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agenesia-ILS-Ortho-Science-2019

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Relato de caso | Case report
Tratamento ortodôntico em paciente com agenesia de 
incisivos laterais e desvio de linha média superior e inferior – 
relato de caso
Orthodontic treatment in a patient with lateral incisor agenesis and 
upper and lower midline deviation – case report
Dryele Teixeira Betim Rocha¹
Pablyany Bezerra Rocha Gaia¹
Francielle Topolski2
Camila F. P. Mattos3
Suelen W. Borges4
Alexandre Moro5
Moro
¹ Aluna do Curso de Graduação em Odontologia - Universidade Positivo.
2 Professora do Programa de Pós-graduação em Odontologia - Universidade Positivo.
3 Aluna do Curso de Mestrado em Odontologia - Universidade Positivo.
4 Aluna do Curso de Doutorado em Odontologia - Universidade Positivo.
5 Prof. do Programa de Pós-graduação em Odontologia - Universidade Positivo, Prof. Titular, Graduação e Pós-graduação em Ortodontia - UFPR.
E-mail do autor: alexandremoro@uol.com.br
Recebido para publicação: 09/12/2019
Aprovado para publicação: 15/12/2019
 
Como citar este artigo: 
Rocha DTB, Gaia PBR, Topolski F, Mattos CFP, Borges SW, Moro A. Tratamento ortodôntico em paciente com agenesia de incisivos laterais e desvio 
de linha média superior e inferior – relato de caso. Orthod. Sci. Pract. 2019; 12(48):76-85. 
DOI: 10.24077/2019;1248-7685
Resumo
A agenesia dentária representa uma anomalia congênita de número, na qual ocorre a 
ausência da formação do germe dentário, por razões ainda não totalmente elucidadas. Nos 
casos de agenesias de incisivos laterais superiores, duas abordagens principais de tratamento 
podem ser utilizadas: o fechamento do espaço, com a substituição do incisivo lateral pelo 
canino e do canino pelo primeiro pré-molar, ou a abertura do espaço, com a substituição 
protética do incisivo ausente. Este trabalho teve como objetivo descrever um caso clínico de 
uma paciente adulta, com agenesia dos dois incisivos laterais superiores e do incisivo lateral 
inferior esquerdo, além de desvio de linha média superior e inferior, tratada com uma abor-
dagem minimamente invasiva. A paciente – sexo feminino, 22 anos de idade, leucoderma – 
buscou tratamento ortodôntico com queixa sobre a estética facial e insatisfação com o sorriso. 
Considerando as expectativas da paciente e sua recusa em realizar cirurgia ortognática e/ou 
instalação de implantes dentários, optou-se pelo tratamento ortodôntico para fechamento 
dos espaços e correção da linha média, seguido de restaurações diretas para reanatomização 
dos caninos e dos primeiros pré-molares superiores. O tempo de tratamento foi de 23 meses. 
Ao final do tratamento a paciente apresentou oclusão adequada e melhora na estética facial 
e do sorriso, demonstrando satisfação com o resultado obtido.
Descritores: Agenesia dentária, incisivo lateral, Ortodontia.
Abstract
Dental agenesis is a congenital anomaly of number, in which the absence of dental germ 
formation occurs, for reasons not yet fully elucidated. In cases of agenesis of maxillary lateral 
incisors, two main treatment approaches can be used: space closure, replacing the lateral 
incisor by the canine and the canine by the first premolar, or space opening with prosthetic 
replacement of the missing incisor. This study aimed to describe a clinical case of an adult 
patient with agenesis of both upper lateral incisors and left inferior lateral incisor, as well as 
upper and lower midline deviation, treated with a minimally invasive approach. The female 
patient, 22 years old, leukoderma, sought orthodontic treatment complaining about facial 
Orthod. Sci. Pract. 2019; 12(48):76-85.
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aesthetics and dissatisfaction with the smile. Considering the patient’s expectations and her 
refusal to perform orthognathic surgery and / or dental implant installation, orthodontic tre-
atment for space closure and midline correction was chosen, followed by direct restorations 
for upper canine and first premolar reanatomization. Treatment time was 23 months. At the 
end of treatment, the patient presented adequate occlusion and improved facial and smile 
aesthetics, demonstrating satisfaction with the result obtained.
Descriptors: Dental agenesis, lateral incisor, orthodontics.
Introdução
A perda ou ausência de dentes, seja por trauma, 
exodontia ou ausência congênita, é um dos principais 
fatores que levam o paciente a procurar tratamento 
odontológico, haja vista que essas ausências influen-
ciam negativamente na oclusão, estética e funções do 
sistema estomatognático, como mastigação e fonação.
Dentre as anomalias de desenvolvimento, a au-
sência congênita ou agenesia dentária é a que mais 
acomete a dentição humana. Pode ser classificada 
como anadontia (ausência total de dentes), hipodontia 
(ausência congênita de menos de seis dentes) e oligo-
dontia (ausência congênita de mais de seis dentes)1. 
Sua etiologia é multifatorial2,3 e, embora seja conhecida 
como o resultado de fatores hereditários, um meca-
nismo genético direto único ainda não foi identificado 
e o modo de transferência genética é questionado. A 
ausência congênita dos dentes é frequentemente as-
sociada à síndrome de displasia grave4. Também pode 
estar associada à displasia ectodérmica, radiação e dis-
túrbios nutricionais.
A maior incidência de ausências dentárias ocor-
re em terceiros molares, seguidos de incisivos laterais 
superiores (geralmente ausência bilateral), segundos 
pré-molares inferiores e incisivos laterais inferiores (ge-
ralmente ausência unilateral)2,4. No entanto, qualquer 
dente pode estar ausente congenitamente, ainda que 
estes quatro somem maior percentagem de todos os 
dentes ausentes. Estudos indicam serem as mulheres 
mais propensas a apresentar a ausência congênita de 
dentes que os homens1,5.
Quando ocorre a agenesia de incisivos laterais, o 
tratamento pode ser realizado, basicamente, de duas 
formas: 
1) Utilização de aparelho ortodôntico para aber-
tura de espaço e reabilitação protética do elemento 
dentário;
2) Utilização de aparelho ortodôntico para fecha-
mento do espaço e substituição do incisivo lateral pelo 
canino1,2. 
A decisão entre as duas abordagens deve ser reali-
zada considerando aspectos importantes como idade, 
perfil socioeconômico e expectativa do paciente, tipo 
de má oclusão, padrão facial, características do sorriso, 
formato e coloração dos dentes.
Em ambos os casos é necessária uma abordagem 
multidisciplinar. Especialidades como Ortodontia, Im-
plantodontia, Prótese e Dentística Restauradora devem 
atuar de maneira interdisciplinar seguindo um planeja-
mento minucioso, cuidadosamente organizado com o 
objetivo de atender as necessidades funcionais e esté-
ticas do paciente, que deve ser informado sobre todas 
as vantagens e desvantagens de cada uma das alterna-
tivas de tratamento6.
Este trabalho teve como objetivo descrever um caso 
clínico de uma paciente adulta, com agenesia dos dois 
incisivos laterais superiores e do incisivo lateral inferior 
esquerdo e desvio de linha média superior e inferior, 
tratada com uma abordagem minimamente invasiva.
Relato de caso
A paciente G. P., leucoderma, com 22 anos, bus-
cou tratamento ortodôntico com queixa sobre a estéti-
ca facial. Achava que o queixo estava para frente.
No exame clínico, a paciente apresentava leve 
assimetria facial, perfil côncavo e selamento labial (Fi-
gura 1). Possuía também recessão gengival em alguns 
elementos dentários. A relação molar era de Classe I. 
Havia agenesia dos elementos dentários 12, 22 e 32. 
A linha média dentária superior estava desviada 1 mm 
para o lado direito e a linha média inferior estava des-
viada 2 mm para o lado esquerdo (Figura 2).
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Figura 1 (A-C) – Fotografias extrabucais iniciais: A) Perfil; B) Frontal; C) Sorrindo. 
A
A
B C
B C
Figura 2 (A-E) – Fotografias intrabucais iniciais: A) Frontal, B) lateral direita, C) lateral esquerda, D) oclusal superior 
e E) oclusal inferior.ED
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Na radiografia panorâmica (Figura 3) observou-se 
que além das agenesias, os dentes 18, 38 e 48 esta-
vam impactados. As demais estruturas apresentavam 
normalidade.
A telerradiografia lateral e seu respectivo traça-
do cefalométrico (Figura 4) mostraram que a pacien-
te possuía um padrão dolicofacial e apresentava um 
perfil côncavo com um ângulo nasolabial acentuado. A 
maxila e a mandíbula estavam retruídas, mas bem po-
sicionadas entre si. Os incisivos superiores e inferiores 
estavam verticalizados.
Figura 3 – Radiografia panorâmica inicial. Figura 4 (A-B) – Telerradiografia lateral com traçado cefalo-
métrico inicial.
A B
Para melhorar o perfil facial, a melhor opção de 
tratamento seria a cirurgia ortognática. Entretanto, a 
paciente preferiu um tratamento compensatório mais 
conservador. Além disso, a opção pela colocação de 
implantes não foi bem aceita pela paciente. Desta for-
ma, na arcada superior optou-se pela transformação 
dos caninos em incisivos laterais e dos primeiros pré-
-molares em caninos. Na arcada inferior, foi realizada a 
exodontia do dente 44, e este espaço foi utilizado para 
corrigir a linha média desviada. Além disso o dente 33 
foi transformado em 32.
Foi instalado um aparelho fixo de safira (Figura 
5) nas arcadas superior e inferior com slot .022” da 
prescrição Roth (Inceram SLB, Orthometric, Marília, SP, 
Brasil). Realizou-se o nivelamento e o alinhamento com 
fios de Níquel-Titânio .014”, .016”, .014” x .025” e 
.019” x .025”. E, na sequência, o fio .019” x .025” de 
aço inoxidável foi instalado.
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Figura 5 (A-C) – Aparelho fixo de safira instalado. A) Frontal, B) lateral direita e C) lateral esquerda.
A
B C
Posteriormente, passou-se para a fase de retração 
anterior com alças de Bull com arcos .019” x .025” de 
aço nas arcadas inferior e superior (Figuras 6 e 7). Na 
etapa de finalização foi realizada a coordenação dos 
arcos, o ajuste do torque e a intercuspidação (Figura 8). 
Na sequência, realizou-se a remoção do aparelho (Figu-
ra 9), e foram instaladas como contenções duas placas 
ACE (Raintree Essix, Sarasota, FL, EUA) .040” superior e 
inferior. O tempo de tratamento foi de 23 meses.
Figura 6 (A-C) – Retração anterior inferior com alças de Bull em arco. 019” x .025” de aço. A) Frontal, B) lateral direita e C) lateral 
esquerda.
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A
B
B
C
C
Figura 7 (A – C) – Finalização da retração. A) Frontal, B) lateral direita e C) lateral esquerda.
Figura 8 (A – C) – Fase de intercuspidação e finalização do tratamento ortodôntico: A) Frontal, B) lateral direita e C) lateral esquerda.
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Após a finalização do tratamento ortodôntico a 
paciente realizou clareamento dentário e recontorno 
estético com resina composta nos dentes anteriores 
superiores e inferiores e nos primeiros pré-molares su-
periores. A documentação final mostrou melhora na 
oclusão, no sorriso e no perfil facial, mesmo não tendo 
sido realizada a cirurgia ortognática (Figuras 10-13).
Figura 9 (A-C) – Fotografias intrabucais após a remoção do aparelho ortodôntico: A) Frontal, B) lateral direita e C) lateral esquerda.
Figura 10 – Radiografia pano-
râmica final.
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CB
Figura 11 (A-C) – A) Telerradiografia lateral, B) traçado cefalométrico final e C) sobreposição na base do crânio dos traçados cefa-
lométricos inicial e final (S-N, com registro em S).
Figura 12 (A-C) – Fotografias extrabucais após finalização do tratamento. A) Perfil, B) frontal e C) sorrindo. 
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Figura 13 (A-F) – Fotografias intrabucais após finalização do tratamento ortodôntico e realização de clareamento e restaurações 
estéticas. A) Frontal, B) lateral direita, C) lateral esquerda, D) oclusal superior, E) oclusal inferior e F) frontal com contenções removíveis 
de acetato.
B
D
C
E
F
Discussão
O sorriso é um dos segmentos de maior importância 
na harmonia facial. Um sorriso agradável pode produzir 
uma aura que amplia a beleza da face, fazendo parte 
das qualidades e virtudes da personalidade humana7. 
Dentes bem posicionados, com diferentes formas e ta-
manhos, proporcionais entre si, mantém uma oclusão 
ideal e beleza natural, que podem ser comprometidas 
pelas ausências dentárias, como nos casos de agenesias.
Diante de casos de agenesias de incisivos laterais 
superiores, duas abordagens principais podem ser uti-
lizadas: o fechamento do espaço, com a substituição 
do incisivo lateral pelo canino e do canino pelo primeiro 
pré-molar, ou a abertura do espaço, com a substituição 
do incisivo ausente por um implante. A decisão entre 
essas duas abordagens requer um diagnóstico minucio-
so, envolvendo aspectos como padrão e perfil facial do 
paciente, tipo de má oclusão e tamanho e forma dos 
dentes. A expectativa do paciente é outro ponto funda-
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ve diferença entre os grupos em relação à satisfação 
com a estética, mobilidade dentária, acúmulo de placa 
e sinais e sintomas de DTM. Entretanto, os pacientes 
tratados com abertura de espaço e implante apresenta-
ram infraoclusão do implante e maior profundidade de 
sondagem em comparação com os pacientes tratados 
com fechamento de espaço. 
No caso clínico apresentado, o fechamento dos 
espaços por meio de ortodontia corretiva e a transfor-
mação anatômica dos caninos em incisivos laterais foi 
a opção de escolha, considerando que a paciente não 
demonstrou interesse em reabilitação por métodos ci-
rúrgicos, como cirurgia ortognática e colocação de im-
plantes dentários. Com uma abordagem conservadora 
foi alcançado um resultado satisfatório para a oclusão, 
periodonto e estética facial e do sorriso.
Conclusão
O tratamento de agenesia de incisivos laterais por 
meio de técnicas não cirúrgicas descritas nesse traba-
lho foi capaz de devolver função e estética à paciente, 
possibilitando intercuspidação ideal, posicionamento 
adequado da linha média superior e inferior, trespasse 
vertical e horizontal adequados, bem como estabilida-
de oclusal, atendendo às expectativas da paciente e 
aos padrões ideais de finalização descritos na literatura.
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considerations on the orthodontic treatment. Dental Press J 
Orthod. 2018;23(4):79-87.
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EA, Fernandes CAO. Reabilitação ortodôntica e protética na 
agenesia de incisivos laterais superiores com prótese adesiva 
de fibra de reforço associada ao cerômero: relato de caso. 
Orthod Sci Pract. 2016;9(36).
3. Zachrisson BU. First premolars substituting for maxillary ca-
nines: esthetic, periodontal and functional considerations. 
World J Orthod. 2004;5(4):358-64.
4. Moyers RE. Ortodontia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan S.A, 1991.
5. Wright J, Bosio JA, Chou JC, Jiang SS. Maxillary lateral inci-
sor agenesis and its relationship to overall tooth size. J Pros-
thet Dent. 2016;115(2):209-14.
6. Czochrowska EM, Skaare AB, Stenvik A, Zachrisson BU. 
Outcome of orthodontic space closure with a missing ma-
xillary central incisor. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 
2003;123(6):597-603.
7. Mondelli J. Estética e cosmética em clínica integrada restau-
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missing maxillary lateral incisors: an update. J Clin Orthod. 
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9. Thilander B, OdmanJ, Lekholm U. Orthodontic aspects of 
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10. Robertsson S., Mohlin B. The congenitally missing upper 
lateral incisor: a retrospective study of orthodontic spa-
ce closure versus restorative treatment. Eur J Orthod. 
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11. Jamilian A, Perillo L, Rosa M. Missing upper incisors: a re-
trospective study of orthodontic space closure versus im-
plant. Prog Orthod. 2015;25:16(2):1-6.
mental que deve ser considerado nesta decisão. Ambas 
as alternativas requerem um planejamento detalhado e 
uma abordagem multidisciplinar. Além disso, o paciente 
deve ser informado quanto às vantagens e desvanta-
gens das diferentes alternativas de tratamento3,6.
Em casos em que a maxila está retruída e o ângulo 
nasolabial aumentado, a abertura de espaço para subs-
tituição protética dos incisivos laterais ausentes contri-
bui para a melhora no perfil do paciente8. Entretanto, 
a instalação de implantes tem como desvantagens o 
custo e a necessidade de um procedimento cirúrgico, 
mais invasivo. Além disso, o implante só pode ser ins-
talado após a fase de crescimento ativo, sob pena de 
ficar em infraoclusão devido ao crescimento craniofacial 
adjacente. Esta é uma importante desvantagem para os 
pacientes mais jovens, que, em muitos casos necessitam 
permanecer com uma coroa provisória até o momento 
adequado para a instalação do implante. Mesmo após a 
fase de crescimento ativo, alterações morfológicas cra-
niofaciais podem levar a alterações na margem gengival 
do implante. Além disso, problemas periodontais, como 
perda óssea na periferia do implante, são frequentes9.
O tratamento com o fechamento de espaços pode 
ser realizado numa idade mais precoce pois nesse caso 
as modificações de crescimento ocorrerão em sincronia 
com as modificações no posicionamento dos dentes. 
Além disso, os resultados tendem a ser mais favoráveis 
para a saúde periodontal8.
A substituição dos incisivos laterais pelos caninos e 
dos caninos pelos primeiros pré-molares pode ocasio-
nar problemas estéticos, principalmente em pacientes 
com linha de sorriso alta. Para se alcançar uma estética 
harmoniosa o cirurgião dentista pode lançar mão de 
técnicas cirúrgicas tais como gengivectomia e aumen-
to de coroa clínica. Ou, pode compensar essa desar-
monia durante o tratamento ortodôntico, por meio da 
intrusão do primeiro pré-molar e extrusão do canino6. 
Obviamente, o paciente deverá ser submetido a proce-
dimentos estéticos restauradores posteriormente para 
a reanatomização das coroas.
Robertsson e Mohlin10 não observaram diferen-
ças na prevalência de sinais e sintomas de Disfunção 
Temporomandibular (DTM) entre pacientes tratados 
com fechamento de espaços e ou com abertura de 
espaço e prótese, porém verificaram que os pacientes 
com substituições protéticas tinham maior prejuízo na 
saúde periodontal, apresentaram acúmulo de placa e 
gengivite. Os autores concluíram que o fechamento do 
espaço através da movimentação ortodôntica produz 
resultados bem aceitos pelos pacientes, não prejudica 
a ATM e traz mais benefícios à saúde periodontal, em 
comparação com as substituições protéticas.
Jamilian et al.11 também compararam pacientes 
com agenesia de incisivo lateral superior tratados com 
fechamento de espaços e abertura de espaço e reposi-
ção por implante. Os autores observaram que não hou-
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Orthod. Sci. Pract. 2019; 12(48):76-85.

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