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Apostila_de_Praticas_Quimica_Geral_2008a

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UNIVERSIDADE PARANAENSE - UNIPAR 
 
RECONHECIDA PELA PORTARIA - MEC Nº 1580, DE 09/11/93 - D.O.U. 10/11/93 
MANTENEDORA ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA - APEC 
 
UMUARAMA – TOLEDO – GUAÍRA – PARANAVAÍ – CIANORTE – CASCAVEL – 
FRANCISCO BELTRÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “MANUAL DE PRÁTICAS LABORATORIAIS 
DA DISCIPLINA DE QUÍMICA GERAL” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSOS DE QUÍMICA E QUÍMICA.INDUSTRIAL 
1ª SÉRIE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Augusto Carlos Castro dos Santos 
Profa. Adriana Dias Martins Ferrarezi 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE ANALÍTICO 
 
 
ESTRUTURA DO CURSO ..............................................................................................3 
NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO.........................................................4 
ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIO E PRIMEIROS SOCORROS.........5 
NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIO ..................................................7 
AULA 1 – INSTRUÇÕES GERAIS E MATERIAL BÁSICO DE LABORATÓRIO ..........8 
AULA 2 – ESTUDO DO BICO DO BUNSEN E O TESTE DA CHAMA........................14 
AULA 3 – PROPRIEDADES FÍSICAS DAS ESPÉCIES QUÍMICAS............................17 
AULA 4 - SUBSTÂNCIAS.............................................................................................19 
AULA 5 - DIFERENCIAÇÃO ENTRE FENÔMENO QUÍMICO E FENÔMENO FÍSICO23 
AULA 6 - DESDOBRAMENTO DE MISTURAS ...........................................................25 
AULA 7- DESDOBRAMENTO DE MISTURAS II .........................................................27 
AULA 8 - PROPRIEDADES FUNCIONAIS DOS ÁCIDOS...........................................29 
AULA 9 - MÉTODOS GERAIS DA PREPARAÇÃO DE BASES..................................32 
AULA 10 - SOLUÇÕES ................................................................................................34 
AULA 11 - ESTEQUIOMETRIA DE UMA REAÇÃO.....................................................37 
AULA 12 - TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS ..............................................................39 
AULA 13 - TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE ........................................................................41 
AULA 14 - REAÇÃO DE SÍNTESE...............................................................................44 
AULA 15 - SOLVENTES POLARES E APOLARES ....................................................47 
AULA 16 - REAÇÕES DE DUPLA-TROCA..................................................................49 
AULA 17 - PREPARAÇÃO DE UM ESPELHO DE PRATA .........................................50 
AULA 18 - CONCENTRAÇÃO HIDROGENIÔNICA.....................................................52 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...................................................................................57 
 2
 
I – Introdução: 
 
A formação de profissionais que sejam realmente criativos, ao invés de 
repetitivos, só se pode lograr sobre uma base sólida nas ciências relacionadas com a 
especialidade. Esta base permite compreender, ao invés de memorizar, raciocinar ao 
invés de aplicar receitas, continuar aprendendo e progredindo durante toda a sua vida 
profissional em lugar de estagnar e vegetar. 
Os químicos, farmacêuticos, bioquímicos, médicos, enfermeiros etc., formados 
onde se realiza investigação fundamental em alto nível em ciências são os verdadeiros 
profissionais criativos. 
Entre as vantagens num curso com laboratório destacamos a visualização de 
conceitos ou fenômenos que são demasiadamente abstratos: o desenvolvimento de 
habilidade e técnicas experimentais: a utilização correta de instrumentos; etc. 
O trabalho experimental é um dos alicerces para o ensino e para a compreensão 
físico-química dos fenômenos. As experiências descritas nesta apostila procuram dar 
ao aluno uma visão dos principais fenômenos relacionados com o aprendizado da 
química, incluindo as técnicas básicas e noções gerais sobre segurança no laboratório. 
 
II – Objetivos: 
 
a) Fornecer aos alunos, atividades, de forma que venha a completar a parte teórica, 
necessária à perfeita compreensão de sua aplicação no curso de Química. 
b) Desenvolver a capacidade de manuseio e observação laboratorial, sob condições 
experimentais controladas. 
 
III – Esquema: 
 
As aulas práticas serão desenvolvidas através de atividades em laboratório. 
 
IV – Laboratório: 
 
A fim de tornar o trabalho laboratorial no curso de Química Geral tão proveitoso 
quanto possível, sugerimos o seguinte: 
a) Leia, com atenção, a atividade que lhe cabe realizar. Tenha bem claro, o objetivo 
principal da atividade. Evite executar as atividades, frase por frase, com a mão à 
apontar as instruções impressas, e a outra a segurar os instrumentos a utilizar. Esta 
técnica de “livro de cozinha” é muito deficiente e imprópria. 
b) Registre todos os dados principais (pesagens, leituras e outros dados de 
observações), num caderno, nunca em folhas soltas. 
c) No final de cada atividade, há um relatório que deverá ser completado. 
d) Finalmente, o trabalho no laboratório deverá trazer a você novas perspectivas e 
dimensões que ajude à compreender os conceitos tratados em aulas teóricas. 
 
 
ESTRUTURA DO CURSO 
 
1. Para o bom andamento das experiências, o aluno deve ler com antecedência a 
apostila para entrar no laboratório sabendo o que será feito e assim acompanhar a 
explicação que será dada pelo professor. 
 3
 
2. Grupos de 5 alunos: os alunos devem formar grupos de cinco alunos já na 
primeira aula, identificando esta associação ao professor que irá anotar e este 
grupo deve ser mantido até o final desta disciplina. 
3. Relatórios: serão feitos relatórios para descrever as observações e resultados das 
experiências. Cada grupo irá entregar um relatório e deverão constar somente os 
nomes dos alunos que estiverem presentes nas práticas realizadas, com as 
assinaturas e números de matrículas correspondentes. Caso sejam incluídos os 
nomes de alunos que não compareceram, será atribuída NOTA ZERO para todo o 
grupo na respectiva experiência. Todos os relatórios devem ser entregues logo no 
início da aula seguinte. 
4. Haverá experiências que não vão ser exigidos relatórios. 
 
NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO
 
Abaixo estão as principais maneiras de se evitar acidentes no laboratório. 
 
 
 
 Acidentes no laboratório ocorrem por causa de descuido, precipitação ou falta de 
informação das técnicas apropriadas. O aluno tem que ter responsabilidade pela 
própria segurança e pela dos colegas que estão próximos. Lembre-se: 
LABORATÓRIO NÃO É LUGAR PARA BRINCADEIRA! Concentre-se no que estiver 
fazendo! 
 
1. Preparar-se para realizar cada experiência, lendo antes os conceitos referentes 
ao experimento e a seguir ler o roteiro da experiência. 
2. Seguir rigorosamente as informações fornecidas pelo professor, respeitando 
rigorosamente as precauções recomendadas. 
3. Qualquer acidente deve ser comunicado imediatamente ao professor. 
4. Não fumar, comer ou fazer brincadeiras no laboratório. 
5. Se algum ácido ou qualquer outro produto químico for derramado, lavar o local 
imediatamente com bastante água. 
6. Evitar contato de qualquer substância com a pele. Cuidado especial deve ser 
observado ao manusear substâncias corrosivas como ácidos e bases 
concentrados. 
7. Não provar uma droga ou solução. 
8. Não aspirar diretamente qualquer vapor ou gás resultantes de experimentos. 
Para sentir o odor de uma substância, não colocar o rosto diretamente sobre o 
recipiente, mas com o auxílio da mão trazer um pouco do vapor até você. 
9. Não trabalhar com material imperfeito, se isso ocorrer, comunicar imediatamente 
ao professor. Usar sempre material limpo para não haja interferência nos 
resultados. 
10. Não deixar vidro quente em lugar em que possam pegá-lo inadvertidamente. 
Deixar qualquer peça de vidro quente esfriar durante bastante tempo, 
lembrando-se que o vidro quente tem a mesma aparência do vidro frio. 
 4
 
11. Não aqueça tubos de ensaio com a abertura virada parasi ou para outra 
pessoa. 
12. Todas as experiências que envolvam liberação de gases e/ou vapores tóxicos 
devem ser realizadas sob exaustão (capela). 
13. Tenha cuidado com reagentes inflamáveis: Não manipular em presença de fogo. 
14. Quando terminar seu trabalho fechar com cuidado as torneiras de gás evitando 
escapamento. 
15. Dedicar especial atenção às operações que necessitem aquecimento 
prolongado ou que desenvolvam grandes quantidades de energia. 
16. Restos de soluções que foram retiradas de frascos não devem retornar aos 
mesmos devido a possíveis impurezas. 
17. Não usar a mesma pipeta para medir soluções diferentes. 
18. Utilizar sempre que necessário materiais que possam garantir maior segurança 
no trabalho, tais como, pinça, luvas, óculos, etc. ... 
19. Jogar todos os sólidos e pedaços de papel usados em frascos ou cestos para 
isto destinados. Não jogar nas pias materiais como fósforos, papel de filtro, ou 
qualquer sólido ainda que ligeiramente solúvel. 
20. Ler com atenção rótulos de qualquer frasco de reagente antes de usá-lo. 
Segurar o frasco pelo lado que contém o rótulo para evitar que o regente escorra 
sobre este. 
21. Conservar limpo seu equipamento e sua mesa. 
22. Ao término do período de laboratório, lavar todo o material utilizado, deixando-o 
na ordem em que encontrou. 
23. Lavar as mãos antes de sair do laboratório. 
 
 
ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIO E PRIMEIROS 
SOCORROS 
 
1º - Queimaduras 
 
a) Queimaduras causadas por calor seco (chama e objetos aquecidos): No 
caso de queimaduras leves, aplicar pomada de picrato de butesina. No caso de 
queimaduras graves, elas devem ser cobertas com gaze esterilizada umedecida com 
solução aquosa de bicarbonato de sódio a 5%. 
 
 b) Queimaduras por ácidos: Lavar imediatamente o local com água em 
abundância, durante cerca de cinco minutos. Em seguida, lavar com solução saturada 
de bicarbonato de sódio e novamente com água. Secar, aplicando, então mentiolate. 
 
 c) Queimaduras por álcalis: Lavar a região atingida imediatamente com 
bastante água, durante cinco minutos. Tratar com solução de ácido acético 1% e 
novamente lavar com água. Secar a pele e aplicar mertiolate. 
 
 
 
 
 5
 
2º - Ácidos nos olhos 
 
 Nos laboratórios, existem lavadores de olhos acoplados aos chuveiros de 
emergência. A lavagem deve ser feita por quinze minutos, após o que se aplica solução 
de bicarbonato de sódio a 1%. 
 
3º - Álcalis nos olhos 
 
 Proceder como o item anterior, apenas substituindo a solução básica de 
bicarbonato por uma solução de ácido bórico a 1%. 
 
4º - Intoxicação por gases 
 
 Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-a descansar. 
 
5º - Ingestão de substâncias tóxicas 
 
 Administrar uma colher de sopa de “antídoto universal”, que é constituído 
de: duas partes de carvão ativo, uma de óxido de magnésio e uma de ácido tânico. 
 
LIMPEZA DO MATERIAL 
1. Todo o material e vidraria utilizados no laboratório devem estar em perfeitas 
condições, totalmente limpos, sem resíduos de produtos químicos ou de limpeza. 
Deve ser obedecida a seguinte seqüência de lavagem: 
2. Limpeza mecânica com detergente neutro. 
3. Imersão em hipoclorito de sódio ou solução sulfocrômica pelo tempo necessário. 
4. Enxágüe em água corrente e limpeza mecânica com detergente neutro. 
5. Enxágüe em água corrente. 
6. Enxágüe em água destilada. 
7. Secagem em estufa (máx. 100ºC) e material volumétrico (máx. 60ºC). 
8. Armazenar em local próprio. 
 
RELATÓRIOS 
 
1. Todos os dados devem ser registrados num caderno de laboratório, o mais breve 
possível depois de fazer as observações. 
2. Anotar com clareza todos os dados e observações. Usar a forma tabular sempre que 
for apropriada. Na medida do possível, preparar uma tabela para os dados antes de 
vir para o laboratório. 
3. Indicar as operações usadas para fazer os cálculos, apresentando um ordenado 
cálculo de amostra. Não sobrecarregar a seção de cálculos com pormenores 
aritméticos. Indicar, para todas as medidas, as unidades usadas. Normalmente os 
cálculos não devem ser feitos durante o período laboratorial. 
4. Responder às questões numeradas onde quer que elas apareçam como parte do 
seu relatório laboratorial. Dar respostas concisas. 
5. A entrega dos relatórios deve obedecer à data e horário exigidos pelo professor. 
 6
 
 
NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIO 
 
 Um relatório, em geral, é composto de cinco partes: TÍTULO, INTRODUÇÃO, 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL, RESULTADOS E CONCLUSÕES e 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Cada uma destas partes contendo, pelo menos, o 
nome específico da parte. 
1 - TÍTULO: através de um título, que pode ser o mesmo já contido no material 
referente à experiência, deve-se explicitar o problema resolvido através da experiência 
realizada. 
2 - INTRODUÇÃO: explicitar, de forma clara e breve, qual foi o objetivo da experiência 
(o problema a ser resolvido através da experiência), qual o método ou métodos 
utilizados para resolvê-los e quais os princípios fundamentais em que esse método ou 
métodos se baseiam. 
3 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: esta seção deve conter relatos exatos e claros 
de como foi feita a experiência, de modo que, baseada nestes relatos, qualquer pessoa 
possa repeti-la. Note que não basta copiar o procedimento experimental contido no 
material referente à experiência, pois, na melhor das hipóteses, toda forma de redação 
deverá ser mudada. Lembrar-se de que a forma deverá ser impessoal, usando voz 
passiva no tempo passado. Além disto, cada equipamento utilizado deverá ser 
claramente especificado. Assim, esta seção deverá conter só uma descrição detalhada 
de como a parte experimental foi realizada, sem que se inclua os resultados obtidos 
experimentalmente ou os cálculos realizados. 
4 - RESULTADOS E CONCLUSÕES: nesta parte do relatório, devem ser colocados os 
dados coletados durante a experiência e os cálculos realizados; também devem ser 
discutidos os resultados finais obtidos, comentando-se sobre a sua adaptação ou não, 
apontando-se possíveis explicações e fontes de erro experimental. Uma maneira rápida 
e eficiente de se registrar dados em um relatório é sob forma de tabelas e gráficos. 
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: finalmente, sempre se deve mencionar, no 
relatório, as fontes bibliográficas consultadas. Recomenda-se a utilização das normas 
para a citação bibliográfica recomendadas pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), que para o caso de livros e manuais são as seguintes: 
SOBRENOME DO AUTOR, Iniciais do Nome Completo, Título: subtítulo. Tradutor. Nº 
da edição. Local de publicação, Editora, Ano de publicação, páginas consultadas. 
 Exemplo: SILVA, R.R. et alli. Introdução à Química Experimental. São Paulo, 
McGraw-Hill, 1990, p. 274-281. 
 7
 
AULA 1 – INSTRUÇÕES GERAIS E MATERIAL BÁSICO DE LABORATÓRIO 
 
 
1 - OBJETIVOS: 
 
- Identificar o material de laboratório, bem como sua utilidade. 
- Utilizar técnica adequada ao manuseio do material básico de laboratório 
 
MATERIAL BÁSICO DE LABORATÓRIO 
 
Anel ou Argola - Empregado como suporte do funil de filtração 
simples, funil de separação, tela de amianto e frascos que são 
colocados sobre a tela quando são aquecidos. É presa no suporte 
universal. 
Balão de destilação - Balão de vidro com gargalo geralmente 
largo, com saída lateral para passagem dos vapores durante uma 
destilação. Durante a destilação, tapa-se o balão com uma rolha 
provida de um furo, por onde passa um termômetro, cujo bulbo fica 
na altura da saída do vapor, para medir a temperatura do mesmo. 
 
Balão de fundo chato - Balão de vidro de volume variável, utilizado 
para aquecimentos, refluxos, destilação e para armazenamento de 
líquidos. 
Balão de fundo redondo – aquecimento de líquidos e reações com 
desprendimento gasoso. 
Balão volumétrico - Balão de fundo chato e gargalo comprido, 
calibrado para conter determinados volumes líquidos. Usado para 
preparação de soluções 
 
Bastãode vidro ou Bagueta - É um bastão maciço de vidro. Serve 
para agitar e facilitar as dissoluções, mantendo as massas líquidas 
em constante movimento. Também auxilia na filtração. 
 
Béquer - Serve para dissolver substâncias, efetuar reações 
químicas. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto. 
 
Bico de Bunsen - É a fonte de aquecimento mais usado no 
laboratório. 
 
 
 8
 
Bureta - Serve para dar escoamento a volumes variáveis de 
líquidos. Não deve ser aquecida. É constituída de tubo de vidro 
uniformemente calibrado, graduado em décimos de mililitro. É 
provida de um dispositivo que permite o fácil controle de 
escoamento. 
 
Cadinho - Usado para calcinação (aquecimento a seco muito 
intenso) de substâncias. Pode ser aquecido diretamente na chama 
do bico de Bunsen, apoiado sobre triângulo de porcelana, platina, 
amianto etc. 
Capela - Local fechado, dotado de um exaustor onde se realizam as 
reações que liberam gases tóxicos num laboratório. 
Cápsula de porcelana - Peça de porcelana utilizada em 
evaporações, dissoluções a quente, calcinações: secagem e 
aquecimentos. 
 
Condensador - Utilizado em destilações. Tem por finalidade 
condensar os vapores dos líquidos. 
Dessecador – Recipiente de vidro ou porcelana, inteiramente 
fechado e vedado, que contém em sua parte inferior uma 
substância capaz de absorver água. É usado para conservação de 
sólidos ou mesmo líquidos, no estado seco, ou mesmo para privá-
los de umidade. Usado para resfriamento de substâncias em 
atmosfera contendo baixo teor de umidade. 
 
 
Erlenmeyer – Utilizado para titulações, aquecimento de líquidos, 
dissolução de substâncias e realização de reações químicas. Pode 
ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto. 
Espátula - Permite retirar substâncias sólidas de frascos. É 
confeccionada em osso, porcelana ou metal. 
Esta pinça é muito utilizada para obstruir a passagem de um líquido 
ou gás que passa através de tubos flexíveis. 
 
Funil comum - Usado para transferência de líquidos. 
 
Funil de Buchner e Kitassato – Funil de porcelana espessa, 
possuindo diversos furos internamente. É usado em filtrações 
rápidas, quando necessita-se separar os sólidos dos líquidos. É 
adaptados por meio de uma rolha ao Kitassato. O Kitassato é um 
 9
 
frasco de vidro de paredes espessas eu resistem ao vácuo e possui 
uma saída lateral, na qual adapta-se uma mangueira de borracha 
que é ligada à trompa de vácuo. 
Funil de decantação ou de separação - Usado para separação de 
líquidos não miscíveis entre si. Deixa-se decantar a mistura e, a 
seguir, abre-se a torneira deixando escoar a fase mais densa. 
 
Garra - Estas garras permitem sustentar outros objetos nos 
suportes. 
Gaspilhão - Permite lavar tubos de ensaio. 
Kitassato - É utilizado para efetuar filtrações a vácuo. 
 
Mufa - É um adaptador do suporte universal e de outros utensílios. 
 
Mufla - É um tipo de estufa que permite calcinar materiais. 
Pêra – Usada para pipetar soluções. 
 
Pinça de madeira - Usada para prender tubos de ensaio durante o 
aquecimento direto no bico de Bunsen. 
Pinça metálica ou Tenaz de aço - Usada para manipular materiais 
aquecidos, como cadinhos, béquers, etc. É geralmente é de ferro ou 
níquel. 
Pipeta graduada - Consiste de um tubo de vidro estreito 
geralmente graduado em 0,1 ml. É usada para medir pequenos 
volumes líquidos. Encontra pouca aplicação sempre que se deseja 
medir volumes líquidos com maior precisão. Não deve ser aquecida. 
Pipeta volumétrica - É constituída por um tubo de vidro com um 
bulbo na parte central. O traço de referência é gravado na parte do 
tubo acima do bulbo. É usada para medir volumes de líquidos com 
elevada precisão. Não deve ser aquecida. 
Proveta ou Cilindro graduado - Recipiente de vidro ou plástico 
utilizado para medir e transferir volumes de líquidos. Não deve ser 
aquecida. 
 
 10
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.monografias.com/trabajos10/quimi/Image3785.gif&imgrefurl=http://www.monografias.com/trabajos10/quimi/quimi.shtml&h=191&w=280&sz=12&tbnid=cpi_sUU0wXBKbM:&tbnh=74&tbnw=109&hl=pt-BR&start=16&prev=/images%3Fq%3DMUFLA%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D
 
Suporte universal - É um suporte de ferro que permite sustentar 
vários outros utensílio como argolas, garras, etc. 
 
Tela de amianto - Usada para distribuir uniformemente o calor 
recebido pela chama do bico de Bunsen. 
 
 
 
 
MANUSEIO DE SÓLIDOS 
 Para retirar um sólido, na forma de pó ou grânulos, de um frasco é utilizada uma 
espátula limpa, para evitar contaminações. Se o frasco tiver boca estreita, 
impossibilitando a introdução de uma espátula, deve ser feita em primeiro lugar, uma 
transferência do sólido para um pedaço de papel ou para um recipiente de vidro. 
 Após o uso, feche bem o frasco para evitar a contaminação do reagente através 
da entrada de poeira ou umidade. 
 
 
MANUSEIO DE LÍQUIDOS 
Quando retirar líquidos de um frasco, algumas precauções devem ser tomadas: 
1. Ao transferir um líquido, evite que o mesmo escorra externamente, danificando o 
rótulo de identificação, impedindo assim, a leitura do nome da substância; 
2. Antes de derramar um líquido, incline o frasco de modo a molhar o gargalo, o que 
evitará que o líquido escoe bruscamente. Ao verter líquidos em um recipiente 
utilize um funil ou um bastão de vidro pelo qual o líquido escorrerá; 
3. Em nenhuma circunstância coloque bastões de vidro, pipetas ou quaisquer outros 
materiais dentro de frascos de reagentes. Para pipetar, transferir uma porção para 
um frasco limpo e seco, e a partir deste efetuar a operação; 
4. Não retorne líquidos não utilizados ao frasco de reagente. Retirar o mínimo 
necessário e o excesso coloque em um frasco separado para futuros usos ou para 
ser recuperado; 
5. Não coloque líquidos aquecidos dentro de frascos volumétricos, pois o processo de 
expansão/contração, devido ao aquecimento seguido de resfriamento, altera a 
calibração desses frascos. 
 
 11
 
AQUECIMENTO DE SUBSTÄNCIAS 
 Os utensílios mais comuns utilizados no aquecimento de substâncias são: bico 
de Bunsen, chapa aquecedora e manta aquecedora. Alguns cuidados gerais devem ser 
observados quando da realização de aquecimento de substâncias: 
 
1. Não utilize uma chama para aquecer substâncias inflamáveis; 
2. Não aqueça substâncias em frascos volumétricos; 
3. Iniciar sempre o aquecimento de forma branda, intensificando-o depois de alguns 
segundos; 
4. Ao aquecer líquidos em tubos de ensaio, não aqueça o fundo do tubo. Posicione a 
chama na altura do nível do líquido. Use uma pinça de madeira para segurar o 
tubo. Não volte a boca do tubo de ensaio em sua direção ou na direção de seus 
colegas. 
5. Terminado o uso de gás, verifique se todos os registros estão devidamente 
fechados, evitando assim o perigo de escape. 
 
 12
 
Leitura dos instrumentos 
 
 Nesta prática, serão feitas medidas de massa e volumes a fim de se verificar a 
sensibilidade de cada um dos instrumentos mais comuns de uso no laboratório. Todos 
os valores deverão ser apresentados, de maneira correta, ou seja, mostrando a 
incerteza inerente a cada medida efetuada. 
 
 
Modo apropriado de leitura de volumes: 
 
 O observador deve posicionar de modo 
que seja evitado o erro de paralaxe. Para tal, 
a leitura deve ser feita com os olhos no nível 
do menisco da solução. 
 
 
Precisão dos instrumentos 
 
Material: 
 
- Pipeta graduada e volumétrica - Pissete com água 
- Bureta - Termômetro 
- Proveta de 10 e 100 mL - Balão volumétrico 
 
Procedimento: 
 
- Encher o balão com água até a marca de aferição. Acrescente três gotas a mais. 
Observe o deslocamento do menisco. 
- Encher a proveta com água até a marca de aferição. Acrescente três gotas a mais. 
Observe o deslocamento do menisco. Compare a sensibilidade dos dois. 
- Com o auxílio de uma pipeta volumétrica, transferir 10 mL (escrever o valor de 
maneira correta) para uma proveta e faça leitura. Compare a precisão.- Com o auxílio de uma pipeta graduada, transferir 10 mL (escrever o valor de 
maneira correta) para o balão volumétrico. Compare a precisão. 
- Colocar um volume qualquer de água em uma proveta de 10 mL e fazer a leitura, 
indicando corretamente, o resultado. 
- Colocar um volume qualquer de água em uma proveta de 100 mL e fazer a leitura, 
indicando corretamente, o resultado. 
- Escoar um volume de água na bureta (por exemplo: 12,5 mL) em um béquer. 
- Meça a temperatura da água no pissete 
 
Exercícios: 
 
1 - Qual instrumento de medida de volume é mais sensível: o balão ou a proveta? Por 
quê? 
 
2 - Cite três instrumentos de medida exata. 
 13
 
AULA 2 – ESTUDO DO BICO DO BUNSEN E O TESTE DA CHAMA 
 
1 - OBJETIVOS 
 
- Proporcionar conhecimentos sobre o bico de Bunsen e os tipos de chama obtidos por 
ele. 
- verificar a coloração da chama do bico de Bunsen, quando esta reage com alguns sais 
de diferentes metais, estando estes em contato com um fio de níquel; 
 
 
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A chama é a combustão de um gás. O fenômeno da combustão ou queima é a 
reação de uma substância qualquer com oxigênio. 
Assim, para que exista fogo são necessários três elementos: 
• Combustível - É todo corpo capaz de alimentar o fogo. Ex.: madeira, papel, tinta, 
algodão, etc. 
• Comburente - É o elemento químico existente na atmosfera que alimenta o processo 
de combustão (alimenta a reação química de oxidação). Ex.: oxigênio 
• Calor - É a condição favorável causadora da combustão. 
 
O bico de Bunsen é um bico de gás, especialmente construído para uso de 
laboratório, utilizado para aquecimento até a temperatura de 800° C, através da 
combustão do gás. 
O bico de Bunsen possui na parte inferior uma entrada de gás e na parte média do 
bico há um anel que controla a entrada de ar que irá alimentar a combustão. Na parte 
superior forma-se a chama. Os gases queimando produzem calor. 
 
 
calor OH CO O lCombustíve 222 ++→+ 
 
Temos dois tipos de chama no bico de Bunsen: a chama luminosa (chama 
amarela) e a chama não luminosa (chama azulada). A chama luminosa é obtida quando o 
anel está fechado. Neste caso a quantidade de oxigênio é pequena, conseqüentemente 
menor será a queima e menor será a quantidade de calor produzida pela chama. 
A chama não luminosa é obtida quando o anel está aberto. Neste caso a 
quantidade de oxigênio é maior; maior será a queima e maior será a quantidade de calor 
produzida pela chama. 
Portanto, quando o anel está fechado a combustão é incompleta e há formação de 
fuligem (carbono). Quando o anel está aberto a combustão é completa e não ha formação 
de fuligem. 
A chama não luminosa possui duas regiões principais: 
 14
 
 
a) Zona redutora: é a parte interna, azul, formada 
pelo gás não queimado. É a zona menos quente da 
chama, também chamada zona fria. 
 
 
b) Zona oxidante: é a parte externa, quase invisível, 
também denominada de zona quente. Nesta zona, 
os gases entram em contato com o oxigênio, 
ocorrendo então a combustão. 
 
Entre essas duas regiões, há um ponto quente (o mais 
quente da chama) que é uma zona luminosa e 
brilhante, onde ocorre a maior parte da combustão. 
 
 
 
3 – METODOLOGIA 
 
• Materiais 
 
- Bico de Bunsen; 
- Pinça de madeira 
- Fio de platina 
- Palito de madeira (fósforo) 
- Reagentes salinos: LiCl, KCl, CuCl2, BaCl2, SrCl2, CaCl2 , NaCl, HCl (6,0M) 
 
 
• Procedimento 
 
1° Parte: 
- Observar as diversas partes do bico de gás de laboratório. 
- Para acender o bico de gás, segurar um fósforo aceso um pouco acima e ao lado da 
extremidade do tubo. 
- Acender o bico de Bunsen com a entrada de ar fechada e observar a chama obtida. 
- Abrir, lentamente, a entrada de ar e observar as modificações. 
- Ajustar a chama com a quantidade de ar e gás, de modo a obter uma chama com as 
características da figura acima. 
- Colocar um palito de fósforo numa chama luminosa (chama amarela) e outro em uma 
chama não luminosa (chama azulada). Em qual delas o palito queima mais 
rapidamente? Discuta porquê. 
 
 
 
 15
 
 16
2° Parte: 
- Mergulhe o fio de platina no ácido clorídrico concentrado (HCl) em um béquer e, então, 
numa porção da substância em exame, de modo que um pouco desta adira ao fio. 
- Introduza o fio na zona oxidante inferior e, então, observe a cor transmitida à chama. 
- Repita o procedimento com todos os sais apresentados e registre as cores observadas 
na tabela abaixo 
 
Amostra (Sais) Coloração da Amostra Coloração da Chama 
LiCl Incolor 
KCl Incolor 
CuCl2 Azul Claro 
BaCl2 Amarelo 
CaCl2 Incolor 
SrCl2 Incolor 
NaCl Incolor 
 
Responda: 
1 - Quando o anel está fechado ou aberto que tipo de chama obtemos? 
2 - Por que a zona superior é mais quente e a zona inferior menos quente? 
3 - Como ocorre a formação de uma chama no bico de Bunsen? 
4 - Caracterize as regiões da chama quanto à temperatura. 
5 – Qual a diferença entre combustível e comburente? 
 
 
 17
AULA 3 – PROPRIEDADES FÍSICAS DAS ESPÉCIES QUÍMICAS 
 
1 – OBJETIVOS 
 
- Determinar a densidade de um sólido e de um líquido; 
 
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A densidade, que se define como massa da unidade de volume (d = m/V) se 
expressa nos trabalhos científicos em g/mL (g/cm3) para os sólidos e líquidos e em g/L 
para os gases. 
Para achar a densidade devem medir-se o volume e a massa de uma quantidade 
dada da substância em questão. A densidade calcula-se depois dividindo a massa pelo 
volume. 
O volume de um objeto de forma regular (cubo, cilindro, esfera, etc.) pode obter-se 
medindo certas dimensões (comprimento, altura, diâmetro, etc.). Uma forma adequada 
para calcular o volume de um sólido consiste (independentemente de sua forma) em 
submergi-lo em uma quantidade medida de água contida em uma proveta graduada. O 
aumento de volume, medido pela elevação da água, dá o volume do sólido. 
 
3 - METODOLOGIA 
 
Materiais: 
- sólidos (diferentes tamanhos); - balança semi-analítica; 
- proveta de 10,00 mL; - água destilada; 
- vela - régua
- picnômetro - densímetro 
 
Métodos: 
 
a) Experiência 1 
1. Obtenha a massa da amostra de sólido, usando uma balança semi-analítica; 
2. Coloque cerca de 5,00 mL de água destilada em uma proveta de 10,00 mL. Anote o 
volume exato. 
3. Coloque cuidadosamente, a amostra do sólido na proveta contendo água destilada e 
observe o deslocamento do nível de água. 
4. Repita os itens 1,2 e 3 para as demais amostras de sólido. 
5. Construa uma tabela indicando os dados encontrados na experiência. 
6. Calcule a densidade média do sólido e o erro percentual. 
7. Determine a densidade média do sólido. 
 
b) Experiência 2 
1. Obtenha a massa da vela, usando uma balança semi-analítica; 
2. Meça altura da vela; 
3. Determine o diâmetro da vela; 
4. Determine a densidade da vela em g/cm3. 
 
 
 18
c) Experiência 3 
1 - Pese cuidadosamente o picnômetro vazio e seco. Anote sua massa. Utilize um pedaço 
de papel para carregar o picnômetro. 
2 - Anote a temperatura da água destilada. 
3 - Complete o picnômetro com água destilada. Tampe o picnômetro de maneira que o 
excesso de água escorra pelo capilar. Verifique se bolhas de ar não ficaram aprisionadas 
no interior do picnômetro. Se isso ocorreu, remova-as e preencha-o novamente. 
4 - Com um pano ou papel poroso, enxugue o líquido presente na parte externa do 
picnômetro. 
5 - Pese o picnômetro com água. Anote a massa. Utilize um pedaço de papel para 
carregar o picnômetro. 
6 - Repita a pesagem mais duas vezes retirando o picnômetro da balança a cada 
pesagem e calcule a média dos resultados obtidos 
 
 Atenção! Procure realizar esta operação o mais delicada e rapidamente possível, para 
não sujar ou engordurar as paredes externas do picnômetro e para evitar que o líquido 
mude de temperatura com relação à temperatura ambiente. 
 
7 - A diferença entre essa massa e a massa do picnômetro vazio permitirá determinar a 
massa de água contida no picnômetro. 
 
Tabela 1 - Densidade absolutada água em função da temperatura 
T/ oC d/(g cm-3) T/ oC d/(g cm-3) 
10 0,999700 20 0,998203 
11 0,999605 21 0,997992 
12 0,999498 22 0,997770 
13 0,999377 23 0,997538 
14 0,999244 24 0,997296 
15 0,999099 25 0,997044 
16 0,998943 26 0,996783 
17 0,998774 27 0,996512 
18 0,998595 28 0,996232 
19 0,998405 29 0,995944 
 
Responda: 
1. Por que se utilizou água destilada na determinação do volume dos sólidos? 
 
2. Identificar os metais estudados comparando os valores das densidades calculadas 
com os valores da literatura. 
 
3. Discutir as vantagens e limitações do método (densidade ) de identificação de 
materiais. 
 
 19
AULA 4 - SUBSTÂNCIAS 
 
 
CONCEITOS 
 
Matéria 
É toda forma de energia que possui inércia. Caracteriza-se por duas propriedades 
fundamentais: extensão e impenetrabilidade. A matéria apresenta como partes 
fundamentais que a estruturam as partículas: elétron, próton e nêutron. 
 
Elemento 
Os elétrons, nêutrons e prótons podem se "associar" entre si nas mais variadas 
proporções constituindo identidades que são os elementos, caracterizados por: nº de 
prótons (número atômico), e nº de nêutrons mais nº de prótons (número de massa). 
 
Substâncias 
 
Substância é a matéria determinada quanto a sua natureza e propriedades. Os elementos 
"associam-se" e adquirem qualidades de conjunto (propriedades que sozinhos não 
tinham). Exemplo: 
O elemento hidrogênio (H) associado ao elemento oxigênio (O) origina uma identidade 
química (substância) água (H2O) com propriedades distintas, únicas e definidas. 
 
Corpo 
 
Corpo é uma quantidade limitada de matéria apresentando sempre uma massa e um 
volume, e que pode ser definido ou não quanto a sua forma. Ex. prego. É um corpo o 
qual pode ser da substância ferro, apresentando uma determinada forma, volume e 
massa. 
A química estuda as substâncias quanto a sua composição, propriedades e 
transformações. 
 
Substância pura - espécie química 
 
É a substância que permanece inalterada quanto a sua natureza e propriedades através 
das modificações físicas a que possa ser submetida. Pode-se apresentar de duas formas: 
 
a) Substância simples: quando constituída de um só tipo de elemento. Ex hidrogênio, 
hélio, oxigênio, etc. 
 
b) Substância composta: quando constituída de dois ou mais tipos de elementos. Ex.: 
HgO, H2O, CaSO4, etc. 
 
Combinação química: 
 
Denomina-se combinação química a operação mediante a qual duas ou mais substâncias 
associam-se entre si perdendo sua natureza e propriedades individuais, para 
conjuntamente adquirirem uma nova natureza com propriedades características. 
Ex. 
 2 H2 + O2 2 H2O 
 (hidrogênio) (oxigênio) (água) 
 
 
Propriedades ( nas CNTP): 
 
 H2 : gás combustível P.F. = -259 ºC P.E. = - 253 ºC 
 O2 : gás comburente P.F. = -218 ºC P.E. = - 183 ºC 
 H2O : líquido solvente P.F. = 0 ºC P.E. = 100 ºC 
 
Mistura ou dispersão 
 
a) Conceito 
É a reunião de duas ou mais substâncias ou espécies químicas uniformemente 
distribuídas entre si, em que cada qual conserva sua natureza e propriedades, podendo 
ser separadas por processos físicos. 
 
b) Tipos: 
Homogênea: onde a composição é a mesma em todos os pontos. É constituída por uma 
fase só. Chama-se de solução, onde a porção que estiver em maior quantidade é o 
solvente, e a de menor quantidade é o soluto. A relação: 
 
 quantidade de soluto 
 ------------------------------ = Concentração 
 quantidade de solvente 
 
Estes tipos de solução dependendo de seu estado físico podem ser sólidas, líquidas ou 
gasosas. 
 
Heterogênea: quando a composição do sistema não é a mesma em todos os pontos. Os 
diversos estados físicos homogêneos separados por superfícies são denominados de 
fases. Quando constituídas de várias fases, são ditas polifásicas. 
 
Estados físicos da matéria 
 
Normalmente encontra-se a matéria em 3 estados físicos: sólido, líquido e gasoso; 
estados estes onde as substâncias apresentam seus elementos constituintes intactos. 
Porém, existe um 4º estado da matéria, onde não se encontram formas definidas de 
substâncias e muitas vezes nem de elementos, é o estado plasmático. Exemplo: a chama, 
estrelas cadentes etc. 
 
A passagem de um estado a outro pode ser denominado por: 
 
 fusão vaporização 
 sólido liquido gasoso 
 solidificação liquefação (condensação) 
 sublimação 
 
 
 
 
 
 
 20
 
 
 21
 DIFERENCIAÇÃO ENTRE MISTURA E COMBINAÇÃO 
 
 MATERIAL 
 
 Tubos de ensaio Pinça de madeira 
 Bico de Bunsen Estante para tubos 
 ímã Enxofre(S) 
 Limalha de Ferro (Fe) Ácido clorídrico 3 M (HCl) 
 
 Duas substância postas em contato podem misturar-se ou combinar-se. No 
primeiro caso, formam uma mistura; no segundo um composto. 
 As misturas têm as seguintes características: a proporção entre os componentes 
da mistura é variável; cada componente conserva suas propriedades; os componentes 
podem ser desdobrados por processos físicos. 
 Os compostos têm as seguintes características: a proporção entre os 
componentes é fixa; o composto tem propriedades diferentes das dos componentes; o 
composto somente pode ser desdobrado por processos químicos. 
 
 
 1 - Colocar pequena porção de enxofre em um tubo de ensaio seco. Experimentar a ação 
do ímã sobre o enxofre, através do tubo de ensaio. 
 
 O imã atrai o enxofre? 
 
 2 - Colocar pequena quantidade de limalha de ferro em um tubo de ensaio seco. 
Experimentar a ação do imã sobre o ferro, através do vidro do tubo de ensaio. (Não retirar 
o ferro do tubo de ensaio). 
 
 O imã atrai o ferro? 
 
 3 - Juntar 2 mL de ácido clorídrico 3 M ao tubo de ensaio que contém o enxofre. 
Observar. 
 
 O ácido clorídrico reage com o enxofre? 
 
 4 - Juntar 2 mL de ácido clorídrico 3 M ao tubo de ensaio que contém o ferro. Observar o 
gás hidrogênio que se desprende. 
 
 
Empregando-se ferro impuro, que contenha compostos de fósforo, desprende-se 
junto com o hidrogênio, (gás inodoro), a fosfina, com cheiro irritante e tóxico. 
CUIDADO!!! 
 
 
 O ácido clorídrico reage com o ferro? 
 
 5 - Misturar pequena porção de enxofre e de limalha de ferro em um tubo de ensaio seco. 
Experimentar a ação do imã sobre a mistura, através do vidro do tubo de ensaio (Não 
retirar o ferro do tubo de ensaio). 
 
 O imã atrai toda a mistura ou somente um de seus componentes? 
 
 
 
 
 22
 6 - Juntar 2 mL de ácido clorídrico 3 M à mistura de enxofre e ferro. Observar. 
 
 O ácido clorídrico reage com toda a mistura ou com um de seus componentes? 
 
 - O ferro misturado ao enxofre conserva ou modifica suas propriedades? 
 
 - E o enxofre misturado ao ferro conserva ou modifica suas propriedades? 
 
 7 - Misturar 0,56 g de limalha de ferro e 0,32 g de enxofre em um tubo de ensaio seco. 
Aquecer diretamente a mistura na chama do bico de Bunsen, a principio fracamente e 
depois fortemente. Deixar esfriar. 
 
- Experimentar a ação do imã sobre o produto do aquecimento. 
 
- O ímã atrai todo o produto do aquecimento de ferro e enxofre? Atrai somente um dos 
seus componentes? Ou nada é atraído? 
 
 
 8 - Colocar 2 mL de ácido clorídrico sobre o produto do aquecimento. Observar. 
 
 Cheirar cuidadosamente o gás que se desprende. NOTA: O gás que se desprende é 
tóxico - Cuidado!!! 
 
 - Que cheiro tem o gás que se desprende quando se trata o produto do aquecimento de 
ferro e enxofre com ácido clorídrico? 
 
- Que gás é esse? 
 
 23
AULA 5 - DIFERENCIAÇÃO ENTRE FENÔMENO QUÍMICO E FENÔMENO 
FÍSICO 
 
 MATERIAL 
 
 Bico de Bunsen 6 tubos de ensaio 
 Estante para tubos Pinça de madeira 
 Estanho (Sn) Zinco (Zn) 
 Açúcar (sacarose C12H22O11) Ácido clorídrico 3M 
 Iodo (I) (metálico ou ressublimado) Cloreto de sódio (NaCl) 
 
 Solução de cloreto de bário 0,25 M (15,25g de BaCl2.2H2Oem 250 mL) 
 Solução de Sulfato de Sódio 0,25M (9,0g de Na2SO4 em 250mL) 
 
 
Conceito 
 
 Em linguagem científica, toda mudança por que passa um corpo é um fenômeno. 
 Os fenômenos são divididos em duas classes: fenômenos físicos e fenômenos químicos. 
 
 Fenômenos físicos são aqueles que não alteram a natureza das substâncias. 
Na fusão do estanho, por exemplo, não há mudança na natureza da substância, tem-se 
estanho sólido, e, depois da fusão, tem-se estanho líquido, mas sempre estanho. 
 
 Fenômenos químicos são aqueles que alteram a natureza das substâncias. Nos 
fenômenos químicos há, pois, mudança de substância. Quando fizemos a queima do 
magnésio, antes da combustão havia uma substância, o magnésio, e depois dela, havia 
outra substância, o oxido de magnésio ou magnésia. 
 
 
 1 - Aquecer cuidadosamente pequena porção de estanho em um tubo de ensaio seco.. 
Observar a fusão. Esfriar. Observar a solidificação. 
 
 A fusão e a solidificação são fenômenos físicos ou fenômenos químicos? 
 
Por que? 
 
2 - Aquecer pequena porção de Iodo em um tubo de ensaio seco. Observar a sublimação 
do Iodo e a cristalização dos vapores nas paredes frias do tubo. 
 
O que é a sublimação? 
 
A sublimação é um fenômeno físico ou fenômeno químico? 
 
Por que? 
3 - Aquecer pequena porção de açúcar (sacarose) em um tubo de ensaio seco (Usar um 
tubo pouco valioso pois este ficará inutilizado) Observar a carbonização. Deixar esfriar e 
observar. 
 
A carbonização é um fenômeno físico ou químico? 
 
Por que? 
 
 24
 
4 - Colocar em um tubo de ensaio pequena porção de cloreto de sódio. Juntar quantidade 
de água apenas suficiente para dissolver o cloreto de sódio. Agitar. Observar a 
dissolução. Concentrar a solução obtida por ebulição cuidadosa, até precipitar-se o sal 
dissolvido. Observar o precipitado. 
 
A dissolução do cloreto de sódio em água é um fenômeno físico ou químico? 
 
Por que? 
 
5 - Colocar pequeno pedaço de zinco em um tubo de ensaio. Juntar 5 mL de ácido 
clorídrico 3M. Observar. Esperar até que não mais se note a presença de zinco. (Sendo 
necessário, juntar mais ácido clorídrico). Aquecer, então cuidadosamente para evaporar o 
ácido clorídrico, até formação de precipitado. Observar o precipitado. 
 
Entre o zinco e o ácido clorídrico dá-se um fenômeno físico ou fenômeno químico? 
 
Por que? 
 
6 - Colocar 1 mL de solução de sulfato de sódio em um tubo de ensaio. Juntar 1 mL de 
solução de cloreto de bário. Observar. Colocar o tubo na estante e deixar decantar o 
precipitado. 
 
Entre o Sulfato de sódio e o cloreto de bário dá-se um fenômeno físico ou um fenômeno 
químico? 
 
Por que? 
 
 
 
AULA 6 - DESDOBRAMENTO DE MISTURAS 
 
Filtração 
 
 A filtração é um processo que permite o desdobramento de uma mistura 
heterogênea de sólido e líquido (ou sólido e gás). O principio do método é o 
seguinte: a mistura sólido-líquido é posta sobre um material poroso (o filtro) em que 
os poros são tão pequenos que permitem apenas a passagem do líquido. As 
partículas sólidas ficam retidas. O filtro mais usado em laboratório é o "papel de 
filtro", um papel não gomado. 
Na filtração simples usa-se um funil de vidro para se colocar o papel de filtro. O papel é 
dobrado ao meio e, em seguida dobrado novamente ao meio. Abre-se então, o papel de 
filtro de tal modo que fique de um lado uma folha apenas e do outro três folhas. 
Consegue-se assim um cone que se adapta perfeitamente ao funil. A altura do papel no 
funil deve ser de cerca de 0,5 cm abaixo da borda deste. 
 
 1 - Com auxílio de um ALMOFARIZ COM PISTILO moer uma barra de 
giz até se obter um pó fino. 
 
2 - Com auxílio de uma espátula retirar o pó do almofariz e com ele 
fazer uma suspensão (mistura) com 50 mL de água em um béquer de 
100 mL. 
 
3 - Dobrar o papel de filtro e colocá-lo no funil. 
 Umedecer o papel com água e ajustá-lo ao funil. 
 
4 - Colocar o funil na argola adequada, presa ao suporte de ferro. Colocar o Erlenmeyer 
sob o funil para receber o filtrado. 
 
5 - Agitar a mistura com o bastão de vidro. Observar 
 Filtrar a suspensão formada, fazendo com que escorra pelo bastão, do Béquer até o 
papel de filtro. 
 A suspensão formada é homogênea ou heterogênea? 
 
 
 
Filtração com papel pregueado 
 
 Algumas vezes é necessário filtrar uma solução a quente. Nestes 
casos, pode-se utilizar um aquecedor de funil de paredes duplas, 
no interior o qual circula água quente, ou então filtrar em pequenas 
porções em papel pregueado, mantendo sempre em ebulição a 
solução a ser filtrada. A única diferença está na forma de se 
dobrar o papel. Começa-se dobrando o papel como na anterior, isto é, ao meio e 
 25
 
marcando-se o centro do circulo. Agora dobra-se como se estivesse fazendo uma 
sanfona, ou seja, faz-se uma dobra para um lado e a próxima dobra para o outro lado e, 
assim sucessivamente, ate se dobrar todo o papel. Abre-se o papel, coloca-se no funil e 
procede-se como na filtração simples. 
 
6 - Repetir as etapas 1 e 2 (primeira experiência) 
 
7 - Preguear uma folha de papel de filtro e colocá-la no funil de vidro e proceder como em 
5. 
 
8 - Compare os tempos decorridos nas duas filtrações! A filtração em papel pregueado é 
mais rápida ou mais lenta que a filtração simples? Por que? 
 
 
 
Filtração a vácuo 
 
 
Esta operação fundamentalmente diferencia-se das anteriores 
por necessitar de um dispositivo que forneça vácuo ou sucção. 
Portanto, é uma filtração forçada e não depende só da gravidade 
como nas anteriores. Podemos dispor em laboratório de uma 
Bomba de Vácuo e da Trompa d'agua que é bem mais simples e 
se ajusta em uma torneira de jardim. O funil usado na filtração a 
vácuo é o funil de Buchner de porcelana, de paredes grossas e 
dotado de uma placa, também de porcelana, crivada de pequenos orifícios, por onde 
passará o líquido. Deve-se ajustar o Funil de Buchner a um frasco de Kitassato através de 
uma rolha de borracha perfeitamente adaptável à boca do Kitassato. Pela saída lateral do 
Kitassato, ligamos através de uma mangueira de látex a uma bomba ou trompa de vácuo. 
 
 Para este tipo de filtração, não há necessidade de dobrarmos o papel de filtro, basta 
escolhermos um que se ajuste bem ao funil, isto é que tenha o mesmo diâmetro da placa 
perfurada. Depois de colocado o papel sobre a placa, liga-se o vácuo e fazemos com que 
o papel se ajuste sobre a placa umedecendo o papel. 
 
 9 - Repita os procedimentos anteriores e proceda a filtração a vácuo. 
 
 10 - Compare os tempos das filtrações executadas e dê exemplos da utilização mais 
adequada para cada tipo de filtração. 
 26
 
 27
 AULA 7- DESDOBRAMENTO DE MISTURAS II 
 
MATERIAL 
Bico de Bunsen Funil de Vidro 
Tubos de Ensaio Papel de Filtro 
Estante para tubos Bastão de vidro 
Suporte de ferro Vidro de relógio 
Argola pequena Termômetro 
Copo de Becker Centrífuga 
Tripé de ferro Tela de Amianto 
Balão de destilação Condensador 
Mangueiras de látex Rolhas 
 
REAGENTES 
 
Mistura de enxofre e sulfato de Cobre Ácido Acético diluído 
Leite Vinho tinto 
 
As misturas podem ser homogêneas e heterogêneas. Misturas heterogêneas são aquelas 
que não tem as mesmas propriedades em todos os seus pontos. As misturas podem ser 
desdobradas nos seus componentes constituintes por processos físicos. O processo 
empregado depende dos componentes da mistura. 
 
A - DESDOBRAMENTO DA MISTURA DE ENXOFRE E SULFATO DE COBRE 
 
1 - Colocar em um papel uma pequena porção da mistura de enxofre e sulfato de cobre. 
Observar. 
A mistura de enxofre e sulfato de cobre é homogênea ou heterogênea? 
Por que? 
 
2 - Colocar pequena porção da mistura de enxofre e sulfato de cobre em um tubo de 
ensaio. Juntar 5 mL de água. Agitar bastante. 
 
3 - Filtrar a mistura contida no tubo de ensaio, lavando a substância retida no papel de 
filtro duas vezes com água. 
A água dissolve o enxofre ou o sulfato de cobre? 
 
4 - Abrir o papel de filtro e deixarsecar a substância por ele retida. 
Qual a substância retida no papel de filtro? 
 
5 - Concentrar a solução filtrada, por aquecimento cuidadoso, até precipitar-se a 
substância dissolvida. Deixar esfriar. Identificar a substância precipitada. 
 
Qual foi o método empregado para desdobramento da mistura de enxofre e sulfato de 
cobre? 
 
 
 
 B - DESDOBRAMENTO DO LEITE 
 
6 - Colocar 10 mL de leite no Copo de Becker. Juntar 40 mL de água. Agitar com o bastão 
de vidro. 
 
 
7 - Colocar 0,5 mL de ácido acético diluído em um tubo de ensaio. Juntar 1 mL de água. 
Agitar. 
 
8 - Gotejar a solução de ácido acético no leite diluído, agitando com o bastão de vidro. 
 Observar a floculação da caseína. 
 
9 - Colocar a suspensão em tubos de centrífuga. Centrifugar por 2 minutos. Retirar os 
tubos e observar. Decantar o líquido sobrenadante para um tubo de ensaio. 
 
O leite é uma substância pura ou uma mistura? 
Por que? 
 
Por que a centrifugação é mais eficiente que a decantação para separar do liquido 
sobrenadante a caseína floculada? 
 
 
C - DESTILAÇÃO DO VINHO 
 
10 - Montar o aparelho de destilação (Observe as 
orientações do professor) 
 
 
11 - Colocar no balão de destilação, com auxilio de um 
funil, 100mL de vinho tinto. Juntar umas três perolas de 
vidro para evitar a superebulição. 
 
12 - Fechar o balão com a rolha que contêm o 
termômetro e iniciar o aquecimento. 
 
13 - Observar o aquecimento da solução até a 
ebulição, acompanhando o aumento da temperatura 
por leitura no termômetro. 
 
14 - Observar a destilação. Recolher no Erlenmeyer, 20 mL do destilado (desde que a 
temperatura não comesse a aumentar antes). Apagar o fogo. Deixar esfriar o aparelho. 
 
15 - Observar o líquido destilado. Identificar, pelo odor, o álcool nele contido. 
 O vinho é homogêneo ou heterogêneo? 
 Por que? 
 
Qual a temperatura de ebulição no inicio e no final da destilação do vinho? E no final? 
Por que a entrada de água no condensador é feita pela parte inferior? 
 28
 
 29
AULA 8 - PROPRIEDADES FUNCIONAIS DOS ÁCIDOS 
 
MATERIAL 
 
20 Tubos de ensaio Tornassol azul 
Estantes para tubos Tornassol vermelho 
1 Pipeta graduada de 10 mL Conta gotas 
 
REAGENTES 
 
Ácido clorídrico 3M (Hcl) Zinco (Zn) 
Ácido nítrico 3M (HNO3) Solução de fenolftaleína 
Ácido sulfúrico 3M (H2SO4) Solução de metilorange 
Carbonato de cálcio (CaCO3) Solução 3M Hidróxido de sódio 
Solução de vermelho de metila 
 
 As propriedades das substâncias podem ser classificadas em gerais, funcionais e 
específicas. 
 As propriedades gerais são comuns a todas as substâncias, como a extensão 
(propriedade de ocupar lugar no espaço) etc 
 As propriedades funcionais são comuns a certos grupos de substâncias, como o 
sabor azedo dos ácidos. esses grupos de substâncias, com propriedades comuns, 
constituem as funções químicas. 
 As propriedades específicas são peculiares a cada substância, como o ponto de 
fusão. 
 As principais propriedades funcionais dos ácidos são: o sabor azedo, a ação 
sobre os indicadores, a reação com as bases, a reação com os carbonatos e a reação 
com os metais. 
 
 
A - Sabor azedo 
 
1 - Colocar 10 mL de água em um tubo de ensaio limpo e juntar uma gota de ácido 
clorídrico diluído. Vedar a boca do tubo com o dedo indicador. Agitar de maneira a molhar 
a ponta do dedo. Provar no dedo o sabor da solução. 
 
2 - Colocar 10 mL de água em um tubo de ensaio limpo e juntar uma gota de ácido 
sulfúrico diluído. Provar o sabor da solução, como no exercício anterior. 
Nota - Não provar nenhuma substância sem antes averiguar que não é tóxica. 
 
Qual o sabor da solução diluída dos ácidos? 
 
 
- Ação sobre os indicadores 
 
3 - Colocar 5 mL de água em 4 tubos de ensaio. Ao 1º juntar duas gotas de ácido 
clorídrico 3M; ao 2º duas gotas de ácido nítrico 3M; ao 3º duas gotas de ácido sulfúrico 
3M; e ao 4º duas gotas de solução 3M de hidróxido de sódio (solução de uma base). 
Agitar cada tubo. 
 
4 - Mergulhar a ponta de um pedaço de papel de tornassol azul em cada um dos quatro 
tubos. Observar a cor. 
 
 30
5 - Mergulhar a ponta de um pedaço de papel de tornassol vermelho em cada um dos 
quatro tubos. Observar a cor. 
 
Que acontece quando se mergulha um papel de tornassol azul num ácido? 
 
Que acontece quando se mergulha um papel de tornassol vermelho num ácido? 
 
Que acontece quando se mergulha um papel de tornassol azul numa base? 
 
Que acontece quando se mergulha um papel de tornassol vermelho numa base? 
 
6 - Colocar 5 mL de água em 4 tubos de ensaio. Ao 1º juntar duas gotas de ácido 
clorídrico 3M; ao 2º duas gotas de ácido nítrico 3M; ao 3º duas gotas de ácido sulfúrico 
3M; e ao 4º duas gotas de solução 3M de hidróxido de sódio (solução de uma base). 
Agitar cada tubo. 
 
7 - Juntar duas gotas de solução de metilorange a cada um dos quatro tubos. Agitar. 
Observar as cores.. 
 
Qual a cor do metilorange em meio ácido? 
E em meio básico? 
 
8 - Colocar 5 mL de água em 4 tubos de ensaio. Ao 1º juntar duas gotas de ácido 
clorídrico 3M; ao 2º duas gotas de ácido nítrico 3M; ao 3º duas gotas de ácido sulfúrico 
3M; e ao 4º duas gotas de solução 3M de hidróxido de sódio (solução de uma base). 
Agitar cada tubo. 
 
9 - Juntar duas gotas de solução de vermelho de metila a cada um dos quatro tubos. 
Agitar. Observar as cores.. 
 
Qual a cor do vermelho de metila em meio ácido? 
E em meio básico? 
 
10 - Colocar 5 mL de água em 4 tubos de ensaio. Ao 1º juntar duas gotas de ácido 
clorídrico 3M; ao 2º duas gotas de ácido nítrico 3M; ao 3º duas gotas de ácido sulfúrico 
3M; e ao 4º duas gotas de solução 3M de hidróxido de sódio. Agitar cada tubo. 
 
11 - Juntar duas gotas de solução de fenolftaleína a cada um dos quatro tubos. Agitar. 
Observar as cores. 
 
Qual a cor da fenolftaleína em meio ácido? 
E em meio básico? 
 
 
C - Reação de salificação 
 
12 - Colocar 2 mL de água em um tubo de ensaio. Juntar dez gotas de ácido clorídrico 
3M. Juntar duas gotas de fenolftaleína. Juntar, gota a gota, solução 3M de hidróxido de 
sódio, com agitação contínua, até o aparecimento da cor vermelha, indicativa do excesso 
de base. 
 
Escrever a equação entre o ácido clorídrico e o hidróxido de sódio. 
 
 
 
 31
 
 
D - Ação dos ácidos sobre os carbonatos 
 
13 - Colocar 5 mL de água em três tubos de ensaio. Ao 1º, juntar cinco gotas de ácido 
clorídrico 3M; ao 2º cinco gotas de ácido nítrico 3M; e ao 3º, cinco gotas de ácido sulfúrico 
3M. Agitar cada tubo. 
 
14 - Juntar a cada um dos tubos pequena porção de carbonato de cálcio em pó. 
Observar. 
 
Qual gás quase desprende na reação de ácidos fortes e carbonato de cálcio? 
 
Escrever as equações entre os ácidos utilizados e o carbonato de cálcio. 
 
E - Ação sobre o zinco, metal menos nobre que o hidrogênio 
 
15 - Colocar 3 mL de ácido clorídrico 3M em um tubo de ensaio. Juntar pequeno pedaço 
de zinco. Observar. 
Escrever a equação da reação entre zinco e ácido clorídrico. 
 
16 - Colocar 3 mL de ácido sulfúrico 3M em um tubo de ensaio. Juntar pequeno pedaço 
de zinco. Observar. 
 
 Escrever a equação da reação entre zinco e ácido sulfúrico. 
 
 32
AULA 9 - MÉTODOS GERAIS DA PREPARAÇÃO DE BASES 
 
MATERIAL 
 Copo de becher Suporte com argola 
 Vidro de relógio Tornassol vermelho 
 Tubos de ensaio Papel de filtro 
Funil de vidro Bico de Bunsen 
 
REAGENTES 
Sódio metálico (Na) 
Solução de sulfato de sódio (Na2SO4) 0,5N 
Óxido de cálcio (cal virgem) 
Solução de hidróxido de bário (Ba(OH)2).(8 H2O)63g/1000mL 
Solução de cloreto de amônio(NH4Cl) 3M (160g/1000mL) 
Solução de cloreto de ferro III (FeCl3).6 H2O 0,5M 135g + 20 mL HCl em 1000 mL 
Solução hidróxido de sódio 3 M (NaOH) 126g /1000 mL 
 
A - Reação de metais alcalinos e água 
 
 Os metais alcalinos ( lítio, sódio, potássio, rubídio e césio) reagem com a água, 
formando os hidróxidos correspondentes e libertando hidrogênio. 
 Devem, pois, ser manipulados com extrema cautela. O hidrogênio libertado mistura-se 
com o oxigêniodo ar e forma uma mistura inflamável e explosiva. O calor desprendido 
pela própria reação é suficiente para inflamar ou fazer explodir a mistura formada. 
 Para evitar o contato dos metais alcalinos com a água, ou com a umidade atmosférica, 
vêm eles cobertos de querosene, nos frascos em que estão acondicionados. 
 Para sua utilização, retira-se um dos pedaços guardados sob o querosene com auxilio de 
uma pinça. (Nunca se deve pegar um metal alcalino com os dedos, pois a umidade da 
pele é suficiente para inflamá-lo). O pedaço retirado é colocado sobre uma folha seca de 
papel de filtro e enxugado com a mesma. Corta-se, então a porção de tamanho desejado, 
com o auxilio de uma faca, e devolve-se imediatamente o pedaço restante ao frasco de 
origem, para que o metal fique submerso no querosene. 
 
A - DEMONSTRAÇÃO FEITA PELO PROFESSOR: 
 
Colocar com cuidado um pedaço de sódio em um béquer que contenha cerca de 20 mL 
de água. Cobrir o béquer com o vidro de relógio. Observar a reação. Verificar, antes de 
destampar o béquer, que todo o sódio reagiu com a água. 
 
Testar a solução formada com o tornassol vermelho. 
 Quais os produtos da reação entre o sódio e água? 
 
B - Reação de óxidos básicos e água 
 
Óxidos básicos são aqueles que reagem com água, formando bases, ou que reagem com 
ácidos, formando sais e água. Os óxidos normais dos metais alcalinos (lítio, sódio, 
potássio, rubídio e césio) e dos metais alcalino-terrosos (cálcio, estrôncio, bário e rádio) 
são óxidos básicos. 
 
2- Colocar pequena porção de óxido de cálcio (cal virgem) em um tubo de ensaio que 
contenha cerca de 5 mL de água. Agitar e filtrar. Recolher o filtrado em um tubo de 
ensaio. Testar a solução filtrada com o tornassol vermelho. 
 
 
 33
Qual o nome e a fórmula da substância que se forma pela reação de óxido de cálcio e 
água? 
 
C - Reação de sal de base fraca com base forte 
 
Bases fortes são as que tem alto grau de dissociação; bases fracas são as que tem 
pequeno grau de dissociação. Os hidróxidos dos metais alcalinos e dos metais 
alcalino-terrosos são bases fortes e solúveis. O Hidróxido de amônio é uma base fraca e 
solúvel. 
 
3 - Colocar 2 mL de solução de cloreto de amônio em um tubo de ensaio. Aquecer, sem 
deixar secar. Cheirar os vapores que se desprendem. Colocar junto à boca do tubo de 
ensaio, sem tocá-lo, uma tira de papel tornassol vermelho umedecida com água. 
Observar. 
 
4 - Juntar à solução de cloreto de amônio 2 mL de solução diluída de hidróxido de sódio. 
Aquecer. Cheirar cuidadosamente os vapores que se desprendem. Colocar junto à boca 
do tubo de ensaio, sem tocá-lo, uma tira de papel tornassol vermelho umedecida com 
água. Observar. 
 
Qual o odor dos vapores que se desprendem na ebulição de uma solução de cloreto de 
amônio? 
 
Qual a ação desses vapores sobre o tornassol vermelho? 
 
Qual o odor dos vapores que se desprendem na ebulição de uma solução de cloreto de 
amônio e hidróxido de sódio?. 
 
Qual a ação desses vapores sobre o tornassol vermelho? 
 
Escrever a equação da reação entre cloreto de amônio e hidróxido de sódio 
O hidróxido de sódio é base forte ou fraca? 
 
E o hidróxido de amônio? 
 
D - Reação de sal solúvel com base tal que se forme um sal insolúvel 
 
5 - Colocar 2 mL de solução de sulfato de sódio em um tubo de ensaio. Juntar 2 mL de 
solução de hidróxido de bário. Deixar decantar o precipitado formado. 
 
Escrever a equação da reação entre sulfato de sódio e hidróxido de bário, grifando o 
produto insolúvel: 
 
Dar o nome e a fórmula da base que se forma na reação de sulfato de sódio e hidróxido 
de bário: 
 
E - Reação de sal solúvel com base tal que se forme um hidróxido insolúvel 
 
6 - Colocar 2 mL de solução de cloreto de ferro III em um tubo de ensaio. Juntar 2 mL de 
solução diluída de hidróxido de sódio. 
 
 Recolher o filtrado em um tubo de ensaio. 
Escrever a equação da reação entre cloreto de ferro III e hidróxido de sódio, grifando o 
produto insolúvel. 
 
 34
AULA 10 - SOLUÇÕES 
 
Conteúdo: Soluções, tipos, unidades, técnicas de preparação. 
 
Recipientes - tipos - Limpeza 
 
 Existem vários tipos de frascos que se destinam a guardar soluções. Conforme o 
tipo de solução a que se destinam, devem ter rolha esmerilhada ou de borracha. Se a 
solução é sensível à ação da luz, deve-se guardá-la em frasco âmbar. 
 É importante que os frascos estejam rigorosamente limpos e livres de gorduras. 
As soluções mais usadas para limpar e desengordurar recipientes são: solução 
sulfocrômica (sol. a 10% de dicromato de potássio em ácido sulfúrico concentrado), sol. 
sulfopermangânica (sol. a 4% de permanganato de potássio levemente acidulada com 
ácido sulfúrico), solução alcoólica de hidróxido de potássio a 50% e outras. Soluções de 
sabões e detergentes são também muito usadas. De todas as soluções citadas a mais 
comumente é a solução sulfocrômica, a qual é fortemente oxidante, corrosiva e 
desidratante; deve-se portanto manipulá-la com grande cuidado. A solução sulfocrômica 
deve ser posta fora de uso quando adquirir cor esverdeada. 
 
Rótulos 
 
 Devem conter o nome, a concentração da solução, data de preparação, nome ou iniciais 
do preparador, fator de correção (quando houver) e qualquer outro dado útil. 
Num frasco conta-gotas, o rótulo deve ser colocado no lado oposto ao que gotejará a 
solução. Num frasco comum o líquido também deverá ser escoado pelo lado oposto ao 
rótulo, o qual não se molhará, isto para evitar danificações ao mesmo. 
 
Preparação propriamente dita 
 
Pesa-se a massa desejada em papel especial, vidro de relógio ou bequer, junta-se 
solvente e carreia-se cuidadosamente o líquido para o balão volumétrico. Completa-se o 
volume, acertando-se o nível com uma pipeta e homogeneizando por agitação e inversão 
do balão volumétrico tampado. 
Caso a substância tenha sido pesada em vidro de relógio, transfere-se a mesma para um 
bequer com auxílio de frasco lavador e procede-se como anteriormente. 
 
Solvente e soluto 
 
O solvente mais comumente usado é a água destilada. Existem, porém vários tipos de 
solventes. 
O soluto pode ser do tipo substância padrão primário, oxidante, redutor ou outro. 
 
Substâncias que não são padrão primário fornecem soluções, que precisam ser 
padronizadas através de titulação, como se verá mais adiante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35
Tipos de soluções 
 
 As soluções podem se apresentar sob os mais variados aspectos, dependendo do critério 
em estudo. 
 
a) Quanto ao seu estado físico: 
 Soluções sólidas, (Solvente sólido) 
 Soluções líquidas, (solvente líquido) 
 Soluções gasosas, (solvente gasoso) 
 
b) Quanto a proporção soluto x solvente: 
 
 Solução diluída: possui pequena quantidade de soluto em relação ao solvente. 
 
. Solução concentrada: proporção de soluto é grande em relação ao solvente. 
 
 Solução saturada: contém a quantia máxima de soluto numa determinada quantidade 
de solvente numa dada temperatura e pressão. 
 
 
 Solução super-saturada: quando contém maior quantidade de soluto que a permitida 
para ser saturada numa dada temperatura e pressão. 
 
c) Quanto à natureza das partículas dissolvidas: 
 
Soluções moleculares: quando as partículas dissolvidas são moléculas ou partículas 
neutras. 
 
Soluções iônicas: quando as partículas dissolvidas são íons, ou partículas com carga 
elétrica. 
 
Unidades de concentração mais usadas 
 
 Soluções de concentração expressa em % 
 
 Há % em massa, % em volume e % em massa/volume. Aqui abordaremos apenas este 
último tipo (ver prática). 
 
 Concentração expressa em Molaridade 
 
Molaridade de uma solução é a relação entre o número de moles do soluto e o volume da 
solução em litros. 
 
 nº de moles do soluto n 
 Molaridade = --------------------------------------- M = ---- 
 Volume da sol. em litros V 
 
Quando se tem uma solução de molaridade x, escreve-se solução xM. 
 
Exemplo: Solução de hidróxidode sódio de molaridade 0,4 , ou 0,4M de NaOH; esta 
solução contém 0,4 moles de NaOH dissolvidos em um litro de solução. 
 
PRÁTICA A: Preparação de 100 mL de solução a 1% de cloreto de sódio na pureza de 
95% 
 
 36
 
1. Pesar exatamente a quantidade desejada de NaCl num bequer de 100 mL. 
2. Dissolver com cerca de 30 mL de água destilada. 
3. Transferir para um balão de 100 mL e completar o volume. 
4. Transferir a solução para um frasco limpo e seco, lavando antes o frasco uma ou duas 
vezes com um pouco da própria solução. 
5. Rotular e guardar a solução. 
 
PRÁTICA B: Preparação de 100 mL de solução grosseira, aproximadamente 0,10 M de 
hidróxido de sódio. 
 
1. Calcular a massa necessária de NaOH. 
2. Pesar num vidro de relógio uma quantidade um pouco superior à desejada ( 0,1M ), 
posteriormente ela será dosada e diluída convenientemente. 
3. Colocar a substância pesada em um béquer contendo cerca de 50 mL de água 
destilada. 
4. Colocar a substância agitando a solução com um bastão de vidro 
5. Depois de estabelecido o equilíbrio térmico, transferir para um balão volumétrico de 100 
mL e completar o volume. 
6. Transferir a solução para um frasco limpo e seco conforme descrição anterior. 
7. Rotular e guardar a solução. 
 
Obs: NaOH hidrata-se facilmente com a umidade do ar, de modo que pesamos junto a 
água de hidratação, por este motivo pesa-se um pouco a mais. 
 
PRÁTICA C: Preparação de 250 mL de solução grosseira, aproximadamente 0,1M de 
ácido clorídrico. (PM= 36,46 g/mol) 
 
1. Verificar a densidade e a concentração do ácido clorídrico. 
2. Calcular o volume do mesmo que contém a massa de HCl necessária. 
OBS.: Medir tal volume em capela ou próximo a uma janela, em proveta de capacidade 
adequada. 
3. Colocar cerca de 150 mL de água destilada em um béquer graduado de 250 mL. 
4. Verter lentamente sobre a água, a quantidade de ácido medido agitando 
constantemente com um bastão de vidro. 
5. Completar o volume e transferir a solução para um frasco limpo e seco conforme 
descrições anteriores. 
6. Rotular e guardar a solução. 
 
OBS.: JAMAIS verter água sobre ácidos concentrados: SEMPRE ÁCIDOS SOBRE A 
ÁGUA. 
 
Questões 
 
1. Porque se deve pesar um pouco a mais do que a massa calculada do NaOH para a 
preparação de uma solução desta base? 
2. Qual o volume de HCl concentrado necessário para a preparação de 2.500 mL de 
solução 0,05M? Dados: Concentração = 37%, d = 1,9 g/mL PM = 36,45 u.m.a. 
3. Se você tiver 6,62 mL de sol. concentrada de HCl, que volume de sol. 0,1M será 
possível preparar? 
4. Porque algumas soluções devem ser preparadas em balões volumétricos, ao passo 
que outras o são em copos graduados ou provetas? 
5. Indique os cálculos de preparação da solução de ácido oxálico, e de Hidróxido de sódio 
. 
 
 37
AULA 11 - ESTEQUIOMETRIA DE UMA REAÇÃO 
 
REAÇÕES QUÍMICAS E SUAS LEIS 
 
 Reação Química: Toda transformação química efetuada na natureza de uma ou mais 
substâncias, (propriedades físicas e químicas, etc), denomina-se de reação química. A 
reação química é representada qualitativamente e quantitativamente pela equação 
química. Esta consta de dois membros separados por uma flecha (seta), indicando o 
sentido da mesma. 
 Ex.: 
 Zn + CuSO4 ZnSO4 + Cu 
 reagentes sentido produtos 
 
Convenções: Numa equação química convenciam-se o seguinte: 
a) Reagentes ficam à esquerda 
b) Quando a reação é reversível usa-se o sinal bissagitado: 
 
 H2 + I2 2HI 
 
c) O Catalisador é simbolizado sobre a seta indicativa do sentido da reação. 
 O calor é simbolizado por um pequeno delta (triângulo Δ ), abaixo da seta. 
 
d) Os produtos gasosos e insolúveis são representados por uma seta voltada para cima, 
para o gás, sobre o respectivo composto, e uma seta voltada para baixo para os 
compostos insolúveis e precipitados. 
 
e) Em equações termoquímicas,a energia é representada em geral pelas variações de 
entalpia ( H) do sistema, após a equação com o sinal positivo para energia absorvida pelo 
sistema, e com sinal negativo para energia desprendida pelo sistema. 
 H2 (g) + 1/2 O2 (g) H2O(g) ΔH= -57 cal 
 
TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS 
Na vida real apresentam-se os mais variados tipos de reações químicas. 
Dependendo do critério usado, podem ser: 
 
1- lentas e rápidas (critério: Tempo) 
 
2- espontâneas e provocadas (critério: Energia livre) 
 
3- endotérmicas ou exotérmicas (critério: Calor absorvido ou não) 
 
4- reações de análise, síntese e troca (critério: montagem e desmontagem de moléculas) 
 
5- reações moleculares ou iônicas (critério: agente na reação) 
 
6- Reações reversíveis e irreversíveis (critério: sentido da reação) 
 
 
 
LEIS QUE REGEM AS REAÇÕES QUÍMICAS 
 Podemos dividir as leis clássicas da Química em dois grupos fundamentais: Leis 
ponderais e Leis Volumétricas. 
 
 38
 
 I - Leis Ponderais 
a) Lavoisier - Lei da conservação da massa (1774) 
 
b) Proust - Lei das proporções definidas (1779) 
 
c) Dalton - Lei das proporções múltiplas (1808) 
 
d) Richter-Wenzel - Lei dos equivalentes (1792) 
 
 II - Leis Volumétricas 
- Lei de Gay-Lussac (aplicada aos gases - 1808). 
 
 
 
 
PRÁTICA 
 
ESTEQUIOMETRIA DE UMA REAÇÃO: Zn + CuSO4 ZnSO4 + Cu 
 
PROCEDIMENTO 
 
Pesar 0,50g de zinco em pó. 
 
Colocar em um becher 50 mL de solução 0,2 N de CuSO4 e aquecer até a temperatura 
de 80 graus centígrados. 
Chegando-se à temperatura de 80 graus adicionar o zinco em pó e deixar reagir por 20 
minutos sob aquecimento (80 graus) agitando com um bastão de vidro. 
Preguear um papel de filtro quantitativo e pesar, anotando sua massa. 
Decorridos os 20 minutos da reação, filtrar o precipitado, lavando-o três vezes com água 
destilada e em seguida com álcool. 
Secar o papel de filtro em estufa a 110 graus por 15 minutos pelo menos. 
Pesar novamente o papel de filtro, tomando-se o cuidado de não perder o precipitado, 
determinando a massa de cobre. 
 
QUESTÕES 
 1- Qual a massa de cobre obtida 
 2- Como você classificaria a reação, de acordo com os critérios acima? 
 3- Quais as leis fundamentais da química envolvidas no experimento que realizamos? 
 4- Faça os cálculos teóricos para determinar a massa de cobre a partir da reação e 
compare com os resultados obtidos. 
 
 
 
 39
AULA 12 - TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS 
 
Reagentes: 
Ácido clorídrico concentrado (na capela) 
Ácido clorídrico 3 M (65 mL de HCl concentrado em 250 mL) 
Hidróxido de amônio concentrado (na capela) 
Nitrato de prata 0,5 M (21,25 gr. em 250 mL) 
Cloreto de sódio 0,5 M (14,65 gr. em 250 mL) 
Iodeto de potássio 0,5 M (20,75 gr. em 250 mL) 
Ácido sulfúrico 3 M (42,0 mL de H2SO4 concentr. em 250 mL) 
Hidróxido de Sódio 3 M (31,5 gr. em 250 mL) 
Água oxigenada 20 volumes 
Cobre em pedaços (pedaços pequenos de fio elétrico) 
 
 
A - Reações em fase gasosa 
1 - Colocar 1 mL de ácido clorídrico concentrado em um tubo de ensaio. (usar capela e 
pêra de pipetagem, proceder com cuidado). Colocar 1 mL de hidróxido de amônio 
concentrado em um segundo tubo de ensaio (proceder como para o ácido, não aspirar 
vapores de ambos os tubos, ambos são tóxicos e corrosivos) 
 
Observar o desprendimento de vapores em ambos os tubos. 
 
2 - Introduzir a ponta de um bastão de vidro no ácido clorídrico concentrado. Introduzir, a 
seguir, o bastão molhado com ácido clorídrico um centímetro dentro do tubo que contém o 
hidróxido de amônio concentrado. (cuidado para que não caia ácido sobre a amônia). 
Observar. Repetir mais duas vezes. 
 
3 - Introduzir a ponta de um bastão de vidro limpo no hidróxido de amônio concentrado. 
Introduzir, a seguir, o bastão molhado com hidróxido de amônio um centímetro dentro do 
tubo que contém o ácido clorídrico concentrado. (cuidado para que não caia hidróxido 
sobre o ácido). Observar. Repetir mais duas vezes. 
- Qual a substância branca que se forma na reação entre os vapores acima? 
 
- Escrever a equação da reação na qual se formou a substância branca. 
 
 
B - Reações de deslocamentoou simples troca 
Reações de deslocamento ou simples troca são aquelas em que uma substância simples 
reagindo com uma substância composta, desloca um dos seus elementos, libertando-o 
como uma substância simples. 
 
4 - Colocar 2 mL de solução 0,5 M de prata em um tubo de ensaio. Juntar pequeno 
pedaço de cobre. Não agitar o tubo. Observar durante cinco minutos. 
- Qual a substância que se formou sobre o cobre? 
 
- Por que a solução que era incolor tornou-se azul? 
 
- Escreva a equação da reação 
 
 
 
 
 
 40
C - Reação de dupla troca ou dupla substituição 
Reações de dupla troca ou dupla substituição são aquelas em que duas substâncias 
compostas, ao reagir, trocam entre si elementos ou radicais, constituindo duas novas 
substâncias compostas. 
 
5 - Num tubo de ensaio coloque 2 mL de solução 0,5 M de nitrato de prata. Juntar 2 mL 
de solução 0,5 M de cloreto de sódio. Observe o precipitado branco. 
 
- Escreva a fórmula e o nome do precipitado. 
 
- Que substância ficou na fase líquida? 
 
- Escreva a equação da reação. 
 
D - Reações de óxido-redução 
Reações de oxido-redução são aquelas em que uma das substâncias reagentes sofre 
oxidação e outra das substâncias reagentes sofre redução. 
 
6 - Colocar 1 mL de solução 0,5 M de iodeto de potássio em um tubo de ensaio. Juntar 1 
mL de solução 3 M de ácido sulfúrico. Agitar. Juntar 1 mL de água oxigenada. Agitar. 
Observar. 
 
- Qual a substância que se oxidou? 
 
- Qual a substância que se reduziu? 
 
- Escreva a equação da reação. 
 
E - Reações exotérmicas e endotérmicas 
Reações exotérmicas são aquelas que se realizam com desprendimento de energia na 
forma de calor. Reações endotérmicas são aquelas que se realizam com absorção de 
calor. 
 
7 - Colocar em um tubo de ensaio 3 mL de ácido clorídrico 3 M. Verificar sua 
temperatura. 
 
8 - Colocar 3 mL de Hidróxido de sódio 3 M em outro tubo de ensaio. Verificar a 
temperatura (não esquecer de lavar o termômetro). 
 
9 - Despejar os 3 mL de ácido clorídrico diluído no tubo que contém os 3 mL de solução 
de hidróxido de sódio. Verificar imediatamente a temperatura. 
 
- Escreva a equação da reação 
 
- A reação entre o ácido clorídrico e hidróxido de sódio é exotérmica ou endotérmica? 
 
 41
 
AULA 13 - TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE 
 
 MATERIAIS 
 
 1 - Pipeta volumétrica de 10 mL 
 1 - Bureta de 25 mL 
 1 - Suporte universal c/ agarrador 
 1 - Erlenmeyer de 250 mL 
 Solução de ácido Oxalico 0,1 N (Padrão) 
 Solução de NaOH aproximadamente 0,1M 
 Solução alcoólica de fenolftaleína 
 1 erlenmeyer de 250 mL. 
 1 bureta de 50 mL. 
 1 suporte universal, 1 agarrador. 
 solução de NaOH 0,1 N. 
 solução alcoólica de fenolftaleina a 1% 
 suco de limão 
 
 A análise ácido-base de uma solução de concentração desconhecida geralmente 
feita por um procedimento conhecido como TITULAÇÃO. Na titulação de uma solução de 
um ácido de concentração desconhecida, um volume medido do ácido é adicionado a um 
frasco e um titulante, uma solução de concentração conhecida de base, é adicionada até 
que o ponto de equivalência seja atingido. Este é o ponto no qual números iguais de 
equivalentes do ácido e da base foram misturados. No procedimento mais simples, o 
ponto de equivalência é indicado pela mudança de cor de um indicador adicionado antes 
do inicio da titulação. Normalmente o pH no ponto de equivalência muda bruscamente 
com a adição de volumes muito pequenos de titulante; assim , uma nítida mudança de cor 
fornece uma indicação clara do ponto de equivalência. 
 Em titulações ácidos-base, o ponto de equivalência não ocorre necessariamente em pH 
7. Isto significa que deve ser escolhido um indicador adequado antes de se iniciar a 
titulação. 
 
CÁLCULOS 
 
 O cálculo da concentração da solução desconhecida pode ser feito através da seguinte 
relação: 
 
C1V1 = C2V2
 
onde: C1 e C2 são as concentrações Molares dos íons H+ e OH- e nas soluções e V1 e V2 
são os volumes da solução desconhecida e do titulante respectivamente. Por exemplo se 
estivermos utilizando como titulante uma solução de ácido sulfúrico 0,1M, C2 será 0,2M 
porque o H2SO4 possui 2 hidrogênios ionizáveis em cada molécula. 
 
 
PRÁTICA A: - PADRONIZAÇÃO DO NaOH (0,1M) 
 
Em aulas passadas vimos que sempre ao preparar uma solução de NaOH devemos pesar 
uma quantidade um pouco maior que o calculado para o preparo da solução desta base, 
devido ao fato da mesma ser altamente higroscópica, assim uma vez preparada a solução 
terá uma concentração desconhecida, embora próxima da desejada. O mesmo ocorre 
com a maioria das bases e dos ácidos, uma vez que fatores externos não nos permitem 
 
preparar soluções que tenham a concentração perfeitamente conhecida, excetuando-se é 
claro aquelas substâncias que são consideradas como padrões primários. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
1- Pipetar para o erlenmeyer 10 mL de solução aproximadamente 0,1M de NaOH 
 
2- Juntar duas gotas de solução do indicador. (Fenolftaleína) 
 
3- Carregar a bureta com solução 0,1 M de ácido oxálico 
 
4- Gotejar a solução de ácido contida na bureta sobre o hidróxido contido no erlenmeyer 
(não esquecer que se manipula a torneira da bureta com a mão esquerda enquanto com a 
mão direita se agita o erlenmeyer). 
 
5- O desaparecimento da cor rosada no líquido contido no erlenmeyer indica o ponto final 
da titulação 
 
6- Ler na bureta o volume gasto da solução dosadora. 
 
7- Titular mais uma alíquota seguindo o mesmo procedimento. 
 
8- Calcular o gasto médio de solução dosadora. 
 
9- Calcular a concentração correta da solução de NaOH.Lembrando que o ácido oxálico 
tem 2 hidrogênios ionizáveis 
 
 
PRATICA B - DOSAGEM DO ÁCIDO CÍTRICO COM NaOH. 
 
 INTRODUÇÃO: 
 
O ácido cítrico ocorre nos frutos cítricos, como a laranja e principalmente o limão. Seu 
mais importante processo de obtenção se baseia na fermentação cítrica da glicose ou da 
sacarose (melaço) por meio de microrganismos como o "Citronycos Pteferinus". 
É o ácido orgânico mais utilizado na preparação de alimentos. É também empregado na 
indústria de bebidas efervescentes e de refrigerantes e, mormente em tinturarias. Seu sal, 
o citrato de sódio, é laxativo. 
 
 H2--C--COOH 
 
 HO-C--COOH.H2O PM = 192,12 
 
 H2--C--COOH 
 
PROCEDIMENTO: 
 
1- Pipetar para o erlenmeyer 2,5 mL de suco de fruta cítrica previamente filtrada e diluir 
com água destilada até 50 mL aproximadamente. 
 
2- Juntar duas gotas de solução do indicador. 
 
3- Carregar a bureta com solução 0,1 M de NaOH. 
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 43
4- Gotejar a solução de hidróxido contida na bureta sobre o suco contido no erlenmeyer 
(não esquecer que se manipula a torneira da bureta com a mão esquerda enquanto com a 
mão direita se agita o erlenmeyer). 
 
5- O aparecimento da cor rosada no líquido contido no erlenmeyer indica o ponto final da 
titulação 
 
6- Ler na bureta o volume gasto da solução dosadora. 
 
7- Titular mais uma alíquota seguindo o mesmo procedimento. 
 
8- Calcular o gasto médio de solução dosadora. 
 
 CALCULOS: 
 
Considerando uma solução 0,1 M de ácido cítrico: 
1 litro contém 0,1 Mol, ou seja, 19,212g de ácido cítrico, mas terá 0,3 Moles de íons H+
1 mL contém 0,0001 Mol ou seja 0,0192 g de ácido 
 
Considerando uma solução de 0,1 M de NaOH; 1 mL contém 0,0001 Mol de base 
portanto, necessitaremos de 3mLs dessa solução para neutralizar 1 mL da solução de 
ácido cítrico . 
Assim, cada mL da solução 0,1M de NaOH é capaz de neutralizar (0,0192/3) = 0,0064 g 
de ácido cítrico. 
 
 
Logo: 1 mL de solução 0,1 M NaOH --- 0,0064 g ác. cítrico 
 
 X mL de solução 0,1 M NaOH --- Y g de ácido cítrico 
 
onde X é o volume gasto da solução de NaOH 0,1M 
 
As "Y" g de ácido cítrico estão contidas em 2,5 mL de suco que foram usadas na 
dosagem. Para calcular a massa do ácido cítrico em 100 mL de suco temos: 
 
2,5 mL de suco contém ---- Y g de ácido cítrico

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