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INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES Copyright © Todos os direitos desta obra são da Escola Superior Aberta do Brasil. www.esab.edu.br Diretor Geral Diretor Geral: Nildo Ferreira Superintendente: Secretário Geral: Aleçandro Moreth Coordenador Acadêmico de Educação a Distância: Equipe Multidisciplinar Coordenador: Diagramadores: Felipe Silva Lopes Caliman Rayron Rickson Cutis Tavares Produção do Material Didático-Pedagógico Escola Superior Aberta do Brasil Sumário 1. Apresentação ................................................................................................................5 2. Visão Geral Das Redes de Computadores .........................................................................9 3. Tipos de Redes (Wired Networks) ..................................................................................19 4. Redes Sem Fio (Wireless Network)... ............................................................................28 5. Classificação das Redes Quanto a Hierarquia .................................................................36 6. Principais Componentes de Uma Rede... ......................................................................43 7. Resumo .........................................................................................................................56 8. Apresentação 1 .............................................................................................................57 9. Princpais Conceitos das Redes de Computadores ..........................................................58 10. Topologias de Redes de Computadores .........................................................................63 11. Arquitetura de Redes de Computadores ........................................................................71 12. O Modelo TCP/IP ............................................................................................................80 13. Protocolos de Redes de Computadores .........................................................................87 14. Resumo 2 ....................................................................................................................101 15. Apresentação 2 ..........................................................................................................102 16. Protocolos da Camada de Transporte..........................................................................103 17. Protocolos da Camada de Rede....................................................................................115 18. Protocolos da Camada Física........................................................................................131 19. Cabos como Meios de Transmissão de Dados ...............................................................144 20. O Ar como Meio de Transmissão ..................................................................................164 21. Resumo .......................................................................................................................172 22. GLOSSÁRIO ..................................................................................................................175 23. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................187 www.esab.edu.br 5 Apresentação Familiarização do aluno com os diversos conceitos do mundo das redes de computadores, assim como também com as diversas técnicas de conectividade entre computadores, tipos de dispositivos que permitem a criação de uma rede desde uma pequena rede doméstica até uma grande rede corporativa, e dessa forma, entender a importância dos protocolos de comunicações para um correto diálogo e funcionamento entre todos esses dispositivos e sistemas interligados de telecomunicações e redes de computadores. Objetivos Temos 3 objetivos bem definidos nesta apostila, cada objetivo abrange 5 unidades consecutivas da apostila, isto é, o 1º objetivo corresponde às 5 primeiras unidades, o 2º objetivo corresponde às unidades 6 até 10 e o 3º objetivo correspondem às últimas cinco unidades da apostila. Sendo estes objetivos os seguintes. 1º Objetivo é ter uma ideia clara sobre a história da evolução das redes de computadores, os tipos de redes que temos funcionando atualmente e os equipamentos que as redes de computadores suportam, sendo desde pequenas redes locais até grandes redes corporativas, este objetivo é fundamental para todo aluno iniciante ou não dentro do estudo das redes de computadores. O 2º objetivo é o de conhecer a fundo os principais elementos de rede tais como os servidores e sistemas operacionais de rede, assim como saber quais topologias sobreviveram à evolução da tecnologia de redes APRESENTAÇÃO www.esab.edu.br 6 e quais arquiteturas definem as atuais redes de dados, ter uma clara ideia entre o modelo de referência OSI e o modelo totalmente funcional, o modelo TCP/IP considerado o motor da Internet. O nosso último objetivo é fornecer ao aluno uma sólida base sobre o conceito de protocolos de redes, pois sem eles o mundo das redes de computadores praticamente não funcionaria, os protocolos de comunicação são essenciais para o sucesso das redes, pois o modelamento por camadas ajudou muito à evolução das mesmas, portanto, dar ao aluno um quadro completo sobre quais protocolos atuam nas diferentes camadas é o objetivo final deste módulo. Ementa Neste módulo apresentamos os conceitos gerais de uma rede de computadores, dispositivos principais tais como, servidores, clientes, switches e roteadores, sistemas operacionais de rede; princípios de telecomunicações; redes de computadores; topologia de redes; cabeamento de redes; padrões meios de transmissão de redes; o modelo de referência OSI e o modelo TCP/IP. Protocolos de redes e tipos de redes atualmente utilizadas, por exemplo, as redes cabeadas (wired networks) e as redes sem-fio (wireless networks). Sobre o Autor Engenheiro eletrônico especializado nas áreas de Teleinformática e Telecomunicações. Mestrado e Doutorado outorgados pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1998 e 2004 respectivamente. A Tese de Mestrado rendeu o Primeiro prêmio “Comandante www.esab.edu.br 7 Quandt de Telecomunicações” na TELEXPO de São Paulo em 1999. Categoria: Trabalhos Técnicos. Autor de softwares na área de engenharia de tráfego, principalmente para medir, analisar e emular o comportamento agregado de pacotes IP. Autor de vários artigos técnicos apresentados em importantes congressos a nível nacional e internacional. Boa experiência no estudo, análise, dimensionamento e implementação de projetos na área de Teleinformática. Palavras do Tutor Caros alunos, é com muita alegria que a ESAB chega até você através deste material de estudo preparado exclusivamente para você sobre uma introdução básica, porém, completa ao mundo das Redes de Computadores. Atualmente é de extrema importância conhecer os conceitos, características e elementos básicos dos quais qualquer rede de computadores está constituída, bem como, entender seu funcionamento. Na era da Internet, da interconexão globalizada, não ter estes conhecimentos básicos, mesmo que o professional não seja da área técnica, o torna quase uma pessoa analfabeta do século 21. Portanto, esta apostila, e consequentemente este módulo, tem como único objetivo de servir como um apoio presencial para a disciplina de Redes de Computadores e seu conteúdo foi pensado de forma que possa ser útil para seu aprendizado durante o curso. Nesse material você conhecerá de forma básica, mas completa, as topologias, arquiteturas, protocolos, equipamentos que compõe uma rede, além de uma aula que aborda estudos de casos práticos, para melhor absorção dos conteúdos apresentados. www.esab.edu.br 8 Para que você possa fazer um bom uso deste caderno é de fundamental importância a leitura,resolução de exercícios e acesso às referências extras apresentadas durante esse material. Desejamos assim um excelente aprendizado e que você possa utilizar e colocar em prática os conhecimentos adquiridos e relativos às redes de computadores apresentados aqui. Lembra sempre que este módulo é introdutório, mas que apresenta conceitos bem sólidos para seus futuros módulos. Não esqueça de ler constantemente esse material, acompanhar regularmente a disciplina em seu ambiente de aprendizagem, além de interagir com professores, tutores e colegas. Lembre-se, o seu sucesso depende de seu esforço e dedicação. Um grande abraço e bons estudos! Prof./Tutor Aníbal D. A. Miranda 1º Eixo Temático: Visão Geral das Redes Neste 1º eixo temático serão vistas e estudadas a história e evolução das redes de computadores interconectadas via cabo ou via ondas de rádio. • Unidade 1: Visão Geral das Redes de Computadores • Unidade 2: Tipos de Redes (Wired Networks) • Unidade 3: Redes sem Fio (Wireless Networks) • Unidade 4: Classificação das Redes Quanto a Hierarquia • Unidade 5: Principais Componentes de uma Rede Será apresentado de forma clara a evolução das redes, os tipos de tecnologia e qual delas sobreviveu até os dias atuais. Essa mesma tecnologia pode ser encontrada tanto em redes conectadas por cabo como por outros médios não físicos. www.esab.edu.br 9 Introdução Por que o uso das redes de computadores? Tanto as pessoas comuns como as empresas estão sempre em busca de uma melhoria na comunicação interpessoal, isto é, entre pessoas, amigos e no caso de negócios empresariais, clientes e fornecedores. Agilizar essa comunicação é um dos principais fatores de sucesso. E a tecnologia de redes é, certamente, um dos melhores caminhos para que isso aconteça e de fato está acontecendo. O sistema de comunicação, que é usado para trocar as informações entre todos os computadores e dispositivos conectados a uma rede de comunicação, é formando por um arranjo topológico ligando vários módulos processadores por meio de enlaces físicos e não físicos (meios de transmissão). Ao utilizar toda essa infraestrutura, uma série de fatores precisa ser levada em conta para garantir eficiência na comunicação. Podemos citar algumas delas: custo, taxas de transmissão, facilidade de acesso, padronização, segurança e portabilidade. Padronização: É a capacidade de todos os componentes de rede tanto de hardware como de software, de diferentes marcas interagir entre si, garantindo interoperabilidade. A padronização quase sempre indica que o usuário da tecnologia poderá adquiri-la a um custo mais baixo. Portabilidade: É quando você ou a empresa podem substituir seus dispositivos de rede, coexistindo, os novos equipamentos (ou softwares), com tecnologias mais antigas. www.esab.edu.br 10 As redes de computadores existem para atender às demandas das Aplicações Comerciais, das Aplicações Domésticas e dos Usuários Móveis. Nas aplicações comerciais as redes são utilizadas principalmente para compartilhar recursos, como impressoras, arquivos e conexão com a Internet. Por que as pessoas compram computadores para usar em casa? No início, para processamento de textos e jogos; porém, nos últimos anos, esse quadro mudou substancialmente. Talvez agora a maior motivação seja o acesso à Internet. Alguns dos usos mais populares da Internet para usuários domésticos são: acesso a informações remotas, comunicação entre pessoas, entretenimento interativo e comércio eletrônico. (TANEMBAUM, 2003). Por fim, os usuários móveis, que utilizam seus celulares e notebooks para comunicação com fins domésticos ou comerciais. Histórico As redes de computadores surgiram e evoluíram com a crescente necessidade de compartilhamento dos recursos computacionais e de informação nas empresas. As primeiras redes eram de pequeno porte, com poucos computadores interligados. Registra-se que um dos primeiros sistemas integrados de computadores começou a funcionar comercialmente nos Estados Unidos em 1964, para utilização nos serviços de reservas de passagens de companhias aéreas. Essas primeiras redes utilizavam soluções patenteadas de um único fabricante (PINHEIRO, 2003). Na década de 1970 houve a primeira iniciativa para a implantação de uma rede de computadores de fabricantes diferentes. Naquela oportunidade, um grupo formado por empresas e entidades de padronização deu início ao movimento em direção ao que www.esab.edu.br 11 chamamos de protocolos abertos, ou seja, protocolos que não favoreciam uma única solução. Desenho original (feito à mão) por Robert Metcalfe (co-inventor da tecnologia Ethernet) apresentado na National Computer Conference em 1976. No início da década de 1980, as empresa de tecnologia Digital, Intel e Xerox se uniram e lançaram no mercado o padrão que veio impulsionar definitivamente o desenvolvimento das redes de computadores: o padrão Ethernet (PINHEIRO, 2003). As redes Ethernet ou redes de arquitetura Ethernet são predominantes no mercado atual, com cerca de 90% do parque instalado ao redor do mundo. O sucesso se deu devido à padronização dos componentes que nelas são utilizados, garantindo altas taxas de transmissão e baixo custo. www.esab.edu.br 12 Diferentes diagramas esquemáticos que representam à tecnologia Ethernet atual Definição de Redes de Computadores A fusão dos computadores e das comunicações e telecomunicações influenciaram diretamente na forma como os computadores são atualmente organizados. O modelo de um único computador realizando todas as tarefas requeridas não existe mais e está sendo substituído pelas Redes de Computadores, nas quais os trabalhos são realizados por vários computadores separados, interconectados por alguma via de comunicação. Independentemente do tamanho e do grau de complexidade, o objetivo básico de uma rede é garantir que todos os recursos disponíveis sejam compartilhados rapidamente, com segurança e de forma confiável. Para tanto, uma rede de computadores deve www.esab.edu.br 13 possuir regras básicas e mecanismos capazes de garantir o transporte seguro das informações entre os elementos constituintes (PINHEIRO, 2003). Uma rede de computadores vai muito além de uma simples conexão de cabos e placas de rede. Há necessidade de uma série de protocolos para regular a comunicação entre todos os níveis, desde o programa que está sendo utilizado até o tipo de cabo instalado. Protocolo: são regras de padronização de procedimentos de modo que haja uma comunicação eficaz entre emissor e receptor. Por exemplo, ao conversar com uma pessoa usando a língua inglesa, é necessário que a outra pessoa compreenda a mesma língua. Assim, você estabelece que seu protocolo de comunicação verbal seja a língua inglesa. Todos os computadores se comunicam entre si através de protocolos. Diversos recursos sendo compartilhados através de uma rede Ethernet www.esab.edu.br 14 Infraestrutura Básica de uma Rede Uma infraestrutura é o conjunto de equipamentos, de meios físicos de transmissão e de sistemas de gerenciamento de rede que formam as redes de comunicação entre todos os computadores. Os dados são trocados com maior velocidade do que na época que ainda não existia essa rede de comunicação. Essa facilidade possibilitou que o comércio, economia, política, entre outros ramos, pudessem evoluir com maior velocidade e dessa forma interagir entre eles om um grau de facilidade maior. Uma infraestrutura de rede, baseia-se na disposição de uma rede de cabos que suporte qualquer equipamento de rede e telecomunicações. Todos os sistemas que conduzam informações dentro dos edifícios, tais como, voz, dados, imagem, segurança, etc. podem ser facilmente redirecionados, no sentido de prover um caminho de transmissão entre quaisquer pontos desta rede, através do cabeamento estruturado. Exemplo de um meio físico:Placa de rede Ethernet dos anos 90’s com dois tipos de conectores tanto para 10BASE2 (cabo coaxial) e 10BASE-T (cabo de par trançado RJ-45) www.esab.edu.br 15 Cabeamento estruturado: É um conceito que redefine a forma como os cabos de dados são utilizados nas empresas e nas residências. Tem como objetivo criar uma padronização do cabeamento dentro de edificações comerciais e residenciais, independente das aplicações. Este sistema, mantem a rede física organizada, com o uso de conectores e cabos com desempenho satisfatório para o fim a que se aplica. Seu layout permite a instalação de equipamentos como servidores, computadores e demais acessórios de rede com alto grau de organização e confiabilidade. Layout: É uma palavra inglesa, muitas vezes usada na forma portuguesa “leiaute”, que significa plano, arranjo, esquema, design, projeto. Surgimento das Redes de Computadores Instituídas durante a década de 60, as primeiras redes de computadores tinham o propósito de trocar dados entre dois computadores. O cartão perfurado era o meio utilizado para armazenar dados, sendo que o mesmo se constituía como uma forma demorada e trabalhosa de transportar grandes quantidades de informações. No período entre 1970 e 1973, com a criação da Arpanet (Advanced Research Projects Agency Network), foi possível a criação de uma rede para interligação entre universidades, instituições militares e empresas. Os hardwares utilizados nessa época eram os mainframes, caracterizados por um poder de processamento www.esab.edu.br 16 baixo e com preços elevados. Serviços tais como o correio eletrônico (e-Mail), transferência de arquivos com o FTP (File Tranfer Protocol), e o serviço de sistema de gerenciamento de nomes hierárquico e distribuído para computadores como o DNS (Domain Name System), foram criados, permitindo aos usuários realizar diferentes tipos de tarefas. Esses recursos serviram de base para o que se tem hoje. Com a evolução crescente dos meios de comunicação e as tecnologias, a década de 90 ficou caracterizada com a expansão do acesso à Internet. Neste caso, redes dos mais variados tipos ganharam seu espaço no mercado. O padrão Ethernet popularizou- se e espalhou-se, sendo utilizado com frequência na construção de redes locais de computadores LANs (Local Area Networks). Neste período, o acesso à Internet através de linha discada era uma realidade comum em empresas, pois precisava-se de um modem e uma linha telefônica, o que muitas vezes se tornava uma solução custosa. Como resposta a esta alternativa discada, surgiram as linhas de Frame Relay ou comutação de quadros, que consistia em uma conexão dedicada com velocidades de 64 Kbps. Esse tipo de conexão facilitava o acesso à Internet em computadores de uma mesma rede, pois permitia compartilhar a conexão entre os computadores da rede, além de permitir que todos estivessem permanentemente conectados. Hoje é possível montar redes através de várias possibilidades, podem ser redes cabeadas (Ethernet, fibra óptica) ou redes sem- fio (rádio, Bluetooth, Wi-Fi), ou mistas. O custo, velocidade entre outros fatores é influenciado pelas tecnologias e dispositivos empregados na construção destas redes. Neste período, o acesso à Internet através de linhas discadas era www.esab.edu.br 17 uma realidade comum em empresas, mas geralmente era feito através de uma linha telefônica, o que muitas vezes se tornava uma solução custosa. Como solução a esta alternativa discada, surgiram alguns outros serviços como o a de comutação de quadros (Frame Relay) que era uma conexão dedicada com velocidades de 64 kbps. Esse tipo de conexão facilitava o acesso à Internet em computadores de uma mesma rede, pois permitia compartilhar a conexão entre os computadores da rede, além de permitir que todos estivessem permanentemente conectados. Hoje é possível construir redes através de inúmeras possibilidades: • Redes com cabos (Wired Networks): Ethernet e de fibra óptica • Redes sem cabos (Wireless Networks): Rádio Frequência (RF), Bluetooth, Wi-Fi, etc. O custo, velocidade entre outros fatores é influenciado pelas tecnologias e dispositivos empregados na construção desta rede. As redes de computadores apesar da evolução e crescente propagação, mantém seu objetivo primordial: compartilhar recursos (tanto de hardware como software) e propiciar a troca de informações (MORIMOTO, 2008a). Bluetooth: É o nome dado à tecnologia de comunicações sem-fio que permite a transmissão de dados e arquivos (a distâncias de no máximo 10 metros) através de dispositivos como telefones celulares, notebooks, câmeras digitais, impressoras, teclados, mouses, etc., de maneira rápida e segura, onde o telefone celular é o Mestre e todos os demais dispositivos são os Escravos, esta rede assim formada recebe o nome de Piconet. Neste sentido, cada piconet tem um e somente um único dispositivo Mestre que fornece a todos os dispositivos Escravos um sinal de sincronismo www.esab.edu.br 18 (relógio) diferente e uma sequência de salto de frequência (Frequency Hopping) independentes. Exemplo de uma Piconet Esta técnica de comunicações por saltos de frequência é conhecida como comunicação por Espalhamento Espectral (Spread Spectrum). Portanto, um dispositivo Mestre Bluetooth poderá participar concorrentemente em duas ou mais piconets sem problemas, porém, não poderá ser Mestre de mais de uma piconet. Muito mais sobre estes conceitos sobre tecnologias, protocolos e dispositivos de redes nas seguintes Unidades, aqui nesta Unidade só foi dado uma visão geral, porem completa da evolução das redes de computadores. Nas seguintes Unidades serão vistas e estudadas de forma muito mais detalhada e compreensiva cada um destes tópicos. www.esab.edu.br 19 Classificação das Redes pela sua Extensão Geográfica As redes de computadores podem ser classificadas desde vários critérios (BOAVIDA & MONTEIRO 2011), tais como, débito, topologia, meios físicos que as interconectam, tecnologia de suporte, etc. Porém, a classificação mais frequente baseia-se na área geográfica ou organizacional e aí entram os termos tais como, LAN, MAN, WAN, PAN, etc. Portanto, as redes de computadores são classificadas quanto ao alcance geográfico das mesmas, sendo que diversas classificações são propostas como forma de caracterização destes tipos de redes, conforme os tópicos a seguir: • PAN: Personal Area Network (Rede de área local pessoal) • LAN: Local Area Network (Rede de área local) • MAN: Metropoiltan Area Network (Rede de área metropolitana) • WAN: Wide Area Network (Rede de área estendida) • SAN: Storage Area Network (Rede de armazenamento) Redes PAN Esta é uma relativamente nova classificação dada ás Redes, pois foi criada com o surgimento da conexão de dispositivos móveis a curtas distância separados (no máximo) uns 10 metros. Nesse sentido uma PAN (Personal Area Network) ou Rede de Área Pessoal, constitui-se de uma rede de computadores formada por www.esab.edu.br 20 dispositivos muito próximos uns dos outros. Como exemplo deste tipo de rede, pode-se citar dois notebooks em uma sala trocando informações entre si e ligados a uma impressora. Redes formadas por dispositivos (que vem com a tecnologia) Bluetooth são exemplos de uma PAN. Vale ressaltar que uma PAN constitui (normalmente) uma rede do tipo Wireless (sem fios). Exemplo simples de uma rede PAN domiciliar ou corporativa Redes LAN Uma LAN (Local Area Network), também conhecida como rede local de computadores, corresponde a uma rede que possui uma “cobertura limitada” quanto a extensão geográfica que pode atuar. www.esab.edu.br 21 Rede LAN Este tipo de rede é normalmente constituída por computadores pessoais (PCs) e notebooks conectados entre si, através de dispositivos específicos de tecnologia de rede (placas e cabos de rede, switches, roteadores, hubs, repetidores,etc.), possibilitando o compartilhamento de recursos e a troca de informação entre todos. Na figura anterior, que ilustra uma rede LAN, a nuvem pode representar diferentes dispositivos ativos da rede, como por exemplo, um simples Hub (distribuidor), uma Ponte, um Switch ou até mesmo um Roteador. Nos próximos capítulos serão estudados, com mais detalhe, cada um destes dispositivos ativos de redes. Porém, no contexto geral das atuais LANs corporativas esse dispositivo que conforma o centro da LAN é normalmente um Switch. www.esab.edu.br 22 Exemplo de uma pequena LAN (FastEthernet) Uma LAN é utilizada com frequência para conectar computadores, alguns deles operando como servidores outros como clientes, assim como também, diversos dispositivos eletrônicos (Tablets, Netbooks, Notebooks, etc.). Sua limitação geográfica faz com que as LANs sejam utilizadas nos mais diversos cenários, como por exemplo, em domicílios particulares, escolas e principalmente em corporações públicas e particulares de todo tamanho. Nas décadas dos 80 e 90, as redes LAN eram classificadas pela sua topologia física, sendo as três topologias básicas de LAN, as seguintes, 1) Topologia em Estrela (Redes ArcNet) 2) Topologia em Barramento (Redes Ethernet) 3) Topologia em Anel (Redes Token-Ring) Desses três tipos de topologias (e tecnologias) de redes de área local, muito utilizadas no passado, a única que sobreviveu (pelo menos comercialmente) até os dias de hoje, são as redes Ethernet, AnelEstrela Barramento www.esab.edu.br 23 porém, não mais utilizando a sua topologia inicial de Barramento e sim utilizando a topologia em Estrela, onde o coração da estrela é normalmente um Switch. Estas redes são amplamente utilizadas desde pequenas redes domiciliares até grandes redes corporativas e são conhecidas como redes FastEthernet com uma capacidade nominal de transmissão de dados de 100 Mbps. Redes MAN Uma rede de área metropolitana ou MAN (Metropolitan Area Network), corresponde a uma rede de computadores que compreende um espaço de média dimensão, por exemplo, a distância geográfica de uma cidade. Geralmente uma MAN está associada a interligação de várias LANs e é considerada como parte integrante (subconjunto) de uma WAN (rede que será descrita no próximo item). Rede MAN As MANs são muito utilizadas para compartilhar informação entre redes de centros públicos ou privados de uma mesma cidade. www.esab.edu.br 24 Bons exemplos de MANs são as redes criadas pelos provedores de acesso à Internet ou ISPs (Internet Service Providers). As formas de conexão a esta rede podem ser através de uma linha telefônica (dial-up) praticamente em desuso nos dias atuais, ou uma conexão de banda larga do tipo Wireless ou via cabo, por exemplo, uma linha digital de subscritor ou xDSL (Digital Subscriber Line), que como será visto mais adiante, o xDSL é uma família de tecnologias utilizadas para transmitir dados digitais sobre linhas telefônicas comuns. STORE STORE STORE INTERNET ISP Rede MAN constituída por um ISP Redes WAN Uma WAN (Wide Area Network) ou rede de longa distância, corresponde a uma rede de computadores que abrange uma grande área geográfica, como por exemplo um país, continente, ou de forma global o mundo inteiro. As WANs permitem a comunicação a longa distância, interligando redes dentro de uma grande região geográfica. Um exemplo de uma WAN é a própria Internet. www.esab.edu.br 25 Rede WAN Uma visualização melhor da hierarquia destes tipos de redes é apresentada na seguinte figura, Hierarquia dos tipos de Redes www.esab.edu.br 26 Redes SAN Uma SAN (Storage Area Network) é uma rede dedicada exclusivamente ao armazenamento de dados de uma determinada corporação. Os computadores que têm acesso à SAN possuem, por conseguinte duas interfaces de redes, uma interface específica para acessara SAN e uma segunda interface rede tradicional. Os desempenhos da SAN estão diretamente ligados ao tipo de rede utilizado. No caso de uma rede com fibra ́ óptica, por exemplo uma rede Fiber Channel, a capacidade de transferência de informação será aproximadamente de 100 Mbps a 1000 Mbps. A capacidade de armazenamento de uma SAN pode ser incrementada quase de maneira ilimitada pudendo atingir as centenas, ou mesmo milhares de Tera Bytes. Graças a este tipo de redes, é possível partilhar dados entre vários computadores da rede sem sacrificar os desempenhos, pois o tráfego SAN está completamente separado do tráfego comum da LAN. São os servidores SAN que desempenham o papel de interface entre a rede de dados (geralmente uma rede de alta capacidade de transferência) e a rede LAN dos usuários (geralmente uma FastEthernet). Com a demanda por espaço de armazenamento de dados aumentando, as redes SAN tornam-se cada vez mais uma realidade nas empresas de todos os tamanhos. Atualmente sua ascensão vem ocorrendo no mercado de SMBs (Small Medium Business), dado que até quatro ou cinco anos atrás raramente víamos redes de fibras ópticas dedicadas ao armazenamento de dados para empresas (GADELHA 2014). www.esab.edu.br 27 Exemplo de uma rede SAN Atualmente, as redes de comunicações de dados são infraestruturas essenciais à investigação, pesquisa, desenvolvimento, interação e vida quotidiana. As pessoas cada vez mais dependem das mesmas para o desenvolvimento das mais diversas atividades profissionais ou de lazer. www.esab.edu.br 28 As redes Wireless (sem-fio) constituem um segmento do mercado que se desenvolveu e vem crescendo muito nos últimos anos. Este tipo de redes são soluções normalmente aplicadas onde uma infraestrutura de cabeamento (por cobre ou fibra óptica) convencional não pode ser utilizada. A principal vantagem destas redes é justamente essa, o não uso de fios de conexão, dando maior mobilidade e flexibilidade aos usuários da mesma, sendo ideal para ambientes onde o uso de cabos é dificultoso ou simplesmente inviável. Embora, este tipo de redes tinha inicialmente sua velocidade de transmissão extremamente baixa, atualmente este tópico foi melhorado bastante pelas empresas desenvolvedoras destas tecnologias Wireless, tanto que atualmente as taxas de transmissão são elevadas tornando seu uso quase que indispensável. Rede Wireless www.esab.edu.br 29 Redes Wireless viabilizam dessa forma o atendimento de pontos de rede com a mesma eficiência e até mesmo uma melhor relação custo/benefício em relação ao sistema de cabeamento convencional nesses casos. É muito comum atualmente falar de redes Wi-Fi, este acrônimo surgiu do Hi-Fi (High Fidelity) que significa alta fidelidade em som, agora o Wi-Fi significa Wireless Fidelity, ou seja, ter alta fidelidade em conexão sem cabo. Embora algumas dúvidas e discussões ainda persistam sobre a confiabilidade e eficiência das redes sem-fio no que diz respeito à segurança na transmissão da informação, existe um consenso sobre sua fácil configuração, eficiente controle, gerenciamento de dispositivos e simplicidade para alterações do layout. A instalação de redes Wireless (e vários pontos de acesso à rede) elimina a necessidade de se instalar novos cabos, reduzindo o tempo de configuração de novas posições de trabalho e facilitam a construção de estruturas provisórias como quiosques, salas de treinamento, etc. Uma rede Wireless proporciona, dessa forma, todas as funcionalidades de uma rede com cabos, porém sem as restrições físicas do cabeamento propriamente dito. Classificação das Redes sem Fio Como visto na unidade anterior existem, pela extensão ou abrangência geográfica, diversos tipos de redes, a saber, as PAN, as LAN, as MAN, as WAN e as SAN. De todas elas a única que não utiliza (normalmente) cabos para sua correta interconexão é a PAN, portanto, está foi a primeira rede sem-fio estudada até agora. As outras redes sem-fio a seremestudadas são (MENDES, 2007), as seguintes, www.esab.edu.br 30 • WLAN: Rede de área local sem-fio é uma rede local que usa ondas de rádio para fazer uma conexão Internet ou entre redes iguais, ao contrário da rede fixa ADSL ou conexão-TV, que geralmente usa cabos. • WMAN: Rede de área metropolitana sem-fio, que é destinada principalmente a operadores de telecomunicações, por exemplo, uma rede WiMAX. • WWAN: Rede de área estendida ou de longa distância sem- fio, são comumente utilizadas para criação de redes de transmissão celular, por exemplo, redes 4G e 5G. Onde a letra W no início de cada sigla indica a palavra em inglês Wireless (Sem fio), portanto, cada versão de rede com fio, que foi estudada na Unidade anterior, possui sua contraparte sem fio. Padrões e Tecnologias Wireless Entre os vários padrões e tecnologias dentro das redes Wireless podem-se mencionar as seguintes: • IrDA - Infrared Data Association. Padrão de comunicações por luz infravermelha. • ZigBee (IEEE 802.15.4). • Bluetooth (IEEE 802.15.1): É uma tecnologia para a comunicação sem-fio entre dispositivos eletrônicos a curtas distâncias (ambiente WLAN). • Wi-Fi (IEEE 802.11): Basicamente é uma tecnologia desenvolvida para WLAN. • WiMAX (IEEE 802.16): Tecnologia desenvolvida para WWAN. • Mesh (IEEE 802.11s). De todos esses padrões e tecnologias mencionadas acima, os www.esab.edu.br 31 principais são o Bluetooth (IEEE 802.15.1), o Wi-Fi (IEEE 802.11) e o WiMAX (IEEE 802.16). Bluetooth (IEEE 802.15.1) O Bluetooth é um padrão para redes PAN, ou seja, uma rede de curta distância, portanto, esta tecnologia permite uma comunicação simples, rápida, segura e de baixo custo entre computadores, smartphones, telefones celulares, mouses, teclados, fones de ouvido, impressoras e outros dispositivos, utilizando ondas de rádio no lugar de cabos. Assim, é possível fazer com que dois ou mais dispositivos comecem a trocar informações com uma simples aproximação entre eles. A transmissão de dados é feita através de radiofrequência, permitindo que um dispositivo detecte o outro independente de suas posições, desde que estejam dentro do limite de proximidade. Para que seja possível atender aos mais variados tipos de dispositivos, o alcance máximo do Bluetooth foi dividido em três classes, a saber: 1) Classe 1: potência máxima de 100 mW com alcance de até 100 metros; 2) Classe 2: potência máxima de 2,5 mW com alcance de até 10 metros; 3) Classe 3: potência máxima de 1 mW com alcance de até 1 metro. Wi-Fi (IEEE 802.11) Com a popularização das redes Wi-Fi, o mercado ficou com dúvidas em relação ao futuro do Bluetooth, mas os dispositivos com tecnologia Bluetooth ainda se encontram em alta. O Wi-Fi, www.esab.edu.br 32 por sua vez, se mostra mais como um concorrente das tradicionais redes de computadores com fio (padrão Ethernet, em sua maioria). Com a utilização da tecnologia Wireless, soluções Wireless antigamente proibitivas ou inviáveis tecnologicamente tornam-se realidade. Os principais padrões na família IEEE 802.11 são: • IEEE 802.11a: Padrão Wi-Fi para frequência 5 GHz com capacidade teórica de 54 Mbps. • IEEE 802.11b: Padrão Wi-Fi para frequência 2,4 GHz com capacidade teórica de 11 Mbps. Este padrão utiliza DSSS (Direct Sequency Spread Spectrum) para diminuição de interferência. • IEEE 802.11g: Padrão Wi-Fi para frequência 2,4 GHz com capacidade teórica de 54 Mbps. WiMAX (IEEE 802.16) A tecnologia WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave Access) é um padrão para a o acesso (transmissão/recepção) sem-fio de alta velocidade ou banda larga ou BWA (Broadband Wireless Access), ou seja, é uma rede WWAN. O WiMAX atualmente trabalha com os padrões IEEE 802.16d e IEEE 802.16e. O 802.16d (ratificado em junho de 2004, vide IEEE Scores 802.16d) é o padrão de acesso sem-fio de banda larga fixa (WiMAX Fixo) e cujos equipamentos fizeram os testes de aderência ao padrão e de interoperabilidade no segundo semestre de 2004 e ficaram disponíveis comercialmente no primeiro semestre de 2005. O 802.16e (ratificado no final de 2004) é o padrão de acesso sem- fio de banda larga móvel, também conhecido como, WiMAX Móvel (assegurando conectividade em velocidades para os usuários de www.esab.edu.br 33 até 100 Km/h) e cujos equipamentos foram disponibilizados em 2006. O padrão 802.16d opera em faixa de frequências de 2 a 11 GHz e o 802.16e de 2 a 6 GHz. O padrão 802.16d é uma evolução do padrão anterior 802.16a homologado em janeiro de 2003 e permite um menor consumo de energia e menores CPEs (Customer Premises Equipment) como também inova na incorporação do conceito de Antena MIMO (Multiple Input and Multiple Output). O WiMAX suporta topologias ponto-multiponto e malha (Mesh). Um lado também bastante inovador nesta tecnologia é que ela opera em bandas de frequências não licenciadas (2,4 e 5,8 GHZ) e em bandas licenciadas (3,5 e 10,5 GHZ). Existe um movimento da FCC americana de buscar mais espectro de frequência a partir da reengenharia de espectro na banda da tecnologia MMDS/ITFS em 2,5 GHz buscando espaço de frequência para novos serviços incluindo o WiMAX. www.esab.edu.br 34 Exemplo de uma rede WMAN (WiMAX) Este movimento poderia ser seguido no Brasil pela Anatel. A modulação OFDM (Orthogonal Frequency-Division Multiplexing) utilizada no WiMAX pode ser utilizada para proporcionar a conexão “sem linha de visada” ou NLOS (Non-Line of Sight) entre estações base e equipamentos de clientes. WiMAX pode atingir um alcance de até 50 Kms, com taxas de dados compartilhadas de aproximadamente 75 Mbps em canalização de 20 MHz. A performance NLOS é assegurada mais fortemente quando se está mais próximo da estação base. No alcance máximo de 50 Km espera-se apenas uma performance LOS (Line of Sight). Um raio típico de BWA em NLOS varia de 5 a 8 Km. Como dito inicialmente, o WiMAX é uma solução de BWA completa para voz, dados e vídeo (Streaming) com QoS (Quality of Service) e Segurança intrínsecas. A Segurança do WiMAX suporta a autenticação com certificados X.509 e criptografia de dados utilizando DES (Data Encryption Standard). O WiMAX pode transportar IPv4, IPv6, Ethernet ou ambos simultaneamente com QoS. Praticamente com o desenvolvimento da tecnologia WiMAX no mercado Wireless, a tecnologia 4G da telefonia celular (do mundo globalizado das comunicações sem-fio) está fazendo seu ingresso. Atualmente a tecnologia Ethernet é amplamente utilizada mundialmente. Nesse sentido, a maneira de observação, temos o seguinte. Os padrões Ethernet de comunicação de dados podem ser tanto cabeados, como sem-fio. Por exemplo, redes Ethernet do tipo cabeada são os padrões 802.3 (Ethernet clássica a 10 Mbps) e 802.3u (FastEthernet a 100 Mbps). Já no caso de padrões www.esab.edu.br 35 Ethernet sem-fio, temos os seguintes padrões bastante utilizados nos dias de hoje, a saber, temos, o 802.11 (a, b, g, n), 802.15, 802.16, como vistos anteriormente. www.esab.edu.br 36 A classificação das atuais redes de computadores quanto a hierarquia refere-se ao modo como os computadores dentro de uma determinada rede se interconectam e comunicam entre si. Nesse sentido, os principais tipos de classificação quanto a hierarquia, temos dois tipos de redes, a saber, • As redes Ponto-a-Ponto ou P2P (Peer-to-Peer). • As redes Cliente/Servidor. Redes P2P Uma rede P2P normalmente é utilizada em pequenas redes. Neste tipo de redes todos os computadores são iguais para todos, isto é, nenhum tem mais prioridade que outro, daí o nome Peer-to-Peer que é Par-a-Par, ou seja, todos são de igual para igual. Nesse sentido, os computadores trocam informações entre si, compartilhando arquivos e recursos tanto de software como de hardware. Rede P2P www.esab.edu.br 37 Uma rede do tipo P2P possui algumas características pontuais: • É utilizada em pequenasredes de no máximo 15 computadores. • São de implementação fácil e de baixo custo. • Possuem pouca segurança. • Apresentam um sistema de cabeamento simples. Ao citarmos uma vantagem e uma desvantagem deste tipo de rede, podemos considerar como ponto positivo o baixo custo para implementar uma rede do tipo P2P, onde todos os computadores podem acessar diretamente todos os demais computadores e seus recursos compartilhados. Um ponto negativo neste tipo de rede está relacionado a baixa segurança que este modelo proporciona, pois neste modelo P2P todos são clientes ou servidores ao mesmo tempo, ou seja, todos têm a capacidade de acessar de forma integra (se assim um determinado computador foi configurado) aos recursos de hardware e software que um dado computador disponibiliza ao resto dos computadores da rede. Portanto, neste tipo de redes P2P não há um servidor de propósito específico que os armazene e sim todos os computadores usuários que ao mesmo tempo que fazem uso de arquivos, os disponibilizam para que outros busquem arquivos em sua máquina. Claramente nesse tipo de redes cada computador funciona como servidor e cliente ao mesmo tempo. Redes P2P por Hardware Estas são as redes que são utilizadas em pequenas corporações de no máximo 15 computadores ou redes domiciliares, neste caso www.esab.edu.br 38 o acesso aos recursos de hardware e software de uma máquina a outra pode ser total ou parcial, depende de como foi configurado cada um dos computadores dessa rede. Redes P2P por Software Se você já utilizou softwares, tais como o Napster, Kazaa, eMule, LimeWire, Shareaza, BitTorrent entre muitos outros do gênero para intercambiar arquivos (de música, de dados, binários, etc.), então, você esteve conectado a uma rede P2P por software. Portanto, para fazer parte de uma rede P2P mundial basta instalar o software (aplicativo) que possibilita o compartilhamento de recursos da máquina local para com o resto do mundo. Uma das vantagens de uso de redes P2P é a possibilidade de vasculhar o hardware e software de um número elevado de usuários conectados, chegando a alguns milhões. É importante ressaltar que seus arquivos (desde que configurados para este propósito) ficarão disponíveis para download, sendo necessário criptografar seus dados confidenciais para evitar uma exposição desnecessária. Entre as redes já supracitadas ainda existem uma vasta gama de outras que operam no mesmo sistema de compartilhamento. Aos usuários de redes P2P (sobre todo por software) é bom lembrar de manter um bom antivírus, pois nunca se sabe se a origem do arquivo trazido é confiável. Outro fator importante é que grande parte do conteúdo disponibilizado é ilegal, podendo gerar punições por parte dos detentores de seus direitos autorais. Nas redes P2P os pares (Clientes) se conectam e trocam informações diretamente, sem a intervenção de um servidor. Exemplos clássicos de aplicações que usam a arquitetura P2P www.esab.edu.br 39 são os programas de Torrent, onde diversos usuários ficam trocando arquivos entre si. Outro exemplo são programas de Voz sobre IP ou VoIP (Voice over IP), tais como o Skype (o antigo Messenger da Microsoft). Nesse tipo de arquitetura, não há garantia que vai sempre ter um sistema final funcionando como servidor. Pode ocorrer de outras máquinas (usuários comuns) desligarem e você não receber dados de ninguém. Redes Cliente/Servidor Uma rede de computadores do tipo Cliente/Servidor possui um ou mais servidores, responsáveis por prover serviços de rede aos demais computadores conectados a ele que são chamados clientes. Cada cliente (computador que compõe este tipo de rede) que deseja acessar um determinado serviço ou recurso faz essa solicitação ao servidor da rede, por isso o nome Cliente/Servidor. Esse tipo de rede surgiu da necessidade de criar uma estrutura que centralizasse o processamento em um computador central da rede (no caso o servidor, com recursos de hardware preparados para tal processamento). Como exemplos de serviços de rede que um servidor pode executar estão: servidor de aplicativos, serviço de impressão, hospedagem de sites, servidor de e-mail, servidor de arquivos, entre outros. Os computadores clientes, também chamados de “nós” em uma rede de computadores, são as estações de trabalho ou desktops. Os computadores clientes são utilizados pelos usuários que acessam as informações armazenadas no servidor e executam aplicações locais. www.esab.edu.br 40 Rede Cliente/Servidor Como características deste tipo de rede podemos citar: • Maior custo e implementação mais complexa que uma rede do tipo P2P. • Existência de pelo menos um servidor da rede. • Redes do tipo Cliente/Servidor, apresentam uma estrutura de segurança melhorada, pois as informações encontram- se centralizadas no servidor, o que facilita o controle e o gerenciamento dos mesmos. • Neste tipo de rede não há tolerância a falhas (como existe em um sistema descentralizado) haja vista um único sistema centralizado de informações (servidor). • Um servidor de rede é um computador projetado (hardware) para suportar a execução de várias tarefas que exigem bastante do hardware, tais como, o uso do disco(s) rígido(s) e processador(es), diferentemente de uma estação de trabalho (cliente), que não possui características para www.esab.edu.br 41 realizar o trabalho de um servidor (quando falamos puramente do hardware necessário a um computador servidor). • No contexto do software para servidores, deve prover serviços usuais para atender os clientes da rede: autenticação, compartilhamento de recursos, entre outros. Portanto, como o nome diz, o servidor serve para simplesmente ‘servir’, ou seja, atender alguma requisição de algum Cliente. No caso, o servidor é um sistema final que visa prestar algum tipo de serviço para outro sistema final. A função de um servidor é, basicamente, atender aos pedidos dos clientes. Nesse sentido, é importante que o servidor esteja sempre em funcionamento e que tenha um endereço fixo na rede (chamado de IP), para ser sempre ‘encontrado’ no mesmo endereço. Já os clientes são os sistemas que vão solicitar serviços, como pedir para ver o conteúdo de um site ou receber um stream (fluxo de dados continuo) de vídeo. Os clientes não costumam ficar sempre conectados e normalmente possuem um endereço IP dinâmico (ou seja, muda a cada vez que se conecta na Internet). Exemplo clássico de uma atividade que exige uma arquitetura do tipo Cliente/Servidor, é você acessar um vídeo no site, como o youtube.com. Obviamente, o servidor deve ser capaz de dar conta de atender a vários clientes, e ao mesmo tempo, daí a necessidade de estar sempre funcionando e em endereço (IP) fixo e esses clientes não conversam e se conectam diretamente um ao outro. www.esab.edu.br 42 Toda rede de computadores é formada por diversos dispositivos ou equipamentos, para que a mesma possa funcionar corretamente e cumprir os objetivos principais para a qual foi destinada, isto é, • A troca de informações e • O compartilhamento de recursos. Sejam estes recursos de hardware ou recursos de software. Nesta unidade será feita uma abordagem inicial dos principais componentes que compõe uma rede de computadores. Portanto, uma rede de computadores sempre estará composta de diferentes dispositivos, cada um com uma função específica, com o objetivo de dar funcionalidade e organização, bem como, prover a comunicação entre os diferentes componentes da mesma. A seguir são citados os principais dispositivos de uma rede de computadores, com o intuito de conhecermos um pouco melhor os principais componentes que compõem uma rede (uma descrição completa será apresentada nas próximas Unidades) • Computadores: Equipamento utilizado pelos usuários finais para processamento das aplicações e conexão à rede. Enquadram-senesta descrição os notebooks, netbooks, computadores desktops, entre outros. • Interface de rede: Cada membro de uma rede possui uma (ou mais de uma) para poder conversar com o resto dos dispositivos, é através desta interface que um dispositivo se conecta à LAN. A interface de rede é também conhecida www.esab.edu.br 43 como a Placa de Rede, que atualmente são do tipo FastEthernet, normalmente cabeada via um cabo RJ-45 ou então é do tipo Ethernet sem-fios (placas que se comunicam via Bluetooth, ondas de rádio, etc.). Características como velocidade, modo de funcionamento e barramento de conexão, podem variar de uma interface para outra. • Hub: O nome Hub significa, algo assim como, distribuidor. É um dispositivo cuja função é interligar os computadores de uma LAN. O funcionamento do hub é bem simples, é um dispositivo que não apresenta muita inteligência, por exemplo, se uma determinada LAN tem 10 computadores com interfaces de rede FastEthernet, ou seja, todos têm (em teoria) um canal de comunicações de 100 Mbps, porem quando conectados ao Hub, os usuários ativos no Hub terão um canal de 100/n, onde n é o número de conexões ativas que utilizam o Hub em um determinado instante. Portanto, se todos os computadores estão fazendo uso do Hub, todos eles terão um canal de comunicações de só 10 Mbps. Outro ponto desfavorável dos Hubs é que eles simplesmente repassam o sinal vindo de um computador para todos os computadores ligados a ele, ou seja, geram o famoso flooding (inundação) de quadros Ethernet dentro da LAN, ocasionando um elevado número de colisões entre eles, acarretando muito tráfego. Atualmente os Hubs não são mais utilizados, eles foram substituídos pelos Switches. • Switch: O nome Switch significa um comutador. Bastante semelhante ao Hub, mas com muita mais inteligência, como o seu próprio nome indica Switch significa comutar, portanto, este dispositivo faz o papel de comutador em uma LAN, com www.esab.edu.br 44 a diferença de que recebe um sinal vindo de um computador origem e entrega este sinal somente ao computador destino. Isto é possível devido a capacidade destes equipamentos em criar um canal de comunicação exclusivo (origem/ destino). Esta prática faz com que o Switch entregue a todos os seus usuários conectados a capacidade máxima de conexão, por exemplo se for um Switch FastEthernet, todos os usuários terão a capacidade máxima de transferência de 100 Mbps quando conectados, desta maneira também as colisões entre quadros (frames) Ethernet é diminuída de forma considerável. • Bridge: O nome Bridge significa ponte. Antigamente uma Ponte servia para interconectar duas ou mais redes da mesma arquitetura. Como exemplo, podemos citar uma ponte entre uma rede cabeada e uma rede sem-fio. • Gateway: O nome Gateway significa a porta de saída. Um Gateway é um dispositivo (hardware ou software). Quando é por hardware, ele converte as mensagens de uma rede com determinados protocolos, para mensagens de outra rede com outros protocolos completamente diferentes da outra rede. Portanto, é o encarregado de transformar os dados vindos de uma determinada arquitetura de rede para outra. Um exemplo útil de um gateway é o dispositivo que permite a comunicação entre as redes de telefonia móvel (celular) com a Internet. Um Gateway por software é conhecido também como roteador. • Roteador: Dispositivo de rede que interconecta duas ou mais redes físicas e encaminha pacotes entre elas. Na arquitetura TCP/IP, é o equipamento que conecta dois redes de www.esab.edu.br 45 computadores com diferente arquitetura, por exemplo, uma Token-Ring com uma Ethernet, mas atualmente os gateways são considerados como simples roteadores, pois arquiteturas de rede, tais como ArcNet e Token Ring, não são mais utilizadas, atualmente temos, pelo menos comercialmente funcionando, a tecnologia legado das redes Ethernet, como por exemplo, as redes FastEtherent, as GigaEthernet e as 10GigaEthernet. • Pontos de Acesso (Access Points): Estes dispositivos são relativamente novos no mundo das redes de computadores. Pois, são os responsáveis por fazer a interconexão entre todos os dispositivos móveis em uma rede LAN (corporativa ou domiciliar) sem-fio. WIRED LAN ACCESS POINT ACCESS POINT ETHERNET HUB/SWITCH SWITCH ETHERNET WIRELESS LAN www.esab.edu.br 46 Exemplo de uma rede LAN tanto com fios (Wired) como sem-fios (Wireless) unidos por um Switch Uma prática comum é a interligação de um ponto de acesso a uma rede cabeada, para, por exemplo, prover acesso à Internet e a uma rede local de computadores (ALECRIM, 2004). Neste caso é muito comum se referir a esse tipo de WLAN como de rede infra estruturada, veja a anterior figura, como um exemplo deste tipo de rede. De todos os dispositivos de rede mencionados, os únicos que atualmente estão em vigência e são de muita utilidade dentro de uma LAN, MAN e WAN são os: Switches, Roteadores e os Pontos de Acesso. Servidores de Redes Basicamente um servidor, em uma rede de computadores, desempenha diversas tarefas. Uma das tarefas mais importante é a de prover diferentes serviços aos computadores, denominados clientes, que acessam estes servidores. Outras tarefas (ou serviços) oferecidos aos seus clientes são, servidor de arquivos, de aplicações, impressão, de correio eletrônico, backup, acesso remoto, entre outros tantos. Para o bom funcionamento de um servidor, que irá trabalhar com um grande número de requisições, é necessário que o mesmo possua um hardware robusto e específico para este fim, ou seja, o servidor de uma rede deve possuir uma estrutura de hardware de servidor e não de um computador comum (desktop). Atualmente, diversas empresas no mercado comercializam servidores, de diferentes tamanhos, estilos e configurações, com preços www.esab.edu.br 47 acessíveis, o que facilita a sua utilização em redes de pequeno, médio e grande porte. É importante salientar aqui que o servidor deve ser um computador preparado para exercer esta função, tanto no hardware com que é composto quanto ao software que é empregado no mesmo, ou seja, um servidor deve ter um hardware específico para suportar as atividades de servidor e deve também conter um sistema operacional que forneça à máquina capacidade de prover serviços específicos de servidores. Diversas são as vantagens de se utilizar um servidor em uma rede de computadores, a seguir são citadas algumas delas: • Centralização de serviços: Ao fazer uso de um servidor, os serviços de rede (que geralmente são muitos) ficam centralizados em um mesmo local, o que facilita a tarefa do administrador de rede. • Backup: Ao centralizar serviços de rede como um servidor de arquivos, e-mail e banco de dados, tem-se a facilidade de administrar as cópias de segurança (backup), pois todos os serviços, diretórios e arquivos estão centralizados em uma única máquina e não espalhadas por diferentes computadores em uma rede. • Acesso remoto: Um servidor pode e, geralmente, tem implementado o serviço de acesso remoto. Dessa forma, usuários podem acessar servidores de uma empresa, por exemplo, de qualquer lugar que tenha acesso à Internet, seja desde casa ou de qualquer lugar remoto, por exemplo, um café, uma praça, um aeroporto, uma biblioteca, etc., como se estivessem na mesma rede local (SILVA, 2010). www.esab.edu.br 48 Tipos de Servidores Servidores em uma rede de computadores podem executar diferentes serviços em uma mesma máquina física (computador), sendo que, dessa forma, uma única máquina pode prover diferentes serviços para os computadores conectados a essa rede. Existem, atualmente, diferentes tipos de servidores. Estes servidores são classificados conforme a tarefa que realizam, sendo os principais, listados a seguir: • Servidor de Arquivos: Tem a função de armazenar os dados que são compartilhadosentre os diferentes usuários que compõe uma rede de computadores. Entre estes dados estão o armazenamento de arquivos (texto, planilhas e gráficos). Os programas que manipulam os arquivos são instalados e executados individualmente em cada uma das máquinas, não no servidor, que neste caso é responsável por gerenciar eventuais acessos simultâneos. • Servidor de Impressão: Um servidor de impressão processa os pedidos de impressão solicitados pelos usuários da rede e gerencia a ordem de impressão em caso de pedidos simultâneos (prioridades podem ser implementadas, caso necessário). Cotas de impressão podem ser implementadas como forma de limitar a quantidade de páginas impressas por usuários. • Servidor de Aplicações: É responsável por executar aplicações Cliente/Servidor, como por exemplo, um banco de dados. Os clientes enviam pedidos ao servidor, que o processa e devolve os dados para serem exibidos em aplicações cliente. A vantagem deste tipo de serviço é que vários usuários podem utilizar uma aplicação ao mesmo tempo. www.esab.edu.br 49 • Servidor de e-Mail: Responsável pelo armazenamento, processamento de envio e recepção de mensagens eletrônicas (e-mail). • Servidor de Backup: Responsável por executar, armazenar a atualizar cópias de segurança dos dados armazenados no servidor. • Servidor WEB: Também conhecido como servidor de hospedagem, armazena as páginas dos usuários que ficarão disponíveis na Internet, para acesso pelos clientes via browsers. Vale salientar que muitas vezes um servidor WEB está ligado a outros serviços do servidor como banco de dados, servidores de aplicações server-side, entre outros. • Servidor de DNS: Estes servidores fazem a tradução dos endereços digitados nas URLs dos browsers em endereços IP e vice-versa. Este servidor exerce uma tarefa de extrema relevância para as redes de computadores, pois sem eles, cada vez que acessássemos um site, por exemplo, teríamos que digitar seu endereço IP correspondente. • Servidor Proxy: Um proxy pode exercer diferentes tipos de serviços a uma rede de computadores. Em geral um proxy está associado a cache, que nada mais é do que o armazenamento local no servidor das páginas da Internet mais visitadas. Dessa forma, cada vez que um novo usuário acessar um site já acessado anteriormente, o servidor retornará para este usuário a página armazenada no cache local do servidor, o que se torna muito mais rápido do que abrir uma nova conexão e buscar os dados novamente em um servidor externo. • Servidor de FTP: Um servidor de FTP também conhecido www.esab.edu.br 50 como protocolo de transferência de arquivos tem a função de disponibilizar aos usuários de uma rede um espaço no disco rígido, onde é possível enviar arquivos (upload) ou baixar arquivos (download), através de um endereço específico. • Servidor de Virtualização: Bastante utilizado atualmente como forma de reduzir o número de servidores físicos em uma rede de computadores, um servidor de virtualização permite a criação de várias máquinas virtuais em um mesmo computador servidor. Assim, pode-se ter em uma mesma rede, diferentes servidores separados, em um mesmo equipamento, fazendo com que dessa maneira, tenha-se uma maior eficiência em termos de energia desprendida a estes serviços, sem prejudicar as funcionalidades de vários sistemas operacionais, sendo executados em mesmo local físico (MORIMOTO, 2008b). Sistemas Operacionais de Servidores Quanto aos softwares utilizados como Sistemas Operacionais (SO) para um servidor em uma rede de computadores, tem-se diversas opções, sendo que algumas dessas soluções são pagas e outras livres em relação com seu uso, modificação e alteração. Os SOs para servidores mais utilizados em sistemas LANs são basicamente os sistemas Windows, Linux e MacOS X. Destes, o único que é livre de uso assim como realizar modificações no seu núcleo (Kernel), que é a parte mais importante de um Sistema Operacional, são os sistemas Linux em todas suas distros (distribuições). www.esab.edu.br 51 Na seguinte tabela podem ser visualizados os estes SOs para servidores, Linux/UNIX Microsoft Machintosh Slackware Windows Server 2000 Mac OS X v10.0 Cheetah Susee Windows Server 2003 Mac OS X v10.1 Puma Red Hat Windows Server 2008 Mac OS X v10.2 Jaguar Ubuntu Windows Server 2012 Mac OS X v10.3 Panther Debian Windows Server 2012 r2 Mac OS X v10.4 Tiger Fedora Windows Server 2016 Mac OS X v10.5 Leopard Mandivia Mac OS X v10.6 Snow Leopard UNIX System V Mac OS X v10.7 Lion SunOS Mac OS X v10.8 Mountain Lion Logos dos principais Sistemas Operacionais: Windows. Linux e Mac www.esab.edu.br 52 É bom lembrar que todos estes SOs de servidores podem ser utilizados tanto em redes LAN do tipo P2P como nas redes Cliente/ Servidor sem nenhum problema. Porém, nas redes P2P (por hardware) de no máximo 15 computadores, é mais comum o uso de SOs não necessariamente para servidores de rede e sim sistemas que se adaptem mais aos requisitos dessas redes, como por exemplo, uso de sistemas da Microsoft como o Windows 7/8/8.1 ou 10, estes sistemas suportam muito bem uma rede P2P. Mas nada impede, nestas redes P2P, de fazer uso dos sistemas apresentados na tabela anterior. Comente sobre a arquitetura Ethernet, e tente explicar o porquê do sucesso dela, isto é, qual o(s) motivo(s) dela ser a escolhida e predominar atualmente? SAIBA MAIS Verificar o cabeçalho Ethernet, o que difere do cabeçalho FastEthernet e GigaEthernet? DICA www.esab.edu.br 53 O que é um Front-end Processor? Qual a sua utilidade? Qual é o cenário onde este tipo de processador entra em jogo? Ele pode ser considerado um servidor de rede? ESTUDO COMPLEMENTAR Qual você acha que é o Sistema Operacional mais adequado para uma rede de computadores? PARA SUA REFLEXÃO www.esab.edu.br 54 RESUMO E é dessa forma caro aluno que concluímos o nosso primeiro ob- jetivo deste módulo, ou seja, temos passado uma ideia clara so- bre a história da evolução das redes de computadores, desde seus primórdios, essa evolução gerou vários tipos de arquitetu- ras de redes que ao longo dos anos, por sua simpleza, veio a prevalecer só uma, a saber, a arquitetura Ethernet, e baseada nesta arquitetura que muitos dos dispositivos de rede são de- senvolvidos e estão funcionando atualmente em todo tipo de re- des, sejam estas pequenas redes locais até grandes redes cor- porativas. Portanto, este nosso primeiro objetivo é fundamental para quem está se iniciando (ou não) no campo das redes de computadores. www.esab.edu.br 55 APRESENTAÇÃO 2º Eixo Temático: Topologias e Arquiteturas das Redes Neste 2º eixo temático, serão vistas as diferentes topologias e arquiteturas que as redes de computadores tiveram ao longo dos anos e a topologia e arquitetura que prevalece atualmente. • Unidade 6: Principais Conceitos das Redes de Computadores • Unidade 7: Topologias de Redes de Computadores • Unidade 8: Arquitetura de Redes de Computadores (O Modelo OSI) • Unidade 9 :O Modelo TCP/IP • Unidade 10: Protocolos de Redes de Computadores Será apresentado um resumo completo sobre os tipos de topologias e arquiteturas existentes e que ainda existem, além de mostrar as características importantes das redes de computadores. www.esab.edu.br 56 Alguns dos principais conceitos das redes de computadores serão revisados e estudados, com o único intuito de entender de forma clara como os computadores (dentro de uma rede local ou remota) podem se comunicar uns com os outros. Qual é a mágica por traz desta comunicação. Nesse sentido, a seguir apresentamos a nomenclatura e quais suas funcionalidades dentro do contexto das redes de computadores. Protocolo Um protocolo de comunicações entre computadores é basicamente um conjunto de regras e convenções que definem a comunicação entreos dispositivos da rede. Um dos protocolos mais conhecidos de rede de computadores e da própria Internet é o protocolo TCP/ IP. Modelo OSI Este modelo OSI (Open System Interconnection) é também conhecido como o modelo de referência OSI, criado pela ISO (International System Organization), tem como principal objetivo ser um modelo padrão para protocolos de comunicação entre diversos tipos de sistema, garantindo a comunicação fim-a-fim (end-to-end) (CANALTECH). O Modelo OSI é composto por 7 camadas, sendo que cada uma delas realizam determinadas www.esab.edu.br 57 funções. As camadas são: Aplicação (Application), Apresentação (Presentation), Sessão (Session), Transporte (Transport), Rede (Network), Dados (Data Link) e finalmente a camada Física (Physical). TCP/IP Devido à extrema complexidade do modelo de referência OSI, temos o protocolo TCP/IP, que segue em grande parte as recomendações do modelo OSI, mas não de forma tão complexa, pode-se dizer que o modelo TCP/IP é um modelo OSI muito mais simples, pois em lugar de ter 7 camadas, ele possui somente 4, a saber, a camada de Aplicação, a de Transporte (TCP), a de Rede (IP) e a camada Física. Como pode ser observado, o modelo TCP/ IP é a junção de dois protocolos de camadas diferentes, o TCP e o IP. O protocolo TCP (Transmission Control Protocol) é o protocolo padrão que define o serviço de circuito virtual da camada de transporte da arquitetura TCP/IP. Já o protocolo IP (Internet Protocol) é o protocolo padrão que define o serviço de entrega não confiável e não orientado à conexão da camada de rede do TCP/IP. Vale mencionar que o modelo TCP/IP é op motor de funcionamento da Internet e a confiabilidade de qualquer conexão TCP/IP é dada pelo protocolo de transporte TCP. Endereço IP Um endereço IP é um identificador (número) de um dispositivo pertencente a uma rede de computadores. Também conhecido como endereço lógico do computador (ou dispositivo) em questão, pode conter endereços reservados, que são utilizados de forma www.esab.edu.br 58 privada ou particular dentro de uma rede local, neste caso esses IP internos de uma rede LAN são conhecidos como endereços IP não-roteáveis, porém, eles podem se comunicar de forma interna dentro da LAN e também podem ter acessa à Internet, o acesso à Internet desde um IP não-roteável é feito através do uso do protocolo NAT (Network Address Translation) que é o encarregado de traduzir o endereço IP interno (ou privado da LAN) em um endereço IP válido, este endereço IP válido é entregado à empresa pelo ISP local, ou caso seja uma corporação governamental, esse IP (ou conjunto de IPs) válidos são dados pela IANA (Internet Assigned Numbers Authority) que como o nome indica é o órgão da Internet que designa endereços IP válidos, ou seja, números IP roteáveis. Atualmente existem em vigência duas versões de endereços IP, uma é a versão IPv4 (IP versão 4) que é a mais conhecida com 32 bits de comprimento e a versão IPv6 (IP versão 6) tendo 128 bits de comprimento. A tendência atual é praticamente trabalhar única e exclusivamente com endereços IPv6, ou seja, de forma gradual ir eliminando o IPv4 em detrimento do IPv6, pois com 128 bits temos praticamente uma quantidade absurdamente imensa de endereços IP disponíveis para todo mundo, além de ser muito mais seguro e fornecer uma QoS (Quality of Service), ou seja, uma qualidade de serviços superior se comparada com o IPv4. E é com o IPv6 que surgiu o conceito de IoT (Internet of Things), isto é, a Internet das Coisas. Damos exemplos de um endereço IPv4 e um IPv6, www.esab.edu.br 59 Endereço IPv4: 189.34.242.229 Endereço IPv6: D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF Vale lembrar que o endereço IPv6 está escrito em nomenclatura hexadecimal e só para ter uma ideia da quantidade de computadores que uma e outra versão suportam, temos para o IPv4 com 32 bits o valor, 232 = 4.294.967.296, ou seja, temos um pouco mais de 4 bilhões de computadores, agora para o IPv6 o valor é simplesmente astronômico, pois, 2128 = 340.282.366.920.938.463.463.374.607.4 31.768.211.456 Como pode ser evidenciado, é um número astronómico! Atualmente a Internet está operando de forma paralela com as duas versões, foi dito que o ano de 2014 ia ser o ano só do IPv6, mas ainda alguns ajustes são necessários para este propósito, porém a Internet das Coisas está logo aí usufruindo do melhor que o IPv6 pode oferecer para todos seus usuários. Endereço MAC Um endereço MAC (Media Access Control) também conhecido como endereço físico, é atribuído a cada interface de rede fabricada, em teoria, esse endereço MAC deveria ser único no mundo, atualmente, pelo menos comercialmente, somente são utilizados endereços MAC do tipo Ethernet, e estes endereços são dados por 48 bits de comprimento, ou seja, 6 Bytes de comprimento. Por exemplo. Um típico endereço MAC é dado na nomenclatura hexadecimal da seguinte forma, 00-0C-6E-3C-D1-6D ou, também, pode ser representado assim, 00:1B:44:11:3A:B7, ou seja, 6 grupos de 2 números hexadecimais separados por dois pontos. Portanto, um endereço MAC é um endereço físico único no mundo, www.esab.edu.br 60 que é associado às interfaces de comunicação utilizadas em dispositivos de rede. O endereço MAC é conhecido como endereço físico, pois o grupo de 48 bits, que identifica dita placa de rede, é gravado em hardware pelos fabricantes de placas, tornando-se posteriormente, parte de equipamentos como computadores, roteadores, smartphones, tablets, impressoras de rede e outros dispositivos que fazem uso de uma interconexão em rede. Existe uma padronização dos endereços MAC administrada pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) que define que os três primeiros Bytes (veja a seguinte figura), chamados OUI (Organizationally Unique Identifier), são destinados à identificação do fabricante, eles são fornecidos pela própria IEEE. Os três últimos Bytes são definidos pelo fabricante, sendo este responsável pelo controle da numeração de cada placa que produz (TYSON, 2009). Apesar de ser único e gravado em hardware, o endereço MAC, em certas ocasiões, pode ser alterado através de técnicas específicas (por software). Endereço MAC padrão www.esab.edu.br 61 Já foram apresentadas de forma rápida as principais topologias de redes que já foram amplamente utilizadas e as que atualmente continuam prestando serviços corporativos e domésticos. Nesta unidade além de apresentar de forma mais detalhada essas topologias, também serão apresentadas as suas classificações e as principais características relacionadas a essas topologias, suas vantagens e desvantagens. Uma topologia de rede tem o objetivo de descrever como é estruturada uma rede de computadores, tanto fisicamente como logicamente. A topologia física demonstra como os computadores estão dispersos na rede, ou seja, é a aparência física da rede. Já a topologia lógica demonstra como os dados (quadros Ethernet) trafegam através dos cabos da rede, ou seja, a topologia lógica tem a ver com o fluxo de dados entre os diversos computadores que compõem a mesma. Topologias de Rede Etimologicamente a palavra topologia deriva do grego, Topos = forma e Logos = estudo (ou tratado), portanto, concluímos que a palavra topologia significa o estudo (ou tratado) das formas (ou estruturas) e como as partes se relacionam com o todo. Essa palavra tem muito uso em várias áreas da Ciência, sobre todo na matemática que estuda os espaços topológicos que se subdividem em Topologia Geral, Topologia Algébrica e Teoria das Variedades. www.esab.edu.br 62 Muito embora todos esses conceitos (sobre topologia) sejam muito próximos um do outro na matemática, aqui não falaremos a respeito desses conceitos matemáticos, mas sim sobre a definição que se aplicana área das redes de computadores. Nesse sentido, a topologia de uma rede descreve como é a configuração da forma física (Layout) do meio através do qual os bits de informação (quadros Ethernet) viajaram de um ponto a outro da rede, e também como os dispositivos estão conectados uns com outros. Há várias formas nas quais se pode organizar as conexões entre cada um dos computadores dentro de uma rede. No entanto, devemos enfatizar que existem duas topologias em uma mesma rede, que são, 1) A topologia física 2) A topologia lógica Estas duas topologias podem ou não ser iguais. Possuir uma topologia física e lógica é fundamental na construção de qualquer sistema de comunicação. A topologia de uma rede de comunicação será capaz (muitas vezes) de caracterizar seu tipo, eficiência e velocidade. A topologia física refere-se à forma com que os enlaces físicos e os nós de comunicação estão organizados, determinando os caminhos físicos existentes e utilizáveis entre quaisquer pares de estações conectadas a essa rede. O “layout físico” constitui o meio de conexão dos dispositivos na rede, ou seja, a forma de como estes estão conectados. A topologia lógica refere-se ao modo como as estações da rede vão se comunicar entre elas, de tal forma de fazer o percurso do fluxo das mensagens. As topologias lógica e física de uma rede podem ser iguais ou diferentes. www.esab.edu.br 63 Por exemplo, redes que tinham a sua topologia lógica diferente da sua topologia física eram as famosas redes Token-Ring (IEEE 802.5) proprietárias da IBM. Rede Token-Ring: (a) Topologia física (Estrela), (b) Topologia Lógica (Anel) Esta tecnologia de rede utilizava uma topologia física em estrela, com as estações sendo ligadas a dispositivos centrais, denominados de MAU (Multistation Access Unit), através de cabos de par trançado. Portanto, a topologia física era de uma estrela, mas a topologia lógica era de um anel, pois os dados iam de ponto a ponto, isto é, de estação em estação, contornando toda a rede até voltar ao ponto de partida. Outro exemplo de redes com topologias física e lógicas diferentes são as atuais redes FastEthernet, estas redes apresentam uma topologia física em estrela, mas a sua topologia lógica é de barramento, desta forma a tecnologia Ethernet conseguiu minimizar enormemente o grau de colisões de quadros Ethernet que ocorriam nas antigas redes Ethernet onde tanto a topologia física e lógica eram de barramento. Portanto, para minimizar este problema foi escolhido esta solução de modificar a www.esab.edu.br 64 topologia física de barramento para estrela, onde o centro da estrela deve de ser indiscutivelmente um Switch e não um Hub (Porquê?). A topologia de uma rede depende do projeto das operações, da confiabilidade e do seu custo operacional. Ao se planejar uma rede, muitos fatores devem ser considerados, mas o tipo de participação dos nodos é um dos mais importantes. Um nodo pode ser fonte ou usuário de recursos, ou uma combinação de ambos. Exemplos de topologias de Redes Como visto no estudo teórico desta Unidade assim como na Unidade 2, a topologia de uma rede pode ter diferentes classificações. As principais são: • Anel. • Barramento. • Estrela. • Grafos. • Árvore. • Totalmente conectada. • Híbrida. www.esab.edu.br 65 De todas elas, as mais importantes topologias foram a de Anel, Barramento e Estrela, exemplos da década dos 70, 80 e 90 destas redes temos, na topologia em Anel as redes Token-Ring (IEEE 802.5) proprietárias da IBM, excelentes redes com um bom desempenho, mas muito complexas, por esse motivo esta tecnologia não evoluiu. Na topologia em Estrela tínhamos às redes ARCNet, apesar de completamente obsoletas, muitos dos conceitos usados nas redes ARCnet foram usados para estabelecer os padrões atuais de rede e com a topologia em barramento (Bus) tínhamos às redes Ethernet clássicas (IEEE 802.3) operando a 10 Mbps com cabos coaxiais finos. Topologias físicas de rede: (a) Barramento, (b) Anel Topologia física em Estrela (exemplo de uma FastEthernet atual) Dessas três tecnologias apresentadas, a que conseguiu sobreviver www.esab.edu.br 66 até os dias de hoje é a tecnologia Ethernet com algumas modificações, sendo a mais substancial a sua capacidade de transmissão de dados que foi de 10 Mbps para 100 Mbps (com as FastEthernet) para LAN e para 1 e 10 GigaEthernet para LAN/ MAN. A seguinte tabela mostra as vantagens e desvantagens destas três topologias [Silva, 2010], Topologia Vantagens Desvantagens Barramento Simples e fácil de instalar, pois requer menos cabos. Fácil de entender a estrutura da rede. A rede fica mais lenta em períodos de uso intenso. Às vezes, os problemas são difíceis de isolar. Anel Razoavelmente fácil de instalar, requer menos cabos. Desempenho uniforme. Se uma estação para, então todas as outras também param, mas é fácil de isolar o problema. Estrela É mais tolerante a falhas, fácil de instalar novos usuários,tem monitoramento centralizado. Custo de instalação maior, pois recebe mais cabos. As grandes redes LAN corporativas possuem, pelo geral, uma estrutura híbrida, por exemplo, temos a seguinte figura que apresenta uma LAN de uma determinada empresa de porte médio que apresenta quatro departamentos, podem ser o departamento de engenharia, finanças, marketing e de gerencia. www.esab.edu.br 67 Rede LAN corporativa misturando várias arquiteturas físicas de rede Nessa figura temos duas redes com topologia em Estrela, uma rede com topologia em Barramento e uma rede com topologia em Anel, todas elas se comunicam através de um dispositivo central, neste caso o dispositivo central é um roteador (Porquê?). Para responder esta pergunta, basta lembrar o que é um Gateway por software, neste caso o gateway dessa rede é um roteador, pois ele é o responsável de fazer a conversão dos protocolos de comunicações de uma rede com topologia em anel para uma com topologia em barramento ou para uma rede com topologia em estrela, portanto, para o correto funcionamento dessa rede o uso de um roteador central é fundamental. Atualmente as tecnologias das redes em barramento e estrela não são mais funcionais, ficando só as redes FastEthernet como únicas redes corporativas. Lembrando que as redes FastEthernet tem uma topologia física em estrela e uma topologia lógica de barramento. A seguinte figura mostra uma rede corporativa www.esab.edu.br 68 constituída por três redes FastEthernet, elas foram criadas pela colocação de um roteador central, caso o roteador fosse outro Switch a rede corporativa seria somente uma e não três (Porque?). Exemplo de uma rede corporativa atual utilizando a tecnologia FastEthernet www.esab.edu.br 69 O Modelo de Referência OSI da ISO Como brevemente explicado na Unidade 7, o modelo de referência OSI da ISO (ambas as siglas já foram definidas naquela mesma Unidade 7) não determina uma arquitetura de rede específica, apenas define um modelo ou padrão que pode ser seguido para a construção de uma arquitetura de rede. A importância da discussão do modelo de referência OSI está, principalmente, na forma como os conceitos estão organizados em camadas com funções bem definidas. Entender o modelo OSI significa compreender o desafio envolvido na comunicação entre computadores com visão de diferentes níveis ou camadas de abstrações envolvidas. Portanto, a Organização Internacional para a Padronização foi a instituição responsável pela implantação de um modelo geral e uniforme para a correta interconexão de sistemas, que foi denominado como o Modelo de Referência para a Interconexão de Sistemas Abertos, ou de forma simplificada, o modelo OSI. O objetivo principal do modelo OSI é proporcionar uma base para a coordenação do desenvolvimento de padrões relativos à interconexão de sistemas de maneira flexível
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