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SPAs e Terapias Alternativas (1)

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Prévia do material em texto

Indaial – 2021
SPAS e TerAPiAS 
AlTernATivAS
Prof.ª Roseane Leandra da Rosa
Prof.ª Sabrina Hochheim
3a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.ª Roseane Leandra da Rosa
Prof.ª Sabrina Hochheim
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
R788s
Rosa, Roseane Leandra da
SPAs e terapias alternativas. / Roseane Leandra da Rosa; Sabrina 
Hochheim. – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
211 p.; il.
ISBN 978-65-5663-610-8
ISBN Digital 978-65-5663-609-2
1. Corpo e mente. - Brasil. I. Hochheim, Sabrina. II. Centro 
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 610
APreSenTAção
Olá, caro Acadêmico! Seja bem-vindo ao caderno de Spas & Terapias 
alternativas. Aqui nesta disciplina você será apresentado às diversas técni-
cas e procedimentos utilizados nos serviços de spas e clínicas de bem-estar. 
Esses locais oferecem serviços a um público diferenciado, e por diferenciado 
podemos dizer também exigente. Ainda que hoje os Spas estejam acessíveis 
a todas as classes econômicas, uma vez dentro de um Spa, qualquer pessoa 
quer sentir como se estivesse recebendo o melhor cuidado do mundo. Você 
irá entender isso a partir da leitura deste livro!
Para começar, na Unidade 1, você vai aprender sobre como deve ser 
um ambiente ideal para uma sala de massagem, e poderá perceber o quão 
delicado e especial esse espaço pode se tornar. Iremos abordar temas como 
a biossegurança e a ergonomia que devem ser cuidados constantes em qual-
quer serviço oferecido. 
Aprofundando ainda mais os conhecimentos, você será introduzido à 
temática da medicina tradicional chinesa e suas teorias, e irá perceber o quanto 
essa sabedoria milenar influencia nossos dias até hoje. Além disso, aprenderá 
sobre as diversas técnicas utilizadas para gerar saúde e bem-estar em clientes de 
Spas. Muitas dessas técnicas tiveram sua origem no oriente e foram adaptadas 
para a cultura ocidental tornando-as ricas fontes de promoção de bem-estar.
Dando continuidade aos estudos, na Unidade 2 do livro você aprenderá 
sobre as Práticas Integrativas Complementares, conhecidas também como PICs. 
Essas práticas vêm ajudando muitas pessoas a recuperarem sua saúde de forma 
integral. Muitas delas vêm sendo oferecidas pelo Sistema Único de Sáude (SUS), 
gratuitamente em nosso País, por isso a importância de aprender sobre elas.
Para finalizar os estudos, na Unidade 3 deste livro, você aprende-
rá sobre a história dos Spas. Ao longo do percurso, você perceberá como 
a balneoterapia está intimamente ligada ao que hoje chamamos de Spas. 
Abordaremos, ainda, sobre a aromaterapia, cristaloterapia, algoterapia, 
massoterapia e suas técnicas, e muito mais. Você conhecerá profundamente 
a infinidade de técnicas que podem tornar o Spa um verdadeiro centro de 
bem-estar. E para que isso tudo funcione muito bem, apresentaremos alguns 
importantes passos administrativos que podem te ajudar a garantir o suces-
so e sustentabilidade do seu negócio.
Espero que aproveitem a jornada, e bons estudos!
 
Prof.ª Sabrina Hochheim
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
Sumário
UNIDADE 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM E POSTURA PROFISSIONAL,
 NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
 E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM. ........................................................... 1
TÓPICO 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM: LUGAR IDEAL, BIOSSEGURANÇA,
 ERGONOMIA E ÉTICA NO ATENDIMENTO ...................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 A SALA DE MASSAGEM .................................................................................................................. 4
3 BIOSSEGURANÇA NA MASSAGEM ............................................................................................ 5
4 ERGONOMIA ...................................................................................................................................... 8
5 ÉTICA ................................................................................................................................................... 10
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 15
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 16
TÓPICO 2 — NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA TRADICIONAL 
 CHINESA (MTC) ......................................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 19
2 HISTÓRIA E INTRODUÇÃO DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ....................... 19
3 TEORIAS QUE FUNDAMENTAM A MTC ................................................................................. 21
3.1 TEORIA YIN E YANG .................................................................................................................. 22
3.1.1 A energia vital e as substâncias vitais ............................................................................... 23
4 TEORIA DE WU SHING OU TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS OU TEORIA 
 DOS CINCO MOVIMENTOS ........................................................................................................ 24
4.1 TEORIA DE ZANG FU ................................................................................................................ 29
5 ENTENDENDO OS MERIDIANOS .............................................................................................. 30
6 SURGIMENTO DAS DOENÇAS ...................................................................................................32
6.1 CAUSAS INTERNAS ................................................................................................................... 32
6.2 CAUSAS EXTERNAS .................................................................................................................. 33
7 DIAGNÓSTICO NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA .............................................. 34
7.1 TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO ............................................................................................... 35
8 TÉCNICAS ENVOLVIDAS NA CURA DO CORPO SEGUNDA A MEDICINA
 TRADICIONAL CHINESA ............................................................................................................. 35
8.1 FITOTERAPIA ............................................................................................................................... 35
8.2 ACUPUNTURA ............................................................................................................................ 36
8.3 AURICULOTERAPIA .................................................................................................................. 37
8.4 REFLEXOLOGIA PODAL ........................................................................................................... 39
8.5 TERAPIAS MANUAIS – TUI NA, SHIATSU, DO-IN, QUICK MASSAGE ........................... 40
8.6 PRÁTICAS FÍSICAS – TAI CHI CHUAN, CHI KUNG ............................................................. 41
8.7 MOXABUSTÃO ............................................................................................................................ 42
8.8 VENTOSATERAPIA ..................................................................................................................... 43
8.9 FENG SHUI.................................................................................................................................... 44
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 46
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 47
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À MASSAGEM CLÁSSICA ........................................................ 49
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 49
2 HISTÓRIA DA MASSAGEM ......................................................................................................... 49
3 TIPOS DE MASSAGEM CLÁSSICA ............................................................................................. 52
3.1 EFFLEURAGE ............................................................................................................................... 52
3.2 PETRISSAGE – AMASSAMENTO E COMPRESSÃO ............................................................. 53
3.3 TAPOTAMENTO .......................................................................................................................... 53
3.4 TÉCNICAS DE FRICÇÃO ........................................................................................................... 54
3.5 TÉCNICAS DE VIBRAÇÃO E AGITAÇÃO .............................................................................. 55
4 COMPONENTES DA MASSAGEM .............................................................................................. 56
4.1 O USO DO CORPO DO PROFISSIONAL NAS MANOBRAS DE MASSAGENS .............. 56
5 EFEITOS FISIOLÓGICOS DA MASSAGEM CLÁSSICA ........................................................ 59
6 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DAS MASSAGENS .............................................. 64
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 66
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 68
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 69
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 71
UNIDADE 2 — PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES ................................... 75
TÓPICO 1 — FUNDAMENTANDO AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
 COMPLEMENTARES EM SAÚDE (PICS) NO BRASIL ..................................... 77
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 77
2 OBJETIVOS E DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS
 INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES ................................................................................... 78
2.1 OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS 
 E COMPLEMENTARES .............................................................................................................. 79
2.2 DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS 
 E COMPLEMENTARES .............................................................................................................. 79
3 ONDE ENCONTRAMOS AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES ................ 80
3.1 COOPERAÇÃO ENTRE O BRASIL E O MÉXICO .................................................................. 81
4 COMO IMPLANTAR AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES .................. 81
5 PREPARO DOS SERVIÇOS E DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE PARA 
 A REALIZAÇÃO DAS PICS ............................................................................................................ 82
5.1 PRINCIPAIS AVANÇOS NO USO DAS PICS E DESAFIOS FUTUROS............................... 83
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 84
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 85
TÓPICO 2 — DESCREVENDO AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E 
 COMPLEMENTARES ................................................................................................. 87
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 87
2 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES INSERIDAS NO SUS .................... 87
2.1 APITERAPIA ................................................................................................................................. 87
2.2 AROMATERAPIA ........................................................................................................................ 88
2.3 ARTETERAPIA ............................................................................................................................. 88
2.4 AYURVEDA ................................................................................................................................... 88
2.5 BIODANÇA ................................................................................................................................... 89
2.6 BIOENERGÉTICA ........................................................................................................................ 89
2.6.1 Componentes da massagem ............................................................................................... 90
2.7 CONSTELAÇÃO FAMILIAR ...................................................................................................... 91
2.8 CROMOTERAPIA ........................................................................................................................ 91
2.9 DANÇA CIRCULAR .................................................................................................................... 91
2.10 GEOTERAPIA .............................................................................................................................92
2.11 HIPNOTERAPIA ........................................................................................................................ 92
2.12 HOMEOPATIA ............................................................................................................................ 92
2.13 IMPOSIÇÃO DE MÃOS............................................................................................................. 93
2.14 MEDICINA ANTROPOSÓFICA .............................................................................................. 93
2.15 MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC) .................................................................... 93
2.16 MEDITAÇÃO .............................................................................................................................. 99
2.17 MUSICOTERAPIA .................................................................................................................... 100
2.18 NATUROPATIA ........................................................................................................................ 100
2.19 OSTEOPATIA ............................................................................................................................ 100
2.20 OZONIOTERAPIA ................................................................................................................... 100
2.21 QUIROPRAXIA ......................................................................................................................... 101
2.22 REFLEXOTERAPIA .................................................................................................................. 101
2.23 REIKI ........................................................................................................................................... 101
2.24 SHANTALA ............................................................................................................................... 106
2.25 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA ........................................................................ 106
2.26 TERAPIA FLORAL ................................................................................................................... 106
2.27 TERMALISMO SOCIAL .......................................................................................................... 107
2.28 YOGA ......................................................................................................................................... 107
2.29 FITOTERAPIA ........................................................................................................................... 107
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 111
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 113
TÓPICO 3 — OUTRAS PRÁTICAS COMPLEMENTARES ...................................................... 115
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 115
2 MINDFULNESS ................................................................................................................................ 115
3 BARRAS DE ACCESS / ACCESS CONSCIOUSNESS ............................................................... 116
3.1 O QUE DIZ A NEUROCIÊNCIA SOBRE A BARRA DE ACCSES ...................................... 117
4 THETAHEALING® .......................................................................................................................... 117
5 TERAPIA COM PEDRAS QUENTES, FRIAS, CRISTAIS ...................................................... 120
6 RADIESTESIA .................................................................................................................................. 120
7 DIETOTERAPIA CHINESA .......................................................................................................... 121
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 130
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 135
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 136
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 138
UNIDADE 3 — SPA – HISTÓRIA, TRATAMENTOS OFERECIDOS POR UM SPA,
 CONCEITOS, APLICAÇÃO E TERAPIAS ATUAIS NA ÁREA .................. 143
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DOS SPAS ............................................................................................. 145
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 145
2 ANTIGUIDADE ............................................................................................................................... 145
2.1 GRÉCIA ANTIGA E IMPÉRIO ROMANO ............................................................................. 146
2.2 DO SÉCULO XIII AO SÉCULO XVI – RENASSENÇA ........................................................ 147
2.3 SÉCULO XIX E XX ..................................................................................................................... 147
2.4 USO DAS ÁGUAS TERAPÊUTICAS NO BRASIL ................................................................ 148
3 PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS DAS ÁGUAS TERMAIS – BALNEOTERAPIA .............. 150
4 ÁGUAS TERMAIS COM FINALIDADES COSMÉTICAS ..................................................... 152
5 TIPOS DE ÁGUAS TERMAIS ...................................................................................................... 154
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 156
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 157
TÓPICO 2 — TRATAMENTOS OFERECIDOS EM SPAS ......................................................... 159
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 159
2 OS CHAKRAS .................................................................................................................................. 159
3 AROMATERAPIA ........................................................................................................................... 161
3.1 O QUE É AROMATERAPIA E A QUÍMICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS .......................... 162
3.1.1 Óleo Essencial x Essência ................................................................................................. 163
3.1.2 Formas de uso da aromaterapia ...................................................................................... 164
3.1.3 Dosagens dos óleos essenciais ......................................................................................... 166
3.1.4 Toxicidade de óleos essenciais ......................................................................................... 167
3.1.5 Os óleos essenciais – alguns exemplos importantes ..................................................... 168
3.1.6 Óleos vegetais – exemplos ................................................................................................ 169
4 HIDROTERAPIA ............................................................................................................................. 170
5 GEOTERAPIA E ARGILOTERAPIA ........................................................................................... 172
6 CROMOTERAPIA ...........................................................................................................................173
7 PEDRAS QUENTES E PEDRAS FRIAS ...................................................................................... 175
8 CRISTALOTERAPIA ...................................................................................................................... 176
9 ALGOTERAPIA ............................................................................................................................... 179
10 MASSOTERAPIA .......................................................................................................................... 180
10.1 MASSAGEM COM VELAS ..................................................................................................... 181
10.2 MASSAGEM COM BAMBU ................................................................................................... 181
10.3 MASSAGEM COM PANTALAS ............................................................................................. 182
10.4 MASSAGEM COM PINDAS ................................................................................................... 182
10.5 MASSAGEM AYURVEDA ....................................................................................................... 183
10.6 MASSAGEM TIBETANA ........................................................................................................ 185
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 188
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 189
TÓPICO 3 — CLASSIFICAÇÃO DE SPAS, ESTRUTURA TÉCNICA, 
 ADMINISTRATIVA E FÍSICA DE UM SPA ........................................................ 191
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 191
2 CLASSIFICAÇÃO DE SPAS ......................................................................................................... 191
3 ESTRUTURA FÍSICA DE UM SPA .............................................................................................. 193
4 ESTRUTURA TÉCNICA DE UM SPA ......................................................................................... 194
5 ADMINISTRAÇÃO DE SPAS ...................................................................................................... 195
5.1 FLUXO DE CAIXA .................................................................................................................... 198
5.2 CAPITAL DE GIRO .................................................................................................................... 199
5.3 CUSTOS ....................................................................................................................................... 200
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 202
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 205
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 206
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 208
1
UNIDADE 1 — 
AMBIENTE PARA A MASSAGEM E 
POSTURA PROFISSIONAL, NOÇÕES 
BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA E UMA 
INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender o funcionamento de uma sala de massagens, cumprir 
os pré-requisitos relativos à biossegurança, ergonomia e ética da 
prática de massagens; 
• conhecer a história da Medicina Tradicional Chinesa, seus concei-
tos, suas teorias fundamentais, bem como as principais técnicas 
utilizadas para estabelecer a saúde;
• adquirir conhecimentos teóricos e práticos introdutórios em relação 
à massagem clássica, também conhecida como massagem sueca;
• compreender os mecanismos fisiológicos envolvidos na massa-
gem clássica e suas indicações e contraindicações.
2
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – AMBIENTE PARA A MASSAGEM: LUGAR IDEAL, 
 BIOSSEGURANÇA, ERGONOMIA E ÉTICA NO 
 ATENDIMENTO
TÓPICO 2 – NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA
 TRADICIONAL CHINESA (MTC)
TÓPICO 3 – INTRODUÇÃO À MASSAGEM CLÁSSICA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
AMBIENTE PARA A MASSAGEM: LUGAR IDEAL, 
BIOSSEGURANÇA, ERGONOMIA E ÉTICA NO 
ATENDIMENTO
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Iniciaremos este tópico com a seguinte pergunta: O que 
você considera um ambiente ideal para massagem? Antes de iniciar a leitura, 
pare por um minuto e se imagine como um cliente. Você agendou uma sessão de 
massagem com um esteticista e está ansioso esperando por esse momento. Um 
momento em que você se deitará em uma maca e irá finalmente relaxar e se sentir 
cuidada, ou melhor, cuidando de si mesma.
Frequentemente, quando pensamos numa massagem relaxante imagens 
vem a nossa mente, como essa:
FIGURA 1 – SALA DE MASSAGEM
FONTE: <https://bit.ly/3n1WhlR>; <https://bit.ly/3gk1Vyl>. Acesso em: 9 abr. 2021.
Um cenário muito belo e delicado, que só de olhar já causa uma boa sen-
sação. Nas duas imagens apresentadas na Figura 1, temos um cenário claro com 
luz natural, uma maca aparentemente confortável e vários elementos, como ve-
las, plantas, flores, toalhas claras e aromas que induzem ao conforto e relaxam-
ento. Para alcançarmos o objetivo de ter um ambiente de massagem adequado 
e que verdadeiramente deixe o cliente confortável, alguns cuidados devem ser 
tomados. Esses cuidados envolvem tanto a parte estrutural do ambiente como 
também cuidados de higiene, biossegurança, ergonomia, ética e comportamento 
durante a sessão. Vamos falar de cada um desses itens em mais detalhes.
UNIDADE 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM E POSTURA PROFISSIONAL, NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
4
2 A SALA DE MASSAGEM
Anteriormente, citamos alguns elementos que devem aparecer numa sala 
de massagem. Vamos, agora, falar de um elemento central na massagem: a maca. 
Se você já foi cliente de massagem alguma vez na vida, sabe que deitar em uma 
maca que não é confortável pode levar toda a experiencia de relaxamento por 
água abaixo. Os braços começam a doer, a cabeça começa a pesar e o pescoço con-
trai e pode te deixar muito desconfortável depois de uns poucos minutos.
Observe a maca da Figura 2. Essa maca possui um encaixe especial para a 
cabeça do cliente, pois permite um perfeito alinhamento da coluna vertebral, sem que 
seja necessário apoiar a cabeça nos braços ou virar o pescoço para poder respirar. Além 
disso, essa maca é acolchoada, o que gera mais conforto. A estrutura em madeira dá 
mais firmeza, o que permite à pessoa se mexer sem medo de cair. E a largura também é 
importante, pois macas muito finas podem dar muita insegurança, especialmente se o 
cliente tiver um tamanho maior. Macas de alumínio precisam ser muito bem avaliadas 
para garantir que possam dar a mesma segurança. Tudo isso torna a experiência da 
massagem muito melhor. Por isso, quando você for adquirir uma maca para a sua sala 
de massagens, pense nela como um elemento central. De nada adianta ter um ambiente 
todo enfeitado e harmonizado, se a maca não oferecer conforto.
FIGURA 2 – A MACA IDEAL PARA A SALA DE MASSAGENS
FONTE: <https://bit.ly/3uRb4mi>. Acesso em: 9 abr. 2021.
Agora, vamos falar dos demais elementos da sala de massagem?
• Pense no ambiente com muito carinho, ele será um acolhimento paraseu 
cliente. É um momento muito esperado e deve atender as expectativas, prepa-
re tudo com calma e antecedência para não esquecer nenhum material. Assim 
você evita interromper o fluxo depois que já tiver iniciado a massagem.
• A temperatura da sala deve ser agradável. Nem muito fria e nem muito quen-
te. Na dúvida, pergunte ao cliente como ele se sente melhor. Lembre-se que o 
cliente irá relaxar, logo poderá sentir mais frio que o normal. O ambiente deve 
ser ventilado, sem corrente de ar e jamais sufocante.
TÓPICO 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM: LUGAR IDEAL, BIOSSEGURANÇA, ERGONOMIA E ÉTICA NO ATENDIMENTO
5
• Uma iluminação natural remete natureza e deixa o cliente mais relaxado. Se não 
for possível luz natural, invista em luminárias de baixa intensidade ou em velas.
• A aromaterapia pode auxiliar muito, visto que os óleos essenciais, além de 
perfumarem o ambiente, auxiliam no relaxamento e dão oportunidade de 
ampliar o efeito terapeutico. 
• Hoje em dia, é difícil termos locais totalmente silenciosos. Se sua sala tiver mui-
to ruído externo você pode colocar uma música calma, ou então, investir em 
fontes de água que reproduzem o som de uma cachoeira. Nunca deixe o rádio 
ou televisão ligados. As notícias e propagandas podem arruinar a experiencia.
• As toalhas devem ser brancas ou de cores claras e devem estar sempre limpas 
e cheirosas.
• Rolinhos ergonômicos para colocar em baixo dos joelhos quando o cliente 
estiver deitado de costas são objetos a serem considerados, pois alivia muito 
a pressão na região lombar.
• É comum utilizar óleos e cremes de massagem para fazer o deslizamente ideal. Lem-
bre-se sempre de perguntar sobre possíveis alergias que o cliente possa ter. Após a 
aplicação, faça uma obervação sobre vermelhidões e coceira que possa surgir. Afinal, 
você não quer que seu cliente saia da sessão pior do que entrou, não é mesmo?
Ao tomar esses cuidados básicos, a terapia de massagem torna-se muito 
mais eficaz e é um portal para fidelizar seus clientes.
3 BIOSSEGURANÇA NA MASSAGEM
A biossegurança é definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa) como: “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destina-
das a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que pos-
sam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente” (LESSA, 2014, s. p.)
Esse conceito é primordial para qualquer área da saúde, e não é a toa que 
existe uma disciplina inteiramente dedicada ao estudo da importancia e aplica-
bilidade da biossegurança em todas as áreas da saúde. Desde hospitais, clínicas, 
farmácias, até salões de beleza e estéticas, todos precisam cumprir as normas de 
biossegurança para poderem atuar. 
Vamos abordar, então, alguns detalhes da biossegurança aplicada à mas-
sagem. Para começar, vamos pensar em alguns itens que são indispensáveis:
Qual a vestimenta ideal para a massagem? A esteticista deve sempre estar 
de jaleco, utilizando máscara, de cabelos presos e também vestindo um confortável 
sapato fechado. Especificamente, para a massagem, é importante que as unhas es-
tejam muito bem cortadas, para evitar arranhar o cliente e, de preferência, sem es-
malte ou esmalte claro. Esses itens demonstram assiduidade do profissional.
UNIDADE 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM E POSTURA PROFISSIONAL, NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
6
FIGURA 3 – VESTIMENTAS DE SEGURANÇA PARA O ESTETICISTA (JALECO, MÁSCARA E 
CABELOS PRESOS)
FONTE: <https://bit.ly/3wbRxxd>. Acesso em: 9 abr. 2021.
É importante, como já mencionamos, que o ambiente esteja limpo e prepa-
rado antes de cada sessão. Para isso, utilize o álcool 70% para higienizar a maca 
e os utensílios que serão utilizados. Após higienizar a maca, forre-a com o lençol 
descartável e disponha as tolhas limpas sobre ela.
Você sabia que a concentração de 70% é a ideal para matar microorganismos pre-
sentes nas superfícies e produtos? Nessa concentração, o produto tem a quantidade ideal de 
água para facilitar a entrada do álcool no interior do microorganismo. Isso porque, 30% de água 
junto ao etanol impede a rápida evaporação do álcool, permitindo maior tempo de contato para 
que haja a penetração do álcool no interior do microorganismo, resultando na sua destruição.
FONTE: <https://bit.ly/3tsXYLk>. Acesso em: 9 abr. 2021.
IMPORTANT
E
É comum a utilização de cremes e óleos de massagem. Muitas vezes nos es-
quecemos que esses itens, se não forem muito bem conservados e limpos, podem ser 
vetores para uma possível contaminação por fungos ou bactérias entre os clientes.
Vamos relembrar alguns tipos de fungos e doenças de pele que podem 
acometer as pessoas e ser transmitidos num ambiente mal higienizado. Segundo 
Barbieri e Ischida (2021), as micoses são doenças de pele causadas por fungos, e 
podem ser classificadas da seguinte maneira: superficiais, cutâneas, subcutâneas 
e sistêmicas e oportunistas. 
As micoses superficiais são aquelas em que o fungo acomete camadas mais su-
perficiais da córnea da pele, ou a haste livre dos pelos, geralmente do gênero Trichosporon 
e Malassezia. Essa infecção se manifesta por manchas pigmentares descamativas na pele, 
distribuídas pelo tórax, abdome e membros superiores (BARBIERI; ISCHIDA, 2021).
TÓPICO 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM: LUGAR IDEAL, BIOSSEGURANÇA, ERGONOMIA E ÉTICA NO ATENDIMENTO
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FIGURA 4 – MICOSES DE PELE
FONTE: <https://bit.ly/3tSDpre>. Acesso em: 9 abr. 2021.
Nem sempre as manchas são evidentes, e podem acabar passando desper-
cebidas pelo profissional. Para evitar maiores problemas, quando você for com-
prar produtos para massagem perceba as embalagens, aquelas que apresentam 
válvula tipo “pump” são ideiais. Elas impedem o contato das mãos do manip-
ulador com o conteúdo, e, dessa forma, conservam melhor o produto. Quando 
perceber que as embalagens estão melecadas, passe um pano com alcool 70%. 
Isso também deve ser feito entre um cliente e outro. Quando não for possível 
adquirir embalagens com válvula, adquira espátulas descartáveis para pegar o 
produto. O produto deve ser retirado com espátula e ser colocado em cubeta. Se 
sobrar o produto na cubeta, deve ser descartado. Jamais coloque as mãos dentro 
dos potes. Isso contamina o produto, e pode propagar fungos entre os pacientes.
FIGURA 5 – EMBALAGENS TIPO PUMPS OU ESPÁTULAS DEVEM SER USADAS PARA IMPEDIR A 
CONTAMINAÇÃO CRUZADA
FONTE: A autora
UNIDADE 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM E POSTURA PROFISSIONAL, NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
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4 ERGONOMIA
A ergonomia pode ser entendida como a ciência que estuda a forma do 
trabalho humano, no sentido de adaptar o trabalho, o aspecto da organização e 
os elementos constituintes do seu envolvimento ao indivíduo, de acordo com as 
suas características físicas, fisiológicas, psicofisiológicas, biomédicas e psicológi-
cas (MARTINS; PEREIRA, 2019). Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia 
(ABERGO), a ergonomia pode ser dividida em física, cognitiva e organizacional:
• Ergonomia física: inclui o estudo da postura no trabalho, manuseio de ma-
teriais, movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos relacionados 
ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde.
• Ergonomia cognitiva: estuda a carga mental de trabalho, tomada de decisão, 
interação homem computador, stress e treinamento.
• Ergonomia organizacional: inclui as estruturas organizacionais, políticas e de 
processos das empresas. Estuda a comunicação, gerenciamento de recursos, 
projetos de trabalho, organização de tempo, trabalhos em grupo, novos para-
digmas do trabalho, cultura organizacional, gestão da qualidade dentre outros.
Com isso, vê-se que a ergonomia é uma ciência séria e que deve ser levada 
a sério durante a sessão de massagem. Para melhor performance do profissional, 
é muito importante prestar atenção na ergonomia. A má postura do profissional 
durante a sessão de massagem será facilmente percebida pelo clientee pode gerar 
tensão. Os benefícios de uma postura correta ajudam o profissional de estética 
a direcionar melhor a sua energia em relação ao cliente. A direção, pressão e o 
ritmo das manobras são facilmente controlados, evita a tensão mecânica sobre 
o corpo do profissional, as mãos ficam mais relaxadas, a respiração ocorre sem 
esforço e o profissional mantém os pés bem apoiados (CASSAR, 2001). 
O requisito mais importante para uma massagem eficaz é uma boa téc-
nica, aplicada com esforço mínimo. Na maior parte dos movimentos 
de massagem a posição do terapeuta é um aspecto essencial da técnica. 
A posição, em relação tanto à maca de tratamento quanto ao paciente, 
influencia a eficácia e o fluxo das manobras; consequentemente o tera-
peuta precisa assumir a postura adequada antes de tocar a pessoa que 
receberá a massagem (CASSAR, 2001, p. 58).
FIGURA 6 – ALINHAMENTO IDEAL DO PROFISSIONAL DURANTE A MASSAGEM
FONTE: A autora
TÓPICO 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM: LUGAR IDEAL, BIOSSEGURANÇA, ERGONOMIA E ÉTICA NO ATENDIMENTO
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FIGURA 7 – DESTAQUE PARA AS ARTICULAÇÕES PREJUDICADAS DURANTE A MÁ POSTURA
FONTE: (BRASIL, 2001, p. 11)
É importante o bom posicionamento da coluna em qualquer trabalho ou 
labor, pois é dela que são emanadas todas as ramificações do sistema nervoso e por 
isso a postura correta é extremamente importante durante qualquer atividade física 
(PUERARI; CIAPPINA, 2011). Veja um exemplo de como ficam as articulações da 
coluna vertebral sobre pressão intervertebral com a inclinação para frente. A má 
postura somada ao esforço repetitivo pode causar muita dor ao profissional.
Outro ponto a ser considerado é a má postura, que, ao longo do tempo, pode 
gerar as doenças conhecidas como ‘lesões por esforço repetitivo’ (LER) ou distúr-
bios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). O que pode ser a causa de 
afastamento ou encurtamento de tempo de trabalho dos profissionais. Segundo um 
boletim lançado pelo Ministério da Previdência Social, no período de 2000 a 2011:
As doenças motivadas por fatores de riscos ergonômicos e a sobre-
carga mental têm superado os traumáticos – como fraturas. Enquanto 
as primeiras, responsáveis pelos afastamentos por doenças do traba-
lho, alcançaram peso de 20,76% de todos os afastamentos, aquelas do 
grupo traumático, responsáveis pelos acidentes típicos, representaram 
19,43% do total. Juntas elas respondem por 40,25% de todo o universo 
previdenciário (BRASIL, 2020, s. p.).
Puerari e Ciappina (2011) realizaram um extenso trabalho de revisão sobre 
ergonomia e profissionais da área de massoterapia com o intuito de desenvolver um 
novo modelo de macas ergonômicas e que protegessem profissionais de diferentes 
alturas contra lesões causadas por má postura. Chegaram ao seguinte modelo: 
Determinou-se o comprimento final do móvel baseando-se na média de 
altura do homem brasileiro (1,73 m). Sendo assim, definiu-se a medida de 1,80 
m para o comprimento, a fim de atender o maior número possível de usuários. 
A largura de 0,75 m foi utilizada para abranger mais confortavelmente os braços 
dos diferentes padrões corporais. E os dois níveis de regulagem de altura foram 
estabelecidos em 0,70 m e 0,80 m (PUERARI; CIAPPINA, 2011, p. 79). 
UNIDADE 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM E POSTURA PROFISSIONAL, NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
10
Quer aprender mais sobre ergonomia e modelos de maca dis-
poníveis no mercado? Este trabalho é muito interessante e você pode ler 
na íntegra em:
DICAS
Para evitar que o profissional sofra com esse tipo de problema, o ideal é 
cuidar também do seu próprio corpo. A prática de exercício físico ajuda a fortale-
cer a musculatura e melhorar a postura. Além disso, fazer alongamentos entre as 
sessões de massagem pode ser uma boa ideia para que o profissional não chegue 
ao final do dia com dores corporais. Veja as dicas: 
FIGURA 8 – ALONGAMENTOS PARA SEREM FEITOS ENTRE AS SESSÕES DE MASSAGEM
FONTE: <https://bit.ly/2SYrpHV>. Acesso em: 12 abr. 2021.
5 ÉTICA
Caro acadêmico, vamos iniciar este subtópico do Tópico 1 com algumas 
perguntas simples: ‘Você sabe o que é ética profissional?’. Talvez você já tenha 
ouvido falar muito desse termo. Na prática, você sabe como ele se aplica? Co-
nhece exemplos de profissionais éticos? E conhece exemplos de profissionais que 
não foram éticos? Talvez conheça até alguém que já sofreu ação judicial por ter 
descumprido o Código de Ética da sua profissão.
TÓPICO 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM: LUGAR IDEAL, BIOSSEGURANÇA, ERGONOMIA E ÉTICA NO ATENDIMENTO
11
A ética profissional é constituída por um conjunto de fatores, os quais po-
demos nomear o caráter da pessoa, os valores e princípios, o comportamento, o 
relacionamento no ambiente de trabalho. A ética profissional é aplicada para toda 
e qualquer profissão, seja ela formal ou não. Bons relacionamentos com a equipe 
de trabalho, sejam chefes ou subordinados, e com os clientes contribuem para o 
crescimento profissional, e isso reflete diretamente na qualidade de vida de todas 
as pessoas envolvidas. Afinal, quem não gosta de cultivar boas amizades no local 
de trabalho? E saber que pode contar com seus colegas quando precisar?
O Código de Ética é um documento oficial, publicado pelos conselhos e sindica-
tos de quaisquer profissões existentes, ou seja, ele não é único, mas sim particular a cada 
profissão separadamente. O principal objetivo de um Código de Ética é normatizar e 
delimitar a atuação dos profissionais de cada área, dizendo assim, o que é permitido ao 
profissional e o que foge do seu espectro de ação. Para ilustrar mais profundamente este 
tema, iremos abordar agora o “Código de Ética dos Profissionais de Estética”.
No Brasil, ainda não existe um sindicato nacional oficial para os esteticis-
tas, ao qual poderiam se associar os sindicatos estaduais. Portanto, vamos tomar 
como exemplo o Código de Ética publicado pelo Sindicato dos Empregadores 
em Empresas e autônomos em Estética e Cosmetologia do Estado de São Paulo 
(Sindestética). Vamos detalhar e discutir aqui alguns tópicos:
No Capítulo I, Artigo 3º, parágrafo VIII: “Indicar, sempre que necessário ou 
quando detectar patologia que não esteja ao alcance de seus conhecimentos técnicos 
e científicos, o serviço de profissionais especializados” (ASSOCEMSP, 2018, p. 1).
No Código, podemos ver claramente que o profissional de estética não 
deve fazer nenhum tipo de diagnóstico e deve indicar ao cliente que ele procure 
um médico ou outro profissional da saúde, como fisioterapeuta ou psicólogo, 
para solucionar o problema.
No Capítulo II, Artigo 5º, parágrafo IV: “Selecionar a técnica, tipo de terapia, 
recurso de trabalho assim como o estímulo a ser feito, de acordo com a ficha de ava-
liação e as necessidades do cliente” (ASSOCEMSP, 2018, p. 2). Aqui fica claro que o 
profissional de estética precisa ter conhecimento técnico para avaliar o seu cliente e 
definir qual o melhor tratamento para o caso, registrando tudo em uma ficha de ava-
liação. É muito importante esse registro, uma vez que algumas informações podem 
se perder ao longo do tempo. Lembre-se que isso traz segurança a você também.
Ainda no Artigo 5º, parágrafo V: “Orientar o cliente sobre condutas de 
prevenção de afecções estéticas” (ASSOCEMSP, 2018, p. 2).
Vê-se que o profissional de estética deve orientar seu cliente com cuidados 
fora da clínica de estética. Isso é importante, pois assim os seus resultados ten-
dem a ser melhores. Não podemos deixar o cliente sem orientação com o intuito 
de que ele volte para corrigir eventuais problemas causados por falta de conhe-
cimento. Agora vamos analisar mais cautelosamente o Artigo 6º, veja o que diz:
UNIDADE 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM E POSTURA PROFISSIONAL, NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
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Art. 6º – É vedado ao Esteticista, no exercício de suas funções: 
I- Prescrever ou aplicar medicamentos. 
II- Induzir pessoas a recorrerem aosseus serviços. 
III- Prolongar desnecessariamente as sessões de procedimento estético. 
IV- Divulgar resultados e métodos de pesquisas não realizadas por si. 
V- Atrair cliente mediante a propaganda falsa, que ponha em risco a 
credibilidade da classe. 
VI- Utilizar ou divulgar produtos que não estejam cientificamente 
comprovados (ASSOCEMSP, 2018, p. 2).
Infelizmente, vemos muito esse tipo de conduta por aí. Indicar tratamen-
tos desnecessários, prolongar o tempo de atendimento, indicar mais sessões ou 
mesmo diminuir o intervalo entre sessões são questões muito graves e que põe 
em xeque a credibilidade do profissional. 
O cliente, mais dia menos dia, pode perceber que há algo errado. Ele é 
livre para pesquisar e recorrer a outros profissionais. Então sempre tenha em 
mente o melhor para seu cliente.
Continuando, o Capítulo III do Código de Ética fala sobre o respeito ao 
cliente. Gostaríamos de destacar alguns parágrafos para você, caro acadêmico:
 
III- Respeitar as convicções religiosas, políticas e filosóficas do cliente.
V- Manter comportamento ético, incluindo o sigilo profissional.
XIV- Manter senso estético social em seu local de atendimento, 
ambiente de trabalho e sobre si mesmo.
XVI- Relacionar com cuidados de biossegurança e zelar pela saúde 
(ASSOCEMSP, 2018, p. 2-3).
Muitas vezes os profissionais de estética são verdadeiros ouvintes dos 
problemas de seus clientes. As pessoas, além de procurarem serviços de beleza, 
gostam de conversar, contar seus problemas, e desabafar. 
Claramente, o profissional de estética não é psicólogo, mas pode sim, ser 
um amigo. Só que alguns cuidados precisam ser tomados nessa relação, de forma 
que os princípios éticos não sejam feridos. Assim, quando perceber que o seu 
cliente tem um problema mais grave, você pode indicar a ele outro profissional. 
Ou, se este não for o caso, você pode apenas ouvir e aconselhar como amigo, sem, 
no entanto, tentar impor suas crenças e filosofias. No entanto, lembre-se sempre 
do sigilo profissional. Nunca se deve comentar com outras pessoas os problemas 
do cliente, nem mesmo os tratamentos que ele está fazendo.
Se você trabalha em um ambiente com mais pessoas, também precisa ter 
cuidado com os assuntos abordados no dia a dia, e na medida do possível sua 
vida pessoal deve ser resguardada.
O último artigo destacado é o Artigo 16, o qual fala sobre a biossegurança 
do cliente. Nunca devemos reaproveitar quaisquer materiais contaminados em 
outros clientes. Isso inclui luvas, toalhas, espátulas e demais utensílios. Mesmo 
que o cliente não esteja vendo esse compartilhamento, devemos nos colocar no 
lugar do cliente e pensar eticamente em relação a isso.
TÓPICO 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM: LUGAR IDEAL, BIOSSEGURANÇA, ERGONOMIA E ÉTICA NO ATENDIMENTO
13
Já o Capítulo V trata da relação com outros profissionais. Veja o que diz o 
Artigo 8º, III: “Manter comportamento ético com seus pares evitando críticas ou 
praticando atos que prejudiquem seu trabalho ou sua reputação” (ASSOCEMSP, 
2018, 3). Este item é um ponto crítico e requer uma reflexão. A realidade que 
percebemos hoje, são muitos profissionais que tentam desabonar a imagem de 
algum colega de classe com a finalidade de se enaltecer a ganhar mais clientes.
Partindo, agora, para o Capítulo VI do Código de Ética, podemos ver que 
ele trata da “Divulgação e Publicidade”. Este é outro item que requer muito cui-
dado. Hoje em dia, com o grande acesso às redes sociais, temos uma verdadeira 
vitrine de procedimentos estéticos à disposição. 
Os profissionais utilizam as redes para divulgar o seu trabalho, e não há nada 
de errado com isso, porém, temos que tomar cuidado com o tipo de informação di-
vulgada. Por exemplo, deve ser evitado publicar fotos comparativas de antes e depois 
de tratamentos estéticos fazendo a utilização de filtros digitais, ou, ainda, enaltecen-
do certas partes do corpo que já eram mais bonitas sem mesmo receber tratamento. 
Deve-se ter cuidado também com a divulgação de fotos não autorizadas 
pelos clientes. Muitos clientes não gostam de divulgar que passaram por procedi-
mentos estéticos, quem dirá colocar suas fotos nas redes. Lembre-se que qualquer 
divulgação de foto deve ser autorizada pelo cliente, o qual deverá assinar um 
termo autorizando. Isso evitará constrangimentos e possíveis processos judiciais.
Reconhecimento e regulamentação do profissional de estética: regulamen-
tação profissional é o ato de regulamentar, normatizar uma profissão. Trata-se da redação 
e da publicação de regras e normas para o exercício profissional. Consequentemente, 
acontece a formação de um Conselho Profissional e a elaboração de um Código de Ética. 
A profissão de esteticista é reconhecida e foi regulamenta. Sob a Lei nº 13.643/2018, a qual 
“regulamenta as profissões de esteticista, que compreende o esteticista e cosmetólogo, e 
de técnico em estética” (BRASIL, 2018, s. p.).
NOTA
Por fim, caro acadêmico, leia atentamente o Código de Ética indicado a seguir. 
Sugerimos fortemente que esse tema seja debatido em detalhes nos seus encontros 
de grupo. Guiar-se pela ética é um grande pilar para o sucesso profissional. Esteja 
seguro das suas ações profissionais e nenhum obstáculo será capaz de lhe perturbar.
UNIDADE 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM E POSTURA PROFISSIONAL, NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
14
O Código de Ética do Sindicato dos Empregadores em Empresas e autônomos 
em Estética e Cosmetologia do Estado de São Paulo pode ser encontrado na íntegra em: 
https://bit.ly/3frmkzg.
DICAS
15
Neste tópico, você aprendeu que:
RESUMO DO TÓPICO 1
• O ambiente ideal para a realização de massagens e terapias é uma sala limpa, 
organizada, perfumada e relaxante.
• A prática de alongamentos, o cuidado com a postura e a escolha da maca 
ideal são fatores importantes para que a terapia tenha máxima qualidade ao 
cliente e evitem lesões ao profissional. 
• A higiene e a biossegurança do ambiente e utensílios utilizados nas massa-
gens são alguns cuidados básicos a serem tomados. 
• É preciso conhecer a fundo o Código de Ética do profissional de estética. 
16
1 A preparação antecipada do ambiente de massagem é essencial para um 
atendimento de sucesso. Isso demonstra cuidado com o cliente que virá. 
Pensando nisso, cite cinco itens que não podem faltar no preparo da sala:
2 As normas de biossegurança são importantes para evitar a propagação de 
doenças e a contaminação do profissional e do paciente com possíveis mi-
crorganismos. Em relação à biossegurança, descreva como deve ser a más-
cara ideal e a importância de usá-la durante os atendimentos.
3 Manter uma postura adequada durante o atendimento de massagem é im-
portante, pois, além de oferecer conforto ao profissional, irá resultar numa 
melhor técnica aplicada ao cliente. Sobre o exposto, analise as afirmativas a 
seguir e classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A altura ideal da maca de massagens deve ser de 1 metro e 20 centímetros.
( ) Os pés devem se manter alinhados ao limite da maca e os joelhos leve-
mente flexionados.
( ) Os braços devem se manter retos e mais rígidos para que a manobra seja 
mais eficaz.
( ) A flexão exagerada da coluna pode lesionar os discos intervertebrais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F – V.
b) ( ) F – V – V – F.
c) ( ) V – F – V – F.
d) ( ) F – V – F – V.
4 O Código de Ética é um documento oficial que descreve diretrizes que 
orientam os profissionais quanto posturas e atitudes ideais, moralmente 
aceitas ou toleradas pela sociedade. Pensando nisso, descreva três condutas 
ideais para seus clientes.
5 Hoje em dia, ainda não existe um Código de Ética do profissional de estética 
que seja unificado para todo o Brasil. Contudo, podemos tomar por exemplo 
o Código de Ética do Estado de São Paulo, para guiarmos nossas ações. Pen-
sando nisso, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa CORRETA:a) ( ) Se uma cliente pedir indicação de remédios para emagrecimento, posso 
indicar sem problema algum.
b) ( ) Se uma cliente relatar que está com um problema familiar, o melhor 
jeito de ajudá-la seria contar sobre o problema para sua vizinha, pois ela 
poderia ajudar melhor.
AUTOATIVIDADE
17
c) ( ) Se uma cliente relatar problemas, dizer que se sente muito triste e de-
seja sumir do mundo, é possível auxiliá-la indicando um terapeuta ou 
psicólogo, por exemplo.
d) ( ) Se uma cliente contar que acabou de descobrir que está grávida, o me-
lhor a fazer é indicar sessões de drenagem linfática para início imediato.
18
19
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA (MTC)
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste tópico aprenderemos sobre a Medicina Tradicional 
Chinesa, a qual vamos abreviar como MTC. A MTC é um sistema de medicina 
muito amplo, que difere muito do sistema de medicina ocidental. 
Por ser totalmente diferente, aprender sobre a MTC requer profundos es-
tudos e uma ampla formação complementar. Isso deve ficar claro desde o início, 
pois o objetivo aqui será introduzir esse assunto a você, acadêmico, porém, não 
temos a intenção de esgotar o assunto. Para aqueles que decidirem trabalhar com 
o sistema de MTC, sugerimos aprofundar os conhecimentos.
2 HISTÓRIA E INTRODUÇÃO DA MEDICINA TRADICIONAL 
CHINESA
A MTC tem uma longa história, e sua teoria médica, única e sistemática, 
é a cristalização de milhares de anos de experiência do povo chinês em sua luta 
contra as doenças. É um dos elementos centrais da cultura chinesa, considerada 
patrimônio histórico, e tem contribuído significativamente para a saúde chinesa. 
Com seus notáveis efeitos terapêuticos, características únicas e filosofia 
oriental, a MTC foi bem recebida pelo mundo em geral e desempenha um papel 
importante na promoção da saúde, bem-estar e longevidade da humanidade.
QUADRO 1 – RESUMO DA HISTÓRIA DA MTC 
Sete etapas da história da medicina chinesa
Antiguidade
remota ao 
início do século
V a.C.
Origem da acupuntura e da fitoterapia.
Teoria Yin Yang – Yi Jing [Livro das Mutações] – o mais anti-
go clássico na China.
20
UNIDADE 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM E POSTURA PROFISSIONAL, NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
Século V a.C. ao 
século III a.C. 
(Período dos 
Estados
Combatentes)
O Huang Di Nei Jing [O Clássico da Medicina do Imperador 
Amarelo] – o trabalho de referência mais influente para os 
praticantes da MTC.
O famoso médico Bian Que – o primeiro a confiar principalmen-
te no pulso e no exame físico para o diagnóstico de doenças.
221 a.C. a 264 d.C. 
– dinastias Qin 
e Han, início dos 
Três Reinos
Os médicos famosos Chun Yu Yi, Zhang Zhong Jing e Hua 
Tuo viveram nesse período.
Hua Tuo – A primeira pessoa na China e no mundo a usar 
anestesia.
Chun Yu Yi – deu um exemplo para médicos posteriores em 
escritos de casos médicos.
Zhang Zhong Jing – Escreveu Shang Han Lun [Tratado sobre 
Dano de Frio e Doenças Diversas], que estabeleceu os princí-
pios de diferenciação e tratamento da síndrome.
265-959 d.C. – 
dinastias Jin, Sui 
e Tang
Os médicos de destaque nesse período foram os seguintes:
Wang Shu He-Mai Jing [The Pulse Classic], a primeira mono-
grafia sobre esfigmologia, classificou as condições de pulso em 
24 tipos. Possui grande influência da esfigmologia no mundo.
Ge Hong – Zhou Hou Bei Ji Fang [Manual de prescrições para 
emergências]. Muitos tratamentos de doenças, valiosos, po-
rém simples e eficazes, foram registrados.
Cao Yuan Fang – Zhu Bing Yuan Hou Lun [Sobre Etiologia 
e Síndromes da Doença], a primeira monografia sobre etiolo-
gia e síndromes
Sun Si Miao — Bei Ji Qian Jin Yao Fang [Fórmulas essenciais 
para emergências que valem mil moedas de ouro]. Suas enor-
mes contribuições para a medicina chinesa o tornaram “Rei 
da Medicina da China”.
960-1368 –
Dinastias Song, 
Jin e Yuan
Os médicos desse período estudaram extensivamente as teo-
rias médicas e desenvolveram-se diferentes escolas de pensa-
mento, principalmente Zhu Dan Xi e Li Dong Yuan.
Li Dong Yuan — Pi Wei Lun [tratado sobre o Baço e o Estô-
mago], o livro final é considerado sua maior obra-prima. Um 
dos quatro grandes mestres das dinastias Jin-Yuan.
Zhu Dan Xi — Seguindo Liu He Jian [Resfriamento], Zhang Zi He 
[atacando] e Li Dong Yuan [Terra], como o mais jovem dos quatro 
grandes mestres da Dinastia Jin/Yuan, ele teve a oportunidade de 
estudar e refinar todas as outras três escolas de pensamento.
1368-1840 –
Dinastias Ming e 
Qing
Sistematização e expansão da teoria e literatura médica.
Teoria das doenças quentes.
Li Shi Zhen – Ben Cao Gang Mu [Grande Matéria Médica] in-
cluiu discussões sobre substâncias de 1892 e, entre seus tópicos, 
descreveu o uso de algas e tireoides animais para tratar o bócio.
Zhang Jing Yue – Seus ensinamentos são conhecidos como 
a escola da Tonificação Quente. Ele defendeu que o frio ou 
drogas frias devem ser usadas com cautela.
TÓPICO 2 — NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)
21
1840-1949 – 
Dinastia Qing, 
República Chinesa
Desenvolvimento adicional da teoria das doenças quentes.
Guerras do ópio.
Medicina ocidental introduzida na China, modernização
FONTE: Adaptado de Wang (2019)
A MTC foi desenvolvida na China e os primeiros registros datam de mais 
de 10 mil anos atrás. A base de diagnóstico da MTC envolve muitas partes do 
corpo e pode ser feita a partir da análise de língua, do pulso, da íris, do pavilhão 
auricular, fazendo palpação, entre outros. A análise dessas partes visa detectar 
como está o padrão de energia vital do corpo, a qual na MTC é chamada de ‘Qi’ 
ou ‘Chi’. O Chi envolve a essência e a alma do corpo, quando o Chi está desequili-
brado temos as doenças e quando o Chi se esvai, segundo a MTC, o corpo morre. 
O Chi circula através do corpo por canais chamados meridianos e as diversas 
técnicas da MTC buscam harmonizar e equilibrar esses meridianos (KING, 2020).
A prática da Medicina Tradicional Chinesa é baseada na experiência. O 
sistema teórico é construído por meio de uma filosofia materialista simples e anti-
ga, o método da "diferenciação da síndrome" e o uso de meios naturais para tratar 
doenças, é preferido ao invés de enaltecer a ciência e tecnologia contemporâneas 
(DONG, 2013). O foco da MTC é a prevenção e manutenção da saúde, por isso 
a MTC trata a raiz do problema e não apenas os sintomas. Alguns exemplos das 
técnicas trabalhadas na MTC são:
• Fitoterapia.
• Acupuntura.
• Auriculoterapia.
• Terapias Manuais – Tui Na, Reflexologia, Shiatsu, Do In, Quick Massage.
• Práticas Físicas – Tai chi chuan, Chi kung.
• Moxabustão.
• Ventosaterapia.
• Feng Shui.
Agora que já apresentamos uma breve introdução sobre a MTC, iniciare-
mos os estudos de algumas de suas teorias fundamentais.
3 TEORIAS QUE FUNDAMENTAM A MTC
A MTC costuma fazer muitas associações e metáforas com a natureza e com a 
civilização chinesa, dessa maneira surgem as suas teorias. Agora serão apresentadas 
algumas de suas principais teorias: Yin & Yang; teoria Wu Shing e a teoria Zang Fu.
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UNIDADE 1 — AMBIENTE PARA A MASSAGEM E POSTURA PROFISSIONAL, NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA 
TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
3.1 TEORIA YIN E YANG
A teoria da MTC afirma que a patogênese de todas as doenças é causada 
pelo desequilíbrio de yin e yang do corpo. Registros antigos afirmam que “Se 
yin e yang estão em um equilíbrio relativo, as atividades da vida serão mantidas 
normalmente; se yin e yang forem separados, o esgotamento da essência vital 
acontecerá” (KING, 2020; RIBEIRO; SILVA, 2013). 
A Teoria Yin-Yang é baseada no fato de que a estrutura básica do ser hu-
mano é a mesma do universo. Na MTC todos os fenômenos da natureza são clas-
sificados em dois polos opostos: o yin (negativo) e o yang (positivo). Essas duas 
forças são inseparáveis e devem estar em constante harmonia, são forças opostas 
e complementares (KING, 2020; RIBEIRO;SILVA, 2013). 
O yin e yang são representados pela figura do TAO – o absoluto, o infinito, a 
essência, a suprema realidade, a divindade, a inteligência cósmica, a vida universal, 
a consciência invisível, o insoldável. Nunca representa um indivíduo, uma pes-
soa, como Deus nas teologias ocidentais (RIBEIRO; SILVA, 2013). Segundo KING 
(2020), o símbolo do TAO dá uma ideia de movimento, transformação e equilíbrio.
FIGURA 9 – SÍMBOLO DA TAO
FONTE: King (2020, p. 7)
O equilíbrio de yin e yang se correlaciona com a harmonia das funções con-
juntas de cada sistema. Se o corpo humano estiver equilibrado, as pessoas perma-
necerão saudáveis. Caso contrário, ocorrerão doenças ou mesmo a morte. Assim 
como a origem de todas as doenças, a causa do câncer também é induzida pelo de-
sequilíbrio de yin e yang, que se manifesta como estagnação de Qi/Chi, coagulação 
de catarro, estagnação de sangue e acúmulo de calor tóxico. Se o desequilíbrio de 
yin e yang continuar, “yin pode separar-se de yang” e a “essência vital” se exaurir, 
levando ao estágio final do câncer. Portanto, o princípio do tratamento, segundo a 
MTC, é restaurar o equilíbrio yin-yang (RIBEIRO; SILVA, 2013).
Para a MTC os fenômenos da natureza, sentimentos, habilidade, compor-
tamentos, entre outras características, são classificados de acordo com a energia 
yin-yang e é comum encontrarmos tabelas de classificação: 
TÓPICO 2 — NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)
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QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO CONFORME A ENERGIA YIN-YANG
FONTE: <https://bit.ly/3ftvsn9>. Acesso em: 12 abr. 2021.
A teoria do yin e yang classifica fenômenos e manifestações segundo 
vários critérios, entre eles: 
• Caracteres físicos – tudo o que é animado, em movimento, exterior, ascen-
dente, quente, luminoso, funcional e que corresponde à ação é yang. Tudo o 
que está em repouso, tranquilo, interior, descendente, frio, sombrio, material 
e que corresponde a uma substância (matéria) é yin. 
• Natureza da manifestação – o céu está no alto, assim é yang; a terra por baixo, 
então é yin. A água é de natureza fria, escorre, é yin. O fogo é de natureza 
quente, suas chamas se elevam, é yang. 
• Transformações – a princípio, o yang transforma-se em Qi/Chi, e o yin torna-
-se forma, matéria.
3.1.1 A energia vital e as substâncias vitais
Vamos ver agora alguns conceitos dentro da teoria yin-yang. O Qi/Chi, 
Jing e Shen são chamados de “os três tesouros”. Juntos, eles formam a base para 
a compreensão do corpo humano e das práticas de cura da Medicina Tradicional 
Chinesa. Os conceitos a seguir foram formulados por Wang (2019).
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• Qi ou Chi: é a mais básica das substâncias fundamentais, é a energia. Geral-
mente é traduzido como “força vital” e flui através dos Jing-luo (meridianos), 
que corresponde a pontos específicos do corpo. Se o fluxo de Qi ficar obstruí-
do, o corpo não poderá realizar as Cinco Funções Cardeais e, como resultado, 
poderá ocorrer a doença. Por exemplo, se houver deficiência de Qi, podem 
ocorrer problemas como fadiga, baixa imunidade, má digestão e problemas 
respiratórios. Da mesma forma, o excesso de Qi também pode resultar em 
doenças, como estresse, insônia e boca seca.
• Jing: se traduz em “essência”, é a substância responsável tanto pelo imaterial 
essencial (alma) quanto pelo ser físico essencial (corpo) de uma pessoa. É da 
natureza yin e é armazenada nos rins. É considerada a matéria física mais 
densa dentro do corpo e circula pelos Oito Vasos Principais, onde ajuda a criar 
o sêmen, o sangue menstrual e a medula óssea. O Jing regula o crescimento 
e o desenvolvimento do corpo e trabalha com o Chi para ajudar a proteger o 
corpo de fatores externos prejudiciais. O Jing e Chi têm uma relação próxima. 
Juntos, acredita-se que formam a base do shen, ou espírito.
• Shen: é a porção yang do Chi. Muitas vezes é traduzido como “espírito” e é 
responsável por regular as emoções. Shen é armazenado no coração e entra 
em um estado de repouso durante o sono. É nutrido por xue e armazenado 
nos vasos sanguíneos. Os sintomas de desequilíbrio podem incluir doenças 
mentais, como ansiedade e depressão extrema, mas também insônia. 
• Xue: conhecido como o sangue é a força vital líquida do corpo, e seu propo-
nente principal é a nutrição. É de natureza yin e é considerado um subconjun-
to do Chi. O Chi dá origem ao sangue, que nutre os órgãos Zang-fu, que pro-
duzem mais Chi. O estômago e o baço são órgãos essenciais para a produção 
de sangue e suas funções saudáveis. A circulação é uma função primordial de 
Xue. Quando o sangue é insuficiente, podem surgir problemas com ansieda-
de, privação de sono e irritabilidade.
• Jin Ye: Jin Ye é uma palavra composta traduzida como fluidos corporais. Jin 
se refere aos fluidos finos, claros e aquosos que nutrem a pele e os músculos, 
como lágrimas e suor. Ye se refere aos líquidos viscosos e espessos que lubri-
ficam órgãos, como o cérebro e o fluido da medula espinhal. Jin Ye é yin por 
natureza, e é produzido através do consumo de alimentos e bebidas, quando, 
então, separa e distribui a nutrição por todo o corpo.
4 TEORIA DE WU SHING OU TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS 
OU TEORIA DOS CINCO MOVIMENTOS
A Teoria dos Cinco Elementos, nos mostra que o homem primitivo para 
sobreviver, tinha a necessidade de observar. Após séculos de estudos os chineses 
sabiamente relacionaram cada símbolo com os órgãos e vísceras (zang fu) (RI-
BEIRO; SILVA, 2013). A Medicina Tradicional Chinesa incorpora tanto o Yin-Yang 
quanto a teoria dos cinco elementos, chamada Wu Xing (LONGHURST, 2010). 
TÓPICO 2 — NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)
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O Wu Shing estabelece um conjunto de interações entre cinco elementos 
naturais. De acordo com a teoria, fogo, água, metal, madeira e terra são fases de 
transformação que ocorrem em todos os fenômenos químicos, físicos, biológicos 
ou psicológicos. A teoria dos cinco elementos – ou movimentos – foi estabelecida 
por Zou Yan entre 350 a 270 a.C. (LONGHURST, 2010). 
• MADEIRA: representa o início da mudança (o crescimento, o desenvolvimen-
to e a ascensão). É o elemento original, do qual os outros quatro evoluíram. 
Esse elemento representa: yang-yin / fígado / vesícula / raiva / primavera / 
ligamentos e tendões / olhos / azedo / grito / germinação/ nascimento.
• FOGO: representa o aquecimento e a expansão. É responsável pela qualidade 
de relacionamento e criação de laços entre as pessoas. Esse elemento repre-
senta: yang-yang / coração / intestino delgado / euforia ansiedade / verão / 
vasos sanguíneos / língua / amargo / riso / crescimento. 
• TERRA: representa estabilidade. Tem a função do nascimento, da transforma-
ção, da aceitação e da contenção. Corresponde ao centro. Esse elemento repre-
senta: neutro / estômago / baço pâncreas / preocupação / canícula / músculos 
/ boca / doce / canto / transformação.
• METAL: representa a mudança. Tem as funções de limpeza, clarificação, 
restrição e declínio. Esse elemento representa: yin-yang / pulmão / intestino 
grosso / tristeza / outono / pele / nariz / picante / choro / colheita.
• ÁGUA: tem as funções de umidade, de movimento para baixo, de noção de 
frio, inércia, perda de forma. Esse elemento representa: yin-yin / rim / bexiga / 
medo / inverno / ossos / orelhas / salgado / gemido / estocar armazenar. 
O Quadro 3 apresenta a correlação dos órgãos e vísceras, as emoções e 
demais características que envolvem os elementos da natureza: 
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TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
QUADRO 3 – CARACTERÍSTICAS DOS CINCO ELEMENTOS
FONTE: <https://bit.ly/2Rp2Ovn>. Acesso em: 12 abr. 2021.
A interação entre os cinco elementos forma um ciclo criativo, no qual um 
elemento gera o outro, mas, também, um restritivo (destrutivo), onde um ele-mento controla o outro. Formando, então, o Ciclo de Geração e o Ciclo de Domi-
nação. Os elementos geradores são chamados de mãe, e os que são gerados são 
chamados de filho. Já no ciclo da dominância, quer dizer que um elemento tem 
domínio pelo outro elemento, conhecido como avô-neto (RIBEIRO; SILVA, 2013).
TÓPICO 2 — NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)
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FIGURA 10 – CICLO GERAÇÃO E DOMINÂNCIA DOS CINCO ELEMENTOS
FONTE: <https://bit.ly/3eUj0xB>. Acesso em: 12 abr. 2021.
Os processos que envolvem o Wu Shing se dividem em estimulação/gera-
ção (representado pelo movimento circular) e inibição/dominância (que segue o 
movimento do pentagrama) do Qi (chamado também de Chi). 
No primeiro ciclo, a madeira alimenta o fogo, que produz terra com suas 
cinzas, que reúne o metal, que origina a água, que ao se aquecer e dissolver, dá 
vida à madeira. No segundo ciclo, a madeira nutre a terra, que retém a água, que 
apaga o fogo, que funde o metal, que corta a madeira (RIBEIRO; SILVA, 2013)
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QUADRO 4 – CICLO GERAÇÃO E DOMINÂNCIA
FONTE: A autora
Na MTC, cada elemento se relaciona com uma parte do corpo humano. 
O fogo está ligado à cabeça e à região cardiorrespiratória; a terra está ligada à 
região gastrointestinal; a água à região genital e o sistema urinário; a madeira 
relaciona-se com o lado esquerdo do corpo, e o metal com o lado direito. Assim, 
dependendo do desequilíbrio diagnosticado, um tipo diferente de elemento pode 
ser trabalhado a fim de harmonizar a pessoa (RIBEIRO; SILVA, 2013).
Quando os ciclos, geração e/ou dominância estão em desequilíbrio, esta-
dos patológicos podem surgir. 
Por exemplo, no Ciclo de Geração: o fígado (mãe) afetando o coração (filho), 
isso acontece quando o fígado falha ao nutrir o coração. Especificamente, quando o 
sangue do fígado for deficiente, frequentemente afeta o sangue do coração, o qual 
se torna deficiente, podendo ocorrer sintomas de palpitação e insônia. Há outro 
modo particular pelo qual a madeira afeta o fogo, sendo este o caminho pelo qual 
a vesícula biliar afeta o coração. Isso acontece em nível psicológico. A vesícula bi-
liar controla a capacidade de tomar decisões, não tanto no sentido de distinguir e 
avaliar o que é certo ou errado, mas no sentido de ter coragem para tomar decisão. 
Assim, diz-se na Medicina Chinesa que uma vesícula biliar forte faz a coragem. 
Esse traço psicológico da vesícula biliar influencia o coração, assim como a mente 
(abrigada pelo coração necessita do suporte de um objetivo forte e coragem, então 
a vesícula biliar deve ser forte. Se uma vesícula biliar for deficiente, ela pode afetar 
a mente (o coração) causando debilidade emocional, timidez e insegurança).
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4.1 TEORIA DE ZANG FU
A Teoria de Zang Fu mostra a concepção da Medicina Chinesa sobre os 
órgãos internos. Consideram-se três aspectos distintos: o energético, o funcional e 
o orgânico. O nome chinês para órgãos internos é simplesmente Zang Fu. Assim, 
para cada elemento da MTC, há um órgão (zang) e uma víscera (fu) associados 
(KING, 2020; RIBEIRO; SILVA, 2013).
Na Teoria dos Órgãos e Vísceras (Zang Fu), estuda-se de forma profunda 
e detalhada a fisiologia energética, os possíveis desequilíbrios e a influência dos 
cinco sabores (salgado, azedo, amargo, doce e picante) sobre os órgãos internos, 
obtendo, assim, uma visão do organismo como um todo e a repercussão de seu 
processo nutricional (KING, 2020; RIBEIRO; SILVA, 2013). 
Na Teoria Zang Fu é comum encontrarmos tabelas que descrevem o órgão 
e a víscera com o elemento associado (Teoria dos Cinco Elementos). Esses órgãos 
e vísceras estão integrados funcionalmente e no caso de desequilíbrio, há o início 
do processo de doença, que pode ser tratada com as técnicas da MTC (KING, 
2020; RIBEIRO; SILVA, 2013).
QUADRO 5 – CORRELAÇÃO ENTRE OS ELEMENTOS DA NATUREZA E OS ÓRGÃOS E VÍSCERAS 
SEGUNDO A TEORIA ZANG FU DA MTC
Elemento Órgão (Yin) Órgão (Yang)
Madeira Fígado Vesícula
Fogo Coração Intestino Delgado
Terra Baço Estômago
Metal Pulmão Intestino Grosso
Água Rim Bexiga
FONTE: Adaptado de King (2020); Ribeiro e Silva (2013)
Os Zang (os órgãos) têm a função de produção e armazenamento de subs-
tâncias essenciais, inclusive a essência vital, Qi (energia vital), sangue e fluidos 
corporais. O coração, pulmão, baço, fígado, rim e pericárdio fazem parte dos 
Zang (órgãos) (KING, 2020; RIBEIRO; SILVA, 2013).
Os Fu (as vísceras) têm função de receber e digerir o alimento, absorver subs-
tâncias nutrientes e transmitir e excretar os excessos. O intestino delgado, intestino 
grosso, estômago, vesícula, bexiga e triplo aquecedor fazer parte dos Fu (vísceras).
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TRADICIONAL CHINESA E UMA INTRODUÇÃO A MASSAGEM.
5 ENTENDENDO OS MERIDIANOS
Os meridianos são conceitos centrais para a prática da MTC e foram descritos 
pela primeira vez no livro clássico Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo. 
Os meridianos são linhas (imaginárias) de energia que passam por todo o corpo con-
duzindo o Qi (energia) para todo o organismo e fortalecendo-o (KING, 2020).
O livro clássico Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo é consi-
derado um pilar para o entendimento da MTC. Ele foi escrito por Huang Di ou Huang-Ti, 
conhecido como o Imperador Amarelo, que governou a China cerca de 2600 anos antes de 
Cristo. Nele estão contidas concepções sobre patologia humana, suas causas e tratamentos e 
prescrições sobre a vida e "adaptação" do ser humano de acordo com o sexo e faixas etárias, 
distinguindo diferentes ciclos: sazonais (cinco estações), ciclos circadianos (Yin/Yang) e ciclos 
infra e ultradianos ("a grande circulação da energia" que obedece aos cinco elementos e ao 
ciclo vital) que delimitam a relação dos órgãos internos com as fases do dia, ou períodos co-
muns da vida humana, envolvendo o nascimento, maturação sexual e envelhecimento.
IMPORTANT
E
FIGURA 11 – O IMPERADOR AMARELO QUE GOVERNOU A CHINA ENTRE OS ANOS DE 2697 
a.C. A 2597 A.C.
FONTE: <https://bit.ly/3bA0x7D>. Acesso em: 12 abr. 2021.
Anatomicamente, existem doze meridianos regulares ou principais asso-
ciados ao nome dos órgãos. Coração, pericárdio, pulmão, baço, fígado, rim (ór-
gãos yin). Estômago, vesícula biliar, (vísceras yang). 
TÓPICO 2 — NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)
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Na MTC os órgãos não têm a mesma representação que os órgãos do 
modo como conhecemos no ocidente. Além dos doze principais meridianos, que 
são bilateralmente simétricos, existem também outros dois meridianos localiza-
dos na linha média do corpo, são ímpares, ou seja, assimétricos: Meridiano Vaso 
do Governo e Vaso da Concepção, esses se localizam na linha média do corpo, 
anterior e posteriormente (LONGHURST, 2010).
Os doze meridianos principais são agrupados em pares, e seu par é cha-
mado de meridiano acoplado. Na prática, quando um meridiano se encontra de-
sequilibrado, frequentemente seu Acoplado o acompanha
Os doze meridianos principais e seus acoplados:
 
• Pulmão (Fei) e intestino grosso (Da Chang).
• Estômago (Wei) e baço pâncreas (Pi).
• Coração (Xin) e intestino delgado (Xiao Chang).
• Rim (Shen) e bexiga (Pangguang).
• Pericardio (Xin Bao Luo) e triplo aquecedor (Sanjiao).
• Fígado (Gan) vesícula biliar (Dan).
Essa teoria foi baseada em tratados médicos antigos que se referiam aos 
vasos sanguíneos. Muitos estudiosos concordam que essas descrições anteriores 
dos vasos sanguíneos influenciaram o desenvolvimento dos meridianos. 
Pesquisadores chineses modernos trabalharam por mais de cinquenta anos 
na busca de saber como os antigos descobriram os vasos e gradualmente construíram 
a teoria dos meridianos, mas sem uma conclusão definitiva (HUANG et al.,

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