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Material_Professor_Estudo Orientado_2020 (1)

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Prévia do material em texto

ESTUDO ORIENTADO 
Ensino Fundamental – Anos Finais
 
Ano Letivo
2020
Secretária de Estado de Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira
Superintendente Executivo de Educação 
Darley Braz de Queiroz
Superintendente de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Giselle Pereira Campos Faria
Gerente do Ensino Fundamental – Anos Finais
Márcia Alves Faleiro de Carvalho
Coordenador do Ensino Fundamental – Anos Finais
Dorival Evangelista de Oliveira
Equipe Técnica do Ensino Fundamental – Anos Finais 
Alice Alves do Nascimento 
Glaucia Resende Marra Pereira 
Katiuscia Neves Almeida 
Marielly Rodrigues Fraga 
Milena Paranhos
Tutores(as) Educacionais
Alexssandra Terribelle
Andrea Tavares da Silva Rezende
Aparecida Silvério Borges Nunes
Christina Elizabeth de Almeida Carneiro
Daniel dos santos Barbosa
Eni Santos Carvalho
Ivaneide Amorim de Lima e Silva
Joelma Souza de Assis
Joymara de Paula Oliveira
Mariana Moreira Brito
Marta Magno Pina de Souza
Mirian do Carmo Araújo de Assis
Mirian Rosa Vieira
Nilsa Maria Ramos
Regiane Alves Vicente Marinho
Renato Moura
Material do Professor de Estudo Orientado
O Estudo Orientado integra o núcleo diversificado do Currículo dentro das inovações em conteúdo, métodos e gestão educacional e tem o objetivo de “ensinar”, apoiar e orientar o adolescente no estudo cotidiano, através da utilização de técnicas de estudos que o auxiliará, visando a excelência acadêmica e a aquisição de habilidades socioemocinais.
· Fonte: Dimensões e Desenvolvimento das Competências Gerais da BNCC (2018, p. 02). 
Essas dez competências foram definidas a partir dos princípios éticos, estéticos e políticos assegurados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCNEB) e dos conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais para a vida no século XXI, presentes no Documento Curricular para Goiás - Ampliado (DC-GO Ampliado) da Educação Infantil e do Ensino Fundamental que será implementado em todas as instituições escolares do território Goiano a partir deste ano de 2020.
O Ensino Fundamental tem como objetivo geral para a sua estruturação curricular, a utilização de diferentes linguagens - verbal, matemática, gráfica, plástica, corporal - como meio para expressar e comunicar ideias, interpretar e usufruir das produções da cultura. 
Assim, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (1999), a escola, em cumprimento ao seu papel primordial, deve pensar num currículo como instrumentação da cidadania democrática, contemplando conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser humano para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva, incorporando como diretrizes gerais e orientadoras as quatro premissas apontadas pela UNESCO para a educação na sociedade contemporânea: 
· APRENDER A CONHECER – saberes que permitem compreender o mundo; 
· APRENDER A FAZER – desenvolvimento de habilidades e o estímulo ao surgimento de novas aptidões; 
· APRENDER A CONVIVER – aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento do outro e a percepção das interdependências; 
· APRENDER A SER – preparar o indivíduo para elaborar pensamentos autônomos e críticos; exercitar a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e imaginação. 
 	A partir desses princípios gerais, o currículo deve ser articulado em torno de eixos básicos orientadores da seleção de conteúdos significativos, tendo em vista as competências e habilidades que se pretende desenvolver no Ensino Fundamental, considerando o contexto da sociedade em constante mudança e a prova da validade e de relevância social desse currículo para a vida do futuro jovem que atuará no mundo que oferecerá cada vez mais e sempre, novos desafios. 
Caro Professor,
O Material Estruturado de Estudo Orientado para o Professor foi elaborado para apoiá-lo no processo de implantação das inovações em conteúdo, método e gestão no Ensino Fundamental, no desenvolvimento dessa tarefa desafiadora que é orientar e apoiar o estudante na aquisição de hábitos e rotinas de estudo tão absolutamente fundamentais em todas as atividades humanas e, portanto, indispensáveis para a consecução do seu Projeto de Vida – tarefa de todos nós. Não se constitui tarefa fácil, mas é uma tarefa possível e nos chama a todos ao compromisso inadiável de acolhermos os estudantes que diante de nós, se apresentam cheios de sonhos, expectativas e desejos e que carecem do nosso trabalho dedicado para se tornarem planos. 
Neste material apresentamos um conjunto de sugestões de aulas que servirão para estruturar a maneira em que os estudantes devem organizar-se para estudar. Essas aulas são embasadas em técnicas de estudos necessárias para garantir uma aprendizagem significativa. 
As aulas do Estudo Orientado, foram elaboradas para que o estudante entenda que estudar é diferente de fazer tarefa, que é diferente de ler, que é diferente de copiar. Estudar é, analisar um objeto, fazê-lo próprio e poder (re) produzi-lo no futuro. 
Para que o estudante receba a orientação para estudar, para fazer tarefas, para utilizar-se das variadas técnicas de leitura, análise e manipulação de dados e informações, você professor, tem sua parcela de contribuição em estimular os estudantes a: QUERER estudar (ter uma atitude positiva para o estudo); PODER estudar ( ter aptidões como capacidade intelectual, vontade, hábitos de estudo, condições pessoais, familiares); SABER estudar, dominar técnicas, utilizar estratégias que favoreçam a aprendizagem. 
 Dessa forma, ofereceremos aos estudantes as condições básicas para a aquisição de competências e habilidades nas distintas áreas do conhecimento humano. Esse manual aborda questões fundamentais para a realização de um bom estudo, RESPONSABILIDADE PESSOAL, ORGANIZAÇÃO PESSOAL, ORGANIZAÇÃO MATERIAL, TÉCNICAS DE ESTUDOS. 
Ao final do ano letivo, bem como de toda a jornada do Ensino Fundamental, cada estudante deverá ter entendido que a construção do seu Projeto de Vida lhe levará ao sucesso acadêmico e pessoal;
 
Bom trabalho! 
 PLANO ANUAL DE ESTUDO ORIENTADO / 2020
Ensino Fundamental – Anos Finais (8° e 9° Ano)
CARGA HORÁRIA: 01 aula semanal /40 aulas anuais.
1º SEMESTRE 
UNIDADE TEMÁTICA
· Responsabilidade Pessoal Acadêmica.
· Técnicas de estudo.
HABILIDADES
· Despertar o interesse em relação a melhores expectativas de vida, estruturando um plano de estudo para fortalecer o projeto de vida.
· Desenvolver habilidades para gerir o tempo de estudo;
· Identificar as diferentes formas de se organizar para estudar, sistematizando o tempo;
· Selecionar a técnica adequada à situação de aprendizagem;
· Aplicar técnicas de estudo na rotina diária;
· Reconhecer a importância do estudo na sua realidade, respeitando a diversidade cultural e social para potencializar a aprendizagem nos demais componentes curriculares.
OBJETO DE CONHECIMENTO
· Projeto de Vida;
· Organização do tempo de estudo;
· Introdução do quadro SQA / autoconhecimento;
· Construção do plano de estudo / monitoramento;
· Como calcular e dividir o tempo de estudo;
· Introdução da técnica do PDCA;
· A Combinação entre as Teorias de Estudo e a prática cotidiana.
· Técnicas de análise. 
· Técnicas de síntese. 
· Técnicas de Pesquisa.
· Manejo da informação, de anotações à margem, sublinhado, resumo, esquema, quadro sinótico, mapa conceitual.
2º SEMESTRE 
UNIDADE TEMÁTICA
· Organização pessoal e material. 
· Criação de um plano de estudo.
HABILIDADES
· Reconhecer a importância da qualidade da organização pessoal e material, retomando o plano de estudo para analisar o próprio desempenho escolar;
· Adquirir o hábito de estudar diariamente, utilizando técnicas diversas para potencializar a aprendizagem nos demais componentes curriculares;
· Identificar os hábitos essenciais para a criação de uma rotina de estudos, respeitando o ambiente escolar para fortalecer o Protagonismo Juvenil.
OBJETO DE CONHECIMENTO
· Técnica do PDCA (retomada e execução doplano de estudo)
· Diferença entre intensidade e qualidade de estudo: prática distribuída e estudo intercalado;
· Prioridades no estudo.
· Desenvolvimento de bons hábitos de estudo: repetição em intervalos, frequência escolar, assiduidade, pontualidade, rotina, pausa/distração, organização e planejamento do material de estudo;
 METODOLOGIAS
· Aula Expositiva Dialogada.
· Aulas de Vídeo.
· Debates.
· Aula de leitura.
· Atividades em grupo.
· Roda de conversa.
AVALIAÇÃO
· Participação na execução das atividades propostas;
· Envolvimento com o tempo;
· Compromisso com o estudo;
· Leitura e interpretação de textos;
· Discussão e debate de temas e/ou problemas (roda de conversa);
· Utilização das TIC (tecnologias de informação e comunicação) e de vários outros recursos materiais, como meio de comunicação;
· Atividades físicas, de expressão plástica, musical e outras;
· Capacidade de oralidade, argumentação e contra argumentação nas discussões propostas;
· Capacidade de interação nas atividades em grupo.
OBJETIVOS
· Reconhecer a necessidade e importância da aquisição de hábitos e rotinas de estudo. 
· Identificar os hábitos essenciais para a criação de uma rotina de estudos. 
· Reconhecer os elementos essenciais para o ato de estudar. 
· Compreender a diferença entre intensidade e qualidade de estudo. 
· Apropriar-se da capacidade de se organizar para estudar. 
· Compreender e aplicar técnicas de estudo na rotina diária. 
· Consolidar hábitos e rotinas de estudo.
Como trabalhar com Estudo Orientação?
· Trabalhar com atividades estruturadas e programadas pelo professor responsável pela turma;
· Manter planejamento de trabalho com as turmas/alunos;
· Dialogar com os demais professores da unidade para compreender os avanços e as dificuldades dos alunos;
· Conhecer as agendas de trabalho dos professores da escola (tarefas dadas e prospectadas);
· Conhecer a agenda de trabalho dos alunos;
· Manter uma rotina de trocas que permitam avaliar o progresso ou eventuais manutenções de dificuldades dos alunos.
PLANEJAMENTO DAS AULAS
	Aulas
	Objetivos de Aprendizado
	Conceitos Trabalhados
	
Responsabilidade Pessoal
	Reconhecer a necessidade e importância da aquisição de hábitos e rotinas de estudo.
	· Compromisso com a agenda.
· Relação entre estudos e desenvolvimento do cidadão.
· Introdução ao Projeto de Vida.
	
Organização Pessoal
	
Identificar os hábitos essenciais para a criação de uma rotina de estudos.
	· Diferença entre intensidade e qualidade de estudo.
· Reconhecimento dos elementos essenciais no estudo.
· Desenvolvimento de bons hábitos para estudar.
	
Organização Material
	
Apropriar-se da capacidade de se organizar para estudar.
	· Organização do tempo.
· Prioridades no estudo.
· Seleção de materiais.
· Planejamento de um esquema semanal de estudos.
· Organização da agenda de atividades escolares.
	
Técnicas de Estudo
	Compreender e aplicar técnicas de estudo na rotina diária.
	· Técnicas de PDCA.
· Técnicas de Análise.
· Técnicas de Síntese.
· Manejo da informação.
· Quadro SQA.
	
Técnicas de Análise
	
Compreender e aplicar técnicas de análise na rotina diária.
	· Leitura
· Compreensão 
· Retenção
· Maus hábitos da leitura
· Dicas para desenvolver bons hábitos de leitura
· Anotações
· Sublinhado
	
Técnicas de Síntese
	
Compreender e aplicar técnicas de síntese na rotina diária.
	· Esquema
· Resumo
· Quadro Sinótico 
· Mapas Conceituais
· Definição
· Diretrizes
· Como construir um Mapa conceitual
	Técnicas de Pesquisa
 
	Compreender e aplicar técnicas de pesquisa na rotina diária
	· Definição
· Diretrizes
AULA 1 – RESPONSABILIDADE PESSOAL 
A Responsabilidade Pessoal é essencial para o sucesso dos estudos, através da boa organização do tempo o estudante pode fazer uso de agendas, cadernos, blocos de notas, qualquer meio em que possa distribuir, acompanhar e controlar suas atividades. Fazendo esse acompanhamento diário dos compromissos, o aluno obterá o domínio necessário de todas as suas atividades sendo assíduo nos prazos e cumprindo todos os seus deveres. Como qualquer tipo de aprendizagem, o controle e o compromisso com seus deveres, exigirão disciplina. 
Ter domínio das boas razões do por quê estudar, é uma prática de autoconhecimento que atua primeiramente como uma injeção de motivação e ao longo prazo se personifica em metas a serem alcançadas. Encontrar um sentido no ato de estudar é a alavanca que o jovem necessita para alçar o vôo rumo ao seu sonho. 
 
Objetivos: 
· Conscientizar os estudantes da necessidade de um estudo eficaz; 
· Reconhecer a necessidade e importância da aquisição de hábitos e rotinas de estudo. 
· Estruturar um plano de estudo para fortalecer o projeto de vida.
Conceitos trabalhados: 
· Compromisso com a agenda. 
· Relação entre estudos e desenvolvimento do cidadão. 
· Projeto de Vida para o futuro.
 
Atividades: 
· Apresentação sobre o Estudo Orientado – 15 min 
· Questionário sobre hábitos - 15min 
· Razões para estudar - 10 min 
· Conversa final –10 min 
Atividade 1: Apresentação - 20 min 
Essa apresentação não se recomenda a leitura, visto que existem alguns termos que o aluno certamente não conhecerá. Por isso professor, leia antes e explique a seus alunos, adequando à linguagem, se necessário. 
Algumas perguntas surgirão a respeito do Estudo Orientado, como essas: Para que serve? Como funcionará? É para fazer as tarefas que não dá tempo de fazer em casa? É para descansar? 
O primeiro aspecto que tem que ficar claro para o estudante é que o Estudo Orientado NÃO É PARA REALIZAR TAREFAS ou pelo menos não se resume a isso, o ato de fazer as atividades passadas pelos professores é apenas mais uma atribuição que ele terá que realizar nesse espaço, porém, necessitarão saber, como estudar? Como priorizar as demandas? Entender que estudar não pode ser sinônimo de cansaço, mau humor, dor de cabeça, ou seja, algo negativo. 
Os estudantes precisão criar o hábito de estudar, segundo o dicionário da língua portuguesa, hábito é: “Comportamento que determinada pessoa aprende e repete frequentemente, sem pensar como deve executá-lo. Uso, costume; maneira de viver; modo constante de comportar-se, de agir. Muitas ações da vida cotidiana constituem hábitos. O hábito difere do instinto, que é um comportamento inato, não aprendido.” 
Quando aprendemos a realizar determinadas ações que exigem que pensemos em técnicas para realizá-las, com o tempo já não precisamos pensar nelas, é o que acontece quando escrevemos (O desenho das letras), quando descemos uma rua, quando levantamos o braço para tomar água e etc. Ficamos hábeis com o tempo. O mesmo acontece quando adquirimos o hábito de estudar e fazemos uso das técnicas de estudo de maneira natural. 
 
Atividade 2: Razões para estudar – 25 min 
 Desenvolvimento: Professor, passe aos alunos uma lista com grandes motivos relacionados ao por que se deve estudar. Acrescente outros motivos de sua preferência. Peça aos alunos que escolham cinco motivos dessa lista e classifique-os por ordem de importância pessoal. Deixe claro que estão livres para acrescentar outras de sua vontade. 
 
1. Ser capaz de entender o mundo em que vivo e as coisas que acontecem nele. 
2. Pensar com minha cabeça e evitar que outros me manipulem. 
3. Expressar com clareza minhas ideias, sentimentos, opiniões e projetos. 
4. Poder viajar, conhecer outras pessoas e culturas, falar idiomas. 
5. Superar-me, ser feliz por conseguir novas metas. 
6. Dar alegria aos que me querem bem e me conhecem. 
7. Desfrutar das férias, sem pensar em recuperações e exames finais. 
8. Dar passos, curso a curso, para fazer carreira ou trabalhar no que desejo. 
9. Ter mais segurança, mais amigos e melhores relações com minha família. 
10. Conseguir as regalias e prêmios que desejo. 
11. Tirar boas notas e conseguir a satisfação pessoal, etc. 
12. Mudar um pouco a realidade que vivo através da ascensão profissional. 
13. Tornar-me um cidadão de bem, competente e autor da minha própria história. 
14. Através da educação, poder transformaro cenário da minha comunidade e do meu país. 
 Ao final, peça que confeccionem uma pequena cartilha com as cinco razões escolhidas e apresente para toda a turma explicando o por que de cada escolha.
Conversa final (15 min): 
Depois de encontrada as razões para estudar, o aluno precisa reconhecer a necessidade e importância da aquisição de certo hábitos e rotinas de estudo, como fator determinante para chegar onde almeja. 
Os alunos precisam desenvolver o hábito de repassar diariamente quais compromissos terão para aquela semana, acompanhando o que está sendo dado na escola, quais as aulas e atividades da semana, o calendário das provas e exercícios, os prazos de entrega dos trabalhos. 
 
AULA 2 – ORGANIZAÇÃO PESSOAL
A Organização Pessoal criará nos jovens o bom hábito de estudar, visto que a separação e priorização do que se tem para fazer, garantirá menos tempo de dedicação a uma determinada atividade, porém, será uma aprendizagem de qualidade. 
Questione os estudantes quanto ao conhecimento deles próprios, O que eu preciso saber? Quais são minhas metas? Quais as minhas prioridades? Quanto tempo eu separo para meus estudos? Passar o dia inteiro na escola é sinal de que estudei de verdade? Tenho espaço e silêncio para estudar na minha casa? Como está sendo a qualidade dos meus estudos? Eu sei estudar? 
Todos esses questionamentos e quais mais surgirem de você professor, servirão para a reflexão dos estudantes quanto ao valor que eles atribuem a um horário de estudos e/ou aos estudos, propriamente dito e se de fato tem qualidade e eficácia esses momentos que eles desprendem para estudar. 
Objetivos:
· Desenvolver a percepção de que a construção do futuro depende das vivências e escolhas do presente. 
· Identificar os hábitos essenciais para a criação de uma rotina de estudos. 
Conceitos trabalhados: 
· Diferença entre intensidade e qualidade de estudo. 
· Reconhecimento dos elementos essenciais no estudo. 
· Desenvolvimento de bons hábitos para estudar. 
Atividades: 
· Conversa sobre a aula anterior – 5 min 
· Gerencie o tempo disponível -10 min 
· Conversa final – 5 min
Atividade 1: Gerencie o tempo disponível 
Para um bom desempenho escolar, é essencial adotar um sistema de administração de tempo estruturado, organizado e simples de ser posto em prática. 
Organizar as atividades é um hábito que deve ser levado para toda a vida. 
Com base na ideia de que o aluno pode ser o autor do seu caminho, traçando metas, estipulando e cumprindo prazos, expomos abaixo de maneira detalhada e precisa, as diretrizes e a metodologia básica, para criação de um plano de estudo pessoal. 
O que é um Plano de estudo? É uma ferramenta de grande utilidade, que norteia as condutas do aluno quanto ao planejamento e execução de suas atividades escolares. 
Pode ser entendido como um projeto maior que engloba todos os horários semanais que serão dedicados a estudar. Bem estruturado e com o compromisso em cumpri-lo enraizado, o plano de estudo otimiza o tempo evitando desperdícios corriqueiros. 
A elaboração de um plano de estudo estruturado deve abranger os seguintes parâmetros de cunho organizacional: 
· QUANDO você vai estudar? 
· O QUE você vai estudar? 
· ONDE você vai estudar? 
· QUANTO tempo você vai estudar
Um planejamento minucioso e determinação na execução são fatores que asseguram sucesso na concretização plena do plano de estudo do alunado. Com ajuda dos quatro parâmetros citados acima, criou-se um guia, a ser transmitido aos estudantes, visando orientá-los na elaboração do seu plano de estudo. 
Lembrando que, como qualquer outro projeto, o plano de estudo deve ser revisado, com o intuito de modificar propostas ineficientes e introduzir as melhoras oportunas. 
Reflexão: Falar sobre a distância existente entre o presente e o futuro e sobre como o aluno pretende aproximá-los. Salientar que é através do projeto de vida, da organização pessoal, dos estudos, da determinação, que se constrói a ponte entre esses dois tempos, possibilitando o enfrentamento das condições adversas.
AULA 3 – ORGANIZAÇÃO MATERIAL
Texto base para a atividade:
“Muitos acreditam na ideia de que a quantidade de horas estudadas está proporcionalmente ligada à quantidade de conteúdo assimilado. Essa ideia não está equivocada, no entanto, sabe-se que cada hora dedicada pelo aluno, necessita de 100% de eficiência de forma que garanta qualidade ao estudo.”
Sendo assim, o aluno precisa aprender a discernir entre o “Tempo produtivo” e o “Tempo improdutivo”. 
Objetivos 
· Identificar os hábitos essenciais para a criação de uma rotina de estudos. 
· Reconhecer os elementos essenciais para o ato de estudar. 
· Compreender a diferença entre intensidade e qualidade de estudo. 
 
Atividades: 
· Conversa sobre a aula anterior – 5 min 
· Intensidade x Qualidade de estudo -10 min 
· Conversa final – 5 min 
 
Atividade 1: Intensidade x Qualidade de estudo 
Desenvolvimento: Professor, leia para a turma o caso de Tarcila e lance para o debate o questionamento final do texto. Deixe que os alunos pontuem onde está o equívoco de Tarcila e quais seriam as possíveis soluções. 
Texto: O caso de Tarcila 
Tarcila era uma estudante de uma escola de período integral muito esforçada em cumprir todas as atividades escolares. Possuía um grande destaque na oralidade além de características de um líder nato. 
Empenhada em obter boas notas nos exames mensais, Tarcila sempre estudava muito e com muita antecedência. Passava longas horas interruptas até a noite estudando todas as disciplinas. Podia está cansada e já não assimilar com tanta facilidade, mas persistência era seu nome. 
Contudo, na hora dos exames Tarcila não conseguia um resultado coerente com todo o tempo dedicado ao estudo. 
O que há de errado com o método de Tarcila na hora de estudar? 
 
Atividade 2: Um dia na vida de um desorganizado 
Desenvolvimento: Junte estudantes para assistirem a um vídeo curto que mostra a rotina de uma pessoa que não planeja seu dia. Logo após discuta com os estudantes, o que eles perceberão nessa história? Algum deles se identificou com o personagem? O que o personagem precisa fazer para otimizar seu dia? 
Vídeo: O desorganizado (youtube)
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PMoINjIgE3o 
A organização material está diretamente ligada à organização pessoal. Quem planeja bem seus horários, suas atividades, elenca uma ordem de prioridade, ou seja, é uma pessoa ORGANIZADA, consequentemente tem todos os seus materiais de estudo organizados. 
Para ser um jovem organizado, a realização de pequenas ações do cotidiano como, forrar a cama após despertar, retirar os pratos e talheres da mesa quando acabar de comer, realizar as tarefas domésticas entre outras atividades da rotina de qualquer pessoa, pode ajudá-lo na criação de bons hábitos. 
Conversa final: Professor exemplifique casos em que o acumulo de horas estudadas diminuam o rendimento global do aluno. Uma estratégia que modifique esse cenário é a dinâmica dos intervalos, que são pequenas pausas para que o aluno se desvincule daquilo que está fazendo, podendo voltar mais motivado e concentrado. Pode ser aplicado na mudança da disciplina estudada.
AULA 4 – TÉCNICAS DE ESTUDO
Importante: Professor, essa aula fecha o bloco de aulas introdutórias de orientação juntos os estudantes para os horários de Estudo Orientado. 
Essa aula tem conteúdos sobre técnicas de estudos que pode resultar de difícil compreensão por partes dos estudantes, sendo assim, adéque a linguagem se preciso for. Existem diversas técnicas de estudos, aqui faremos uso das Técnicas de Análise e de Síntese e suas ferramentas, essas duas técnicas são fundamentais para a criar bons hábitos eficácia dos estudos no estudantes do Ensino Fundamental. 
Técnicas de análise 
Analisar é, segundo o dicionário da Língua Portuguesa, decompor um todo em suas partes: analisar uma substância. / Estudar, examinar: analisar documentos. / Criticar: analisar um romance. 
Para garantir um bom entendimento do que se estar lendo, é preciso utilizar-sedas diversas técnicas que de leituras que existem, como sublinhar, fazer resumo, anotações à margem, todas essas técnicas ajudarão na absorção do conteúdo lido e a construção do conhecimento. 
A leitura solidifica o estilo, amplia o conhecimento, muda comportamentos e ajuda na articulação lingüística, também é uma atividade extremamente importante para o homem civilizado, atendendo a múltiplas finalidades. A leitura insere o ser humano em um vasto mundo de conhecimentos, propiciando a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do saber. 
· Leitura 
· Compreensão 
· Retenção 
· Hábitos da leitura 
· Dicas para desenvolver bons hábitos de leitura 
· Anotações 
· Sublinhado
Técnicas de Síntese 
De acordo com o dicionário da língua portuguesa, Síntese é: Exposição genérica ou abreviada; resumo, sumário, sinopse: síntese histórica. Uma forma de se obter a capacidade de síntese é desenvolver habilidades de leitura e produzir bastantes textos. 
Existem algumas técnicas de síntese, elas buscam facilitar o objetivo da síntese que é condensar a informação do todo, facilitando a aprendizagem. Esquema, resumo, quadro sinóptico são algumas das técnicas da síntese. 
· Esquema 
· Resumo 
· Quadro Sinótico 
· Mapas Conceituais 
· Definição 
· Diretrizes 
 Atividade1: Pesquisa de campo - Busca da informação 
Desenvolvimento: Agende a aula deste dia para que seja realizada na biblioteca ou no laboratório de informática. Oriente os estudantes para a realização de uma busca de informação. Separe os estudantes em dois grupos, um ficara responsável pela busca de informação, através em livros pela internet ou biblioteca a respeito de algum tema elegido por você professor ou pelos próprios jovens, a historia da cidade onde se localiza a escola pode seu um tema. 
Grupo 1: Busca da informação- É responsável pela busca de informações em pelo menos em 4 sites diferentes, farão um resumo da informação encontrada e guardar as fontes teóricas nas quais pesquisaram. 
Grupo 2: Elaboração da informação – O segundo grupo, com as fontes teóricas do grupo 1 já nas normas da ABNT (http://www.bu.ufsc.br/home982.PDF) e fará uma ficha de leitura baseada no resumo do grupo anterior. 
Exemplo de ficha de leitura: 
Autor: 
Título: 
Edição: 
Lugar: 
Páginas (onde estavam as informações retiradas): 
Tema ou argumento: 
Opinião pessoal do grupo: 
Conversa final: Ao final, todos terão que saber fazer uma referência bibliográfica e saber buscar e guardar de forma organizada as informações
Professor, 
Seguem os anexos I e II com sugestões das primeiras aulas introdutórias e de metodologias, orientações aos estudos dos estudantes e também que servem como apoio, faça uso dessas atividades e outras que encontrar e julgar necessárias para estruturar os estudantes rumo a um estudo diário significativo. 
Essa ação deve ser um compromisso seu, tendo em vista que ser professor é educar em todos os ambientes da escola entendendo-os como ambientes de aprendizagem, não se restringindo apenas a sua sala de aula e seus conteúdos específicos. 
ANEXO I
Material de apoio ao Professor
 
 
1. Técnicas de análise 
1.1. Leitura 
“Um país se faz com homens e livros.”
 Monteiro Lobato
1.1.1 Compreensão: 
Compreender o que se ler é um fator imprescindível e determinante no rendimento do aluno. Quando a leitura é compreendida se cria a concepção dos conceitos principais e secundários do texto. Ao mesmo tempo, se torna capaz de distinguir as ideias explicitas e implícitas contidas nele. A leitura pode ser feita quantas vezes o aluno achar necessário. Para verificar se conseguiu compreender efetivamente o texto, o aluno pode responder perguntas em relação ao mesmo ou tentar redigir a ideia central com suas próprias palavras. 
Para absorver a ideia principal do texto no ato da leitura, o aluno deve focalizar as palavras-chaves.
1.1.2. Retenção: 
O processo de retenção envolve tudo que se consegue absorver e armazenar através da leitura. É o que o aluno consegue guardar, lembrar em situações que se relacionem com o que foi lido, associar com outro conteúdo já existente em sua memória. 
O ato de reter está estritamente interconectado ao aprender: Só se retém o que se aprende. 
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a Lei 9.394, determina que o professor de todas as áreas tenha como compromisso promover a produção da leitura e da escrita. 
1.1.3. Maus hábitos de leitura: 
Deve-se alertar ao aluno a respeito de certos hábitos equivocados que não só atrasam a velocidade da leitura como também enfraquecem a compreensão e retenção dos conceitos. 
A seguir, segue a lista de hábitos que requerem atenção especial na hora da leitura: 
· Vocalização 
Ato de acompanhar a leitura com movimentos labiais, sem emitir-se som. Inviabiliza o rendimento pleno da leitura, já que atenção do leitor é desviada. O aluno preocupa-se em vocalizar cada palavra lida, perdendo assim, o significado global abordado no texto. 
· Regressão 
Ato de regressar à parte que já foi lida do texto. O aluno muitas vezes pode fazer isso involuntariamente. Caso o professor perceba essa debilidade no seu aluno deve alertá-lo sobre esse problema de maneira que o oriente a ficar mais atento na hora de ler.
É imprescindível o acompanhamento do educador na leitura dos alunos em sua fase fundamental da educação, onde se constrói todo o alicerce educacional e as ferramentas básicas para o aprendizado. O profissional deve ser capaz de detectar tais hábitos, orientar na sua possível melhora e acompanhar de forma que se certifique que houve de fato, a mudança. 
· Movimentos Corporais 
Qualquer movimento físico realizado na hora da leitura se configura na ordem inversa a do aprendizado. 
· Insuficiência no vocabulário 
O aluno que dispõe de um vocabulário amplo potencializa, acelera e enriquece o seu aprendizado. 
A seguir, listamos alguns passos como exercícios visando à melhora do vocabulário:
· Sublinhar a palavra desconhecida. 
· Buscar seu significado no dicionário. 
· Anotar sinônimos referentes a essa palavra. 
· Criar frases, nas quais possa empregar a nova palavra. 
· Preparar um arquivo que contenha as palavras descobertas com seus respectivos significados, sinônimos e frases criadas. O arquivo deve ser constantemente revisado buscando assim, a retenção das novas palavras. 
1.1.4. Dicas para desenvolver bons hábitos de leitura: 
· Focalizar a atenção e concentração, eliminando distrações externas. 
· Buscar ambientes confortáveis e organizados. 
· Buscar as palavras-chave a fim de entender o texto em sua totalidade.
· Desenvolver vocabulário, através de um incremento na frequência com que se ler. 
· Criar estratégias para corrigir maus hábitos que se percebam na leitura- vocalização, regressão, etc. 
· Revisar e repensar no conteúdo lido são exercícios que verificam se o aluno está conseguindo assimilar o conteúdo. 
· Resumir e reescrever o que leu potencializa a compreensão. 
Quem domina com segurança satisfatória a leitura, dispõe de uma poderosa ferramenta que lhe permite organizar o raciocínio, expor claramente os pensamentos, apreender com precisão as ideias contidas no texto, contextualizar assuntos diversos em função da sua maior capacidade de compreensão acumulada ao longo do processo de aprendizagem. 
1.2. Anotações 
A técnica de anotar à margem dos textos, possibilita ao aluno voltar a atenção para aquilo que julga relevante. 
Emprega-se tanto de maneira verbal como simbólica. Palavras-chave, comentários, figura, desenho, sinais (exclamação, interrogação) e outros da criatividade do aluno, são válidos para assinalar suas considerações.
1.3. Sublinhando 
Técnica de análise de texto, que consiste em grifar as ideias importantes de maneira que volte a atenção à parte destacada numa posterior releitura. Objetiva dividir as partes do texto em graus de relevância distintos. 
Não se devem sublinhar frases ou linhas inteiras, apenas os dados importantes e as palavras-chave.Exemplos: 
a) Os componentes do sangue 
b) O sangue humano é um líquido denso de cor vermelha. É formado pelo plasma sanguíneo, os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. 
2. Técnicas de Síntese 
2.1. Esquema 
Forma de sintetizar conceitos, mediante uma estruturação de temas importantes, contidos no texto. Nada mais é do que uma organização gráfica do que já foi previamente sublinhando. O esquema deve ser: 
· Ordenado
· Claro 
· Conciso 
· Simples 
· Perceptível 
Uma de suas principais vantagens é garantir ao estudante a possibilidade de uma visão ampla do conteúdo estudado. Exemplo: 
2.2. Resumo 
Resumir é apresentar de forma breve e concisa um determinado conteúdo. Um bom resumo permite ao estudante encontrar rapidamente as ideias, informações e conceitos desenvolvidos pelo autor ao longo do texto. 
Existem dois tipos usuais de resumo, que são: 
Resumo Indicativo: indica apenas os pontos principais do texto, não apresentando dados qualitativos, quantitativos, etc. 
Resumo Informativo: informa o leitor suficientemente, de maneira que ele possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe finalidades, metodologia, resultados e conclusões.
2.3. Quadro Sinótico 
Variante do esquema, sobretudo utilizado quando há predominância de dados quantitativos, como datas, números, nomes, etc. Técnica similar a do esquema, porém configurada na forma de um quadro. 
Exemplo de um Quadro Sinótico:
2.4 Como construir um Mapa Conceitual 
Atividade sugerida: Construindo seu mapa conceitual
Abaixo estão alguns passos para a uma confecção prática do mapa conceitual em sala de aula:
1. Explica-se brevemente e com exemplos, os significados de conceito e palavras-de-ligação. 
2. Escolhe-se um assunto do livro-texto com o qual o aluno já esteja familiarizado. 
3. Desenha-se na lousa duas colunas. Uma contendo os conceitos encontrados pelos alunos naquele texto e a outra contendo as palavras-de-ligação. 
4. Em construção conjunta com o aluno, o professor escolhe quais dos conceitos encontrados na lousa são os mais abrangentes e quais as palavras-de-ligação são as mais adequadas. 
5. Procuram-se agora os conceitos mais específicos. 
6. Constrói agora o mapa conceitual, apresentando para o aluno a lógica usada nas relações e esclarecendo as dúvidas que possam surgir. 
7. A sala é dividida em quatro grupos, dando a cada grupo uma cartolina e um tema em comum. 
8. Os grupos devem ler o tema e repetir os passos especificados acima (do 1 ao 6), confeccionando agora o seu próprio mapa conceitual. 
9. Por fim, é feita a socialização dos grupos. Ao final, os alunos devem tomar consciência de que, ainda trabalhando em cima do mesmo conteúdo, os mapas conceituais sairão diferentes e que para serem bons não precisam ser iguais.
REFERÊNCIAS
PEÑA, Ontoria Antônio. Mapas Conceituais – Uma técnica para aprender. São Paulo. Paulo. Loyola: 2005.
 
MOREIRA, Marco Antônio. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. São Paulo. Centauro: 2010. 
AQUINO, Carlos Tasso Eira. Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem. São Paulo. Pearson Prentice Hall: 2008. 
ANTUNES, Celso. A grande jogada. Vozes. São Paulo, 2009. 
LAHIRE, Bernardes. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. São Paulo. Ática: 2004. 
Fontes onlines 
Por Sabrina Vilarinho, Graduada em Letras http://www.brasilescola.com/redacao/resumotexto.htm 
Professor Wolf de Biologia 
http://www.youtube.com/watch?v=DaGgmxiEuEQ 
Vida Maria. 
http://www.youtube.com/watch?v=6-1CjDCmEiM 
Um dia na vida de um desorganizado 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PMoINjIgE3o 
Como fazer referências bibliográficas de acordo com as normas da ABNT. http://www.bu.ufsc.br/home982.PDF 
ANEXO II
Cardápio de Técnicas para o 
Estudo Orientado
1. ELEGER INFORMAÇÕES PARA GRIFAR
Identificação do assunto
Foi identificado, no título o trecho que evidencia o tema tratado pelo texto. Na hora de grifar, termos acessórios como o adjetivo "pequena", podem ser deixados de lado, pois não interferem na compreensão. Conceitos repetidos e exemplos também não são essenciais.
Trechos longos
 Marcar parágrafos inteiros dificulta a recuperação dos dados na hora de estudar.
 Caso fizéssemos um texto com base no que foi lido, que informações seriam essenciais? Faça um rol de palavras. Volte ao texto original e encontre os termos levantados. 
Palavras isoladas
 A palavra "antes" foi marcada de forma isolada na frase. Às vezes, são selecionados termos que parecem não fazer sentido sozinhos. 
 Como a construção sintática nem sempre é linear, qual a relação entre as partes grifadas? Se a ligação não for evidente, faça anotações laterais para explicá-la. 
Falta de Critério
 Nem todos os parágrafos apresentam informações que precisam ser ressaltadas, assim como o primeiro deste texto, que não traz dados relevantes sobre o tema.Antes de sair sublinhando, é importante ler o material todo para ter uma noção geral do assunto.
Omissão de dados relevantes
 O que você considerou essencial sobre o tema? Anote.
 Você percebeu que no exemplo, o aluno, ignorou informações importantes? Qual?
 Veja se todos os dados importantes aparecem em suas anotações e marque dados que não haviam selecionado anteriormente.
Informações descontextualizadas
 Pode-se marcar dados soltos somente porque são difíceis de entender ou lembrar. Faça anotações para contextualizar ou explicar o termo.
2. TOMAR NOTAS
 Quando se assiste a uma aula expositiva, uma apresentação, uma videoaula ou algo semelhante, pode-se pensar que tomar nota corresponderia à ação de grifar. 
· O que é Fazer anotações das informações consideradas importantes durante uma aula, palestra ou apresentação oral para retomar posteriormente o conteúdo ouvido e visto. 
· Como trabalhar Assim como o leitor formula hipóteses quando lê, o ouvinte presta atenção, antecipa o que será dito e busca respostas para os problemas. Para isso, porém, é imprescindível saber algo sobre o assunto ou que ele esteja vinculado a conteúdos já vistos em sala. Garanta esse conhecimento anterior na hora de ensinar a tomar notas.
 Você pode servir de modelo: em apresentações de alunos ou seminários em grupo, faça anotações e compartilhe com a sala. Ressalte que as notas são de uso pessoal e não seguem um formato rígido, mas elas deverão ser úteis para que o autor possa reconstruir a informação mais tarde, na hora de estudar. Incentivar crianças e jovens a trocar as notas, debater sobre os dados considerados importantes e revisá-las permite que elas tenham registros mais completos. 
 A rapidez ao anotar faz parte do procedimento, por isso apresente abreviações que você usa para ser mais ágil na escrita e mecanismos para destacar conceitos. Mostre exemplos diferentes de notas - em tópicos, com frases inteiras, esquemas e desenhos. 
EXEMPLO:
Organização da informação
 O subtítulo organiza e classifica as notas em categorias. Assim é mais fácil resgatar o conteúdo depois. Também ajuda a relembrar a ordem seguida pelo professor (ou palestrante) em seu discurso.
Observações pessoais
 Ao fazer as notas, você aprende a registrar as próprias impressões, relacionando as informações que ouve com o que vê.
Informações secundárias 
 É preciso saber selecionar os dados que merecem registro.
 Preste atenção na ênfase dada pelo professor/orador e em expressões como "um fator decisivo" e "concluímos que", que dão uma dica do que é importante e descartando dados que não são essenciais para a compreensão do tema.
Atenção ao tema e objetivo
 No texto-exemplo, Informações diversas foram registradas. Isso pode indicar que o aluno não sabia qual o objetivo da visita.
 Caso a intenção seja aprofundar um conteúdo específico, o ideal é que se atente às informações relevantes sobre o tema.
Anote qual o  propósito da explanação/daaula.
Dados incorretos ou faltando 
No texto a informação de que há 1.020 espécies aparece tanto para animais como para aves, o que pode ser um erro. A omissão de dados importantes pode acontecer quando o tema é complexo. Para recuperar o conteúdo e fazer as correções necessárias, compartilhe as notas com os colegas.
Técnicas de registro
Foram usadas diferentes técnicas de registro, como frases completas, tópicos e desenhos. O domínio de mecanismos de organização de texto ajuda na compreensão depois.
Compartilhe com os colegas suas anotações o critério usado na escolha das diferentes técnicas. Assim outros também podem se apropriar delas.
3. SINTETIZAR x RESUMIR
Para entender o que se lê: fazendo anotações à medida que lê
 Além de o texto estar grifado, as anotações à margem podem auxiliar nesse resgate de informações na medida em que funcionam como uma espécie de “guia de leitura”. O leitor pode, em suas marginálias, anotar:
· o assunto principal do parágrafo, por exemplo: origem do movimento “black bloc”;
· a “parte” do texto contida no parágrafo, por exemplo: introdução, objetivos, argumento principal, exemplo, depoimento de especialista etc.;
· suas apreciações sobre o parágrafo ou parte, por exemplo: concordo; usar como argumento ou discordo; não entendi etc.
 4. ESQUEMATIZAR
O que é 
 Representar graficamente um tema. A organização do esquema reflete uma síntese, com seus principais conceitos e a relação entre eles.
Como trabalhar
 Esquemas devem ser sucintos e coerentes. A construção do esquema começa por reconhecer o conceito central do conteúdo (texto, vídeo, aula etc).  Ele será a palavra-chave e deve aparecer em destaque. Depois eleja informações específicas relacionadas a ele: estabeleça um número limite (entre dez e 15 palavras) para facilitar. 
 Identificar a relação entre os conceitos e deles com a palavra central. É preciso separar as ideias gerais das específicas, criando uma hierarquia (característica de um tipo de esquema, o mapa conceitual - exemplificado abaixo).
 Socializar os esquemas. Não há fórmula certa: quando os conceitos principais não são previamente acordados, cada um elege informações diferentes como fundamentais. 
 Compartilhe com os colegas o conteúdo com base em seus esquemas para confirmar a compreensão do assunto.
5. MAPA CONCEITUAL
Consultoria Evelyse Lemos
Ilustração: Fabrícia Batista. 
Fonte: Artigo Learning with concept map: an analysis of a teaching experience on thetopic of reptiles with 15-year-old students at a secondary school, apresentado na International Conference on Concept Mapping 2008
Ideia principal 
 Sempre devem ficar claros quais os itens contextualmente mais importantes e quais os secundários. 
"Como saber, olhando para o esquema, qual é o assunto principal?" 
Tanto a posição dos termos como as setas podem ser usadas para indicar relações. 
Construir um mapa conceitual (combinar disciplina) trazer para a próxima aula.
Explique o tema por meio do mapa conceitual construído. Reconhecer se os elementos no esquema são suficientes para essa explanação.
Falta de informação 
 No mapa acima não foram inseridas características dos répteis, como tipo de pele e ambiente em que vivem.  Para que perceba falhas no seu mapa, você pode comparar sua produção com a de um colega, assim identifica termos que o outro pode ter levantado. 
"O que mais foi visto sobre o assunto?"
"Por que isso ficou de fora de seu esquema?".
Organização confusa  
No texto acima, por serem da mesma natureza (répteis), os animais poderiam estar listados na horizontal e ligados por uma linha, onde apareceria a palavra "exemplo" (a ligação entre os conceitos) uma única vez. 
"O que os animais listados têm em comum?" 
"Como mostrar essa relação?".
Relação inadequada 
 Reflita sobre as relações num primeiro momento sem apontar os equívocos.  Explique o que une esses conceitos e, se não conseguir, retome o conteúdo. 
Um novo local para o termo no esquema? Sua eliminação ou substituição?
Palavras de ligação  
 Palavras acima das setas e linhas explicam a ligação entre os termos.  Caso elas não apareçam no esquema, vale perguntar: "Qual a relação entre os conceitos ligados?" "Por que estão unidos na vertical (na horizontal/transversal)?".
Destaque inadequado  
 Colocado em uma caixinha, o verbo parece uma informação relevante.  Os conceitos destacados devem ser de conteúdo. 
 O que "são" representa. Ele merece tanta evidência ou é apenas uma classificação da palavra a seguir? Esse entendimento evita que frases inteiras sejam escritas dentro de caixinhas.
6. RESUMO 
O que é?
 Procedimento de leitura para organizar informações e facilitar a compreensão do conteúdo, elegendo os aspectos mais relevantes. Permite articular os comportamentos leitores e escritores em situação de estudo. 
Como trabalhar?
 Os desafios são: ler, entender, selecionar e organizar os dados por escrito. Como não deixa de ser um gênero textual, deve obedecer a regras de sintaxe e manter a coesão entre as frases. 
 Segundo a pesquisadora Delia Lerner, o processo de resumir implica lançar mão de algumas estratégias, dentre elas, a supressão, a generalização e a construção. Na hora de eleger as informações importantes, o foco deve ser as que são essenciais para a compreensão do texto como um todo. Uma dica é dispensar exemplos ou outros dados secundários, usados apenas para validar as afirmações do autor. 
 Como o novo texto produzido deve ser uma versão enxuta do original, a generalização ajuda a agrupar conceitos semelhantes. Já a construção reorganiza o conteúdo por meio da elaboração de uma ideia central. Ao analisar a produção dos alunos e identificar os procedimentos usados por eles, o professor consegue avaliar se houve a compreensão do assunto e fazer as intervenções necessárias.
 Agora que você elaborou seu resumo, compare sua produção com o resumo que seu professor vai projetar e observe:
a. A escolha das informações retidas no resumo foi semelhante ou bastante diferente?
b. Você avalia que o resumo apresentado reconstrói as relações entre as principais ideias do texto original e sustenta a conclusão apresentada? E em seu resumo, como você avalia essa reconstrução?
c. Você observou que no modelo apresentado muitos trechos correspondem fielmente a trechos do texto original? Você também usou esse expediente em seu resumo?
d. Você poderia eliminar mais informações de seu resumo que, agora, julga desnecessárias ou, ao contrário, avalia que precisa incluir outras informações? Se julgar necessário, faça uma segunda versão de seu resumo.
7. RESENHAR
Algumas dicas:
1. Não existe resposta completa. O que há é "autonomia sintática" na resposta. Por exemplo: para uma questão como esta:
O que pretende a personagem ao fazer o comentário inicial?
· a resposta não precisa transcrever todo o enunciado, mas manter uma lógica sintática como:  Ela pretende que o vizinho lhe dirija a palavra com delicadeza.
· de forma que você evite iniciar a resposta com a conjunção, construindo uma frase truncada sintaticamente, como:  Que o vizinho lhe dirija a palavra com delicadeza.
2. Evitar "O texto fala", "O texto mostra", "A célula sugere", "A tabela periódica diz" e outras formas de personificação.
3. Preferir a impessoalidade: "Pode-se afirmar que", "Segundo o texto", "De acordo com a tabela", "Na estrutura da célula percebemos" etc.
4. Distinguir TRANSCRIÇÃO de REESCRITA, sobretudo no que se refere ao uso das aspas. Elas só devem ser usadas na transcrição.
5. Atentar para intervenções da oralidade inadequada à linguagem científica, como o desnecessário sujeito pleonástico: "O autor, ele expõe".
6. Cuidado com duplos sentidos, ironias, figuratividades, referências incorretas a autores e textos etc.
8. REVER CÁLCULOS
O que é? 
 Resolver problemas, analisá-los, construir estratégias matemáticas, comunicá-las e confrontá-las com outras,identificar as questões e refletir sobre esses processos. Para isso, vocês devem ter consciência sobre o que ainda não foi compreendido.
Como trabalhar?
 Dentre as áreas de ensino, a Matemática tem uma particularidade: ela se estuda lendo, escrevendo e, em grande parte, resolvendo cálculos. 
 O que é importante anotar? Dessa forma, "o caderno pode ser um recurso que permite olhar para trás, voltar sobre o que foi feito para convertê-lo em fonte de consulta após várias aulas"(Ponce). 
Interpretação de texto 
 Entender o enunciado, percebendo o conteúdo matemático em jogo, é o primeiro passo para resolver uma questão. Identifiquem as características de um conjunto de problemas, reconhecendo as diferenças entre situações que parecem similares.
Retomar conteúdo 
 O sistema de equação está correto, mas a soma errada de (+q) + (-q) mostra que o aluno não domina a adição de números negativos.  Para revisar o assunto: consultar as anotações feitas no caderno; prepare uma lista de problemas para discutir esse conteúdo. Nunca apagar seus cálculos, mesmo que incorretos. Isso o ajuda a identificar os pontos em que tem dificuldade.
Análise do aprendizado 
 Escreva uma conclusão para sintetizar os aprendizados das aulas. Socialize.
Socialização das estratégias 
 É importante compartilhar suas estratégias de resolução de problemas. Aqui, foram anotados dois deles: usando o cálculo mental e por meio do algoritmo.
Cálculo mental 
 O aluno criou uma estratégia própria, adicionando a diferença entre os números ao total e dividindo por 2 para encontrar a quantidade maior. Quais as vantagens e desvantagens de cada um dos procedimentos e com quais números funcionam?
Algoritmo 
 Fórmulas dão agilidade aos cálculos, porém não basta memorizá-las. É preciso saber o que está por trás. Em grupos expliquem uns aos outros o procedimento matemático envolvido no problema.
9. TÉCNICA DO PDCA
Planejar: estabelecer objetivos, estratégias e metas propostas. O planejamento requer um diagnóstico da situação atual assim como a definição de indicadores para avaliar resultados.
Executar: implantar o plano, executar o processo e coletar dados para mapeamento e análise dos dados gerados. Identificar e desenvolver as competências necessárias.
Avaliar (medição e análise): estudar os resultados reais e comparar com as metas, no intuito de se averiguar as diferenças. O foco deve ser no desvio da execução do plano, na análise das diferenças para determinar as causas, checando a adequação e a integridade das ações. Dados gráficos podem facilitar a visualização de eventuais tendências. Com base nas informações analisadas, podemos passar à próxima fase.
Ajustar (ações corretivas): determinar onde aplicar as mudanças que incluem a melhoria do processo. Ao final de um período, geralmente anual, é imprescindível proceder à correção do Plano de Ação da escola, ajustando estratégias, metas, indicadores e outras variáveis, em função da vivência de cada um e dos resultados alcançados. Após essa fase, recomeça-se um novo Ciclo PDCA.
10. QUADRO SQA
	O instrumento SQA é um organizador gráfico para registrar conhecimentos, perguntas e finalmente, conhecimentos recém adquiridos. Esse instrumento na educação é útil para orientar e focar em leituras, estudos e coletas de informações. O quadro SQA ajudará você e seu grupo a:
· Refletir sobre informações conhecidas;
· Envolver a curiosidade em um tópico específico;
· Registrar novas informações adquiridas.
A coluna S – “O que Sabemos” está centrada no conhecimento prévio sobre os tópicos a serem estudados. Os participantes são encorajados a debater o que já sabem sobre o assunto ou tema, usando palavras-chave ou frases curtas sobre o assunto, registrando-os na primeira coluna do quadro. A coluna S deverá ser preenchida no início das atividades propostas.
A coluna Q – “O que Queremos” incentiva os participantes a imergirem no tema, ao questionarem sobre o que mais querem saber, pesquisar ou produzir. Seu registro demanda uma participação ativa, objetiva e coleta, na busca de aprofundar os tópicos a serem estudados. A coluna Q deverá ser preenchida no início das atividades propostas.
A coluna A – “O que Aprendemos” é concluída depois que os participantes terminarem as atividades propostas, ou seja, ao final dos estudos. É nesta coluna que você e seu grupo irá sintetizar as relações e análises feitas a partir dos questionamentos e demandas elencadas nas outras duas colunas. Podem também registrar outros aprendizados adquiridos e informações novas e interessantes. A coluna A , deverá ser preenchida ao término das atividades propostas.

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