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1 CEDERJ - CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Gestão da Manutenção Conteudistas: José Antonio Assunção Peixoto e Leydervan de Souza Xavier “Todo fazer é um conhecer e todo conhecer é um fazer” “Tudo que é dito é dito por alguém”. Humberto R. Maturana e Francisco Varela Aula 9: TPM - MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL Meta Apresentar a concepção filosófica da TPM, destacando elementos de sua estruturação e integração de ações da manutenção à produção e a outras funções operacionais no escopo total de organização dos sistemas de produção. Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: 1. Reconhecer as interfaces conceituais de alinhamento da Gestão da Manutenção com os requisitos de controle total da qualidade e confiabilidade, sob uma perspectiva de aprendizagem organizacional. 2. Distinguir o papel da TPM na correção e prevenção de ocorrência de perdas devidas a falhas na infraestrutura de operação, com alcance a todo pessoal envolvido com sua implantação e seu aperfeiçoamento. 3. Elencar elementos do planejamento para implantação, monitoramento e realização de ações de melhorias baseadas na gestão indicadores de performances operacionais. rachel Highlight 2 1. INTRODUÇÃO Nesta disciplina, procura-se compreender e discutir a perspectiva de planejamento de ações, controle/avaliação e realização de melhorias operacionais, na lógica de aperfeiçoamento contínuo dos processos de integração da função manutenção e funções produção e, destas duas funções a outras, no escopo total de organização de sistemas produtivos. Nesta perspectiva, considera-se, também, a organização e o desenvolvimento da aprendizagem organizacional, que permitem explorar o potencial de conhecimento e de competências desenvolvidas, com destaque ao que serve à padronização de processos de trabalho. Para isto é preciso que os sujeitos das ações desenvolvidas tenham autonomia institucionalizada para contribuir com a determinação de falhas e de perdas, contribuindo com a integração das funções organizacionais visando ao controle da qualidade. Busca-se, ainda, desenvolver uma visão mais ampla dos sistemas de produção, em sintonia com as expectativas sociais atuais, que exigem melhorias de produtividade, competitividade e da qualidade de vida, bem como maior proteção do meio ambiente em geral. A iniciativa leva em conta, fundamentalmente, que as funções produção e manutenção operam realizando transformações de matéria, energia e informação, tanto localmente, quando abordadas nas operações primárias nomeadas como produção e manutenção propriamente ditas, ou enquanto “partes” do funcionamento de outras unidades operacionais. Por exemplo, nas realizações dos trabalhos de produção e manutenção das atividades de RH, marketing, suprimento e venda dentre outras. Isto, independentemente, do modo como estas unidades funcionais servem de suportes umas às outras e como “contabilizam” suas contribuições às performances do todo. Contudo, muitas vezes, quando essas outras unidades funcionais são observadas em seus contextos funcionais primários de operação, elas podem estar desajustadas ou desacopladas, com respeito ao modo de integração desejado em toda a organização produtiva. Neste caso podem ocorrer desvios de efetividade das performances alcançadas, com respeito ao conjunto dos processos configurados nas operações. Isto, por sua vez, pode ocasionar eventuais prejuízos à eficiência e ao equilíbrio dos sistemas sociais, bem como 3 à harmonia psicossocial, em que estão inseridas. Esses prejuízos, muitas vezes, podem ser traduzidos em perdas sociais, representados, tanto por medidas de eficiência socioeconômica, quanto à luz de exigências de eficiência socioambiental no desenvolvimento sustentável, que hoje se destaca sobremaneira como reação às demandas de atenção decorrentes de mudanças de valores sociais. No século XXI, a visão de gestão, restrita à estruturação estritamente técnica da produção, conforme discutido na Aula 4, não parece ser suficiente para integração das funções da organização de modo a satisfazer as demandas sociais em vários escopos de observação. Entendemos esse aspecto como bastante relevante ao atendimento das demandas de atualização do conhecimento e dos requisitos de institucionalização de padrões de materialização e “informacionalização” de fatores produtivos a serem aplicados à Indústria 4.0. Isto porque a ordenação dos sistemas sociotécnicos impõe maior atenção ao acoplamento das ações de transformação de massa, energia e informação e sua integração à jornada de desenvolvimento sustentável. Como consequência impõem-se uma reestruturação mais ampla dos aspectos e valores socioeconômicos e socioambientais dos sistemas produtivos, amplamente direcionados à proteção da vida, em sentido ecológico. Tal visão é, potencialmente, interessante devido às semelhanças de funcionamento que ambas as funções de produção e de manutenção apresentam quanto à finalidade de atendimento a necessidades básicas, nos sistemas sociais. A mesma consideração de pode fazer em relação aos efeitos de geração de perdas, atribuídos física e metaforicamente a elas, com analogias feitas ao conceito de entropia e entropia negativa desenvolvido na termodinâmica clássica e ciências da informação e comunicação. 1.1 SOBRE O DESPERTAR PARA A QUALIDADE E CONFIABILIDADE É recorrente, em leituras sobre gestão da manutenção, a demarcação de que os problemas de qualidade observados no período da Segunda Guerra Mundial estimularam a realização de grandes revisões nas abordagens do controle de qualidade e, por extensão, de aprofundamento dos estudos de confiabilidade, como questões fundamentais a serem integradas à administração das relações entre as função manutenção e a função produção, até então praticadas, predominantemente, rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight 4 por equipes que mantinham pouco contato formal entre seus membros. Sem enveredar em maiores justificativas, faz sentido corroborar com essa narrativa de “falta de comunicação”, quase sempre presente nos discursos de profissionais, isto, por conta da facilidade de se constatar que foram as condições operacionais de guerra que deram mais clareza à compreensão da importância do desenvolvimento dos dois campos de saberes integrados, por mecanismos de retroalimentação, aos objetivos mais amplos da organização do trabalho nos sistemas de produção em sua totalidade. Como um panorama geral, pode-se resumir que, devido às circunstâncias atípicas dos cenários de guerra, foram as dificuldades de comunicação e de interação entre os profissionais atuando em “unidades isoladas”: de requisição, produção, distribuição e uso, dentre outras funções envolvidas na logística de suprimentos dos materiais bélicos, que colocaram em evidência as ineficiência e ineficácias observadas nos usos dos produtos e serviços, com referência às finalidades desejadas, bem como quanto às perdas materiais e de vidas humanas contabilizadas. Acrescente-se a isto, as inadequações verificadas nas normas e métodos de controle disponíveis, com destaque, às falhas observadas no uso dos equipamentos bélicos quando as necessidades de reposição de peças evidenciaram, em muito, os problemas de confiabilidade estrutural e de dependência de indicadores de desempenho para otimização dos processos administrativos de controle e coordenação do pessoal. Comenta-se que, talvez nunca, os problemas de confiabilidade metrológica, relacionados às incertezas observadas nos de sistemas de medição, ajustes e disponibilização de equipamentos, bem como de logística, de correção de deficiências nos métodos de padronização de trabalho, de adaptação física das facilidadesao meio ambiente, custo, etc., tivessem sido evidenciados com tanta clareza. Enfim, faltava, em termos mais amplos, desenvolver novas abordagens, que tratassem, de uma forma mais efetiva, das interações dos recursos físicos com os requisitos organizacionais, intrinsecamente relacionados às funções de produção e manutenção orientadas ao desenvolvimento dos métodos de avaliação da qualidade e confiabilidade de produtos e serviços, bem como da necessidade de realização de mudanças culturais identificadas. Desse cenário, é fácil deduzir que, também, as percepções de perigos, riscos e impactos à segurança física humana e patrimonial já contavam com todo um histórico acumulado demandando desenvolvimento científico e tecnológico para referenciar os esforços a serem feitos ainda no curso da própria guerra e posteriormente, em particular, sob a intensa pressão de preocupação com a sobrevivência das futuras gerações. Em suma, havia uma demanda bastante diferenciada de reflexão e racionalização dos problemas a serem enfrentados. Mas faltava, ainda, resolver muitos problemas de flexibilização dos processos de comunicação interpessoal, que “pareciam” antever o intenso desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação e da Informática que viriam mais adiante. rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight 5 Assim, hoje, tem-se a impressão que, naquela época, essa história teria encontrado um estágio razoável de compreensão para justificar a busca de equilíbrio e harmonia no funcionamento das organizações dos sistemas produtivos em geral. Primeiro entre os problemas de produção e de controle da qualidade, e um pouco mais tarde, com a manutenção sendo reconhecidas em suas necessidades de integração, o que refletiria, por exemplo, na realização do intenso esforço pós-guerra de reconstrução do Japão e, em especial, no contexto de desenvolvimento da Manutenção Produtiva Total (TPM). Enfim, as duas funções produção e manutenção, que até então pareciam viver com conflitos frequentes, finalmente haviam encontrado uma boa oportunidade, apoiadas pela filosofia de qualidade total e pelos estudos em confiabilidade, para resolver o problema de integração para adaptação dos seus papeis e estreitamento dos seus laços essenciais. Mas, não acabava aí, pois, após essa experiência, foi preciso intensificar as reflexões, lá pelos idos dos anos 70, em níveis mais amplos de interação dos sistemas sociais, principalmente para entender o que acontecia de diferente entre os comportamentos interculturais e multiculturais nas configurações dos grupos de trabalho humano visando resolver problemas de diferenças entre os resultados de produtividade e competitividade que se verificavam, comparativamente, entre as características de desenvolvimento das nações. Por exemplo, atribuindo-se a diferenças observadas entre as culturas do Japão e dos países ocidentais, em face das comparações de performances que apresentam. Em particular, com respeito a forma como o Japão teria se apropriado do grande potencial de conhecimento de estatística aplicável, não apenas, para controle das rotinas operacionais, mas, por exemplo, para resolução de problemas mais complexos como, em geral, os de aplicação a estudos de confiabilidade e nos projetos de delineamento de experimentos, dentre outros, nos contextos de desenvolvimento do sistema produtivo da Toyota. Interessante notar que as próprias forças armadas americanas haviam contribuído bastante com o desenvolvimento teórico nessa área de conhecimento durante a guerra, pois, por exemplo, elas próprias desenvolveram seus próprios procedimentos de inspeção por amostragem e publicaram também normas para o emprego do Controle Estatístico de Processos, ambos com procedimentos para aplicação, na busca de soluções para seus problemas de controle da qualidade de produtos e processos de manufaturados. A transferência de todo esse conhecimento, fez parte dos programas de ajuda à reconstrução do Japão. Mas, muitas explicações de sucesso maior na adoção prática das técnicas pelo Japão comparado aos países ocidentais, em particular, os EUA, só seriam encontradas em justificativas envolvendo diferenças culturais identificadas. rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight 6 Criou-se então, uma espécie de parceria conceitual para o desenvolvimento de aplicações da estatística, não somente em problemas de controle da qualidade, mas em outras áreas de pesquisa operacional. Estas ferramentas avançaram, rapidamente e em mão dupla, repercutindo amplamente na realização dos trabalhos de manutenção. Tal avanço, encontraria, mais tarde, nas demandas de desmaterialização e informatização de procedimentos e processamentos de cálculos, grandes oportunidades de aplicação, no desenvolvimento de artefatos de HW menores e mais velozes como de mentefatos de SW para estruturação de sistemas de processamento de gestão de informação, para análise e coordenação e otimização dos processos de trabalho. Essas novas possibilidades deram materialidade às teias de relacionamento espaço-tempo, em realizações de encaixes e desencaixes de localizações de operações, processos de transformação e de gestão da produção, controle da qualidade, e manutenção, por exemplo, em tempo real, das organizações em redes. Mas, em meio a tanta mecanização invadindo o cotidiano, muitos sentimentos de desumanização surgiram e continuam surgindo de uma forma muito semelhante ao que aconteceu em outros períodos de transformação acelerados e precisam ser enfrentados. Atividade 1 – Atende ao objetivo 1 Antes de prosseguir com a leitura desta aula, convidamos você a reler e fazer uma lista de 10 frases curtas sintetizando o que foi desenvolvido nas Seções 3.1 Marcos no domínio da técnica de produção, 3.2 Marcos no domínio da técnica de manutenção e 3.3 Marcos no domínio da organização, da Aula 4 “fertilizando” suas reflexões sobre a narrativa que foi apresentada, anteriormente, sem perder de vista o desenvolvimentos da Helicoidal de conhecimento apresentada. FIM 2- MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL A Manutenção Produtiva Total, em inglês Total Productive Maintenance (TPM) é um conceito de manutenção introduzido no Japão, no início da década de 70, como uma marca registrada do Japan Institute of Plant Maintenance (JIPM). De acordo com Saraiva Cabral (2011) e Palmeira e Tenório (2002), o seu aspecto mais distintivo é o envolvimento participativo do pessoal da produção na função manutenção explorando o fato do operador ser aquele que melhor conhece a máquina e detém posição soberana para lhe criar as melhores condições de funcionamento e operação em geral. Pereira (2011, p.29) registra a origem da TPM, nos Estados Unidos, para demarcar a herança histórica deixada ao Japão pelos consultores americanos que participaram dos esforços de reconstrução da economia daquele país, após o fim da Segunda Guerra Mundial. A herança foi configurada por via da difusão de uma mudança de rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight 7 abordagem da Manutenção Corretiva para Manutenção Preventiva, que fez parte de uma primeira iniciativa, também chamada PM (Preventive Maintenance) na empresa Toa Nenryo Kogo, em 1951. Desde então, passou-se a discutir mais intensamente a importância da Mantenabilidade e suas consequências para o trabalho de manutenção, bem como as relações com outros conceitos como Confiabilidade, operando como fatores chave de sucesso para melhoria de eficiência na função manutenção e na função produção e nos impactos em resultados de produtividade, qualidade e custos, dentre outros. É nesse percurso, de mudança de abordagem da Gestão da Manutenção, que a TPM ganha corpo comoMetodologia de Gestão e configura-se como um sistema “fundamentado no respeito individual e na total participação dos empregados”. Nota: Na Norma ABNT NBR 5462-1994, a mantenabilidade é definida como: “a capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condições de executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a manutenção é executada sob condições determinadas e mediante procedimentos e meios prescritos.” A confiabilidade de um sistema pode ser definida como “a capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições especificadas, durante um intervalo de tempo”. Uma nota acrescenta: “O termo “confiabilidade” também é usado como uma medida de desempenho de confiabilidade”. A TPM, em todas as suas versões se destaca pelo foco de aplicação prática, que preconiza ser sempre de orientação à participação de todos nas organizações do trabalho. Contudo, estratégica e operacionalmente e em termos metodológicos, a TPM, na forma como hoje é conhecida, tem seu ponto alto de desenvolvimento baseado na associação de duas vertentes principais de evolução da gestão da qualidade, exploradas a seguir. As vertentes da Gestão da Qualidade O chamado “modelo japonês” de Controle Total da Qualidade (Total Quality Control - TQC) estabelece um conjunto de princípios e ações básicas para implantação com aplicação de “ferramentas” de apoio ao controle da qualidade. Esta concepção que tem ênfase especial no uso do Ciclo PDCA e métodos de controle estatístico de processos (CEP), foi difundida naquele país, particularmente, pelo estatístico americano Wiliam Eduards Deming. Esta iniciativa que visava à gestão da qualidade na solução de problemas mais específicos, difundiu, também, seus 14 princípios de administração da qualidade em associação com outras técnicas de matemática e estatística aplicadas em sintonia com o modelo. Exemplo Na forma de difusão mais simples, fazia-se com que as famosas 7 (sete) ferramentas básicas do controle da qualidade fossem ensinadas e usadas por todos nas empresas e, pelo menos, outras 7 (sete), de maior complexidade, fossem também ensinadas aos gerentes (Ishikawa, 1993), em todos os níveis hierárquicos. Outras rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight 8 metodologias com Kamban, Manufatura Enxuta (Lean Manufacture), Kaizen, Círculo de Controle da Qualidade (CQC), 5S, etc. também foram associadas a essa vertente de treinamento provendo um amplo suporte de apoio técnico às experiências da TPM, para aplicação geral. Figura 9.1 – Sete ferramentas da qualidade Disponível em: https://www.google.com/search?q=ferramentas+da+qualidade&source=lnms&tbm= isch&sa=X&ved=2ahUKEwidy4zw- 43pAhX2D7kGHXfyACYQ_AUoAXoECA8QAw&biw=1366&bih=695#imgrc=CzcLxTtpy TXzrM O chamado modelo de Gestão da Qualidade Total dos EUA (Em inglês, Total Quality Management – TQM) tem sua origem muito identificada com as obras dos conhecidos como gurus da qualidade. Estes profissionais, que, inicialmente, desenvolveram suas carreiras bastante influenciadas pelo desenvolvimento do modelo funcionalista estrutural, fizeram revisões significativas de suas abordagens, em decorrência das experiências de sucesso observadas no modelo japonês. Destaca-se, nesse contexto, as mesmas contribuições dadas por Deming ao Japão. Mas, sua perspectiva maior, de alcance total, foi estabelecida na obra de Armand V. Feigenbaum (1986), que formulou os princípios do que também denominou TQC. Essa perspectiva foi, aos poucos, assimilando lições aprendidas com o modelo japonês, buscando reproduzir alguns dos seus pontos fortes. Também, para o que nos interessa, vale destacar a obra de Joseph Juran, guru que ficou conhecido como o pai da qualidade. Juran exerceu muita influência tanto na formulação inicial do TQM quanto nos seus desenvolvimentos posteriores. Registre-se ainda que, no ano de 1989, com a publicação do livro “Juran na Liderança pela Qualidade”, esse autor realizou uma profunda revisão na sua obra, que ajudou a estabelecer um diálogo muito satisfatório entre as culturas administrativas da qualidade do modelo japonês e dos países ocidentais. A trilogia Juran, contemplando: planejamento, controle e melhoria, sendo aplicada como alternativa ao PDCA, assim como o “mapa rodoviário” de planejamento da qualidade, entre outras contribuições, se tornaram no pensamento administrativo contemporâneo. Como consequência, hoje bastante comemorada, para integração do TQC e TQM, destacam-se os redirecionamentos estratégicos que viriam a acontecer nas organizações dos Sistemas de Gestão da Qualidade orientados pelos https://www.google.com/search?q=ferramentas+da+qualidade&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwidy4zw-43pAhX2D7kGHXfyACYQ_AUoAXoECA8QAw&biw=1366&bih=695#imgrc=CzcLxTtpyTXzrM https://www.google.com/search?q=ferramentas+da+qualidade&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwidy4zw-43pAhX2D7kGHXfyACYQ_AUoAXoECA8QAw&biw=1366&bih=695#imgrc=CzcLxTtpyTXzrM https://www.google.com/search?q=ferramentas+da+qualidade&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwidy4zw-43pAhX2D7kGHXfyACYQ_AUoAXoECA8QAw&biw=1366&bih=695#imgrc=CzcLxTtpyTXzrM https://www.google.com/search?q=ferramentas+da+qualidade&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwidy4zw-43pAhX2D7kGHXfyACYQ_AUoAXoECA8QAw&biw=1366&bih=695#imgrc=CzcLxTtpyTXzrM 9 padrões da ISO9000, particularmente, na padronização de emprego do PDCA e focalização nos processos, como princípio administrativo. ATIVIDADE (Atende ao objetivo 2) Convidamos você a fazer uma leitura do artigo “Aplicação das Ferramentas da Qualidade em uma panificadora como método de melhoria do processo produtivo: Estudo de caso”, de autoria de Freitas et.al. (2014), localizado no endereço a seguir. Observe, criteriosamente, o potencial de aplicação do conteúdo apresentado para aplicação nas atividades de manutenção em geral. http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_TN_STO_196_109_26161.pdf Ao final da leitura, descreva, resumidamente, as relações que você identifica entre parâmetros indicativos de volumes, tempos e velocidades e indicadores, em geral, observáveis no processo produtivo. Descreva, também, os indicadores relacionados a perdas de qualidade, que podem ser mapeadas nos ciclos de produção de lotes de pães com apoio das ferramentas de qualidade. FIM Resumo: Considerando as influências das duas vertentes sobre a TPM e seus encontros na literatura pertinente, pode-se afirmar que, atualmente, a TPM, como metodologia, vem se realimentando das perspectivas Japonesa e Ocidental. Além disto as duas abordagens se realimentam da evolução da TPM, que tem hoje um grande desafio para adaptação às demandas de alinhamento com, por exemplo, o desenvolvimento da Indústria 4.0, dentre outros. Por ora, maiores detalhamentos das características e demandas de adaptação e integração das vertentes aqui apresentadas, fogem ao escopo deste curso. Adicionalmente, recomendamos visitar os links a seguir para familiarização ou recordação de ensinamento sobre Gestão de Qualidade. Machado, Simone Silva M149g Gestão da qualidade / Simone Silva Machado. – – Inhumas: IFG; Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2012. 92 p. :il. http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_prd_industr/tec_acucar_alcool/1610 12_gest_qual.pdf 2.1 DEFINIÇÃO DE TPM Segundo Slack, N.al (1995, p.790), num enunciado focalizado em ocorrências de falhas em equipamentos e estrito senso quanto ao modo de se pensar em facilidades da infraestrutura de transformação física, enuncia que “Manutenção é o termo usado para cobrir o modo no qual as organizações tentam evitar falhas tomando cuidado das suas facilidades físicas”. http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_TN_STO_196_109_26161.pdfhttp://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_prd_industr/tec_acucar_alcool/161012_gest_qual.pdf http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_prd_industr/tec_acucar_alcool/161012_gest_qual.pdf rachel Highlight 10 Com base na diferenciação funcional, que o autor faz/produz, das atividades de manutenção e, apoiado em (Nakajima, S (1988) apud Slack, N et al (1995) a TPM, na visão dos autores, fica definida como: “a manutenção produtiva conduzida por todos os empregados e atividades de pequenos grupos” Em que a manutenção produtiva é a: “...gestão da manutenção que reconhece a importância de confiabilidade, manutenção e eficiência econômica no projeto da planta” Como resultado, expondo-se conceitual e pragmaticamente, um campo de definição bastante amplo e aberto para o pensamento em gestão da manutenção e sua integração à gestão das operações em geral. Complementando o enunciado, os autores esclarecem ainda que no Japão, a TPM é vista como extensão natural da evolução da Manutenção Corretiva para Manutenção Preventiva, conforme descrito em aulas anteriores, tendo cinco (5) objetivos principais: 1- Melhorar a eficácia do equipamento; 2- Alcançar a manutenção autônoma; 3- Fazer o plano de manutenção; 4- Treinar todo pessoal (staff) em habilidades relevantes em para manutenção; e 5- Estabelecer um gerenciamento inicial do equipamento. Atenção! Convidamos você a refletir sobre o que foi dito por esses autores e a frase tantas vezes dita e ouvida apresentada em outras aulas: “O todo é “maior”/ “diferente” das somas das partes”. De acordo com Saraiva Cabral (2006), o perfil geral da TPM, que faz jus à intencionalidade de alcance Total do modelo, caracteriza-se pela: 1- Busca da maximização da eficiência global dos equipamentos. Em ingles OEE- Overall Equipment Efficiency; [voltaremos a este indicador] 2- Sistema total que englobe todo o ciclo de vida útil do equipamento; 3- Sistema em que participam os quadros técnicos da produção e da manutenção; 4- Sistema que congrega a participação de todos os da alta direção até aos últimos operacionais das organizações; e rachel Highlight 11 5- Movimento motivacional, na forma de trabalho de grupo, através da condução de atividades voluntárias. Esse autor vê ainda, como objetivo principal, “a eliminação das falhas, defeitos e outras formas de perdas e desperdícios”, assumindo também uma antiga visão de representação de falhas, que mostra a figura de um “iceberg” ou de uma “fábrica de defeitos/problemas” que acompanha um “fábrica de bons produtos/ soluções”, numa reflexão popularizada por Juran, para simbolizar duas partes distintas: uma “visível, a que realmente produz produtos com qualidade, e a outra invisível, que só produz perdas” à sociedade. Pereira (2011) acrescenta que: O objetivo global da metodologia TPM é criar um ambiente que propicie as melhorias contínuas na utilização dos ativos da empresa, como máquinas operatrizes, equipamentos em geral, ferramental, postos de trabalho, e unidades em geral. Nessa visão, com relação aos colaboradores, o aumento da capacitação profissional, por meio da aquisição de novos conhecimentos, habilidades e atitudes, é potencializado. Segundo Saraiva Cabral (2006), as grandes perdas são classificadas como sete (7) grandes perdas: 1- Perdas por avaria/falha – paradas acidentais; 2- Perdas por mudança de produto e ajuste – set-up; 3- Perdas devido à ferramenta ou moldes; 4- Perdas por pequenas paragens e funcionamento sem carga; 5- Perdas por quebra de velocidade/aumento do ciclo de tempo; 6- Produtos por produtos defeituosos e retrabalho; e 7- Perdas no arranque/partida de máquinas. Pereira (2011) acrescenta que, sobre as perdas por paradas acidentais, pode-se pensar uma ideia de “perda zero” ou “zero defeito” associada à metáfora do iceberg, segundo a qual tem-se a imagem de que perdas e defeitos deixam de ser detectadas devido a motivos físicos e psicológicos: No primeiro caso, por não serem visíveis, por alguma razão, no segundo, devido à falta de interesse ou de capacitação dos operadores ou mantenedores. 2.2 OS OITO PILARES DO TPM A literatura sobre TPM costuma mostrar 8 pilares sobre as quais os programas de TPM são desenvolvidos. Uma breve visita às imagens do endereço abaixo permite formar uma primeira visão da representação desses pilares: 12 Figura 9.2 Os oito pilares da TPM. (elaborado pelos autores) De acordo com Pereira (2011, p.31) Os pilares tradicionais da metodologia são: - Manutenção Autônoma; - Manutenção planejada; - Controle inicial; - Melhoria Específica; - Educação e Treinamento; - TPM Office - Em área administrativa; - Segurança e Meio ambiente; e - Qualidade. De acordo com Coneglian et.al (2017), a metodologia, muitas vezes, é entendida de forma errônea quando se compreende sua aplicação de forma restrita às atividades de manutenção do estado físico do equipamento. Por isso, para se alcançar os ganhos ao nível geral, deve-se iniciar pelo pilar de Manutenção Autônoma, a ser aplicado diretamente ao time principal, que é o das operações, pois os melhores resultados só deverão ser alcançados quando se adota a metodologia em toda sua abrangência em todas as esferas de ação dentro da planta. Por isso, idealmente, os operadores funcionais lato senso, que não estão nos níveis de maior contato com a obrigação de recuperação física de falhas em equipamentos (“de por a mão na massa), como, por exemplo, alguns operadores “gerentes”, também deverão, nos limites de suas participações nas atividades de execução (do fazer), de “por a mão na massa”, dar suas participações no cuidar, inspecionar, limpar, lubrificar ao seu alcance, independentemente de hierarquias, além disso, deverão colaborar para difundir essa atitude para todo pessoal. Trata-se, portanto, de adotar uma atitude rachel Highlight 13 estreitamente alinhada com os mesmos princípios que demarcam muitos discursos em defesa da implantação do TQC ou TQM. 2.3 OS RESULTADOS PROPOSTOS De acordo com Coneglian et.al (2017) os resultados propostos para a TPM são: “Dentro das metas da manutenção produtiva total, podem ser classificadas as perdas de acordo com alguns fatores e itens de controle, são eles: Qualidade – Q (Quality): Redução do nível de produtos defeituosos e redução do número de reclamações internas e externas; Produtividade – P (Productivity): Aumento do volume de produção por operadores, aumento da disponibilidade operacional das máquinas e redução de paradas acidentais das máquinas; Custo – C (Cost): Economia de energia, redução do custo de manutenção ao longo do tempo, simplificação do processo (redução de etapas), redução do volume estocado. Atendimento – D (Delivery): Aumento do cumprimento do prazo; Moral – M (Motivation): Aumento do número de sugestões, redução do absenteísmo, eliminação dos acidentes de trabalho, melhoria da qualificação e empregabilidade; e Meio Ambiente – S (Safety): Redução/eliminação de impactos ambientais e de gastos com tratamento de rejeitos e emergências.” A esses resultados, Palmeiras e Tenório (2002) acrescentam os exemplos de resultados intangíveis descritos como: - Autogestão plena – os operadores em suas funções assumem as responsabilidades pelos equipamentos. Recorrem menos aos Departamentos de Manutenção. - Confiança: pela eliminação de falhas e defeitos; - Ambiente de trabalho: limpo e agradável; e - Melhoria da imagem da empresa. A definição e monitoramento de indicadores, para acompanhamento de dimensões dos resultados propostos, devem servir à avaliação de evolução das performances organizacionais e das ações de melhoria da implantação do Programa TPM. De um modo geral, cada pilar em operação assumirá a “carga”de algumas perdas, que vão sendo eliminadas por meio da utilização de ferramentas e metodologias que as englobam. 2.3.1 A MANUTENÇÃO AUTÔNOMA 14 De acordo com Kardec e Ribeiro (2002), a Manutenção Autônoma consiste em desenvolver, nos operadores, o sentimento de propriedade e zelo pelos equipamentos e a habilidade de inspecionar e detectar problemas em sua fase incipiente, e até realizar pequenos reparos ajustes e regulagens. Esta necessidade deve-se aos seguintes fatores: Com a introdução de equipamentos automatizados, cada operador tende a conviver com um número maior de equipamentos, de forma que o conhecimento das falhas passa a ser retardado; Com o equipamento gasto e a quantidade de pó e sujeira aumentando, a incidência de problemas e reclamações de qualidade aumenta; A produção em pequenas quantidades com grande variedade aumenta as perdas devido às mudanças de linha; Apesar dos avanços tecnológicos da atividade de controle a distância e computadorizados, e com a robotização os problemas de vazamento, derramamento, obstrução de linha e acessórios continuam existindo A sensibilidade e a habilidade dos operadores para evitar que isso ocorra ou detectar o problema na sua fase inicial são fundamentais para o combate a possíveis problemas futuros. Além disso, os problemas de segurança, os impactos no meio ambiente e o lucro cessante provocado por falhas aumentam a necessidade de uma atenção permanente sobre o equipamento, o qual, indiscutivelmente, só poderá ser dispensada pelo próprio operador. Aos iniciantes no tema, muitas vezes a Manutenção Autônoma é confundida com “manutenção automatizada”. Ao tratarmos da TPM, esta é uma primeira dúvida que deve ser superada. Os objetivos da Manutenção Autônoma, portanto são: - Treinar operadores para detectar falhas; - Capacitar operadores para entenderem os objetivos, funções e estruturas dos equipamentos nas melhores condições (uso do equipamento em suas capacidades limites; -Disciplinar operadores a seguirem os procedimentos operacionais. O ponto alto da integração das equipes de produção é o compartilhamento de tarefa que produz um processo de “ganha-ganha”, além de ambos os lados tenderem a ter suas funções enriquecidas. 2.3.2 A MANUTENÇÃO PLANEJADA rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight 15 Para serem eliminadas as perdas de quebras de equipamentos provenientes de falhas, pequenas paradas, e tratar as anormalidades, devem ser utilizadas algumas estratégias provenientes do TPM que estão incluídas no pilar de manutenção planejada, além de transformar todo o método de manutenção corretiva em manutenção planejada, a fim de tratar os problemas antes das ocorrências. 2.4 DESENVOLVIMENTOS DE INDICADORES A primeira estratégia é definir e implementar todos os indicadores necessários aos controles e avaliações, com base em uma representação adequada das estruturas organizacionais, físicas e normativas e, também, com mapeamentos dos produtos, operações e processos do sistema produtivo. 2.4.1 – INDICADORES GERAIS Alguns exemplos de indicadores são: KAI’s (Key Activities Indicator) e KPI’s (Key Performance Indicator) dentro do pilar de manutenção planejada, que conectam diretamente a missão e a visão da companhia. Os indicadores são representados por gráficos, números, planilhas, geralmente quantitativos, que permitem que a companhia possa fazer um gerenciamento e tornar visíveis esses dados, ou seja, implementar uma gestão visual para indicar a saúde de determinado processo, ferramenta ou metodologia. Segundo Coneglian, B. O.et al (2017), pelos indicadores, a empresa pode obter o monitoramento dos processos produtivos, o gerenciamento das atividades, o acompanhamento das metas e dos objetivos. Além disso, também é possível mostrar tendências, identificar fatores de risco, focalizar ações de melhorias e validar ações implementadas. “Key Activities Indicator” (KAI): são indicadores de atividades ou de ferramentas que são utilizados para fazer a gestão de processos no dia a dia e, que vão ajudar a entrega da performance, em busca da high performance de uma organização. “Key Performance Indicator” (KPI): são indicadores, geralmente, chamados de “macros”, porque, por meio do monitoramento de pequenas atividades (KAI’s), consegue-se entregar o resultado da melhor performance e, para medir a saúde dessa melhor performance, há esses indicadores, que se conectam diretamente com a missão e a visão da companhia. Alguns indicadores de performance (KPI’s) e indicadores de atividades (KAI’s) a serem gerenciados pela manutenção planejada são: rachel Highlight rachel Highlight rachel Highlight 16 MTBF (Medium Time Between Failure); MTBB (Medium Time Between Breakdowns); MTTR (Medium Time to Repair); RCM (Reliability-Centered Maintenance); e Gestão de Partes Sobressalentes. As definições destes indicadores podem ser encontradas na NBR5462 e na Aula 7. 2.4.2 CONTROLE DO RENDIMENTO DAS MÁQUINAS Saraiva Cabral (2006) afirma ser a preocupação com o controle de eficiência do rendimento das máquinas operatrizes constitui-se como a primeira característica de distinção da TPM, na medida em que, da busca de maximização do OEE, há sempre a exigência de se alcançar “e a perfeita clarificação do indicador, para um período de tempo” determinado. Usando a mesma nomenclatura do autor, o indicador OEE é definido pelo produto de quatro fatores de acordo com a expressão: OEE = DOP x ID x TQU x 100 em que: OEE = Overall Equipament Efficiency DOP = Disponibilidade operacional ID = Indicador de desempenho TQU = Taxa de qualidade O autor alerta que a ideia básica é atribuir, ao próprio operador da máquina, a responsabilidade primeira de controlar este indicador de TPM. Disponibilidade operacional (DOP) DOP = (TEO/JTR) x 100 ou DOP = [(JTR – Tpar) / JTR] x 100 JTR = Jornada de trabalho = (Tempo total disponível do equipamento) – (tempos de paragem planejadas, repouso ou qualquer intervenção planejada) TEO = Tempo efetivo de operação = JTR - Tpar Tpar = Somatório dos tempos de paragem não programadas (avaria, mudanças de ferramentas por avaria, ajustes e outras temporárias) Indicador de velocidade (VEL) O indicador de velocidade exprime a relação entre a velocidade efetiva da produção e a velocidade nominal da máquina. É dado pela expressão: 17 VEL = (TC nominal / TC efetivo) x 100 TCnominal = Tempo do ciclo nominal, igual ao tempo necessário para produzir uma unidade, ou conjunto, com a máquina funcionando na sua capacidade nominal. TCefetivo = Tempo do ciclo efetivo, igual ao tempo efetivamente necessário para produzir a mesma unidade. Indicador de tempo efetivo de operação (ITE) O ITE exprime o tempo em que a máquina funcionou, efetivamente, e é dado pela expressão ITE = Qe x TCe / JTR em que: Qe = Quantidade produzida TCe = Tempo do ciclo efetivo da Qe JTR = Jornada de Trabalho Atenção! Note-se que o ITE não exprime se o equipamento está produzindo menos que a quantidade possível. Observe que mesmo sendo as horas de produção reduzidas, com elas, apenas, verifica-se se o equipamento está ou não operando a 100% da sua capacidade nominal durante JTR. Indicador de desempenho (ID) O indicador de desempenho exprime o comportamento produtivo do equipamento e é dado pela expressão: ID = VEL x ITE Em que VEL e ITE são, respectivamente, os indicadores de velocidade e de tempo efetivo de operação anteriormente definidos. Taxa de qualidade (TQU) O índice da taxa de qualidade exprime a proporção de produtos aprovados em relação à quantidade total produzida. TQU = [(QT produzida – QT defeituosa)/ QT produzida] x 100 18 ESCLARECIMENTOS Na TPM, os indicadores anteriormente associados à apresentação do OEE, para determinar o nível de aproveitamento dos equipamentos, permitem quantificar as perdas operacionais do equipamento segundo vários aspectos operacionais e critérios de medição e avaliação dos “desempenhos” monitorados. Por exemplo, Saraiva Cabral (2006) informa que: 1 – “Cabe observar que cada ponto percentual ganho no rendimento global terá, obrigatoriamente, que traduzir-se num aumento proporcional dos produtos produzidos com qualidade”, portanto, tornando o “controle da qualidade” do trabalho de manutenção um desafio de tomada de decisão multiobjetivo a ser abordado pelos gestores em todos os níveis hierárquicos. 2 – Como ilustração dessa demanda de gestão, de acordo com o indicador, por exemplo, “se os três componentes: Disponibilidade operacional, Desempenho e Qualidade apresentarem o percentual de 80%, teria um rendimento operacional de 51%. Portanto, produzindo com quase 50% de sua capacidade e com praticamente os mesmos custos em pessoal e energia”. 3 – A respeito do modo como as empresas de classe mundial costumam operar, afirma o autor que estas procuram alcançar: DOP > 90% VEL > 95% e TQU > 99% em busca de alcançar o OEE superior a 85%. 2.5 AS ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DA TPM De acordo com Palmeira e Tenório (2002, p,103), normalmente a TPM é implantada em quatro fases: 1) Preparação; 2) Introdução; 3) Implantação; e 4) Consolidação. A preparação compreende: 1) Declaração da decisão de implantação da TPM pela alta administração; 2) Educação, treinamento e divulgação da TPM para implantação; 3) Organização da promoção da TPM e estabelecimento de um modelo; 4) Estabelecimento de diretrizes básicas e objetivos da TPM; 5) Identificação de grandes perdas; 6) Definição de índices relativos aos resultados propostos; e 7) Elaboração do plano mestre para desenvolvimento da TPM. 19 A Introdução compreende: 1.1 Lançamento do projeto empresarial. A Implantação compreende: 3.1 Sistematização para elevação do rendimento produtivo. 3.2 Melhorias específicas; 3.3 Manutenção autônoma; 3.4 Manutenção Planejada; e 3.5 Educação e treinamento. 3.6 Gestão antecipada. 3.7 Manutenção da qualidade. 3.8 Melhoria dos processos administrativos. 3.9 Segurança, saúde e meio ambiente. A consolidação compreende: 4.1 Execução plena da TPM. Recomendações: Primeira Dado que, em termos de gestão da implantação do programa, a previsão temporal dos momentos e recursos materiais e financeiros para abordagem de cada pilar deva escolher estratégicas anteriores aos ciclos de implantação inicial e de melhorias do programa e ser, de preferência, feita a tomada de decisão estratégica antes de se iniciar. Segunda Recomenda-se que, dependendo da estratégia de abordagem e das especificidades da implantação de cada pilar, os ciclos de desenvolvimento do Programa TPM devem seguir modelos administrativos consagrados tais como, por exemplo, Modelo Interativo de Gestão “natural’ de Monchy, observando-se sempre a importância da adoção e aplicação sistemática do Ciclo PDCA e/ou Trilogia Juran, ou similar, associados com todo o aparato de “ferramentas” disponíveis na literatura consagrada, sempre na busca de aperfeiçoamento contínuo, em todos os níveis de abordagem dos processos de estruturação física e institucionalização para sistematização das ações organizacionais estratégicas e operacionais. 20 ATIVIDADE 3 (Atende ao objetivo 3) A exemplo da atividade anterior, convidamos você a fazer uma leitura do artigo “A Total Productive Maintenance (TPM) Approach to Improve Overall Equipament Efficiency”, de autoria de Shingh Rajput, Hemant et. al. (2012), localizado no endereço a seguir. http://www.ijmer.com/papers/Vol2_Issue6/CV2643834386.pdf Analise, criteriosamente, as fórmulas e a memória de cálculo apresentada e verifique a equivalência dos parâmetros calculados com as fórmulas apresentadas, nesta aula. No curso da análise, observe: a) Que há um erro de montagem da expressão no cálculo do indicador Performance efficiency (PE) = 2,72 x 11000/627,5 x 100 = 79,4 %. Contudo, fornecendo o resultado de 79,4 %, que está correto. b) Observe, ainda, que há, no texto indicado, a alternativa de se desenvolver o calculo de PE usando a expressão: Performance efficiency (PE) = Speed efficiency x Rate efficiency Em que: Speed Efficiency = ICT/ACT e Rate Efficiency = (PA x AT)/OT Que, a nosso ver, precisaria ser melhor explicada. Questões: Observados os dois pontos acima 1 – Com base no que antecedeu à apresentação do cálculo em (a), descubra e descreva o motivo do erro cometido; 2 – Compare o desenvolvimento das fórmulas apresentadas no texto indicado tomando como referência o desenvolvimento das fórmulas apropriadas de Saraiva Cabral (2006) e apresentadas nesta aula. Observe as diferenças e aproximações terminológicas entre ambas as notações usadas e justifique suas equivalências: PE = Speed efficiency x Rate efficiency e ID = VEL x ITE FIM Soluções: Questão 1: Resposta Colocar o primeiro membro da expressão entre parênteses, dividir por 627,5 x 60 e multiplicar o resultado dessa divisão por 100. http://www.ijmer.com/papers/Vol2_Issue6/CV2643834386.pdf 21 Questão 2: Resposta – As equivalências podem ser justificadas. Fazendo: O artigo calcula PE como sendo PE = ((TCT x PA) / OT) x 100 Speed efficiency = ICT / ACT TCT é o tempo de ciclo teórico = 2, 72 min/MT, calculado com base na capacidade projetada para o processo. PA é a quantidade processada no mês. OT é o tempo de operação por mês. ICT é o ciclo de tempo ideal ACT é o ciclo de tempo real Saraiva Cabral (2006) informa que VEL = (TC nominal / TC efetivo) x 100 e que, a ITE só informa se o equipamento está funcionando aquém da sua capacidade nominal. Logo, no artigo, se ITE = 1, assumindo-se que o equipamento estava operando com o ciclo de tempo efetivo igual ao nominal, pois, ITE = Qe x TCe / JTR = Qe = 100% Logo, para que Qe = PA, com ICT=TCT, foi considerado que ID = VEL, portanto, que PE=VEL=79,4% Com as perdas no Tempo real (AT) sendo “devido a máquina funcionar a uma velocidade mais baixa que a velocidade projetada por causa de vibração e de manutenção imprópria, também devido a ociosidade e menos interrupções etc.” conforme explicado no artigo. Observe que a referência básica para a realização dos cálculos é dada pela “capacidade alvo da máquina de granalhagem” correspondente a 22 MT/h, a partir da qual o cálculo do “ciclo de tempo teórico (TCT)” é determinado. Por fim, observar que, no artigo, o cálculo final de OEE será dado por: OEE = Disponibilidade x Eficiência da Performance x Taxa de Qualidade = 0,8715 x 0,794 x 0,98 x 100 = 66,4 % Com a Disponibilidade e a Taxa de Qualidade sendo calculadas de uma maneira idêntica ao livro. 22 3.CONCLUSÃO TPM pode ser analisada, no contexto histórico em que surgiu e como se desenvolveu, desde então, com a representação da helicoidal do conhecimento, na sequência de estratégicas que integraram o domínio das técnicas de manutenção e de produção com as de organização. Na concepção de TMP, são exploradas novas interfaces entre as funções da organização (produção, manutenção e controle de qualidade) com foco em indicadores de confiabilidade. No caso da TPM, destaca-se a iniciativa de aperfeiçoamento de modelos de gestão da manutenção, com a integração de fundamentos do funcionalismo estrutural e de “ferramentas da qualidade” e outras técnicas específicas. A finalidade, perseguida em jornadas de aperfeiçoamento contínuo, é o aumento da produtividade, por meio da adoção das perspectivas de manutençãoautônoma, de redução e prevenção falhas e de perdas, em geral, com reflexos nos controles de custos, impactam a produtividade. A análise do indicador OEE permite compreender a teoria e prática vem sendo desenvolvidas em projetos/programas de implementação da TPM. 4.0 RESUMO TPM constitui-se como um modelo de gestão que busca o alinhamento da função da manutenção, em todos os contextos operacionais, com a filosofia de gestão da qualidade total, que vai sendo estrategicamente desenvolvido com referência a 8 pilares de sustentação A difusão da TPM visa alcançar, a partir do foco na missão da função manutenção, todo o escopo de operacionalidade das estruturas e ações organizacionais de todo o sistema de produtivo Há um foco no controle da eficiência, qualidade e confiabilidade influenciando a produtividade, no projeto, operação e manutenção total das instalações e equipamentos das plantas físicas. TPM tem como fundamento principal, a diferenciação da função produção, e com isto, a preocupação com a necessidade de prevenção de falhas e redução de perdas, em geral, de modo a, sempre que possível e viável, eliminar as ações corretivas em favor da introdução de ações preventivas. TPM dedica atenção especial aos fatores que impactam administração dos tempos de suas produções de serviços, por ser o consumo do tempo um dos fatores que mais afetam os custos operacionais das organizações produtivas. Na TPM, o acompanhamento dos OEEs, tanto em operações em separado, quanto conjunta dos equipamentos, bem como sob a os fundamentos dos princípios de gestão autônoma, constituem-se como estratégia fundamental de aprendizagem e aperfeiçoamento do modelo. 23 5.0 Informações sobre a próxima aula Na próxima aula, o tema é organização do trabalho de manutenção orientada pelo desdobramento de objetivos estratégicos, aos níveis operacionais. A intenção é discutir o alinhamento dos objetivos em cada nível de operação aos resultados de performances organizacionais. Isto se consegue com o desdobramento de ações de planejamento, controle e avaliação das rotinas, a operação e com os processos de melhoria e com atuações profissionais institucionalizadas. Pretende-se, de forma complementar, explorar algumas demandas de gestão alinhadas com as iniciativas oficiais de governança global da sustentabilidade e de compromissos de responsabilidade social corporativa com apoio da helicoidal de construção de conhecimento. 6. Referências Bibliográficas Cabral, João Paulo, S. Organização e Gestão da Manutenção.6ª ed. Lisboa – Porto: Lidel Edições Técnicas, Lda, 2006. Coneglian, B. O.et al. TPM – Total Productive Maintenance: structuring of planned maintenance to “ZeroBreaks”(2017). Ling. Acadêmica, Batatais, v. 7, n. 2, p. 107-124, jan./jun. 2017 Disponível em: https://www.google.com/search?q=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productiv e+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80 %9CZeroBreaks%E2%80%9D&oq=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productiv e+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80 %9CZeroBreaks%E2%80%9D&aqs=chrome..69i57.4753j0j8&sourceid=chrome&ie=UT F-8 Acessado em: 25/10/2019. Feigenbaum, A. V. Total Quality Control. Nova Iorque: McGraw-Hill, 3ª ed. 1986. Freitas et. al. Aplicação das Ferramentas da Qualidade em uma panificadora como método de melhoria do processo produtivo: Estudo de caso. Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_TN_STO_196_109_26161.pdf IshiKawa, Kaori. Controle da Qualidade Total à maneira Japonesa, Rio de Janeiro: Campos, 1993. Kardec, Alan e Ribeiro, Haroldo – Gestão estratégica e manutenção autônoma. Rio de Janeiro: Qualitymark: ABRAMAN, 2002. https://www.google.com/search?q=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&oq=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&aqs=chrome..69i57.4753j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?q=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&oq=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&aqs=chrome..69i57.4753j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?q=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&oq=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&aqs=chrome..69i57.4753j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?q=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&oq=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&aqs=chrome..69i57.4753j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?q=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&oq=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&aqs=chrome..69i57.4753j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?q=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&oq=TPM+%E2%80%93+%E2%80%9CTotal+Productive+Maintenance%E2%80%9D%3A+structuring+of+planned+maintenance+to+%E2%80%9CZeroBreaks%E2%80%9D&aqs=chrome..69i57.4753j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8 http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_TN_STO_196_109_26161.pdf 24 Machado, Simone Silva. Gestão da qualidade: IFG; Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2012. Disponivel em: http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_prd_industr/tec_acucar_alcool/1610 12_gest_qual.pdf . Acessado em 25/10/2019 Shingh Rajput, Hemant et. al.. A Total Productive Maintenance (TPM) Approach to Improve Overall Equipament Efficiency. International Journal of Modern Engineering Research (IJMER), Vol.2, Issue 6, Nov-Dec. 2012. Pp-4383-4386. ISSN:2249-6645. Disponível em: http://www.ijmer.com/papers/Vol2_Issue6/CV2643834386.pdf Acessado em:30/04/2020 Souza Neto, R. M. et al. Aplicação das sete ferramentas da qualidade em uma fábrica de blocos standard de gesso. XXXVII Encontro Nacional De Engenharia De Producao “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_239_385_34641.pdf Acessado em:25/10/2019. Pereira, Mario Jorge. Engenharia de Manutenção – Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 20111. Tenório, F. G. e Palmeiras, J. N. Flexibilização organizacional: aplicação de um modelo de produtividade total. Rio de Janeiro: Editora FGV: Eletronorte, 2002. LEITURA RECOMENDADA Camargo, Wellington. Controle de Qualidade Total. Instituto Federal do Paraná. Rede e-tec Brasil. Curitiba.2011. Disponível em: http://ead.ifap.edu.br/netsys/public/livros/LIVROS%20SEGURAN%C3%87A%20DO%2 0TRABALHO/M%C3%B3dulo%20I/Livro%20Controle%20da%20Qualidade%20Total.p df Acessado em 25/10/2019 http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_prd_industr/tec_acucar_alcool/161012_gest_qual.pdf http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_prd_industr/tec_acucar_alcool/161012_gest_qual.pdf http://www.ijmer.com/papers/Vol2_Issue6/CV2643834386.pdf http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_239_385_34641.pdfhttp://ead.ifap.edu.br/netsys/public/livros/LIVROS%20SEGURAN%C3%87A%20DO%20TRABALHO/M%C3%B3dulo%20I/Livro%20Controle%20da%20Qualidade%20Total.pdf http://ead.ifap.edu.br/netsys/public/livros/LIVROS%20SEGURAN%C3%87A%20DO%20TRABALHO/M%C3%B3dulo%20I/Livro%20Controle%20da%20Qualidade%20Total.pdf http://ead.ifap.edu.br/netsys/public/livros/LIVROS%20SEGURAN%C3%87A%20DO%20TRABALHO/M%C3%B3dulo%20I/Livro%20Controle%20da%20Qualidade%20Total.pdf
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