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Emergências Clínicas Prof. Esp. Rangel Fernandes Urgência e Emergência “Urgência” é definida como “a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata”. “Emergência”, como a “constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo portanto, tratamento médico imediato.” Objetivos Identificar de forma clara uma emergência clinica Manejo do paciente Cuidados Pré, intra e pós Condutas clinicas Emergências Exemplos: Perda de consciência sem recuperação; Dificuldade respiratória aguda; Dor precordial intensa; Hemorragias; AVE; Fratura exposta; Intoxicações graves Urgências Exemplos: Dengue Luxações Torções Fraturas (Avaliar gravidade). Acolhimento/Classificação de Risco Instrumento capaz de acolher o cidadão e garantir um melhor acesso ao serviços de urgência e emergência. Institucionais Proprios Manchester Escala de triagem Australiana – ATS. Índice da Gravidade de Emergência- ESI (Emergency Severity Index) Escala Canadense de triagem e acuidade – CTAS. Observações Gerais Idoso, deficientes fisicos, deficientes mentais, acamados, pacientes com dificuldades de locomoção, gestantes, situação presidiaria, vitímas de abusos. Enfermagem frente ao suporte básico de vida Nenhum trabalho é tão importante e urgente que não possa ser planejado e executado com segurança.... Autor desconhecido ATITUDES As situações de emergência ocorrem com certa frequência e exigem uma atuação rápida. Atitudes de coragem ou de medo são reações humanas bastante compreensíveis. Entretanto é importante saber controlá-las para poder agir adequadamente nas situações de emergência. ATITUDES INICIATIVA LIDERANÇA VERIFICAR: Suma importância para o atendimento adequado. Ao pedir ajuda, o socorrista deve procurar passar maior numero possível de informações como (QTH) ponto de referencia, (natureza)Tipo de acidente e numero de vitimas. DIÁLOGO Sempre que possível o socorrista deve interagir com a vítima, procurando acalmá-la, ao mesmo tempo, avaliar suas condições enquanto conversa com ela, procurando descobrir: Nível de consciência (Glasgow) Sensação e localização de dor Incapacidade de mover o corpo ou parte dele Perda de sensibilidade Objetivo do 1º Atendimento Manter o socorridx vivx e protege-lx de novos e maiores riscos até a chegada serviço de emergência Urgências Coletivas Com a chegada da equipe médica a liderança das ações passa para o médico ou enfermeiro. Providenciar comunicação imediata com os serviços de saúde: Defesa civil; Bombeiros; Policia Militar; Vigilância Sanitária. Isolar o local, para proteger a vítima e demais socorristas. Determinar as prioridades de atendimento fazendo uma (triagem) rápida das vitimas para que os graves sejam removidos primeiro. Providenciar transporte de forma adequada Atendimento (Tempo) Verificar se há lesão cerebral: Até 4 min : IMPROVAVEL De 4min à 6min: PROVAVEL Em mais de 6min: MUITO PROVÁVEL Causas? Cinco H`s Hipovolemia; Hipóxia; Hipotermia; Hipercalemia e Hipocalemia; H+ acidose metabólica. Cinco T`s Tamponamento cardíaco; PneumoTórax hipertensivo; Tromboembolismo pulmonar; Trombose de coronária; Tóxico RESSUSCITAR O HOMEM DESDE A ANTIGUIDADE ... Parada Cardiorrespiratória A rapidez e a eficácia são cruciais para o bom resultado do atendimento; DATASUS 35% das mortes no Brasil são de causas cardiovasculares, aproximadamente 300.000 pessoas. Causas mais comuns infarto agudo do miocárdio, Choque elétrico, overdose de drogas. Reconhecer a PCR I) Avalie a responsividade: Chame o paciente pelo nome! II) Avalie a respiração e pulso simultaneamente por 10 segundos. III) Em caso de detecção de ausência de responsividade, respiração (ou gasping) e pulso, solicite a outro profissional, de forma clara e objetiva, que: • Acione a equipe médica; • Traga o carro de emergência; • Traga o desfibrilador/DEA. IV) Após os comandos, iniciar imediatamente a Sequência de Atendimento C – A – B: • C: Compressões torácicas de alta qualidade; • A: Vias aéreas – abrir vias aéreas; • B: Boa ventilação – garantir via aérea avançada • D: Rápida Desfibrilação Escala de Coma de Glascow - ECG VARIAVEIS ESCORE ESPONTÂNEO 4 VOZ 3 DOR 2 NENHUM 1 NÃO TESTÁVEL VARIAVEIS ESCORE ORIENTADO 5 CONFUSO 4 PALAVRAS INAPROPRIADAS 3 SONS 2 NENHUM 1 NÃO TESTÁVEL VARIAVEIS ESCORE OBEDECER COMANDOS 6 LOCALIZAÇÃO(Dor) 5 FLEXÃO NORMAL (Retirada) 4 FLEXÃO ANORMAL 3 EXTENSÃO 2 NENHUM 1 NÃO TESTÁVEL Ocular Verbal Motora Interpretação dos resultados Pontuação total: de 3 a 15 3 = Coma profundo (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo) 4 = Coma profundo 7 = Coma intermediário 11 = Coma superficial 15 = Normalidade Interpretação dos resultados Classificação do trauma cranioencefálico 3-8 = grave (necessidade de entubação imediata) 9-12 = moderado 13-15 = leve Escala de RASS (Richmond Agitation Sedation Scale) Coma O Tempo! O Tempo de identificação aumenta muito a sobrevida do paciente! Suporte Básico de Vida – SBV Conjunto de ações que tem por finalidade a manutenção mecânica das funções vitais. Estas ações devem ser executadas logo que identificado risco de morte ao paciente. Suporte Avançado de Vida – SAV O SAV engloba recursos adicionais como monitorização cardíaca, administração de fármacos, desfibriladores, equipamentos especiais para ventilação, marcapasso e cuidados após o retorno a circulação espontânea. C - Compressões Torácicas de Alta Qualidade: • Com as mãos sobre a metade inferior do esterno (região hipotenar), sem flexionar os cotovelos; • Frequência: 100 a 120 compressões/ minuto; • Profundidade: mínima de 2 polegadas (5 cm) e máximo 2,4 polegadas (6 cm); • Permitir retorno total do tórax após cada compressão. Não apoiar-se sobre o tórax entre as compressões; • Minimizar as interrupções nas compressões. Não interromper as compressões por mais de 10 segundos; • Colocar a prancha rígida embaixo do tórax do paciente, assim que disponível A e B – Via aérea e Ventilação Relação Ventilação-Compressão adequada: • Sem via aérea avançada: • Realizar abertura de vias aéreas; • Ventilação numa relação: 30:2, ou seja, 30 compressões: 2 ventilações (até a garantia de uma via aérea avançada); • Com via aérea avançada: • Compressões contínuas a uma frequência 100 a 120/ minuto e 1 ventilação a cada 6 segundos (10 respirações por minuto) D - RÁPIDA DESFIBRILAÇÃO • Em caso de ritmo chocável (Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular sem Pulso): • Aplique 1 choque; • Reinicie a RCP por 2 minutos até o DEA avisar sobre a verificação do ritmo; • Continue até que o Suporte Avançado de Vida assuma ou até que a vítima comece a se movimentar. • Em caso de ritmo não chocável: • Reinicie a RCP por 2 minutos, até ser avisado pelo DEA para verificação do ritmo; • Continue até que o pessoal do SAV assuma ou até que a vítima comece a se movimentar. Ritmos de parada cardiorrespiratória Chocáveis Não Chocáveis. Ritmos Chocáveis Ritmos não Chocáveis Assistolia AESP Medicamentos mais utilizadas na PCR Epinefrina Vasopressor para ressuscitação, pode ser administrada tão logo possível, após o início da PCR devido a um ritmo inicial não chocável. Lidocaína e Amiodarona – ambas são indicadas para evitar recorrência da fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso; Beta bloqueadores – indicada para tratamento pós-PCR por FV ou TVSP, pois está relacionado com maior probabilidade de sobrevivência. No entanto, devem ser avaliados caso a caso, pois podem ocasionar uma grave instabilidade hemodinâmica, exacerbar a bradiarritmia e insuficiência cardíaca. Alguns pacientes que já eram cardiopatas e faziam uso de Beta-bloqueadores antes, pode ser indicado manter a prescrição para melhor prognóstico. CuidadosPós-Parada Cardiorrespiratória Principais objetivos iniciais e subsequentes dos cuidados pós-PCR Otimizar a função cardiopulmonar; Transportar ou transferir pra uma unidade de cuidados Intensivos; Identificar e tratar SCAs (Sindromes coronarianas agudas) e outras causas reversiveis; Prever, tratar e previnir a disfunção multipla de orgãos. Controle Direcionado de Temperatura; 32ºC a 36ªC, durante no minimo 24hrs, com objetivo de diminuição de dano neurológico. Metas Hemodinâmicas após ressusitação; PA sistólica ideal: acima de de 100mmhg. PAM mais que 65mmhg. ECG (Eletrocardiograma) Avaliação neurologica após 72hrs pós PCR; TC (Tomografia) RM (Ressonância Magnetica) Outras Emergências Clínicas Perda súbita de consciência, provocada por vários motivos: Diminuição de glicose no sangue; Diminuição ou aumento da pressão arterial; Diminuição da qualidade ou quantidade do sangue circulante; Diminuição do oxigênio no sangue; Arritmias cardíacas; Acidente Vascular Encefálico (AVE) SINCOPE (Desmaio) SINCOPE (Desmaio) Como agir Geralmente, uma pessoa doente ou ferida não precisa ser movida. Isto é especialmente importante se você suspeitar, da posição da pessoa ou da natureza da lesão, que a pessoa pode ter uma lesão pélvica ou na coluna. Se a área não for segura para o prestador de primeiros socorros ou para a pessoa, mude para um local seguro, se possível. Se uma pessoa não estiver respondendo e respirando normalmente, pode ser razoável colocá-la em uma posição de recuperação lateral. Se uma pessoa foi ferida e a natureza da lesão sugere lesão no pescoço, costas, quadril ou pélvica, a pessoa não deve ser rolada para o lado e, em vez disso, deve ser deixada na posição em que foi encontrada, evitar possíveis danos adicionais. Como agir Verifique segurança da cena; Verifique se a vítima respira normalmente; Peça por ajuda e acione o Serviço de Emergência Médica local; Avalie a possibilidade de ferimentos e a natureza da lesão; Se não houver suspeita de lesão, mantenha a vítima na posição lateral de segurança até a chegada do apoio e monitore-a, constantemente; Se houver suspeita de lesão mantenha a vitima na posição encontrada e monitore-a, constantemente. SINCOPE (Desmaio) SINCOPE (Desmaio) Posição Lateral de Segurança OBJETIVOS DA POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS): Manter a permeabilidade da via aérea - Impedir a queda da língua; Impedir o risco de aspirar o vómito do conteúdo gástrico, ao respirar; Facilitar a saída de fluídos da boca (sangue, vômito). A POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA NÃO DEVE SER REALIZADA QUANDO A VÍTIMA: Não estiver a respirar; Tiver uma lesão na cabeça, pescoço ou coluna; Tiver um ferimento grave que possa agravar. SINCOPE (Desmaio) Posição Lateral de Segurança Posição Lateral de Segurança OBJETIVOS DA POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS): Manter a permeabilidade da via aérea - Impedir a queda da língua; Impedir o risco de aspirar o vómito do conteúdo gástrico, ao respirar; Facilitar a saída de fluídos da boca (sangue, vômito). A POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA NÃO DEVE SER REALIZADA QUANDO A VÍTIMA: Não estiver a respirar; Tiver uma lesão na cabeça, pescoço ou coluna; Tiver um ferimento grave que possa agravar. ATENÇÃO! • Não dê líquidos para a vítima beber, pois pode causar vômito e consequente aspiração; • Não permita que se levante ao recobrar a consciência. Posição Lateral de Segurança CRISE CONVULSIVA Súbita perda da consciência, acompanhada de contrações musculares involuntárias, cianose, sialorreia, lábios e dentes cerrados. Suas causas mais comuns são a epilepsia, traumas de crânio, intoxicação, tumores cerebrais e febre alta em crianças. CRISE CONVULSIVA Eventual liberação esfincteriana caracterizada por incontinência fecal e urinária. Na fase pós-convulsiva: sonolência, confusão mental, agitação, flacidez muscular e cefaleia, sinais de liberação esfincteriana, informação de pessoa que presenciou o evento. Como agir: • Proteja a cabeça da vitima; • Lateralize a vítima durante as convulsões; • Remova objetos e afrouxe as roupas; • Peça por ajuda e acione o SME local; Atenção! • Não tente abrir a boca da vítima; • Não coloque nada entre seus dentes; • Não impeça seus movimentos, mas proteja-a de eventuais choques contra o piso ou objetos ao redor; • Conduza a vítima para avaliação médica . O estado de mal epiléptico é a ocorrência de crises epilépticas prolongadas (acima de 5 minutos) ou repetitivas, persistindo por 30 minutos ou mais, que não permitem a recuperação da consciência entre os eventos. É recomendado que as condutas para estado de mal epiléptico sejam adotadas após 5 minutos contínuos de crise ou na ocorrência de duas ou mais crises intermitentes, sem recuperação da consciência entre elas, tendo em vista o risco de danos ao SNC. A “Crise generalizada tônico-clônica” (CGTC) raramente ultrapassa 5 minutos de duração e é a mais comum das manifestações. Anotar sempre a frequência, a duração e as características da crise, quando presenciadas ou obter junto aos circundantes e/ou testemunhas quando a crise não for presenciada pela equipe. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - HAS Crise hipertensiva: aumento da pressão arterial com risco de morte ou de lesão de órgãos-alvo. Divide-se em urgência ou emergência hipertensiva. •Urgência hipertensiva: Importante elevação da pressão arterial (em geral PA diastólica 120 mmHg), sem sintomas graves e sem risco imediato à vida ou de dano agudo a órgãos-alvo ou comprometimento vascular, mas que pode evoluir para complicações graves. • Emergência hipertensiva: Quando existe evidente dano agudo e progressivo vascular e de órgão salvo, com rápida descompensação da função de órgãos vitais e com risco iminente à vida ou de lesão orgânica irreversível, demandando início imediato da redução dos níveis pressóricos. Inclui os quadros de: encefalopatia hipertensiva, AVE (hemorragia subaracnóidea), complicações cardiovasculares (IAM, angina instável com dor, falência de ventrículo esquerdo, dissecção de aorta, edema agudo de pulmão), falência renal. CONDUTA Realizar avaliação primária com ênfase para: Colocar o paciente em repouso e procurar tranquilizá-la e repetir a mensuração dos níveis pressóricos. Realizar avaliação secundária com ênfase para: Entrevista: obter história de patologias de base e uso de medicamentos e monitorizar oximetria de pulso, ritmo cardíaco e sinais vitais. LEMBRAR: A redução rápida dos níveis pressóricos leva à isquemia e infartos iatrogênicos, por hipoperfusão. Na suspeita de AVE agudo, a redução da PA deve ser gradativa e cuidadosa, evitando-se reduções bruscas e excessivas. HIPERGLICEMIA Quando suspeitar ou critérios de inclusão: • Cetoacidose diabética: glicemia capilar > 250 mg/dL: hiperglicemia + cetonemia + acidemia. Fadiga, náuseas, hálito cetônico, vômitos, polidipsia, poliúria, estupor mental até estado comatoso. • Estado hiperosmolar hiperglicêmico: glicemia capilar >600 mg/Dl, alteração variável no nível de consciência (confusão a Coma) e sinais de desidratação severa. CONDUTA 1. Realizar avaliação primária com ênfase para: • avaliar responsividade. 2. Fazer avaliação secundária com ênfase para: • coletar história SAMPLA; • avaliar glicemia capilar; e • monitorizar ritmo cardíaco, oximetria de pulso e sinais vitais. HIPOGLICEMIA Baixo nível de Glicose no sangue; Glicemia capilar < 60 mg/dL com sinais e sintomas de hipoglicemia como : tremores, sudorese, palidez, taquicardia, tonturas, cefaleia, fraqueza, parestesias, distúrbios visuais e rebaixamento da consciência (de confusão mental à convulsões e inconsciência), dentre outros. CONDUTA 1. Avaliação primária com ênfase para: • avaliar responsividade; e • manter permeabilidade das vias aéreas. 2. Avaliação secundária com ênfase para: • coletar história SAMPLA; e • avaliar glicemia capilar e oximetria. ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO – AVE Início súbito de déficits neurológicos focais, especialmentede um lado do corpo: • paresia, paralisia ou perda de expressão facial e/ou desvio de rima labial, paresia, plegia e/ou parestesia. • Distúrbios da fala. • Alteração da consciência: de confusão à completa arresponsividade. • Ocorrência de crise convulsiva (primeiro episódio) sem história prévia de crise anterior ou trauma. • Cefaleia súbita e intensa sem causa conhecida. • Alteração visual súbita (parcial ou completa). • Vertigem ou perda do equilíbrio ou da coordenação motora. • Dificuldade súbita para deambular. ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO – AVE Início súbito de déficits neurológicos focais, especialmente de um lado do corpo: CONDUTA 1. Realizar avaliação primária com ênfase para: • Manter a permeabilidade das vias aéreas e ventilação adequada; e • Manter o decúbito elevado no paciente consciente ou decúbito lateral e aspirar orofaringe quando necessário, se paciente inconsciente. 2. Realizar avaliação secundária, com ênfase para: • Avaliar função neurológica: Escala de Cincinnati , Escala de Coma de Glasgow, reação pupilar; • Controlar a temperatura corporal (medicar se TAx > 37,8o C); • Monitorizar a função cardíaca e oximetria de pulso; • Controlar os níveis glicêmicos (medicar se glicemia capilar < 80 mg/dl ou >200mg/dl); • Realizar entrevista; e • Determinar a hora do início dos sintomas e sinais. CONDUTA 1. Realizar avaliação primária com ênfase para: • Manter a permeabilidade das vias aéreas e ventilação adequada; e • Manter o decúbito elevado no paciente consciente ou decúbito lateral e aspirar orofaringe quando necessário, se paciente inconsciente. 2. Realizar avaliação secundária, com ênfase para: • Avaliar função neurológica: Escala de Cincinnati , Escala de Coma de Glasgow, reação pupilar; • Controlar a temperatura corporal (medicar se TAx > 37,8o C); • Monitorizar a função cardíaca e oximetria de pulso; • Controlar os níveis glicêmicos (medicar se glicemia capilar < 80 mg/dl ou >200mg/dl); • Realizar entrevista; e • Determinar a hora do início dos sintomas e sinais. Atendimento Pré Hospitalar APH - AVC ABC e SSVV Reconhecimento de sinais de AIT / AVC Escala FAST Oxigenoterapia se SAT < 92% Acesso venoso se possível (S.F 0,9% ) Glicosimetria capilar Pré notificação do hospital receptor se possível Escala de FAST Ferramenta utilizada no atendimento pré-hospitalar para reconhecimento dos casos agudos de AVC. Rápida e eficaz. Utiliza-se 3 parâmetros: PARESIA FACIAL DÉFICT MOTOR DE MMSS ANÁLISE DA FALA ESCALA CINCINNATI COMO AVALIAR ? PEDIR PARA O PACIENTE MOSTRAR OS DENTES OS DAR UM SORRISO Normal Alterado Os dois lados movem-se simetricamente Um lado da face não se move tão bem quanto o outro PARESIA FACIAL DÉFICT MOTOR COMO AVALIAR ? PEDIR PARA O PACIENTE ESTICAR OS DOIS BRAÇOS E MANTÊ-LOS ESTENDIDOS Normal Alterado Os dois braços movem-se simetricamente Um dos membros superiores não se move ou apresenta queda FALA COMO AVALIAR ? PEDIR PARA O PACIENTE FALAR UMA FRASE: “FAZ MUITO CALOR EM TAGUATINGA‘’ Normal Alterado Paciente usa corretamente as palavras sem déficit/alteração Dificuldade para formular a palavra, dificuldade para pronunciar as palavras ou não consegue falar DESAFIOS Reconhecimento precoce dos sinais e sintomas Campanhas de prevenção e orientação à população Nível de evidência 1 A Trombólise endovenosa até 4,5 horas Internação em unidade de AVC Tratamento endovascular de resgate para AVC por oclusão proximal Craniectomia descompressiva para edema malígno por AVC extenso AAS para prevenção da recorrência nas 04 primeiras semanas Tratamento AVEi Agudo EXACERBAÇÃO DA ASMA NO ADULTO CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA CRISE ASMÁTICA. ACHADO LEVE A MODERADO GRAVE MUITO GRAVE Impressão Clínica Geral Sem alterações Sem alterações Cianose, sudorese, exaustão Estado mental Normal Normal Agitação, confusão, sonolência Dispneia Ausente/leve Moderada Intensa Fala Frases completas Frases incompletas/ parciais Frases curtas ou monossilábicas Musculatura acessória Retração intercostal leve ou ausente Retrações subcostais e/ou de fúrcula acentuadas Retrações acentuadas ou em declínio (exaustão) Sibilância Ausentes com MV normal/ localizados ou difusos Localizados ou difusos Ausente com MV↓ / localizados ou difusos FR (ipm) Normal ou aumentada Aumentada Aumentada FC (bpm) < 110 >110 > 140 ou bradicardia SatO2 (ar ambiente) >95% 91-95% < 90% EXACERBAÇÃO DA ASMA NO ADULTO CONDUTA 1. Realizar avaliação primária com ênfase para: • Manter o paciente sentado e/ou em posição confortável. 2. Oferecer O2 suplementar por máscara com reservatório se SatO2 se < 94%. 3. Realizar avaliação secundária com ênfase para: • Avaliar sinais vitais; • Coletar história SAMPLA; • Monitorização cardíaca e de oximetria de pulso; e • Caracterizar crises prévias e a atual: fatores desencadeantes, intensidade, duração e progressão dos sintomas. Indicações para intubação traqueal e ventilação assistida: presença de hipoxemia refratária(SatO2 < 90%, persistente), instabilidade hemodinâmica, rebaixamento do nível de consciência, exaustão e fadiga da musculatura respiratória. Anafilaxia é altamente provável quando preencher qualquer um dos 3 critérios a seguir. 1ºCritério Doença de início agudo (minutos a horas), com envolvimento de pele e/ou mucosas (urticária, prurido ou rubor, inchaço de lábios, língua ou úvula) e pelo menos mais uma das condições a seguir: Acometimento respiratório (dispneia, broncoespasmo, estridor, hipoxemia) e redução da pressão arterial ou sintomas relacionados à disfunção de órgãos-alvo (síncope, hipotonia, incontinência). Obs.: presente em 80% dos casos. 2ºCritério Dois ou mais dos seguintes fatores (minutos a horas) após exposição a um provável alérgeno: Envolvimento de pele e/ou mucosas; comprometimento respiratório; redução da pressão arterial ou sintomas associados à disfunção de órgãos-alvo (síncope, hipotonia, incontinência); e sintomas gastrointestinais persistentes (dor abdominal, diarreia, vômitos). • 3ºCritério Redução da pressão arterial (minutos a horas) após exposição a alérgeno conhecido para o paciente: PA sistólica menor que 90mmHg ou queda maior que 30% da pressão basal do paciente. REAÇÃO ALÉRGICA ANAFILAXIA 1. Realizar avaliação primária com ênfase para: • suspender, se possível, a exposição ao provável agente desencadeante; • preservar a permeabilidade das vias aéreas; • considerar intubação orotraqueal precoce se ocorrer rouquidão, edema lingual, estridor, edema de orofaringe ou angioedema; • colocar o paciente em decúbito dorsal e elevar membros inferiores; • se apresentar dispneia ou vômitos, colocar em posição de conforto; e não permitir que o paciente sente ou se levante bruscamente, nem colocá-lo em posição vertical, pelo risco de morte súbita (síndrome da veia cava e do ventrículo vazio). 2. Realizar avaliação secundária com ênfase para: • avaliar oximetria de pulso, ritmo cardíaco e sinais vitais. 3. Manter atenção para a ocorrência de PCR. Conduta Dúvidas? REFERÊNCIAS • American Heart Association. Destaques da American Heart Association 2015. Atualização da Diretrizes de RCP a ACE. [on line]. Edição em português: Hélio Penna Guimarães, FAHA, Equipe do Projeto de Destaques das Diretrizes da AHA. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp- content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf • Guilherme, M.I.S.; et al. O atendimento de enfermagem em casos de parada cardiorrespiratória (PCR). Disponível em: http://apps.cofen.gov.br/cbcenf/sistemainscricoes/arquivosTrabalhos/I52368.E12.T10532.D8AP.pdf. • Ladeira JP. Ressuscitação cardiopulmonar. In: Martins HS, Brandão Neto RA, Scalabrini Neto A, Velasco IT. Emergências clínicas: abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Manole; 2007. P. 3-17. • Passo a passo para o Atendimento da Parada Cardiorrespiratória no Hospital. Disponível em: http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/atendimento-de-enfermagem-na-parada- cardiorrespiratoria-no-ambiente-intra-hospitalar-de-acordo-com-as-diretrizes-da-american-heart-association-2015/. “Assim como no tratamento da SEPSE, tempo é VIDA, no tratamento da PCR, tempo é MUSCULO! Você sabia que a partir de 2 minutos de PCR, o paciente começa a apresentar lesões cerebrais? A atuação rápida e eficaz da equipe de enfermagem e multidisciplinar é crucial para aumentar a sobrevida do paciente e para reduzir os riscos de sequelas.”
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