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Caso Clínico - Semiologia Respiratória

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SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA 
 
 
 
HISTÓRIA 
Paciente JBP, masculino, 54 anos, há 3 meses com dispneia que iniciou aos grandes esforços e evoluiu 
para ao repouso há 1 semana. Relata tosse seca diária, perda de peso e febre não medida. Procurou pronto 
socorro que solicitou radiografia que está trazendo na consulta. Nega outras queixas. Tabagismo (1 carteira 
por dia desde os 15 anos). RGE, anictérico, hipocorado ++/4, cianótico +/4. RCR, 2T, BNF sem sopros. PA 
120/70 Sat: 90%. MV fisiológico abolido em terço inferior e médio do HTE, FTV abolido e macicez local. 
OBJETIVOS 
OBJETIVO 1: Estabelecer um diagnóstico sindrômico principal e um diagnóstico sindrômico 
(alternativo) que poderiam explicar todos os sinais e sintomas. 
• Diagnóstico Sindrômico Principal: Derrame Pleural 
• Diagnóstico Sindrômico Alternativo: Atelectasia 
OBJETIVO 2: Estabelecer um diagnóstico principal e um diagnóstico diferencial (alternativo) 
que explicaria todos os sinais e sintomas. 
• Diagnóstico Principal: Derrame Pleural – TUBERCULOSE (infecciosa) - (3 meses, 
subaguda crônica; tosse seca; FEBRE; Tabagismo; Perda de Peso) OU Neoplasia 
Pulmonar 
o OBS.: PNEUMONIA É AGUDA (3 meses muito tempo). 
 
• Diagnóstico Diferencial: 
o Derrame pleural é o mais plausível devido ao exame de imagem que apresenta a 
parábola de Demosieu, característica especifica dessa doença, além disso há 
também o Seio Costofrênico Desaparecido. 
OBJETIVO 3: Definir a conduta e esclarecer o caso 
• Toracocentese: 
 
 
DERRAME PLEURAL 
Características Gerais 
O derrame pleural é um acúmulo anormal de líquido no espaço pleural, desencadeado por um desequilíbrio 
entre seus mecanismos de formação e reabsorção do líquido pleural. Dentre os mecanismos gofonía estão: 
pressão hidrostática no sangue dos capilares sanguíneos da 
 gofonía i pleural, pressão hidrostática do líquido pleural, pressão oncótica no sangue capilar, pressão 
oncótica no líquido pleural e grau de permeabilidade dos capilares sanguíneos da gofonía pleural. A 
desregulação de algum desses mecanismos propicia a formação do derrame pleural, sendo diagnosticado 
geralmente quando há acúmulo de líquido acima de 100 mℓ no espaço pleural. 
Sinais e Gofonía 
Os sinais e gofonía mais comuns são dor torácica, tosse seca e dispneia. 
A dor torácica tem característica de ser ventilatório-dependente, gofonía à estimulação da pleura 
parietal, quando inflamada ou tracionada por aderências com a pleura visceral. 
A dispneia está relacionada ao gofonía do derrame pleural; logo, quanto maior a quantidade, maior 
a chance de compressão do pulmão ipsilateral, causando atelectasias compressivas e culminando em 
dispneia progressiva e tosse seca em alguns casos. 
Além desses gofonía, o paciente pode apresentar febre, astenia, gofonía e perda ponderal, a 
depender da doença de base. 
Ao exame físico do paciente com derrame pleural, teremos: à inspeção, expansibilidade diminuída; 
à palpação, expansibilidade diminuída e gofonía tóracovocal abolido; à percussão, macicez; e na ausculta, 
murmúrio vesicular abolido e gofonía na parte mais alta do derrame. 
Os derrames pleurais neoplásicos são geralmente volumosos e sintomáticos. Dispneia é o sintoma 
mais comum, ocorrendo em mais de 50% dos casos, podendo estar acompanhada de dor torácica e tosse. 
Uma pequena porcentagem de pacientes pode se apresentar assintomática e o achado de derrame pleural 
ser incidental através de exame físico e/ou radiografia de tórax. 
A dispneia é causada principalmente por derrames volumosos, mas pode ocorrer também em 
virtude de diminuição da complacência da caixa torácica, desvio contralateral do mediastino, diminuição do 
volume pulmonar ipsilateral e estímulo dos reflexos pulmonares e da parede torácica. A dor torácica é 
usualmente relacionada ao envolvimento da pleura parietal, arcos costais e estruturas intercostais. Outros 
sintomas podem ser referidos dependendo do tumor primário, como a dor torácica associada à invasão de 
parede no mesotelioma ou a hemoptise relacionada ao carcinoma broncogênico. 
Devido ao estágio avançado da doença primária, muitos pacientes podem apresentar sintomas 
gerais como perda de peso, anorexia, caquexia e/ou adenomegalias. Entretanto, em alguns casos, o 
derrame pleural é a única manifestação que sugere malignidade.