não são cumpridas, deve a mesma entidade: a) identificar claramente as informações como sendo informações suplementares para distingui-las das informações que estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; b) divulgar a moeda utilizada para essas informações suplementares; c) e divulgar a moeda funcional da entidade e o método de conversão utilizado para determinar as informações suplementares. 39 11. LEGISLAÇÕES “RESOLUÇÃO CFC N. º 1.295/10 Aprova a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, e com fundamento no disposto na alínea ― do art. 6º do Decreto Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10. RESOLVE: Art. 1º Aprovar a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) (IAS 21 doIASB). Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando- se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando serão revogadas as Resoluções CFC n.º 1.120/08 e 1.164/09, publicadas no D.O.U., Seção I, de 26/2/08 e de 31/3/09, respectivamente, e o art. 1º da Resolução CFC n.º 1.273/10, publicada no D.O.U., Seção I, de28/1/10. Efeitos das alterações nas taxas de Câmbio IAS 21 – Visão Geral Uma companhia pode conduzir operações no exterior de duas formas: a) Manter diretamente transações determinadas em moeda estrangeira, utilizando um ou mais tipos de moedas diferentes, fato que resulta na necessidade de conversão dos resultados das operações conduzidas na moeda pela qual a empresa registra suas operações; ou, alternativamente; b) Conduzir operações no exterior por meio de investimento direto em uma entidade localizada no exterior, como por exemplo, uma subsidiária, uma coligada, uma agência (específico para instituições financeiras) ou por meio de uma joint venture, cujos registros contábeis sejam 40 preparados e mantidos em moeda estrangeira (moeda corrente da localidade onde se encontra e entidade investida). “Nesses casos, para o propósito de apuração do resultado de equivalência patrimonial ou para a consolidação das demonstrações financeiras da entidade no exterior para a moeda corrente pela qual a companhia elabora e mantém suas demonstrações financeiras.” 12. MOVIMENTAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES DA EMPRESA IRON TAP Movimento do mês de janeiro de 2016 02/01/2016 – Venda de Ativo Imobilizado D – BALANÇO PATRIMONIAL 2015 ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE CAIXA 80.000,00 FORNECEDORES 38.000,00 BANCO 150.000,00 SALARIOS A PAGAR 8.000,00 CLIENTES 90.000,00 IMPOSTOS A PAGAR 3.500,00 ESTOQUE 42.000,00 ALUGUEL A PAGAR 2.000,00 CONTAS A PAGAR 50.000,00 ATIVO NÃO CIRCULANTE VEÍCULO 45.000,00 (-) DEPRECIAÇÃO ACUM. - 11.250,00 PATRIMONIO LÍQUIDO CAPITAL SOCIAL 100.000,00 RESERVA LEGAL 22.000,00 LUCROS ACUMULADOS 172.250,00 TOTAL ATIVO 395.750,00 TOTAL PASSIVO 395.750,00 D- Banco C- Ganho de Capital 40.000,00 D - Ganho de Capital C - Veículo 45.000,00 41 Depreciação C - Ganho de Capital 11.250,00 05/01/2016 - Compra de mercadoria a vista por RS 9.000,00 D- Estoque 8.750,00 D- ICMS a recuperar 250,00 C- Caixa 9.000,00 07/01/2016 – Pagamento de Aluguel R$ 2.000,00 D- Aluguel a pagar C-Banco 2.000,00 07/01/2016 – Pagamento de água e energia R$ 2.000,00 D- Despesas de água e energia C-Banco 2.000,00 07/01/2016 – Pagamento de salário aos funcionários R$ 8.000,00 D- Salários a pagar C-Banco 8.000,00 10/01/2016 – Recebimento de Clientes R$ 90.000,00 D- Banco C- Clientes 90.000,00 12/01/2016 - Venda de mercadoria a prazo de R$ 19.000,00 em duas vezes conforme nota fiscal n° 1073 42 D- Clientes C- Receita com Vendas 19.000,00 D- ICMS s/Vendas C- ICMS a pagar 180,00 D- CMV E- Estoque 2.500,00 12/01/2016 - Venda de mercadoria a vista por R$10.200,00 18/01/2016 – Pagamento de fornecedores D- Fornecedores C-Caixa 38.000,00 D- Caixa C- Receita com Vendas 10.200,00 D-ICMS s/ Vendas C- ICMS a pagar 125,00 D-CMV C- Estoque 1.800,00 43 23/01/2016 – Pagamento de contas D- Contas a Pagar C-Banco 50.000,00 31/05/2016 – Pagamento de impostos R$3.500,00 D- Impostos a pagar C-Banco 3.500,00 31/01/2016 – Compra de mercadoria a prazo por R$ 7.500,00 em três vezes conforme nota fiscal n° 55 D- Estoque 7.280,00 D- ICMS a recuperar 220,00 C- Fornecedores 7.500,00 31/01/2016 – Obtenção de empréstimo de R$75.000,00 a vencer em 18vezes D- Banco 75.000,00 D- (-) Ajuste a valor Presente 12.000,00 C- Empréstimos a Pagar 87.000,00 Provisões 31/01/2016 – Aluguel D- Despesa com Aluguel C- Aluguel a Pagar 2.000,00 44 31/01/2016 – Salários D- Despesa com Salários C- Salários a Pagar 8.000,00 31/01/2016 – IRPJ sobre Ganho de Capital D- Despesa com IRPJ C- IRPJ s/ Ganho de capital 937,50 Movimento do mês de fevereiro de 2016 01/02/2016 – Compra de um veículo a vista por 27.000,00 D- Veículos C-Banco 27.000,00 03/02/2016 – Aumento do Capital Social de R$50.000,00 D- Caixa C-CapitalSocial 50.000,00 05/02/2016 – Recebimento de Clientes parcela 1/2 conforme nota fiscal n°1073 D- Caixa C-Clientes 9.500,00 05/02/2016 – Pagamento de fornecedores parcela 1/3 conforme nota fiscal n°55 D- Fornecedores C-Banco 2.500,00 07/02/2016 – Pagamento de Aluguel R$ 2.000,00 45 D- Aluguel a pagar C-Banco 2.000,00 07/02/2016 – Pagamento de água e energia R$ 2.000,00 D- Despesa com água e energia C-Banco 2.000,00 07/02/2016 – Pagamento de salário aos funcionários R$8.000,00 D- Salários a pagar C-Banco 8.000,00 15/02/2016 – Pagamento da primeira parcela do empréstimo R$ 4.833,33 D- Empréstimos a pagar C-Banco 4.833,33 Apropriação da despesa com juros D- Despesas financeira C- (-) Ajuste a valor Presente 666,66 17/02/2016 – Venda de mercadoria a vista de 9.000,00 D- CMV C-Estoque 950,00 28/02/2016 – Depreciação D- Despesa com depreciação D- Caixa C- Receita com Vendas 9.000,00 D- ICMS s/ Vendas C- ICMS A Pagar 105,00 46 C- (-)Depreciação acumulada 562,50 28/02/2016 – Pagamento de IRPJ S/ Ganho de Capital D-IRPJ S/Ganho de Capital C-Banco 937,50 Provisões 28/02/2016 – Aluguel D- Despesa com Aluguel C- Aluguel a Pagar 2.000,00 28/02/2016 – Salários D- Despesa com Salários C- Salários a Pagar 8.000,00 Movimento do mês de março de 2016 01/03/2016 – Compra de mercadoria a prazo por 4.800 em duas vezes D- Estoque 4.650,00 D- ICMS a recuperar 150,00 C- Fornecedor 4.800,00 05/03/2016 – Recebimento de Clientes parcela 2/2 conforme nota fiscal n°1073 47 D- Caixa C-Clientes 9.500,00 05/03/2016 – Pagamento de fornecedores parcela 2/3 conforme nota fiscal n°55 D- Fornecedores C-Banco 2.500,00 08/03/2016
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