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ALQUIMIA CONSCIENCIAL Hélio Couto ALQUIMIA CONSCIENCIAL 1a edição – EPUB São Paulo, abril 2018 Linear B Editora Rua dos Pinheiros, 1076 cj 52 • Pinheiros CEP 05422-002 – São Paulo – SP – Brasil Tel 011 3812-3112 e 3812-2817 www.linearb.com.br *** ALQUIMIA CONSCIENCIAL *** © Hélio Couto Obra registrada na Biblioteca Nacional 1a edição – EPUB: abril 2018 *** Revisão Camila Cotrim Capa Carlos Clémen Edição Linear B Editora Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP C871 Couto, Hélio Alquimia consciencial / Hélio Couto. – São Paulo: Linear B Editora, 2018. (Coleção Metafísica) 272 p. EPUB. eISBN 978-85-5538-085-3 1. Metafísica. 2. Mecânica Quântica. 3. Harmonia Cósmica. 4. Ressonância Harmônica. 5. Desenvolvimento Pessoal. 6. Alquimia. 7. Consciência. 8. Prosperidade. I. Título. II. Série. III. Calcinatio. IV. Solutio. V. Coagulatio. VI. Mortificatio. VII. Coletivo Alquímico. VIII. Separatio, coniunction e o andrógino. IX. Pedra Filosofal. X. Alquimia: instrumento para a prosperidade. MCDU 111 CDD 110 Catalogação elaborada por Regina Simão Paulino – CRB-6-1154 Apresentação do tema Neste livro falaremos sobre Alquimia Consciencial. Este tema requereu um livro específico e será tratado com exaustão em virtude da atenção e importância que deve ser dada a este assunto. Em virtude disso se tentará sanar todas as dúvidas, no intuito de ficar documentado para que todas as pessoas tenham acesso a essas informações. Para que este livro seja bem aproveitado e absorvido, aconselho, não se apegue a qualquer crença ou religião. Boa Leitura e aprendizado. Introdução A Alquimia promove uma transformação transcendental na pessoa que entende realmente os objetivos psicológicos embutidos nos procedimentos alquímicos. O salto de consciência é inevitável porque as imagens que representam a alquimia provocam uma resposta do inconsciente que se altera sem que se perceba isso. Estudar alquimia tem um profundo efeito transformador na visão de mundo. Entende-se perfeitamente o que acontece com os seres que vivem no universo. Quais as possibilidades? Como chegar na Individuação? Quais as dificuldades? Qual o mapa para chegar nisso? Quais as crenças que impedem isso? Quais as resistências no meio do caminho? E assim por diante. O fim do trajeto é o ser transformado num Ser de Luz, num Anjo da Luz, um ser Unificado com o Todo. Não haverá um só dia em que a transformação não esteja ocorrendo. Tudo passa a ter um novo significado e tudo passa a ser sagrado na existência. A Psique humana tem todos os materiais necessários para essa transformação. Basta apenas iniciar o trabalho. As imagens que Jung selecionou fazem isso. Elas ativam conteúdos inconscientes que passam a fazer parte da transformação. Essas imagens são arquetípicas. Elas mostram em que ponto da individuação a pessoa está. Mostram exatamente o que acontecerá durante os procedimentos. Portanto, não há surpresa para quem estuda isso. O que acontecerá no futuro está totalmente aberto no livro da alquimia. Não está oculto de forma alguma. Apenas é preciso ter olhos de ver. E a coragem de aceitar a realidade última. O que é a Realidade Última? Essa era a questão que os alquimistas queriam resolver. Mesmo sem ter aceleradores nucleares, eles intuíram a natureza da Realidade Última. As imagens provam isso. Eles sabiam o que estavam fazendo. O que hoje chamamos de Vácuo Quântico eles chamavam de prima matéria. O Oceano Primordial de onde tudo emerge. O Todo. Esse conhecimento era e é tão poderoso que eles o ocultaram numa linguagem metafórica. Porém, as imagens provam que eles sabiam o resultado da união com a prima matéria. Vejam a imagem da prima matéria que está no livro “Psychology and Alchemy” de Jung. http://www.christies.com/lotfinder/Lot/marolles-michel-de-1600- 1681-tableaux-du-temple-5698498-details.aspx É um desenho que exemplifica a turbulência energética do Vácuo Quântico. Podem ver isso também nos livros e DVD’s de Brian Greene sobre o tecido do cosmo. A alquimia mostra as infinitas possibilidades de transformação desta prima matéria em seres conscientes, inteligentes e amorosos. À medida que os procedimentos alquímicos são realizados e interagem entre si há um efeito sinérgico que faz borbulhar o estado de consciência. Este “cozer” da consciência pode levar muito tempo, mas chega uma hora em que as mudanças são exponenciais, da mesma forma que as guerras do século XX foram “cozidas” em fogo lento por mais de 1.500 anos. Porém, quando chegou no século XII, a coisa começou a aquecer muito. E a partir do século XVII a dinâmica tomou uma velocidade e rumo inevitáveis para desembocar no século XX. Quem estava no ano 400 DC poderia ver isso? Quem estava nos anos 1600 poderia perceber isso? Quem estava em 1900 poderia perceber isso? Não, embora todo o quebra-cabeça estivesse montado só faltando a peça final a ser encaixada. Toda a história se repete, mas não de maneira igual. Na consciência é a mesma coisa. Normalmente ela está presa num loop em que só sairá a depender de uma causa externa. Essa causa externa é “cozida” até chegar no ponto em que a pessoa enxerga de qualquer maneira. E aí sai do loop. A disposição em enxergar é a melhor coisa que se pode fazer, pois assim acelera o “cozimento” e o salto consciencial é mais fácil. E isso tudo, no final, pode ser feito com alegria, paz, harmonia e amor, mas isso só depende da decisão de cada um. Essa é a formula da http://www.christies.com/lotfinder/Lot/marolles-michel-de-1600-1681-tableaux-du-temple-5698498-details.aspx Pedra Filosofal. I. Calcinatio Vamos iniciar nosso livro de Alquimia Consciencial, com a Calcinatio, a forma como transcende-la. Primeiramente, precisamos saber que a Alquimia é uma das chaves que abrem todas as portas como Jung disse. Ele encontrou uma das chaves que abre todas as portas, na verdade são algumas chaves e alquimia é uma delas. Precisamos entender que Alquimia explica exatamente como funciona o Universo. É algo realmente impressionante a genialidade de Jung. Se vocês pensarem que uma pessoa, num planeta pequeno, na borda de uma galáxia comum, entre inúmeras galáxias deste Universo, chegar à conclusão que ele chegou, é realmente algo que está além do natural, é sobrenatural, com certeza absoluta. E estamos considerando apenas os nados que você pode obter neste planeta. Em seis mil anos de história, Jung deduziu, por raciocínio abstrato, simplesmente, as regras e leis fundamentais que regem o Universo inteiro. Isso é muito impressionante. Para entender isso, é preciso entender o que ele descobriu. Neste capítulo nos falaremos de um dos procedimentos da alquimia. Somente um pedaço do procedimento de Calcinatio. São vários e nos próximos capítulos nós iremos falando de todos eles. Para poder entender o que é Alquimia é preciso entender como que tudo começou há muito tempo atrás. É preciso fazer uma abstração e imaginar o seguinte: no início o Todo estava sozinho, não existia mais nada, somente o Todo. Existia infinita energia ondulando sozinha, uma única consciência, somente a dele, em perfeita paz, alegria e felicidade. Agora imaginemos que, como se fosse um oceano terrestre, que as ondas batem na praia e vão e vem, vão, são inúmeras ondas que chegam na praia e reflui e volta e reflui e volta e assim vai, e o oceano é o mesmo. Imagine que uma onda comece a desejar expressar-se individualmente, então tem uma onda que quer ficar na praia, ela não quer voltar para o oceano, ela que se desligar do oceano,e ter vida própria. Essa onda insiste. Isso está acontecendo dentro do Todo, já vibrando numa frequência diferente da Dele. Aí, depois de um certo tempo, o Todo resolve fazer com o que aquela onda quer e ela é emanada ou se solta na praia. Assim, agora nós temos o Todo e essa onda individual que saiu andando dentro do Todo. Saibamos que não pode ter nada fora do todo, até hoje e sempre será assim, não existe nada fora do Todo. Atualmente temos o Universo material, naquela época, no exemplo dado, não tinha nem isso. Então a onda ainda está vibrando de uma maneira diferente, mas dentro do Todo, como Jonas dentro da baleia. Até esse ponto, tudo continua na santa paz, essa onda que se tornou individual está feliz da vida. Imagine no mundo material que tenhamos um ser unicelular, que está, vamos dizer, numa placa, num microscópio para ser analisado, esse ser unicelular, nem sabe que está nesta placa. Ele tem discernimento, tem o entorno, tem o ecossistema dele, sozinho, ele está feliz da vida. Bom, neste ponto ele já tem ego, já está diferenciado, e começa a achar que está sozinho, ficando aborrecido com a situação, fica chato e começa a emanar, desejar, insistir que precisa de mais alguém para bater um papo. Bom, o Todo vendo esta necessidade da onda 1, resolve fazer a vontade dele e emana outra onda, a 2. Tão logo a onda 2 está na 1, fica feliz da vida porque naquela placa agora tem um outro ser para eles trocarem opinião, trocarem em última instancia, informação. Todo mundo crescendo, o 1 cresce, o 2 cresce, o Todo continua crescendo, que agora está ganhando informação do 1 e do 2, passando, cada um, sua experiência individual. Até aí está dando tudo certo, mas como agora nós temos o ego 1 e o ego 2 num lugar restrito, logo começam as reclamações, como morar, pensar que não está do jeito que se queria, que agora tem outro ser disputando alimento, importunando, então um já não está satisfeito. O 1 ficando insatisfeito, o 2 também fica insatisfeito. Começaram a perceber que tem pouco espaço, vocês sabem, o ego ocupa muito espaço, então quando juntou os dois numa placa, pode ser do tamanho que for, começaram a criar um clima ruim por causa da disputa entre esses dois egos. Exatamente neste instante, surgiu a calcinatio, o que é calcinatio? Em termos filosóficos, psicológicos e espirituais, esse é o objetivo final da alquimia, é uma purificação, ou uma iluminação no final de todo o trabalho. Quer dizer, o 1 e o 2 quando terminasse a história, estariam iluminados, mas isso vai levará tempo. No momento em que eles deixaram de ficar satisfeitos um com o outro ou pelo menos um deles com o outro, a calcinatio começou. Calcinatio é, literalmente, os problemas da vida de qualquer ser, desde uma célula, até o organismo mais complexo que se possa imaginar. Todos os problemas que existem, não importa o tipo, o grau, a complexidade, não importa nada disso, todos os problemas são calcinatio. Calcinatio vem da cal, que limpa, purifica. Evidentemente que isso é extremamente desconfortável para qualquer ser. Nenhum ser gosta de problemas, gosta de ter alimento, com seu meio ambiente em paz e fazer o que quer. Mas à medida que tem dois, três, quatro seres, mais problemas aparecem, mais competição aparece. É nesta interação, atrito, que há aumento da informação. Quanto mais vivencia, quanto mais atrito, quanto mais competição, mais informação é acrescentada ao Universo, então todos em última instância estão ganhando. O Todo fez tudo certo, mesmo fazendo a vontade do 1, que quer sair por aí. O Todo já sabe que depois do 1 vai aparecer o 2 e assim por diante e isso inevitavelmente fará com que apareça mais, e comecem os problemas, e mais problemas, e mais problemas de todos os tipos, jeitos e intensidades. Vocês podem ver que no nosso planeta nós estamos muito bem sortidos de problemas, então a calcinatio no planeta Terra é, simplesmente, espetacular. Logicamente que quanto mais calcinatio, mais desconfortável fica. Um gerente de vendas que não consegue fazer com que os seus vendedores vendam, ele está passando por uma calcinatio. Os vendedores que são pressionados pelo gerente para venderem estão na calcinatio. Os clientes que são pressionados pelos vendedores também estão na calcinatio. Os clientes que estão tentando arrumar mais dinheiro para comprar, calcinatio. Os que estão empregados e tem a pressão do chefe, calcinatio. Os que estão desempregados, calcinatio. Na família, calcinatio, na empresa, calcinatio, no planeta inteiro, calcinatio. Os sete bilhões e tanto no planeta Terra, calcinatio. Existe outro jeito? Existe. Chegaremos lá. Os seres humanos e qualquer ser no universo, em qualquer planeta, considera isso, dependendo do grau, insuportável, pois se mexe na zona de conforto. O 1 estava feliz da vida sozinho, na zona de conforto total, só ele, mas chegou uma hora que ele sozinho, se sentiu fora da zona de conforto, para vocês verem o que é o ego. Os humanos fazem isso muito bem com relação ao passado. Vocês já ouviram aquela história, quando se fala “como era verde a minha grama antiga”? O passado sempre vai adquirindo cores maravilhosas, o presente é uma tormenta total e o futuro é uma esperança também cor de rosa. Mas o presente, quando chegar, no futuro, o presente para de ser também uma cor muito agradável, aí o futuro passa a ser tenebroso e assim por diante, por quê? Porque sempre se está na calcinatio. Enquanto não se transcende a calcinatio, ela pode ser de infinitas maneiras, a turbulência pode ser de infinitas maneiras, os problemas infinitos. Quando os problemas são muito grandes, surge nos seres algo que se dá o nome de trauma. A pessoa acaba por ficar traumatizada por um evento qualquer da calcinatio global. Trauma é algo difícil de ser resolvido, precisa de tempo. Principalmente porque a pessoa não entende o motivo do trauma, o porquê daquilo ter acontecido. E sem entender o porquê, cria-se um círculo vicioso de raciocínio em que a pessoa não sai mais daquilo, ela fica rememorando o fato, o trauma, e cai numa vitimização. Tenta o tempo todo e não sai mais. Se a pessoa permitir, deixar, isso dura a eternidade. Tem que haver um fator externo que vá lá e tire a pessoa do trauma. Ninguém sai sozinho do buraco. Não há como puxar os próprios cabelos. Alguém tem que ajudar. Enquanto a pessoa estiver lá no fundo do poço dando voltas, não haverá saída. Existe uma coisa chamada livre arbítrio. Se a pessoa não pede ajuda, respeita-se o livre arbítrio dela, consequentemente ela ficará lá no fundo do poço, indefinidamente. O que é possível fazer é orientar, explicar, falar, motivar, ensinar, para ver se a pessoa pensa e muda o padrão de pensamentos, muda a vibração que tem. Para isso é preciso que a pessoa transcenda o trauma, transcenda a Calcinatio. Ela tem que parar de reclamar, de chorar e de lamentar. Tem que sair deste sofrimento eterno. Se alguém vem de fora e tira o sofrimento, sai de um lado e passa para outro. Não adianta trocar de lugar, o sofredor vai junto com o sofrimento. Se está chorando aqui, vai chorar aqui, se está lamentando aqui, vai lamentar ali, pode trocar o que quiser, os fatores externos não afetarão o trauma interno, o paradigma da pessoa. A lamentação, a vitimização vai onde a pessoa for. E isso não acaba, quer dizer, a calcinatio continua enquanto a pessoa estiver nesta situação. Isto é a calcinatio. Vamos a um exemplo. Um terremoto, a casa caiu, isso é a Calcinatio.Se a pessoa só fica chorando que teve terremoto, e não trabalha, não tira os escombros, não constrói tudo de novo e vai em frente, se ela ficar só se lamentando, sentada nos escombros, o terremoto na pratica continua, só não treme mais, mas os efeitos estão lá, presentes internamente. Se ela não começar de novo, isso não acabará nunca, então isto é a calcinatio. No livro de Jung tem um desenho do lobo devorando o Rei e depois tem o rei sendo queimado. O desenho do lobo devorando o rei é o exemplo típico padrão do que é uma calcinatio. Vejam bem. É o Rei, não é o lobo devorando o mendigo, o lobo devora o Rei. O rei é o mais alto cargo que se pode imaginar. Isso significa que não existe nenhum tipo de ser no universo, por mais importante que ele seja, que esteja fora da calcinatio. Mais cedo ou mais tarde, todo ser terá problemas. Por mais importante que seja ou por mais poder que tenha terá calcinatio. Vamos supor que você tenha um motorista particular e ele erra a entrada de uma rua, atrasando o seu itinerário, o que é isso? Calcinatio. Seu carro passa por cima de um prego e fura o pneu, o que que isso? Calcinatio. O garçom não serve do jeito que você gostaria, calcinatio. Um cônjuge com o outro, um atrito qualquer, irrelevante, calcinatio. Se está solteiro, sozinho, solidão, calcinatio, então consegue um relacionamento, tem um atrito, calcinatio. Se está sozinho tem calcinatio, se está junto, tem calcinatio. Se é um trilhardário tem calcinatio, o pneu fura, tem uma turbulência, o jato particular tem que desviar, o iate dá um problema no motor, mesmo que seja um iate de 500 milhões de dólares. Uma formiga que está carregando uma folha e para ir ao formigueiro, passa por cima da mesa, normalmente vem alguém, humano, olha aquilo e fim da formiga, calcinatio da formiga. A leoa que pula na jugular da zebra, calcinatio da zebra, a leoa que está passando fome por não achar uma zebra, calcinatio da leoa. Estou contando isso para vocês enxergarem o grande quadro universal. Em todos os planetas do universo, tem calcinatio. Todos os habitantes do universo, desde uma célula até... calcinatio. Até que o ser, qualquer que seja ele, resolva transcender, isso significa tirar o foco do problema, tirar o foco do problema, terá calcinatio. Teve terremoto? Ótimo, passou, acabou, se ainda está aqui, excelente, reconstrói o que for possível, começa tudo de novo. Qualquer problema que seja, deixar para trás, recomeçar. Acho que já deu para perceber que esse assunto tem uma ligação com o outro que sempre falo, que é soltar a calcinatio. Solta o problema que tudo se resolve. Bom, mais aí tem um gerente de vendas que é pressionado pela diretoria para vender, então ele pressiona os vendedores que pressionam os clientes. E quando se explica que bastaria o vendedor soltar, o gerente soltar, o diretor soltar, que tudo se resolve, parece que se está falando grego. Completamente. Deve ter algumas interrupções nas sinapses que impeçam o entendimento do que é o soltar. O ego tem uma tal obsessão por pegar, prender, conquistar e prender, que soltar parece a maior aberração do universo. Então imagine transcender a calcinatio soltando. Soltando tudo anda, vamos dizer, coisas boas acontecem, vendas, faturamento, clientes. Se você não põe pressão nos clientes, não põe pressão nos vendedores, nos gerentes, todo anda. Isso praticamente ninguém enxerga como calcinatio, o vendedor, o gerente, o diretor, é uma calcinatio leve, mas como o conceito é ignorado. Quantas pessoas em sete bilhões sabem que existem calcinatio, quantas pessoas no planeta terra leram Jung? Nem tem ideia do que Jung falou. Vocês estão lembrados que quanto maior é o pensamento abstrato, maior o poder? Se sua capacidade de abstração está limitada a construir uma casa térrea, seu poder é X, agora se sua capacidade de abstração consegue levantar um prédio de 100 andares, é outra coisa. E assim é tudo. Quanto maior a abstração, maior o poder. Se você consegue imaginar como administrar uma empresa de 10.000 funcionários, toda aquela cadeia de produção, contábil, marketing, tudo, seu poder é grande. Se você consegue imaginar comandar 300 mil pessoas, maior ainda. Se você dirigir 200 milhões, 300, um bilhão e meio de pessoas, muitíssimo maior, se você consegue dirigir um planeta inteiro, é imensa a capacidade de abstração. E um sistema solar? E uma galáxia? E um conglomerado de galáxia, e o universo inteiro? Então vocês imaginem, à medida que a mente, a consciência ganha complexidade, o poder aumenta, exponencialmente. Desenvolver a abstração mental, isto é, pensar simplesmente, simplesmente pensar, não fazer nada, ficar só parado pensando, é um exercício extremamente valioso, para se ganhar, ter poder, cada vez maior. Imagine se Jung tivesse usado o conhecimento que ele tinha para dirigir uma empresa, um império, o que ele poderia fazer? Não tem limites, qual o limite? Qual o limite de uma pessoa que consegue numa vida todo aquele conhecimento? E somente com 20 poucos anos já tinha grande entendimento que foi ganhando complexidade. Com pouquíssimo tempo já tinha entendido, compreendido, escreveu “Os sete sermões aos mortos” aos 21 anos de idade. Como o objetivo de Jung era outro, o que ele fez? Ele quantificou tudo isso em 31 volumes, que é o que está publicado. Todo o segredo de como funciona a vida está nestes 31 volumes. Depois tem o seminário etc., mas está tudo isso escrito e documentado. Detalhadamente. Os alquimistas falaram que a alquimia era um segredo que precisava ser mantido a todo o custo, porque aquilo nas mãos erradas seria desastroso e foi o que eles fizeram. Durante séculos a alquimia foi um tremendo segredo, durante milênios, passado de um para um, um para um, tal o poder que existe, ao entender alquimia. Para o público foi divulgado que era pegar chumbo transformar em ouro, essas coisas bem banais e mundanas e disso veio a química. Todo mundo dá risada quando acha que alquimia é um negócio que eles tentavam fazer ouro de chumbo. Eles sabiam que não era isso, mas era uma excelente maneira codificar o conhecimento falando que estavam fazendo ouro de chumbo. E quando explicaram a calcinatio, falaram que o lobo devora o rei e queimavam sua carcaça. Isso tem quantos anos? Essa gravura? Tem gravuras de alquimia de 400 anos. Existe uma extensa documentação alquímica, em gravuras. Desta forma é muito mais fácil passar o conteúdo, o conhecimento, através de um símbolo, do que escrever numa língua qualquer. O símbolo transmite a ideia emocional que se quer passar. Uma foto vale mais que 10.000 palavras, então todas essas gravuras alquímicas transmitem um profundo conhecimento de como funciona a vida. Quando você fala como funciona o Universo, não é como funciona um carro, um foguete, isso é normal, não é isso que vai fazer a diferença. O que faz a diferença é como funciona a vida da pessoa, como se evita a tentativa e erro. E isto é o que vale ouro. Em vez de eu tentar ir por um lado e ter mil problemas para depois ter que voltar para o outro, por que eu já não vou direto para este último? Quanto vale não fazer a tentativa e erro? Inúmeras vezes verifica-se o que se chama de padrão de comportamento, a pessoa erra uma vez, duas, três, 10, 1.000, 500 mil vezes até que desconfia que tem algo errado, mas esse desconfia leva tempo. É a calcinatio. Calcinatio uma vez, duas, três até..., aí cai naquilo que a gente citou acima, tem o trauma, e fica dentro do poço rodando e não sai. Caso fosse uma calcinatio, uma vez, fez aquilo nãodeu certo, “vou para cá”, ótimo, “até que não saiu caro”, ocorre que a história se repete n vezes, porque as pessoas não aprendem com a história e continuam a calcinatio eternamente se deixar. Então, o valor econômico de se entender o que é alquimia é imenso. Se entendido como a vida funciona, como é que o ser funciona, como é que a mente funciona, como que a psique funciona, abrevia-se muito sofrimento e isso é um ponto extremamente importante, sem entender psique não se consegue mais nada, nem como entender alquimia... A ilusão da separação é algo muito persistente para o ser humano. Ele vê a matéria, que o outro está lá e ele está aqui e não tem nada entre nós, não tem ligação, ele é um, eu sou outro. Essa ilusão é terrível, porque cria toda a competição. Se o um soubesse que ele o dois são a mesma coisa e que os dois estão dentro do Todo, tudo estaria resolvido. É extremamente importante se entender que a Psique, com P maiúsculo, é uma só, uma só. Eu sei que tem n teorias pelo mundo afora, pela ciência afora, mas eu falo da minha experiência pessoal que é vivencial. Outras pessoas podem ter outras experiências, outras opiniões, não há problema algum, cada um está ganhando experiência individualmente, mas segundo minha experiência só existe uma psique, o Todo. O Todo pensa, sente, o Todo é consciente, onipresente, onipotente, onisciente etc. Tudo está dentro do Todo, então, qualquer ser autoconsciente e também os não conscientes, estão dentro de onde? Da consciência do Todo. Essa psique individual com p minúsculo está dentro, ela é uma parte da outra Psique maior, P maiúsculo, como uma onda do mar está dentro, pertence ao oceano. N ondas chegam, mas todas são o oceano. Não existe separação, aquela onda particular é apenas uma expressão individual. É uma expressão do oceano inteiro, mas aquela onda particular é o Todo também. Então veja bem, um ser individual tem uma psique, a mente dele, a consciência que faz parte do Todo, é por esta razão que dá para entender como que, por exemplo, Jung chegou nas conclusões que chegou. Quando se fala que a intuição emerge o tempo todo, ela emerge de quem? Do Todo para o ser, é uma Psique, com P maiúsculo, falando com uma psique de p minúsculo, mas é a mesma psique, só que esta é pequena, p minúsculo. Se ela ainda não sabe isto e acha que está separada, que é um indivíduo separado de tudo, o ego, isso dificulta receber informação, receber a intuição. Isso ocorre porque o ego fala o tempo todo e ele cria uma extrema dificuldade para informação chegar. A informação é muito sutil, é muito suave, ela trafega nas sinapses, nos microtúbulos e tenta chegar no consciente. O consciente fala sem parar, quer dizer, é um ruído total, o tempo todo, como que aquela voz de fundo da intuição pode passar alguma coisa? A voz fica falando o tempo todo, 24 horas por dia está lá a intuição jorrando, mas não é ouvida. Se essa psique individualizada deixar a Psique falar, passar o conhecimento, haverá uma unificação e mais nenhuma obstrução deste canal de comunicação. As duas psiques, na verdade, são uma só. Isso significa que a pessoa nunca, qualquer ser, nunca está sozinho, nunca. O Todo é como se fosse um protetor, um guarda-costas que o tempo todo protege a pessoa, em todas as situações, mas ele é invisível. A pessoa não percebe que está sendo protegida, guiada, aqui tem um caminho, que facilita tudo, as portas se abrem, os negócios são feitos e assim por diante se a pessoa transcende a calcinatio. É preciso entender que o Todo, Ele não fez a calcinatio, o Todo está consertando as bobagens que os seres fizeram desde o começo. Quando o 1 começou a encrencar com o 2 e os problemas surgiram, apareceu a calcinatio e desde daquela época o Todo está ajudando a resolver o problema. Evidentemente que todas essas potencialidades já estavam presentes dentro do Todo, é lógico, as infinitas possibilidades já estão presentes dentro dele, mas ainda não viraram probabilidades e nem coisas reais, entende-se, enquanto os seres não atuam. É o colapso de onda dos seres que transforma uma onda de possibilidade em probabilidade e o carro na garagem. Essa transformação é feita com o colapso da função de onda, o poder do colapso da função de onda do Todo, da psique. Isso se a pessoa sentir. Entender intelectualmente, digamos, é mais fácil. Para colapsar deve-se sentir que a consciência Dele é parte de uma enorme consciência, que as duas consciências estão pensando ao mesmo tempo. Não tem nada separado, a pessoa não consegue ter pensamentos separados, individuais. Não existe isso, é impossível, porque só existe uma mente no Universo inteiro. Todas as outras mentes individuais fazem parte desta Mente imensa. É só uma questão de frequência. Todas as frequências estão dentro do Todo. Você tem um ser numa frequência X, outro ser, em outra, e sete bilhões de frequências diferentes, assinaturas de frequências diferentes e os bilhões de planetas no Universo afora e etc., e todos os seres, cada um com sua assinatura individual igual à digital e cada um numa frequência, mas todos eles estão dentro da frequência maior do Todo, dentro da mente do Todo. Desta forma nós temos algo bidirecional, o que a pessoa pensa, o Todo está sabendo e está pensando. Não tem como você pensar e ele não saber, porque o veículo que você usa, sua mente, sua consciência, é o Todo, uma parte dele. Você está usando o veículo do Todo para pensar. O Todo pensa o tempo todo, então se você está pensando e ele sabe o que você está pensando. É uma coisa só, mas se você inverter a equação, você também sabe o que o Todo está pensando. É bidirecional, por isso que existe a intuição, porque o que ele pensa, se ele está em fase com você, em fase, comprimento amplitude de onda, a comunicação é perfeita, está passando tudo, claro na sua frequência, ele está passando o que é possível passar para você. Isso pode aumentar e você chegar muito perto dele, mas você está recebendo, você tem um canal direto de comunicação com ele, então qual o conhecimento do Todo? Imenso, não é? Você pode acessar um pedaço deste conhecimento? Pode, é claro, você tem comunicação total. Se o ego já está de lado, sai fora, então o ser transcendeu, o ser pode se comunicar livremente, o canal flui dos dois lados. O Todo sabe o que está acontecendo com ele e ganha informação de tudo que acontece com ele. O Todo cresce na medida em que o ser faz alguma coisa, e o outro lado também, é uma simbiose. Tudo que o Todo está fazendo, crescendo, acrescentando etc., o ser também está recebendo, na medida em que ele deixe. Se este canal estiver aberto, 100%, o que acontecerá? Exatamente o que aconteceu com Jung. Como pode, leiam, pensem, analisem, como um ser humano chega nas conclusões que ele chegou? É porque a fonte, o Todo, passou todo esse conhecimento, sem parar, e ele foi escrevendo, escrevendo, escrevendo, escrevendo, o quanto pode. E foi analisando, claro, tem a mente, a personalidade, tudo isso acrescentou, filtrou, organizou e tudo mais, porque há uma interface, o que o Todo pode passar para esse ser? O que esse ser deixa, mas o que esse ser deixa também tem uma variável, é o que esse ser conhece. Vamos supor que o Todo quer passar uma língua X qualquer, e esse ser não estuda essa língua, como que é que o Todo passa essa língua para ele? O Todo só pode passar se o ser estudar, se ele der o máximo de si, estudar tudo que pode, aí haverá formas do cérebro deste ser interpretaro que o Todo está passando para ele. O Todo pode passar, ele não tem nenhum problema em passar conhecimento, e que o Universo cresça e que haja super civilização etc. O problema está nos seres que não se permitem receber essa informação. Se eles não estudam, como que eles podem receber a informação? E isso, vamos dizer, é algo simples, uma língua, agora imagine alquimia, que é para você entender todo o mecanismo de auto-organização da vida no Universo. Nós já sabemos, inevitavelmente, você terá a calcinatio de qualquer maneira a partir do momento que tem dois seres, ou um né? Porque se o um começa a ficar solitário, aí ele já está calcinatio certo? Já ficou desconfortável para ele, ele está com problemas, estou sozinho no Universo, então, assim que o um ficou diferente do Todo, quer dizer, lá dentro ele vibrou de uma forma, baixou a vibração dele, para ganhar um ego, neste momento ele já começou a ficar desconfortável, por isso que muita gente no mundo esotérico fala “voltar à fonte”, “voltar”, “unificar-se novamente”, “voltar para casa”, esse sentimento de falta, de ausência, incompletude que os seres têm, não é? E eles procuram alguém para se completar, complementariedade, que é uma forma de abrandar a calcinatio da separação do Todo. O Todo, já sabendo o que ia acontecer, entendeu que precisa do um e do dois. O que o um e o dois conseguem fazer? Eles acham que se eles forem complementares acaba essa angustia existencial da separação do Todo. O ego muito vezes nem tem ideia que é isso, a pessoa está deslocada, ela não dá certo em lugar nenhum, nada funciona, é um drama total etc., é o quê? É a separação do Todo, é essa calcinatio 24 hs por dia em andamento, desconfortável, então é fuga de um jeito, fuga de outra, compensa com a com b, com c, compensa com 300 coisas diferentes, tudo compensando o quê? A separação do Todo, que enquanto estava junto, estava tudo certo, e agora? Depois que está separado, que a calcinatio está em andamento, é preciso achar um jeito de voltar para casa, aí tem os outros procedimentos da alquimia. Eles foram estudando tudo isso. A primeira que eles enxergaram foi a calcinatio, o lobo vai devorar o Rei, de qualquer maneira, mais cedo ou mais tarde, de um jeito ou de outro, quer dizer, os problemas não acabam nunca, uma hora mais, uma hora menos, mas isso, teoria do caos, mas acabar, bom você pode ter uma filosofia como a oriental, que os problemas são oportunidades de crescimento e são mesmo, ok? É uma forma positiva de você enxergar os problemas, é um problema, mas é também uma oportunidade de crescimento, sempre se cresce com os problemas, isso é uma verdade líquida e certa. Muitas vezes é muito desconfortável esse aprendizado e pode ser feito de uma outra maneira. Os alquimistas foram, séculos após séculos, estudando, individualmente. Não existe comitê de alquimistas, é um por um, um depois o outro, depois o outro, todos separados, é um caminho solitário, inevitavelmente. Não há forma de ter iluminação coletiva, é um a um, a pessoa desenvolve a consciência que vai ganhando complexidade, vai alterando o emocional. A iluminação não é mental, a iluminação é emocional, é um sentimento, é uma unificação com o Todo e o Todo é um sentimento, e é por isso que não é fácil de fazer. Se fosse algo mental, seria só um conceito, mas como é um sentimento e o ser 1 optou pela separação, na medida em que ele ganhou um ego, o sentimento dele ficou bastante alterado. A partir daí ele pensa em território, em poder, porque perdeu o sentido de união que ele tinha, caso contrário ele não ficaria separado. Se você está unificado com o Todo, está na mesma fase que ele, aqui não tem separação nenhuma, aqui não tem 2, tem 1. Na medida que esse 1 quis se separar, a frequência dele teve que mudar. E ele não lembra mais porque está em outra frequência. Na frequência do Todo não tem mais competição. O 1 e o Todo estão fora de fase. O 1 esqueceu que o Todo existe, no segundo seguinte o 1 está sozinho, ele nem sabe mais de onde ele veio, o que ele está fazendo aqui, para onde ele vai, ele não sabe mais nada. Sabe que está sozinho num Universo gigantesco, descomunal, sozinho. No começo, como eu disse, foi agradável, mas depois se sentiu solitário e começou a desejar a não ficar solitário. Daí surge o 2, 3 etc. E aí a calcinatio ficou maior, maior e maior. Vocês lembram que um grande filósofo disse: o inferno são os outros? O inferno são os outros. Ele teve uma percepção da realidade excelente. Ele, em outras palavras, tinha calcinatio que não era brincadeira para chegar nesta conclusão. Se você inverter, os outros são infernais. Isso é calcinatio. E isso a pessoa vive, 24 horas por dia, vive a calcinatio. Agora vejam bem, como que se passa um conceito desse para frente? Quem quer ouvir falar de calcinatio? De entender isso, de filosofia, de entender como é o Universo, como ele funciona, de onde eu vim, o que eu estou fazendo aqui, para onde eu vou, toda esta metafísica? Se a pessoa não vê saída, se a pessoa não para e analisa calmamente durante dias, meses, e anos, porque não está saindo, digamos, uma hora, meia, duas horas... Quanto tempo levou para os alquimistas chegarem nisso? Séculos. Jung gastou a vida para resumir um conhecimento imenso. E nós estamos resumindo mais ainda, fazendo, vamos dizer, arroz com feijão para ficar fácil. Se quiserem saber o original, está lá, 31 volumes na prateleira. Imagine quantos anos para ler e entender o que ele escreveu, por que não está escrito de uma forma simples de entender, por quê? Porque ele tinha que ter certas precauções para explicar um assunto desta magnitude. Os alquimistas mantinham tudo no mais absoluto segredo e o que ele teve que fazer? Ele também teve que escrever tomando certas precauções e nós estamos fazendo um resumo também com certas precauções, é logico, é obvio. Mas se vocês compararem o que foi feito há séculos e séculos, 500, 1.000 anos atrás, os escritos alquímicos com o que está sendo falado hoje aqui e agora, é brutal o quanto isso foi simplificado para ser entendido. Mas então como que fica o risco aos alquimistas? Não tem problema, eles também tinham enxergado isso: nós vamos falar de uma maneira que só aqueles que já tem certo grau abstração vão entender exatamente o que nós estamos falando. Vamos supor que tenha sete níveis de entendimento num texto alquímico. Algumas pessoas vão entender um nível mais alto, muitas pessoas vão entender o nível 1, outras, menos, o nível 2, menos ainda o 3, aí o nível 7 tem três, quatro ou cinco pessoas. E está tudo certo. O conhecimento está protegido. A medida que a pessoa estudar, a mente se abre, ganha complexidade e entende mais. Neste livro isso está sendo feito da mesma forma, é como se fosse um livro dos alquimistas e está colocado, abertamente, todos os conceitos, claro, e calcinatio é o primeiro, depois vamos ter todos os outros nos próximos capítulos, mas cada um abertamente explicado com todas as letras. Portanto, se a pessoa leu este capítulo e entendeu um pouco, se ela estudar e assistir a 2a vez, na primeira vez ela entende um pouco, na 2a vez aumenta, na terceira, na quarta, na quinta, na medida em que ela estudar mais e mais vai aumentando o entendimento. Daqui a um tempo o conhecimento, digamos 100% do que está sendo passado aqui agora, será entendido. Não está sendo ocultado o conhecimento, pelo contrário, está se falando como que é, abertamente. Somente não dá para reduzir, simplificar,mais do que um certo ponto. Pode-se explicar o Universo metaforicamente até um certo ponto, menos que aquilo, impossível, dada a complexidade do próprio Universo. Não há jeito de facilitar além de um certo ponto, e ficar mais arroz com feijão, não tem jeito, porque o Universo é algo extremamente complexo. Para facilitar a vida humana é que os alquimistas estudaram como funciona a vida. Estamos aqui e temos a calcinatio e como que a gente faz... e agora qual a saída disso? Transcender a calcinatio, soltar, solta. Venho falando isso há quanto tempo? É a mesma coisa, só que agora é para explicar o que é alquimia, só que o soltar já teria resolvido tudo isso lá atrás. A pessoa que solta ela não precisa estudar alquimia. Isso é super ultra interessante estudar, mas em termos práticos, em termos da vida prática da pessoa, do quanto ela tem as necessidades supridas, de renda, de tudo, de salário, as necessidades básicas, ela não precisa de alquimia, basta soltar, isso é obvio, é, como eu disse, uma intuição do Todo que fala para pessoa soltar. O Todo é, ele transmite o conhecimento dele, a intuição para você, independentemente do grau de estudo que a pessoa tem, porque senão seria extremamente injusto. Um índio na Amazônia que nunca viu civilização, nunca viu um branco, como que eles vivem? O Todo não está chegando neles? O Todo não está neles? Eles estão no Todo? Claro. E como é que eles vivem? Está sonegado a informação para eles? Não! Eles estão recebendo tudo que eles precisam! Se eles tiverem abertura do ego, baixar o ego etc., isso independe. Eles estão recebendo tudo que eles precisam, independe de conhecimento específico. Todos os seres, o ser unicelular está recebendo conhecimento que precisa para ser feliz. Agora depende do ser. Nós estamos explicando, claro, muitos conceitos complicados de entender, complicados de abstrair, e muito mais complicados de aceitar, mas do mesmo jeito que os alquimistas fizeram 100 anos atrás e deixaram para a humanidade aquilo e pensaram “um dia eles entenderão”, 100 anos atrás Jung também codificou. Daqui um século a mesma coisa. Só que a medida que o tempo passa dá para explicar mais como funciona. Agora nós já estamos explicando da forma clara possível. Só depende do paradigma para entender o que está sendo explicado. Quando se fala que há uma Psique que abarca tudo, este conceito é difícil de ser aceito no momento pela humanidade. É muito difícil. Paciência. É um problema aceitar o Todo, é um problema aceitar que somos um, um. Tudo está dentro do Todo. É mesmo um problema, então a terminologia é diferente porque as consequências e a abstração são diferentes. Nós teremos uma outra série para falar de psique, pois há várias formas de você entender como funciona o Universo. A porta não tem uma fechadura só, ela tem várias, dá para abrir esta porta com várias chaves. Você pode entende por um ângulo, por outro ângulo, e todos funcionam. Uns são mais abstratos que os outros, mas são uma abstração gigantesca. A medida que o tempo passar, nós vamos explicando todos estes ângulos, não haverá, não há ocultamento do conhecimento. É obvio que para pessoa entender um certo conceito já tem que ter transcendido algumas coisas no paradigma, é passo a passo. Primeiro ensina-se uma coisa, um degrau, entendido isso, parte-se para o segundo e para ensinar o segundo você tem que ter aprendido o primeiro. Sem entender o primeiro você não consegue entender o segundo e sem entender o segundo, você não entende o terceiro e assim o quarto, o quinto, e assim vai. Não está se tentando ocultar nada, é preciso estudar passo a passo para poder chegar na abstração que é necessária. Seis mil anos atrás, se isso fosse explicado vocês imaginam, impossível. A mecânica quântica facilita extremamente o entendimento disso tudo. Nós temos física, tem laboratório e toda essa parafernália eletrônica. Tudo. Essa sociedade em grande parte está toda baseada, toda tecnologia em cima das descobertas da mecânica quântica, então é física. E mesmo assim você sabe a resistência que tem a se aceitar isso. Quando se faz experimento do retardamento, que o elétron ou fóton já passou mas ele ainda não chegou no sensor lá atrás, mas já passou pelas fendas ou pela fenda e você troca, se tinha uma fenda vira duas, ou duas vira uma e o resultado se adapta as fendas que você abriu, depois que ele passou, o efeito retardado, como que isso é possível? Ele já passou. Ou ele passa como partícula ou ele passa como onda. Só que depois que ele passou, você muda a fenda. E o resultado lá atrás, lá na frente o que é? De acordo com a mudança que você fez nas fendas, mas ele já tinha passado, então como é que faz, como é que fica? Esse elétron sabe o que ele está fazendo? Ele sabe o que você está fazendo? Ele sabe a intenção do físico? Porque o resultado concorda com o que o físico mexeu depois que ele já tinha passado pela fenda. Então o elétron tem consciência, o fóton tem consciência, pois é. Para aceitar isso, ainda vai muito tempo. Vai demorar muito tempo para que isso seja aceito, e isso nós estamos falando de um experimento feito em laboratório que você pode duplicar quantas vezes quiser, em qualquer lugar do mundo com quantos físicos você quiser, e nem assim, por quê? Porque aceitar isso implica aceitar outra coisa, outra coisa, outra coisa, e aí tem que mudar o paradigma, então para não mudar o paradigma, não se aceita nenhuma mudança no paradigma, mas pode-se usar, certo? Pode ter GPS, pode ter internet, pode ter míssil, pode ter satélite, pode ter tudo isso sem problema nenhum usando a Mecânica Quântica, agora o que significa a mecânica quântica? “Aí não pode, aí não mexe nisso, deixa para lá, põe embaixo do tapete e deixa”, aí um dia, esse um dia, você põe séculos, séculos, secular, porque depois de 1.000 anos de alquimia, olha a situação que estamos. Estamos explicando a mesma coisa que eles explicaram há 1.000 anos atrás ou 2 ou 5 mil anos atrás. De novo. Tudo que Jung falou há 100 anos atrás, 70 anos, 80 anos, 90 anos, nós estamos explicando tudo de novo, só que em livro, mas está lá os 31 volumes, e o Joseph Campbell? E toda a imensa obra que ele fez? É a mesma coisa, nós estamos falando do mesmo assunto. E o John Nash? Porque se você quiser acabar com uma parte gigantesca da calcinatio é só aplicar o que John Nash, o prêmio Nobel de Economia, descobriu, é só aplicar e estará resolvido uma grande parte da calcinatio. Então vocês veem que a ajuda vem por todos os lados, em todas as áreas. O Todo não descansa um nano segundo sequer, ele trabalha sem parar, mas ele só pode passar na medida em que os seres aceitam receber. Desta forma, num dado momento da história 1910, 1920, 1905, um grupo ultra eminente de físicos se reúnem na mesma época da história da humanidade, praticamente no mesmo lugar, e fazem as descobertas fundamentais da mecânica quântica. Todos ao mesmo tempo. E isso deveria ter sido suficiente para ter mudado tudo e até agora só tecnologia. A filosofia não mudou nada! Sempre será feito isso, conhecimento será passado de novo, e de novo, e de novo, e de novo, como disse um físico, a ciência avança funeral após funeral, 1.000 anos, várias gerações, está avançando, passo a passo. Podia ser muito mais rápido? Com certeza. É impossível entender alquimia sem entender que existe algo maior. Algo que abarca tudo, algo que dá significado a tudo. A busca dos alquimistasera para chegar na Pedra Filosofal. Todo aquele trabalho imenso para poder entender, compreender e chegar. E eles chegaram, eles entenderem o que era exatamente. A Pedra Filosofal foi entendida, não foi descoberta, porque nunca esteve oculta, mas ela foi entendida. E foi entendida sem problema nenhum depois que os alquimistas passaram por muitos procedimentos. Um procedimento depois outro, depois outro, depois outro... foi refinando. Eles mesmos foram refinando o experimento que eles mesmos tinham feito. Assim como você tem o moinho e você tem o trigo. Na primeira vez saiu uma farinha X, mói essa farinha X, vai sair outra farinha, está refinando, saiu a Y, mói a Y, saiu outra farinha, mói de novo, outra. No fim tem a Pedra Filosofal, a farinha ficou perfeita. A farinha está iluminada, temos uma farinha com iluminação total, espiritual, porém, moeu uma vez, duas, três, quatro... n vezes, tem um número limite para moer? Não, não tem. Um ser precisa de 20 moídas, o outro ser precisa de cinco moídas, o outro de 50 moídas. Cada ego é de uma forma, cada um facilita ou dificulta segundo suas interpretações e interesses pessoais, mas o moedor está lá sem problema nenhum. A calcinatio é o moedor. Caiu a ficha? A calcinatio é o moedor. Cada vez que mói, purifica, purifica, purifica… cada vez que purifica ilumina um pouco, mais luz, mais luz... Porém, só com calcinatio não se chega lá, tem que ter os outros procedimentos, e aí que entra o tema deste capítulo. Sem transcender a calcinatio, não haverá saída. Aí você poderia pensar, vamos para o segundo procedimento e pronto. Não adianta. A pessoa não passa, ela não faz o segundo procedimento se ela não transcender a calcinatio, caso contrário já estaria tudo resolvido, não está porque está preso na calcinatio, preso no trauma, preso no paradigma. Não é fácil, pega a farinha que saiu da primeira moedura e mói de novo, mas a farinha que saiu da segunda não quer ser moída novamente, ela está parada, filosofando, essa farinha está na autolamentação dizendo para si mesmo que “me moeram, fui moída, tô um pó”, é isso que ela está falando, “agora, passa por esta aqui que vai ficar melhor, não, não, não... estou um desastre, aqui está insuportável, eu não quero mais moedura nenhuma, vou ficar aqui na autolamentação eterna.” Por isso que é difícil, não é que o Todo não está tentado, o Todo está tentando, “vem pra cá, segunda vez depois vai melhorar, terceira, quarta, está tudo resolvido”, “não! Não quero mais.” Fica no trauma, fica na reclamação, na lamentação, na vitimização etc. etc. Desta forma o soltar os problemas, soltar a calcinatio é fundamental, você solta e vai para frente. Se você solta o cliente, se você não põe pressão, você vende. Só que isso tem que ser experienciado, só fazendo é que você perceberá que esta simples regra move o Universo. Se você soltar as coisas andarão, os problemas terão solução, tudo melhorará, porque você solta a solução e deixa que a solução apareça através da vontade do Todo. E ele resolve tudo, sempre. Está tentando resolver tudo sempre, mas depende da vontade das pessoas, livre arbítrio. O dilema do soltar, e isso é um dilema, a quanto existe? Mais ou menos 2.500 anos neste planeta, isso foi passado há 2.500 anos. E até agora é um dilema, é um mistério, é uma coisa incompreensível. E vocês podem notar que ao longo da história nunca se construiu nada em termos de civilização em cima do soltar, não é interessante isso? Extremamente interessante. Nunca houve uma tribo na face da Terra com 50, 100, 300 pessoas, em que a filosofia de vida fosse soltar. O caso de ter um monastério com alguns monges é completamente diferente do que eu estou falando. Aquilo é uma ordem religiosa, é outra história. Estamos falando de uma civilização. Você ter uma tribo com 300 pessoas ou 400 ou 500 que o fundamento desta tribo fosse SOLTAR nunca foi feito, tal para vocês verem, tal o grau de resistência que os humanos têm com soltar alguma coisa. Em 2.500 anos jamais surgiu essa possibilidade, nenhuma tentativa. Tomar, n, soltar... e isso se vocês considerarem toda a calcinatio que está acontecendo no planeta desde 6 mil anos atrás, que é a história documentada. Se você quer e gosta de histórias de terror, basta ler a história do planeta Terra. Você não precisa de ficção, não tem ficção que supere a história do planeta Terra. Tudo documentado, espessamente, é só ler. Em todas essas civilizações, bilhões e bilhões de pessoas que já passaram, nunca houve um grupo de pessoas que se reuniu e falou “viveremos sob a filosofia do soltar.” “Nós produziremos, venderemos, trocaremos, uma civilização, uma tribo indígena, mas tudo baseado no soltar.” Não! Teima-se na calcinatio. Coletivamente ainda é impossível haver uma decisão desta. Tudo bem, não tem problema. Chegará um dia, mas individualmente. Pode-se soltar a calcinatio na hora, no momento que a pessoa quiser, então tem solução? Tem solução. Não fica mais preso no problema e dá um passo além, dá um salto acima. Deixa a calcinatio para trás. Foca outra coisa. “Não estamos vendendo, estamos pondo pressão e o cliente não compra” e mais pressão, e mais do mesmo, vocês já sabem como funciona, né? Mais esforço do mesmo, então mais pressão, e mais e quanto mais põe, menos resultado tem, ad eternum, e o negócio continua, como que solta isso? Como que solta a calcinatio de que o cliente não quer comprar, por mais pressão que a gente ponha nele? É simples. Ajuda o cliente! Ajuda o cliente! É o obvio ululante. Tão simples que é viver. Ajuda o cliente. Você quer enfiar um apartamento que ele não quer, ele não ganha, ele não tem renda, ele não tem entrada, não importa, ele não quer comprar o seu apartamento que você quer vender para ele, pela metragem, pelo local etc., ele não quer, não adianta insistir, não adianta ligar etc. Se você inverter a ordem e procurar saber quais são os problemas deste ser e ajudá-lo na solução dos problemas dele, na medida das suas possibilidades, advinha o que vai acontecer? Você ganhou um cliente futuro, se não foi agora, no futuro, ganhou um cliente, por uma simples fórmula ou regra contábil. Entra debita, sai credita. Como que se lança um documento na contabilidade? Quando entra, debita, você está devedor daquilo, porque aquilo entrou em você, entrou dinheiro no caixa, pegou dinheiro e colocou no caixa, qual é o lançamento? Debita o Caixa. E credita o sujeito, cliente que foi lá e botou dinheiro no caixa, então está creditado o cliente, e debitado o caixa. Toda a contabilidade funciona assim. E a contabilidade cósmica é da mesma maneira. Isso não foi inventado no planeta Terra, isso é cósmica, entra debita, sai credita. Muito bem, o que você está fazendo? Se você ajudar o cliente, o que acontece? Sai de você, você é creditado e entra ajuda no cliente, ele é debitado, agora o cliente está devendo, em ternos cósmicos e você creditado. Esta contabilidade cósmica, ela não pode ficar desbalanceada, lembra? Ativo, passivo, quando chega lá no final, os dois valores tem que bater. A contabilidade não ficará com você só dando e não recebendo nada. Dá e dá e não recebe nada, não é essa pessoa que você ajudou que fará esse equilíbrio da contabilidade cósmica, quem faz isso é o Todo, ele administra a contabilidade cósmica do Universo inteiro, de tudo, para ajustar que todos fiquem equilibrados, receita, despesa, ajudou, recebeu. Quanto mais ajuda, mais recebe, esta é a formula, centuplicado, como foi falado, se você ajudar, volta centuplicado paravocê. Aí o que você faz? Você ajuda mais, porque, claro, se voltou centuplicado para você, agora você está devedor e ninguém gosta de ser devedor, então o que você faz? Você ajuda mais, para não ficar devedor. Ninguém gosta. A sensação é ruim, de dever, de dívida, então você faz mais. Só que o Todo não se deixa vencer em generosidade, então de qualquer maneira ele vai dar mais para você. E aí ficamos neste clima maravilhoso onde você ajuda mais e é mais ajudado. Todo mundo ganha. Essa contabilidade cósmica é um ganha, ganha absoluto, todo mundo ganha, e começa como? No seu caso particular, começa ajudando o cliente, seja no que for. Se um cliente tem cachorro que está com um problema de pele e você tiver o conhecimento de como ajudar a curar o cachorro, você deve falar para o cliente: “eu sei um pet, não sei aonde, que pode ajudar, um veterinário que pode ajudar a curar o pelo do seu cachorro.” Pronto. Este cliente está agradecido para você para resto da vida, qualquer problema que o cliente tem. Imagine os problemas que o cliente tem. Se você levantar, sem falar esse nome, claro, a calcinatio dos clientes, mas nunca falar esse nome, quais são os problemas que ele tem. Na vida pessoal dele. Ajuda numa coisa qualquer, ínfima que seja, num instante, se você fez isso, isso volta, antes que você perceba você está sendo ajudado mais, mais, mais e mais, quanto mais dá, mais recebe. E isso é transcender a calcinatio, passar a ajudar. Tem problema? Ok. Deixa ele lá parado, ele vai ter solução. Ajudar. Trabalhar, estudar, ajudar. O máximo possível, dentro das suas possibilidades, ninguém está pedindo o impossível, dentro das suas possibilidades, mas ajudar resolverá o problema da calcinatio, transcenderá com certeza. Você soltou o problema, agora você faz parte da solução, você está ajudando. O problema terá solução no devido tempo. Não é no tempo que você quer, é logico, é no devido tempo, porque se for no tempo que eu quero, voltamos no ego, aí voltou tudo atrás e continua na calcinatio. Para sair na calcinatio, tem que deixar um pouquinho de lado o ego e pensar no problema do cliente. Para de pensar no seu problema, que é vender e pensa no problema do cliente, qualquer que seja ele, isso mudará completamente situação. Então, solução existe? Existe. Existe. E não precisa nenhum esforço heroico, não precisa uma coisa transcendental, não precisa uma coisa monumental. É como nós estamos falando. O cliente pode ter um cachorro que está com problema de pele, se nós ajudarmos ou simplesmente escutarmos o problema que ele tem, que ele possa desabafar e nos escutarmos atentamente com interesse, com boa intenção de ajudá-lo, só escutar os problemas dele, já ajudará e muito. Ele encontrou alguém que ele pode conversar. Então não existe impedimento algum, nem problema algum para começar a ajudar. É do gesto mais simples, um sorriso, qualquer coisa, qualquer atenção, cordialidade, civilidade, educação, qualquer coisa que se fizer, que ajude já está se transcendendo a calcinatio. II. Solutio Neste capítulo vamos ver o procedimento solutio. O anterior era baseado no calor, em queimar, e este é baseado na água. É muito importante entender que os procedimentos na alquimia eles não seguem uma linha linear como nós estamos explicando, isso é apenas uma forma didática. Todo eles estão entrelaçados, acontecendo ao mesmo tempo, uns mais, outros mesmo, então quando nos chegarmos no final da explicação dos procedimentos o quebra-cabeça estará montado, até lá passo a passo, iremos vendo as características de cada procedimento. Alquimia tem que ser sentida, é um sentimento. Olhar alquimia apenas como uma coisa racional ou como se fosse química moderna, não levará à conclusão que se deseja. Os alquimistas, para chegarem nestas conclusões, levaram séculos de pesquisa, de introspecção, de meditação, para expandir a consciência, para poder entender o procedimento do ponto de vista metafísico. Não a questão de transformar chumbo em ouro. Tudo é isso é metafórico, tudo isso é simbólico, todas aquelas descrições muito difíceis de entender nos textos alquímicos são simbólicas, eles já tinham entendido isso, e escreviam de uma maneira simbólica para os iniciados. Quem já sabia do que eles estavam falando, entendiam, mas trocavam os textos e todo mundo inserido no contexto entendia. Eles sempre disseram que o poder embutido na alquimia era tremendo e que, portanto, não era uma coisa que poderia cair na mão de pessoas mal intencionadas. Essa questão continua válida, mas também continua válido o que eles falavam sobre a questão de entender a alquimia. No universo energia, você tem informação e ainda tem mais um detalhe, que será falado pela primeira vez, que é a percepção. Só energia e só informação não chega na alquimia. Para chegar na alquimia tem que ter percepção. E essa percepção não é só intelecto, há o sentimento. Se a pessoa não sente, fica muito difícil ela entender o que se está falando, o que significa aquilo na vida prática. Caso a pessoa comece a abordar calcinatio unicamente, ela não chegará à conclusão nenhuma. Qualquer dos procedimentos não pode ser analisado sozinho. É um conjunto em ação. E para isso é preciso que a pessoas expanda a percepção para chegar no mesmo nível que os alquimistas chegaram, que Jung chegou. Sem isso fica muito abstrato, muito esotérico, muito fora da realidade, ou então que se está destorcendo a realidade. É preciso muito cuidado quando se trabalha com alquimia, quando se analisa alquimia, quando se pensa, quando se faz, quando se chega à alguma conclusão, porque não é banal de forma alguma. Nós temos o fogo de um lado em que o Rei é comido pelo lobo e depois o corpo do Rei é queimado e do outro lado nós temos a água. A água dissolve o ser. O fogo queima, transforma, purifica, o Rei renasce purificado. Na água a mesma coisa. Só que é a dissolução. É dissolvido. O ego é dissolvido e transformado numa nova pessoa, um novo ser que incorpora o self. O indivíduo não some, não desaparece, o ego não desaparece, a individuação não anula o ego, ele é transformado e incorpora o self em si mesmo. O ser transcende e salta para um novo nível de existência, uma ascensão, mas o ego continua lá, a pessoa continua com a mesma identidade, não desaparece nada. Mas é um novo ser. A solutio está baseada em algo extremamente fácil de entender. Como que dissolve? Como que é possível dissolver o ego? Pelo amor. Esse é o sentimento que dissolve o ego. Como é isso? É que a quantidade, digamos assim, quantidade, qualidade, do amor que o Todo derrama sobre a pessoa é tão imenso que, teoricamente, deveria dissolver com facilidade e provocar a transmutação necessária. A pessoa recebe tanto amor que aquilo é arrasador, não sobra mais nada, é uma avalanche. Ela, digamos, metaforicamente, se afoga naquele amor imenso e renasce com o self incorporado no ego. Ou o ego incorporado no self. Esse é o método perfeito, é o método, é o que deveria acontecer desde sempre. E isso está baseado naquela lei da contabilidade, entra debita, sai credita. Se entra tanto amor no ser, ele inevitavelmente passou a dever esse amor que ele recebeu. Para que ele possa compensar débito e crédito ele deveria dar amor também, e na total capacidade do ego deste ser, que já está unificado com o Self, com S maiúsculo, feito isso, tudo estaria resolvido, e tudo está resolvido quando acontece isso. Como que é isso na prática? Na teoria é perfeito,não tem coisa mais simples que isso. Se você faz, passa pela solutio, e fazendo isso perfeitamente, acabou a calcinatio, não há necessidade de calcinatio. É irrelevante, não acontecerá nada de calcinatio, porque já houve a transformação do ego no self. A calcinatio é para purificar o ego, deixando entrar o self. Quando há resistência, há mais calcinatio. Não há necessidade de ser desta forma. Pode ser muito, extremamente, simples. Quando o bebê nasce, vamos a regra geral. O bebê nasceu totalmente humano, totalmente desprotegido. Normalmente ele recebe uma quantidade enorme de cuidados dos pais, uma enorme quantidade de amor do pai e da mãe, transbordante, e supre todas as necessidades daquele ser que acabou de nascer. Isso durante meses e meses, anos e anos, até que aquele ser fique um adulto independente. Então o que acontece? A pessoa já chega aqui no planeta Terra, nasce e já é inundada de amor dos pais, dos avós, dos irmãos etc. Isto é, já está devendo uma quantidade enorme. Se a pessoa tem gratidão, ela sente, enxerga isso, ela retribui. E retribui para família, para os pais, para os avós etc., mas retribui para os demais que não tem ligação de parentesco também. Quer dizer, essa pessoa espalha amor por onde for, torna-se um canal mais perfeito possível do Todo. Este pode passar por esse canal e jorrar amor incondicional onde for, onde estiver etc. Neste ponto tudo já foi resolvido. Então imagine que a criança com cinco, seis, sete anos já está consciente, ela sente isso, e resolve fazer a parte dela, também dar amor, então ela recebe e dá, recebe e dá. Tem uma solutio perfeita em andamento. Todo mundo está recebendo e passando para frente. Quando essa criança chegar com 10 anos, o ego já foi resolvido, o self já está incorporado no ego, a criança de 10 anos de idade já é um canal do Todo, sem calcinatio, só amor. Para vocês terem depoimentos se a alquimia funciona ou não, se é real ou não toda essa literatura e essas análises psicológicas imensas que foram feitas, é muito simples: entreviste uma pessoa de 80 anos e pergunta como que foi vida desta pessoa. Primeiro pergunte como foi a vida e depois explique suscintamente que existe a calcinatio e a solutio e veja o que essa pessoa dirá, o que que aconteceu na vida desta pessoa. Tem que ser uma pessoa de uns 80 anos. Com 40 ainda tá muito fácil o jogo, é muito a favor ainda com essa idade. É preciso um pouco mais de tempo, aí, inevitavelmente a pessoa entende e sente o que é alquimia, 80 anos de idade, 90 de idade, aí você comenta sobre a calcinatio e a solutio. Depois comenta sobre os outros procedimentos de alquimia e vê o que a pessoa, que nunca leu sobre alquimia, nunca ouviu falar, dirá que aconteceu na vida dela. Vocês verão que essa pessoa, se ela for honesta consigo mesmo, responderá que recebeu uma quantidade de amor absurdamente grande do Todo através das pessoas, e o que ela deu em troca? Ou não deu? Aí qual a calcinatio que passou pela vida dela, quantas vezes? E aí pergunte se com 80 anos ela entendeu, chegou alguma conclusão, percebeu o quão sábio é o procedimento da alquimia. Não há necessidade de chegar nos 80, com 10 anos de idade, com cinco anos de idade, se o ser receber e passar pelos procedimentos, todos os problemas estarão resolvidos. Pois bem. Essa é a teoria que deveria ser na prática. Para algumas pessoas, ao longo da história do planeta, vocês percebem claramente que foi. E o que aconteceu? Não precisou de calcinatio, só solutio foi suficiente para resolver toda a questão. No passado da história deste planeta, existiu um ser que comandou multidões e foi responsável pela morte de milhões de pessoas. Este ser, na juventude, foi ajudado por inúmeras pessoas desconhecidas, completamente desconhecidas. Ele tinha uma necessidade, passava por um lugar, precisava de alguma coisa, de comida, as pessoas davam, precisava dormir uma noite, as pessoas deixavam, a necessidade que tivesse era suprida. Esse ser ficava perplexo e nunca entendeu porque que as pessoas o ajudavam. Atentem, ele nunca entendeu porque que as pessoas o ajudavam. O conceito de ajudar, amor incondicional, é completamente fora da capacidade de entendimento de percepção de mundo, de visão de mundo deste ser. Ele era sistematicamente ajudado. Se uma destas pessoas não tivesse o ajudado, a vida dele mudaria, poderia mudar completamente. Você tem n futuros prováveis. Se uma pessoa te ajuda, o caminho é para este lado, se ela não te ajuda, o caminho pode ser X, ou Y, ou talvez bifurque. E isso aconteceu n vezes. N vezes. Sabe aquilo que se fala muito nos filmes da ficção? Se o sujeito tivesse nascido morto ou tivesse sido assassinado, ele não teria matado milhões? Pois é, se ele não tivesse sido ajudado por uma pessoa duas, três, 10, 50 pessoas, n pessoas, a vida dele seria outra. E ele não teria matado tantas pessoas. Mas o que o Todo faz? O Todo não sabe de tudo isso? Claro que sabe, já sabe que o sujeito fará uma barbaridade desta, então o que o Todo faz? Vocês devem estar pensando “calcinatio nele”, mas não! O Todo põe uma pessoa no caminho e dá amor para essa pessoa, para mostrar a ele que existe outra forma de ser que não seja o ódio, que existe amor. Aí ele recebe amor e fica perplexo. “Como? Por que essas pessoas me ajudam? Uma vez, duas, 10, 50 vezes, n vezes. Por que será que as pessoas me ajudam? Que coisa mais intrigante, mais absurda. Vou me aproveitar delas, porque estão ajudando, me aproveito, passo para trás. São os otários que estão ajudando.” E assim foi até que a pessoa chegou no poder e foi responsável por milhões de mortes. O Todo ficou derramando amor na pessoa o tempo todo de n maneiras, n maneiras, dia e noite. Ano após ano, décadas. E qual foi o resultado? Fez o que fez mesmo recebendo amor. Sem parar. Então, solutio funciona? Funciona, mas depende do ego da pessoa. Se a pessoa está recebendo amor, retribui com o quê? Com ódio? Prejudicando? Mais cedo ou mais tarde, qual a será a consequência disso? Calcinatio. Calcinatio não é castigo, muito pelo contrário, é cuidado, é fazer evoluir de uma outra forma. Ou vai de um jeito ou vai de outro jeito, mas tem que ir. O Universo é um rio que corre numa direção só, não tem contramão, é para lá que vai, de um jeito ou de outro. O Universo só funciona para o lado do bem, do amor. Se a pessoa quer receber amor e contribuir com amor, está tudo resolvido, sem problema, sem sofrimento. Recusa, então ela mesma, a pessoa está criando as condições para a calcinatio aparecer, mais cedo ou mais tarde. Inevitável. Porque o rio corre para o mar, não tem como escapar do rio, pode resistir, pode não aceitar, pode, o ego pode escolher a opção que quiser, mas terá que ir na direção que o rio corre por amor ou por calcinatio. É inevitável. E isso foi o que os alquimistas, só nesses dois casos descobriram, e sentiram que era exatamente assim. Então quando eles viram que a solutio resolvia tudo, é claro que ficaram felizes da vida entusiasmados, não precisa ter calcinatio nenhuma, basta receber e doar, pois é. Na teoria parece muito simples, e é muito fácil. Agora vamos, vejamos um ou outro caso prático, histórico, como se faria isso na prática? A solutio está na sua mão. A calcinatio não está nas nossas mãos, são coisas que já fogem do controle, você liga o carro e acabou a bateria, você tira da garagem e o pneu está furado. Você vira a esquina vem um e bate em você e assim por diante, então a calcinatioestá completamente fora do seu controle, mas está te levando a aprender algumas coisas, se não tem solutio. Vejamos o caso de Aníbal. Você tem Cartago e tem Roma, Roma é, digamos, o super império que domina o mediterrâneo inteiro. Domina todas as margens e território interno também, uma força absoluta. Dentro desta região não há nada que possa se opor, mas tem Cartago na África que é uma potência emergente, quer alçar voo e quer bater de frente com o império. Ego, ego, egos e egos e egos. Muito bem, então temos Aníbal que resolve invadir Roma pelos Alpes, o que nunca foi feito. A opção mais difícil e mais impossível, e foi o que ele pretendeu e fez. Como que se poderia evitar chegar nas últimas consequências como chegou? Roma não poderia ter mandado um embaixador para tratativas de acordo e evitar uma guerra? Bom, chegou neste ponto porque teve uma série de coisas que aconteceram e levaram a essa situação. Vamos supor que começou, mas de novo insisto, Roma não poderia ter mandado um embaixador conversar com os governantes ou o governante de Cartago? E perguntar: “o que vocês precisam? O que a gente pode fazer para viver em paz? Você progride, eu progrido e todo mundo progride e está tudo certo, em paz”, não é lógico isso? Não seria absolutamente lógico fazer isso? Perguntar para eles o que que vocês precisam? Roma sabe que tem o poder total e absoluto. Naquela época era impossível vencer Roma. O poder militar, econômico etc., de Roma era avassalador. Poderia invadir pelo lado que for que não haveria maiores problemas para Roma, pois Roma tinha poder absoluto. Neste caso entramos naquela questão da negociação humanizada e que Roma deveria ter feito. Numa negociação humanizada, Roma mandaria um embaixador conversar com Aníbal e perguntar o que eles precisavam. “Comida? Tinham sobrando, ok, podemos vender.” Tinham gente passando fome e se não tivessem dinheiro para comprar, Roma forneceria de graça a comida para Cartago. Resolvido o problema e do que mais eles precisavam? Ferro, cobre, quais são as necessidades econômicas para viverem em paz, felizes, prósperos, ad infinitum? Não é simples? É simples. Não, mas agiram assim... “um absurdo, vai contra todas as leis econômicas, toda a estratégia, toda a política internacional etc., etc. imperial e tal. Como que Roma dará a mão, fornecerá, ajudará Cartago? Não. Império domina.” Roma ia e tomava todo mundo, tomava o dinheiro, transformava em escravos, arrasava a terra. Aonde está Cartago hoje? Nem no mapa, não aparece. A solução existia, sem gerar sofrimento para ninguém, nenhum sofrimento, nenhuma calcinatio. Aníbal, dos Alpes, venceu várias regiões, 15.000 mortos do lado de Roma. 15.000 viúvas, 15.000 mães sem filhos, 15.000 crianças, n crianças sem pais. E do outro lado a mesma coisa. A troco de quê? Isso não poderia ter sido resolvido se Roma ajudasse Cartago? Trocasse, comercio justo, isso é solutio, isso é solutio. Essa situação, isso é apenas um exemplo, mas isso ao longo da história, n vezes ao longo da história acontece isso, mesmo quando a solução solutio está na mão. Se você ajuda, você desarma. Vamos supor que Aníbal, por questões pessoais, quer destruir Roma, ou quer tomar o Império. Pelo ego dele. Uma hipótese. Mas atrás dele tem que ter um exército enorme para fazer o que ele quer. E esse exército enorme precisa de quê? De comida. E o povo que está atrás do exército e a população de Cartago precisa de comida, isso é só um exemplo. Se Roma chega lá e fala “o que vocês precisam? Comida? Toma”, todo mundo alimentado e feliz da vida. Está resolvido o problema. Não há necessidade nenhuma de ter guerra e de Aníbal querer invadir Roma, acaba o problema antes que comece. Se Roma dá amor para Cartago teria invertido a lógica imperial. Isso é totalmente possível, se quisessem. Como já falei, tem todas essas questões de ego no final das contas, que se traduzem em n argumentações imperiais para justificar que não podem ajudar Cartago. Afirmam que tem que escravizar, levar todo mundo como escravo, e claro, tem toda a mais-valia destes escravos. Tinha cidade em Roma, no Império, em que 30% da população era de escravos, 30% da população de escravos, quer dizer, o Império era baseado na mais-valia destes escravos todos. Foi assim que foi construído e mantido. Saqueia, traz os recursos e traz escravos. Enquanto isso foi possível de ser feito, não teve problema nenhuma, vai crescendo, anexando, anexando, mas é claro, quanto mais você estende o tamanho do Império, mais problema de logística você tem e isso é gravíssimo em termos de exército, fica muito caro também, então todos os problemas exponenciam quando você tem vários fronts de guerras. Fica complicado. Mesmo com toda essa complicação e dificuldade, será que passou pela cabeça do Imperador ou dos senadores que era melhor ajudar do que saquear? A história mostra que é uma vez após a outra que isso acontece. Os alquimistas foram pesquisar isso um bom tempo depois, mas não precisa nem de alquimia, isso é pura lógica, se todo mundo se ajuda, todo mundo ganha, todo mundo cresce, todo mundo evolui, todo mundo progride. O menor custo possível e o maior ganho possível, cooperar. Dois mil anos após, precisou vir John Nash e provar que cooperar é melhor e ganhar um Nobel de economia, e nem assim as pessoas fazem desta forma. Será que alquimia funciona? Será que solutio funciona? Nash provou que funciona, e o problema persiste. Se nós pegarmos esta questão imperial de Roma e trouxermos para nossa vida, para a vida de qualquer pessoa, é a mesma questão que está em andamento. A quantidade de amor que o Todo despeja, quer a pessoa perceba ou entenda, ou não entenda, é imensa. É avassaladora. Seria absolutamente lógico que isso fosse passado adiante. Qual é o problema de passar adiante isso? Você será passado para trás? Será tido como um otário? Ficará pior que antes? Perderá alguma coisa? É justamente o contrário, por incrível que pareça. É justamente o contrário. Quanto mais ajuda, mais recebe. Lembra? Que volta centuplicado, 100 vezes? E isso é uma metáfora. Quanto mais ajuda, mais recebe. Nunca ficará pior que estava, mesmo que te passem para trás, que levem vantagem, que..., não importa, ficará melhor que estava, dando, ajudando, e ajudando, e ajudando. Em tudo que for possível. N vezes. Quanto mais faz isso, mais solutio entra na pessoa. Está entrando e está saindo, a pessoa está mergulhada na água do oceano primordial, então ela está sendo lavada. Ela está transcendendo tudo. É por isso que o soltar funciona. O soltar é literalmente a solutio, descoberto por Lao Tse na China. A verdade é única, então cada filósofo, cada místico pesquisa na sua época, no seu local, mas chegam na mesma conclusão, solutio é o soltar. É o Tao em andamento. Então quando se fala, quanto mais você solta, mais as coisas andam, quanto mais pressão põe, menos as coisas andam, é pura alquimia, é pura solutio. Quanto mais você ajuda, mais você recebe. Sem fim, sem limite. No início, há 2.000 anos atrás, o simbolismo era um peixe, por que era um peixe? Por que pescava? Não. É porque o ser, o ego, ou o self, ele está nadando no oceano primordial, no que os alquimistas chamam Prima Materia, que nós chamamos Vácuo Quântico, a Energia Primordial, de tudo, de onde tudo emerge, por isso que era o peixe. É muito, digamos, é extremamente simples viver. Alquimia explica a vida. Como eu falei, se você pega alguém de 80 anos e fizer uma longa
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