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Biossegurança em Saúde Normativas Básicas para Trabalho em Laboratório Marcos Vinicius Gomes Chaves Rochelle Gonçalves de Silva Curi Susan Tamara B. Lopes Tainá Baldez Thaíse Prado Machado Vitorino Prof. Orientador Angel Renaro Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Biomedicina (BBI33) - Trabalho de Graduação 01/07/2020 RESUMO O trabalho desenvolvido, tem como objetivo, evidenciar as normativas básicas para trabalho em laboratório, estudados em artigos e pesquisas científicas, que nos mostram a importância da segurança para rotina de trabalho em um laboratório e as regras a serem seguidas, para evitar o risco de transmissão de agentes infecciosos e garantir a segurança das amostras e os de quem as manuseia. Palavras Chave: Biossegurança; Laboratório; Artigo Científico; Normativas; INTRODUÇÃO A Biossegurança é um conjunto de ações voltadas para prevenir, minimizar e eliminar os riscos para saúde, ajudando na proteção do meio ambiente contra resíduos e na conscientização do profissional da saúde (Zochio LB, 2009). Os laboratórios clínicos podem apresentar inúmeros riscos para os profissionais, determinado por fatores em atividades que podem produzir alterações leves, moderadas ou graves, levando a um possível acidente de trabalho ou doença profissional. Todo o cuidado deve ser tomado para garantir a segurança em práticas laboratoriais, levando em consideração que todos os materiais manuseados podem ser fonte de contaminação, até o seu descarte final, incluindo higienização e limpeza. O profissional habilitado, deve adotar práticas seguindo as normas de biossegurança para garantir a segurança e a eliminação de riscos, considerando que, na opinião de especialistas, o maior fator de risco não está nas tecnologias disponíveis e sim no comportamento profissional (Zochio LB, 2009). “A segurança no local de trabalho depende de toda a equipe, que deve planejar a tarefa a ser executada, verificar o funcionamento da aparelhagem a ser utilizada e conhecer o material a ser manipulado” (Santos RV et al, 2017). METODOLOGIA A abordagem metodológica da pesquisa, consiste em estudos bibliográficos, sobre o tema de biossegurança em saúde, com enfoque nas normativas básicas de trabalho em laboratório, para melhor segurança dos profissionais, sendo realizada as pesquisas em artigos científicos, revistas e sites científicos. DESENVOLVIMENTO Se tratando de normativas básicas para trabalho em laboratório, sabemos que cada laboratório deve desenvolver ou adotar um manual de biossegurança ou de operações que identifique os riscos que podem ser encontrados e que especifique também as práticas e os procedimentos específicos para minimizar ou eliminar a exposição ao perigo, fazendo assim as suas normativas, de acordo com a necessidade do trabalho exercido, segundo Cristina Sanchez, 2016. De acordo com Andressa Guimarães, biotecnologista do núcleo de biossegurança da Fiocruz (2016), após a identificação dos riscos, todas as regras de biossegurança devem ser atendidas rigorosamente. A sinalização de biossegurança fornece ao trabalhador, informações como nível de biossegurança da área laboratorial, agentes biológicos manipulados na área, classe de risco dos agentes, EPIs necessários, identificação de produtos perigosos entre outros, tornando a rotina mais segura (Sanchez, 2016). Os profissionais de laboratórios, além de estarem expostos aos riscos ocupacionais, como, ergonômico, físico e químico, trabalham com agentes infecciosos e com materiais potencialmente contaminado, que são os riscos biológicos. Esses profissionais precisam estar conscientizados de todos os riscos e devidamente treinados para estarem aptos a exercerem as técnicas e práticas necessárias para o manuseio seguro dos materiais e fluidos biológicos (Zocchio LB, 2009). Segundo o site Portal Educação de 2013, os riscos biológicos são subdivididos em 4 classes, de acordo com o risco representado por cada agente biológico nestas categorias: Classe 1: agentes que não apresentem riscos ao manipular, nem à comunidade, ou ainda que representem risco baixo para ambos. Exemplo: E. Coli. Classe 2: agentes biológicos que representam risco moderado para o manipulador e risco baixo ou fraco para a comunidade. Caracteriza essa classe ainda o fato de haver tratamento disponível, representado por medidas terapêuticas e profiláticas eficientes com o agente em questão. Exemplo: Clostridium tetani. Classe 3: agentes biológicos que representam risco grave para o manipulador e risco moderado para comunidade, provocando lesões ou sinais clínicos graves e nem sempre havendo tratamento disponível. Exemplo vírus HIV. Classe 4: nesta classe os agentes biológicos representam risco grave para o manipulador e para a comunidade, não havendo tratamento disponível e seriamente preocupantes, em caso de propagação. Exemplo: vírus Ebola. O laboratório pode ser considerado um ambiente complexo, o qual é composto por pessoas, regentes, soluções, microorganismos, papéis entre outros, favorecendo, muitas vezes, a ocorrência de acidentes. Para que funcione de forma adequada e segura, torna-se necessário: disciplina, ética, adesão às normas e legislação, pois as ausências desses fatores em um ambiente extremamente hostil, tornam-se vulneráveis aos riscos que permeiam esse local (Chaves, 2016). “Para biossegurança dos laboratórios de análises clínicas o POP é fundamental, pois ele tem como objetivo padronizar todas as ações para que diferentes técnicos possam compreender e executar, da mesma maneira, uma determinada tarefa [...]” (Zochio LB, 2009). Os EPIs, são equipamentos de proteção individual, que servem para proteção do contato com agentes infecciosos, substâncias irritantes e tóxicas, materiais perfurocortantes e materiais submetidos ao aquecimento ou congelamento. Os EPIs que devem estar disponíveis, obrigatoriamente, para todos os profissionais que trabalham em ambientes laboratoriais são: jalecos, luvas, máscaras, óculos e protetores faciais. Há também protetores de ouvido para trabalhos demorados com equipamentos que emitam ruídos além dos níveis recomendados pelo Ministério do Trabalho (Zochio LB, 2009). Segundo ZOCHIO (2009), dos equipamentos de proteção coletiva, os EPCs, temos as cabines de segurança biológica (CSB), que são de 3 tipos, dependendo do tipo biológico manipulado, para proteger o profissional e o ambiente laboratorial dos aerossóis potencialmente infectantes que podem se espalhar durante a manipulação. Tem também o chuveiro de emergência, utilizado em caso de acidentes em que haja projeção de grande quantidade de sangue, substâncias químicas ou outro material biológico sobre o profissional e é necessário ter também o lava olhos, que é um equipamento utilizado para acidentes na mucosa ocular. O Ministério da Saúde recomenda que o símbolo de risco biológico seja colocado na entrada do laboratório, informando também o microrganismo manipulado, a classe de risco, o nome do pesquisador responsável, o endereço e o telefone de contato. Além disso, deve conter a frase: “Proibida aentrada de pessoas não autorizadas” (Chaves, 2016). RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo Sanches (2016), as práticas de biossegurança adotadas em laboratórios, se baseiam na necessidade de proteger os colaboradores, o meio ambiente e a comunidade da exposição a agentes presentes nestes locais e que representam possíveis riscos. Por isso, é importante que os profissionais que atuam nessa área recebam treinamento adequado e atualizações constantes sobre as técnicas que devem ser adotadas para manter o ambiente seguro. Devido ao fator humano está implicado às causas de acidentes em laboratórios, o maior esforço deve estar direcionado aos aspectos de educação em biossegurança, que devem estar presentes no cotidiano das instituições de ensino. Salienta-se que alguns indivíduos tendem somente a levar em consideração a execução das atividades e menosprezar os riscos, sendo que esta postura não pode ser admitida em qualquer ambiente laboratorial. Para que um programa de educação em biossegurança seja efetivo, é necessário que todos os usuários dos laboratórios estejam devidamente informados acerca dos princípios de biossegurança, bem como aptos a colocá-los em prática de maneira correta, a fim de manter o ambiente seguro (Sangioni et al, 2013). A biossegurança não está relacionada apenas aos modernos sistemas de esterilização do ar ou câmaras de desinfecção das roupas de segurança. Um profissional de saúde que não lava suas mãos com a frequência adequada ou descartar resíduos de maneira incorreta contribui para o surgimento de riscos de contaminação e de acidentes (Sanches, 2016). CONCLUSÃO De acordo com as revisões bibliográficas, fica claro o quanto é importante o conhecimento e o seguimento das normas básicas de biossegurança em um ambiente laboratorial. Os riscos pelos agentes biológicos, principalmente, podem trazer danos gravíssimos em alguns casos, e até mesmo irreversíveis, o que nos traz a certeza então de que mais do que seguir as boas práticas de segurança em laboratório, é necessário que o profissional atuante esteja devidamente treinado a executar as práticas propostas e devidamente orientado e ciente dos riscos do ambiente de trabalho. O objetivo desta ostentalidade em biossegurança, nada mais é, para nos atentar a importância de minimizar os riscos de acidentes no campo de trabalho, preservando nossa integralidade física e psicológica de trabalho. REFERÊNCIAS Chaves MJF. Manual de Biossegurança e Boas Práticas Laboratoriais. Laboratório de genética e cardiologia molecular do instituto do coração, FEV de 2016. Disponível em: <https://genetica.incor.usp.br/wp-content/uploads/2014/12/Manual-de-biosseguran%C3%A7 a-e-Boas-Pr%C3%A1ticas-Laboratoriais1.pdf>. Acesso em 01 de Jul. de 2020. PORTAL EDUCAÇÃO. Biossegurança em Laboratórios. 25 de Fev de 2013. Disponível em: <https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/biosseguranca-em-labora torios/35468>. Acesso em: 01 de Jul. em 2020. Sanchez C. Importância da implantação das normas de biossegurança em laboratório. Labnetwork, 11 de Jan. de 2016. Disponível em: <https://www.labnetwork.com.br/especiais/importancia-da-implantacao-das-normas-de-bioss eguranca-em-laboratorios/>. Acesso em 20 de Jun de 2020. https://genetica.incor.usp.br/wp-content/uploads/2014/12/Manual-de-biosseguran%C3%A7a-e-Boas-Pr%C3%A1ticas-Laboratoriais1.pdf https://genetica.incor.usp.br/wp-content/uploads/2014/12/Manual-de-biosseguran%C3%A7a-e-Boas-Pr%C3%A1ticas-Laboratoriais1.pdf https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/biosseguranca-em-laboratorios/35468 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/biosseguranca-em-laboratorios/35468 https://www.labnetwork.com.br/especiais/importancia-da-implantacao-das-normas-de-biosseguranca-em-laboratorios/ https://www.labnetwork.com.br/especiais/importancia-da-implantacao-das-normas-de-biosseguranca-em-laboratorios/ Santos RV et al. Manual de Biossegurança. Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo, Vitória 2017. Disponível em: <https://saude.es.gov.br/Media/sesa/LACEN/Manuais/MANUAL%20DE%20BIOSSEGURA N%C3%87A%20LACEN-ES%20REV%2002.pdf>. Acesso em: 13 de Jun. de 2020. Zochio LB. Biossegurança em Laboratórios de Análises Clínicas. Academia de Ciência e Tecnologia. São José do Rio Preto 2009. Disponível em: <http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/revista_virtual/administracao_l aboratorial/trabzochio.pdf>. Acesso em: 13 de Jun. de 2020. https://saude.es.gov.br/Media/sesa/LACEN/Manuais/MANUAL%20DE%20BIOSSEGURAN%C3%87A%20LACEN-ES%20REV%2002.pdf https://saude.es.gov.br/Media/sesa/LACEN/Manuais/MANUAL%20DE%20BIOSSEGURAN%C3%87A%20LACEN-ES%20REV%2002.pdf http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/revista_virtual/administracao_laboratorial/trabzochio.pdf http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/revista_virtual/administracao_laboratorial/trabzochio.pdf
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