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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS 2019.2 FACULDADES INTEGRADAS DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO Apresentação Docente ■Professor: Edjailson Celestino ■Formação: – Graduação: Engenharia Civil UFPE (2014.2) – Mestrado: Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos pela UFPE (2017) Apresentação da Disciplina ■Disciplina obrigatória/ semestral ■Carga horária: 60 h/ 7º Semestre ■Dia letivo da semana: Segunda-feira ■Horário: 19:00 às 22:00 ■Contato: edjeal@gmail.com Sistema de Avaliação ■ Avaliação escrita e objetiva composta de provas, listas e trabalhos: – 2 provas escritas e objetivas: EAV1 e EAV2 – Listas de exercícios/trabalhos – Seminário ■ A nota final será dada pela média das avaliações • Média ≥ 7,0 APROVADO • Média < 4,0 REPROVADO • Se 4,0 ≤ Média < 7,0 EXAME FINAL (Média ≥ 5,0 APROVADO) • Presença: ≤ 75% será considerado REPROVADO por frequência Ementa Projetos de instalações prediais de água fria, água quente, esgoto sanitário. Simbologia, terminologia, materiais empregados. Sistemas preventivos contra incêndio. Esgotamento pluvial e GLP.. Bibliografia básica ■ HOUGHTALEN, R. J. Engenharia hidráulica. 4. Ed. São Paulo: Pearson, 2012 ■ CREDER, Hélio Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 6. Ed. Livros Técnicos e Científicos Editores, Rio de Janeiro, 2006. ■ MACINTYRE, A. J. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais. 4.Ed. Livros Técnicos e Científicos Editores, Rio de Janeiro, 2010. ■ BIBLIOGRAFIA Bibliografia complementar ■ CARVALHO JÚNIOR, R. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. São Paulo: Edgard Blucher, 2008. ■ BOTELHO, M. H. C.; RIBEIRO JUNIOR, G. A. Instalações Hidráulicas Prediais. 3. Ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2010. ■ BORGES, R. S. e BORGES, W. L. Manual de Instalações Prediais Hidráulicosanitárias e de gás. ed. PINI, São Paulo: 1992 ■ SALGADO, J. Instalação Hidráulica Residencial – A Prática do Dia a Dia. Rio de Janeiro: Érica, 2010. ■ MACYNTIRE, A. J. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2009. INTRODUÇÃO De acordo com dados da organização das nações unidas (ONU), o volume total de água na terra é de aproximadamente 1,4 bilhões de km³. mas apenas 2,5% desse valor (cerca de 35 milhões de km³) é de água doce. INTRODUÇÃO A escassez de água afetará dois terços da população mundial em 2050 devido ao uso excessivo de recursos hídricos para a produção de alimentos. Atualmente, cerca de 40% da população do planeta sofrem com a escassez de água. INTRODUÇÃO Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2013) INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Exigências técnicas mínimas quanto à: Norma de instalação predial de água fria (NBR 5626/1998) Sistemas de Abastecimento - Rede pública Sistemas de Abastecimento - Rede pública Sistemas de Abastecimento - Sistema privado Sistemas de Abastecimento - Reuso de águas Misto. Sistemas de Distribuição Direto Sai do distribuidor público direto para a casa; Vantagens: + confiável e + econômico; Pouco utilizado em recife e na maioria das cidades. Indireto Descendente sem bombeamento; PRESSÃO SUFICIENTE, MAS SEM CONTINUIDADE, Sistemas de Distribuição Indireto Descendentes sem bombeamento; Descendente com bombeamento; PRESSÃO INSUFICIENTE Sistemas de Distribuição Indireto Descendentes sem bombeamento Descendente com bombeamento Hidropneumático PRESSÃO INSUFICIENTE; SEM CONTINUIDADE EDIFÍCIOS ALTOS Sistemas de Distribuição ÁGUA FRIA TERMINOLOGIA ESQUEMA VERTICAL 1) Distribuidor público; 2) Ramal predial; 3) Hidrômetro; 4) Alimentador predial; 5) Válvula flutuadora ou bóia; 6) Reservatório inferior; 7) Canalização de sucção; 8) Conjunto motor-bomba; 9) Canalização de recalque; 10) Reservatório superior. ESQUEMA VERTICAL 11) Extravasor ou ladrão 12) Canalização de limpeza 13) Barrilete; 14) Coluna de distribuição; 15) Ramal 16) Subramal ÁGUA FRIA TERMINOLOGIA PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF RESERVATÓRIO INFERIOR RESERVATÓRIO SUPERIOR RESERVATÓRIO CONSUMO PREDIAL Residência: 2 pessoas por Q.S 1 pessoa por Q.E Demais edificações: Tabela 1.1 Residência: 200 L/hab.xdia; Demais edificações: Tabela 1.2 CONSUMO DIÁRIO PER CAPITA Tabela 1 – Taxa de ocupação RESERVATÓRIO Tabela 2 – Taxa de consumo diário RESERVATÓRIO DIMENSIONAMENTO População total: N Consumo diário: CD= N x q Volume total: VT= CD + REMER + RINC Distribuição do volume total nos reservatórios: RESERVATÓRIO DIMENSIONAMENTO RESERVA DE INCÊNDIO Nos edifícios residenciais preferencialmente no reservatório superior; A reserva de incêndio deverá ser calculada para que sua capacidade garanta suprimento de água, no mínimo durante 30 minutos, para alimentação de duas saídas d’água trabalhando simultaneamente; Rincêndio = 2*Q*30 Até 4 pavimentos ou 14 m de altura não precisa. RESERVATÓRIO RESERVA DE INCÊNDIO Localização de reservatórios Localização de reservatórios EXERCÍCIO 1 Dimensionar os reservatórios de um edifício com 10 pavimentos, com 4 apartamentos por andar. Considere 2 apartamentos com 2 quartos sociais e 1 quarto de serviço, os demais têm 3 quartos sociais e 1 quarto de serviço. EXERCÍCIO 2 Determinar as capacidades dos reservatórios superior e inferior de um edifício com 16 pavimentos que tem 2 apartamentos por pavimento. Cada apartamento tem 3 dormitórios com área de 9,0 m2 e 1 quarto de empregada. Prever 10000 litros para reserva técnica de incêndio. EXERCÍCIO 3 Em um edifício com lâmina de 150 m² e 8 pavimentos, tem-se um restaurante no pavimento térreo, 5 pavimentos de lojas e 2 de escritórios, dimensionar os reservatórios inferior e superior. Determinar as capacidades dos reservatórios superior e inferior de uma edificação que abriga 1 cinema de 200m2, um restaurante que serve 500 refeições por dia, 900m2 de lojas (metade no térreo) e 1 supermercado de 300m2. Prever 12000 litros para reserva técnica de incêndio EXERCÍCIO 4 No dimensionamento do reservatório, considerar 30 cm da altura da bóia; O fechamento da tampa de inspeção dos reservatórios deverá ser do tipo encaixe (caixa de sapato) e com sistema de segurança (cadeado); Acesso aos reservatórios facilitado; Res. Apoiado ou Enterrado, deve ser construído dentro de um compartimento próprio, que permita a inspeção e manutenção , com um afastamento mínimo de 60cm entre as faces externas do res. (laterais, fundo e cobertura) e as faces internas do compartimento. O compartimento deve ser dota do de drenagem por gravidade e por bombeamento; RECOMENDAÇÕES – RESERVATÓRIO RECOMENDAÇÕES – RESERVATÓRIO Fundo do reservatório 80 cm da coberta, para facilitar acesso ao barrilete e tubulações de limpeza; Saída do barrilete – 5 cm no mínimo do fundo do reservatório; Reservatório com Volume > 4000l deve ter 2 células; O CRIVO da sucção – 10 cm do fundo, evitando que a sucção remova os lodos; Deverá está afastado 5 m do sistema de destino final de esgoto; RECOMENDAÇÕES RESERVATÓRIO O volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para 24 h de consumo normal no edifício, sem considerar o volume de água para combate a incêndio; No caso de residência de pequeno tamanho, recomendasse que a reserva mínima seja de 500 L; O posicionamento relativo entre entrada e saída de água deve evitar o risco de ocorrência de zonas de estagnação dentro do reservatório; Reservatórios: aviso, extravasão e limpeza; Em nenhum caso a tubulação de aviso pode ter diâmetro interno menor que 19 mm. RECOMENDAÇÕES RESERVATÓRIO O acesso ao interior do reservatório, para inspeção e limpeza, deve ser garantido através de abertura com dimensão mínima de 600 mm, em qualquer direção. No caso de reservatório inferior, a abertura deve ser dotada de rebordo com altura mínima de 100 mm para evitar aentrada de água de lavagem de piso e outras; Como uma medida de proteção sanitária, é fundamental que a limpeza e a desinfecção do reservatório de água potável sejam feitas uma vez por ano; Recomenda-se a ventilação de coluna de distribuição conforme a figura 2. O diâmetro da tubulação de ventilação deve ser definido pelo projetista, sendo recomendável a adoção de diâmetro igual ao da coluna de distribuição. RECOMENDAÇÕES RESERVATÓRIO RECOMENDAÇÕES RESERVATÓRIO RECOMENDAÇÕES RESERVATÓRIO RECOMENDAÇÕES RESERVATÓRIO CONCEITO: “Definimos pressão como sendo a relação entre a força F e a área A sobre a qual ela é aplicada:” As unidades mais usadas são: kgf/cm²; m.c.a; KPa • Sendo assim, sua unidade de medida é quilograma força por centímetro quadrado – kgf/cm². • Existem outras formas de expressarmos as unidades de medida de pressão: m.c.a: metros de coluna d’água Pa: Pascal Pressão Correspondência destas unidades: 1kgf/cm² é a pressão exercida por uma coluna com 10 metros de altura, ou seja, 10 metros de coluna d’água (m.c.a.), ou 100.000 pa Pressão Olhando para os dois copos a e b, em qual dos dois existe maior pressão sobre o fundo de cada um? o copo a ou o copo b? Pressão Ligando os dois copos: os níveis permanecem exatamente os mesmos; As pressões portanto, são iguais em ambos os copos; Esta experiência é chamada “princípio dos vasos comunicantes”. Pressão Lei de Stevin A pressão que a água exerce sob uma superfície qualquer só depende da altura do nível da água até essa superfície. Pressão E NAS EDIFICAÇÕES? • Dentro do sistema de abastecimento e da instalação predial, a água exerce uma força sobre as paredes das tubulações. A esta força damos o nome de “pressão”; • A pressão nas edificações só depende da altura do nível da água, desde um ponto qualquer da tubulação até o nível da água do reservatório. Pressão TIPOS • Estática - maior • Dinâmica - menor Pressão estática: medida com a água parada. Altura desde um ponto qualquer da tubulação até o nível d’agua do reservatório superior. Pressão dinâmica: medida com a água em movimento. Pressão estática menos as perdas de carga. Golpe de aríete: pressão com o fechamento brusco da torneira. Ex: Válvula de descarga antiga. Pressão TIPOS Pressão estática máxima (NBR 5626/98) “PERMITIDA EM QUALQUER PONTO DE UTILIZAÇÃO DA REDE PREDIAL DE DISTRIBUIÇÃO É DE 400 Kpa (40 m.c.a) Em edifícios altos devem ser previstas caixas intermediárias ou válvulas redutoras de pressão (+ comuns). Pressão TIPOS Em condições dinâmicas (NBR 5626/98) Em qualquer caso, a pressão não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa * Em alguns casos, o chuveiro (1/2’’) deve estar a 2m (no mínimo) do reservatório. Se for menor essa distância, deve ser chuveiro de (3/4’’) Pressão Pressões PRESSÕES Exercício 1 Determine as pressões nos pontos A, B e C mostrados na Figura, estando fechadas as torneiras dos pontos B e C. Apresente os resultados em kPa. Exercício 2 Determine as pressões estáticas máximas e minimas, expressas em kpa, que prevalecerão nos pontos a, b e c mostrados no diagrama da figura a seguir. Perda de Carga Considera-se a perda de carga, a resistência proporcionada ao líquido, neste caso a água, em seu trajeto. Divide-se em dois tipos: Perda de carga distribuída; Perda de carga Localizada. Pode ser determinada por: Fórmulas; Ábacos. No projeto de uma rede de distribuição de água é imprescindível o cálculo da energia perdida durante o escoamento do líquido na tubulação, isto é, a perda de carga no escoamento A grande vantagem em utilizar materiais lisos como o PVC em tubulações. Perda de Carga Perdas de Carga Distribuída: É aquela que ocorre ao longo da tubulação, pelo atrito da água com as paredes do tubo. Dependem dos seguintes dados da tubulação: – Comprimento; – Diâmetro; – Material da tubulação; – Vazão Perda de Carga Perda de carga localizada: em casos em que a água sofre mudanças de direção em conexões como reduções, joelhos ou registros, ocorre uma perda de carga dita localizada. É por isto que quanto maior for o número de conexões em um trecho de tubulação, maior será a perda de pressão neste trecho ou perda de carga, diminuindo a pressão ao longo da rede Perda de Carga Para o cálculo das Perdas de carga localizadas É recomendado pela NBR 5626/98: Método dos comprimentos equivalentes. “Cada peça especial ou conexão acarreta uma perda de carga igual a que produziria um certo comprimento de encanamento com o mesmo diâmetro”. Perda de Carga Para determinação dos comprimentos equivalentes são utilizados ábacos e tabelas, dependendo do caso a ser calculado. Perda de Carga A fórmula empírica que relaciona o diâmetro da tubulação, a velocidade, a vazão e as perdas de carga : Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao Perda de Carga Tabela -1 Perda de carga em conexões – Comprimento equivalente para tubo rugoso ( tubo aço-carbono, galvanizado ou não) Fonte: Adaptado da NBR 5626 Perda de Carga Fonte: Adaptado da NBR 5626 Tabela 2 - Perda de carga em conexões – Comprimento equivalente para tubo liso ( tubo plástico, cobre ou liga de cobre) Perda de Carga A perda de carga em registro de pressão pode ser obtida através da seguinte equação: • Δh é a perda de carga no registro, em quilopascal; • K é o coeficiente de perda de carga do registro (ver • NBR 10071); • Q é a vazão estimada na seção considerada, em litros • por segundo; • d é o diâmetro interno da tubulação, em milímetros. Segundo a NBR 10071 /1994 – Registro de pressão fabricado com corpo e castelo em ligas de cobre para instalações hidráulicas prediais – especificações. Perda de Carga Pode-se utilizar o ábaco de fair whipple-hsiao em substituição da formula apresentada anteriormente. Perda de Carga Exercício 3 Determine as pressões estáticas máximas e dinâmicas mínimas, expressas em kpa, que prevalecerão nos pontos a, b e c mostrados no diagrama da figura a seguir, tendo sido previamente calculadas as perdas de carga unitárias nos trechos r-c, c-b e b-a Canalização de Recalque DIMENSIONAMENTO Nos pontos de suprimento de reservatórios, a vazão de projeto pode ser determinada dividindo-se a capacidade do reservatório pelo tempo de enchimento; No caso de edifícios com pequenos reservatórios individualizados, como é o caso de residências unifamiliares, o tempo de enchimento deve ser menor do que 1 h; No caso de grandes reservatórios, o tempo de enchimento pode ser de até 6 h, dependendo do tipo de edifício. Sistema elevatório Canalização de Recalque DIMENSIONAMENTO Ou ábaco Onde: D= diâmetro em metros; Q=vazão em m³/s; X= horas de funcionamento/24 Em prédios de ocupação coletiva é conveniente que sejam instalados pelo menos 2 conjuntos elevatórios de modo que um deles sempre fique de reserva ÁBACO Altura manométrica É a energia que a bomba deverá transmitir ao líquido para transportar a vazão “Q” do RI ao RS. Portanto, Hm deve vencer o desnível geométrico, as perdas de carga e a diferença de pressões nos reservatórios. Hg = Hgs + Hgr Hm = Hg + hfs + hfr A potência do conjunto elevatório é calculada pela expressão CANALIZAÇÃO DE SUCÇÃO, EXTRAVASOR E LIMPEZA • Sucção: um diâmetro comercial maior que o encontrado para recalque; • Limpeza e extravasor: Diâmetro maior ou igual ao diâmetro encontrado para recalque.
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