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APS - 8 semestre - NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO - ICSC 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 
Trabalho Integrado de Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
 
SANTOS - SP 
2017
 
 
Diego Marques de Oliveira - C225fc6 
Fabíola Ribeiro Santos - C046400 
Maria de Lourdes Santos - C2259G4 
Mariana Leite Guimarães - B9975E8 
Marilza Aparecida Correa - C130BG9 
Sonielem de Souza Gomes Silva - C0801a9 
 
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE 
 
 
 
 
APS - Atividade Práticas 
Supervisionadas, apresentado como 
exigência para a avaliação do 8º 
semestre, do curso de Ciências 
Contábeis da Universidade Paulista, 
sob a orientação da professora Celina 
Trajano. 
 
 
 
 
 
SANTOS - SP 
2017
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 2 
1. METODOLOGIA ......................................................................................... 4 
2. PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................ 4 
3. JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 4 
4. NORMAS INTERNACIONAIS ANTES DAS NOVAS NORMAS ................ 4 
5. ADOÇÃO DAS IFRS NO BRASIL .............................................................. 7 
6. IFRS (INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARS) ............ 7 
7. INSERÇÕES DAS NOVAS NORMAS ........................................................ 8 
8. COMITÊ DOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS................................ 14 
9. MUDANÇAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONTÁBEIS .... 16 
10. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 7 – EFEITOS 
DAS MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO E CONVERSÃO DE 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, (MÉTODOS DE CONVERSÃO) .............. 25 
11. LEGISLAÇÕES ...................................................................................... 39 
12. MOVIMENTAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES DA EMPRESA IRON TAP . 40 
13. CONCLUSÃO ........................................................................................ 58 
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 59 
15 . ANEXOS ................................................................................................... 60 
15.1 FICHA DE COMPOSIÇÃO DA EQUIPE .................................................. 60 
15.2 FICHAS DE HORAS ............................................................................. 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A empresa IRON TAP,além de seus sócios/administradores, têm 
diversos acionistas e de variadas regiões, nacionais e internacionais, assim, no 
Brasil, exige-se ou recomenda-se que suas empresas adotem como base as 
Normas Internacionais de Contabilidade, seguindo os CPCs (Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis), juntamente com as NBCs (Normas Brasileiras de 
Contabilidade), visando uma melhor gestão já que seus investidores 
examinarão resultados demonstrados de uma forma universal. 
O objetivo deste trabalho é analisar a aplicabilidade das novas regras 
em empresas de grande porte e com seu capital aberto. A metodologia 
utilizada inclui pesquisas bibliográficas, documentais, descritivas e o estudo 
com base nos relatórios contábeis de operações rotineiras e essenciais para o 
desenvolvimento da empresa. 
A contabilidade tem passado por um importante processo de mudanças, 
exigindo alterações nos procedimentos das empresas. Através das Leis 11.638 
de 28 de dezembro de 2007 e 11.941 de 27 de maio de 2009, surgiram essas 
alterações às quais, trás uma conciliação da contabilidade básica com a 
contabilidade nos padrões das normas internacionais, as International Financial 
Reporting Standards – IFRS, bem como, dos Pronunciamentos Contábeis 
emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e regulamentados 
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 
Para muitos autores e estudiosos a adoção deste sistema tem causado 
uma verdadeira revolução na contabilidade, com pontos positivos e negativos, 
no aspecto positivo as novas normas passam para os investidores, maior 
transparência, assim, facilitando na captação de credito, no aspecto negativo a 
um aumento de custos com divulgação de informações contábeis e a 
implementação do novo sistema e assim, também o tempo para se adequarem 
as novas regras, para tantos este Pronunciamentos Contábeis aprovados pelo 
CFC e transformados em resoluções visam adotar e potencializar a 
convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais – as 
IFRS, na busca uma facilidade de interpretação contábil para os vários 
usuários, por meio dos Pronunciamentos Técnicos, Orientações e 
Interpretações Técnicas emitidas pelo CPC. 
3 
 
 
 
O conjunto das novas Normas de contabilidade altera a forma de 
apresentação das informações e dos critérios de avaliação e mensuração dos 
itens patrimoniais. Essas mudanças atingem todas as empresas com fins 
lucrativos. As companhias de capital aberto e de grande Porte, ou obrigadas à 
divulgação pública de prestação de contas devem atender na íntegra ao 
conjunto de Pronunciamentos Técnicos do CPC, que nada mais é do que o 
regimento da IFRS. 
As demais empresas que elaboram demonstrações contábeis para fins 
gerais aos diversos usuários contábeis, devem atender ao Pronunciamento 
Técnico PME – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, conforme a 
Resolução CFC nº 1.255 de 10 de dezembro de 2009, denominada também de 
NBC TG 1000. 
Será demonstrado neste trabalho, seguindo as novas regras, como uma 
S/A deverá proceder. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
1. METODOLOGIA 
 
Este trabalho foi elaborado com base nas normas e leis brasileiras, onde 
foram buscadas informações em leis federais, medidas provisórias, resoluções 
do conselho federal de contabilidade, deliberações da comissão de valores 
mobiliários- CVM, pronunciamentos do comitê de pronunciamentos contábeis - 
CPC. 
 
2. PROBLEMATIZAÇÃO 
 
Demonstrar os motivos pelo qual o Brasil deve adotar as normas 
internacionais de contabilidade, suas vantagens e desvantagens se houver. E 
se ocorreu mudança com a adoção das normas internacionais. A 
obrigatoriedade ou não do emprego dessas normas e em que tipo de empresas 
eles se encaixam. 
 
3. JUSTIFICATIVA 
 
A elaboração deste trabalho tem por finalidade demonstrar a importância 
das normas internacionais dentro das instituições e demonstrar como se da sua 
utilização, desenvolvimento e adequação das empresas para com essas 
normas. 
 
4. NORMAS INTERNACIONAIS ANTES DAS NOVAS NORMAS 
 
A consolidação de balanços é também uma forma de prevalência da 
essência sobre a forma, provavelmente a experiência mais antiga da 
Contabilidade: juntam-se os balanços e produz-se uma informação como se as 
várias entidades, controladoras e controladas, fossem uma só; representa-se a 
entidade econômica, e não a entidade jurídica. E é tão relevante essa 
informação (a consolidada) que somente ela e, basicamente, a utilizada no 
mercado financeiro mundial hoje em dia. No caso dos norte-americanos, e a 
única informação disponibilizada publicamente. O exemplo do leasing 
financeiro é outro exemplo clássico da prevalência da essência sobre a forma. 
Esse conceito fundamental tem, é claro, seus problemas, porque exige do 
5 
 
 
 
profissional conhecimentos de gestão, de economia, de direito, de negócios em 
geral, da empresa, das transações que ela pratica, da terminologia envolvida 
etc. Por isso precisa ele estar sempre atualizado e cercando-se de cuidados 
para obter todo o conhecimento necessário. E exige dele também julgamento, 
bom senso, e coragem de representar a realidade, o que e 
suaobrigaçãomaisimportante,porsinal.Essênciasobreaformanãosignificaarbitrari
edade a qualquer gosto, disponibilidadepara fazer o que se acha que deva ser 
feito, mas também e preciso que se registre, e bem claramente, todas as 
razões pelas quais se chegou à conclusão de que a essência não está bem 
representada formalmente. 
São muito mais importantes conceitos de controle, de obtenção de 
benefícios e de inocorrência em riscos do que a propriedade jurídica para 
registro de ativos, passivos, receitas e despesas: o próprio conceito de 
essência sobre a forma já induz a essa consequência, tratando-se de um 
complemento fundamental; assim, se uma entidade vende sua carteira de 
recebíveis, mas se obriga a repor qualquer título com inadimplência, continua 
mantendo todos os ônus e riscos dessa carteira. De fato não a ter vendido, e 
sim, efetuado um empréstimo e de garantia a carteira, obrigando-se a 
recompor quando necessário. 
É o caso, inclusive, do desconto de duplicatas no Brasil, que e, por 
causa disso, um empréstimo com as duplicatas dadas em garantia, e não uma 
efetiva venda de duplicatas, alterando sua contabilização. Veja-se, inclusive, o 
novo conceito de ativo imobilizado dado pela Lei das S/A, conforme alteração 
dada pela Lei nº 1.638/07, onde prevalece a figura da transferência do controle, 
dos riscos e dos benefícios, e não da titularidade jurídica. 
A Contabilidade passa a ser de toda a empresa, não só do Contador: 
apesar de parecer uma afronta na profissão contábil, trata-se, na realidade, de 
uma ascensão da profissão, por elevar o patamar com que á praticada e 
reconhecida pela Contabilidade. 
Como por exemplo, anteriormente, para se calcular a depreciação, a 
grande maioria dos profissionais, utilizavam a tabela admitida pela SRF, e não 
mais ao funcionário/ empresa. Hoje, como é necessário conhecer e registrar 
com base na vida útil econômica e no valor residual estimado, a depreciação, 
6 
 
 
 
excepcionalmente, precisará ser efetuado a partir de dados e informações da 
engenharia, de áreas externas etc. Outros departamentos têm envolvimento e 
responsabilidade na informação fornecida ao contador que, utilizará os dados 
para devido cálculo e registro. No cálculo do valor justo dos instrumentos 
financeiros, noutro exemplo, não e mais o Contador que simplesmente verifica 
o título e suas condições de juros, agora precisará a área financeira, a 
tesouraria ou o local devido, providenciar e se responsabilizar pela geração 
dessas informações relativas à avaliação do derivativo, do valor justo de certos 
títulos e obrigações. (Aliás, é necessário que o Contador se muna de todos os 
documentos para fundamentar os registros.) Outro caso é a apuração da 
recuperabilidade dos valores dos ativos, conhecido como impairment, a 
definição pode ser a unidade geradora de caixa e da alta administração da 
empresa (numa empresa de explora transporte rodoviário, por exemplo cada 
ônibus é uma unidade geradora de caixa ou um conjunto de ônibus que e 
utilizado numa linha recebida em concessão também.), bem como a 
responsabilidade pelo fornecimento dos fluxos de caixa esperados, da taxa de 
desconto ao Contador. 
No caso da informação por segmento, a Contabilidade passa a ser 
alimentada com números bem elevados de inputs de outras áreas, 
devidamente formalizados e passando a Diretoria, o Conselho de 
Administração, o Conselho Fiscal, o Comitê de Auditoria e outros organismos, 
se existirem, a se responsabilizar por todo esse processo, porque afirmarão, 
indiretamente, que tudo isso está sendo cumprido quando os balanços forem 
devidamente registrados. Influência inclusive, e com grande força o processo 
de Governança Corporativa da entidade, principalmente quando da aplicação 
do conceito da Essência sobre a Forma. Sendo assim, podemos afirmar que as 
normas internacionais de contabilidade, têm quatro características 
fundamentais, sendo elas: 
 
I. São baseadas muito mais em princípios do que em regras. 
II. São baseadas na Prevalência da Essência sobre a Forma. 
7 
 
 
 
III. São muito mais importantes conceitos de controle, de obtenção de 
benefícios e de inocorrência em riscos do que a propriedade jurídica 
para registro de ativos, passivos, receitas e despesas. 
IV. A Contabilidade passa a ser de toda a empresa, não só do Contador. 
 
5. ADOÇÃO DAS IFRS NO BRASIL 
 
A adoção das normas internacionais de contabilidade foram após a 
promulgação da Lei n° 11.638/07 e da Medida Provisória n° 449/08, convertida 
na Lei n° 11.941/09. Essas duas Leis modificaram a Lei das S/A que sofreu 
mudanças significativas. Essas alterações proporcionaram mudanças para que 
a contabilidade brasileira ficasse em harmonia com as práticas das normas 
internacionais, adotados nos principais mercados de valores mobiliários. 
Para os investidores o céu é o limite, empresários que investem no 
mundo inteiro, isso é mais um efeito da globalização, no entanto os 
investidores querem segurança nos seus negócios, é claro que todo negócio 
tem seus riscos, mas todos mensuráveis. Nada melhor que demonstrações 
contábeis de uma forma clara e condizente com a realidade para os 
investidores. Sendo assim o Brasil se sentiu obrigado a se adequar as normas 
internacionais de contabilidade para poder atrair mais investidores. 
 
 
6. IFRS (INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARS) 
 
 
As International Accounting Standards (IAS) são normas internacionais 
de contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Committee 
(IASC – atualmente denominado IFRS Foundation), editados até 2001 foram 
criados em 1973 por 10 países: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, 
França, Irlanda Japão, México, Países baixos e Reino Unido, com a finalidade 
de formular um novo padrão internacional de contabilidade. O IASB 
(International Accounting Standards Boaeds) foi criado em abril de 2001, dali 
em diante foi ele que assumiu as responsabilidades técnicas do IASC, inclusive 
a edição de pronunciamentos. Apos a criação do IASB, os novos 
pronunciamentos são chamados de IFRS (International Financial Reporting 
8 
 
 
 
Standard). Atualmente, cerca de 120 países, inclusive o Brasil, exigem ou 
recomendam que suas empresas adotem procedimentos contábeis com base 
nas determinações do IASB, sediado em Londres, que pode ser definido como 
um conselho internacional de normas contábeis (IFRS) cuja aplicação tende a 
se tornar universal. O Manual de Contabilidade Societária traz as principais 
características das normas internacionais de contabilidade. 
As normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB estão 
sendo implementadas no Brasil pelo CPC e pelos órgãos reguladores 
brasileiros, principalmente pela CVM e pelo CFC. 
 
“A estrutura conceitual estabelece os conceitos que 
fundamentam a preparação e a apresentação de 
demonstrações financeiras destinadas a usuários externos, e 
tem por finalidade: 
 
a) dar suporte ao 
desenvolvimento de novos pronunciamentos técnicos, e à 
revisão de pronunciamentos existentes; 
 
b) promover a 
harmonização das regras, padrões contábeis e procedimentos; 
 
c) dar suporte aos 
reguladores nacionais no desenvolvimento de regras locais; 
 
d) dar suporte aos 
preparadores de demonstrações financeiras na aplicação das 
normas internacionais e no tratamento de assuntos que ainda 
não tiverem sido objeto das normas internacionais; 
 
e) auxiliar os auditores 
independentes a formar sua opinião sobre a conformidade das 
demonstrações contábeis com as normas internacionais; e 
 
f) proporcionar, àqueles 
interessados, informações sobre o enfoque adotado na 
formulação dos pronunciamentos técnicos.” (FIPECAFI. Atlas 
2010. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade pag. 
02) 
 
 
7. INSERÇÕES DAS NOVAS NORMAS 
 
Como já mencionado anteriormente, as mudanças nas normas 
brasileiras começaram com a sanção da Lei nº 11.638/07. Essa lei estabeleceu 
que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao regulamentar as normas 
9 
 
 
 
contábeis, as mesmas deveriamestar em conformidade com as normas 
internacionais de contabilidade (IFRS). 
Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei no 
6.404, de 15dedezembro de 1976, passam a vigorar com a seguinte redação: 
 
“Art. 176 (...) §5º As normas expedidas pela Comissão de 
Valores Mobiliários a que se refere o § 3° deste artigo deverão 
ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais 
de contabilidade adotados nos principais mercados de valores 
mobiliários.” 
“§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as 
normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela 
Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas”. 
 
O legislador ainda deu a opção das companhias fechadas optarem pelas 
normas expedidas pela CVM. O Artigo 5º da Lei nº 11.638/07 também facultou 
à CVM a possibilidade de firmar convênio com entidade independente que a 
assessorasse no processo técnico de regulamentação contábil, o referido 
dispositivo legal está transcrito abaixo: Art. 5º A Lei no 6.385, de 07 de 
dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A: 
“Art.10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco 
Central do Brasil e demais órgãos e agências reguladoras 
poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto 
o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de 
contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas 
atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os 
pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas. 
Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo 
deverá ser majoritariamente composta por contadores, dela 
fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades 
representativas de sociedades submetidas ao regime de 
elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta Lei, 
de sociedades que auditam e analisam as demonstrações 
financeiras, do órgão federal de fiscalização do exercício da 
profissão contábil e de universidade ou instituto de pesquisa 
com reconhecida atuação na área contábil e de mercado 
decapitais.” 
 
Neste momento a CVM firmou convenio com o CPC. Surge então o CPC 
– Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 
 
 
 Comissão de valores mobiliários (CVM) 
10 
 
 
 
 
Comissão de Valores Mobiliários é uma entidade autárquica em regime 
especial, que foi inserida com as normas internacionais e está vinculada ao 
Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprio, dotado 
de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação 
hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, autonomia 
financeira e orçamentária. A CVM foi instituída pela Lei n° 6.385/76 e tem o 
dever de disciplinar, normalizar e fiscalizar o Mercado de Valores Mobiliários. 
 
 Atribuições da CVM 
 
1. São disciplinadas e fiscalizadas pela CVM as seguintes atividades: 
 
2. A emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; 
 
3. A negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 
 
4. A negociação e intermediação no mercado de derivativos; 
 
5. A organização, o funcionamento e as operações das bolsas de valores; 
 
6. A organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de 
Mercadorias e Futuros; 
7. A administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; 
 
8. A auditoria das companhias abertas; 8) Os serviços de consultor e 
analista de valores mobiliários; 
 
 Compete à comissão de valores mobiliários 
 
Regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho 
Monetário Nacional e as matérias expressamente previstas na lei de 
sociedades por ações, bem como fiscalizar permanentemente as atividades e 
os serviços do mercado de valores mobiliários, bem como a veiculação de 
informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos 
valores nele negociados. A CVM também deve propor ao Conselho Monetário 
11 
 
 
 
Nacional a eventual fixação de limites máximos de preço, comissões, 
emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários do 
mercado, fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade às 
que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo 
mínimo obrigatório. 
“O maior objetivo da Comissão de Valores Mobiliários é: (i) estimular a 
formação de poupanças e a sua aplicação em valores mobiliários; (ii) promover 
a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, e 
estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de 
companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais; 
(iii) assegurar o funcionamento eficiente e regular dos 
mercados da bolsa e de balcão; (iv) proteger os titulares de valores mobiliários 
e os investidores do mercado contra: 
a) emissões irregulares de valores mobiliários; 
 
b) atos ilegais de administradores e acionistas 
controladores das companhias abertas, ou de administradores de carteira de 
valores mobiliários; 
c) o uso de informação relevante não divulgada no 
mercado de valores mobiliários; (v) evitar ou coibir modalidades de fraude ou 
manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou 
preço dos valores mobiliários negociados no mercado; (vi) assegurar o acesso 
do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as 
companhias que os tenham emitido; (vii) assegurar a observância de práticas 
comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários e (viii) assegurar a 
observância no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas pelo 
Conselho Monetário Nacional.” 
Segundo a Lei n° 6.385/76 são valores mobiliários: 
 
“a) As ações, debêntures e bônus de subscrição; 
b) Os cupons, direitos, recibos de subscrição e 
certificados de desdobramento relativos aos 
valores mobiliários; 
12 
 
 
 
c) Os certificados de depósito de valores 
mobiliários; 
d) As cédulas de debêntures; 
e) As cotas de fundos de investimento em 
valores mobiliários ou de clubes de 
investimento em quaisquer ativos; 
f) As notas comerciais; 
g) Os contratos futuros, de opções e outros 
derivativos, cujos ativos subjacentes sejam 
valores mobiliários; 
h) Outros contratos derivativos, 
independentemente dos ativos subjacentes; 
i) Quando ofertados publicamente, quaisquer 
outros títulos ou contratos de Investimento 
coletivo, que gerem direito de participação, de 
parceria ou de remuneração, inclusive 
resultante de prestação de serviços, cujos 
rendimentos advêm do esforço do 
empreendedor ou de terceiros.” 
 
A CVM tem o dever de fiscalizar e inspecionar as companhias abertas. 
Considera-se aberta a companhia cujos valores mobiliários estejam admitidos à 
negociação na bolsa ou no mercado de balcão. A Lei nº 6.385/1976 ainda deu 
competência para que a CVM possa expedir normas para as companhias 
abertas sobre: relatório da administração, demonstrações financeiras, padrões 
de contabilidade, relatórios e pareceres de auditores, entre várias outras 
normas aplicáveis as companhias abertas, para melhor entendimento 
transcrevemos abaixo o artigo em seu inteiro teor: Lei n° 6.385/1976 Art. 22. § 
1o Compete à Comissão de Valores Mobiliários expedir normas aplicáveis às 
companhias abertas sobre: (Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 
31.10.2001). 
I. a natureza das informações que devam 
divulgar e a periodicidade da divulgação; 
(Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 
31.10.2001); 
II. relatório da administração e demonstrações 
financeiras; (Redação dada pelo Decreto nº 
3.995, de 31.10.2001); 
III. a compra de ações emitidas pela própria 
companhia e a alienação das ações em 
tesouraria; (Redação dada pelo Decreto nº 
3.995, de 31.10.2001); 
IV. padrões de contabilidade, relatórios e 
pareceres de auditores independentes; 
13 
 
 
 
(Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 
31.10.2001); 
V. informações que devam ser prestadas por 
administradores, membros do conselho fiscal, 
acionistas controladorese minoritários, 
relativas à compra, permuta ou venda de 
valores mobiliários emitidos pela companhia e 
por sociedades controladas ou controladoras; 
(Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 
31.10.2001); 
VI. a divulgação de deliberações da assembleia-
geral e dos órgãos de administração da 
companhia, ou de fatos relevantes ocorridos 
nos seus negócios, que possam influir, de 
modo ponderável, na decisão dos investidores 
do mercado, de vender ou comprar valores 
mobiliários emitidos pela companhia; 
(Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 
31.10.2001); 
VII. a realização, pelas companhias abertas com 
ações admitidas à negociação em bolsa ou no 
mercado de balcão organizado, de reuniões 
anuais com seus acionistas e agentes do 
mercado de valores mobiliários, no local de 
maior negociação dos títulos da companhia no 
ano anterior, para a divulgação de 
informações quanto à respectiva situação 
econômica financeira, projeções de resultados 
e resposta aos esclarecimentos que lhes 
forem solicitados; (Redação dada pelo Decreto 
nº 3.995, de 31.10.2001); 
VIII. as demais matérias previstas em lei. (Redação 
dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001) 
 
§ 2o As normas editadas pela Comissão de Valores Mobiliários em 
relação ao disposto nos incisos II e IV do § 1o aplicam-se às instituições 
financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do 
Brasil, no que não forem conflitantes com as normas por ele baixadas. 
(Redação dada pelo Decreto nº 3.995, de31.10.2001)”. 
Em dezembro de 2007 com a promulgação da Lei n° 11.638/07, a Lei n° 
6.385/76 que instituiu a CVM e a Lei 6.404/67, mais conhecida como lei das 
S/A, sofreram modificações de grande relevância para as normas de 
contabilidade. 
São essas: Lei n° 11.638/07 Art. 1o Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 
188, 197, 199, 226 e 248 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passam 
14 
 
 
 
a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 176 22 (...). 
 
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que 
se refere o § 3° deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os 
padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de 
valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 11.638, de2007). 
A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais 
órgãos e agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que 
tenha por objeto o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de 
contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas atribuições 
regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais 
orientações técnicas emitidas. 
Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser 
majoritariamente composta por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, 
representantes de entidades representativas de sociedades submetidas ao 
regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta Lei, de 
sociedades que auditam e analisam as demonstrações financeiras, do órgão 
federal de fiscalização do exercício da profissão contábil e de universidade ou 
instituto de pesquisa com reconhecida atuação na área contábil e de mercado 
de capitais.”. Foi com base nesse dispositivo legal que a CVM celebrou 
convenio com o CPC– Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 
 
8. COMITÊ DOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS 
 
Como vimos anteriormente importância da internacionalização das 
normas contábeis vem levando inúmeros países a caminhar para um processo 
de convergência que tenha como consequência: 
i. a redução de riscos nos investimentos internacionais (quer os sob 
a forma de empréstimo financeiro quer os sob a forma de 
participação societária), bem como os créditos de natureza 
comercial, redução de riscos essa derivada de um melhor 
entendimento das demonstrações contábeis elaboradas pelos 
15 
 
 
 
diversos países por parte dos investidores, financiadores e 
fornecedores de crédito; 
ii. a maior facilidade de comunicação internacional no mundo dos 
negócios com o uso de uma linguagem contábil bem mais 
homogênea;e 
iii. a redução do custo do capital que deriva dessa harmonização, o 
que no caso é de interesse, particularmente, vital para o Brasil. 
Ante o exposto, foi criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
 
 Objetivo do CPC 
 
O CPC se objetiva no estudo, o preparo e a emissão de 
Pronunciamentos Técnicos de Contabilidade e a divulgação de informações 
dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora 
brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de 
produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade 
Brasileira aos padrões internacionais. 
 
 Composição do CPC 
 
O CPC se compõe pelas seguintes entidades: • ABRASCA - Associação 
Brasileira das Companhias Abertas • APIMEC NACIONAL - Associação dos 
Analistas e Profissionais de investimento do Mercado de Capitais • 
BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores,Mercadorias e Futuros 24 • CFC - 
Conselho Federal de Contabilidade • IBRACON - Instituto dos Auditores 
Independentes do Brasil • FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas 
Contábeis, Atuariais e financeiras. 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - (CPC) pode emitir 
Orientações e Interpretações, além dos Pronunciamentos Técnicos, todos 
poderão ser consubstanciados em Norma Brasileira de Contabilidade pelo CFC 
e em atos normativos pelos órgãos reguladores brasileiros, visando extinguir 
dúvidas de implementação desses Pronunciamentos, também dará ampla 
16 
 
 
 
divulgação dos documentos que produzir, tanto na etapa de audiência quanto 
da emissão dos mesmos. A aprovação dos Pronunciamentos Técnicos, das 
Orientações de suas Interpretações dar-se-á, em conformidade com o 
regulamento interno, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos seus membros. O Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis - (CPC) deverá submeter à audiência pública 
as minutas dos Pronunciamentos Técnicos. A CVM firmou convenio com o 
CPC para que o mesmo possa traduzir e adequar os pronunciamentos técnicos 
emitidos pelo IASB (International Accounting Standards Boaeds), poderá 
aprovar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações 
técnicas emitidas através de deliberações. Para orientar melhor na adoção 
inicial das normas internacionais de contabilidade o CPC editou o 
Pronunciamento técnico CPC 13 que trata da Adoção Inicial da Lei nº 25 
11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08, bem como, o Pronunciamento 
Técnico CPC 37 (R1) Adoção Inicial das Normas Internacionais de 
Contabilidade. 
 
 
9. MUDANÇAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONTÁBEIS 
 
 
As principais alterações promovidas pela Lei nº 11.638/07 e MP nº 
449/08 convertida na Lei n° 11.941/09, que trouxeram impacto nos 
procedimentos e práticas contábeis, podem ser assim resumidas: 
 
i. Classificação do Ativo e do Passivo em "Circulante" e "Não Circulante"; 
ii. Extinção do grupo Ativo Permanente; 
iii. Restrição ao longo do exercício de 2008 e extinção, na data de 5/12/08, 
do subgrupo "Ativo Diferido"; 
iv. Criação do subgrupo "Intangível" no grupo do Ativo Não Circulante; 
v. Proibição da prática da reavaliação espontânea de ativos; 
vi. Aplicação, ao final de cada exercício social, do teste de recuperabilidade 
dos ativos (teste deimpairment); 
vii. Registro, em contas de ativo e passivo, dos contratos de arrendamento 
mercantil financeiro (leasing); 
viii. Extinção do grupo Resultado de Exercícios Futuros; 
17 
 
 
 
ix. Criação, no Patrimônio Líquido, da conta de "Ajustes de Avaliação 
Patrimonial"; 
x. Destinação do saldo de Lucros Acumulados; 
xi. Alteração da sistemática de contabilização das doações e subvenções 
fiscais, anteriormente contabilizadas em conta de Reserva de Capital; 
xii. Alteração da sistemática de contabilização dos prêmios nas emissões de 
debêntures, anteriormente contabilizados em contade Reserva de 
Capital; 
xiii. Extinção da classificação das Receitas e Despesas em Operacionais e 
Não Operacionais; 
xiv. Substituição da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
(DOAR) pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) no conjunto das 
Demonstrações Contábeis obrigatórias; 
xv. Obrigatoriedade da elaboração da Demonstração do Valor Adicionado 
(DVA) pelas Companhias Abertas; 
xvi. Criação do Regime Tributário de Transição(RTT); 
xvii. Implantação da apuração do Ajuste a Valor Presente de elementos do 
ativo e do passivo. 
 
 Balanço de abertura 
 
As empresas elaboraram na data de 01/2008 (denominada "data de 
transição"), estabelecida na NBC T 19.18, um Balanço Patrimonial inicial para 
refletir as novas práticas contábeis adotadas no Brasil, como ponto de partida 
para sua contabilização de acordo com a 
Lei nº 11.638/07. Naquela data foram registrados todos os ajustes 
decorrentes da aplicação, pela primeira vez, da Lei nº 11.638/07, a partir dos 
saldos do Balanço Patrimonial de 31/12/2007, antes de quaisquer outros 
registros de operações e/ou transações relativas ao exercício de 2008. 
 
 Nova classificação das contas de ativos e passivos 
 
A nova classificação das contas de Ativo e Passivo, prevista na MP nº 
449/08, que alterou o art. 178 da Lei nº 6.404/76, anteriormente alterado pela 
18 
 
 
 
Lei nº 11.638/07, deve ser observada quando da elaboração das 
demonstrações contábeis do exercício social findo em 31/12/08. É válido 
ressaltar que a nova estrutura de classificação aplicar-se-á aos saldos de 31 de 
dezembro de 2007, nos casos em que a entidade optar por apresentar as 
demonstrações contábeis daquela data de forma comparativa com as de 31 de 
dezembro de 2008. 
 
 Extinção do ativo diferido 
 
O subgrupo do ativo diferido foi extinto com a edição da MP nº 449/08, 
que acrescentou o art. 299-A a Lei nº 6.404/76 (Lei das S/A). As entidades em 
fase pré-operacional que continuaram contabilizando os gastos pré-
operacionais ao longo do exercício de 2008, em conformidade com a Lei nº 
11.638/07, 27 devem, a partir de 05/12/08, realizar os registros contábeis dos 
referidos gastos, em contas de resultado. 
 
 Extinção do grupo resultado de exercícios futuros 
 
Esse grupo de contas foi extinto com a edição da MP nº 449/08 
convertida na Lei n° 11.941/2009 que acrescentado à Lei das S/A (Lei nº 
6.404/76) o art. 299-B. Os saldos de Resultados de Exercícios Futuros 
existentes até a data de 4/12/08 devem ser reclassificados na data de 5/12/08 
para o grupo do passivo não circulante, em contas representativas de receitas 
e despesas diferidas. Nova classificação das contas e redação dada pela 
convertida na Lei n° 11.941/2009 ao art. 178 da Lei das S/A (Lei nº 6.404/76) 
estabelece a seguinte classificação do Ativo e do Passivo: 
 
a) ativo circulante; 
b) ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado intangível; 
c) passivo circulante; 
d) passivo não. 
 
19 
 
 
 
Dessa forma, o grupo Ativo Permanente foi extinto e foi criado o grupo 
Ativo Não Circulante, que passou a ser composto pelo ativo realizável a longo 
prazo, investimentos, imobilizado e intangível. É válido esclarecer que a Lei nº 
11.638/07 promoveu alteração no § 1º (alínea c) do art. 178 da Lei nº 6.404/76, 
onde ainda se manteve o grupo Ativo Permanente, dividido em Investimentos, 
Intangível e Diferido. Esse artigo, entretanto, foi novamente alterado pela MP nº 
449/08, cuja nova redação trouxe a extinção do grupo Ativo Permanente e do 
subgrupo Ativo Diferido. Dessa forma, as demonstrações contábeis elaboradas 
na data de 31/12/08 devem observar a última redação dada ao referido art. 178 
da Lei nº 6.404/76. 28 A nova redação dada pela MP nº 449/08, ao § 2º do art. 
178 da Lei nº 6.404/76 trouxe uma nova denominação ao grupo Passivo 
Exigível a Longo Prazo, passando este grupo a ser definido como Passivo Não 
Circulante. Em conformidade com o mesmo art. 178 da Lei nº 6.404/76, com a 
nova redação dada pela MP nº 449/08, o Patrimônio Líquido é dividido em (i) 
capital social, (ii) reservas de capital, (iii) ajustes de avaliação patrimonial, (iv) 
reservas de lucros, (v) ações em tesouraria e (vi) prejuízos acumulados. A nova 
estrutura da classificação das contas está discriminada no item 143 do 
Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº1.157/09). 
 
 Cálculo da depreciação dos bens do imobilizado 
 
A Lei nº 11.638/07 estabeleceu que as depreciações e amortizações do 
imobilizado devessem ser efetuadas com base na vida útil econômica dos 
bens; todavia, a adoção desse critério deve ser exigida só a partir do exercício 
iniciado em 1º/01/09. Dessa forma, podem ser utilizadas para o exercício de 
2008 as taxas de depreciações e amortizações dos bens do ativo imobilizado 
que a entidade vinha anteriormente adotando (em geral são as taxas fiscais 
definidas e permitidas pela legislação fiscal). Os itens 138 e 139 do 
Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº 1.157/09) tratam sobre a vida 
útil econômica dos bens do imobilizado. 
 
 Restrição e extinção do ativodiferido 
 
20 
 
 
 
A Lei nº 11.638/07 restringiu o conceito do Ativo Diferido. A MP nº 
449/08, por sua vez, extinguiu esse subgrupo.Dessa forma,na data de 
transição (1º/01/08), as entidades analisaram o saldo existente nesse subgrupo 
na data de 31/12/07 e, se fosse o caso, reclassificaram: 
 
a) para o ativo imobilizado aqueles gastos vinculados ao processo 
de preparação e colocação em operação de máquinas e 
equipamentos. Tais gastos incluem todos os custos vinculados à 
sua aquisição ou construção e todos os demais necessários a 
colocá-los em condições de funcionamento (transporte, seguro, 
tributos não recuperáveis, montagem, testes, etc.); 
b) para o intangível àqueles gastos que se enquadrarem nesse 
conceito, em conformidade com a NBC T 19.8 - Adoção Inicial da 
Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº449/08; 
c) para o resultado do período os demais gastos pré-operacionais de 
treinamento de pessoal administrativo ou de pessoal de vendas 
ou outros que não se qualifiquem nas alíneas(a) e (b). 
 
Após as reclassificações tratadas nas alíneas (a) e (b), as entidades têm 
a opção de manter os saldos contabilizados até 31/12/2007 dos gastos pré-
operacionais (que se enquadrarem na alínea (c) acima) como ativo diferido, até 
a sua total amortização, ou de ajustar o referido saldo à conta Lucros ou 
Prejuízos Acumulados. 
 
 Criação do ativo intangível 
 
A Lei nº 11.638/07 introduziu o subgrupo Intangível no grupo do Ativo 
Não Circulante, conforme a nova redação dada ao art. 178 da Lei nº 6.404/76. 
Nesse subgrupo devem ser classificados os valores que estavam em outras 
contas do Ativo Permanente, em conformidade com a legislação anterior, bem 
como as novas transações que representem bens incorpóreos, como marcas, 
patentes, direitos de concessão, direitos de exploração, direitos de franquia, 
direitos autorais, gastos com desenvolvimento de novos produtos, ágio pago 
21 
 
 
 
por expectativa de resultado futuro (fundo de comércio, ou goodwill). Os itens 
21 a 23 da NBC T 
19.18 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 
449/08, e os itens 32 a 56 do Comunicado Técnico 03 (Resolução CFC nº 
1.157/09), bem como a NBC T 19.8 - Ativo Intangível tratam do Ativo Intangível. 
 
 Fim da reavaliação de ativos 
 
A Lei nº 11.638/07 vedou a realização de qualquer tipo de reavaliação 
espontânea de bens. Os saldos existentes nas reservas de reavaliação devem 
ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até a data de 31/12/08. 
Os itens 38 a 41 da NBC T 19.18 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da 
Medida Provisória nº 449/08 e os itens 127 a 132 do Comunicado Técnico nº 
03 (Resolução 31 CFC nº 1.157/09) tratam da reavaliação de ativos, sendo 
vedada a todas as entidades a realização de novasreavaliações espontâneas 
de ativos. 
 
 Extinção do grupo resultado de exercícios futuros 
 
Esse grupo de contas foi extinto com a edição da MP nº 449/08. Dessa 
forma, os saldos existentes até a data de 4/12/08 foram reclassificados na data 
de 5/12/08 para o grupo do Passivo Não Circulante, em contas representativas 
de receitas e despesas diferidas. Os itens 110 a 112 do Comunicado Técnico 
nº 03 (Resolução CFC nº 1.157/09) tratam de Resultados de Exercícios 
Futuros. 
 
 Criação da conta de ajustes de avaliação patrimonial 
 
A nova redação dada pela Lei nº 11.638/07 ao art. 178 (alínea d) da Lei 
nº 6.404/76 criou a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, classificada no 
Patrimônio Líquido. 
O art. 182 (§ 3º) da Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei nº 11.638/07, 
define que devem ser classificadas como Ajustes de Avaliação Patrimonial, 
22 
 
 
 
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime 
de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor 
atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a 
preços de mercado. Este grupo faz parte do Patrimônio Líquido, todavia não 
deve ser entendido como uma conta de Reservas de Lucros, haja vista que os 
referidos valores ali contabilizados ainda não transitaram pelo resultado, sendo 
caracterizado como um grupo especial do Patrimônio Líquido, pela Lei nº 
11.638/07. Manutenção de saldo positivo na conta de Lucros Acumulados, sem 
destinação. Com a nova redação dada pela Lei nº 11.638/07 ao art. 178 (alínea 
d) da Lei nº 6.404/76, não há mais a previsão da conta "Lucros ou Prejuízos 
Acumulados" como conta componente do Patrimônio Líquido, tendo em vista 
que o referido artigo previu apenas, como uma das contas componente do 
Patrimônio Líquido, a conta de "Prejuízos Acumulados". 
É válido ressaltar ainda que a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados 
deve permanecer no Plano de Contas de todas as entidades, haja vista que o 
seu uso 33 continuará sendo feito para receber o registro do resultado do 
exercício, bem com as suas várias formas de destinações (constituição de 
reservas, distribuição de lucros ou dividendos, etc.). Os itens 42 a 43 da NBC T 
19.18 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08 e 
os itens 115 e 116 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº 1.157/09) 
tratam dos lucros acumulados, sendo permitida a existência de saldo positivo 
para todas as entidades, exceto às sociedades por ações. Extinção de contas 
de Reservas de Capital e nova forma de registro dos prêmios na emissão de 
debêntures, dos incentivos e subvenções fiscais e das doações em contas de 
resultado A Lei nº 11.638/07 extinguiu a conta "Reserva de Prêmios na 
Emissão de Debêntures". Dessa forma, os prêmios recebidos na emissão de 
debêntures devem ser apropriados como receita financeira, ou melhor, como 
redução da despesa financeira na captação das referidas debêntures. 
A Lei nº 11.638/07 também proibiu o registro direto em contas de 
reservas do Patrimônio Líquido das subvenções para investimentos, inclusive 
mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à 
implantação ou expansão de empreendimentos econômicos, e das doações 
recebidas do Poder Público. 
23 
 
 
 
Os saldos de incentivos fiscais foram criados desde a data de 31/12/07 
deve ser mantido na referida conta, devendo tais incentivos, a partir de 
1º/01/08, serem contabilizados em contas de resultado. Para que sejam 
preservados os direitos ao benefício fiscal, os lucros relativos aos incentivos 
fiscais que, por força de lei não são passíveis de distribuição aos acionistas ou 
cotistas, devem ser registrados e mantidos na conta "Reserva de Lucros de 
Incentivos Fiscais". 
 
 Fim da segregação das receitas e despesas em operacionais e não 
operacionais 
 
Em conformidade com a MP nº 449/08 convertida na Lei n° 11.941/2009 
as receitas e as despesas não devem ser mais segregadas como operacionais 
e não operacionais. As receitas e despesas que estavam sendo classificadas 
como não operacionais, em conformidade com a lei anterior, devem ser 
denominadas de Outras Receitas e Outras Despesas, observado o disposto 
nos itens 136 e 137 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução CFC nº 
1.157/09). O tratamento fiscal dos resultados operacionais e não-operacionais, 
para fins de apuração e compensação de prejuízos fiscais, permanece o 
mesmo, em conformidade com o art. 58 da MP nº 449/08. 
 
 Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa (DFC) 
 
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) foi 
substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). A DFC deve ser 
elaborada pelas sociedades por ações de capital fechado com Patrimônio 
Líquido superior a R$ 2.000.000,00, sociedades de capital aberto e sociedades 
de grande porte. Os itens 29 a 31 do Comunicado Técnico nº 03 (Resolução 
CFC nº 1.157/09) tratam da Demonstração dos Fluxos de Caixa que substitui a 
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, sendo incentivada a 
adoção do método indireto. As sociedades por ações e limitadas, bem como as 
demais entidades devem elaborar a DFC em conformidade com a NBC T 3.8 - 
Demonstração dos Fluxos de Caixa, exceto aquelas referidas na NBC T 19.13 - 
24 
 
 
 
Escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno 
Porte. 
 
 Adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC) 
 
Esse grupo não foi tratado especificamente pelas alterações trazidas 
pela Lei nº 11.638/07 e MP nº 449/08; todavia, devem ser à luz do princípio da 
essência sobre a forma classificados no Patrimônio Líquido das entidades. Os 
adiantamentos para futuros aumentos de capital realizados, sem que haja a 
possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Patrimônio Líquido, 
após a conta de capital social. Caso haja qualquer possibilidade de sua 
devolução, devem ser registrados no Passivo Não Circulante. 
 
 Notas explicativas 
 
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e 
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para 
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. As notas 
explicativas devem: 
I. apresentar informações sobre a base de preparação das 
demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas 
selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos. 
II. divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis 
adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma 
outra parte das demonstrações financeiras. 
III. fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias 
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma 
apresentação adequada. 
IV. indicar: a) Os principais critérios de avaliação dos elementos 
patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de 
depreciação, amortização e exaustão, de constituição de 
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a 
perdas prováveis na realização de elementos do ativo. b) Os 
25 
 
 
 
investimentos em outras sociedades, quando relevantes. c) 
Oaumentodevalordeelementosdoativoresultantedenovasavaliaçõe
s (art.182,§ 3o da lei das S/A).d) Os ônus reais constituídos sobre 
elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras 
responsabilidades eventuais ou contingentes. e) 
Ataxadejuros,asdatasdevencimentoeasgarantiasdasobrigaçõesalo
ngoprazo. f) O número, espécies e classes das ações do capital 
social. g) As opções de compra de ações outorgadas e exercidas 
no exercício. h) Os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1° 
da Lei das S/A). i) Os eventos subsequentes à data de 
encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito 
relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da 
companhia. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data 
do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais)não 
será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos 
fluxos de caixa. 
 
 
10. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 7 – EFEITOS 
DAS MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO E CONVERSÃO DE 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, (MÉTODOS DE CONVERSÃO) 
(Aprovada pela Resolução CFC 1.120/2008) 
 
 Objetivo 
 
O objetivo desta Norma é determinar como incluir transações em moeda 
estrangeira e operações no exterior nas demonstrações contábeis de uma 
entidade no Brasil e como converter as demonstrações contábeis de entidade 
no exterior para a moeda de apresentação das demonstrações contábeis no 
Brasil para fins de registro da equivalência patrimonial, de consolidação integral 
ou proporcional das demonstrações contábeis; e também como converter as 
demonstrações contábeis de entidade no Brasil em outra moeda. 
 
 Esta Norma deve ser adotada: 
26 
 
 
 
 
a) na contabilização de transações e saldos em moedas 
estrangeiras; 
b) na conversão dos resultados e dos balanços patrimoniais das 
entidades no exterior para fins de consolidação, consolidação 
proporcional e aplicação do método da equivalência patrimonial 
na entidade investidora; 
c) e na conversão do resultado de uma entidade e de seu balanço 
patrimonial de uma para outra moeda na apresentação das 
demonstrações contábeis. 
 
 Definições 
 
Os seguintes termos são usados nesta Norma com os significados 
abaixo descritos: 
 
 Taxadefechamentoéataxadecâmbiovigentenadatadobalançoparao
peraçõesavista. 
 Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um 
valor em uma moeda para um valor em outra moeda, a diferentes 
taxas cambiais. 
 Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, 
ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e 
independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a 
liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 
 Moeda estrangeira é uma moeda diferente da moeda 
funcional de uma entidade. 
 Moedafuncionaléamoedadoambienteeconômicoprincipalnoqu
alaentidadeopera. 
 Itens monetários são aqueles representados por dinheiro ou 
por direitos a serem recebidos e obrigações a serem liquidadas em dinheiro. 
27 
 
 
 
 Itens não monetários são aqueles representados por ativos e 
passivos que não serão recebidos ou liquidados em dinheiro. 
 Investimento líquido em uma entidade no exterior é o valor da 
participação detida pela entidade investidora no patrimônio líquido da entidade 
investida, adicionado (ou diminuído) decréditoou (débito) 
juntoaessainvestidaquetenhanaturezadeinvestimento. 
 Moedadeapresentaçãoéamoedanaqualasdemonstraçõescont
ábeissãoapresentadas. 
 Taxa de câmbio à vista é a taxa normalmente utilizada para 
liquidação imediata das operações de câmbio; no Brasil, a taxa a ser utilizada é 
a divulgada pelo Banco Central do Brasil. 
 
 Dividendos recebidos 
 
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método 
de equivalência patrimonial devem ser registrados como redução da conta de 
investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à 
taxa de câmbio vigente na data do recebimento. Se o registro do dividendo se 
der, antes do recebimento, por declaração de dividendo pela entidade no 
exterior, a taxa de câmbio será, inicialmente, a da data do registro, com as 
atualizações periódicas necessárias até o seu recebimento reconhecidas tão 
somente na conta relativa ao valor a receber utilizada e na conta de 
equivalência patrimonial, não podendo ser reconhecidas no resultado ou 
diretamente no patrimônio líquido. Os dividendos de investimentos no exterior 
reconhecidos pelo método do custo devem ser registrados como receita pelo 
valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio 
vigente na data do recebimento, a não ser quando relativos a lucros na pré-
aquisição do investimento, quando devem ser registrados como redução do 
custo de aquisição do investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira 
convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. Os 
dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo valor de mercado 
devem ser registrados como receita pelo valor recebido em moeda estrangeira 
convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. 
28 
 
 
 
Na hipótese de os dividendos estarem sujeitos à tributação por impostos 
no país de origem, a contabilização deve ser a seguinte: 
 
(a) se tais impostos forem recuperáveis, constituirão créditos; 
 
 
(b) se tais impostos não forem recuperáveis, representarão um 
ônus da entidade investidora, devendo ser registrados como despesas. 
 
Deve-se analisar cada caso em particular quanto à incidência de 
impostos sobre dividendos remetidos à entidade no Brasil, verificando se os 
mesmos são ou não recuperáveis. Nessa análise deve-se considerar que, pelo 
regime de competência, tal ônus e consequente despesa estão mais bem 
refletidos se registrados no mesmo período em que for reconhecido o resultado 
da equivalência patrimonial relativo aos lucros que dão origem aos dividendos, 
e não ao período em que dividendos são efetivamente remetidos, gerando tais 
impostos. 
Todavia, há que se analisar que nem todo o resultado apurado se 
converterá em dividendos, não havendo a correspondente incidência do 
imposto de renda na fonte, se for essa a legislação do País. Assim, tais 
impostos não devem ser reconhecidos quando relativos a lucros que se 
pretenda manter na entidade no exterior, por capitalização mediante 
reinvestimento ou manutenção em reservas. Nessa hipótese, se houver 
mudança posterior de decisão e forem distribuídos dividendos relativos a tais 
lucros passados, o imposto deve ser registrado quando os dividendos forem 
declarados. Por outro lado, quando houver prévio conhecimento de dividendos 
futuros relativos a lucros apurados no exercício presente, em face da 
determinação estatutária legal, ou por deliberação da entidade, o imposto de 
renda correspondente deve ser reconhecido no mesmo exercício. Ou seja, o 
princípio é o de que sempre se constitua imposto, a menos que num futuro 
previsível, e de acordo com a política 
dedistribuiçãodedividendos,sejamuitoprovávelquetaislucrosnãoserãodistribuído
s. 
29 
 
 
 
Esses fatores devem ser considerados na determinação do tratamento 
contábil aplicável a tal ônus, o qual deve ser divulgado nas notas explicativas. 
 
 Determinação da moeda funcional 
 
O ambiente econômico principal no qual uma entidade opera é, 
em geral, e com raras exceções, aquele em que ela fundamentalmente 
gera e desembolsa caixa. A entidade deve considerar os seguintes 
fatores na determinação de sua moeda funcional: 
 
a) A moeda: 
 
 que mais influencia os preços de bens e serviços (geralmente, é a moeda 
na qual o preço de venda de seus produtos e serviços está expresso e 
acertado);e 
 do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na 
determinação do preço de venda de seus produtos ou serviços; 
 
 A moeda que mais influencia mão-de-obra, material e outros custos para o 
fornecimento de produtos ou serviços (geralmente é a moeda na qual tais 
custos estão expressos e são liquidados). 
 
A moeda funcional da entidade no exterior for de uma economia 
hiperinflacionária, suas demonstrações contábeis devem ser 
monetariamente atualizadas. As práticas contábeis adotadas no Brasil, 
nesse tocante, baseadas na correção integral, estão alinhadas com a 
norma internacional que trata de economias hiperinflacionárias. Essa 
atualização não pode ser evitada, por exemplo, adotando como sua 
moeda funcional uma moeda diferente da moeda funcional determinada 
com base nesta Norma (tal como a moeda funcional de sua 
controladora). 
 
Uma entidade pode ter, diretamente ou por meio de uma 
30 
 
 
 
investida, um item monetário a receber ou a pagar junto a umaentidade no 
exterior. Um item cuja liquidação não está planejada nem há probabilidade de 
ocorrer no futuro previsível é, em essência, uma parte do investimento líquido 
da entidade naquela entidade no exterior. 
A entidade que possui um item monetário a receber de, ou a pagar a, 
uma entidade no exterior conforme descrito no item anterior pode ser qualquer 
entidade do grupo. 
A característica essencial de um item monetário é o direito de receber 
(ou a obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de 
moeda. Os exemplos incluem: pensões e outros benefícios a funcionários a 
serem pagos em dinheiro; provisões a serem liquidadas em dinheiro; 
dividendos reconhecidos como obrigações. Da mesma forma, um contrato para 
receber (ou entregar) um número variável de instrumentos patrimoniais 
próprios da entidade ou uma quantidade variável de ativos cujos valores justos 
a serem recebidos (ou entregues) são iguais a um número fixo ou variável de 
unidades da moeda é considerado um item monetário. Por outro lado, a 
característica essencial de um item não-monetário é a ausência do direito a 
receber (ou da obrigação a entregar) um número fixo ou determinável de 
unidades de moeda. 
Muitas entidades são compostas de diversas entidades individuais (ex., 
um grupo formado pela controladora e uma ou mais controladas). Vários tipos 
de entidades, participantes ou não de um grupo, podem ter investimentos em 
coligadas ou joint ventures. Também podem existir filiais, agências, sucursais 
ou dependências. É necessário que as demonstrações do resultado e do 
balanço patrimonial de cada entidade individual incluída na entidade investidora 
sejam convertidas para a moeda utilizada por essa entidade investidora nas 
suas demonstrações contábeis. Esta Norma permite que a moeda de 
apresentação das demonstrações contábeis da entidade que reporta seja 
qualquer moeda (ou moedas). Esta Norma também permite que uma entidade 
autônoma, sem controladas, que prepara suas demonstrações contábeis, ou 
uma entidade que prepara suas demonstrações contábeis individuais prepare 
essas demonstrações em qualquer moeda (ou moedas). Caso amoeda de 
apresentação das demonstrações contábeis sejam diferentes da moeda 
31 
 
 
 
funcional, os resultados e o balanço patrimonial nessa moeda funcional 
também são convertidos para a moeda de apresentação. 
 
TRANSAÇÕES EM MOEDAESTRANGEIRA 
 
 Reconhecimento Inicial 
 
Uma transação em moeda estrangeira é uma transação que é 
feita ou que exige liquidação em uma moeda estrangeira, incluindo 
transações que surgem quando uma entidade: 
 
(a) compra ou vende produtos ou serviços, cujo 
preço é estabelecido numa moeda estrangeira; 
(b) toma emprestado ou empresta fundos, quando os 
valores a pagar ou a receber são estabelecidos numa moeda 
estrangeira; 
 
(c) de alguma outra forma adquire ou dispõe de 
ativos, ou incorre ou liquida passivos estabelecidos em uma moeda 
estrangeira. 
 
Uma transação em moeda estrangeira deve ser contabilizada, no 
seu reconhecimento inicial, na moeda funcional, aplicando-se, à 
importância em moeda estrangeira, a taxa de câmbio à vista entre a 
moeda funcional e a moeda estrangeira na data da transação. 
A data da transação é a data na qual a transação se qualifica para 
reconhecimento de acordo com as práticas contábeis adotadas no 
Brasil. Por motivos práticos, muitas vezes é usada uma taxa que se 
aproxima da taxa real na data da transação. Entretanto, se as taxas de 
câmbio flutuarem significativamente, o uso da taxa média de um período 
não é adequado; o mesmo ocorre se as transações não se distribuírem 
de forma relativamente homogênea durante o período. 
 
32 
 
 
 
APRESENTAÇÃO NOS BALANÇOS DE DATASSUBSEQUENTES 
 
 Na data de cada balanço 
 
b) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos 
usando-se a taxa de fechamento; 
c) os itens não monetários que são mensurados ao custo histórico 
em uma moeda estrangeiradevemserconvertidosusando-
seataxacambialdadatadatransação; 
d) os itens não-monetários que são mensurados ao seu valor justo 
em uma moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se as 
taxas cambiais da data em que o valor justo for determinado. 
 
O valor contábil de um item é determinado em conjunto com outras 
Normas pertinentes. Se houver Norma que dê tratamento específico a um 
determinado ativo ou passivo, esse tratamento é o que deve ser utilizado. 
O valor contábil de alguns itens é determinado comparando-se dois ou 
mais valores. Por exemplo, o valor contábil dos estoques é determinado pelo 
custo ou valor líquido de realização, dos dois o menor. Da mesma forma, 
conforme o NBC T 19.10 - ao Valor Recuperável de Ativos valor contábil de um 
ativo, para o qual há indicação de redução de valor, é o menor entre o valor 
contábil antes de se considerar possíveis perdas de valores e o seu valor 
recuperável. Quando o ativo não for monetário e for expresso em moeda 
estrangeira, o valor contábil deve ser determinado comparando-se: 
 
(a) o custo ou valor contábil, conforme o caso, 
convertido à taxa de câmbio vigente na data da determinação do valor (i.e., a 
taxa na data da transação para um item medido em termos de custo histórico); 
 
(b) o valor líquido realizável ou o valor recuperável, 
conforme o caso, convertido à taxa de câmbio vigente na data da determinação 
do valor (ex., a taxa de fechamento na data do balanço). Essa comparação 
pode gerar perda por desvalorização a ser reconhecida na 
moedafuncionalsemquesejareconhecidanamoedaestrangeiraevice-versa. 
33 
 
 
 
Quando houver diversas taxas de câmbio disponíveis, a taxa 
usada deve ser aquela pela qual os futuros fluxos de caixa 
representados pela transação ou balanço seriam liquidados caso esses 
fluxos de caixa ocorressem na data da mensuração. Se, 
temporariamente, não houver câmbio entre duas moedas, a taxa usada 
deve ser a primeira taxa subsequente na qual a transação puder ser 
realizada. 
 
 Reconhecimento de Variações Cambiais 
 
Norma específica pode determinar que a aplicação da 
contabilização de hedge requeira que uma entidade contabilize algumas 
variações cambiais de forma diferente do tratamento de variações 
cambiais estabelecido por esta Norma. 
As variações cambiais que surgem da liquidação de itens 
monetários ao converter itens monetários por taxas diferentes daquelas 
pelas quais foram inicialmente convertidas durante o período, ou em 
demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como 
receita ou despesa no período em que surgirem, com exceção das 
variações cambiais. 
Quando itens monetários surgem de transações em moeda 
estrangeira e há uma mudança na taxa de câmbio entre a data da 
transação e a data da liquidação, o resultado é uma variação cambial. 
Quando a transação é liquidada dentro do mesmo período contábil em 
que ocorreu, toda a variação cambial é reconhecida nesse mesmo 
período. Entretanto, quando a transação é liquidada num período 
contábil subsequente, a variação cambial reconhecida em cada período, 
até a data de liquidação, é determinada pela mudança nas taxas de 
câmbio ocorrida durante cada período. 
 
Quando um ganho ou uma perda sobre itens não monetários for 
reconhecido diretamente no patrimônio líquido, qualquer variação 
cambial atribuída àquele componente de ganho ou perda deve, também, 
34 
 
 
 
ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido. Por outro lado, quando um 
ganho ou uma perda sobre um item não monetários for reconhecido no 
resultado do período, qualquer variação cambial atribuída àquele ganho ou 
perda deve, também, ser reconhecido no resultado. 
Esta e outras Normas podem determinar que alguns ganhos ou perdas 
sejam reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Por exemplo, a NBC T 
19.10 ao Valor Recuperável de Ativos requer que determinadas perdas por 
desvalorização em ativos reavaliados sejam reconhecidasdiretamente em 
patrimônio líquido. Quando tal ativo é mensurado em moeda estrangeira, a 
Norma determina que o valor reavaliado seja convertido utilizando-se a taxa em 
vigor na data de determinação do valor; com isso, a variação cambial resultante 
também deve ser reconhecida no patrimônio líquido. 
As variações cambiais resultantes de itens monetários que fazem parte 
do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade no exterior 
devem ser reconhecidas no resultado nas demonstrações contábeis individuais 
da entidade que reporta ou nas demonstrações contábeis individuais da 
entidade no exterior, conforme apropriado. Nas demonstrações contábeis que 
incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta (ex., demonstrações 
contábeis consolidadas), tais variações cambiais devem ser registradas, 
inicialmente, em uma conta específica do patrimônio líquida e reconhecida em 
receita ou despesa na venda do investimento líquido. 
Quando um item monetário faz parte do investimento líquido da entidade 
que reporta em uma entidade no exterior e está expresso na moeda funcional 
da entidade que reporta, surge uma variação cambial nas demonstrações 
contábeis individuais da entidade no exterior. 
Se tal item está expresso na moeda funcional da entidade no exterior, 
também surge uma diferença cambial nas demonstrações contábeis individuais 
da entidade que reporta. Se esse item está expresso em uma moeda que não a 
moeda funcional da entidade que reporta ou a entidade no exterior, uma 
variação cambial surge nas demonstrações individuais da entidade que reporta 
e nas demonstrações individuais da entidade no exterior. Tais diferenças 
cambiais são reclassificadas para uma conta específica de patrimônio líquido 
nas demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade 
35 
 
 
 
que reporta, (i.e., demonstrações contábeis nas quais a entidade no 
exterior é consolidada, proporcionalmente consolidada ou reconhecida 
pelo método de equivalência patrimonial). 
Quando uma entidade mantém seus registros contábeis em 
moeda diferente da sua moeda funcional, ao elaborar suas 
demonstrações contábeis todos os valores são convertidos para a 
moeda funcional. Esse procedimento gera os mesmos valores na moeda 
funcional que teriam ocorrido se os itens tivessem sido registrados 
inicialmente na moeda funcional. Quando há mudança da moeda 
funcional de uma entidade, a mesma deve utilizar os procedimentos de 
conversão aplicáveis à nova moeda funcional prospectivamente a partir 
da data da mudança. 
Portanto, uma vez determinada à moeda funcional, ela somente 
pode ser trocada se houver uma mudança nas transações, nos eventos 
e nas condições correspondentes. 
O efeito de uma mudança na moeda funcional deve ser 
contabilizado prospectivamente. Os valores convertidos resultantes para 
os itens não monetários são tratados como se fossem seus custos 
históricos. Variações cambiais decorrentes da conversão de uma 
entidade no exterior, previamente classificada em patrimônio líquido, não 
devem ser reconhecidas como receita ou despesa, no resultado, até a 
baixa do investimento. 
 
CONVERSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA MOEDA 
DIFERENTE DA MOEDA FUNCIONAL 
 
 Conversão para a Moeda de Apresentação das Demonstrações 
Contábeis 
 
Uma entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em 
qualquer moeda (ou moedas). Se a moeda de apresentação das 
demonstrações contábeis diferir da moeda funcional 
da entidade, seus resultados e seu balanço patrimonial devem ser 
36 
 
 
 
convertidos para a moeda de apresentação. Por exemplo, quando um grupo é 
compreendido por entidades individuais com diferentes moedas funcionais, os 
resultados e o balanço patrimonial de cada entidade devem ser expressos em 
uma mesma moeda comum a todas elas para que as demonstrações contábeis 
consolidadas possam ser apresentadas. 
Os resultados e os balanços patrimoniais de uma entidade no exterior 
cuja moeda funcional não é de economia hiperinflacionária, depois de 
ajustados para eliminar diversidade de critérios, princípios e práticas contábeis 
em relação à entidade que reporta, devem ser convertidos para a moeda de 
apresentação por meio dos seguintes procedimentos: 
 
(a) os ativos e passivos para cada balanço patrimonial 
apresentado (i.e., incluindo os comparativos) devem ser convertidos utilizando 
a taxa de fechamento na data do respectivo balanço; 
 
(b) o patrimônio líquido inicial de cada balanço 
corresponde ao patrimônio líquido final do período anterior conforme convertido 
à época; as mutações do patrimônio inicial 
duranteoperíodocorrentedevemserconvertidaspelataxadesuasrespectivasdatas; 
 
(c) as receitas e despesas para cada demonstração do 
resultado (i.e., incluindo as comparativas) devem ser convertidas utilizando as 
taxas cambiais em vigor nas datas das transações. 
 
(d) as variações cambiais resultantes dos itens (a), (b) e 
(c) acima devem ser reconhecidas em conta específica no patrimônio líquido. 
 
Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas cambiais em 
vigor nas datas das transações, por exemplo, uma taxa média para o período, 
é normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa. Entretanto, 
se as taxas cambiais flutuarem significativamente, o uso da taxa média do 
período é inapropriado. Também não é apropriado o uso de taxa média se a 
distribuição das receitas ou das despesas não for uniforme dentro do período 
37 
 
 
 
considerado. 
 
 As variações cambiais são decorrentes de: 
 
(e) diferença entre a conversão de receitas e 
despesas pelas taxas cambiais em vigor nas datas das transações e a 
de conversão de ativos e passivos pela taxa de fechamento. Tais 
variações cambiais decorrem também dos registros efetuados 
diretamente no patrimônio líquido; 
(f) diferença entre a conversão do patrimônio 
líquido inicial pela taxa atual de fechamento e pela taxa anterior de 
fechamento. 
 
Essas variações cambiais não são reconhecidas no resultado, 
pois as mudanças nas taxas cambiais têm pouco ou nenhum efeito 
direto sobre os fluxos de caixa atuais e futuros de operações. 
As contas dos resultados e balanços patrimoniais de uma 
entidade cuja moeda funcional é de uma economia hiperinflacionária são 
convertidas para a moeda de apresentação por meio dos seguintes 
procedimentos: 
 
(a) os valores (i.e., ativos, passivos, itens do 
patrimônio líquido, receitas e despesas, incluindo saldos comparativos) 
devem ser atualizados monetariamente para a moeda de capacidade 
aquisitiva da data do balanço mais recente, com o uso da metodologia 
da correção integral conforme já utilizada no Brasil; 
 
(b) a seguir, todos esses valores (i.e., ativos, 
passivos, itens do patrimônio líquido, receitas e despesas, incluindo 
saldos comparativos) devem ser convertidos pela taxa de câmbio em 
vigor na data do balanço patrimonial mais recente; 
 
(c) quando valores são convertidos para a 
38 
 
 
 
moeda de uma economia não- hiperinflacionária, os valores comparativos 
devem ser aqueles apresentados nas demonstrações contábeis do ano anterior 
(i.e., não são ajustados para mudanças subsequentes no nível de preços ou 
mudanças subsequentes nas taxas cambiais). 
 
Quando a economia deixa de ser hiperinflacionária, a entidade não mais 
atualiza monetariamente suas demonstrações contábeis e os valores 
atualizados, ao nível de preços da data em que a entidade deixou de efetuar a 
atualização monetária, devem ser usados como se fossem os custos históricos 
da conversão para a moeda de apresentação. 
Quando uma entidade apresentar suas demonstrações contábeis em 
uma moeda que seja diferente da sua moeda funcional, ela somente deve 
mencionar que essas demonstrações estão em com conformidade com as 
práticas contábeis adotadas no Brasil se estiverem de acordo com todas as 
exigências de cada Norma e cada Interpretação Técnicaaplicáveis, incluindo o 
método de conversão descrito nesta norma. 
Algumas vezes uma entidade apresenta suas demonstrações contábeis 
ou outras informações financeiras em uma moeda que não a sua moeda 
funcional sem cumprir as exigências. 
Quando uma entidade apresenta suas demonstrações contábeis ou 
outras informações financeiras em uma moeda que não a sua moeda funcional 
ou a moeda de apresentação das demonstrações contábeis, e as exigências 
não são cumpridas, deve a mesma entidade: 
 
a) identificar claramente as informações como sendo informações 
suplementares para distingui-las das informações que estão de 
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; 
b) divulgar a moeda utilizada para essas 
informações suplementares; 
c) e divulgar a moeda funcional da entidade e o método de 
conversão utilizado para determinar as informações 
suplementares. 
 
39 
 
 
 
11. LEGISLAÇÕES 
 
 “RESOLUÇÃO CFC N. º 1.295/10 
 
 
Aprova a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas 
de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis. 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no 
exercício de suas atribuições legais e regimentais, e com 
fundamento no disposto na alínea ― do art. 6º do 
Decreto Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10. 
 
RESOLVE: 
 
Art. 1º Aprovar a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças 
nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações 
Contábeis que tem por base o Pronunciamento Técnico 
CPC 02 (R2) (IAS 21 doIASB). 
 
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua 
publicação, aplicando- se aos exercícios encerrados a 
partir de dezembro de 2010, quando serão revogadas as 
Resoluções CFC n.º 1.120/08 e 1.164/09, publicadas no 
D.O.U., Seção I, de 26/2/08 e de 31/3/09, 
respectivamente, e o art. 1º da Resolução CFC n.º 
1.273/10, publicada no D.O.U., Seção I, de28/1/10. 
 
 
 Efeitos das alterações nas taxas de Câmbio 
 
IAS 21 – Visão Geral 
 
Uma companhia pode conduzir operações no exterior de duas formas: 
 
 
a) Manter diretamente transações determinadas em moeda 
estrangeira, utilizando um ou mais tipos de moedas diferentes, fato que resulta 
na necessidade de conversão dos resultados das operações conduzidas na 
moeda pela qual a empresa registra suas operações; ou, alternativamente; 
 
 
b) Conduzir operações no exterior por meio de investimento 
direto em uma entidade localizada no exterior, como por exemplo, uma 
subsidiária, uma coligada, uma agência (específico para instituições 
financeiras) ou por meio de uma joint venture, cujos registros contábeis sejam 
40 
 
 
 
preparados e mantidos em moeda estrangeira (moeda corrente da localidade 
onde se encontra e entidade investida). “Nesses casos, para o propósito de 
apuração do resultado de equivalência patrimonial ou para a consolidação das 
demonstrações financeiras da entidade no exterior para a moeda corrente pela 
qual a companhia elabora e mantém suas demonstrações financeiras.” 
 
12. MOVIMENTAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES DA EMPRESA IRON TAP 
 
 
 
 Movimento do mês de janeiro de 2016 
 
02/01/2016 – Venda de Ativo Imobilizado 
 
 
 
 
 
 
 D – 
BALANÇO PATRIMONIAL 2015 
ATIVO PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
CAIXA 80.000,00 FORNECEDORES 38.000,00 
BANCO 150.000,00 SALARIOS A PAGAR 8.000,00 
CLIENTES 90.000,00 IMPOSTOS A PAGAR 3.500,00 
ESTOQUE 42.000,00 ALUGUEL A PAGAR 2.000,00 
 CONTAS A PAGAR 50.000,00 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
VEÍCULO 45.000,00 
(-) DEPRECIAÇÃO ACUM. - 11.250,00 PATRIMONIO LÍQUIDO 
 CAPITAL SOCIAL 100.000,00 
 RESERVA LEGAL 22.000,00 
 LUCROS ACUMULADOS 172.250,00 
 
TOTAL ATIVO 395.750,00 TOTAL PASSIVO 395.750,00 
D- Banco 
 
C- Ganho de Capital 
 
40.000,00 
 
D - Ganho de Capital 
C - Veículo 
 
 
 
45.000,00 
41 
 
 
 
Depreciação 
 C - Ganho de Capital 11.250,00 
 
 
05/01/2016 - Compra de mercadoria a vista por RS 9.000,00 
 
D- Estoque 8.750,00 
D- ICMS a recuperar 250,00 
C- Caixa 9.000,00 
 
 
07/01/2016 – Pagamento de Aluguel R$ 2.000,00 
 
D- Aluguel a pagar 
C-Banco 2.000,00 
 
07/01/2016 – Pagamento de água e energia R$ 2.000,00 
 
D- Despesas de água e energia 
C-Banco 2.000,00 
 
07/01/2016 – Pagamento de salário aos funcionários R$ 8.000,00 
 
D- Salários a pagar 
C-Banco 8.000,00 
 
10/01/2016 – Recebimento de Clientes R$ 90.000,00 
 
D- Banco 
C- Clientes 90.000,00 
 
12/01/2016 - Venda de mercadoria a prazo de R$ 19.000,00 em duas 
vezes conforme nota fiscal n° 1073 
42 
 
 
 
 
D- Clientes 
 
C- Receita com Vendas 
 
 
19.000,00 
D- ICMS s/Vendas C- ICMS a pagar 
180,00 
 
D- CMV 
E- Estoque 
 
 
2.500,00 
 
 
12/01/2016 - Venda de mercadoria a vista por R$10.200,00 
 
 
 
 
18/01/2016 – Pagamento de fornecedores 
D- Fornecedores 
C-Caixa 38.000,00 
 
 
D- Caixa 
C- Receita com Vendas 
 
10.200,00 
 
D-ICMS s/ Vendas 
C- ICMS a pagar 
 
 
 
125,00 
 
D-CMV 
 
C- Estoque 
 
 
 
1.800,00 
43 
 
 
 
23/01/2016 – Pagamento de contas 
D- Contas a Pagar 
C-Banco 50.000,00 
 
 
31/05/2016 – Pagamento de impostos R$3.500,00 
D- Impostos a pagar 
C-Banco 3.500,00 
 
 
31/01/2016 – Compra de mercadoria a prazo por R$ 7.500,00 em três 
vezes conforme nota fiscal n° 55 
 
D- Estoque 7.280,00 
D- ICMS a recuperar 220,00 
C- Fornecedores 7.500,00 
 
31/01/2016 – Obtenção de empréstimo de R$75.000,00 a vencer em 
18vezes 
 
D- Banco 75.000,00 
D- (-) Ajuste a valor Presente 12.000,00 
C- Empréstimos a Pagar 87.000,00 
 
 
 Provisões 
 
31/01/2016 – Aluguel 
 
D- Despesa com Aluguel 
 
C- Aluguel a Pagar 2.000,00 
 
44 
 
 
 
31/01/2016 – Salários 
 
D- Despesa com Salários 
C- Salários a Pagar 8.000,00 
 
 
31/01/2016 – IRPJ sobre Ganho de Capital 
D- Despesa com IRPJ 
C- IRPJ s/ Ganho de capital 937,50 
 
 
 Movimento do mês de fevereiro de 2016 
 
01/02/2016 – Compra de um veículo a vista por 27.000,00 
D- Veículos 
C-Banco 27.000,00 
 
 
03/02/2016 – Aumento do Capital Social de R$50.000,00 
D- Caixa 
C-CapitalSocial 50.000,00 
 
05/02/2016 – Recebimento de Clientes parcela 1/2 conforme nota fiscal 
n°1073 D- Caixa 
C-Clientes 9.500,00 
 
 
05/02/2016 – Pagamento de fornecedores parcela 1/3 conforme nota 
fiscal n°55 
D- Fornecedores 
C-Banco 2.500,00 
 
07/02/2016 – Pagamento de Aluguel R$ 2.000,00 
45 
 
 
 
D- Aluguel a pagar 
C-Banco 2.000,00 
 
07/02/2016 – Pagamento de água e energia R$ 2.000,00 
 
 D- Despesa com água e energia 
C-Banco 2.000,00 
 
07/02/2016 – Pagamento de salário aos funcionários R$8.000,00 
D- Salários a pagar 
C-Banco 8.000,00 
 
15/02/2016 – Pagamento da primeira parcela do empréstimo R$ 
4.833,33 
 D- Empréstimos a pagar 
C-Banco 4.833,33 
 
Apropriação da despesa com juros 
 D- Despesas financeira 
C- (-) Ajuste a valor Presente 666,66 
 
17/02/2016 – Venda de mercadoria a vista de 9.000,00 
 
D- CMV 
C-Estoque 950,00 
 
28/02/2016 – Depreciação 
 
D- Despesa com depreciação 
D- Caixa 
C- Receita com Vendas 
 
9.000,00 
D- ICMS s/ Vendas 
C- ICMS A Pagar 
105,00 
46 
 
 
 
C- (-)Depreciação acumulada 562,50 
 
28/02/2016 – Pagamento de IRPJ S/ Ganho de Capital 
 
D-IRPJ S/Ganho de Capital 
C-Banco 937,50 
 
 Provisões 
 
28/02/2016 – Aluguel 
 
D- Despesa com Aluguel 
 
C- Aluguel a Pagar 2.000,00 
 
 
28/02/2016 – Salários 
 
D- Despesa com Salários 
 
C- Salários a Pagar 8.000,00 
 
 Movimento do mês de março de 2016 
 
01/03/2016 – Compra de mercadoria a prazo por 4.800 em duas vezes 
 
D- Estoque 4.650,00 
D- ICMS a recuperar 150,00 
C- Fornecedor 4.800,00 
 
 
05/03/2016 – Recebimento de Clientes parcela 2/2 conforme nota fiscal 
n°1073 
47 
 
 
 
D- Caixa 
C-Clientes 9.500,00 
 
05/03/2016 – Pagamento de fornecedores parcela 2/3 conforme nota 
fiscal n°55 
D- Fornecedores 
C-Banco 2.500,00 
 
08/03/2016

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