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DIREITO CONSTITUCIONAL I TEORIA DA CONSTITUIÇÃO Profa. Me. Gladis Denise Melchior Fair – 2019/1 UNIDADE 1 – TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO UNIDADES DE ENSINO – CONTEÚDOS A SEREM ESTUDADOS UNIDADE 1 – Teoria da Constituição e Constitucionalismo UNIDADE 2 – Poder Constituinte e a Estrutura da Constituição de 1988 UNIDAE 3 - Direito intertemporal constitucional UNIDADE 4 - Sistema Constitucional e Hermenêutica e interpretação das normas constitucionais UNIDADE 5 - Dos direitos e garantias fundamentais 1.1 O surgimento do Constitucionalismo - Ligado ao surgimento do Estado moderno (povo + governo + território) Estado absolutista Estado liberal século XV / reis x papa x feudos final Século XVIII / Revolução Francesa Hobbes e o pacto de submissão, em “The Cive” Rousseau e o pacto social, em “Do Contrato Social” coerção/força física/submissão do povo ao soberano associação do povo (conjunto dos cidadãos) forma um corpo moral e coletivo (pessoa pública- República/Estado) Rei exercia as 3 funções estatais (“L’Etat c’est moi” – Rei Luis XIV) povo participa da vontade soberana do Estado soberania pertencia ao monarca/governante soberania pertence à nação (unidade resultante do pacto) 1.2 Constitucionalismo Teoria política/ideologia que visa a limitação do poder estatal, indispensável à garantia dos direitos estruturantes da organização social (juízo de valor/carga axiológica). Juridicamente é um complexo axiológico/juízo de valor enfeixado na Constituição, que contempla os direitos fundamentais. - Constitucionalismo na Idade Antiga, até o século V: hebreus (Lei do Senhor x governantes); Grécia (democracia direta + Atenas, supremacia das leis sobre os decretos); Roma (atos legislativos do Imperador eram superiores às leis + Lei das XII Tábuas/início dos direitos civis - liberdade) . - Constitucionalismo na Idade Média, do século V até o fim do século XV: A Magna Charta Libertatum (1215) é o grande marco, com proteção formal de direitos individuais. Dentre outras garantias, previa a liberdade da Igreja da Inglaterra; restrições tributárias; proporcionalidade entre direito e sanção [...]; previsão do devido processo legal [...]; livre acesso à Justiça [...]; liberdade de locomoção e livre entrada e saída do país. - Constitucionalismo na Idade Moderna, do século XV até final do século XVIII/1789 (marco da Revolução Francesa): Petition of Right (1628): tentou novamente incorporar os direitos estabelecidos pela Magna Carta, por meio da necessidade de consentimento do Parlamento para a realização de inúmeros atos. Habeas Corpus Act (1679): instituiu um dos mais importantes instrumentos de garantia de direitos, bastante utilizado até hoje, pois protege a liberdade de locomoção dos indivíduos. Bill of Rights (1689): significou enorme restrição ao poder estatal, prevendo, entre outras regulamentações: fortalecimento ao princípio da liberdade, ao impedir que o rei pudesse suspender leis ou a execução das leis sem o consentimento do Parlamento; criação do direito de petição; liberdade de eleição dos membros do Parlamento; imunidades parlamentares; vedação à aplicação de penas cruéis; convocação freqüente do Parlamento. Act of Settlement (1701): foi um ato normativo que reafirmou o princípio da legalidade e tratou da sucessão ao trono da Inglaterra e da Escócia. - Constitucionalismo Norte-americano: os novos habitantes fixaram, por consenso, suas regras, através de documentos que eram contratos de colonização: Compact (1620) + Fundamental Order of Connecticut (1639) + Declaração de Direitos do Estado da Virgínia (1776) + Constituição da Confederação dos Estados Norte Americanos (1777-1781). A fixação de regras pelo povo é um dos pilares da ideia de Constituição. - Constitucionalismo Moderno, durante a Idade Contemporânea, após a Revolução Francesa/1789, até final do século XX: dois marcos que são a CF EUA/1787 + Constituição Francesa/1791, cujo preâmbulo é a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão/1789 = tornou jurídico o poder político assumido pela burguesia, o povo passou a ser titular do poder. Teve duas fases (a liberal e a social). (a) Constitucionalismo moderno liberal: final século XVIII - “[...] princípios de uma sociedade política fundada sobre o contrato social, de uma ordem jurídica apoiada na razão humana, de um Estado que se curvava à liberdade individual [...]”/Bonavides. - individualismo + Estado não-interventor + política do laissez-faire + direitos de primeira dimensão, baseados no lema da liberdade (direitos civis: individuais, políticos e de nacionalidade); - influenciou as Constituições brasileiras de 1824 e 1891. (b) Constitucionalismo moderno social: início século XX - Estado interventor + políticas sociais + direitos de segunda dimensão, baseados no lema da iguadade (direitos sociais, da ordem econômica e culturais). São marcos a Constituição mexicana/1917 e a de Weimar/1919 – No Brasil teve início na Constituição de 1934 (implantou um Estado Social de Direito). - Constitucionalismo Contemporâneo, durante a Idade Contemporânea, segunda metade do século XX ao final do século XX: ideia de constitucionalismo globalizado/ou/totalitarismo constitucional, onde os textos constitucionais estabelecem normas programáticas (programas/metas a serem atingidas pelo Estado), e as Constituições são chamadas de dirigentes (J.J. Goomes Canotilho). Difundiu a ideia de proteção e propagação dos direitos fundamentais para todas as nações. Surgem os direitos de terceira dimensão (direitos difusos e coletivos), baseados nos lemas da fraternidade e da solidariedade. - Neoconstitucionalismo/ou/Constitucionalismo pós-moderno ou pós-positivismo, a partir do início do século XXI, além de limitar a atuação do Estado, visa concretizar os direitos fundamentais = a concretização da Constituição é o grande desafio do século XXI. CONSTITUIÇÃO NO NEOCONSTITUCIONALISMO Centro do sistema/superioridade + imperatividade, tanto no aspecto formal como axiológico = a lei, os poderes públicos e os particulares devem observar o espírito da constituição, ou seja, ela irradia eficácia jurídica e social Carga valorativa/axiológica e concretização destes valores = seu conteúdo contempla os valores e opções políticas, mormente garantias mínimas à dignidade da pessoa humana, através da redução das desigualdades, do reforço da democracia e da concretização dos direitos fundamentais Reaproximação do Direito com a Ética, a Moral e a Justiça Marcos do Neoconstitucionalismo Histó- rico Constituições após II Guerra Mundial: marcadas pela redemocratização / no Brasil só a CF de 1988 Filosó- fico Pós-positivismo (busca aproximar o Direito da ética, da moral, da justiça, da legitimidade – uma nova hermenêutica que reconhece normatividade aos princípios, como da dignidade humana) em oposição ao positivismo (direito = a lei / barbárie da II Guerra sustentada pela legalidade) Teó- rico Força normativa da Constituição (Konrad Hesse)/ é imperativa, de cumprimento obrigatório por todos Jurisdição constitucional = controle de constitucionalidade dos atos públicos e das leis sob o prisma dos direitos fundamentais Nova hermenêutica constitucional através da elaboração de princípios e métodos de interpretação e aplicação das normas constitucionais 1.3 Constitucionalismo e soberania popular Qual a ligação que a soberania popular possui com o constitucionalismo? Quem é o titular do poder político no Brasil? Qual é a espécie de democracia brasileira? O titular do poder político exerce este poder de forma direta ou indireta? Explique. 1.4 Direito Constitucional - ciência jurídica autônoma = conhecimento sistematizado sobre determinado objeto - objeto: estudo sistematizado das normas constitucionais - conteúdo destas normas: estrutura do Estado e de seus órgãos; forma de estado; forma de governo; sistema de governo; regime de governo; forma do exercício do poder (tripartiçãodos poderes); delimitação das competências; direitos humanos; regras da ordem econômica, tributária e social - princípios básicos: princípio da supremacia da Constituição; princípio democrático; princípio da limitação do poder. 1.5 Constituição e Estado Democrático de Direito Sabendo que hoje o Brasil é um Estado Constitucional Democrático de Direito, podemos concluir que: - Estado de direito = governantes e governados são subordinados à lei. - Estado Constitucional = reconhece a supremacia da Constituição, fonte de validade e fundamentação de todo o ordenamento jurídico e dos atos públicos e privados. - Estado democrático = legislação legitimada pelo povo; o poder político estatal deve organizar-se e exercer-se em termos democráticos. Assim, o elemento democrático é essencial ao constitucionalismo. O que é Constituição? “A história das constituições é a história apaixonada dos homens’. Esta ‘paixão’ e esta ‘história’ marcam muitos séculos de evolução do direito constitucional. Saber ‘história’ é um pressuposto ineliminável do ‘saber constitucional’. Assim, e para darmos apenas alguns exemplos, não é possível compreender o constitucionalismo sem conhecer a história das revoluções americana e francesa [...].” R. Bäumlin “A Constituição escrita não passa de semente que se desenvolve das seivas da terra, ao sol e ao ar do amplo debate, em abundante vegetação e florescência das leis, regulamentos, jurisprudências e práticas políticas. A Constituição [...] não se reduz a documentos de juristas, mas representa o veículo de vida e o seu espírito é sempre o da época. Sem dúvida, mas se o jardineiro da Constituição, em suas podas, enxertias, adubações e hibridações, pode dar novos matizes e perfumes às rosas, engendrando as mais belas variedades, é-lhe proibido, entretanto, transformá-las em cravos ou parasitárias orquídeas por virtuosismos de genética. Por mais caprichosa que seja a policromia e a variação esquisita dos aromas no Direito Constitucional, as rosas deverão ser sempre facilmente reconhecíveis como rosas.” Aliomar Baleeiro A Constituição é a norma fundamental e suprema que rege a organização e o funcionamento do Estado. “A constituição é algo que tem, como forma, um complexo de normas (escritas ou costumeiras); como conteúdo, a conduta humana motivada pelas relações sociais (econômicas, políticas, religiosas etc.); como fim, a realização dos valores que apontam para o existir da comunidade; e, finalmente, como causa criadora e recriadora, o poder que emana do povo.” José Afonso da Silva 1.6 Conceitos/acepções sobre Constituição - Constituição em sentido sociológico (Ferdinand Lassale): Constituição = fato social. A Constituição representa a “somatória dos fatores reais de poder dentro da sociedade”, ou não será legítima (e, neste caso, é mera folha de papel). - fatores reais de poder são os elementos sociais, a vontade social. - Constituição em sentido político (Carl Schmitt): A Constituição é produto de uma decisão política fundamental (obra do poder constituinte originário) e versa sobre a essência do Estado (estrutura e órgãos do Estado e suas competências, direitos fundamentais, forma de Estado, forma, sistema e regime de governo e os três poderes). Todas as normas inseridas na Constituição são consideradas formalmente constitucionais (leis constitucionais), mas só aquelas que tratarem de direitos fundamentais, princípios fundamentais e organização política do Estado são materialmente constitucionais (normas constitucionais). - Constituição em sentido jurídico (Hans Kelsen ) A Constituição é norma jurídica pura, eficaz por si mesma e que não se vincula a valores sociológicos, políticos ou filosóficos (independe da legitimidade ou justiça de seu conteúdo e da realidade política da sociedade). É uma concepção jurídico-positiva. É considerada norma máxima, que confere fundamento e validade a todas as outras normas, em um sistema de escalonamento de normas (verticalidade hierárquica) - uma norma inferior busca seu fundamento e validade na norma superior e assim sucessivamente, até se chegar ao fundamento máximo de validade do ordenamento jurídico que é a Constituição. Esta é fundamentada na norma hipotética fundamental (a Constituição deve ser obedecida). Refletindo: Após a análise das concepções sociológica, política e jurídica da Constituição, qual desses conceitos é o que melhor define a CF/88? Quais foram as Constituições brasileiras e quais as principais características de cada uma delas? Sugestões para pesquisa: - LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva. 1.7 Classificação das Constituições Quanto à origem (promulgada, outorgada, cesarista, pactuada) - Constituição Promulgada (ou democrática, ou popular, ou legítima): é fruto de um processo democrático, pois elaborada com a participação popular. Na sua elaboração, o poder do povo é exercido por uma Assembleia Nacional Constituinte (formada por representantes do povo, eleitos para a finalidade de elaborar uma Constituição). São exemplos as Constituições brasileiras de 1891, de 1934, de 1946 e de 1988. - Constituição Outorgada (ou ilegítima): é formada sem a participação popular, fruto do autoritarismo, geralmente imposta pelo governante ou por um grupo, como, por exemplo, as Constituições brasileiras de 1824, de 1937, de 1967 e a EC nº 1 de 1969. - Constituição cesarista/bonapartista: embora outorgada, necessita da ratificação popular, por meio do plebiscito. É exemplo a Constituição Chilena, elaborada pelo Ditador Pinochet. - Constituição Pactuada: é elaborada por um pacto celebrado por rivais, como ocorreu com a Carta Magna de 1215 (Paulo Bonavides). Quanto à extensão (analítica ou sintética): - Constituição Sintética (ou concisa): é aquela que contempla apenas as normas essenciais à organização do Estado e à limitações do poder. É exemplo a Constituição dos EUA, composta de sete artigos originais e de apenas vinte e sete emendas (é a mesma desde 1787). - Constituição Analítica (ou prolixa): além das normas essenciais, contempla muitas outras, como é o caso da atual Constituição brasileira. Quanto à forma (escrita ou não escrita) - Constituição Escrita: é a reunião de todas as normas de conteúdo constitucional em um único documento escrito, solenemente e promulgado, elaborada por órgão competente. - Constituição Não escrita (ou costumeira): não possui texto único, que não é formalizada, mas composta pelos costumes, pela jurisprudência, por leis esparsas. São exemplos a Constituição Inglesa, a de Israel e a da Nova Zelândia. Obs.: A Constituição escrita goza de primazia doutrinária, sob os seguintes argumentos: crença na superioridade da lei sobre o costume + imagem de concretização do contrato social + oferece maior soma de garantias de racionalidade do que o costume + proporciona mais segurança dos governados em relação aos governantes. (Paulo Bonavides) Quanto ao modo de elaboração (histórica ou dogmática) - Constituição Histórica: resulta do passar do tempo, sendo criada ao longo dos anos. É aquela que decorre da síntese da história de um povo, sendo formada a partir de textos esparsos, dos costumes, das decisões judiciais que serviram de base à conformação política do Estado. - Constituição Dogmática: é uma constituição sempre escrita, elaborada por um órgão constituinte, com base nas ideologias do momento de sua elaboração. Por isso, contempla a vontade política da época de sua elaboração. Quanto à alterabilidade ou mutabilidade (rígida, flexível, semirrígida, imutável) - Constituição Rígida: é a constituição escrita que somente poderá ser alterada por um processo legislativo diferenciado do processo legislativo aplicado à legislação infraconstitucional, tratando-se de um processo mais dificultoso, mais rígido (art. 60, CF). Alexandre de Moraes refere que a CF/88 é uma Constituição Super Rígida, pois apresenta um núcleo a que se refere como normas intangíveis, ou seja, normas que são protegidas porque asseguram direitos consideradosfundamentais para o Estado (art. 60, § 4º - cláusulas pétreas). - Constituição Flexível: admite alterações em seu texto pelo mesmo processo utilizado para a criação das leis, o mesmo procedimento da lei ordinária pode alterar a Constituição. - Constituição Semirrígida (ou Semiflexível): ela é composta por uma parte rígida e outra flexível. É o meio termo entre a Constituição Flexível e a Rígida, pois algumas regras podem ser alteradas pelo processo legislativo comum, enquanto outras somente poderão sê- lo pelo processo legislativo específico e mais rígido. - Constituição Imutável: não admite qualquer alteração em seu texto. É exemplo a Constituição de 1824, nos 4 primeiros anos. Após 4 anos, tornou-se semiflexível. Quanto ao conteúdo (formal ou material) - Constituição Formal: é sempre escrita, pois é um documento solene que somente pode ser alterado de acordo com o processo nela mesmo descrito. Por isso, todas as normas são constitucionais, independentemente do seu conteúdo representar a essência ou não. - Constituição Material: é composta apenas de normas constitucionais (escritas ou não escritas), que regulam a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos e os direitos fundamentais. Nesse caso, a Constituição somente se refere à matéria estritamente constitucional e as demais, mesmo que estejam dentro de uma Constituição escrita, não seriam consideradas constitucionais. Refletindo: Analisando a Constituição Federal de 1988, como podemos classificá-la? A classificação quanto ao conteúdo poderia associar-se ao conceito de Constituição proposto por Carl Schmitt, que define serem normas constitucionais aquelas que se referem a direitos fundamentais, princípios fundamentais e organização política do Estado, e sendo todas as demais apenas leis constitucionais? 1.8 Elementos da Constituição José Afonso da Silva divide as normas da Constituição de 1988 em cinco categorias: elementos orgânicos, limitativos, socioideológicos, de estabilização constitucional e formais de aplicabilidade. - Elementos orgânicos: são aqueles que definem a estrutura, a organização e os Poderes do Estado, como: Título III (Da Organização do Estado); Título IV (Da Organização dos Poderes e do Sistema de Governo); Título V, Capítulos II e III (Das Forças Armadas – Da Segurança Pública); Título VI (Da Tributação e do Orçamento). - Elementos limitativos: são aqueles que têm por finalidade restringir a atividade do Estado em relação à esfera individual, como os direitos de primeira dimensão e os princípios e as imunidades aplicadas à tributação. Título II, Capítulos I, III, IV e V (Direitos e Garantias Fundamentais, com exceção dos direitos sociais; Título VI, Capítulo I, Seção II (Limitações constitucionais ao poder de tributar). - Elementos socioideológicos: correlatos ao Estado de bem-estar social, que revelam caráter intervencionista e social das Constituições modernas. Trata-se dos direitos de 2.ª, 3.ª e 4.ª dimensão. Título II, Capítulo II (Dos direitos sociais); Título VII (Da ordem econômica); Títulos VIII (Da Ordem Social). - Elementos de estabilização constitucional: são aqueles tendentes a garantir a paz social e a devolver o Estado à sua normalidade. Asseguram a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas, como: intervenção federal (arts. 34 a 36); jurisdição constitucional (arts. 102 e 103); processo de emenda à Constituição (arts. 59, I e 60); estado de defesa e estado de sítio (arts. 136 e 137). - Elementos formais de aplicabilidade: são elementos que definem o modo de aplicação das normas constitucionais, como o preâmbulo e o ADCT. Situação Problema: Vivenciamos momentos de manifestações populares favoráveis e contrárias ao afastamento da Presidente Dilma Roussef por crime de responsabilidade. Algumas pessoas pedem o retorno do regime militar que, durante mais de duas décadas (1964-1985), suprimiu direitos políticos e sindicais, atentou contra a liberdade de expressão e perseguiu diversos cidadãos. Após a promulgação da CF/88 e pensando no que estudamos nessa unidade, poderíamos conceber a possibilidade de alteração do regime democrático por Emenda Constitucional? Ou isso somente seria possível por meio da edição de uma nova Constituição? E a democracia faz parte de um núcleo rígido imutável ou ela pode ser alterada a qualquer momento por Emenda Constitucional?
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