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Direito Administrativo - Lei 8.112/90

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DDiir reei it to o AAd dmmi inni issttrra ativ ti vo o - - e exxe errc cííc cios io s 
TTRRF F 1 1ª ª RREEGGIIÃÃO O - - a anna alli isstta a j juud diic ciár iá io ri o 
((jju uddi icci iáár ri ia a e e e exxe eccu uççã ão o d de e m maan ndda addo oss)) 
((aau ul la a 5 5 – – 1100//0033//22001111) ) 
Prezado(a) aluno(a), 
Nessa aula serão abordadas as seguintes matérias: 
• Lei n.º 8.112/90 (1ª parte): Do provimento, vacância, Dos direitos e
vantagens. 
Grande abraço e ótima aula, 
Armando Mercadante 
mercadante@pontodosconcursos.com.br 
 
 
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PPOONNTTO O 11 
LLe ei i 88. .111 122/ /9 90 0 ((1 1ª ª ppa artert e)) 
Disposições gerais (art. 5º ao 8º) 
1. (FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) A idade mínima para a
investidura em cargo público é de 
a) 20 anos. b) 21 anos. c) 16 anos. d) 18 anos. e) 14 anos. 
Conforme art. 5º da Lei 8.112/90, são requisitos básicos para investidura em cargo público: 
• a nacionalidade brasileira; 
• o gozo dos direitos políticos; 
• a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
• o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
• a idade mínima de dezoito anos; 
• aptidão física e mental. 
Portanto, resposta é letra d. 
Importante destacar que as atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros
requisitos estabelecidos em lei, sendo fundamental a observância, em especial, do princípio
da razoabilidade na fixação desses requisitos. Pense numa fase de concurso público que
envolva testes físicos. Na fixação do número de “barras” exigidos de homens e de mulheres, a
Administração Pública deve usar o bom sendo (razoabilidade) não exigindo o mínimo igual
para ambos os sexos, bem como não estipulando um limite muito elevado do padrão comum. 
No que se refere aos portadores de deficiência, conforme Lei 8.112/90, é assegurado o direito
de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até
20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
Atenção na prova: a Lei 8.112/90 não definiu que deve ser 20% o percentual de reserva, mas
sim que deverão ser reservadas ATÉ 20%. 
Quanto aos estrangeiros, as universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais poderão prover (preencher) seus cargos com professores, técnicos e
cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos da Lei 8.112/90. 
 
 
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Nomeação (art. 9º ao 10) 
2. (FCC/2010/TRE-AC/Analista Judiciário/Área Judiciária) Em relação ao provimento do
cargo público é correto afirmar que a nomeação far-se-á, dentre outras hipóteses, em
comissão, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira, inclusive na
condição de interino para cargos de confiança vagos. 
Tanto o ingresso num cargo efetivo como em comissão passam pelas seguintes fases:
NOMEAÇÃO (durante o prazo de validade - art. 9º) – POSSE (em até 30 dias contados da
nomeação - art. 13, §1º) – EXERCÍCIO (em até 15 dias contados da posse - art. 15, §1º). 
(FCC/2010/TRE-AC/Analista Judiciário/Área Judiciária) Em relação ao provimento do
cargo público é correto afirmar que a posse e o exercício ocorrerão no prazo de trinta
dias contados da publicação do ato de proclamação dos aprovados no concurso,
podendo ser prorrogado por igual prazo, uma única vez.(errada) 
Contudo, o cargo efetivo, seja isolado ou de carreira, exige concurso público para seu
preenchimento, ao passo que os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração.
Eis o erro da assertiva: “quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de
carreira”. 
Existe nomeação tanto para cargo efetivo como para cargo em comissão (art. 13, §1º). 
Já quanto à função de confiança, não haverá nomeação, mas sim designação. A expressão
nomeação deve ser usada para cargo e designação para função de confiança. 
A diferença entre cargo em comissão e função de confiança consta do art. 37, V, da CF: “as
funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento”. 
Melhor explicando.... função de confiança só pode ser desempenhada por servidor efetivo
(concursado); já os cargos em comissão podem ser ocupados por servidores efetivos
(concursado) e por particulares. O que ocorre no cargo em comissão é que a CF determinou
que cada ente federado (União, Estados, DF e Municípios) devem, por meio de lei, estipular um
percentual mínimo dos cargos em comissão que somente serão ocupados por servidores
efetivos de carreira. Então, por exemplo, no chutômetro.... dos 250 cargos em comissão do 
INSS, 20% deverão ser ocupados por servidores efetivos de carreira; o percentual restante
(80%), poderá ser ocupado tanto por servidor como por particulares. 
 
 
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 Nomeação é uma das sete formas de provimento previstas na Lei 8.112/90 (art. 8º). É a única
forma de provimento originário, sendo as demais derivadas, pois pressupõem um vínculo
prévio do servidor com o Poder Público. 
O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para
ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que
atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o
período da interinidade (art. 9º, parágrafo único). 
Pense na seguinte situação: você é servidor(a) da União e ocupa um cargo em comissão (é
Diretor de determinado órgão); um cargo em comissão de Diretor de outro órgão da União vaga
(o seu ocupante pediu exoneração); até que a União escolha o novo ocupante, você é
nomeado para ocupar interinamente (provisoriamente) esse cargo. Durante esse período de
acumulação, você ocupará os dois cargos, porém receberá em apenas um (você optará por
uma das duas remunerações). 
Vamos aproveitar essa questão para tratar de concursos públicos: 
O concurso público será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas
etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira,
condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando
indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente
previstas (art. 11). 
O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez, por igual período (art. 12). 
Cuidado!!!! A validade não é de 2 anos, mas sim pode ser fixada em ATÉ 2 anos. No edital não
constará o “até”, mas sim um limite determinado, que não poderá ultrapassar 2 anos: validade
de 30 dias, de 60 dias, de 1 ano, . ... 
 
A prorrogação é decisão discricionária da Administração Pública, ou seja, prorroga se entender
que é conveniente para o interesse público. Contudo, se prorrogar, deve ser pelo menos prazo
do primeiro período. Se a validade é de 1 ano, a prorrogação também deve ser por 1 ano. 
O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que
será publicado no Diário Oficial da União (no caso específico do DF, no Diário Oficial do DF) e
 em jornal diário de grande circulação. 
 
 
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(FUNIVERSA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DF/2007) Se, por conveniência da
administração, o prazo de validade de um concurso for prorrogado pormais dois anos,
isso impedirá que o administrador inicie outro processo de seleção para o mesmo cargo
durante o prazo de prorrogação, se ainda houver candidatos aprovados do certame
prorrogado que não tenham sido convocados para nomeação e posse. (correta) 
PPoos ss se e e e e exxe errc cíci íc io o ((a arrt t. . 1 13 3 a a 220 0) ) 
3. (FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) A posse em cargo
público independerá de prévia inspeção médica oficial, sendo ela realizada por ocasião
do exercício. 
 ocorre a investidura do servidor no cargo (art. 7º). Por meio da posse 
(Técnico Judiciário/2001/TRE/NCE) A investidura em cargo público ocorre com a posse.
(correta) 
A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. Só poderá ser
empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo
(art. 14 e seu parágrafo único). 
Portanto, a assertiva apresentada possui dois erros: 1) a posse depende de prévia inspeção
médica oficial; 2) a inspeção médica é realizada anteriormente ao ato de posse, portanto, em
data anterior ao exercício (o exercício ocorre em até 15 dias após a posse). 
A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento (da
nomeação). 
(FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A posse ocorrerá no
prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. (correto) 
Em se tratando de servidor que esteja na data de publicação do ato de provimento gozando de
uma das licenças ou afastamentos abaixo, o prazo será contado do término do impedimento: 
Licenças: 
• motivo de doença em pessoa da família; 
• serviço militar; 
• capacitação; 
• licença à gestante, à adotante e à paternidade; 
 
 
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• licença para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 meses, cumulativo ao longo do
tempo de serviço publico prestado à União, em cargo de provimento efetivo; 
• licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; 
• licença para capacitação, conforme dispuser o regulamento; 
• licença por convocação para o serviço militar. 
Afastamentos: 
• férias; 
• participação em programa de treinamento regularmente instituído, ou em programa de pós-
graduação stricto sensu no país; 
• júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
• deslocamento para a nova sede em caso do servidor ter exercício em outro município em
razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício
provisório; 
• participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação
desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica; 
O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no
assentamento individual do servidor (art. 16). 
A posse poderá dar-se mediante procuração específica. Ou seja, caso o servidor esteja
impossibilitado de comparecer no local da posse, poderá enviar outra pessoa, munida de
procuração com poderes específicos, para ser empossado em seu lugar. 
(FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) A posse poderá dar-se
mediante procuração específica. (correta) 
No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu
patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função
pública. 
É interessante destacar que só existirá posse se houver prévia nomeação para o cargo
(art. 13, §4º), significando que não há nem nomeação nem posse para função de confiança. 
(FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Haverá posse nos casos de
provimento de cargo por nomeação e comissão, dispensada nas hipóteses de acesso
(errada: I - a questão confunde conceitos, pois a nomeação é para cargo em comissão e
cargo efetivo; II - pois não existe mais acesso). 
(FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Só haverá posse nos casos
de provimento de cargo por nomeação. (correta) 
 
 
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No caso de função de confiança o servidor é designado e deve entrar em exercício no dia
em que for publicada sua designação (art. 15, §4º). 
Será tornado sem efeito o ato de provimento (no caso, a nomeação) se a posse não
ocorrer no prazo legal. 
4. (FCC/2010/TRE-AC/Analista Judiciário/Área Judiciária) Em relação ao provimento do
cargo público é correto afirmar que pela posse há o efetivo desempenho das atribuições da
função de confiança, sendo de trinta dias o prazo para o servidor aprovado em cargo público
entrar em exercício, contados da data do ato de provimento. 
O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público (seja efetivo ou em
comissão) ou da função de confiança (art. 15). 
Portanto, o primeiro erro da assertiva é afirmar que com a posse ocorre o efetivo desempenho
das atribuições da função de confiança. Na realidade, é com o exercício. 
O segundo erro diz respeito ao prazo de exercício. É de quinze dias o prazo para o servidor
empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. 
(FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) O prazo para o servidor
empossado em cargo público entrar em exercício será de 
a) 45 dias, contados da data da nomeação. 
b) 15 dias, contados da data da posse. 
c) 30 dias, contados da data da intimação pessoal do nomeado. 
d) 10 dias, contados da data da intimação pessoal do investido. 
e) 20 dias, contados da publicação do ato de proclamação de aprovação em concurso
público. 
O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação
para função de confiança, se não entrar em exercício no prazo legal (para cargo, 15 dias
contados da posse; para função de confiança, no dia em que for publicada a designação). 
(FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) A exoneração de ofício dar-
se-á, dentre outras hipóteses, quando, não tendo tomado posse, o servidor deixar de
entrar em exercício. (errada) 
(FUNIVERSA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DF/2007) Dá-se por meio de exoneração a
vacância de cargo efetivo quando o servidor empossado não entra em exercício no prazo
devido. Ademais, pode ser exonerado de cargo em comissão, a qualquer momento e a juízo
da autoridade competente, o servidor que exerça tal cargo mesmo há mais de dez anos.
(correta) 
 
 
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Você deve ter bastante atenção nesse ponto, pois há diferença entre nomeado que não
comparece para posse e empossado que não entra em exercício. 
Conforme já destaquei, a investidura ocorre com a posse. Portanto, anteriormente a esse
momento, o nomeado ainda não se vinculou ao cargo. Então, caso não compareça para a
posse, não podemos falar em exoneração. Se o nomeado não for empossado, nos termos
do art. 13, §6º, será tornado sem efeito o ato de provimento (no caso, a nomeação). 
Agora, se o empossado não entrar em exercício no prazo legal, como já existe vinculação
ao cargo, o mesmo será exonerado de ofício, conforme art. 15, §2º. 
(BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Se um indivíduo tomar posse em cargo público
federal, mas não entrar em exercício no prazo legal, será tornado sem efeito o ato de posse.
(errada) 
A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento
na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor (art. 17). 
O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido,
redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez
e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do
efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o
deslocamento para a nova sede. 
(Técnico Judiciário - TRT 1ª região - 2004) Removido para ter exercício em outroMunicípio, o servidor deverá se apresentar, para a retomada do efetivo desempenho
das atribuições do cargo, num prazo mínimo, em dias, de: 
a) 5; b) 8; c) 10; d) 12; e) 15. 
(FCC/2010/TRE-AC/Analista Judiciário/Área Judiciária) Em relação ao provimento do
cargo público é correto afirmar que o servidor que deva ter exercício em outro município em
razão de ter sido posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta
dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das
atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a
nova sede. (correta) 
Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo será
contado a partir do término do impedimento, sendo ainda facultado ao servidor declinar dos
referidos prazos. 
Quanto à jornada de trabalho, ressalvada a duração do trabalho estabelecida em leis
especiais, os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições
pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de
quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas
diárias, respectivamente (art. 19). 
 
 
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O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral
dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. 
Estágio probatório (art. 20) 
5. (FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) A exoneração de ofício dar-
se-á, além de outras hipóteses, quando não satisfeitas as condições do estágio probatório. 
A assertiva está correta, trazendo a regra prevista no art. 34: “A exoneração de cargo efetivo
dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício. Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: 
I) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; II) quando, tendo tomado posse, o
servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido”. 
Durante o estágio probatório aptidão e capacidade dos servidores serão objeto de avaliação
para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: 
• assiduidade; 
• disciplina; 
• capacidade de iniciativa; 
• produtividade; 
• responsabilidade. 
Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão
constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores
enumerados acima. 
De acordo com o que está escrito no art. 20 da Lei 8.1112/90, o servidor está sujeito a estágio
probatório de 24 meses, em que pese doutrina, jurisprudência e a própria prática administrativa
revelarem que o estágio probatório é de 36 meses (3 anos). 
Inclusive, recentemente, a jurisprudência da Terceira Seção do STJ modificou sua posição
quanto ao tema (MS 12.523-DF, julgado em 22/4/2009), perfilhando-se com o entendimento
externado pelo STF por meio do Min. Gilmar Mendes nos julgamentos das Suspensões de
Tutela Antecipada nºs 263, 264, 310 e 311 "A nova ordem constitucional do art. 41 é
imediatamente aplicável. Logo, as legislações estatutárias que previam prazo inferior a
três anos para o estágio probatório restaram em desconformidade com o comando 
 
 
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constitucional. Isso porque, não há como se dissociar o prazo do estágio probatório do
prazo da estabilidade”. 
Dessa forma, STF e STJ comungam o entendimento de que o prazo do estágio probatório
é de 3 anos! 
O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável em cargo
anteriormente ocupado, reconduzido a este. Referido tema - recondução - será abordado
mais adiante. 
O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em
comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de
lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de
Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. 
Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as seguintes licenças
e afastamentos: 
Licenças: 
• por motivo de doença em pessoa da família; 
• por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
• para o serviço militar; 
• para atividade política. 
(Técnico Judiciário - TRT 1ª região - 2004) Ao servidor em estágio probatório poderá
ser concedida licença para: 
a) curso de capacitação; b) exercício de atividade política; 
c) trato de interesses particulares; d) desempenho de mandato classista; 
e) apresentação de trabalho artístico. 
Afastamentos: 
• exercício de mandato eletivo; 
• estudo ou missão no exterior; 
• curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na
Administração Pública Federal. 
O estágio probatório ficará suspenso durante as seguintes licenças e afastamentos: 
 
 
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Licenças: 
• motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou
madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu
assentamento funcional; 
• acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território
nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
Legislativo; 
• atividade política. 
Afastamentos: 
• servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á
com perda total da remuneração. 
• participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento. 
Estabilidade (arts. 21 e 22) 
6. (FCC/GEMDP/EP/2006) O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo
de provimento efetivo adquire estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de
efetivo exercício. 
Nos termos do art. 41 da CF, são estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
(ESAF/TFC/SFC/2000) São requisitos simultâneos para a aquisição de estabilidade no
serviço público, exceto: 
a) declaração de idoneidade financeira 
b) três anos de efetivo exercício 
c) aprovação em concurso público 
d) nomeação para cargo de provimento efetivo 
e) aprovação em avaliação especial de desempenho 
O servidor público estável só perderá o cargo: 
• em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
• mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
• mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa; 
• quando excedido o limite de despesas com pessoal ativo e inativo fixado em lei
complementar (art. 169, §4º, da CF). 
 
 
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(ESAF/Gestor Público/MARE/1999) Nos termos em que atualmente a Constituição
disciplina a matéria, a estabilidade no serviço público 
a) gera para o servidor estável o direito a permanecer em disponibilidade, com
remuneração integral, no caso de extinção do seu cargo, até seu aproveitamento em
outro. 
b) é adquirida após 3 anos de efetivo exercício, pelos servidores concursados nomeados
para cargos de provimento efetivo ou em comissão. 
c) não poderá ser adquirida pelos estrangeiros que, na forma da lei, possam ter acesso aos
cargos públicos. 
d) somente poderá ser adquirida pelos integrantes das carreiras consideradas essenciais à
administração da Justiça. 
e) não impede a perda do cargo do servidor estável, na hipótese de verificar-se excesso de
despesa com pessoal ativo em relação aos limites estabelecidos em lei complementar.(DPE/PI/Defensor/2009) O servidor público estável apenas perderá o cargo em razão de
decisão judicial. (errada) 
(FUNIVERSA/ADASA/2009/ADVOGADO) Relativamente à estabilidade dos servidores
públicos prevista na Constituição Federal, assinale a alternativa correta. 
a) A estabilidade é adquirida somente após três anos da nomeação pelos ocupantes de
cargo efetivo em virtude de concurso público. 
b) O servidor estável pode perder o cargo mediante avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei ordinária, assegurada ampla defesa. 
c) Em virtude de sentença judicial, o servidor estável perderá o cargo. 
d) O servidor estável poderá perder o cargo em razão do excesso de despesa com
pessoal, nos termos previstos na Constituição Federal. 
e) Será examinada por comissão específica a necessidade de avaliação especial de
desempenho para a aquisição da estabilidade. 
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o 
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a 
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
Mais adiante estudaremos os institutos da reintegração e da recondução. 
(ESAF/ANALISTA/MPOG/2001) Invalidada por sentença judicial a demissão de servidor
estável, será ele reintegrado. O eventual ocupante de sua vaga, se estável, será: 
a) posto em disponibilidade com remuneração integral 
b) aproveitado em outro cargo 
c) reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização. 
d) aposentado, com proventos proporcionais 
e) exonerado, com indenização proporcional ao tempo de serviço 
(Cespe/Analista Judiciário TST/2003) Sérgio, após aprovação em concurso público e
quatro anos de espera, foi nomeado para o cargo de agente administrativo em determinado
órgão federal. Com 22 meses de efetivo exercício, houve uma reforma administrativa e o
referido cargo foi extinto. Nessa situação, Sérgio será posto em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até que seja aproveitado em outro cargo
cujas atribuições e vencimentos sejam compatíveis com os do cargo anteriormente
ocupado. (errada) 
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço (ATENÇÃO: não é 
 
 
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tempo de contribuição, mas sim de serviço!!!), até seu adequado aproveitamento em outro
cargo. 
(ESAF/AFRF/2003) A declaração de desnecessidade de cargo público, prevista no
parágrafo 3º do artigo 41 da Constituição Federal, implica: 
a) disponibilidade do servidor, estável ou não. 
b) demissão do servidor não estável. 
c) disponibilidade remunerada proporcionalmente ao tempo de contribuição. 
d) extinção do cargo público. 
e) eventual aproveitamento do servidor colocado em disponibilidade em outro cargo. 
Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
FFoor rmma as s d de e p prro ovvi imme ennt to o e e d dee vva accâ ânnc ci ia a ((a arrt t. . 2 24 4 a a 335 5) ) 
7. (FCC/2010/TRE-AC/Analista Judiciário/Área Judiciária) Em relação ao provimento do
cargo público é correto afirmar que a recondução é a reinvestidura do servidor efetivo ou
comissionado no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua aposentadoria por decisão administrativa ou judicial, sem
ressarcimento de eventuais vantagens. 
A assertiva está equivocada, pois a definição apresentada não é de recondução. 
Na realidade, o conceito indicado é de reintegração, porém é preciso ressaltar que este
instituto não é aplicado relativamente a cargos em comissão, mas somente a cargos efetivos,
além de o retorno se com ressarcimento de todas as vantagens.. 
Ou seja, em resumo, o primeiro erro da questão está na palavra “recondução”. Para consertar
a questão, temos que substituir essa expressão por “reintegração”, excluir a palavra
“comissionado” e substituir “sem ressarcimento de eventuais vantagens” por “com
ressarcimento de todas as vantagens”. 
Ainda nessa explicação abordarei a reintegração, mas antes vamos estudas as formas de
provimento e de vacância. 
Você tem que saber para a prova quais são as formas de provimento e de vacância. Veja o
quadro a seguir: 
 
 
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Formas de provimento Formas de vacância 
Nomeação Exoneração 
Promoção Promoção 
Readaptação Readaptação 
Reversão Demissão 
Aproveitamento Aposentadoria 
Reintegração Posse em outro cargo inacumulável 
Recondução Falecimento 
(Técnico Judiciário/2001/TER/NCE) Assinale a alternativa que não reflete uma das
formas de provimento de cargo público previstas na Lei nº 8.112/90: 
a) Nomeação b) Reintegração c) Recondução d) Reversão e) Acesso 
(Técnico Judiciário/2001/TRE/NCE) De acordo com a Lei nº 8.112/90, não é hipótese de
vacância do cargo público: 
a) exoneração; b) readaptação; c) demissão; d) reversão; e) promoção. 
Observe que promoção e readaptação aparecem nas duas colunas, sendo tanto forma de
provimento como de vacância. 
Vamos analisar primeiro as formas de provimento: 
a) nomeação: conforme já dito, é a única forma de provimento originária, pois para ocorrer
não exige um vínculo prévio do nomeado com o Poder Público. Há nomeação para cargo
efetivo e para cargo em comissão. A legislação não indica expressamente um prazo para
nomeação, mas é certo que ela deve ocorrer, no caso de cargo efetivo, durante o prazo de
validade do concurso público. A nomeação para cargo efetivo pressupõe aprovação em
concurso público. Já a nomeação para cargo em comissão é livre, devendo-se observar,
contudo, a súmula vinculante nº 13 do STF que veda o nepotismo (quanto a esta súmula ver
questão nº 8). 
b) promoção: significa mudança de classe dentro de uma mesma carreira. A Lei 8.112/90,
apesar de indicar a promoção como forma de provimento e de vacância, não regulamenta o
assunto. 
c) readaptação: ocorre quando o servidor passa ocupar outro cargo por força de limitação
física ou mental que tenha sofrido (art. 24). As atribuições desse novo cargo devem ser
compatíveis com as restrições físicas e mentais do servidor. Caso a limitação do servidor seja
confirmada em inspeção médica e o Poder Público identifique cargo compatível com essa
limitação, ainda que não haja cargo vago, o servidor irá exercer as funções na condição de
excedente até a ocorrência da vaga (art. 24, §2º). Teríamos, por exemplo, um órgão com 10
cargos e 11 servidores (10 + 1 excedente). 
 
 
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(TRF1/JUIZ/2009/CESPE) Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições
e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental, verificada em inspeção médica. (correta) 
(TRF1/JUIZ/2009/CESPE) Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições
e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental, verificada em inspeção médica. (correta) 
d) reversão: é o retorno do servidor aposentado (art. 25). Não ocorrerá quando o servidor
foi aposentado pela compulsória (70 anos de idade). Temos duas espécies de reversão: I)
servidor que aposentou por invalidez e os motivos da aposentadoria foram declarados
insubsistentes por junta médica oficial. Nesse caso, ainda que não haja cargo vago, o servidor
retorna e trabalha como excedente; II) servidor que aposentou voluntariamente e faz o
pedido para retornar ao serviço. A decisão do Poder Público quanto ao retorno desse servidor
é decisão discricionária, ou seja, dependerá de interesse da Administração. Outros requisitos
são: o servidor era estável em atividade; a aposentadoriaocorreu nos cinco anos anteriores
ao pedido de reversão; e haja cargo vago. 
(Técnico Judiciário/2001/TRE/NCE) O retorno ao serviço do servidor aposentado é
denominado: 
a) Reversão; b) Recondução; c) Reintegração; d) Aproveitamento; e) Readaptação. 
e) aproveitamento: é o retorno do servidor que estava em disponibilidade em cargo de
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado (art. 30). Imagine um
servidor estável cujo cargo foi extinto. Ele ficará em disponibilidade (“em casa”, recebendo
proporcional ao tempo de serviço) até ser aproveitado (retornar para ocupar outro cargo com
atribuições compatíveis). 
f) reintegração: é o retorno do servidor que foi demitido ilegalmente com ressarcimento de
todas as vantagens (art. 28). A anulação da demissão ocorre por força de decisão judicial ou
administrativa. A Lei 8.112/90 restringe a reintegração ao servidor estável, porém a
jurisprudência entende que o servidor não estável, caso seja demitido ilegalmente, poderá
também ser reintegrado. Determinada a reintegração, se o cargo do servidor estiver
ocupado, este eventual ocupante deixará o cargo para que seja ocupado pelo
reintegrado. Caso não exista mais, o servidor ficará em disponibilidade até ser aproveitado. 
g) recondução: para entender recondução você deve pensar num servidor federal estável
ocupando seu cargo. Só que esse servidor, por força de concurso público, é nomeado para
outro cargo, seja este municipal, estadual ou federal. Como os dois cargos são inacumuláveis o
servidor resolve assumir o segundo cargo, requerendo vacância no primeiro para “posse em
outro cargo inacumulável”. Antes de completar 3 anos neste cargo, ou seja, antes de tornar-se
estável, se dois fatos ocorrerem o servidor poderá retornar ao cargo de origem: I) se for
reprovado no estágio probatório; II) se o anterior ocupante, que deixou o cargo por ter 
 
 
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sido demitido, retornar ao cargo por força de reintegração. Nessas duas hipóteses, o
servidor será exonerado do seu atual cargo (vacância) e reconduzido para o cargo de
origem (provimento). 
(FUNIVERSA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DF/2007) O servidor estável que, tendo pedido
exoneração do seu cargo, tome posse no cargo de escrivão da Polícia Civil do DF, mas seja
considerado inabilitado no respectivo estágio probatório, poderá ser investido novamente,
por ato de recondução, no cargo do qual se exonerara. (errada) 
A jurisprudência tem admitido outra hipótese de recondução: quando o servidor requer
exoneração no segundo cargo desistindo expressamente do estágio probatório. Há
inclusive súmula administrativa no AGU nesse sentido (súmula administrativa nº 16). Veja a
questão abaixo cobrada na prova do CESPE cuja assertiva está correta, para surpresa de
muitos concurseiros: 
(DPU/Defensor Público/2007/CESPE) Paulo, servidor público federal, detentor de cargo
efetivo de auditor fiscal da previdência social, já havia adquirido a estabilidade no serviço
público quando foi aprovado em concurso público para o cargo de analista do TCU, no qual
tomou posse, assumindo a função em 15/1/2007. Nessa situação, conforme jurisprudência
dos tribunais superiores, Paulo pode requerer a sua recondução ao cargo que ocupava
anteriormente até 15/1/2009, mesmo sendo bem avaliado no estágio probatório em curso.
(correta) 
Agora analisaremos as formas de vacância, lembrando que promoção e readaptação já foram
comentadas acima: 
a) exoneração: o servidor poderá ser exonerado de cargo efetivo ou de cargo em comissão a
pedido ou a juízo da autoridade competente (de ofício), conforme art. 35 da Lei 8.112/90.
Lembrar na prova que exoneração não é punição disciplinar! Outra informação importante é
saber que não há exoneração de função de confiança, mas sim dispensa a pedido do servidor
ou de ofício. 
(FCC/2010/TRF - 4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) A exoneração de cargo
efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício. (correta) 
 (FCC/2010/TRF /4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) A dispensa de função de
confiança, dentre outras hipóteses, dar-se-á a juízo da autoridade competente. (correta) 
(Técnico Judiciário - 2001 - TRE: NCE) Uma das punições que não podem ser
aplicadas aos servidores pela Administração Pública é: 
a) destituição de cargo em comissão; b) exoneração; c) suspensão; 
d) advertência; e) cassação de disponibilidade. 
b) demissão: é uma das formas de punição disciplinar previstas na Lei 8.112/90. Será objeto
de comentários na aula sobre regime disciplinar. As hipóteses de demissão estão indicadas no
art. 132. Importante destacar, desde já, que não há demissão de cargo em comissão ou função
de confiança, mas sim destituição. 
 
 
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c) aposentadoria: o servidor será aposentado compulsoriamente aos 70 anos de idade,
voluntariamente ou por invalidez permanente. As regras constam do art. 40 da CF e serão
abordadas oportunamente. 
d) posse em outro cargo inacumulável: diferentemente do que ocorre no pedido de
exoneração, em que há rompimento do vínculo do servidor com o cargo, no pedido de vacância
para posse em outro cargo inacumulável não há rompimento do vínculo, mas sim
suspensão do vínculo, o que possibilitará eventual recondução. 
e) falecimento: no caso de morte do servidor, os dependentes farão jus à pensão mensal (art.
215). O tema será tratado no último encontro. 
 
RRemooç o,em çã ed st, r di ão re tr buis ri ui ãoib iç o e ubçã e s bs itsu st ti tuuiçã iç o ( ão arrt . 3(a t. 6 a 39) 36 a 3 9) 
8. (TRF5/Técnico/FCC/2007) É correto afirmar que o servidor público federal substituto
assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício,
entre outros, da função de direção, nos impedimentos legais ou regulamentares do
titular, hipótese em que 
(A) deverá continuar recebendo a remuneração do cargo de provimento efetivo. 
(B) receberá os vencimentos da função em substituição durante um período de 30 (trinta) dias. 
(C) deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. 
(D) deverá optar pelo vencimento de um deles a ser recebido pelo período de 60 (sessenta)
dias. 
(E) receberá o vencimento da função em substituição durante o respectivo período. 
Substituição 
Demonstrando preocupação com a eficiência no serviço público, a Lei 8.112/90, em seu art. 38,
determinou que os servidores que ocupem cargos ou funções de direção/chefia tenham
substitutos previamente definidos. 
Dessa forma, no caso de ausências ou vacância do cargo os substitutos devem
automaticamente assumi-lo, evitando a interrupção na prestação do serviço público. 
- Quais servidores terão substitutos? 
 
 
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Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo
de Natureza Especial (cargos de natureza especial são cargos em comissão do alto escalão,
como exemplo, Presidente do Banco Central). 
- Como serão indicados os substitutos? 
No regimento interno. Caso este seja omisso, serão previamente designados pelo dirigente
máximo do órgão ou entidade. 
- Quando ocorrerá a substituição? 
Nos casos de afastamento, impedimento legal ou regulamentar do titular e na vacância do
cargo 
- Como ocorrerá a substituição? 
O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo ou função de confiança,
acumulando com o cargo que ocupa. 
- Como é paga a remuneração do substituto no caso de substituição? 
Respondendo a assertiva apresentada para estudo (gabarito: letra c) . ............... duas situações 
devem ser analisadas: I) substituição inferior a trinta dias consecutivos: deverá optar pela
sua remuneração ou pela retribuição do cargo em comissão/função de confiança; II) substitu-
ição superior a trinta dias consecutivos: acumulará sua remuneração coma retribuição do
cargo em comissão/função de confiança proporcionalmente aos dias de efetiva substituição. 
(CESPE/TRT/MT/2010) A substituição é hipótese excepcional na qual o servidor, ao ocupar a
vaga do titular, poderá acumular, temporariamente, a remuneração de seu próprio cargo
e do cargo que assumiu cumulativamente, independentemente do número de dias de
efetiva substituição. (errada) 
Remoção 
Quando o tema da questão for remoção, muito cuidado para não confundi-la com
redistribuição, instituto previsto no art. 37 da Lei 8.112/90. 
Em sala de aula destaco para meus alunos que na remoção desloca-se o servidor, enquanto
na redistribuição o cargo, que pode estar ocupado ou não. 
 
 
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Portanto, associe remoção a deslocamento de servidor e redistribuição a deslocamento
de cargo. 
A Lei 8.112/90, em seu art. 36, traz o seguinte conceito de remoção: “deslocamento do
servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de 
sede”. 
(CESPE/TRT/BA/2010) A remoção a pedido ocorre somente se houver interesse da
Administração. (errada) 
Referido dispositivo, em seu parágrafo único, traz as modalidades de remoção: 
I - de ofício, no interesse da Administração: a remoção de ofício é aquela que ocorre sem
pedido do servidor. A Administração, por meio de ato discricionário (daí a expressão “no
interesse”), decide remover o servidor por considerar que tal medida atenderá ao interesse
público. 
II - a pedido, a critério da Administração: nessa modalidade o servidor faz o requerimento de
remoção, cujo deferimento dependerá também de decisão discricionária da Administração.
Portanto, as duas primeiras modalidades são discricionárias. 
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
surge a modalidade de remoção, também a pedido do servidor, porém vinculada. Aqui o Poder
Público não pode negar o pedido de remoção do servidor se os requisitos estiverem presentes.
É por causa dessa modalidade de remoção que a assertiva ora comentada está errada, pois há
remoção a pedido que independente do interesse da Administração. Ocorrerá nas seguintes
hipóteses: 
(CESPE/TRT/BA/2010) A remoção a pedido ocorre somente se houver interesse da
Administração. (errada) 
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi
deslocado no interesse da Administração: cuidado, pois se o cônjuge ou companheiro
requereu o deslocamento não haverá obrigatoriedade na remoção (deixará de ser vinculada); 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às
suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por
junta médica oficial: como exemplo, imagine que o servidor está lotado numa cidade muito fria
do sul do país e por conta desse clima seu problema respiratório está agravando. 
 
 
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c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados
for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou
entidade em que aqueles estejam lotados. 
Redistribuição 
Eis suas principais características: 
• é o deslocamento de cargo de provimento efetivo (ocupado por meio de concurso
público), ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou
entidade do mesmo Poder; 
• ocorre de ofício para ajustar a lotação dos servidores às necessidades dos serviços,
inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. 
: • para que ocorra devem estar presentes os seguintes requisitos 
I - interesse da administração (decisão discricionária); 
II - equivalência de vencimentos; 
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; 
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; 
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; 
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou
entidade. 
VVeen ncci imme ennt to o e e rre emmu unne erra aççã ão o ((a arrt t. . 4 40 0 a a 448 8) ) 
9. (FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) Remuneração é a retribuição
pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado pela autoridade hierárquica
superior. 
A assertiva apresentada está errada pelos seguintes motivos: I) retribuição pelo exercício de
cargo público é a definição de vencimento; II) os valores não são fixados pela autoridade
hierárquica superior, mas sim por meio de lei. 
Vamos estudar vencimento e remuneração.... 
 
 
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A Lei 8.112/90 em seus arts. 40 e 41 traz respectivamente os conceitos de vencimento e
remuneração: 
- Vencimento: é a retribuição pecuniária, ou seja, em dinheiro, pelo exercício de cargo
público, com valor fixado em lei. 
(FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) Vencimento é a
remuneração do cargo efetivo, descontadas as vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei. (errada) 
Quanto a esse ponto, peço seu cuidado com duas pegadinhas de concurso público: 1ª) o
vencimento não remunera emprego público, mas sim cargo público; 2ª) a fixação de
vencimento, bem como as posteriores modificações, dependem de lei específica. É o que diz
o art. 37, X, CF: “a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art.
39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem
distinção de índices”.
- Remuneração: é o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei. 
Pode estar certo(a) que o que vou dizer agora é questão de prova: nenhum servidor receberá
remuneração inferior ao salário mínimo (art. 41, § 5o). A Lei 8.112/90 foi alterada e não mais
diz vencimento, mas sim remuneração. 
Portanto, o vencimento do servidor pode ser inferior ao salário mínimo, havendo vedação
quanto à remuneração! Pegadaça de prova....muito cuidado!!! 
Tal conclusão também é extraída da leitura da súmula vinculante nº 15 do STF: “Os artigos 7º,
IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da remuneração
percebida pelo servidor público”. 
A referida lei também determina que o vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens de caráter permanente, é irredutível. Na realidade, esse comando já consta do
art. 37, XV, CF: “o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts.
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I”.
(FCC/2010/TRF - 4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) O vencimento do cargo
efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível. (correta) 
 
 
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(FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) O vencimento e a
remuneração do cargo efetivo, são redutíveis, não podendo contudo, o servidor receber
menos que dois salários mínimos. (errada) 
Observe que a regra da irredutibilidade de vencimentos não é absoluta, pois comporta
exceções previstas no texto constitucional. 
Quanto à isonomia de vencimentos, a redação do art. 41 da Lei 8.1112/90 é bem mais
elucidativa do que a do art. 37, XII, CF. 
Compare os dois dispositivos: 
“Art. 41, §4º. É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de
trabalho”. 
“Art. 37, XII. osvencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo”. 
O que extrair desses dois artigos para a prova? Se dois servidores desempenham funções
iguais ou assemelhadas, a CF lhes assegura a isonomia de vencimento, independentemente
de trabalharem no mesmo Poder ou em Poderes diferentes. 
Qual a pegadinha de prova? A isonomia não é de remuneração, mas sim de vencimento,
pois as vantagens pessoais são ressalvadas no art. 41. 
 
Dessa forma, dois digitadores, um do Poder Executivo e outro do Legislativo, ao
desempenharem as mesmas atribuições, terão os mesmos vencimentos (eu digo em sala que
é a primeira linha do contracheque), porém, não necessariamente terão a mesma remuneração
(vencimento + vantagens pecuniárias permanentes), pois um pode ter mais tempo de serviço
que o outro e ter acumulado qüinqüênios, por exemplo. Ou seja, apesar de o vencimento ser o
mesmo, a remuneração será diferente. 
No seu art. 42, a Lei 8.112/90 trata dos limites remuneratórios dos servidores. Ignore o caput
desse artigo e estude a matéria pelo o art. 37, XI, CF: 
“XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo
e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e
o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte 
 
 
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e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos”. 
Creio que ficará mais fácil estudar esse inciso por meio do quadro abaixo: 
TETO REMUNERATÓRIO 
Subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal 
SUBTETOS 
União Ministros do STF 
Estados e
Distrito
Federal 
Poder Executivo Governador 
Poder Legislativo Dep. Estaduais/Distritais 
Poder Judiciário Desembargadores do TJ (limitado a 90,25%** dos
subsídios dos Min. do STF) 
Municípios Prefeitos 
* o teto não pode ser ultrapassado, mas pode ser igualado, significando que é legítimo que
servidor receba remuneração idêntica ao subsídio dos Ministros do STF. 
** esse limite também é aplicável aos membros do MP, Defensores Públicos e Procuradores. 
Algumas considerações importantes sobre esses limites remuneratórios: 
1) Estão abrangidas pela regra todas as espécies remuneratórias e vantagens recebidas pelos
servidores, com exclusão das parcelas indenizatórias. Veja o que diz o art. 37, § 11, CF:
“Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI
do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei”. 
A Lei 8.112/90 prevê como parcelas indenizatórias: diárias, ajuda de custo, transporte e
auxílio moradia. 
Contudo, há parcelas de caráter remuneratório que são excluídas desses limites, conforme
preceitua art. 42, parágrafo único, da referida lei, a saber: gratificação natalina; adicional
pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; adicional pela prestação
de serviço extraordinário; adicional noturno e adicional de férias. 
Além dessas, estão fora do limite do teto remuneratório, dentre outras: abono de permanência
em serviço (art. 40, §19, CF) e remuneração de magistrados e membros do MP pelo
exercício de magistério. 
2) Esses limites são aplicáveis à União, Estados, DF e Municípios, bem como às suas
respectivas autarquias e fundações públicas. Relativamente às empresas públicas e
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, nos termos do art. 37, §9º, CF, referidos
limites apenas serão aplicáveis se receberem recursos da administração direta para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
 
 
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3) Fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às
respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio mensal dos
Ministros do STF, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais e Distritais e dos Vereadores (art. 37, §12, CF); 
 
4) No julgamento da ADIMC 3.854/DF (28.02.07), o STF considerou inconstitucional a
distinção feita entre magistrados federais e magistrados estaduais. Se você verificar o
quadro acima perceberá que o limite dos magistrados federais é o subsídio dos Ministros do
STF, enquanto os magistrados estaduais têm como o subteto o subsídio dos
Desembargadores do TJ, que por sua vez é limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do
STF. Diante dessa decisão, não há mais aplicação do limite referido para magistrados
estaduais e também para desembargadores do TJ (que afinal de contas são
magistrados). Esses, portanto, não possuem mais subteto, mas apenas teto constitucional. 
Ultrapassados os comentários sobre teto e subtetos constitucionais, vamos tratar
especificamente de hipóteses de perda de remuneração e incidência de descontos. 
Quanto à perda da remuneração, o art. 44 da Lei 8.112/90 determina que o servidor perderá: 
a) a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; 
b) a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas,
ressalvadas as concessões de que trata o art. 97 (doação de sangue, alistamento como eleitor,
casamento, falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,
enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos), e saídas antecipadas, salvo na hipótese de
compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida
pela chefia imediata. 
Em seu parágrafo único ressalva que as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou
de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício. 
Quanto aos descontos, preceitua o art. 45 que, salvo por imposição legal (ex: imposto de
renda) ou mandado judicial (ex: pensão alimentícia), nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração ou provento. 
(FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Taquigrafia) Salvo por imposição
legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
(correta) 
 
 
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Cuidado para não confundir na prova o conteúdo desse art. 45 com o do art. 48 assim redigido:
“o vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial”. 
(FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) A remuneração e o provento
poderão ser, em qualquer caso, objeto de arresto, sequestro ou penhora. (errada) 
(TRE/MT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/CESPE/2010) Acerca do que dispõe a Lei n.º 
8.112/1990 e alterações em relação a vencimento, remuneração e vantagens, assinale
a opção correta. 
a) Vencimento corresponde à retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público efetivo,
acrescida das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
b) Podem ser concedidas ao servidor público, além do vencimento, gratificações e
indenizações, as quaisnão se incorporam ao vencimento para qualquer feito. (as
gratificações incorporam) 
c) Somente lei pode impor a incidência de desconto sobre remuneração ou provento do
servidor. (decisão judicial também) 
d) O servidor público não faz jus ao adicional pela prestação de serviço extraordinário. (o
servidor faz jus a horas extras) 
e) O vencimento pode ser objeto de penhora apenas nos casos de prestação de
alimentos resultante de decisão judicial. 
Preste atenção que nesse último artigo não há referência à imposição legal, mas tão somente
a ordem judicial. 
Além disso, mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de
pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos (ex:
empréstimos consignados). 
As reposições (decorrem de pagamentos feitos a maior pelo Poder Público) e indenizações
(quando o servidor causa prejuízo ao Poder Público, como, por exemplo, servidor que danifica
veículo oficial) serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao
pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a
pedido do interessado. 
Algumas regras devem ser observadas para efeito reposição e indenização: 
- o valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a 10% da
remuneração, provento ou pensão; 
- quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da
folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela. 
- na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela
antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até
a data da reposição. 
 
 
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Quando o servidor que estiver em débito com o Poder Público for demitido, exonerado ou que 
tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para
quitar o débito, sob pena de inscrição em dívida ativa para cobrança pela Procuradoria Federal. 
(FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) O servidor em débito com o
erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade
cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (correta) 
(FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) O servidor em débito com o
erário, que for demitido, terá que quitar o débito no ato da exoneração, vedado prazo ou
parcelamento da dívida. (errada) 
VVaan ntta agge enns s: : i innd deen niiz zaaç çõõe es s ((a arrt t. . 4 49 9 a a 660 0--EE)) 
10. (FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Não será concedida ajuda
de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. 
A assertiva está correta, pois é a reprodução do art. 55 da Lei 8.122/90. 
No art. 49 constam as vantagens pagas para ao servidor federal: indenizações, gratificações 
e adicionais. 
Quanto a essas vantagens, guarde as seguintes informações para sua prova: indenizações
não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito, enquanto as
gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e 
condições indicados em lei. 
É importante que decore quais são as indenizações: ajuda de custo, diárias, transporte e
auxílio-moradia. 
Vamos analisar cada uma das indenizações: 
- Ajuda de custo: 
É devida quando o servidor, no interesse do serviço, é deslocado para nova sede com
mudança de domicílio em caráter permanente. Se o servidor requerer o deslocamento não
fará jus à indenização. 
Também receberá ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da União, for nomeado
para cargo em comissão, com mudança de domicílio. 
 
 
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Contudo, não terá direito à indenização o servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em
virtude de mandato eletivo. 
Agora, caso o servidor não se apresente injustificadamente na nova sede no prazo de 30
(trinta) dias ficará obrigado a devolver a ajuda de custo. 
O objetivo de seu pagamento é compensar as despesas do servidor com a instalação em
seu novo domicílio. 
Será calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância
correspondente a 3 (três) meses. 
A Administração Pública, além de pagar a ajuda de custo, também arcará com as despesas de
transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 
À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e
transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito. 
(CESPE/AGENTE PF-REGIONAL/2004) Considere a seguinte situação hipotética. Andréia,
agente de polícia federal, foi removida, de ofício, de Manaus-AM para Macapá-AP, para
onde se mudou com seu marido e sua filha. Um ano depois, Andréia faleceu em decorrência
de ferimento recebido durante operação policial realizada no Amapá, o que fez com que sua
família decidisse imediatamente retornar a Manaus. Nessa situação, o Estado deve
conceder transporte ao marido e à filha de Andréia, para seu regresso a Manaus. (correta)
- Diárias: 
Enquanto ajuda de custo é devida pelo deslocamento definitivo do servidor, a diária é devida 
pelo deslocamento eventual. 
Diz o art. 58 que serão devidas passagens e diárias para o servidor que, a serviço, afastar-se
da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o
exterior. 
As diárias são destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada,
alimentação e locomoção urbana. 
Caso o servidor receba as diárias e não se afaste da sede, por qualquer motivo, ficará obrigado
a devolvê-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. Da mesma forma, se retornar à sede 
 
 
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em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá, no prazo de 5 dias, as
diárias recebidas em excesso. 
A diária será paga por dia de afastamento, salvo quando o deslocamento constituir
exigência permanente do cargo, hipótese em que o servidor não fará jus a diárias. 
Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região
metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes
e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países
limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros
considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias
pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. 
Em outras hipóteses, quando não exigir pernoite fora da sede ou quando a União custear,
por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias, será devida pela metade. 
- Indenização de Transporte: 
Será devida ao servidor que tiver despesas com a utilização de meio próprio de locomoção
para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo. 
- Auxílio-Moradia: 
Das indenizações, é que mais dá trabalho na prova, pela quantidade de informações. Mas
vamos com jeito para tirar de letra... 
Para que serve? 
Ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de
moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira. 
Quando é pago? 
No prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor. 
Quem recebe? 
 
 
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Servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função
de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de
Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes. 
Qual o período de pagamento? 
Dentro de cada período de 12 (doze) anos, não será concedido por prazo superiora 8 (oito)
anos. 
No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do
servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. 
Qual o valor do auxílio moradia? 
A Lei 8.112/90 não precisa um valor, mas cria limites. O valor mensal do auxílio-moradia é
limitado a 25% do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de
Ministro de Estado ocupado. 
Além disso, o valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% da remuneração de Ministro
de Estado. 
 
De qualquer forma, independentemente do valor do cargo em comissão ou função
comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o
valor de R$ 1.800,00. 
Significa que se o servidor recebe R$5.000,00 e teve um gasto de R$1.700,00 com aluguel,
esse valor será ressarcido, apesar de ser superior a 25% de sua remuneração. Pense assim:
gastou R$1.800,00 recebe, independentemente do valor da remuneração. Valores acima dessa
quantia devem observar os dois limites de 25% (remuneração do servidor e remuneração de
Ministro de Estado). 
Quais são os requisitos para recebimento? 
Certamente a parte mais enjoada... 
- não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; 
- o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; 
 
 
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- o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente
comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o
cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que
antecederem a sua nomeação; 
- nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; 
- o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre
nas hipóteses do art. 58, § 3º (região metropolitana, aglomeração, microrregião ...), em relação
ao local de residência ou domicílio do servidor; 
- o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze
meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se
prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e 
- o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo
efetivo. 
- o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. 
Sei que a matéria quando envolve a Lei 8.112/90 fica mais pesada em certos trechos, mas
lembre-se que é justamente nessas partes que você tem que se esforçar para fazer diferente. 
VVaan ntta agge enns s: : g grra atti iffi icca aççõ õe es s e e a addi icci ioon nais ai s ((a arrt t. . 6 61 1 a a 776 6) ) 
11. (TRF5 Técnico 2007) No que se refere à gratificação natalina, é certo que 
(A) será atribuída integralmente ao servidor exonerado, calculada sobre o vencimento do mês
da exoneração. 
(B) corresponde a 1/12 (um doze avos) do vencimento a que o servidor fizer jus, por mês de
exercício no respectivo ano. 
(C) deverá ser paga sempre no dia 20 do mês de dezembro de cada ano civil. 
(D) a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como uma quinzena. 
(E) não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária. 
De acordo com art. 61, os servidores fazem jus às seguintes retribuições, gratificações e
adicionais: 
 
- retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; 
 
 
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- gratificação natalina; 
- adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
- adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
- adicional noturno; 
- adicional de férias; 
- outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho; 
- gratificação por encargo de curso ou concurso. 
Vamos analisar cada um deles: 
1) Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia e Assessoramento: 
Basta saber que é paga para servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de
direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza
Especial. Ou seja, é paga para servidor que ocupa cargo em comissão ou exerça função 
de confiança. 
2) Gratificação Natalina
É o nosso conhecido 13º salário, que será paga até o dia 20 de dezembro (por isso letra c
está errada, pois ela afirma que será pago sempre no dia 20). 
Ela é calculada com base na remuneração a que o servidor fizer jus em dezembro (eis o erro
da alternativa b, que não faz referência ao mês de dezembro), correspondendo a 1/12 por mês
de exercício no respectivo ano. Atenção, pois só será considerada como mês integral fração
igual ou superior a 15 dias (por isso letra d está errada). Portanto, se o servidor trabalhou 2
meses e 14 dias, receberá 2/12 de gratificação natalina. Se trabalhou 2 meses e 15 dias,
receberá 3/12. 
Quando o servidor for exonerado, receberá a gratificação proporcionalmente aos meses de
exercício (a alternativa a está errada, pois afirma que o pagamento é integral), sendo o cálculo
realizado com base na remuneração do mês em que ocorreu a exoneração. 
Por fim, a gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária (resposta correta, alternativa e). 
3) Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas: 
 
 
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Quando o servidor, no exercício de suas funções, tem contato habitual (constante) com
 fará jus ao adicional de insalubridade. substâncias que podem prejudicar sua saúde 
Já o adicional de periculosidade é devido quando o servidor, ao exercer são funções, coloca
em risco sua integridade física. 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo dão como exemplos, respectivamente, servidores que
trabalham com raios X e com redes de alta tensão. 
Referidos adicionais são pagos enquanto durarem as condições ou os riscos para sua
concessão. Uma vez eliminados, os respectivos pagamentos são interrompidos. 
Estão previstos no art. 68: “Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais
insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco
de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo”. 
Os adicionais de insalubridade e de periculosidade não são cumulativos, devendo o servidor 
que fizer jus aos dois optar por um deles. 
A Lei 8.112/90 destaca duas situações especiais: 1) servidoras gestantes ou lactantes; 2)
servidores que operam com raios X. 
A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação,
exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso. 
Os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão submetidos a
exames médicos a cada 6 (seis) meses. 
Por fim, o adicional de atividade penosa, que será devido aos servidores em exercício em
zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem. 
4) Adicional por Serviço Extraordinário: 
Nossa conhecida hora extra. Muito cuidado com uma pegadinha envolvendo a Constituição
Federal. Se você abrir a CF em seu art. 7º, XVI, constará que ela prevê o pagamento de
adicional por serviço extraordinário no percentual de no mínimo 50% do normal. Já a Lei 
8.112/90 fixou em 50% o acréscimo em relação à hora normal de trabalho. 
 
 
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O serviço extraordinário só é permitido para atender a situações excepcionais e temporárias,
respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada. 
5) Adicional Noturno: 
Considera-se serviço noturno aquele prestado entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia
seguinte. 
O adicional noturno equivale a 25% do valor pago pela hora normal. Portanto, se você recebe
R$10,00 por hora, sua hora noturna será de R$12,50. 
A hora noturna não é considerada de 60 minutos,mais sim cinqüenta e dois minutos e trinta
segundos. 
Agora, suponhamos que a jornada do servidor seja de 14hs às 22hs (portanto, de 8 hs). Se ele
trabalhar até as 23hs, fará jus a hora extra e adicional noturno. Ok? Como fazer o cálculo?
Primeiro calcule o valor com hora-extra, para depois aplicar o adicional noturno. Portanto, se o
servidor ganha R$10,00 por hora, primeiro aplique o percentual de 50% (hora-extra), passando
a hora para R$15,00. Depois aplique o de 25% (ad. noturno) sobre esse valor. Eu uso o
seguinte macete para não errar: entre extra e n oturno incide primeira a extra, pois o e vem 
primeiro que o n. 
6) Adicional de Férias: 
É o chamado terço constitucional. É pago por ocasião das férias do servidor, correspondendo
a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias. 
Aqui também tem pegadinha, pois a CF em seu art. 7º, XVII, prevê o pagamento de pelo
menos 1/3 a mais, enquanto a Lei 8.112 prevê 1/3. 
Quando o servidor também recebe retribuição por exercer função de confiança ou cargo em
comissão, sobre esse valor também incidirá o 1/3 de férias. Portanto, se ganho R$2.000,00 no
cargo efeito + R$1.000,00 no cargo em comissão, o 1/3 incide sobre R$3.000,00. 
7) Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso: 
 
 
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Juntamente com o auxílio moradia, essa gratificação é campeã de reclamação dos
concurseiros. Como dizem aqui na minha querida MG, ô trem chato! (rs...) 
Vamos ver o que eu consigo fazer....transformar esse jiló em filé não tem jeito, mas temos que
pelo menos tentar (rs...) 
Quem recebe a gratificação por encargo de curso ou concurso? 
Servidor que, em caráter eventual, desempenhe as atividades abaixo listadas sem prejuízo
do exercício do seu cargo: 
 
I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento
regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; 
II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular,
para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para
julgamento de recursos intentados por candidatos; 
III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo
atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado,
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes; 
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso
público ou supervisionar essas atividades. 
Decorar esses incisos eu não recomendo, mas vejo com bons olhos você buscar um atalho. 
Faça a seguinte associação: a gratificação será paga quando o servidor estiver envolvido na
organização/execução de CURSO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO, PROVAS,
VESTIBULARES e CONCURSOS PÚBLICOS. Alguns alunos pensam apenas em
TREINAMENTO E PROVAS, pois são palavras que já abrangem as demais. 
Grave a idéia ao invés de decorar! Nessa parte, é a dica que eu lhe dou. 
Qual o valor da gratificação? 
Aqui você deve decorar dois percentuais: 2,2% e 1,2%. 
 
 
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Esses percentuais corresponde ao valor máximo da hora trabalhada e incidirão não sobre a
remuneração do servidor, mas sim sobre o maior vencimento básico da administração
pública federal. Olha a pegadinha de prova! 
As atividades estão divididas em 4 incisos, sendo dois para cada percentual. Portanto, 2,2%
para os incisos I e II (2,2%) e incisos III e IV (1,2%). 
A melhor maneira de buscar um macete é usando palavras constantes dos incisos do art. 76-A,
pois a banca, nessa questão, vai cobrar é a decoreba. Obviamente que aqui não existe um
método infalível, mas a associação abaixo ajuda bastante: 
INSTRUTOR + PARTICIPAR DE BANCA ou COMISSÃO – 2,2% 
LOGÍSTICA + APLICAÇÃO/FISCALIZAÇÃO/AVALIAÇÃO – 1,2% 
A retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 horas de trabalho anuais, salvo
situação excepcional, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade máxima
do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de
trabalho anuais. 
Por fim, se eu tivesse que apostar numa questão para a sua prova relativamente a essa
gratificação seria a seguinte: a Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se
incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser
utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de
cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. 
FFéér rias ia s ((a arrt t. . 7 77 7 a a 880 0) ) 
12. (Técnico Judiciário/TRT 1ª região/2004/FCC) Ressalvadas as hipóteses em que haja
legislação específica, o servidor fará jus a 30 dias de férias, que podem ser acumuladas
até o máximo de: 
a) dois anos; b) três anos; c) cinco anos; d) oito anos; e) dez anos. 
O servidor tem direito a 30 dias de férias, que podem ser parceladas em até 3 etapas, a seu
pedido e no interesse da administração (decisão discricionária). 
O pagamento da remuneração das férias é efetuado até 2 dias antes do seu início e em caso
de parcelamento o terço constitucional é pago quando da utilização do primeiro período. 
 
 
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No caso de necessidade do serviço, as férias podem ser acumuladas até o máximo de dois
períodos. Eis a resposta da assertiva (letra a). 
Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de exercício. 
As faltas que o servidor teve durante o período aquisitivo não podem ser descontadas nas
férias. 
Quando o servidor for exonerado do seu cargo efetivo ou em comissão receberá
indenização referente ao período de férias a que tiver direito e também ao período
incompleto. A indenização, que será calculada com base na remuneração do mês em que foi
publicado o ato exoneratório, será paga na proporção de 1/12 por mês de efetivo exercício,
considerando-se mês integral fração igual ou superior a 15 dias. É o mesmo raciocínio utilizado
para cálculo do 13º salário (gratificação natalina). 
 
Servidores que operam direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas
gozarão 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional,
proibida em qualquer hipótese a acumulação. 
(Técnico Judiciário/TRT 1ª região/2004) Considerando o seu período de atividade
profissional, o servidor que opera direta e permanentemente com substâncias
radioativas gozará férias, em dias consecutivos, da seguinte forma: 
a) 50 por ano. b) 45 por ano. c) 40 por ano. d) 20 por semestre. e) 15 por semestre. 
 
Por fim, as férias só poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção
interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço
declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. O restante do período interrompido
será gozado de uma só vez. 
LLiic ceen nçça as s ((a arrt t. . 8 81 1 a a 9922) ) 
13. (FCC/2010/TRT/9ª REGIÃO/PR/Analista Judiciário/Área Administrativa) Não faz jus à
licença por motivo de doença em pessoa da família se a doença for do padrasto ou madrasta
do servidor. 
Conforme art. 81 da Lei 8.112/90 são as seguintes as licenças que podem ser concedidas para
o servidor: 
- por motivo de doença em pessoa da família; 
 
 
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- por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
- para o serviço militar; 
- para atividade política; 
- para capacitação; 
- para tratar de interesses particulares; 
- para desempenho de mandato classista. 
A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será
considerada como prorrogação. 
1) Licença por motivo de doença em pessoa da família: 
De início, tome cuidado com as pessoas

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