Buscar

matéria de farmaco do semestre todo

Prévia do material em texto

13/05/2013 
Conceitos Básicos
Farmacologia: o estudo dos fármacos. 
Fármaco: substância q vai ter aplicação na farmacologia, pq vai ter capacidade de produzir alguma alteração fisiológica ou bioquímica em um sistema biológico/ organismo vivo. Tem capacidade de alterar o funcionamento de uma molécula, q vai interagir com outra molécula. Uma molécula exógena q vai ser administrada ao paciente e vai chegar ao organismo e interagir com outra molécula.
Molécula do fármaco + molécula do organismo = modificação na atividade biológica. Essa modificação pode acontecer em uma célula, em um sistema ou em um organismo como um todo. 
Quando se utiliza um fármaco? 3 finalidades... CURATIVA, PREVENTIVO, DIAGNÓSTICO.
Produção da cura - Finalidade curativa. Prevenção de determinada doença – Finalidade preventiva. 
Finalidade de diagnóstico (ex: contraste). 
Droga: Fármaco e droga não são sinônimos; droga produz principalmente alteração no SNC. Todo fármaco é uma droga, mas nem toda droga é um fármaco. 
Medicamento: Exemplo: a atropina bloqueia receptor muscarinico. Colírio de atropina, comprimidos de atropina, solução injetável de atropina, etc. Todos são medicamentos. Medicamento é o fármaco processado pela indústria farmacêutica. Fármaco é o principio ativo deste medicamento.
Remédio: qualquer procedimento q venha trazer beneficio pro paciente, como por exemplo: fármacos, cirurgias, fisioterapias. Tudo q possa aumentar o bem estar do paciente, q venha trazer benefício é um remédio. Medicamento é um remédio. 
Ramos da farmacologia: Farmacotécnica, Farmacognosia
Vamos estudar...
FARMACOCINÉTICA: movimento do fármaco, desde sua entrada até a sua saída no organismo.
FARMACODINÂMICA: determina alterações q o fármaco produz no organismo... conhecer mecanismo de ação do fármaco; ação farmacológica. Efeitos fisiológicos e bioquímicos. 
Dose sub terapêutica: tem fármaco, mas em dose muito pequena e não produz efeito farmacológico esperado.
Dose terapêutica: tem o efeito farmacológico esperado. (não deixa organismo sem medicamento e não chega a a produzir efeito tóxico).
Dose tóxica: dose acima do efeito farmacológico esperado.
20/05/2013
FARMACOCINÉTICA: estudo do movimento do fármaco; movimentação q o fármaco faz no organismo; trajetória q o fármaco faz desde a sua entrada até a sua excreção/saída.
- Ramo da farmacologia q descreve os processos de velocidade de trocas das concentrações de fármacos nos organismo humanos e animal.
- Movimento do fármaco no organismo.
- Estudo quantitativo da cronologia dos processos q envolvem liberação, absorção, distribuição, metabolização e excreção de fármacos.
Liberação: liberação do principio ativo
1º processo: absorção: passagem do fármaco desde o local de aplicação (duodeno) até a corrente sanguínea. Troca entre um compartimento e outro; durante esta troca pode ocorrer perda 
2º processo: depois de absorvido, na corrente sanguinea ele é capaz de passar pra outro compartimento...sofre processo de distribuição: passagem do sangue para os tecidos, todos os tecidos indiscriminadamente; em um destes determinados tecidos terá biofase q é o local de ação onde o fármaco desempenhará a atividade farmacológica.
-biofase q é o local de ação -> FARMACODINÂMICA
-tecidos
-orgãos biotransformadores (onde fármaco sofre ação enzimática)
3º processo: metabolização ou biotransformação: local muito comum de acontecer é o fígado. Depois de sofrer metabolização, sofre reações químicas e fica mais solúvel em água, originando composto com maior solubilidade, mais polar. Estando mais solúvel em agua, sofrerá a etapa de excreção...
4º processo: excreção: saída do fármaco do organismo; aquela substância q havia entrado depois de passar por todas essas etapas vai deixar o organismo.
Farmacocinética vai permitir uso racional de fármacos, adequando a posologia de acordo com: forma farmacêutica, dose indicada, intervalo entre as doses, vias de administração. Prever e interpretar respostas inesperadas, reajuste da posologia, adequação frente a situações especiais, a intensidade e a duração dos efeitos terapêuticos e tóxicos dependem da: Liberação, Absorção, Distribuição, Metabolização, Excreção.
Essas etapas (tirando a liberação q é uma etapa pré farmacocinetica) de Absorção, Distribuição, Metabolização, Excreção envolvem a passagem do fármaco através de membranas biológicas...
MECANISMOS DE TRANSPORTE ATRAVES DE MEMBRANAS BIOLÓGICAS (desde o local de aplicação [via de administração] até o local de ação)
*Pra q o fármaco chegue em quantidade satisfatória no seu local de ação, q não leve a níveis tóxicos, ele vai passar por:
- Epitélio gastrintestinal
- Endotélio vascular
- Membranas plasmáticas
Modalidades de transporte:
FILTRAÇÃO: passagem de substancias hidrossolúveis com baixo peso molecular através de membranas. Oq orienta é a concentração é a diferença de concentração, de um lado mais concentrado pra um menos concentrado, até atingir equilíbrio, cessando o transporte.
DIFUSÃO SIMPLES: acontece com substancias lipossolúveis (solúvel em lipídio), tendo capacidade de penetrar na cél através da porção lipídica da membrana, atravessando a membrana plasmática. Acontece sempre q há diferença de concentração, vai do lado mais concentrado pra um menos concentrado, até atingir equilíbrio, cessando o transporte.
DIFUSÃO FACILITADA: acontece do lado mais concentrado pra um menos concentrado; exige presença de uma substancia carreadora/transportadora, q é seletiva e saturável, e produz uma alteração na parede da membrana ligando-se a membrana. Essa passagem acontece até q seja atingido equilíbrio, cessando o movimento pq a proteína transportadora se desliga.
TRANSPORTE ATIVO: exige presença de substancia transportadora -> carreador (substancia seletiva e saturável).
ENDOCITOSE: englobamento de substancias através de invaginações na membrana plasmática. Este processo gasta energia, por isso é um processo de transporte especializado.
ETAPAS DO PROCESSO FARMACOCINÉTICO (Absorção ,Distribuição, Metabolização, Excreção)
ABSORÇÃO: passagem desde o local de aplicação até a corrente sanguínea. Existem inúmeros fatores capazes de alterar a absorção. 
* Na absorção o fármaco pode perder um pouco de sua concentração.
(via endovenosa: chega direto na corrente sanguínea; não tem tempo de absorção, todo fármaco chega rapidamente na corrente sanguínea; vencendo todas as barreiras q o organismo impunha)
Para q esse fármaco sofra a absorção, precisa contar com a interferência de alguns fatores, q podem ser divididos em 2 grupos.... Fatores relacionados com o fármaco e Fatores relacionados com o paciente.
Fatores relacionados com o fármaco: peso molecular, solubilidade, concentração, grau de ionização.
Peso molecular: quanto menor o peso molecular mais fácil é pra atravessar a membrana; se tem baixo peso molecular e boa solubilidade em água atravessa facilmente a membrana.
Solubilidade: Quando tem lipídeos, uma solução lipossolivel, tem mais chances de atravessar a membrana.
Concentração: quanto maior a concentração, mais fácil absorção porque chegará mais fármaco no local
Grau de ionização: influencia a absorção. Os fármacos na sua grande maioria são acidos ou bases fracas, e vão se comportar conforme o ph do local onde estão inseridos. Ou seja, tem capacidade de se ionizarem ou não conforme o ph de onde estiverem. 
Ex: acido acetilsalicílico quando entra no estomago encontra ph acido, e vai estar em pequena concentração na sua forma ionizada (hidrossolúvel - polar) e em grande concentração na sua forma não ionizada (lipossolúvel - apolar). Esse acido acetilsalicílico segue seu trajeto e encontrará ph alcalino (ph muda e fica alcalino), ai esse jogo tb muda: em grande concentração fica na sua forma ionizada e em pequena concentração na forma não ionizada. 
*Drágea: comprimido revestido por envoltório pra proteger do suco gástrico, q destruiria seu principio ativo.
Fatores relacionados com o paciente: Superfície de absorção, vascularização, permeabilidade vascular – barreira hemato encefálica.
Superfície de absorção:quanto maior a superfície de absorção, maior será a absorção do fármaco. 
Vascularização: quanto maior a vascularização no local de absorção maior será a absorção. 
Permeabilidade vascular – barreira hemato encefálica: no organismo existem algumas barreiras q dificultam a passagem de fármacos, mas a principal é uma existente no SNC – a barreira hemato encefálica q tem a finalidade fisiológica de impedir q alterações de sais e outros compostos q acontecem fora do SNC viessem a influenciar a atividade neuronal; tem função de proteção da atividade neuronal, pq ela serve pra manter as concentrações constantes dentro do SNC, garantindo bom funcionamento neuronal. Mas, como ela impede o acesso, ela acaba dificultando a entrada de fármacos. No SNC tem um arranjo histológico diferenciado pra dificultar acesso de substâncias no SNC, consequentemente, pra um substancia agir no SNC ela precisa ter uma lipossolubilidade muito grande, pra conseguir atingir o SNC.
Fármaco já foi absorvido, já pode ser distribuído...
DISTRIBUIÇÃO: depois q o fármaco já chegou na corrente sanguínea. Distribuição é a passagem do fármaco da corrente sanguínea para os tecidos. 
Forma/Fração livre ou forma ativa 
Forma/Fração conjugada com proteínas plasmáticas ou reservatório medicamentoso – forma inativa
Essas 2 frações ficam em equilíbrio, e variam de um fármaco pra outro. Depois de estabelecido o equilíbrio, ele será mantido para sempre. 
A forma ativa tem capacidade de atravessar da corrente para os tecidos; forma pronta para agir. Forma inativa não pode fazer isso pq ta ligada as proteínas. Chegando nos tecidos o fármaco encontra afinidade – biofase ou local de ação. O fármaco pode encontrar tecidos q apresentem algum tipo de afinidade e q funcionem como depósito. Outra possibilidade é encontrar tecidos ou órgãos biotransformadores, e o fármaco vai sofrer biotransformação, sofre metabolização, alterando sua solubilidade e fica pronto pra ser excretado. 
O equilíbrio entre as frações livre e conjugada vai ser sempre mantido. (por exemplo: em paciente desnutrido q não tenha proteína plasmática pra fração conjugada o fármaco fica em maior parte na forma livre e se torna toxico). 
Reservatórios medicamentosos: A medida q o fármaco vai passando pelos tecidos, ele pode encontrar alguma afinidade por determinado tecido. (exemplo: tecido adiposo q acumula substancias lipossolúveis)
Redistribuição: substancia extremamente lipossolúvel administrada por via endovenosa, absorvida no SNC (ex: tiopental, q é um depressor do SNC).
 1º momento: fármaco no sangue indo pro SNC; 2º momento: no sangue, no SNC e no tecido adiposo (foi criado um reservatório com doações do sangue e do SNC, q tiverem suas doses reduzidas); 
Transferência placentária de fármacos: todo fármaco administrado durante a prenhez vai chegar aos tecidos fetais, pode demorar mas vai chegar! 
Acumulo de fármacos: fármaco tem afinidade por algum tecido e pode se depositar. 
*administração venosa muito rápida causa sobrecarga circulatória. 
27/05/2013
*Um fármaco no momento q se distribui é a passagem do sangue para os tecidos – DISTRIBUIÇÃO. Ai o fármaco encontra LOCAL DE AÇÃO (local onde vai agir). Esse é o objetivo especifico da farmacologia. Concentração adequada de fármaco deve chegar ao local de ação, ai teremos a atividade farmacológica q se busca – objetivo de estudo da farmacodinâmica. Quando fármaco passa pelos orgãos biotransformadores ele passa pela 3ª etapa conhecida como BIOTRANSFORMAÇÃO ou METABOLIZAÇÃO q consiste no conjunto de reações químicas q o fármaco sofre dentro do organismo. O fármaco sofre essas reações químicas q tem objetivo especifico: aumentar sua solubilidade em água pra q ele possa ser excretado com mais facilidade. Todo fármaco é reconhecido com substancia estranha ao organismo, q faz alguma coisa para excretá-lo, q é metabolizando o fármaco tornando-o mais solúvel em agua para ser excretado. 
Regulação da concentração plasmática:
A biotransformação ajuda a regular a concentração plasmática, pq se não fosse a biotransformação a concentração plasmática seria crescente; no momento q fármaco começa a ser biotransformado, a sua concentração começa a diminuir, até q fique zerada. Ela acontece em locais onde existam enzimas, pode-se esperar q o fígado seja um local rico pra q aconteça metabolização, por isso grande parte dos fármacos sofre metabolização hepática. Fígado é o principal local. Um paciente com comprometimento da função hepática tenha comprometimento na metabolização. 
-Fígado – microssoma hepático (principal local de metabolização)
-Enzimas não microssomais nas mitocôndrias, lisossomas, citoplasma e plasma sanguíneo.
-Enzimas da flora intestinal
-Rim, pulmão, mucosa intestinal, plasma
-ENZIMAS ESPECÍFICAS (alguns fármacos apresentam enzimas especificas; ex: acetilcolina: ACH ---------- colina + ácido acético, através da enzima acetil colinesterase)
Reações não sintéticas (ou de 1º passo; desmascaram um fármaco – produzindo modificação no fármaco, no sentido de retirar ou adicionar um radical do fármaco) quando isso acontece, a substancia pode sofrer 3 coisas:
- torna-se inativa: perde atividade farmacológica; 
-perde um radical e permanece ativa
-torna-se ativo (pro fármaco) ex: fenacetina (inativa; pró fármaco) ......... metabolizada........... paracetamol (ativa)
Oxidação (+ O2) clorpromazina
Hidroxilação (+OH) fenobarbital
Redução (+H2) prontosil
Hidrólise (+H2O) procaína
Desalquilação ( - CH2 – CH3) fenacetina paracetamol
Desaminação (-NO) anfetamina
Reações do 2º passo ou sintéticas: sempre vão determinar o final da atividade. Depois de sofrer reação sintética, o fármaco n vai agir mais, vai perder a atividade farmacológica; pq a substancia/fármaco vai se acoplar a um composto endógeno do organismo (o fármaco vai se aproveitar de uma substancia endógena do organismo e se liga/se une a ela) utilizando seus mecanismos de excreção, e será excretada do organismo.
Conjugação – sulfatos, acido glicuronico
Metilação – grupamento metilo
Acetilação – ácido acético
#Fatores q podem influenciar a biotransformação:
-Presença de indutores (substancia q estimula enzimas. Atua estimulando a produção de enzimas; ex: fenobarbital *¹) e inibidores (freia, inibe atividade enzimática; ex: dissulfiram e anticolinesterases*²) enzimáticos
-Idade do paciente; Gênero; Diferenças de espécie; Diferenças genéticas; Nutrição (paciente desnutrido não tem proteínas plasmáticas pro fármaco se ligar e o fármaco vai ter concentração em forma livre e vai direto pro fígado sobrecarregando-o, causando intoxicação; também não tem enzimas pra metabolizar fármacos); Enfermidades hepáticas (compromete metabolização de fármacos, e os fármacos tendem a se acumular no organismo, levando a uma intoxicação)
*¹ Com o passar do tempo o fenobarbital perde seu efeito, pq ele é um indutor enzimático dele mesmo e de várias outras substâncias, então vai metabolizar cada vez mais rápido
*² Dissulfiram interrompe, inibe metabolismo do álcool. Pq o álcool é metabolizado a acetaldeído pela enzima acetaldeido desidrogenase, e o Dissulfiram inibe essa enzima.
ACH ---------- colina + ácido acético, através da enzima acetil colinesterase. Anticolinesterases inibem acetil colinesterase, causando acumulo de acetil colina.
Fenômeno de 1ª passagem hepática (ou de 1º passo): quase q exclusivo da via oral de administração. Fármaco administrado por via oral será absorvido pelo intestino, captado pelo sistema porta, cairá na circulação e irá pro seu local de ação; então antes de chegar no seu local de ação já passou pelo fígado e já sofreu metabolização/biotransformação. Se administra por via oral, perde uma parte no fígado; então se for administrar por via oral ou via endovenosa, se administram diferentes doses. Por via retal, metade passa pelo fígado e é metabolizada, e outra metade não passa pelo fígado. Por via oral 100% do fármaco passa pelo fígado.
EXCREÇÃO (é a saída do fármaco do organismo, depois q já sofreu metabolização; não é sinônimo de eliminação – eliminação é o finalda ação q pode acontecer por excreção ou quando o fármaco sofre metabolização inativadora)
Objetivo da excreção sempre é fazer com q a substancia fiquei mais solúvel em agua, ficando apta para ser excretado.
VIA RENAL é a principal via de excreção. Rim é o principal órgão excretor, através de 3 mecanismos...
Filtração glomerular: se o fármaco estiver na sua forma livre (não ligado a proteínas plasmáticas) e hidrossolúvel (solúvel em água) ele passa por filtração e pode ser excretado
Reabsorção tubular: ph urinário é variável (depende das trocas entre hidrogênio e bicarbonato) para cada espécie; conforme essa faixa de ph, o fármaco apresenta um comportamento diferente. Se a urina tá ácida, um fármaco ácido encontra essa urina ácida e ele fica em grande concentração associado e uma pequena concentração dissociada; essa fração associada será reabsorvida e a fração dissociada será excretada. Mexendo com o ph urinário, pode-se acelerar ou diminuir a excreção de uma substancia. Pra acelerar excreção, tem q deixar o ph da substancia diferente do ph do organismo. 
Secreção tubular: passagem de substâncias do filtrado por transporte ativo utilizando carreadores q existem p/transportar substancias endógenas. Substancia usa mecanismo de transporte endógeno do organismo p/ser excretada por transp ativo. 
VIA PULMONAR: Substâncias gasosas; substancias voláteis podem ser excretadas por via pulmonar. Ex: álccol. 
VIA INTESTINAL (eliminação de fármacos conforme suas caracteristicas) 
-Compostos lipossolúveis (substancias solúveis em gordura q não tem hidrossolubilidade suficiente p/ser excretada pelo rim)
-Substâncias não absorvidas (substancias q percorrem o intestino e não foram absorvidas)
-Ciclo entero hepático (não tem nada a ver c/ fenômeno de 1ª passagem hepática; é a situação em q se administra fármaco por qualquer via e ele é excretado junto a bile caindo no intestino, e 2 coisas podem acontecer: ou é excretado ou absorvido novamente/reabsorvido pelo intestino circulando outra vez no organismo – sofreu ciclo entero hepático. As substancias q sofrem esse ciclo duram mais tempo no organismo. Ex: anticoncepcionais orais, q possibilitam q se faça uso 1X ao dia)
Outras vias (mais desprezíveis): Saliva, lágrima, secreção nasal, secreção sudorípara, leite (período de lactação - cuidado: quem recebe o leite ainda não tem sistema enzimático completo, pode trazer prejuízo).
03/06/2013
*Fármaco – trajeto: é absorvido, distribuído, metabolizado e excretado.
*farmacocinética é um processo quantitativo
PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS
1º parâmetro farmacocinético - MEIA VIDA BIOLÓGICA (ou T/2): é uma unidade de tempo; tempo em q uma concentração reduz-se a metade. Ex: Um fármaco A administrado em concentração de 100mg, passados 12h tem concentração de 50mg, a t/2 deste fármaco é igual a 12 horas. Um fármaco B administrado em 50mg passadas 3 horas se reduz pra 25 mg, então B tem t/2 de 3 horas. 
A: 100mg – 12 hs – 50 mg t/2 A= 12 horas
B: 50 mg – 3 hs – 25 mg t/2 B= 3 horas
*Após 4 ou 6 horas t/2 concentração equilibrada; depois q 4, 5, 6 horas atinge chega a uma constante de equilíbrio e as variações de concentração plasmática vão ser menores ou mínimas. E é a partir deste ponto q se começa a observar a atividade farmacológica (exceto em antibioticos); é nessa diminuição da oscilação da concentração plasmática do fármaco q se observa o efeito farmacológico. Muitas vezes tem pressa na atividade farmacológica, ai faz dose de ataque (dose grande, bem alta) e depois se faz doses de manutenção pra q se chegue ao equilíbrio de concentração plasmática do fármaco.
Pq em antibióticos a resposta clinica não vem junto com o equilíbrio da concentração plasmática do fármaco? Pq o antibiótico só age quando existir diminuição do nº de bactérias, ai paciente apresenta resposta clinica favorável e os sintomas regridem (mas ainda podem existir bactérias, então a antibioticoterapia não pode ser suspensa só pq houve melhora do quadro pois ainda existem bactérias, a melhora é um sinal de q o antibiotico começou a agir).
*No momento em q interrompe-se a medicação, leva a mesma quantidade de meias vidas pra q o fármaco seja excretado (mesmo nº de meias vidas q ele levou pra chegar a constante de equilíbrio da concentração plasmática)
2º parâmetro farmacocinético - BIODISPONIBILIDADE: Quantidade de fármaco disponível em determinado compartimento. Existem perdas do fármaco entre um processo e outro; quando um fármaco se perde ele está biodisponivel em apenas uma parte. Local geralmente é a corrente sanguínea ou outro local de ação. 
Ex: 500 mg de fármaco administrado por via oral, mas na corrente sanguínea chega 320 mg, a disponibilidade não foi total. Várias coisas podem ter acontecido: ligou-se a proteínas plasmáticas, se complexou com alimentos, ph não estava favorável, etc. Se fosse por via venosa, a biodisponibilidade poderia ser maior ou total. 
 *na maioria das vezes, quase sempre, o fármaco se liga a proteínas plasmáticas para ser transportado pelo organismo.
Fatores q podem influenciar a biodisponibilidade: pode sofrer absorção incompleta; ser biotransformado na parede intestinal; deve-se levar em consideração o estado físico do comprimido (drágea pode atravessar TGI e não se dissolver); interação com outras subtancias no intestino, como alimento ou outro fármaco; caracteristicas do paciente; ph, motilidade gastrointestinal [se estiver alta fármaco pode passar sem ser absorvido], flora, etc.
3º parâmetro farmacocinético – VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO: valor imaginário q diz respeito a quanto de liquido precisaria ter pro fármaco se dissolver, pra q tivesse dissolvido na mesma concentração do plasma; quanto teria q existir nos compartimentos do organismo pra q se equivalesse a concentração plasmática.
Depende do fluxo sanguíneo, características do leito capilar, propriedade físico químicas do fármaco, ph da região e outros fatores relacionados ao organismo.
Volume aparente da distribuição: Com distribuição homogênea do fármaco por toda a água do organismo
	Fármaco
	Plasma (3l)
	Intersticio (12 l)
	Célula (28 l)
	Soma
	1000 mg
	75 mg (25 mg/ml)
	225 mg (25 mg/ml)
	700 mg (25 mg/ml)
	1000 mg
*Algumas vezes o fármaco tem predomínio de concentração extra celular, e fica no plasma e no interstício; pq o fármaco não penetra na célula; provavelmente seja substancia mto ionizada, pouco lipossolúvel com dificuldade pra atravessar membranas e n chega no interior da célula
Fármaco com distribuição predominante extracelular 
	Fármaco
	Plasma (3l)
	Intersticio (9 l)
	Célula (28 l)
	Soma
	VD
	1000 mg
	250 mg (83,3 mg/ml)
	750 mg (83,3 mg/ml)
	Ausente
	1000 mg
	+- 12L
Fármaco com distribuição predominante intracelular
	Fármaco
	Plasma (3l)
	Intersticio (9 l)
	Célula (28 l)
	Soma
	VD
	1000 mg
	3 mg (1 mg/ml)
	7 mg (0,8 mg/ml)
	990 mg (35,4 mg/ml)
	1000 mg
	1.000.000 L
Fármaco com distribuição predominante no plasma
	Fármaco
	Plasma (3l)
	Intersticio (9 l)
	Célula (28 l)
	Soma
	VD
	1000 mg
	900 mg (330 mg/ml)
	2,4 mg (0,27 mg/ml)
	7,6 mg (0,27 mg/ml)
	1000 mg
	+- 3 L
Varfarina Vd (volume de distribuição)= 8L. Reflete alto grau de ligação a proteínas plasmáticas
Teofilina, etanol Vd = 30 L. Representa distribuição em toda agua corporal
Cloroquina Vd= 15000L. Demonstra moléculas altamente lipofílicas q se inserem na gordura corporal total
NXY-059 Vd=8L. Demonstra molécula hidrofílica, altamente carregada.
*Quanto mais hidrofílica, mais restrição o farmaco tem em se dissolver, pq membranas são lipossoluveis.
4º parâmetro farmacocinético - CLEARENCE ou taxa de depuração: velocidade em q substancia pode ser removida do organismo; quantidade de fármaco q tem condições de ser removida em determinado tempo. Formula: tempo q a substância leva pra ser removida depois de ser metabolizado. Organismo tem seus mecanismos de depuração.
Ex: clearence renal (capacidade do rim de excretar determinada substancia); clearance hepático (capacidade do fígado de excretar determinada substancia)
Cx = Ux. V
 Px
Cx: clearance da substanciaX
Ux: concentração da substancia X na urina (mg/ml)
V: volume urinário por minuto (ml/min)
Px: concentração plasmática da substancia X (mg/ml)
FARMACODINÂMICA: Estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos promovidos pelos fármacos, bem como seus respectivos mecanismos de ação. *Conhecimento do mecanismo de ação dos fármacos.
Biofase (local de ação do fármaco, onde suas moléculas vão interagir com as moléculas do organismo e partir desta interação se tem a atividade farmacológica). 
3 bases: 1. O que está acontecendo (efeitos)? 2. Onde está acontecendo (local de ação)? 3. Como está acontecendo (mecanismo de ação)?
Junto com a farmacocinética permite a seleção mais adequada de um fármaco a um determinado tipo de terapia.
As substâncias se dividem em 2 classes:
PLACEBOS (substancias farmacologicamente inativa): não apresenta atividade farmacológica. Essa substancia tem utilidade terapêutica? Serve para ensaio clínico – situação em q se estuda um medicamento antes de lança-lo no mercado; testes duplo cego (se vê se os efeitos são da substancia ou da manipulação do animal). Serve pra descartar outros fatores q estejam interferindo. 
SUBSTÂNCIAS FARMACOLOGICAMENTE ATIVAS
Ação: alteração bioquímica ou fisiológica resultante da combinação inicial do fármaco no local de ação,
Modificação das funções do organismo (aumento ou diminuição). As drogas nunca criam funções novas, nem alteram as características das funções dos sistemas sobre a qual eles atuam. Apenas modificam estas funções, aumentando ou diminuindo. Importante: para fazer esta ação/função, o fármaco precisa chegar ao tecido alvo (farmacocinética).
Ex: Morfina diminui atividade do centro respiratório – ação depressora. Noradrenalina estimula estruturas inervadas pelo simpático- ação simpatomimética.
EFEITO (ou Resposta): É decorrente da ação da droga e representa a alteração final da função biológica. Manifestações da ação farmacológica, que podem ser percebidas usando nossos sentidos, ou através de aparelhos. EFEITO é sempre consequência da AÇÃO.
Ex: Morfina – deprime CR, diminui frequência, amplitude dos movimentos respiratórios. É percebido pela visão ou pneumógrafo. Noradrenalina – ação simpatomimética: elevação da pressão arterial q pode ser registrada por um manômero.
Efeito é um conhecimento descritivo do fenômeno a partir do qual se deduz a ação do fármaco. Esta dedução corresponde a um processo denominado modo de ação da substância que se investiga pelos métodos farmacológicos e explica de que maneira a ação do fármaco chega ao efeito observado. Ex: Noradrenalina – simpatomimética – efeito pressor devido a vasoconstrição generalizada, q resulta no aumento da PA; modo de ação da substância.
TIPOS DE AÇÕES FARMACOLÓGICAS: São modificações de funções. Fármacos não criam funções. Grau de modificação pode ser controlado de acordo com a quantidade (dosagem) administrada. Ex: fármaco com ação hipertensora, em pequenas concentrações a elevação vai ser pequena, se for em grande concentrações elevação da PA vai ser grande. Tipos de ações:
ESTIMULAÇÃO: aumento de função das células de um órgão ou sistema do organismo. Ex: Cafeína – estimula córtex cerebral. Estricnina – estimula atividade reflexa da medula espinhal (estimulante medular). 
Sempre q a estimulação for prolongada pode ser seguida por depressão. Ex: estricnina estimula tanto q depois vem uma depressão q leva a morte. 
DEPRESSÃO: diminuição da função de células, órgãos ou sistemas. Ex: Éter, Halotano – deprimem SNC. Morfina – deprime centro respiratório (morfina é um depressor geral, não só do centro respiratório). Atropina – deprime atividade das células inervadas pelo parassimpático.
*Cuidado com a depressão (principalmente SNC) pq as vezes organismo não consegue reverter.
IRRITAÇÃO: superestimulação, estimulação violenta/excessiva que produz lesão, com alteração da nutrição, crescimento e morfologia da célula, podendo chegar a uma reação inflamatória. Ex: sais de metais pesados
REPOSIÇÃO: substituição de uma secreção que falta no organismo, pelo hormônio correspondente. Ex: Insulina no diabetes, hormônio da tireóide no hipotireoidismo.
ANTIINFECCIOSA: atenuam ou destroem microrganismos patógenos que produzem infecções, fazem isso sem produzir efeitos notáveis sobre o hospedeiro; ação direcionada pra célula do m.o. (atuam sobre os m.o.)
	Tipos
	Ação
	Efeito
	Estimulação
	Aumenta atividade células especializadas – glândulas sudoríparas
	Sudorese
	Depressão
	Redução seletiva da atividade das células especializadas – benzodiazepínicos
	Hipnótico
	Irritação
	Lesão em tecidos, normalmente pouco especializados - antraquinonas
	Laxativo
	Reposição
	Reposição de níveis de composto endógenos - insulina
	
10/06/13
SÍTIO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS -Pode ser:
* local: sem penetração na circulação
* geral ou sistêmica: efeitos em diferentes órgãos
* indireta ou remota: órgão que não está em contato, ocorre devido as relações nervosas ou humorais
Seletividade ou Reversibilidade– permite atuar sobre uma função orgânica, alterada pela enfermidade, sem alterar outras (não é absoluta). *capacidade de atuar sobre determinado órgão, tecido ou sistema
- digital: atua especificamente sobre o músculo cardíaco, aumentando a força e a contração do músculo cardíaco e pouco sobre outros órgãos.
- com o aumento da dose, passamos a observar outros fenômenos como vômitos e alterações na percepção visual (esses fenômenos ocorrem se o digital deixa de agir só no coração e age em outros lugares; pq sobrou substancias; ai a seletividade diminui com o aumento da dose, ai temos concentração tóxica)
Penicilinas: elevada seletividade, destrói bactéria sem afetar hospedeiro (penicilina inibe parede celular bacteriana; alvo da penicilina é uma estrutura q não existe na célula mamífera (do hospedeiro), mas existe na bacterias; tem altíssima seletividade: destrói a bactéria sem afetar o hospedeiro.)
- Seletividade – essa seletividade se deve a presença de grupamentos químicos situados nas células que tem afinidade pelas substâncias – RECEPTORES (geralmente essas combinações são reversíveis)
*Receptores são substancias q apresentam seletividade na qual o fármaco vai se ligar ai teremos o efeito farmacológico; essa ligação é de caráter reversível.
Substâncias que modificam as funções das células de forma irreversível. 
- Venenos protoplasmáticos: ácidos e bases fortes, sais de metais pesados, 
Potência e eficácia dos fármacos
Potência – relação entre as quantidades (doses) que se deve administrar para produzir o efeito desejado. 
- 0,1 mg hidroclorotiazida ou 1,0 mg clorotiazida obtem o mesmo efeito (nesse caso, é diurético)
(hidroclorotiazida é 10x mais potente que a clorotiazida, e a clorotiazida é 10X menos potente q a hidroclorotiazida)
*potencia é uma relação entre as doses de fármacos q se precisa administrar pra obter efeito desejado.
*dose: quantidade de fármaco q vai agir na maior parte da população; mas existe uma pequena parte da população q precisa de mais ou menos quantidade de fármaco. 
- Eficácia: efeito máximo que a substância produz.
- Furosemida maior potência e eficácia que a clorotiazida – produz eliminação de sódio e água maior que doses elevadas de clorotiazida.
Furosemida é mais potente q a clorotiazida e a hidroclorotiazida; não adianta aumentar a dose da clorotiazida ou da hidroclortiazida, mesmo se for aumentando a dose não aumenta o efeito, pq a furosemida é mais potente.
- Fármaco com maior eficácia pode produzir efeitos que não se obtém com fármacos de menor eficácia.
Mecanismo de ação dos fármacos
*ação farmacológica: se dá quando moléculas do fármaco interagirem com moléculas do organismo
Fármacos atuam sobre as células do organismo
 MECANISMO DE AÇÃO: processos que se produzem na célula e que são a base da ação.
- Fármacos e células são compostos por moléculas. E a ação farmacológica é resultante da interação entre moléculas do fármaco e moléculas que formam a célula. 
(essa interação gera um conjunto de ações bioquimicas q são a base da alteração q o fármaco vai produzir, baseda ação do fármaco no organismo)
Farmacologia Molecular: Estuda o mecanismo de ação dos fármacos através das interações entre moléculas do fármaco e da célula. Esta interação é um processo muito complexo e o estudo do mecanismo de ação deve iniciar pelas CURVAS DOSE RESPOSTA. CDR relação de magnitude entre a dose do fármaco e a intensidade dos efeitos produzidos, pode ser feita usando organismos inteiros, órgãos isolados ou células isoladas (cultivo celular).
*relação entre a dose do fármaco e a intensidade dos efeitos q essa dose produz
2 tipos de curva dose resposta: graduais ou quantitativas, tudo ou nada
Graduais ou quantitativas
- Medida (peso do animal, volume de diurese, amplitude de contração muscular...)
- Relativa ( % queda de glicemia...)
- Curva sigmóide (Chega um momento que é o chamado platô, que é quando o fármaco atinge o efeito máximo, e não adianta aumentar a dose, pois provavelmente todos os receptores já estão ocupados, não tem como aumentar a ação farmacológica.)
Tudo ou nada: Respostas existentes ou não. Morte, convulsão. *não existe resposta intermediaria, não existe “aumentou um pouco a diurese, diminui um pouco a pressão arterial; não existe meio termo! Morreu ou não morreu, abortou ou não abortou, convulsionou ou não. Fenomeno acontece ou não acontece, não tem situação intermediária como nas graduais.
Fármacos de Ação Específica e Inespecífica
INESPECÍFICA: ação independente de grupamentos químicos ou receptores, atuam produzindo CDR diferente das citadas. 
*Situações em q não precisa da presença de receptores pra q o fármaco atue; produzem desorganização na membrana nervosa impedindo fluxo nervoso, por isso atuam. Precisam de atividades maiores pra observar o efeito. O que faz um fármaco de ação inespecífica? Geralmente ele age de acordo com a propriedades físico-química. Modificam a conformação da membrana plasmática, ou alguma ação dessa natureza, mas não a de se ligar a um receptor.
Ex: Éter etílico, ciclopropano, clorofórmio (os 3 são anestésicos gerais, q não precisam de receptores)
Sal de fruta e sonrisal também são
ESPECÍFICA: fármacos que atuam em pequenas doses, originam CDR graduais. A ação ocorre pela presença de grupamentos químicos especiais. 
*A atividade farmacológica acontece pq existe presença de grupamentos químicos chamados receptores
Possuem determinado radical na sua estrutura física, que faz com que ele consiga se encaixar em uma estrutura biológica, e quando tem essa ligação existe uma alteração no funcionamento da célula. Normalmente esses são os fármacos que não precisam de grande doses.
Ex: adrenalina, ouabaína, atropina (mesmo em concentrações baixas, se observa atividade farmacológica, se observam efeitos)
Combinam-se com receptores – estruturas químicas celulares especiais.
Ação Específica – a ação farmacológica é própria daquele fármaco ou do grupo de fármacos que apresentam os mesmos radicais químicos.
RECEPTORES: estruturas moleculares que o fármaco interage para produzir uma resposta farmacológica
Geralmente receptores farmacológicos são partes especializadas de macromoléculas proteicas das células e constituem entidades tridimensionais de forma semelhante a molécula do fármaco podendo unir-se facilmente formando um complexo mantido por ligações químicas. Similares aos centros ativos das enzimas. *precisa existir afinidade e o receptor é uma macromolécula q tem essa unidade tridimensional, como se fosse uma luva e o fármaco fosse a mão q se encaixaria a luva.
Teoria de Ocupação dos Receptores
Clarck Ariens: resposta depende do numero de receptores ocupados *a resposta farmacológica dependo do numero de receptores q estão ocupados, se tem poucos receptores não se observa resposta; se aumenta nº de receptores se aumenta resposta; limite da resposta se dá quando todos os receptores tiverem todos ocupados, chegando a resposta máxima. Poucos receptores = pouca resposta farmacológica. Muitos receptores = muita resposta farmacológica. Chega um ponto que todos estão ligadas e tem-se a ação máxima do fármaco
A partir disso, lançaram o termo agonista...
AGONISTA: fármaco capaz de unir-se ao receptor e produzir uma resposta farmacológica (estimulação ou depressão) *Substância que tem afinidade (pois se liga a um receptor) e tem atividade intrínseca, ou seja, se ele se ligar a um receptor ele faz alguma alteração na célula. A atividade intrínseca depende das reações entre o fármaco e o receptor. 
Agonista possui 2 características:
Afinidade: capacidade de ligar-se ao receptor
Atividade Intrínseca ou eficácia: propriedade de produzir uma resposta farmacológica.
*Afinidade: capacidade q um fármaco tem de se ligar a um receptor. Agonista tem afinidade pelo receptor; e uma vez ligado ao receptor desencadeia o efeito farmacológico (Uma vez encaixado, produz modificações na célula, desencadeando o efeito farmacológico – isso é a atividade intrinseca)
Ligações Químicas entre Fármacos e Receptores: a partir da ligação química se dá a atividade farmacológica; 
E geralmente são muito lábeis {de baixa estabilidade} (iônico, di-polo, pontes de hidrogênio, forças de Van der Walls) ou irreversíveis (covalente)
Agonista parcial: ocupa o receptor mas produz resposta de menor intensidade (se liga ao receptor, mas produz resposta de baixa intensidade)* Ex. Ela contrai a célula mas de forma menor, estimula a liberação de secreção mas em menor intensidade.
Antagonista: fármaco que ocupa/se liga ao receptor e impede que o agonista atue. (substancia q tem capacidade de se ligar ao receptor pq tem afinidade e só, se liga ao receptor, ocupando o receptor impedindo q o agonista atue mas não tem nenhuma atividade... fica namorando e não casa, não faz nada! Qual a utilidade então? Ocupa e não faz mais nada; por exemplo: antihistaminico fica lá e só age quando houver excesso de histamina)
Antagonista Competitivo: fármacos q se ligam ao mesmo receptor (antagonismo competitivo: 2 fármacos brigam pelo mesmo receptor. Quem ganha é quem tá em maior dose.) Ex: histamina e antihistaminico; ach e atropina.
Antagonismo não Competitivo: fármacos com estruturas químicas diferentes, ocupando diferentes receptores, originando efeitos opostos. Ex: histamina e adrenalina (cada uma no seu receptor)
*os fármacos tem estruturas químicas diferentes e vão agir em receptores diferentes e as respostas farmacológicas são opostas/antagônicas. Existe resposta antagônica, mas envolve receptores diferentes! Cada fármaco atua em uma determinada estrutura mas a atividade de um é neutralizada pela do outro.
Sinergismo: Aumento da ação farmacológica pelo uso de outra substância
*Situação onde se tem o aumento da atividade farmacologica pela ação de outra substancia; um fármaco produz aumento na atividade farmacológica de outro fármaco.
Sinergismo de Adição: fármacos se unem ao mesmo receptor e a atividade intrínseca é a mesma
Ex: sulfonamidas triplas; sulfonamida é um quimioterápico q tem grave defeito de produzir cristaluria (cristais na urina). Em algumas situações, ao invés de usar uma dose grande de uma determinada sulfonamida se usam 3 sulfonamidas diferentes em pequenas doses, q se comportam de maneiras diferentes no rim, como se não existissem as outras, ai uma não interfere na atividade da outra, ai a incidência de cristaluria diminui.
Sinergismo de potenciação: fármacos se ligam a diferentes receptores para produzir o mesmo efeito. *um fármaco colabora com a atividade farmacológica de outro farmaco. Ex: associação de anestésico local (lidocaina) com vasoconstritor (adrenalina), ai a atividade anestésica dura mais tempo, pq o vasoconstritor diminui o calibre dos vasos atrapalhando a absorção do anestésico local, e a atividade anestésica vai durar mais tempo.
Outro exemplo: aminoglicosideo (antibiótico q é tóxico) + penicilina (antibiótico não tóxico)
Tolerância e Taquifilaxia: Indivíduos resistentes que respondem pouco a um fármaco, sendo necessário o emprego de doses elevadas para obter um determinado efeito
*indivíduo não responde á medicação, não tem a resposta farmacológica esperada.Individuo se tornou tolerante a determinada substancia. É preciso aumentar a dose pra produzir efeito. Tolerância se instala de forma lenta e se desinstala de forma lenta. Ex: álcool.
Tolerância: diminuição lenta. Ex: álcool - depressor do SNC
Taquifilaxia: diminuição consideravelmente rápida – vasopressina ou ADH. *Taquifilaxia é um processo igual a tolerância, mas acontece muito rápido. Diminuição da atividade farmacológica de maneira intensa, rápida. 
* São situações em q acontece uma diminuição na intensidade do efeito farmacológico. Ela é produxida pelo uso continuado. A tolerância é um processo lento, demora tempos para se estabelecer e para regredir e a Taquifilaxia tem efeito rápido (se estabelece e se reverte rápido).
Índice Terapêutico (ou janela terapêutica ou margem de segurança): corresponde a medida se segurança do medicamento, de onde valores elevados indicam q é ampla a margem entre as doses q são efetivas e as q são tóxicas. Determinado através de medida de frequência da resposta desejada, e da resposta tóxica com varias doses do fármaco. Alguns pesquisadores consideram o índice terapêutico como uma medida grosseira da segurança de qualquer droga pq baseia-se em dados de toxicidade animal, q podem não refletir as formas de toxicidade q são clinicamente importantes, e também não leva em consideração as reações toxicas idiossincrásicas.
*Nada mais é do q a diferença do intervalo entre a dose eficaz e a dose tóxica. Indice terapeutico é a diferença/variação que vai existir entre a dose eficaz e a dose tóxica. Quando um fármaco é administrado em dose pequena (subterapêutica), não tem resposta, quando aumenta, se tem o efeito esperado (dose terapêutica), quando se aumenta muito pode causar uma intoxicação. Quanto maior o índice terapêutico maior a margem de segurança , ou seja, quando maior o índice terapêutico mais seguro o fármaco.
*Serve com um balizador, oscila entre a dose efetiva (q realmente vai produzir o efeito farmacológico) e a dose tóxica. É necessário personalizar a dose se o índice terapetico; quanto maior o IT mais seguro são os fármacos!
Interações entre fármaco e receptor: pra essa interação acontecer precisa ter afinidade (tendencia de estabelecer ligação química com o receptor). Uma vez ligado ao seu receptor, a tendência de desencadear uma atividade farmacologica é a sua eficácia ou atividade intrínseca;
17/06/2013
AFINIDADE: tendência para o fármaco ligar-se ao receptor é determinada pela sua afinidade
EFICÁCIA: tendência para ativar o receptor uma vez ligado é determinada pela sua eficácia
Agonista: histamina + receptor (existe afinidade) -> vasodilatação (tem atividade intrínseca/eficácia, desencadeia uma resposta farmacologica). Quando um fármaco tem afinidade e atividade intrínseca/eficácia é agonista.
Antagonista: anti histamínico + receptor (existe afinidade)-> sem resposta farmacológica (não tem eficácia) 
Tem afinidade mas não tem atividade intrínseca/eficácia.
Agonista total: tem eficácia grande; quando ligado ao receptor tem-se resposta máxima.
Antagonista: tem afinidade mas não tem atividade intrínseca/eficácia, então a resposta é zero, pq não acontece nenhuma modificação na célula, seu papel é impedir q o agonista atue.
Agonista parcial: Existe afinidade, fármaco se liga ao receptor, mas produz resposta de baixa intensidade. Produz modificação, mas é menor.
Curva dose resposta: relação entre a quantidade de fármaco administrado e a intensidade do efeito farmacológico (resposta). Serve pra avaliar a atividade de um fármaco e comparar um fármaco com outro.
Podemos avaliar: eficácia (efeito máximo possível); quantidade pra produzir 50% do efeito máximo; calcular o IT; a potência; avaliar os sinergistas e os antagonistas.
Resposta máxima: não tem mais receptores, organismo chegou em sua atividade máxima de resposta. Organismo não tem mais condições de responder ao fármaco; não adianta aumentar a dose. 
Resposta mínima: pequenas respostas q muitas vezes podem não se observar clinicamente o efeito farmacológico; se tem pouco receptores ocupados não determina uma resposta perceptível embora o receptor esteja ativado. 
Teoria de ocupação dos receptores: a relação é de 1:1 (uma droga, um receptor); a quantidade ligada aos receptores é ínfima em relação a quantidade administrada; a droga q se ligar produz alterações funcionais na célula enquanto a droga estiver ligada ao receptor; a intensidade dos efeitos é proporcional a quantidade de receptores ocupados; o efeito máximos só seria alcançado quando todos os receptores fossem ocupados. 
Clarck: determina oq é um agonista (ligação determina uma resposta farmacológica) e um antagonista (mesma substancia q se liga, mas essa ligação não determina uma resposta farmacológica)
Diferença entre agonista e antagonista basicamente é a existência ou não da atividade farmacológica; pq afinidade o receptor tem pelas 2 substancias.
A constante equilíbrio da curva dose resposta é o ponto onde se tem metade da resposta farmacológica. Tem um mesmo nº de receptores ocupados e desocupados. Isso se chama concentração ou dose eficaz 50.
Analisando a curva dose resposta, tem outros pontos da curva, e pode-se utilizar essa curva pra fazer comparações entre fármacos, analisando afinidade e eficácia entre fármacos. Pode-se comparar por ex. 2 drogas q atuam no mesmo receptor e q produzam o mesmo efeito.
Principais parâmetros da curva dose resposta: 
Potência: situação da curva ao longo do eixo das doses; serve pra comparação, é uma medida comparativa, refere-se ás diferentes doses de 2 fármacos pra produzir o mesmo efeito; isoladamente a potencia n tem demasiada importância; uma droga não é melhor ou pior do q outra levando-se em conta apenas a potencia.
Eficácia: representa a situação da curva ao longo do eixo das ordenadas (eixo do efeito). A altura alcançada vai nos dar uma ideia de sua eficácia, descreve a força de um único complexo droga-receptor para provocar uma resposta do tecido. Embora seja o parâmetro mais importante, pode ser limitado em função de efeitos indesejáveis, como ex. uma substancia com índices terapêuticos baixos.
Inclinação: a inclinação da porção central +ou- linear da curva tem uma importância mais teórica do q prática. Uma inclinação acentuada demonstra q uma inclinação produz grandes efeitos, mínimas variações na dose podem causar grandes variações no efeito; já uma dose pequena não leva nem a dose toxica nem a subdose.
*efeito máximo seria a eficácia
· Farmacodinâmica nada mais é do q o estudo de interações entre as moléculas dos fármacos e constituintes do organismo, e essa interação gera uma série de eventos fisiológicos e bioquímicos q vão constituir/resultar a resposta farmacológica.
18/06 (aula prática)
*existem locais preferenciais pra um fármaco agir. 
Alvos para a ação dos fármacos: Receptores (já existem pra se ligar a constituintes endógenos), canais iônicos, enzimas, moléculas transportadoras.
*Receptores da noradrenalina são os receptores alfa e beta adrenérgicos
*farmaco pode se ligar ao receptor e não desencadear nenhuma reação, ai são inibidores
*canais iônicos: um ex. é anestésico local, q atua penetrando na cel por difusão e vai estreitar o canal iônico e o anestésico local ainda se combina com algumas estruturas q existem na face interna desse canal.
*enzimas: fármaco agindo com um falso substrato, bloqueando a enzima e inibindo sua atividade
RECEPTORES: 
- Elementos sensores nos sistemas de comunicação química q coordena a função de todas as cels do corpo, sendo os mensageiros químicos representados por hormônios, transmissores e outros mediadores. 
- Substâncias terapeuticamente uteis atuam sobre receptores de mediadores endógenos
-Histamina (agonista) e mepiramina (antagonista)
CANAIS IÔNICOS:
-Canais iônicos regulados por ligantes, também chamados canais iônicos ionotrópicos.
-Alguns canais iônicos incorporam um receptor e só abrem quando este estiver ocupado, outros são regulados por outros mecanismos.
Canais iônicos regulados por voltagem – são muito importantesFármacos podem afetar a função dos canais iônicos ao interagir com o sitio receptor dos canais regulados por ligantes ou com outras parte da molécula do canal. A interação pode ser indireta, envolvendo uma proteína G ou outros intermediários; ou direta quando o próprio fármaco liga-se a proteína do canal – anestésico local no canal de sódio.
ENZIMAS: É o alvo de muitas substancias. Muitas vezes a molécula da substancia é um análogo do substrato q atua como inibidor competitivo da enzima. Reversível = neostigmina (inibe de forma reversível a acetilcolinesterase); irreversível: aspirina (inibe de forma irreversível).
As substancias podem atuar como substratos falsos em q a molécula sofre transformação química pra formar produto animal, alterando a via metabólica. Ex: Fluorouracil – antineoplásico (age como falso substrato)
Substitui a uracila como intermediário na síntese de purinas, mas não pode ser convertido em timidilato, bloqueando a síntese de DNA, impedindo a divisão celular.
MOLÉCULAS TRANSPORTADORAS
As proteínas transportadoras- transporte de íons e pequenas moléculas orgânicas (q não são lipossolúveis e não atravessam a membrana por difusão, vão precisar de proteína transportadora) através da membrana celular. Apresentam um sitio de reconhecimento especifico – pode ser alvo para substancias q bloqueiam esses sistema de transporte.
- Transporte de glicose e aminoácidos
- Ions e moléculas orgânicas no túbulo renal
PROTEÍNAS RECEPTORAS: induzem diferentes tipos de efeitos celulares:
Respostas rápidas – transmissão sináptica
Respostas intermediárias – catecolaminas, peptídeos
Respostas longas – hormônio tireóide, esteróides
Tipos ou Superfamílias de receptores - Conforme estrutura molécula, natureza da ligação – mecanismo de transdução.
Canais iônicos regulados por ligantes
Receptores ionotropicos
São proteínas de membrana com estrutura semelhante a outros canais iônicos, mas q incorporam um sitio de ligação (receptor), geralmente no domínio extracelular
Receptor nicotínico da Ach, GABA A, glutamato NMDA.
Receptores ligados a proteína G
GPCR: G proteína coupled receptors
Maior família. Receptores de membrana acoplados a sistemas efetores intracelulares atrás de uma proteína G
Receptores de hormônios e transmissores lentos – receptor muscarínico da Ach, adrenérgico.
Receptores ligados a quinase ou relacionados
Receptores de membrana q respondem a mediadores proteicos. Apresenta um domínio extracelular ligado a um domínio intracelular por única hélice transmembrana. Receptores insulina, citocinas e fatores de crescimento.
Receptores nucleares
Regulam a transcrição genética; alguns são localizados no citosol e migram pro núcleo na presença do ligante. Ex: receptores de esteroide, hormônio da tireoide, acido retinóico, vit D. (atravessa a célula e se liga com o receptor).
17/06 
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO
O sistema nervoso autônomo apresenta 2 porções que conduzem impulsos aferentes.
Somática – músculos esqueléticos
Autônomo- coração, glândulas e músculos involuntários.
O SNA apresenta 2 divisões: SIMPÁTICO ou TÓRACOLOMBAR 
 SISTEMA PARASSIMPATICO OU CRÂNIO-SACRAL
Geralmente, esses 2 sistemas são antagônicas. A maioria das vísceras apresenta inervação dos 2 sistemas (tanto simpático quanto parassimpático). Do ponto de vista anatômico, os 2 apresentam diferenças importantes:
Gânglios Simpáticos ou ADRENERGICO: localizam-se próximos do canal medular = RESPOSTAS DIFUSAS
Gânglios Parassimpáticos ou COLINERGICO: localizam-se próximos do órgão efetor = RESPOSTAS LOCALIZADAS (ou menos difusas). *tem fibras pré ganglionares bem longas
Funções do SNA: Atividades do musculo liso e cardíaco, glândulas digestórias, sudoríparas, e endócrinas (estruturas que não estão sob controle voluntario; objetivo de fazer adequação da resposta orgânica ao meio externo). Manutenção do meio interno. *Oq acontece se um animal precisa se adaptar a um ambiente mais frio? SNA determina vasoconstrição periférica pra q o organismo não perca calor pro ambiente. Adequar a resposta biológica.
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO: Produz descargas de forma localizada e participa das funções de conservação e restauração produzindo diminuição da frequência cardíaca, miose e estimulo do trato digestório. Sistema de predomínio no descanso e na digestão. É responsável pela RESTAURAÇÃO das atividades. É o sistema do repouso, descanso. A sinapse ganglionar ocorre muito próximo ou mesmo no interior do órgão-alvo, sendo os neurônios pós-ganglionares muito curtos em comparação aos do simpático. 
*PS é o sistema do repouso, descanso; porém qualquer fator de alerta, stress é ativado o Simpático, através da liberação de noradrenalina. Mudanças q acontecem pra adequar a reposta orgânica a situação do meio. Neurotransmissor do simpático é a noradrenalina.
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: Produz descargas em massa, entra em atividade durante as crises emotivas ou em caso de necessidade e prepara o organismo para a luta ou fuga. A descarga simpática produz taquicardia, hipertensão, midríase e hiperglicemia. 
Transmissão Química dos Impulsos Nervosos: 
Ao chegar a sua terminação, as fibras pré-ganglionares perdem sua camada de mielina, e se encontram com as fibras pós ganglionares (que não tem mielina) formando a Fenda Sináptica. 
*mielina é o isolante do nervo
*Sinapse: na sua terminação, a fibra pré-ganglionar perde sua camada de mielina e se encontra com a fibra pós ganglionar formando a fenda sináptica.
Quando um impulso percorre o neurônio e alcança suas terminações provoca uma resposta nas células efetoras. Esta transmissão é mediada por substâncias denominadas NEUROTRANSMISSORES (mensageiros quimicos). 
*Um potencial de ação atravessa o neurônio e chega na região simpática determinando entrada de cálcio na fibra pré- sinaptica, oq determina movimentação nas vesículas de NT, acontecendo liberação por exocitose desses NT q caem na fenda sinaptica e pode se encontrar com estruturas da membrana pos sinaptica, os receptores. Ai acontecerão alteraçaoes q vao determinar a resposta farmacologica.
*Impulsos elétricos, originários do SNC resultam em despolarização local da membrana neuronal como resultado do aumento seletivo da permeabilidade dos íons Na que entram na célula. Segue-se imediatamente a repolarização da membrana pelo aumento seletivo de íons K que saem. Esses fluxos iônicos são mediados por canais iônicos separados. O fluxo transmembrana que leva a correntes iônicas produzidas em um circuito local, resulta na geração de um potencial de ação que é propagado através da extensão do axônio. A chegada do potencial de ação na terminação nervosa pré- ou pós ganglionar leva a uma liberação quantal (de aglomerados multimoleculares isolados) de NT, estocados em vesículas intracelulares. 
Etapas da Transmissão Sináptica:
1- Liberação de NT- Noradrenalina ou Acetil colina. *A liberação do NT ocorre através de um processo chamado EXOCITOSE, q é cálcio dependente. As vesículas de armazenamento migram através da ação de uma família de proteínas, que controlam o trafego e a mobilização das vesículas ate a membrana da terminação nervosa e fundem-se a ela. 
2- União do NT com receptores pós-sinápticos:
Aumento da permeabilidade ao sódio: potencial pós sináptico excitatório – despolarização.
Aumento da permeabilidade ao potássio: potencial pós sináptico inibitório – hiperpolarização.
3- Aparecimento da atividade pós sináptica
*Leva ao aumento na permeabilidade iônica que resulta na geração do potencial de ação que são propagados pelo axônio do neurônio pós-ganglionar até o órgão-alvo. O NT liberado pelos neurônios pós-ganglionares é a NORADRENALINA (no simpático), e pelos parassimpáticos pós-ganglionares é ACETILCOLINA.
4- Eliminação do NT: A acetilcolina sofre principalmente metabolização e a Noradrenalina sofre recaptação. 
NEUROTRANSMISSORES DAS FIBRAS SIMPÁTICAS PÓS-GANGLIONARES:
Biossíntese - A partir da tirosina, forma-se a dopamina e depois tem a formação da noradrenalina. 
Uma das enzimas responsáveispor essa produção é tirosina hidroxilase, que também é chamada de passo limitante, porque é capaz de regular a produção de noradrenalina; essa enzima entra em atividade quando os estoques de noradrenalina estão baixos. Se os estoques de noradrenalina estão elevados a tirosina hidroxilase inibe secreção da noradrenalina.
Armazenamento da Noradrenalina: uma vez sintetizada, a adrenalina é armazenada nas vesículas sinápticas esperando estimulo para se liberada; é captada por transporte ativo, armazenamento, proteção da destruição/ degradação enzimática; pool de reserva associado ao ATP e cromogramina (junto a eles a noradrenalina fica armazenada esperando estímulo para ser liberada). 
Liberação da Noradrenalina: propagação do impulso nervoso ao longo do neurônio adrenérgico pós ganglionar; 
exocitose de noradrenalina das vesículas de armazenamento.
No momento q a Noradrenalina cai na fenda podem acontecer varias coisas...
Metabolização da Noradrenalina: Catecol- O- metiltransferase (CONT) e Monoominoxidade (MAO). Essas enzimas CONT e MAO metabolizam/destroem/degradam a noradrenalina. Outra coisa q pode acontecer é a receptação pela fibra pré sinaptica. Também a noradrenalina pode sofrer difusão (se perder no espaço sináptico). Ou ela pode ligar-se a receptores adrenérgicos.
*Ao contrario da acetilcolina que sofre metabolização muito rápida, a Noradrenalina não é a metabolizada, pois ela sofre a recaptalização,a COMT e a MAO que são responsáveis pelo término de sua ação. E ocorre sua ligação a receptores Adrenérgicos. Uma vez q a noradrenalina seja liberada e se combine com receptores pos sinápticos desencadeia a resposta farmacológica.
RECEPTORES ADRENÉRGICOS:
-receptores alfa adrenérgicos: costumam apresentar respostas estimulantes (exceto intestino):
alfa 1- pós sináptico, ou seja, responsável pela atividade noradrenérgica. 
alfa 2- pré sináptico – regula a liberação de noradrenalina. *Quando existe liberação de noradrenalina, algumas se ligam em receptores pré- sinápticos e fazem o efeito e outras no pós sináptico e regular a liberação. Os receptores alfa adrenérgicos tipo 2 podem mediar a inibição da liberação de outros NT além da NA nos sistemas autônomo e central. 
-receptores beta adrenérgicos: costumam apresentar respostas depressoras (exceto coração):
beta 1 – estimulação cardíaca e depressão intestinal
beta 2 – resposta depressora brônquios e vasos.
A ativação beta adrenérgica leva ao aumento do segundo mensageiro, o AMPc.
Medula adrenal – esses mesmos receptores adrenérgicos vão secretar adrenalina
24/06
NORADRENALINA- NT do SIMPÁTICO
Resposta do simpático são respostas a estímulos: perante perda de sangue, aumento de atividade física, estresse. Sempre uma resposta de reparação do organismo frente a uma solicitação externa.
Fármacos Adrenérgicos ou Simpatomiméticos ou Agonistas Adrenérgicos: pra ser considerado adrenérgico o fármaco precisa facilitar ou imitar a ação do simpático (imitar a ação da noradrenalina, ação semelhante a noradrenalina); atuam facilitando ou mimetizando a ativação do simpático. Classificação dos fármacos q atuam no SNS (2 grupos):
 1- Simpatomiméticos (ou antagonista, bloqueadores adrenérgicos) de Ação Direta: 
*Ligam-se no receptor adrenérgico e possuem efeito mto semelhante a noradrenalina (pq tem estrutura química mto parecida com a da noradrenalina). Se usa quando quer aumentar FC, fazer vasoconstrição ou broncoconstrição.
Noradrenalina, Adrenalina, Dopamina, Isoproterenol, Dobutamina
Alguma seletividade: alfa 1- fenilefrina, metoxamina; alfa 2 – alfametildopa; alfa 3- xylazina, clonidina.
2- Simpatomiméticos (ou antagonista, bloqueadores adrenérgicos) de Ação Indireta:
São simpatomiméticos; mas não se ligam no receptor adrenergico, mas produzem ação adrenérgica. Fazem isso de forma indireta, tem capacidade de bloquearem a recaptação da noradrenalina. 
Inibe recaptação da Noradrenalina, aumentando de Noradrenalina na fenda, e ai tem ação adrenérgica muito intensa.
São eles: Anfetamina, efedrina, fenilefrina e cocaína.
Fármacos adrenérgicos : adrenalina como protótipo deste grupo, as principais ações farmacológicas da adrenalina são: 
ADRENALINA como ação farmacológica:
*No músc liso->alfa- atua fazendo contração na pele e leitos vasculares de grandes artérias e arteríolas, eleva P.A sistólica e diastólica. No trato digestorio- beta e alfa- ações inibitórias; alfa responsável pelo relaxamento na maior parte do TGI, e beta na contração dos esfíncters. Nos brônquios: broncodilatação ( beta 2; muito utilizado na reversão de crises asmáticas). No coração: beta 1 tem ação estimulante, aumenta FC e força de contração, aumenta débito cardíaco e aumenta consumo de oxigênio. No metabolismo: conversão de reservas energéticas (estimula transformação de glicogênio em glicose, de gordura em AG);ou seja aumenta substratos gliconeogênicos de tecidos periféricos (carboidrato no fígado beta 1; lipólise beta 2) 
Estimulação simpática: *Prepara individuo, concentra energia pra fuga ou luta. Libera reservas de energia.
1- Ação excitatória periférica: sobre certos tipos de musc liso: vasos de pele, rim e mucosas. Glândulas salivares e sudoríparas.
2- Ação inibitória periférica: sobre alguns tipos de musc liso: parede intestinal, brônquios e vasos da musc esqueletica
3- Ação excitatória cardíaca: responsável pelo aumento da FC e força de contração.
4- Ações metabólicas: eleva glicogenolise hepática e muscular, liberação de AG no tec adiposo
5- Ações endócrinas: modula secreção de insulina, renina e hormônios hipofisários
6- Ações sobre o SNC: estimulação respiratória e aumento de vigília, atividade psicomotora, redução apetite (algumas substancias)
7- Ações pré-sinápticas: inibição ou facilitação da liberação de neuro transmissores
Usos clínicos dessas substancias: tratamento da asma (estímulo do beta relaxa musculatura lisa dos brônquios); prolongamento da anestesia local (associa-se anestésico local com agente vasoconstritor [adrenalina] e vai demorar mais tempo pra ser absorvido e a anestesia vai durar mais tempo; Prolonga anestesia local, quanto mais lenta absorção, melhor, pois diminui a velocidade com que a substancia adrenérgica, que faz vasocontrição, diminuindo a velocidade de absorção); descongestionante nasal (causa vasocontriçao localizada); reação anafilática (choque; precisa reverter a dilatação, evita a vasodilatação); hipotensão (precisa elevar PA); parada cardíaca (tem q aumentar força de contração do coração); choque (substancia q melhore o batimento cardíaco, melhorando a perfusão); icc (aumenta força de contração do musculo cardíaco) ; contenção animal- reduz efeitos da excitação ou exercício
Antagonistas dos receptores adrenérgicos: impedem ação da adrenalina e noradrenalina nos receptores adrenergicos. Bloqueiam receptores alfa e beta adrenérgicos. 
*Antagonistas dos receptores Adrenérgicos: Substâncias que se opõem aos efeitos da estimulação do Simpático. Tem capacidade de reduzir a atividade nervosa simpática, através da inibição da interação da NA, AD e outros medicamentos simpatomiméticos com os receptores adrenérgicos. Bloqueadores alfa e beta adrenérgicos.
1-Antagonistas alfa adrenérgico: Todos os medicamentos que possuem afinidade por estes receptores, mas que não tem capacidade de ativá-los. 
- não seletivos: fenoxibenzamina, fentolamina,tolazolina
- antagonista α 1 seletivo: prazosin (substancia mais importante do grupo, ele é seletivo pra placa alfa 1, utilizado em situação de tratar hipertensão ou tratamento do feocromocitoma [tumor funcionante de supre renal, supra renal produz adrenalina em quantidade excessiva, q precisa ser bloqueada])
- antagonista α2 seletivo: ioimbina
- derivados do esporao do centeio – ergot
Usos clínicos: hipertensão e feocromocitoma (tumores na supra renal, é funcionante há superprodução de adrenalina, aumenta estímulos, precisa minimizar então atividade alfa e beta adrenérgicos).
2-Antagonistas beta adrenérgicos: Apresentam tanto semelhança estrutural como perfil farmacológico similar ao propanolol. As semelhançasestruturais entre agonistas e antagonistas que atuam nos receptores beta são mais evidentes do que aquelas entre agonistas e antagonistas vistas nos receptores alfa. Assim, a substituição de um grupo isopropil ou de outro substituinte volumoso no nitrogênio do grupamento amino favorece a interação com os receptores b-adrenérgicos. 
Propranolol – β 1 , β 2 (substancia mais utilizada; age em beta 1 e 2 e existem ) practolol, oxprenolol, alprenolol, atenolol – β1
Atividade farmacológica depende da atividade simpática. Pequena alteração: freqüência cardíaca; débito cardíaco; pressão arterial; reduz efeito de excitação e exercício. 
Usos clínicos: hipertensão. Efeitos indesejados: bronconstrição, insuficiência cardíaca (efeitos associados aos efeitos em beta 2)
NEUROTRANSMISSORES DAS FIBRAS PARASSIMPÁTICAS PÓS-GANGLIONARES: acetilcolina!!!
Ciclo da acetilcolina: a acetilcolina é biossintetizada assim: 
Biossíntese: acetil COA + enzima colina-o-aceiltranseferase -> Ach (acetilcolina). Depois de criada, a acetilcolina é estocada nas vesículas pré-sinápticas, e vão ficar ali estocadas, aguardando estimulo para serem liberadas.
Liberação – existem 2 maneiras de liberar (2 fases, 2 momentos):
1ª.Liberação em pequenas quantidades: de forma continua e espontânea, incapaz de fazer surgir um potencial de ação. Sempre vão estar sendo liberadas pequenas quantidades de acetil colina, q n fazem surgir um PA na fibra pos ganglionar.
2ª.Liberaçao de acetil colina em grandes quantidades: gera um potencial de ação. 
 Quando o potencial de ação chega a terminação nervosa motora, há a liberação (por exocitose) sincrônica de 100 ou mais vesículas de acetilcolina. Essa acetilcolina é jogada na fenda sináptica e tem alguns destinos: 
Destinos: Difusão no espaço extra-sináptico (se perde) ou degradação enzimática (pelas enzimas acetilcolinesterases ou butinilcolinesterases), ou pode ainda se combinar com receptores colinérgico e ai teremos resposta farmacológica (esses receptores da acetilcolina podem ser nicotinicos ou muscarinicos). 
RECEPTORES COLINÉRGICOS: Podem ser nicotínicos ou n colinérgicos (encontrados na placa mioneural/junção neuromuscular, gânglios simpaticos e parassimpaticos ) e muscarínicos ou m colinergicos (estão no coração, SNC, vísceras e glandulas).
Fármacos Colinérgicos: substâncias q tem capacidade de estimularem os receptores colinérgicos, produzem efeitos iguais ou semelhantes ao da acetilcolina. Podem ser chamadas tb de agonistas ou colinomiméticos. São classificadas em: Colinérgicos de Ação direta (são fármacos q tem capacidade de se ligar no receptor colinergico e produz ação parecida com a ação da acetilcolina; mimetizam os efeitos da estimulação dos neurônios colinérgicos, atuando diretamente em receptores de ACh.). Ex: ésteres da Colina: acetilcolina, carbacol, metacolina, betanecol e alcalóides colinomiméticos: muscarina, arecolina, pilocarpina.
 *Chega no receptor colinérgico pq tem afinidade, e tem uma atividade intrínseca mto parecida a da acetilcolina.
Colinérgicos de Ação indireta: (não agem com receptor, inibem a enzima responsável pela degradação e produz acumulo de ach e tem ação colinérgica) atuam inibindo/impedindo a acetilcolinesterase, inibem metabolização.
E se suspende a atividade enzimática de 2 maneiras: REVERSÍVEIS (suspende por um tempo mas depois a enzima volta a funcionar)- fisostigma, neostigmina, edrofrônio, piridostigmina, demecário, ambemônio. IRREVERSÍVEIS (suspende e a enzima e não volta a funcionar, é irreversível, o organismo vai ter q sintetizar novas enzimas; não tem utilidade na clinica mas são importantes do ponto de vista toxicologico)- mais importantes – ecotiofato, sarim, tabum, somam, paraoxan, paration, fention, dimpilato, melation, tepp.
AÇÕES- EFEITOS FARMACOLÓGICOS dos fármacos colinérgicos (tem basicamente as mesmas ações da ach): 
Coração: Ach causa diminuição na FC, na força de contração e na velocidade de condução dos tecidos especializados (nodo sinoatrial e nodo atrioventricular).
Nos vasos: não tem receptores muscarinicos, mas a ACH faz vasodilatação pq existem receptores muscarinicos no endotélio q produzem liberação do fator de relaxamento do endotélio q produz o relaxamento. Vasodilatação (fator de relaxamento do endotélio); também tem vasodilatação q acontece mesmo sem existir receptores muscarinicos na cel vascular, pq existem receptores muscarinicos nas cels endoteliais e produzem fator de relaxamento do endotélio q causa vasodilatação; isso faz com q caia a PA, ai tem os barorreceptores q fazem com q a PA aumente. 
Sistema respiratório: produz broncoconstriçao e aumento das secreções traquiobronquicas 
Glandulas: lacrimal, digestiva, salivar e sudorípara: todas glandulas endocrinas sofrem estimulação pelo PS.
Sistema urinário: aumenta peristaltismo; contrai detrusor, relaxa trigono e esfíncter externo. Facilita, promove a micção. Micção torna-se mais frequente, podendo até evoluir pra micção involuntária.
S digestório: aumento do tônus e da amplitude das contrações, aumento da atividade peristaltica do estomago e intestino. 
Olho: miose, contração do diâmetro ocular, contrai musculo ciliar, acomodam visão para próximo. PS acomoda visão pra próximo.
Toxicidade: nada mais é do q uma extensão dos efeitos farmacológicos, essas substancias diminuem a FC e podem levar a parada cardíaca se usada por via venosa ou via muscular (tudo vai depender da concentração q se está administrando). Deve ser usada por via oral. Pode causar intoxicação, e se causa intoxicação se usa substancia capaz de bloquear os receptores muscarínicos da ACH.
*Sinais tóxicos: a nível do órgão efetor do PS, atua na medula adrenal, atua no coração, atua nos receptores simpáticos pq o gânglio simpático tem um receptor nicotínico q a ACH vai atuar. Excesso de ACH produz intoxicação.
01/07/2013
COLINÉRGICOS INDIRETOS: substancias q inibem a colinesterase, seus efeitos são os mesmos, a forma como atuam é q é diferente. Atuam inibindo a enzima da ACh, aumentando a atividade colinérgica. 
Acetilcolinesterase: SNC, fibra pré SNA, eritrócitos e musculo esquelético.
Butitilcolinesterase: plasma, fígado, musculo liso, glândulas e pele.
Classificação:
Carbamatos: fisostigminas
Organofosforados:
*Ach se liga com a enzima e forma um complexo instável (dura 1 segundo) e já não é mais ach, é ac acético e colina.
*Porém, quando existe o organofosforado, este se liga a enzima e fica por mto tempo, formando um complexo estável
*Tanto efeito farmacológico quanto o toxico são efeitos farmacológicos.
*bloqueadores neuro musculares bloqueiam receptores nicotínicos da placa motora
Efeitos farmacológicos: junção neuromuscular (atonia de musculo liso), TGI, sistema respiratório, sistema cardiovascular, SNC, globo ocular (faz miose), glandulas exócrinas (aumento de suas secreções).
*Efeitos farmacológicos são sempre extensões dos efeitos fisiológicos.
USOS TERAPEUTICOS:
- antiparasitário- Utilizado principalmente para parasitas externos, como carrapatos. Agem como um colinesterase no parasita, o hospedeiro não é atingido, apenas o parasita (inibem colinesterase).
- glaucoma- Glaucoma é doença onde tem aumento da pressão intraocular (se produzir miose, essa diminuição da musculaura do gloco ocular vi fazer com q o).
- miastenia grave - Doença que ataca cães e outras espécies, ocorre uma dessensibilização de receptores colinérgicos da placa motora, ocorre paralisia muscular (doença auto imune)
-reversao bloqueio neuromuscular
- ileo paralitico e atonia de bexiga- Pode ocorrer em um pós parto, ou pós operatório, onde se tem dificuldade de voltar o metabolismo do animal ao normal.
-Tratamento da Intoxicacao- Depende do nível da intoxicação, do tipo de substancia, do tempo, da vida. Organofosforado ou outra substancia acidentalmente é preciso, antes de mais nada remover a fonte, interromper a absorção. Se essa intoxicação for por via inalatório, o paciente deve ser retirado do local. O pelo do animal deve ser lavado (se for por via tópica, para interromper a absorção); E é preciso NEUTRALIZAR acetilcolina, administrando um antagonista colinérgico, essa substância é chamada de ATROPINA. Além disso é preciso fazer reposição de água e elitrólitos (pq tem grande transito intestinal e micção ai o paciente perde liquido); Precisa neutralizar excessso de ACH, ai tem q administrar um antagonista colinérgico - ATROPINA. A partir dai o tratamento é sintomático... se o paciente estiver com convulsão, ai se administra diazepan; São utilizados reativadores da colinesterase, a mais utilizada é a PRALIDOXIMA, que se liga ao complexo, retira o organofosforado e faz a enzima voltar a funcionar – produz reativação da colinesterase.
Bloqueadores muscarinicos (bloqueiam órgão efetor do PS) ou parassimpatolíticos (cortam ação do PS) ou fármacos atropinicos (em referencia a atropina, q é a substancia padrão do grupo)
Nesta classe de medicamentos são os agentes antimuscarinicos que antagonizam competitivamente a ACh em seus receptores. O principal uso clinico é como relaxante do músculo liso dos brônquios, tratos urinários e digestivo, como midriaticos e como antídoto em altas doses de colinimiméticos ou na intoxicação por organofosforados. 
Classificação quanto a origem:
 -naturais: atropina (alcaloide extraído de uma planta- belladona), escopolamina. Não apresentam seletividade grande.
- sintéticos: relação estrutural com atropina (buscam-se sintéticos q tivessem maior seletividade, já q os naturais n tem)
homatropina, metantelina, propantelina, ipatrópio, ciclopentolato, tropicamida, benzatropina, pirenzepina.
Farmacocinética
Amonio quartenario não penetram SNC – ipatrópio, metescopolamina
Amina terciaria penetram SNC – benzatropina, trihexafenilida
Mecanismo de ação: antagonismo competitivo (vence a substancia q tiver em maior concentração), bloqueio das ações da Ach em receptores muscarinicos:
Centrais : atropina e escopolamina – bloqueio M1 ,2,3,4 (bloqueio sem seletividade)
Demais: bloqueio seletivo (não é a seletividade q se deseja, ideal; é uma certa seletividade)
Ações Farmacológicas
1-gland salivar, sudorípara e brônquica
2- músculo liso e miocárdio
3- células gástricas
coração- altera frequência cardíaca: dose baixa- bradicardia (acontece por um estímulo vagal central); dose alta- taquicardia (excesso de atropina bloqueia receptores, bloqueio vagal Nodo SinoAtrial)
vasos- neutraliza a vasodilatação causada pela Ach; rubor atropínico 
*acetilcolina produz vasodilatação; atropina não produz nada se usada isolada. Mas se usar primeiro a ach vai vasodilatar, ai administra atropina e o vaso vai voltar ao normal, mas n vai contrair. Atropina n é vasoconstritora, só neutraliza a vasodilatação produzida pela Ach. Se a vasodilataçao é produzida por outro fator q n seja a ACh, a atropina n faz nada.
Efeitos da atropina e de todos os fármacos antimuscarinicos:
SNC: estimulação (exceção da escopolamina- anti muscarinico q mesmo em doses baixas já produz sedação; medicamento de escolha pra medicação pré anestésica. Anti muscarinico + sedativo)
Músculo liso: diminui peristaltismo, relaxa musculatura lisa (intestino, ureteres, brônquios)
Glândulas: diminui secreção glândulas: salivares (xerostomia é a diminuição da produção de saliva, sialorréia é o excesso), traqueobrônquicas, gástrica, sudorípara...)
Olho: midríase (aumento diâmetro pupilar) e cicloplegia (paralisia na acomodação visual)
Usos terapêuticos dessas substancias
Espasmos abdominais (bloqueiam receptores muscarinicos; espasmos ocasionados por excesso de ach; ex: atroveran)
Redução secreção acida em cavalos (atropina)
Medicacao pre anestésica (escopolamina)
Cinetose (distúrbio, enjoo do movimento [em viagens, por ex]. Se usa escopolamina)
Colapso cardio vascular
Sialorreia (intoxicação por metais pesados, em q ocorre produção excessiva de saliva)
Cólica renal (dor intensa)
Intoxicação por anticolinesterasicos
09/07/2013 (aula prática)
2 classes de fármacos que atuam no Sistema Nervoso Periférico: Bloqueadores Neuromusculares e Anestésicos Locais. 
Bloqueadores Neuromusculares
Atuam no SNP.
Receptores muscarinicos e nicotínicos.
Muscarinicos estão no órgão efetor do PS, bloqueados pela atropina. Quando se usa atropina inibe receptor muscarinico, inibe ação do PS.
Bloqueadores nicotinicos ganglionares (não tem importância clinica, não veremos)
Receptores nicotínicos não existem apenas nos gânglios S e PS, existem também na junção neuromuscular ou placa motora, q tem Acetilcolina - Ach como neurotransmissor.
Placa motora funciona através de um estimulo colinérgico, usando ACH como NT.
Existem fármacos q inibem essa transmissão- são os bloqueadores nicotínicos neuromusculares.
Bloqueadores Neuromusculares são substancias q provocam paralisia por bloqueio da condução neuromuscular, sem ação no SNC. Também conhecidos como relaxantes musculares periféricos ou agentes curarizantes. Atuam em nível pos sináptico. Atuam no receptor nicotínico da placa motora.
Origem: veneno utilizado nas flechas pelos índios da América do Sul. Curares na caça, q eram mistura de varias plantas q servia para ser utilizado na ponta das lanças e flechas, e o animal atingido era contaminado pelo curare e sofria paralisia muscular e ficava impedido de se locomover. Esse mesmo animal q era facilmente caçado, podia então ser consumido pelos índios, pq essas substancias são inativas por via oral. 
* Por isso o símbolo da sociedade de farmacologia é aquele pote indígena.
Por essa razão, são usadas na clinica de pequenos animais e em equinos.
Transmissão neuromuscular: o neurônio quando chega próximo ao terminal perde sua camada de mielina e tem uma fibra pré numa região próxima a fibra pós sináptica, q é a fibra muscular. Essa região é rica em vesículas q contem neurotransmissor. A medida q o neurônio vai se aproximando da fibra pós, ele perde a camada de mielina, q funciona como um isolante (como um fio de eletricidade). O estimulo atravessa, e tem um influxo de cálcio q determina o extravasamento de acetilcolina q ta contida nas vesículas, a ach vai ser extravasada na fenda sináptica e se combina com receptores nicotínicos q estão na superfície da fibra muscular. Combinação da ACH com receptores nicotínicos determina uma serie de eventos q resulta em uma contração muscular. Essa contração acontece de maneira rápida, e Ach se desliga e já será metabolizada pela acetilcolinesterase. Ach tem ação muito fulgas no organismo.
Terminal nervoso motor: sintetiza, armazena e libera Ach. Estimulo no nervo motor: Influxo de cálcio -> Mobilização vesicular e liberação de ach -> Ligação aos receptores colinérgicos -> Despolarização -> Contração muscular 
Bloqueador NeuroMuscular: Anestésicos locais tem importância pelo fato de produzirem relaxamento muscular, q é uma situação desejável em muitas situações como: adjuvante em anestesias, quando existe disponibilidade de ventilação artificial. Atuam na atividade pos sináptica da ach. 
*Doses elevadas de anestésicos gerias são perigosas. Anestesia é uma depressão do SNC. Pra conseguir um bom relaxamento muscular, tem q deprimir muito o SNC, e isso é perigoso.
Então se dá anestésico geral com dose mínima de bloqueador neuro muscular – anestésico local, pra ter mais segurança.
Classificação quanto ao mecanismo de ação:
Bloqueadores Não despolarizantes ou competitivos (curares verdadeiros): bloqueio dos receptores da Ach (curarizantes verdadeiros) – d – tubocurarina.
Bloqueadores Despolarizantes: são agonistas dos receptores da Ach
Decametônio e succinilcolina
Bloqueadores não despolarizantes ou competitivos: 
d- tubocurarina foi a primeira ser utilizada, é a substancia original. 
Pancurônio, vecurônio e atracúrio: diferem quanto a duração da ação.
Galamina: sintético
Amônio quartenario: pouca absorção – hidrossolúvel
Rápida excreção
Não atravessam a placenta
Baixa absorção oral (uso na caça de animais)
*São moléculas grandes, volumosas e pouco flexíveis, influenciando no mecanismo de ação destas substancias.
-> Competem pela disponibilidade dos receptores colinérgicos na membrana pós-sinaptica (é antagonismo competitivo, vence quem tá mais

Continue navegando