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A3 Ética e bem-estar animal - Eutanásia

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Ana Paula Puppo
Medicina Veterinária (1° Vespertino)
Ética e bem-estar animal
O termo eutanásia deriva do grego “eu” (boa) e “thanatos” (morte), constituindo o modo humanitário de matar o animal, sem dor e com mínimo estresse. De acordo com o § 1º do art. 14 da Lei nº 11.794, de 2008, a eutanásia é a prática de causar a morte de um animal de maneira controlada e assistida para alívio da dor ou do sofrimento.
Considerando o bem-estar animal e a definição de eutanásia, elabore em um texto dissertativo que discorra sobre um animal que necessite de eutanásia. Seu texto deve abordar:
1. Espécie animal e justificativa para eutanásia;
2. Como o procedimento deve ser realizado.
O caso apresentado se trata de um cão macho, da raça Poodle de 13 anos, com peso aproximado de 4,7kg, que apresentou a carteirinha de vacinação em dia. Na primeira consulta, realizada no dia 25 de novembro, no Hospital Veterinário (Hovet) da FMU, o proprietário relatou que o cão estava com otite há 3 meses, mas não estava em tratamento. O animal apresentava muita secreção nasal e ocular, inapetência, perda de visão, fraqueza, e segundo o tutor urinou deitado no dia anterior. Até o momento não tinha recebido nenhuma medicação. Para amenizar a dor do cão, foi administrado analgésico e antipirético.
O animal apresentou temperatura retal de 39,3°, frequência cardíaca de 120 bpm, desidratação leve, mucosas rosa-pálidas, otite purulenta bilateral, grande quantidade de cálculo dental, catarata bilateral e não reagia à palpação abdominal. 
Foram coletados sangue e urina, além de um Raio X torácico e uma ecografia abdominal e o monitoramento da glicemia do paciente. 
De acordo com os exames clínicos e a anamnese, o quadro mostrou-se compatível com diabetes mellitus complicada por presença de pneumonia, catarata, ceratoconjuntivite seca e úlcera de córnea. 
O animal foi internado para tratamento, onde recebeu uma série de medicamentos para que auxiliassem em sua melhora. Ele voltou a se alimentar no dia seguinte e devido a sua melhora, o tutor decidiu seguir o tratamento em casa. O tratamento consistia na administração de insulina a cada 12 horas após as refeições, caso o animal se alimentasse. Também foi prescrito a indução de antibióticos e um colírio para o tratamento da úlcera de córnea. 
Infelizmente, no dia 28 (3 dias após a primeira consulta), o tutor voltou ao hospital e relatou uma grande piora no quadro do cão, alegando muita dor, anorexia e prostração. Para evitar maior sofrimento, foi indicado ao tutor a eutanásia. Isso porque o animal não apresentou melhora e não conseguiria acompanhar o tratamento, pois ele não se alimentava e a indução de insulina só era permitida após as refeições. Sem conseguir completar o tratamento isso o levaria a um sofrimento intenso. O tutor aceitou a eutanásia.
Para a realização da eutanásia foi escolhido o método químico, que é baseado no uso de substâncias que produzam a inconsciência em seguida morte do animal.
Primeiramente foi usado um sedativo para acalmar e tranquilizar o animal. Em seguida, foi induzida uma injeção de anestésico geral, para que o animal durma e entre em um “coma induzido”, para que amenize ou não sinta nenhuma dor, e pôr fim a injeção de bloqueador neuromuscular (injeção letal, a eutanásia propriamente dita). 
Fontes:
Levantamento de dados e causas de eutanásia em cães e gatos: avaliação ética-moral (pubvet.com.br)
Eutanásia de animais (usp.br)

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