AVC - Edifícios Sustentáveis, Clima e Conforto Humano - EAD

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AVC – AVALIAÇÃO CONTÍNUA 
FOLHA DE RESPOSTA 
 
Disci 
Resolução / Resposta 
 
Lelé como era conhecido, João Filgueira Lima. Nasceu na cidade Rio de 
Janeiro em 10 de janeiro de 1932. Na sua trajetória profissional, Lelé sempre teve 
uma postura diferenciada em relação ao clima, através de suas experiências 
importantes instaurou um novo conceito de arquitetura. 
Entre os anos de 1962 a 1965 no cargo de secretário executivo do Centro 
de Planejamento dos edifícios da Universidade de Brasília (CEPLAN-UnB), 
realizou pesquisas sobre novas tecnologias de pré-fabricação, motivo no qual lhe 
fez ir à Europa e União Soviética, para aprimorar seus conhecimentos acerca 
desta tecnologia (PERÉN, 2006). 
Deste então, Lelé passa a recorre o uso desse método construtivo em 
suas obras, caracterizando sua arquitetura pelo uso de sistemas pré-fabricados, 
industrializados e racionais, que tendem a acelerar a construção e minimizar os 
custos (PERÉN, 2006). 
 A característica forte da arquitetura de Lelé estar voltada ao conforto 
ambiental e a humanização dos ambientes projetados, sempre desenvolvendo 
sistemas de iluminação e ventilação natural, utilizando o mínimo possível de 
recursos artificiais de aclimatação, consumindo assim menos energia elétrica 
(PERÉN, 2006). Um exemplo bastante visto nas obras de Lelé são as coberturas 
com sheds, utilizadas para o aproveitamento da iluminação e ventilação natural. 
João Filgueiras Lima projetou no Brasil os hospitais da Rede Sarah, 
utilizando da cobertura com Sheds em todos, ele nos mostra um importante 
exemplo de utilização de estratégias de ventilação natural no Brasil. Sempre 
levando em conta o clima e os aspectos naturais da região onde o hospital seria 
construído. Preocupado sempre com o conforto ambiental térmico e redução do 
consumo energético para o resfriamento das edificações. 
Os hospitais dessa Rede foram construídos em várias capitais brasileiras, 
com diferentes climas. 
Disciplina: Edifícios Sustentáveis, Clima e Conforto Humano - EAD 
 
 
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O Hospital Sarah Kubitschek Salvador foi inaugurado 1994. Situado ao 
longo de uma colina, foi realizado o nivelamento de parte do terreno, as encostas 
ao torno foram modicadas sendo equipadas com muros de contenção, tornando o 
conjunto acessível para veículos e práticas de esportes e terapias. 
Estrategicamente fundado na horizontal, em dois níveis: sendo no inferior 
os setores de serviços gerais, logístico e técnico e o superior, para o restante do 
programa. O projeto foi elaborado a partir da tecnologia da pré-fabricação e 
argamassa armada desenvolvida pela Fábrica de Equipamentos Comunitários 
(FAEC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O shed metálico curvo da forma ao projeto, em tamanhos e diferentes 
extensões, inseridos em dezenas de linhas paralelas, favorecendo a iluminação e 
a ventilação natural. Projetado para a melhor circulação e troca de ar, pois as 
aberturas estão localizadas na cobertura. 
 
 
 
 
 
 
 
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1Disponivel em:< https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-da-arquitetura-hospital-sarah-kubitschek-salvador-joao-
filgueiras-lima-lele?ad_medium=widget&ad_name=navigation-prev>. Acessado em: 10 maio 2021. 
Figura 1 – Hospital Sarah Kubitschek Salvador Figura 2 – Hospital Sarah Kubitschek Salvador 
Fonte: classicos-da-arquitetura ¹ Fonte: classicos-da-arquitetura ¹ 
Fonte: classicos-da-arquitetura¹ Fonte: classicos-da-arquitetura¹ 
Figura 3 – Hospital Sarah Kubitschek Salvador Figura 4 – Hospital Sarah Kubitschek Salvador 
 
 
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Além disso, a importância da ventilação natural se dá também por razões 
de salubridade dos ambientes e de seus ocupantes, pois permite uma renovação 
contínua do ar interno de um recinto. Bower (1995) enfatiza que a ventilação 
proporciona um ar confortável e saudável aos seus usuários, além de poder ser 
utilizada para diluir os poluentes, removendo-os para o exterior através da 
diferença de pressão. 
Esse método de percepção arquitetônica no projeto bioclimático incide em 
trabalhar em harmonia com o que a natureza tem de melhor para oferecer, 
adaptando o máximo possível o projeto ao clima onde serão inseridos. 
A concepção bioclimática visa o máximo proveito dos fenômenos naturais 
em benefício de um maior conforto ambiental no interior do edifício, o projeto 
bioclimático é uma abordagem que tira vantagem do clima através da aplicação 
correta de elementos de projeto e tecnologia para economia de energia, mantendo 
o conforto dos ocupantes da edificação. 
O conforto térmico das pessoas depende dos processos de troca de calor 
do corpo com o ambiente e por isso é influenciado pelo movimento do ar que afeta 
as trocas por convecção e por evaporação (RUAS e LABAKI, 2001). 
Relacionado a saúde, a ventilação correta deve fornecer e/ou retirar ar de 
um ambiente de forma a satisfazer o bem-estar com segurança ao ser humano. 
Com ventos de baixa velocidade, a temperatura radiante e a temperatura 
do ar produzem efeitos semelhantes na sensação de conforto térmico; mas, com 
ventos de alta velocidade, a temperatura do ar domina a percepção de conforto 
(RUAS e LABAKI, 2001). 
Conclui-se que através de um projeto bioclimático bem elaborado, temos 
um ambiente arejado e iluminado corretamente apenas utilizando os recursos 
naturais disponível em cada região. Todo esse processo passa um maior conforto 
aos usuários do ambiente. Contribuído com a redução no consumo de energia que 
seria utilizada para climatizar e iluminar certos espaços. Tornando indispensável 
nos dias atuais esse método de projeto bioclimático. 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 
 
BOWER, J. Understanding ventilation: How to design, select and install 
residential ventilation systems. The Healtly House Institute, 1995. 
PERÉN, J. I. M. Ventilação e iluminação naturais na obra de João 
Filgueiras Lima, Lelé. 2006.262 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e 
Urbanismo) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 
São Paulo, 2006. 
RUAS, A.C.; LABAKI, L. C. Ventilação do ambiente e o conforto térmico. 
IN: VI ENCONTRO NACIONAL/ III ENCONTRO LATINO AMERICANO SOBRE 
CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 2001.